Conforme a professora, doutora e pesquisadora Cínara Ludvig Gonçalves, que desenvolve e lidera pesquisas sobre o TEA na Unesc, o tema tem relevância clínica, social e científica, especialmente quando se percebe o aumento considerável no número de casos do autismo nos últimos dez anos. “Dados epidemiológicos sobre a prevalência do autismo no Brasil ainda são incipientes. Porém, pesquisas recentes nos Estados Unidos indicam que uma a cada 62 crianças tem o diagnóstico de autismo. A elevada prevalência pode ser esperada no Brasil e no mundo”, explica Cínara.
Apesar da numerosa manifestação do Transtorno, a pesquisadora ressalta que o diagnóstico ainda possui um estigma que precisa ser trabalhado. “As nuances do TEA precisam ser conhecidas e debatidas amplamente. Eventos como este se colocam como fundamentais para todos, não apenas profissionais da área da saúde. Serão discussões guiadas por especialistas, que vão tratar do assunto de maneira científica, mas também acessível ao público em geral”, destaca.
Dentro da proposta, o objetivo do Simpósio é esclarecer o assunto, trazendo para o diálogo elementos como as novas abordagens terapêuticas, o que está sendo estudado dentro e fora do Brasil e proporcionar uma atualização completa. O evento é vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da Unesc.
As inscrições podem ser feitas diretamente no site do Simpósio – https://doity.com.br/xvi-
Transtorno do Espectro Autista
O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que ocorre precocemente, com a alteração em processos importantes no desenvolvimento social, cognitivo e da comunicação. Pessoas com TEA apresentam déficits na comunicação e interação social, com pouca flexibilidade para mudanças de rotina, além de dificuldades para compartilhar emoções e integrar as diferentes percepções sensoriais. O diagnóstico ainda é clínico, o que pode muitas vezes, levar as famílias a buscarem a opinião de vários profissionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário