29/09/2020

Conheça 5 histórias de atletas paralímpicos que trocaram de modalidade durante a carreira esportiva

Nem sempre a primeira modalidade que um atleta experimenta é a que o levará ao topo do pódio. Algumas vezes, os atletas praticam outra modalidade por anos antes de escolher em qual seguirá carreira.  

Separamos cinco histórias que nos incentivam a experimentar novos esportes. Confira na lista abaixo qual era a modalidade anterior de alguns desses atletas:

- Elizabeth Gomes

Na foto horizontal, uma atleta de meia idade loira, de pele clara e olhos azuis veste uniforme amarelo do Brasil. Ela faz uma careta de esforço com o braço esquerdo erguido e o braço direito apoiado em um taco cinza. No canto superior direito há um disco vermelho no arA santista Beth Gomes, 55 anos, era jogadora de vôlei quando foi diagnosticada com esclerose múltipla em 1993. Ingressou no Movimento Paralímpico pelo basquete em cadeira de rodas até experimentar o atletismo. Chegou a praticar as duas modalidades simultaneamente até optar pelas provas de campo em 2010. No último Campeonato Mundial de Atletismo, realizado em Dubai em 2019, Beth se sagrou campeã do lançamento de disco e estabeleceu um novo recorde mundial da classe F52.

- Silvana Fernandes

Na foto horizontal, uma jovem de pele clara e cabelos castanhos e com expressão de cansaço veste um uniforme de taekwondo branco e vermelho. Ela não tem a mão direita, por isso a manga desse lado está solta. Na mão esquerda, ela segura um capacete vermelho para cima que, aparentemente, acabou de tirá-lo da cabeça. Ao fundo, em imagem desfocada, público assiste à lutaA paraibana Silvana Fernandes, 21 anos, é natural de São Bento e nasceu com má-formação no braço direito. Aos 15 anos, começou a praticar atletismo no lançamento de dardo. Em 2018, enquanto competia na regional norte-nordeste do Circuito Brasil Loterias Caixa em Aracaju, foi convidada para conhecer o parataekwondo. No ano seguinte, migrou para a modalidade e já faturou o ouro na categoria até 58kg nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.

- Jane Karla

Na foto horizontal, uma mulher de meia idade está sentada em uma cadeira de rodas. Ela segura com as duas mãos o equipamento de arco e flecha. A atleta está no campo aberto do CT Paralímpico e com céu escuro e nublado ao fundoA goiana Jane Karla, 45 anos, teve poliomielite aos três anos, o que prejudicou seus movimentos das pernas. Em 2003, iniciou no tênis de mesa e conseguiu conquistar títulos nacionais e internacionais. Mas conheceu o tiro com arco e, em 2015, optou em se dedicar somente à nova modalidade. Em seu ano de estreia no tiro, já faturou a medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015.

- Fábio Bordignon

 Na foto horizontal, ao centro, um atleta brasileiro de pele morena e cabelos curtos e barba corre vestindo um uniforme azul escuro e tênis amarelo. Ao seu lado esquerdo, um atleta norte-americano de pele negra corre vestindo um uniforme azul claro e tênis branco. Ambos correm um uma pista de atletismo azul e listas brancas.O fluminense Fabio Bordignon, 28 anos, tem paralisia cerebral, que causa atrofia muscular, descoordenação motora e espasmos nas pernas e braço direito. Ele conheceu o esporte paralímpico em 2007, assistindo às transmissões dos Jogos Parapan-Americanos do Rio. Ao procurar uma instituição para pessoas com deficiência, descobriu o futebol de 7 e iniciou sua carreira em 2009. Disputou várias competições, inclusive os Jogos Paralímpicos de Londres 2012 pelo futebol de 7.   

Já em 2015, Fábio migrou para o atletismo e no ano seguinte já era recordista das Américas. Novamente nos Jogos Paralímpicos, faturou a prata nos 100m e nos 200m na edição do Rio, em 2016. No último ano, foi campeão nos 100m e faturou o bronze nos 200m da classe T35 nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.

- Lucilene Sousa  

Na foto horizontal, uma nadadora com deficiência visual, usando uma touca preta, está próxima a borda da piscina com raias vermelhas e placas amarelas. A atleta recebe a sinalização do tapper, que é um bastão longo preto com esfera macia na ponta.Lucilene tem 20 anos e é paraense de São Miguel do Guamã. Nasceu com atrofia no nervo ótico, o que provocou sua baixa visão. Antes de ser nadadora, jogou goalball por influência de seu irmão mais velho, Josermarcio Parazinho. Chegou a conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens da modalidade, em 2017, em São Paulo. Depois disso, ela decidiu migrar para a natação paralímpica. Na nova modalidade, Lucilene faturou a prata nos 50m, 100m e 400m livres da classe S12 nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.  

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível 
Os atletas Fabio Bordignon, Jane Karla e Lucilene Sousa são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 70 atletas e sete atletas-guia.    

Time São Paulo 
A atleta Elizabeth Gomes é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo que beneficia 61 atletas e dois atletas-guia de 11 modalidades.    

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

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