24/11/2020

No MS, são empossados novos membros do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência

Elisa Cleia Nobre, secretária de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho - (Foto: Leomar Alves Rosa - Sedhast)

Em cerimônia virtual realizada na manhã da sexta-feira (20), Elisa Cleia Nobre, secretária de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho, empossou os novos membros titulares e suplentes, do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Mato Grosso do Sul (Consep/MS). O período de atuação dos conselheiros é para o biênio 2020/2022.

“É uma importante pauta que estamos sempre trabalhando. A pessoa com deficiência, também por meio do Consep/MS, está sempre em destaque em nossas ações. Desejo sucesso aos novos membros e um período de muito trabalho, com excelentes resultados”, enfatizou a secretária da Sedhast.

O Consep/MS, criado em setembro de 1996, é um órgão superior consultivo e de deliberação colegiada, de caráter permanente e composição paritária, vinculado à Secretaria de Estado de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), responsável pela política estadual da pessoa com deficiência.

As principais funções dos novos membros, que exercerão atividades não remuneradas, será de deliberar, normatizar e fiscalizar a Política Estadual para a inclusão da pessoa com deficiência, bem como articular as demais políticas públicas que desenvolvam ações voltadas ao segmento.

Confira a relação dos novos membros para o biênio 2020/2022:

I – REPRESENTANTES DE ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS
Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS)
Titular: Ivone Angela dos Santos
Suplente: Claudia Leão de Matos Pael

Fundação do Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte)
Titular: Marcos Antunes
Suplente: Belquice Florentin Falcão

Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização (SAD)
Titular: Roseane de Souza Barboza Ximenes
Suplente: Valdete de Souza

Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast)
Titular: Claudia Deolinda Ortiz Bernardes
Suplente: Iracema de Fatima Nais Inoue

Secretaria de Estado de Educação (SED)
Titular: Marcelo Brito dos Santos
Suplente: Flávia Martinez Ortiz

Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov)
Titular: Adriney Guimarães AlvesSuplente: Luciene Ferreira da Silva Soares

Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra)
Titular: Neuza Alves Francisco
Suplente: Flávia Cristina Anderson de Angelo

Secretaria de Estado de Saúde (SES)
Titular: Juliana Medeiros Vieira
Suplente: Melissa Carolina Durau Rodrigues Macedo

II – REPRESENTANTES DE ENTIDADES NÃO GOVERNAMENTAIS

Associação de Famílias, Amigos, Profissionais e Pessoas Surdas (Afaps)
Titular: Adriano de Oliveira Gianotto
Suplente: Glaucia Souza da Silva Olarte

Associação dos Deficientes Visuais de Mato Grosso do Sul (ADVIMS)
Titular: Jeremias Sobrinho
Suplente: Josiane Pereira dos Santos

Conselho Regional de Educação Física da 11ª Região (CREF11/MS)
Titular: Gerson Falcão Acosta
Suplente: Wagner Melo da Silva

Conselho Regional de Serviço Social (CRESS 21ª Região/MS)
Titular: Monica Ilis da Silva Vargas
Suplente: Janete da Conceição Silva Valdes

Federação das Apaes do Estado de Mato Grosso do Sul (Feapaes/MS)
Titular: Rosangela Lieko Kato
Suplente: Maria Aparecida Lemes Reis

Federação das Associações Pestalozzi do Estado de Mato Grosso do Sul (Feap/MS)
Titular: Luciene Batista de Oliveira
Suplente: Sullivan Miranda de Brito

Instituto Sul Mato Grossense para cegos “Florivaldo Vargas (Ismac)
Titular: Telma Nantes de Matos
Suplente: Marcio Ximenes Ramos

Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mato Grosso do Sul (OAB/MS)
Titular: Rita de Cassia Fuentes Luz Suenaga
Suplente: Liliam Veronese

Fonte: https://revistareacao.com.br/no-ms-sao-empossados-novos-membros-do-conselho-estadual-da-pessoa-com-deficiencia/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

23/11/2020

INSS confirma aumento de 25% para grupo de beneficiários

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou um aumento em 25% o valor da aposentadoria de alguns beneficiários. No entanto, a alteração é aplicável apenas em alguns casos de aposentados por invalidez. A mudança se trata do auxílio-acompanhante.

O adicional foi criado com o objetivo de complementar a aposentadoria dos beneficiários. O aumento equivale a um valor para cobrir o auxílio para atividades diárias.

Os aposentados que recebem o benefício, devem ser inaptos de realizarem atividades laborativas. Dessa forma, com a necessidade de um acompanhante, o responsável pela ajuda pode ser uma pessoa da família e não precisa ser necessariamente um enfermeiro ou contratado.

Como solicitar o aumento

O benefício já é concedido junto ao processo da aposentadoria. Porém, as pessoas que já estão aposentadas por invalidez e não receberam o auxílio, poderão solicitar pelo aplicativo Meu INSS ou pelo telefone 135.

O INSS ressalta a necessidade de alguns documentos para realizar o pedido, sendo eles: CPF e documento de identificação com foto do solicitante e do representante, ou procurador; Termo de representação legal ou procuração; e documentos médicos que comprovem que o segurado seja dependente de terceiro.

Fonte  https://noticiasconcursos.com.br/direitos-trabalhador/inss-confirma-aumento-de-25-para-grupo-de-beneficiarios/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

ELEIÇÕES 2020 SISTEMA REAÇÃO reúne informações sobre PCD e as Eleições 2020 por todo o Brasil

Nas eleições 2020 as pessoas com deficiência representaram, segundo o TSE – Tribunal Superior Eleitoral, 0,64% do eleitorado nacional. Esse grupo do eleitorado soma 1.158.405 cidadãos que estavam aptos a votar.

Em 2016 os eleitores com deficiência eram 598.314. Houve, portanto, uma evolução de mais de 93% no número de eleitores com deficiência. É importante destacar que os dados consideram a declaração do cidadão no momento em que se registrou como eleitor, ou seja, não significa que houve um aumento na quantidade de pessoas com deficiência no Brasil.

