30/05/2025

Audiência Pública debate dificuldade de acesso ao diagnóstico e ao tratamento adequado da obesidade


Audiência Pública debate dificuldade de acesso ao diagnóstico e ao tratamento adequado da obesidade

A dificuldade de acesso ao diagnóstico e ao tratamento adequado da obesidade será debatida durante a audiência pública na Câmara dos Deputados no dia 12 de junho

Com a solicitação do Vozes do Advocacy – Federação de Associações e Institutos de Diabetes e Obesidade e autoria da Deputada Federal Fernanda Pessoa (CE), a audiência pública sobre A dificuldade de acesso ao diagnóstico e ao tratamento adequado da obesidade ocorrerá na Câmara dos Deputados, em Brasília, no próximo dia 12 de junho, às 9h.  

Segundo a OMS, obesidade é o excesso de gordura corporal em quantidades que ofereçam risco à saúde. A doença é um dos principais problemas do mundo, atingindo mais de 1 bilhão de pessoas, e uma das causas de outros problemas, como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares. Os Dados do Atlas Mundial da Obesidade deste ano mostram que um a cada três brasileiros, ou seja, 31%, vive com obesidade, chegando a quase 45 milhões de pessoas.

Pesquisas comprovam que o problema está associado à significativa alteração do padrão alimentar, com a redução do consumo de alimentos in natura ou minimamente processados e maior participação de opções ultraprocessados. Além disso, hábitos não saudáveis, que incluem o excesso de tempo gasto em comportamentos sedentários, impulsionados pelo uso excessivo de telas, atrelado a pouca ou nenhuma prática de atividade física, são cada vez mais frequentes.

Com este cenário, o debate na audiência pública será sobre discutir políticas públicas para melhorar o acesso ao tratamento no Brasil, prevendo reeducação alimentar e atividade física, com auxílio de remédios. O objetivo é discutir o acesso no SUS, em estados e municípios, a especialidades médicas, a importância da implementação da teleconsultas, as filas de acesso à cirurgia bariátrica no país, o reganho de peso pós bariátrica, por falta de acompanhamento transdisciplinar.

Segundo Vanessa Pirolo, Presidente do Vozes do Advocacy, “a obesidade é a única doença crônica sem medicamento no SUS. A iniquidade na assistência à saúde de pessoas com obesidade ainda é imensa, por falta de estrutura das unidades de saúde como também de profissionais devidamente capacitados para atendimento deste público, sem citar a fila de mais de dez anos para ter acesso à cirurgia bariátrica em muitos dos municípios brasileiros”.

O evento ocorre no Plenário 7, no Anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília. Será também transmitido ao vivo no Canal do YouTube da Comissão de Saúde: https://www.youtube.com/watch?v=X3nzv2QiCwc

Sobre o Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 25 associações e de 2 institutos de diabetes, o Vozes do Advocacy é uma Federação de Organizações que promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a população brasileira sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as condições, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado delas.

Fonte https://diariopcd.com.br/2025/05/30/audiencia-publica-debate-dificuldade-de-acesso-ao-diagnostico-e-ao-tratamento-adequado-da-obesidade/

Postado Pôr Antônio Brito

29/05/2025

NOTA DE AGRADECIMENTO

 


Nós, que fazemos a Associação dos Deficientes de Tabira – ADET, vimos por meio desta agradecer à Gestão Municipal que, por meio da Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes, atendeu a um pleito antigo das pessoas com deficiência, que foi a instalação do camarote acessível durante as festividades de emancipação política do nosso município, cumprindo assim o que está descrito do artigo 42 ao artigo 45 da Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015).

Tal iniciativa pode parecer irrelevante para algumas pessoas, mas, para nós, que temos dificuldade de locomoção e nos deparamos diariamente com vários obstáculos, é de fundamental importância, pois é uma das formas que nós temos de participar de eventos desse tipo, visto que há integrantes da nossa associação que a mais de vinte anos não assistia a uma festa de rua por falta de equipamentos de acessibilidade e agora isso foi possível graças a sensibilidade da gestão municipal.

Então, fica aqui o nosso agradecimento a todos os que colaboraram e seguimos na esperança de que mais políticas públicas que melhorem a vida das pessoas com deficiência sejam implantadas em nosso município.

 

Atenciosamente,

Luiz Antonio da Silva

(Presidente)





 

 


 
Matéria: Eniel Alves

Postagem: Heleno Trajano.

