A Mais Diferenças é a única organização finalista do prêmio Jabuti 2020 que trabalha com a temática de pessoas com deficiência. A instituição está entre os cinco finalistas da categoria “Fomento à Leitura”.
A Cerimônia de premiação será virtual e acontecerá no dia 26 de novembro, às 19h, no Facebook e no Youtube da Câmara Brasileira do Livro (CBL). Desde 2005, a Mais Diferenças desenvolve projetos voltados para o fomento da educação inclusiva e cultura, produzindo mais de 60 livros de literatura em múltiplos formatos acessíveis e formando mais de 3.000 pessoas em estratégias de mediação de leitura acessível e inclusiva.
Para democratizar o acesso ao livro a todos, a organização participa de redes e fóruns, promove formações para educadores e monitora os marcos legais, além de produzir livros baseados nos princípios do desenho universal, ou seja, acessível simultaneamente a pessoas com diferentes tipos de deficiência.
“É uma alegria e muito importante ser finalista do Prêmio Jabuti, uma vez que a Mais Diferenças desenvolve diferentes ações vinculadas aos eixos da Política Nacional de Leitura e Escrita“, comemora Carla Mauch, Coordenadora Geral da organização. O trabalho desempenhado tem como ponto de partida o lema “Nada sobre nós sem nós”. “Trazemos visibilidade e representatividade das pessoas com deficiência em todos os processos para garantir a democratização do acesso ao livro, à literatura e à leitura”.
A MD criou uma metodologia pioneira de produção de livros acessíveis, que reúnem na mesma obra narração e texto, audiodescrição, interpretação em Libras e Leitura Fácil. Os livros têm financiamento público e privado e são disponibilizados às pessoas com deficiência, suas famílias e profissionais da educação e da cultura que atuam junto a este público. As obras são, em sua maioria, gratuitas. Você pode conhecê-las na aba Biblioteca do site da Mais Diferenças.
Um dos colaboradores da Mais Diferenças é Danilo Santos, que é uma pessoa surda e interpreta muitos dos livros audiovisuais acessíveis produzidos pela organização. Ele trabalha em parceria com outra intérprete e eles se revezam. “Essa participação no trabalho é muito importante pela inclusão e representatividade”, afirma Danilo.
Outro diferencial da metodologia dos livros audiovisuais acessíveis é o foco no letramento visual. “Isso significa que todos os recursos de acessibilidade estão disponíveis a todos. A descrição das imagens é narrada por uma pessoa e também interpretada em Libras (Língua Brasileira de Sinais), para que as pessoas com deficiência auditiva também tenham acesso a essa informação”, explica Carla Mauch.
Fonte: https://revistareacao.com.br/mais-diferencas-e-unica-organizacao-de-pessoas-com-deficiencia-finalista-do-premio-jabuti-2020/
POSTADO POR ANTÔNIO BRITO
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