Desde segunda-feira, 16/11, a Revista Reação vem divulgando matérias com informações das pessoas com deficiência eleitas por todo o Brasil, assim como o resultado obtido por aqueles que não estão eleitos até o fechamento desta matéria. Na cidade de Pelotas / RS, por exemplo,  Sidnei Matias Fagundes obteve 1065 votos, mas aguarda uma decisão do TSE! Dependendo da sentença, ele pode assumir uma cadeira na Câmara Municipal. Por enquanto está como suplente.

LIVE TV REAÇÃO

Na tarde desta quinta-feira, 19, a Revista Reação, através da página no Facebook @revista.reacao reuniu candidatos eleitos de diferentes regiões do Brasil. A entrevista foi feita por Rodrigo Rosso. Participaram da LIVE Willian Veloso (vereador eleito em Goiânia/GO), Wander Saraiva (prefeito eleito em Abadia de Goiás/GO), Cássio Reis (vereador eleito em Ituberá/BA), André Bandeira (vereador reeleito em Piracicaba/SP) e Tércio Tinoco (vereador eleito em Natal/RN). A entrevista contou com a participação de Alisson Julio (vereador eleito em Joinville/SC).

DISPUTA PELO EXECUTIVO

Em Brotas/SP, João de Jesus, cadeirante, foi candidato a vice prefeito. Obtiveram 36,34% dos votos válidos e ficaram em segundo lugar na disputa municipal, com 4.297 votos. Leca Berto foi candidata à chefia do Poder Executivo. O primeiro lugar venceu a disputa com uma diferença de 70 votos.

VEREADORES ELEITOS PELO BRASIL

Carazinho / RS – Fabio Zanetti foi reeleito com 950 votos. Ele é Membro da Diretoria da ACADEV – Associação Carazinhense para pessoas com deficiência visual. “Obrigado pela confiança de cada um de vocês que depositou em mim, a esperança de dias melhores e de uma sociedade mais justa e principalmente inclusiva! Foram 950 votos e eu reafirmo meu compromisso com toda comunidade Carazinhense, como sempre fiz desde o início de minha vida pública! Muito obrigado, Deus nos abençoou!”

Pato Branco / PR – Professor Rafael Celestrin foi eleito com 885 votos. “Agradeço a todos que acreditaram em meu potencial, meu muito obrigado pelo apoio, pela dedicação e essa multiplicação de votos que fez toda a diferença! Como eu comentei em minha campanha: Se é para entrar e for apenas mais um lá dentro, pois então que eu não entre. Quero entrar para fazer a diferença! Agora poderemos além de a fazer, mas sim, ser a diferença!!! Sou muito grato a todos vocês que confiaram em minha pessoa, que me deram seus votos de confiança. Agora vamos lá, juntos somos mais fortes, e revolucionaremos esse nosso quadro político atual!!!”

São Manuel / SP – João Paulo Piovan foi reeleito com 668 votos. “Quero aqui agradecer primeiramente a DEUS por me dar saúde e sabedoria em mais está caminhada. Agradecer imensamente a minha esposa, aos familiares, amigos e simpatizantes que estiveram do meu lado me apoiando e ajudando na divulgação do meu trabalho. Muito obrigado a todos que depositaram os  668 votos de confiança”.

São Miguel / RN – José Nelto de Carvalho, com deficiência visual, foi eleito vereador. “Quero agradecer aos 591 eleitores que confiaram no meu trabalho e no meu potencial. E que estiveram comigo desde o início desta minha caminhada.  Na busca de fazer o bem sem olhar a quem, nunca foi obstáculo mesmo diante da minha deficiência. Desafios ficou para ser superados, Sonhos ficou para serem realizados e para vencer basta ter força de vontade”.

São Manuel / SP – Rubens Izidoro – eleito com 488 votos. “Venho agradecer a cada cidadão e cidadã que creditou em mim. Fizemos uma política limpa, apresentando ideias e mostrando a população que o desejo de servir a nossa querida cidade é maior do que qualquer interesse próprio.  Vou me dedicar ao máximo para fazer valer a pena cada voto recebido, e conto com a participação de toda a população nestes próximos 4 anos que passaremos juntos, fiscalizando as ações do executivo e sua administração, buscar novos recursos para a cidade, analisar e aprovar projetos e ideias do executivo e também do legislativo, que beneficiem toda a nossa população, e o crescimento de nossa cidade. Contem comigo, pois tenho certeza de que juntos realizaremos um ótimo trabalho, colocando nossa cidade no caminho do desenvolvimento e da prosperidade!!”.

Apiaí / SP – Paulo Tsujimoto foi eleito  363 votos . “Queria agradecer a todos que me apoiaram e torceram por mim nessas eleições. Queria deixar um recado a toda Apiaí: Amo Apiaí. É um sonho realizado. Por Apiaí lutarei para o bem comum de todos. Apiaí, de coração, obrigado por essa oportunidade. DEUS os abençoe!”

Araçoiaba da Serra / SP – Leandro Portella foi eleito com 341 votos. “Sem palavras para agradecer tanto carinho! Essa vitória é nossa, agradeço os 341 votos e a chance de poder trabalhar por Araçoiaba da Serra!