Mês da Conscientização das MPSs alerta sobre a importância de saber mais sobre doenças genéticas raras

 Mês da Conscientização das MPSs alerta sobre a importância de saber mais sobre doenças genéticas raras

Pacientes aguardam ansiosamente pelo tratamento que segue em aprovação na Anvisa

Maio é o mês Conscientização das Mucopolissacaridoses (MPS), doenças genéticas raras, progressivas e que impactam profundamente a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias. A data foi criada para fomentar discussões e ampliar o conhecimento das pessoas sobre essa condição. Para amplificar esse debate, a MPS Week marca uma semana inteira dedicada a levar informações e conscientização. Além da data chamar atenção para a necessidade do diagnóstico precoce, também visa reforçar a importância de políticas públicas efetivas e, principalmente, do acesso a tratamentos capazes de mudar o curso da doença – um dos principais desafios enfrentados no Brasil que aguarda a aprovação de um medicamento inovador pela Anvisa.

Entre os subtipos das MPS, destaca-se a MPS tipo II, também conhecida como Síndrome de Hunter, que é a forma mais comum no Brasil. A condição é causada por uma falha genética que afeta a produção de uma enzima essencial para o metabolismo celular, responsáveis pela degradação dos glicosaminoglicanos (GAGs) e acomete quase exclusivamente meninos, provocando acúmulo de substâncias tóxicas no organismo. O quadro clínico inclui aumento de órgãos, dificuldades respiratórias, alterações cognitivas e deterioração neurológica progressiva, que podem comprometer a autonomia e reduzir drasticamente a expectativa de vida.  

Frente a esse cenário que impacta a qualidade de vida de diversos pacientes, existe um tratamento inovador que representa uma esperança concreta para quem convive com MPS tipo II. Trata-se de uma terapia enzimática pioneira, já aprovada no Japão desde 2021, que é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica – o que permite agir diretamente no sistema nervoso central, onde os medicamentos convencionais não atuam. A terapia encontra-se atualmente em fase final de aprovação pela Anvisa, sendo aguardada com grande expectativa por especialistas, pacientes e familiares. 

Nos estudos clínicos, os indicadores de eficácia foram bem evidentes, com redução dos biomarcadores da doença no sangue, na urina e no líquido cefalorraquidiano, o que indica atuação também no sistema nervoso central. Além disso, observamos melhora cognitiva, respiratória, na função hepática e na interação social. Quando pensamos que a MPS II é uma doença rara, com cerca de dois novos casos diagnosticados por mês no Brasil, e que os pacientes fora do estudo seguem sofrendo com a progressão neurológica da doença, compreendemos o quanto é urgente e necessária a aprovação desse tratamento pela Anvisa”, afirma o Dr. Roberto Giugliani, geneticista da UFRGS e um dos responsáveis pelos estudos clínicos no Brasil. 

Enquanto a aprovação do novo medicamento para o uso no Brasil enfrenta uma série de dificuldades, a maioria delas relacionadas à própria gravidade da doença, que degrada os pacientes, a celebração da MPS Week é extremamente relevante, pois reforça não apenas a importância da informação e do diagnóstico precoce, mas também o direito dos pacientes de doenças raras a um tratamento digno, eficaz e acessível. A mobilização social e científica em torno da aprovação do novo medicamento simboliza um passo crucial rumo a um futuro com mais equidade e qualidade de vida para quem convive com essa condição. 

“Celebramos a MPS Week todos os anos pois o nosso propósito é melhorar a vida dos pacientes aplicando conhecimento científico e tecnologias exclusivas para pesquisar, desenvolver e fornecer terapias de última geração, ampliando o conhecimento sobre a doença para a sociedade”, afirma, Vanessa Tubel, CEO da JCR Farmacêutica, empresa que desenvolve o novo medicamento. 

Referências: 

Ministério da Saúde  

Clinical development times for innovative drugs 

Estimated Research and Development Investment Needed to Bring a New Medicine to Market, 2009-2018 

National Center for Biotechnology Information 

RDC (Resolução de Diretoria Colegiada) n° 205, da Anvisa (https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2017/rdc0205_28_12_2017.pdf); 

Doenças raras – Informações gerais, da Anvisa 

Mecanismos inovadores de acesso pré-comercialização a tecnologias para doenças raras no Brasil: um estudo de caso de alfapabinafuspe para mucopolissacaridose tipo II 

Fonte https://diariopcd.com.br/2025/05/28/mes-da-conscientizacao-das-mpss-alerta-sobre-a-importancia-de-saber-mais-sobre-doencas-geneticas-raras/

Postado Pôr Antônio Brito 

Seleções de vôlei sentado avançam para finais do Campeonato Zonal Pan-Americano nos Estados Unid


Atletas da Seleção Brasileira masculina de vôlei sentado em quadra durante competição internacional | Foto: Alessandra Cabral/CPB

O Brasil avançou às finais do Campeonato Zonal Pan-Americano de vôlei sentado, disputado em Denver, nos Estados Unidos, com suas Seleções masculina e feminina. A disputa começou no domingo, 24, e se encerra nesta quarta-feira, 28.

