"Após a lesão...
Nas mulheres, pode haver ausência de sensibilidade e déficit de lubrificação, mas a ovulação é preservada.
Nos rapazes, pode ocorrer ausência de ereção, de ejaculação, perda de sensibilidade ou uma hipersensibilidade – o que pelo nome parece bom, mas não é! A hipersensibilidade pode ser precedida como dor. A fertilização pode ficar comprometida devido a uma queda da taxa de produção de espermatozoides. E é comum existirem ereções involuntárias.
No processo de reabilitação, diversas atividades podem ser reaprendidas ou readequadas. E é assim também no que diz respeito ao sexo. Claro que esse processo leva tempo e autoconhecimento. Mas o importante é que é possível ter uma vida sexual ativa e prazerosa. Na realidade, depois da lesão, você acaba aprendendo a dissociar o prazer sexual do ato em si. A coisa passa a não ser só rala e rola. E, de certa maneira, isso traz qualidade para o relacionamento. O tesão vai estar mais ligado à intimidade e ao emocional.
Se a pessoa não sente boa parte do corpo, como serão as preliminares? Bom, dá pra explorar as partes do corpo que se sente. Até o mais tetra dos tetraplégicos sente a orelha, a boca, o couro cabeludo. O estímulo visual ganha uma atenção especial. Falar coisas sensuais também atiça os hormônios. E tem mais, o orgasmo é uma função cerebral. No cérebro há o que se chama de centros de prazer: diversos núcleos onde se concentram as células nervosas responsáveis pela sensação de prazer. Ou seja, é possível ter orgasmo mesmo sem sentir os órgãos genitais. E, é bom lembrar, ejaculação não é a mesma coisa que orgasmo. É possível ter orgasmo sem ter ejaculação".
Trecho do livro: Na minha cadeira ou na tua? (Juliana Carvalho)
#ParatodosVerem
O desenho mostra lateralmente dois casais, um homem cadeirante pintado de azul e uma mulher cadeirante pintada de rosa. Ambos têm uma pessoa atrás deles pintados de cinza. Entre eles tem um coração lilás e acima deles está escrito "sexualidade e lesão medular". Aparece a marca da página janela da Patty inclusiva.
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Postado por Antônio Brito
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