(Relação com outros candidatos já foi publicada em matérias desde a última segunda-feira, 16/11)

CANDIDATOS POR TODO O BRASIL QUE DISPUTARAM AS ELEIÇÕES, MAS NÃO FORAM ELEITOS

Gravataí / RS – Patricia Lisboa – 1.085 votos

Pelotas / RS – Sidnei Matias Fagundes – 1065 votos (aguarda decisão do TSE! Dependendo da decisão, pode assumir uma cadeira na Câmara Municipal)

São Luís / MA – Priscila Selares – 604 votos

Salvador / BA – Antônio Carlos Barbosa – 556 votos

São Luís / MA – Isabelle Passinho – 553 votos

Porto Alegre / RS – Liza Cenci – 538 votos

Paulista / PE – Irmão Kleber – 458 votos

Florianópolis / SC – Hudson Pires Chiquinho – Professor Chiquinho – 442 votos

Nova Iguaçu / RJ – Max Moraes da Silva – 381 votos

Petrópolis / RJ – Pedro Fernandes – 342 votos

Catu / BA – Amanda Brito Orleans – 332 votos

Florianópolis / SC – Rodrigo Tramonte – 320 votos

Campinas / SP – Cris Mendes  – 307 votos

Itapevi / SP – Rosa Silva – 301 votos

Franca / SP – Wellington Cadeirante – 280 votos

Patos / PB – Jossely Oliveira – 260 votos

Carapicuíba / SP – Sandrinha COLETIVONÓS – 259 votos

Piracicaba / SP – Jonas Silva – 218 votos

Nova Iguaçu / RJ – Everton Sampaio – 189 votos

Manaus / AM – Professor Ricardo Souza – 125 votos

Araguaína / TO – Edu Alves – 123 votos

Breu Branco / PA – Marcio Dourado de Macedo –  108 votos

Araraquara / SP – Dayana Beatriz – 105 votos

Mossoró / RN – Thiago F. de Queiroz – 98 votos

Cascavel / PR – Patricia Reis – 96 votos

Ourinhos / SP – Léia Brisola da AADF – 94 votos

Cambuí / MG – Paulo Henrique (Gigante)  – 87 votos

São Luís / MA – Etevaldo Santos – 76 votos

Belford Roxo / RJ – Professor Zé Antonio – 67 votos

São José de Ribamar / MA – Abraão de Ribamar  – 65 votos

Jequié / BA – Sabrine Ribeiro – 62 votos

Colombo / PR – Luiz Vanderlei  – 55 votos

Paço do Lumiar / MA – Leninha – 55 votos

Parnamirim / RN – Toinho Fonseca – 43 votos

Paulínia /SP – Valdinery de Mira – 38 votos

São Gonçalo do Amarante / RN – Marcondes Cruz – 33 votos

Igualpe / SP – Silvanei – 29 votos

Resende / RJ – José Gomes – 25 votos

São Miguel do Gostoso / RN – Geovanio Bello – 24 votos

Ferraz de Vasconcelos / SP – Karlla Marcelino – 16 votos

Nova Friburgo / RJ – Marciano dos Santos  – 13 votos

São José de Ribamar / MA – Divaldo Falcão – 13 votos

Pirapora do Bom Jesus / SP – Franciane Rodrigues – 13 votos

Timon / MA – Gil do Lourival Almeida – 7 votos

(Relação com outros candidatos já foi publicada em matérias desde a última segunda-feira, 16/11)

Fonte  https://revistareacao.com.br/eleicoes-2020-sistema-reacao-reune-informacoes-sobre-pcd-e-as-eleicoes-2020-por-todo-o-brasil/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

NOVA LEGISLAÇÃO PAULISTANA TRAZ CLAREZA AO DIREITOS DO AUTISTAS NA CIDADE DE SÃO PAULO

  • Por Tatiana Viola de Queiroz

Em 3 de novembro de 2020 entrou em vigor a Lei nº 17.502, que dispõe sobre política pública municipal para garantia, proteção e ampliação dos direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares na cidade de São Paulo.

A nova legislação municipal traz um compilado de direitos já assegurados pelos autistas em diversas outras legislações, no entanto, sua importância é clara, pois dá efetiva diretriz para que seus munícipes saibam o que cobrar e seus servidores públicos tenham conhecimento do que devem fazer, contudo, sempre importante destacar que essa legislação vale apenas na cidade de São Paulo.

Autismo, segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM), é um transtorno neurológico caracterizado por comprometimento da interação social e da comunicação verbal e não-verbal, bem como comportamento restrito e repetitivo (estereotipado).

Para a legislação do município considera-se pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aquela que, em razão de neurodesenvolvimento atípico, apresente as seguintes características: dificuldade de comunicação, podendo haver comprometimento da linguagem verbal e não verbal, literalidade, concretude, apraxia de fala e dislexia;
dificuldade de manutenção de interação social, ausência ou diminuição de reciprocidade e pouco ou nenhum apego a convenções sociais; padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses, temas e atividades, apego à rotina e necessidade de planejamento; recebimento, processamento e resposta aos estímulos sensoriais de forma peculiar, podendo haver hiper ou hiporresponsividade dos sentidos e rigidez mental.

Uma das determinações da legislação paulistana é a que configura como documento válido a Carteira de Identidade instituída pelo Decreto Federal nº 9.278, de 5 de fevereiro de 2018, que regulamenta a Lei Federal nº 7.116, de 29 de agosto de 1983, para garantir o acesso às políticas municipais voltadas às pessoas com TEA e ao atendimento prioritário, podendo ser adicionado ao referido documento o símbolo da fita quebra-cabeça, símbolo mundial da conscientização do transtorno do espectro autista, conforme a padronização indicada na Resolução CPA/SMPED/026/2019, na forma da legislação.

A lei municipal também traz um direito já garantido em legislação federal quando traz que as pessoas com Transtorno do Espectro Autista são equiparadas a pessoas com deficiência, para todos os efeitos legais, conforme Lei Federal nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que estabelece a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Como diretrizes a legislação traz a intersetorialidade, ou seja, vários setores trabalharão juntos nas ações e das políticas e no atendimento à pessoa com Transtorno do Espectro Autista; a participação da comunidade na formulação de políticas públicas bem como o controle social da sua implantação, acompanhamento e avaliação; o protagonismo do autista na formulação de políticas públicas voltadas à efetivação de seus direitos;
 a atenção integral às necessidades de saúde objetivando o diagnóstico precoce, o atendimento multiprofissional e o acesso a medicamentos e alimentação adequada; o estímulo à inserção da pessoa com Transtorno do Espectro Autista no mercado de trabalho, observadas as peculiaridades da deficiência e a Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990; o incentivo à formação e à capacitação de profissionais especializados no atendimento à pessoa com Transtorno do Espectro Autista, bem como a pais e responsáveis; o apoio social, psicológico e formativo aos familiares de pessoas com TEA; a proteção contra qualquer forma de abuso e discriminação, sujeito às penalidades legais;  a garantia, na rede pública municipal de ensino, de matrícula nas classes comuns e de oferta do Atendimento Educacional Especializado – AEE aos estudantes público da Educação Especial, quando se fizer necessário, e após avaliação educacional especializada, amparadas pelo Plano de AEE.