A equipe feminina entra em quadra ainda nesta terça-feira, 27, às 18h (de Brasília), contra os Estados Unidos. Já a final masculina será na quarta-feira, 28, às 15h, entre Brasil e o vencedor do confronto entre Canadá e Estados Unidos.

A seleção masculina permanece invicta na competição, também disputada por Estados Unidos, Canadá e Argentina. Nesta terça-feira, 27, os brasileiros venceram a semifinal contra a Argentina por 3 a 0 (parciais de 25/13, 25/11 e 25/10).

Antes, na segunda-feira, 26, os brasileiros tiveram uma partida bastante acirrada, na qual derrotaram os Estados Unidos pelo placar de 3 sets a 0, com parciais de 25/23, 27/25, 25/23.

A Seleção feminina chegou à final após dois jogos nessa segunda-feira, 26, pela fase de grupos. Na primeira partida do dia, as brasileiras venceram o Canadá por 3 sets a 0 (parciais de 25/10, 25/13 e 25/16). Já no segundo jogo a chave, contra os Estados Unidos, a equipe foi superada por 3 sets a 1, (25/15, 20/25, 17/25 e 25/27.

A Seleção Brasileira masculina de vôlei sentado conquistou a última edição do Pan-Americano da modalidade, torneio em Edmonton, no Canadá, em 2023. O título veio com uma vitória por 3 sets a 0 sobre a Argentina (parciais 25/15, 25/11 e 25/11).

*Com informações da Confederação Brasileira de Voleibol para deficientes (CBVD).

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/selecoes-de-volei-sentado-avancam-para-finais-do-campeonato-zonal-pan-americano-nos-estados-unidos/

Postado Pôr Antônio Brito 

Cadeirante se arrisca entre carros em avenida movimentada no Rio de Janeiro

Cadeirante circula entre carros em avenida do RJ, expondo falta de acessibilidade e transporte adequado. O ato gerou debate sobre inclusão e mobilidade urbana.

Cadeirante se arrisca entre carros em avenida movimentada no Rio de Janeiro

Essa imagem foi mostrada nos últimos dias em praticamente todos os telejornais e também na internet. Ela mostra uma pessoa com sua cadeira de rodas motorizada, circulando como se fosse um automóvel pela rede viária. Numa avenida movimentada no Rio de Janeiro/RJ.

O que ele faz é errado e de fato, muito perigoso. Mas será que ele não sabe o risco que correu? Quais serão os motivos que o levaram a agir assim?

É fácil criticar, mas o difícil é uma pessoa em cadeira de rodas sair de sua casa, utilizando as calçadas, para poder se locomover em segurança. Poucos se perguntam, mas como será que esse cidadão sai de casa para trabalhar, para sustentar a si mesmo e à sua família?

Onde está o transporte público acessível, que deveria garantir seu direito de ir e vir com segurança e dignidade? Onde está a acessibilidade nas calçadas, nas vias públicas, nos espaços de convivência? Onde estão as isenções fiscais efetivas que lhe permitiriam adquirir um veículo adaptado?

Outros cadeirantes Brasil afora saíram em defesa dele, pois como cadeirantes também, podem afirmar com propriedade que muitas vezes também precisaram se arriscar entre os carros numa via pública, porque simplesmente não havia outra opção.

As calçadas, quase sempre, são intransitáveis para quem depende de uma cadeira de rodas. Buracos, desníveis, ausência de rampas, obstáculos. E como fazer? Qual a alternativa?

Por isso, antes de julgar quem está se arriscando, é preciso entender que o risco, na verdade, muitas vezes não é uma escolha e sim, uma alternativa única e às vezes até, uma imposição da situação.

Ele foi imprudente sim, se arriscou, mas a verdadeira imprudência está na omissão do poder público e da sociedade, que seguem ignorando as necessidades e os direitos de quem vive com deficiência.