A lei traz que cabe ao Município assegurar à pessoa com Transtorno do Espectro Autista a efetivação dos direitos fundamentais referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, ao diagnóstico e ao tratamento, ao transporte, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros, estabelecidos na Constituição Federal, na Lei Federal nº 12.764, de 2012, na Lei Federal nº 13.146, de 6 de julho de 2015, e outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e econômico. E isso é importante pois, diante da dúvida de qual ente público o cidadão deve procurar, sabe que é a cidade de São Paulo em primeiro lugar.


Para a efetivação dessas políticas, o Município poderá firmar parcerias com pessoas jurídicas de direito público ou privado, o que é muito bom, pois pode, inclusive, se aliar À profissionais capacitados e especializados no TEA. E nós sabemos o quanto é importante que o autista tenha acesso a serviços especializados mas, ao mesmo tempo, essa é uma realidade bem distante, infelizmente.


Será criado cadastro municipal das pessoas com Transtorno do Espectro Autista, levando-se em conta o gênero e faixa etária, para ajudar na elaboração de políticas públicas mais adequadas. O objetivo desse cadastro é centralizar as informações para que atendimentos de saúde, educação e assistência social sejam prestados de forma integrada. Ou seja, quanto mais informação sobre aquela pessoa, mais individualizada e específica será cada assistência ao autista.

Outro ponto importantíssimo da lei é que ficou determinado que é de competência do Município criar e manter programa permanente de capacitação e atualização em autismo, a fim de garantir informação, treinamento, formação e especialização aos profissionais que atuam na prestação de serviços à população com TEA. Ou seja, caberá à Prefeitura de São Paulo treinar e capacitar seus profissionais da saúde, educação e demais setores pertinentes para que esses servidores possam atender de forma especializada os munícipes autistas e seus familiares.

Essa determinação é crucial pois muitos profissionais da educação e da saúde não oferecem o atendimento mais adequado apenas porquê não receberam a capacitação específica do autismo. E, como sabemos, por ser cada autista único, esses profissionais que atendem precisam conhecer e entender a condição para oferecerem o tratamento correto.

Com a nova legislação fica claro que o acesso a ações e serviços municipais de saúde que garantam a atenção integral às necessidades das pessoas com TEA, deve ser garantido pelo Município de São Paulo.

E, dentre essas ações temos o acesso ao diagnóstico precoce, ainda que não definitivo, e isso é fundamental, especialmente porque a intervenção precoce é fundamental, por conta da neuroplasticidade nos primeiros anos da criança. Além disso, caso haja a suspeita ou, qualquer tipo de atraso, a realização das terapias só trará benefícios, ou seja, mesmo que posteriormente o diagnóstico não seja confirmado, essa criança não terá tido prejuízo, muito pelo contrário.

A legislação municipal também garante o acesso ao atendimento multiprofissional no Sistema Municipal de Saúde, direito esse já estabelecido em legislação federal, pela Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, mais conhecida como Lei Berenice Piana. Esse atendimento profissional é de fundamental importância pois a parceria entre diversos profissionais é a base da intervenção. Sem essa parceria, dificilmente as metas serão atingidas. Para que seja efetivamente atingido o objetivo não basta um procedimento aplicado de forma isolada, é preciso que todos os profissionais se conversem para que o comportamento a ser alterado, por exemplo, seja entendido e alterado. Além disso, por conta das questões sensoriais, os autistas precisam de sessões com nutricionistas, o que a lei também garante, bem como com a equipe farmacêutica, uma vez que em alguns casos há necessidade de intervenção medicamentosa.

Em relação à educação e em conformidade com a Lei Berenice Piana e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a lei paulistana determina que cabe ao Município assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar a inclusão da pessoa com TEA na Rede Municipal de Ensino, e, para isso, deve oferecer cursos de capacitação para aos profissionais da Rede Municipal de Ensino, visando à inclusão de alunos com TEA, ou seja, tanto professores,  quanto os demais profissionais das escolas poderão realizar a capacitação, o que é tão necessária e fundamental para melhorar o ensino aos autistas.

Além disso, a Prefeitura de São Paulo deve disponibilizar acompanhamento especializado para apoiar o estudante com Transtorno do Espectro Autista dentro do contexto da classe comum do ensino regular, quando necessário e avaliado pela equipe de educação especial, podendo este apoio ser de caráter temporário ou permanente, ou seja, para o aluno que precisar do acompanhante terapêutico, desde que comprovada a sua necessidade, terá acesso a esse auxílio. 

Apesar desse direito já estar assegurado em legislação federal específica, é muito bom que a Prefeitura tenha explicitado isso em sua legislação, pois entra como um compromisso e torna o pedido dos pais para esse acompanhante muito mais claro e prático.

A lei também garante ao autista suporte escolar complementar especializado no contraturno, para o aluno incluído em classe comum do ensino regular e que precisar desse complemento.

Em consonância com a legislação federal, mas contrária ao decreto do Governo Federal nº 10.502 de 2020, que é um retrocesso para a educação inclusiva, a nova lei paulistana garante, na rede pública municipal de ensino, a matrícula dos estudantes nas classes comuns, bem como assegura a oferta do Atendimento Educacional Especializado – AEE, quando necessário. Assim, a legislação municipal atende ao objetivo da educação inclusiva, como defende os grandes educadores do país.

Uma novidade muito interessante da lei da cidade de São Paulo é a determinação para  garantir o acesso ao ensino voltado para jovens e adultos (EJA) às pessoas com TEA que atingiram a idade adulta sem terem sido devidamente escolarizadas. Esse é um grande avanço pois traz a acesso ao ensino especializado aos autistas adultos.

Apesar de parecer óbvio, a legislação paulistana fez questão de trazer explicitamente a proibição de cobrança de valores diferenciados de qualquer natureza para as pessoas com TEA nas mensalidades, anuidades e matrículas das instituições privadas de ensino localizadas no Município de São Paulo, as quais estão obrigadas a promover as adaptações necessárias à inclusão dos alunos com TEA, nos mesmos termos do art. 7º desta Lei, nos termos previstos pelo artigo 28 da Lei Federal nº 13.146, de 6 de julho de 2015.

Quando falamos em parecer óbvio é porque, apesar de já haver essa proibição, centenas de milhares de pais e responsáveis ainda travam duras batalhas para conseguirem matricular seus filhos em escolas particulares quando informam  sobre o autismo ou, ainda, são sobrados pelos acompanhantes terapêuticos e, ainda, são induzidos a transferirem as crianças para escolas públicas pois não querem arcar com os custos de um AT. Essa conduta de algumas escolas particulares além de ilegal é totalmente contrária aos princípios básicos da educação.

Outro ponto importante elencado é sobre o transporte das pessoas com TEA que têm direito ao transporte de forma digna e de acordo com suas necessidades e, para isso, terão direito a estacionar os veículos que transportem pessoas com TEA nas vagas reservadas e sinalizadas como vagas destinadas ao uso de pessoas com deficiência, nas vias públicas e nas vias e áreas de estacionamento aberto ao público de estabelecimentos de uso coletivo, como shoppings, por exemplo. Para ilustrar, essa é uma das razões da importância da Carteira do Autista.

Os autistas paulistanos também terão direito a utilização do Serviço de Atendimento Especial – Serviço Atende, instituído pela Lei nº 16.337, de 30 de dezembro de 2015.

A nova legislação do município de São Paulo traz de forma explícita a proteção da pessoa com TEA contra toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou degradante praticado em âmbito municipal. E, para que isso seja feito de forma concreta, a Administração Pública Municipal criará canais facilitados, ou adequará canais já existentes de denúncia, bem como promoverá campanhas de combate à violência física e moral praticada contra a pessoa com TEA.

Essa Política Municipal para garantia, proteção e ampliação dos direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares fica vinculada à Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência – SMPED, competindo-lhe o planejamento e a gestão, que deverá articular e coordenar a estruturação da rede de atendimento à pessoa com TEA, bem como a captação de recursos para planos, programas e projetos na área de saúde, educação e assistência social voltados à implementação da política.

Estar sob o teto da Secretaria da Pessoa com Deficiência é muito importante, especialmente porque, como sabemos, apesar de não ser uma doença, para os fins de proteção de direitos, autismo é considerado deficiência e é fundamental que os responsáveis pela implementação dessas ações seja alguém com conhecimento profundo do assunto.

Para algumas pessoas essa legislação pode parecer redundante, no entanto, quando falamos da maior cidade do país e da sua nítida desigualdade, bem como do alto número de habitantes que não possuem acesso adequado aos serviços de saúde e educação, toda e qualquer norma que traga determinações claras para o respeito aos direitos dos deficientes deve ser comemorada.

Dra. Tatiana Viola de Queiroz – Advogada, sócia fundadora do Viola & Queiroz Advogados, escritório especializado em autismo, Pós Graduanda no Transtorno do Espectro Autista pela CBI of Miami. Pós Graduada e especialista em Direito Médico e da Saúde, Pós Graduada e especialista em Direito do Consumidor e em Direito Bancário; Membro Efetivo da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB São Paulo. Contato (11) 98863-2023, www.violaequeirozadvogados.com.br e redes sociais: @violaequeirozadvogados

Fonte  https://revistareacao.com.br/nova-legislacao-paulistana-traz-clareza-ao-direitos-do-autistas-na-cidade-de-sao-paulo/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

22/11/2020

Esporte de aventura na natureza e pessoas com deficiência

* Por João Antonio Rufato  

Quando se fala em qualidade de vida e saúde, obrigatoriamente se pensa em atividade física e práticas de lazer. Mas não em qualquer atividade, senão aquela realizada com frequência e que tem impacto no alcance de índices desejáveis para a saúde. As práticas dessas atividades devem ser orientadas por profissionais capacitados e qualificados para a função. Sua prescrição vai de acordo com os objetivos e as características de cada indivíduo.

Uma boa dica é buscar uma prática que lhe proporcione momentos prazerosos, de satisfação e bem-estar, inclusive nas escolhas do lazer. Dentro de tantas possibilidades que estão postas, o esporte de aventura na natureza é uma que vem crescendo de forma significativa nas últimas décadas, tanto em número de adeptos como em estrutura para a sua prática. 

A rotina estressante e atribulada dos centros urbanos colaboram para essa fuga aos ambientes naturais em busca de tranquilidade, mudança de ambiente e relação com a natureza, muitas vezes no entorno dos grandes centros. Os esportes de aventura na natureza podem ser realizados no ar, na terra e na água, com estruturas montadas, ou com a natureza bruta, a depender das escolhas que forem feitas. Sabemos que a superação de limites, desafios, relaxamento e prazer são garantidos nessas práticas.

As atividades são sempre indicadas para realização em grupos, prezando pelas condições de segurança, fator que se consolida com a companhia de pessoas experientes na atividade e equipamentos de segurança adequados.

Importante notar nessas práticas de aventura na natureza, uma crescente participação de pessoas com deficiência, o que tem oportunizado a esse público possibilidades bem interessantes de vivências e experimentações. Algumas ações são desenvolvidas para o melhor atendimento com qualidade a essa parcela da população.