Saiba mais no link: https://www.instagram.com/reel/DJ_s5HxOuzD/?igsh=MTc3Y3F4MXh6MHA2cA==

 
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=1b4cdc7b-53c4-403d-964f-5ece36c3f5bb
 
Postado Pôr Antônio Brito 

28/05/2025

Lei de Acessibilidade no Brasil






 A lei de acessibilidade no Brasil é a Lei nº 10.098/2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Esta lei garante o acesso a edifícios, transporte, comunicação, eventos e outros espaços públicos e privados. 
Detalhes:
Lei nº 10.098/2000:
A lei estabelece critérios básicos para garantir a acessibilidade em diversos setores, incluindo edifícios, transporte, comunicação, eventos e outros. 
Acessibilidade em edifícios:
A lei exige a remoção de barreiras arquitetônicas, como rampas, corrimãos, elevadores acessíveis e sinalização tátil. 
Acessibilidade em transportes:
A lei garante o acesso a transportes públicos e privados, com adaptações para pessoas com deficiência, como cadeiras de rodas e elevadores. 
Acessibilidade em comunicações:
A lei exige a adaptação da comunicação para pessoas com deficiência auditiva e visual, como a utilização de libras, legendas e materiais em braille. 
Fiscalização:
A fiscalização da lei de acessibilidade é feita pelos órgãos públicos, como os Conselhos de Direitos da Pessoa com Deficiência, e por meio de denúncias da população. 
Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015):
Esta lei complementa a Lei nº 10.098/2000, estabelecendo normas mais detalhadas para a promoção da inclusão e participação social das pessoas com deficiência. 
Outras leis:
Existem outras leis que tratam de acessibilidade, como a Lei nº 12.531/2011, que trata da acessibilidade em eventos públicos e privados, e a Lei nº 13.825/2019, que estabelece a obrigatoriedade de banheiros químicos acessíveis em eventos.

 Fonte Postado Pôr Antônio Brito

Cidadania Interrompida: Pessoas com Deficiência e a Invisibilidade no Brasil do Censo 2022

Cidadania Interrompida: Pessoas com Deficiência e a Invisibilidade no Brasil do Censo 2022

OPINIÃO

  • Por Jairo Varella Bianeck

Na vastidão estatística do Brasil, o Censo Demográfico de 2022 revelou números que falam alto — ainda que muitos permaneçam em silêncio. Dentre os dados mais gritantes está a constatação de que 18,6 milhões de brasileiros convivem com algum tipo de deficiência. Esse número, que representa 8,9% da população nacional, coloca no centro do debate uma pergunta: que Brasil é esse que conta corpos, mas esquece direitos?

O avanço metodológico do IBGE, ao adotar os parâmetros da Classificação Internacional de Incapacidade e Saúde (CIF/OMS), permitiu traçar um retrato mais fiel da funcionalidade humana. Não se trata mais de marcar X em caixas fixas, mas de observar limitações reais no dia a dia: dificuldades para ver, ouvir, andar, lembrar ou cuidar de si. Ainda assim, os números não contam toda a história.

O retrato da exclusão

A cada quatro domicílios visitados pelos recenseadores, um abrigava pelo menos uma pessoa com deficiência. Mas o que essa presença significa quando ainda há escolas sem rampas, ônibus sem elevadores, ruas sem calçadas acessíveis, prédios públicos sem intérprete de Libras ou sem material em braile?

O censo evidencia, mas não resolve, a invisibilidade estrutural de um grupo que, historicamente, tem seus direitos negados — mesmo estando explícitos na Constituição e na Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015). Os dados não escancaram apenas a deficiência física ou sensorial. Eles revelam a deficiência do próprio Estado em incluir, ouvir e garantir dignidade.

O paradoxo do nome: ter CPF sem ter acesso

Tal como os mais de 1,2 milhão de brasileiros sem registro civil — também revelados pelo Censo —, milhares de pessoas com deficiência vivem uma cidadania pela metade. Elas até existem nos registros, mas não nos orçamentos. Estão nas planilhas do IBGE, mas não nas prioridades do PAC. São vistas nas ruas, mas não contempladas nos planos de mobilidade urbana. São mencionadas em discursos, mas esquecidas nas políticas.

Sem acessibilidade, não há democracia

A Constituição Federal, ao afirmar em seu art. 1º, III, que a dignidade da pessoa humana é fundamento da República, exige do Estado muito mais do que intenções. Exige infraestrutura, capacitação, orçamento, fiscalização. Exige que o acesso universal não seja utopia, mas política de Estado.