Em 2009, o governo federal reconheceu o Turismo de Aventura Especial como novo segmento e criou o site Guia Turismo Acessível, um espaço colaborativo onde você pode avaliar e consultar a acessibilidade de pontos turísticos, hotéis, restaurantes, parques e atrações diversas. No Brasil, segundo dados do IBGE, temos aproximadamente 24,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência ou incapacidade, o que representa quase 15% da população total.

Nada mais coerente que as práticas corporais de forma geral, tanto o lazer quanto o esporte, ampliem e aprofundem suas possibilidades de acesso e participação. Felizmente, temos visto que o Brasil tem avançado em relação a proporcionar vivência práticas, experimentações e treinamentos nas diversas modalidades para pessoas portadoras de deficiência.

João Antonio Rufato é professor da área de Linguagem Cultural e Corporal, nos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter.

Fonte  https://revistareacao.com.br/esporte-de-aventura-na-natureza-e-pessoas-com-deficiencia/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Retomada econômica deve contemplar pessoas com deficiência, defende Encontro Anual do Espaço da Cidadania

Neste ano, o Encontro Anual do Espaço da Cidadania e seus parceiros pela inclusão aconteceu pelo aplicativo Zoom com transmissão pelo Facebook do Espaço e do Sindicato

* Por Auris Sousa 

A pandemia da covid-19 impõe uma série de novos desafios para a retomada da economia em todo mundo. Nesse processo, a inclusão das pessoas com deficiência deve ser garantida. É o que defendeu os convidados do 13º Encontro Anual do Espaço da Cidadania e seus parceiros pela inclusão, que aconteceu nesta quarta-feira, 18, pelo aplicativo zoom, com transmissão ao vivo pelas páginas do Espaço da Cidadania e do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e região no Facebook.

Carlos Aparício Clemente, diretor do Sindicato e coordenador do Espaço da Cidadania, destacou na abertura do Encontro e a perversidade do mercado de trabalho neste momento de pandemia. “Vidas e empregos estão sob ameaças. Vidas e empregos importam. A pandemia matou, até agora no Brasil, 167 mil pessoas, segundo o Governo Federal. Além de matar, a pandemia reduziu 4% dos empregos dos trabalhadores com deficiência. São mais de 21 mil empregos a menos, do que dezembro do ano passado”, alertou ao compartilhar dados da Nota Técnica 246 do Dieese, a partir de dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). 

Carlos Aparício Clemente compartilhou dados preocupantes sobre o aumento do desemprego entre os trabalhadores com deficiência.

Norteada com o tema “Inclusão das pessoas com deficiência no trabalho- cenário nacional e internacional”, a mediadora Marinalva Cruz, Secretária Adjunta da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo, direcionou perguntas para Peter Torres Fremlin (Inglaterra), Consultor internacional na área de Inclusão de pessoas com deficiência, Maribel Batista Matos (Chile), Especialista de Atividades com os Trabalhadores dos países da OIT para o Cone Sul da América Latina e Ricardo Tadeu Marques da Fonseca (Brasil), Desembargador do trabalho.

Os três convidados deixaram muito claro que o desafio do mundo é maior do que apenas a recuperação econômica. Será necessário também resgatar valores que tem se perdido por intolerância à diversidade. Neste sentido, a luta pela inclusão deverá ser fortalecida para que as pessoas com deficiência não sejam lançadas para a invisibilidade.

“Estamos vivendo um choque no mercado de trabalho, de modo geral. Vamos precisar de muito investimento para a retomada da economia. As pessoas com deficiência têm que estar dentro disso”, reforçou Peter Fremlin, ao destacar a sua preocupação de as pessoas com deficiência serem esquecidas.

“Os investimentos deverão ser bem direcionados, as políticas de proteção social e geração de empregos deverão ser fortalecidas e os direitos das pessoas com deficiências devem estar na base disso”, defendeu Fremlin.

Para isso, a defesa dos direitos das pessoas com deficiência deve ser permanente. É o que enfatizou o desembargador do trabalho Ricardo Tadeu ao resumir os últimos ataques à Lei de Cotas, no Brasil. Além de destacar os prejuízos para inclusão com o decreto que separa alunos com deficiência, o desembargador também fez fortes críticas ao Projeto de Lei 6.159, ao considerá-lo como uma “ameaça muito séria de retrocesso”.

“O poder executivo central tem uma visão absolutamente restritiva do Estado. Há uma permanente ação de diminuição dos poderes do Estado, por apoio à ações liberais no sentido econômico, se quer um Estado Mínimo no Brasil. Este é o ponto central da política governamental. Prova disso que o próprio governo propôs um projeto de lei, no final do ano passado, que vai ser desastroso para a nossa Lei de Cotas, porque o governo está propondo que as empresas paguem uma verba para alimentar um fundo para formação das pessoas com deficiência fora da empresa”, explicou ele, que completou: “O que implica dizer que a empresa pagará para não empregar pessoas com deficiência”.

Ricardo Tadeu destacou que ambos “são ameaças bombásticas, são ameaças reais e concretas sem precedentes. A Lei de Cotas sempre foi ameaçada, mas nunca pelo poder executivo e a base de apoio do Governo é muito forte. A aliança que o governo faz com o centrão é uma ameaça concreta para a Lei de Cotas, e séria”.

Para Maribel Batista, da OIT, a atuação do movimento sindical será importante para fortalecer a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores com deficiência. Ela disse que um estudo feito por ela, juntamente com Peter Fremlin, demonstra que a inclusão pode ser integrada plenamente na atividade sindical básica e prioritária.

“É importante que haja sensibilização e formação do dirigente sindical, incluindo também a formação da pessoa com deficiência para ter acesso ao emprego, para ter diálogo social, com vistas a melhorar os locais de trabalho e garantir condições adequadas de trabalho”, destacou Maribel.

Para ela, o movimento sindical brasileiro se destaca porque tem o tema incorporado na negociação coletiva, que se trata de uma ferramenta poderosa para iniciar o diálogo necessário e garantir a igualdade de oportunidades a todas as pessoas, inclusive às pessoas com deficiência.

“Certamente, é preciso melhorar esta missão e esta ação das organizações sindicais, mas o que existe, trata-se de um avanço qualitativo e quantitativo, sobretudo para os países do Cone Sul, como Brasil, Argentina e Uruguai”, destacou.

Trabalho em conjunto

Para a construção do Encontro, 48 pessoas se reuniram durante 5 semanas para discutir e decidir cada processo. São pessoas que estão à frente de programas de formação, fiscalização, programas inclusivos, sindicatos, pesquisadores. Todos, sempre, respeitando e encorajando o protagonismo das pessoas com deficiência.

Neste ano, o Espaço da Cidadania e seus parceiros inovaram ao escolher o formato de perguntas e respostas. Método que deu mais agilidade ao evento, que teve duração de uma hora e quarenta minutos, com grande participação do público.

Fonte: https://revistareacao.com.br/retomada-economica-deve-contemplar-pessoas-com-deficiencia-defende-encontro-anual-do-espaco-da-cidadania/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

20/11/2020

Empresa será contratada para produzir material sobre direitos das crianças e adolescentes com nanismo

A Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA), do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), fará licitação no valor de R$ 300 mil para o desenvolvimento de material informativo sobre a promoção dos direitos de crianças e adolescentes com nanismo. O edital, com os detalhes para a contratação da empresa, abrange intervenções disciplinares nas áreas da saúde, educação, inclusão social, acessibilidade e tecnologia assistiva.  

A licitação, realizada em parceria com a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), será na modalidade tomada de preços, tipo técnica e preço, e seguirá as regras da Lei de Licitações e Contratos (nº 8.666/93). O recebimento dos envelopes e a abertura da documentação ocorrerão no dia 9 de dezembro de 2020, às 10h, em Brasília (DF).

O edital inclui a realização de estudos e pesquisas sobre os desafios do diagnóstico precoce; tratamentos adequados e dificuldade de acesso; cirurgias de correção de deformidades e de alongamento ósseo pelo Sistema Único de Saúde (SUS); abordagem específica sobre o tema nas escolas desde a primeira infância, como estratégia de inclusão.

Também trata de temáticas referentes ao bullying, inclusive digital, culturalmente aceito no Brasil; aos direitos da criança com deficiência; e ao acesso a novas medicações que estão prestes a ser lançadas por alguns laboratórios.

As empresas interessadas em participar precisam comprovar experiência na realização de projetos de pesquisa ou extensão e na área temática e/ou correlata. A equipe-chave também deve ter a formação exigida.

Para o titular da SNDCA, secretário Maurício Cunha, o projeto se justifica pela necessidade de promover a igualdade e a inclusão, além de prestar auxílio às famílias, com o intuito de potencializar as competências dessas crianças.

“Queremos fortalecer as crianças e adolescentes com nanismo e fomentar a aceitação, além de prevenir e combater o bullying, ao capacitar a rede de promoção de direitos. A proposta é conscientizar sobre a melhor maneira de abordar a diferença, permitindo, assim, a transformação social”, afirma.

O nanismo

Em 2004, o nanismo foi reconhecido nacionalmente como deficiência física pelo Decreto 5.296/2004. A condição médica ou genética se caracteriza pela baixa estatura desproporcional.

De acordo com a Fundación ALPE e a Associação Somos Todos Gigantes, a acondroplasia é o tipo mais comum. Ocorre com frequência semelhante em ambos os sexos, em todos os grupos étnicos, e acomete aproximadamente 250 mil pessoas no mundo. Estudos indicam que a prevalência global é de aproximadamente 1 em 25 mil nascidos vivos.

O nanismo, com raríssimas exceções, mantém preservada a capacidade intelectual.

Confira as regras do edital no link: https://www.oei.org.br/pdf/licitacoes/2020/TOMADA_DE_PRECO_N_005-2020-OEI-MMFDH-TECNICA_E_PRECO.pdf

Fonte: https://revistareacao.com.br/empresa-sera-contratada-para-produzir-material-sobre-direitos-das-criancas-e-adolescentes-com-nanismo/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Dia Internacional das Pessoas com Deficiência (3 de dezembro)

  • Por Romeu Kazumi Sassaki

        Prejudicados pela monumental pandemia causada pela covid-19 em todos os países, os órgãos da ONU ligados aos assuntos de pessoas com deficiência tiveram de cuidar dos assuntos mais urgentes e, com isso, foram forçados a demorar para definir o tema de 2020 referente ao Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.

        Mas, finalmente e a tempo, aqui está a mensagem da ONU sobre a tradicional data comemorativa, que traduzi:

TEMA DE 2020:

“Construindo de novo melhor um mundo pós-covid-19 acessível, sustentável e que inclua a deficiência”.

OBJETIVO:

Promover a participação plena e igual de pessoas com deficiência e agir pelo desenvolvimento e pela inclusão de pessoas com deficiência em todos os aspectos da sociedade.

PERÍODO:

Em 2020, o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência será comemorado durante uma semana, de 30 de novembro a 4 de dezembro, em conjunto com a realização da 13ª sessão da Conferência dos Estados Partes à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

ADENDO:

Mais informações serão distribuídas em breve pela ONU.

Minha interpretação sobre o tema

        Nós ― todas as pessoas que estamos acompanhando o trabalho da ONU desde antes de 1993 (ano em que foi instituído o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência) e depois de 1993  ―  já havíamos começado a construir a partir de 2006 (ano em que a Assembleia Geral da ONU adotou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência) um mundo acessível, sustentável e que inclua a deficiência.

        Mas, em 2020, veio a covid-19, que impactou e interrompeu essa construção.

        O tema de 2020 é um encorajamento para que não abandonemos a construção por pior que seja a atual situação imposta pela pandemia.

        Daí o termo “de novo melhor”, que significa “continuar de modo melhor”. O termo “pós-covid-19” não se refere a “depois que a covid-19 acabar definitivamente”. Ele se refere a “o momento atual, real, em que a covid-19 ainda existe sem previsão de data para acabar”.

        Então, deste final de 2020 até 3/12/2021, vamos continuar construindo (desta vez melhor) o sonhado mundo acessível, sustentável e que inclua todas as pessoas com deficiência !!!

Um grande abraço com a esperança renovada !!!

  • Romeu Kazumi Sassaki é consultor de inclusão social em Educação, Trabalho, Terminologia

e outros temas de pessoas com deficiência.

E-mail: romeusassaki@gmail.com

Fonte  https://revistareacao.com.br/dia-internacional-das-pessoas-com-deficiencia-3-de-dezembro/

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MPF-BA quer sessões ilimitadas para tratamento de pessoas com autismo

Na Bahia, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou recentemente uma ação civil pública para que não seja aplicado limite nas sessões de psicoterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e fisioterapia, previstas no anexo II da Resolução Normativa n. 428/2017 da ANS para o tratamento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no estado da Bahia. O pedido foi feito à Justiça Federal em caráter de urgência.

Segundo o MPF, o objetivo é condenar a ANS a corrigir sua omissão quanto à falta de protocolos clínicos específicos para o tratamento das pessoas com autismo e impedir que as operadoras dos planos de saúde neguem tratamentos nacionalmente reconhecidos e indicados por especialistas sob a alegação de falta de regulação da ANS. Conforme a Lei nº 9.656/1998, os planos privados devem se submeter às normas e à fiscalização da ANS, que, enquanto agência reguladora, é responsável por definir o rol de procedimentos de saúde para fins de cobertura pelos planos.

Nas apurações, o MPF buscou informações com Bradesco, SulAmérica, Hapvida e Amil, que informaram que o atendimento multidisciplinar, contemplando consultas com psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeuta ocupacional, está no rol estabelecido pela Agência Nacional de Saúde, na Resolução Normativa n. 428/2017, como cobertura obrigatória sendo, portanto, por elas prestado. Entretanto, caso o número de sessões seja maior do que a quantidade prevista pela ANS (Diretrizes de Utilização – DUT), cabe ao segurado o pagamento das sessões excedentes, ainda que tenham sido indicadas como necessárias pelos profissionais de saúde. Já no SUS, foi estabelecido protocolos a serem empregados no tratamento do Transtorno do Espectro Autista.

Em Goiás, uma ação que tramita na Justiça Federal condenou a ANS para declarar a inaplicabilidade das limitações previstas na Resolução Normativa n. 428/2017 da ANS, no que toca precisamente sobre sessões ou consultas de psicoterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e fisioterapia para reabilitação do retardo do desenvolvimento psicomotor de pessoas com transtorno do espectro autista.

Quando questionados pelo MPF, o Conselho Federal de Medicina, o Conselho Federal de Psicologia, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia e a Associação Brasileira de Autismo reconheceram a necessidade de tratamento do TEA por equipe multidisciplinar. AANS porém, em sua manifestação, considerou desnecessária a edição de protocolos específicos ao tratamento do Transtorno do Espectro Autista em sua resolução.

O MPF requer o reconhecimento da inaplicabilidade de limite das sessões de psicoterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e fisioterapia, previstas no anexo II da Resolução Normativa n. 428/2017 da ANS para o tratamento de pessoas com transtorno do espectro autista no estado da Bahia e que a ANS, após retirado o limite de sessões, dê ampla divulgação em seu site para conhecimento público, além de todas as operadoras de planos privados de saúde – que deverão informar seus respectivos beneficiários – da mudança na normativa; e, no prazo de 180 dias, inclua protocolos clínicos específicos e eficazes para o tratamento de pessoas com transtorno do espectro autista, fundamentados em tratamentos internacionalmente reconhecidos, como os citados na ação.

Fonte: https://revistareacao.com.br/mpf-ba-quer-sessoes-ilimitadas-para-tratamento-de-pessoas-com-autismo/

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CRF-SP é o primeiro conselho profissional a receber o Selo de Acessibilidade Digital

O portal do CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia de São Paulo) tem, desde o ano passado, o Selo de Acessibilidade Digital emitido pela Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA), órgão vinculado à Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, responsável pelas políticas de acessibilidade da Prefeitura de São Paulo, que certifica páginas web que cumprem com os critérios de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente para deficientes visuais e auditivos. O CRF-SP é o primeiro conselho profissional do país a receber o Selo de Acessibilidade Digital. 

O portal do CRF-SP foi inteiramente remodelado por decisão da atual diretoria, de forma a promover a transparência das informações, bem como a acessibilidade e a inclusão. Agora, com a certificação, fica garantido às pessoas com deficiência visual ou auditiva o acesso às informações que envolvem a profissão farmacêutica. O trabalho foi desenvolvido pela equipe do Departamento de Tecnologia da Informação (DTI), com coordenação da Ouvidoria e da Governança Corporativa, mas envolveu praticamente toda a instituição. Para a diretoria do CRF-SP, trata-se de mais uma importante conquista e mostra o compromisso dos farmacêuticos paulistas com ações de responsabilidade social.

O Selo de Acessibilidade Digital foi lançado em maio de 2018 com o objetivo de promover, em todo o país, o conhecimento e a consciência sobre a importância de observar as boas práticas da acessibilidade na web, assim como reconhecer as organizações que já têm sites e portais acessíveis. A avaliação segue os critérios estabelecidos no Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG), do governo federal, e as diretrizes de verificação previstas na Portaria nº 08/SMPED-GAB/2018, que regula o Selo de Acessibilidade Digital.

Fonte: https://revistareacao.com.br/crf-sp-e-o-primeiro-conselho-profissional-a-receber-o-selo-de-acessibilidade-digital/

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