E isso vai além das rampas. Acessibilidade, como ensina a LBI, é um conjunto de medidas que garantem às pessoas com deficiência a possibilidade de viverem com autonomia e participarem em igualdade de condições. Trata-se de garantir direito ao afeto, à arte, à educação, ao trabalho, à sexualidade e à mobilidade.

O Brasil que conta precisa aprender a ouvir

Não basta saber que quase 19 milhões de brasileiros têm deficiência. É preciso escutar o que seus corpos, suas rotinas e seus silêncios revelam. É preciso transformar número em narrativa, estatística em estratégia, e dado em dignidade.

É hora de o Brasil compreender que cidadania não começa no CPF nem termina na urna eleitoral. Cidadania se manifesta no piso tátil das calçadas, na legenda dos vídeos, no atendimento sensível de um médico, no livro acessível na escola, na presença no mercado de trabalho.

O censo gritou. Agora é hora de agir.

Referências:

IBGE. Censo Demográfico 2022 – Pessoas com Deficiência. Disponível em: https://www.ibge.gov.br

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

Lei 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência (LBI)

  • * Jairo Bianeck é Advogado dedicado ao direito das Pessoas com Deficiência e Direito de Família. 

Fonte https://diariopcd.com.br/2025/05/26/cidadania-interrompida-pessoas-com-deficiencia-e-a-invisibilidade-no-brasil-do-censo-2022/

Postado Pôr Antônio Brito 

CPB e Governo de São Paulo iniciam atividades da Escola da Inclusão


O Comitê Paralímpico Brasileiro, por meio do programa Inspiração Paralímpica, e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo iniciaram nesta segunda-feira, 26, as atividades da Escola da Inclusão, espaço dedicado à formação de pessoas com deficiência. A iniciativa foi instituída por meio de decreto do Governo estadual.

A Escola já recebeu mais de 800 inscrições para cursos esportivos e culturais. Eles serão realizados a partir desta semana no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, por profissionais especializados, em um ambiente acessível, seguro e inclusivo.

As atividades são destinadas a crianças a partir de seis anos e adultos com 23 anos ou mais, com diferentes tipos de deficiência. Os participantes serão distribuídos em turmas de até dez pessoas cada, para garantir a qualidade do atendimento.

A partir desta semana, serão oferecidos cursos de tênis de mesa, showdown, jogos de tabuleiro, fundamentos de luta, bocha e ginástica funcional. As atividades esportivas oferecidas no projeto tem como principal objetivo a busca pelo bem-estar e desenvolvimento pessoal.

“A Escola da Inclusão será um espaço para garantir o acesso à cultura, esporte e desenvolvimento pessoal para que cada pessoa com deficiência possa se sentir protagonista da própria história”, afirmou Marcos da Costa, secretário dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo.

A Escola da Inclusão foi lançada após o CPB vencer em 2024 edital público da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo para a gestão dos imóveis de número 16 e 17 localizadas na entrada do Centro de Treinamento Paralímpico.

O projeto vem somar às iniciativas do CPB que visam a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade para além do desenvolvimento do esporte paralímpico já realizado pela entidade.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/cpb-e-governo-de-sao-paulo-iniciam-atividades-da-escola-da-inclusao/

Postado Pôr Antônio Brito 

Pará: Entrega de cadeiras de rodas pela Primeira Igreja Batista e Joni and Friends

De 18 a 22/08/2025, a Primeira Igreja Batista do Pará e Joni and Friends entregarão mais de 100 cadeiras de rodas no Norte do Brasil, promovendo inclusão e apoio à população carente.

Pará: Entrega de cadeiras de rodas pela Primeira Igreja Batista e Joni and Friends

De 18 a 22 de agosto de 2025, a Primeira Igreja Batista do Pará, em parceria com a Joni and Friends, fará a primeira entrega de cadeiras de rodas no Norte do Brasil.

O projeto Joni & Friends envolve 4 pilares: espiritual, social, físico e emocional. Compreende que as pessoas são corpo de Cristo e precisam estar aptas a servir e ser uma rede de apoio nas mais adversas situações.

No Pará, serão 5 dias com a previsão de entrega de mais de 100 cadeiras à população carente.

Se você é do Pará e está precisando ou conhece alguém que precisa de uma cadeira de rodas, andador, muleta ou bengala, acesse o link e faça o pré-cadastro.

Saiba mais no link:

 
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=22504392-789b-4d2c-bdf8-b794c3b2c161
 
Postado Pôr Antônio Brito 

27/05/2025

Camarote da Acessibilidade - Festa de Aniversário - 76 anos de Tabira.

 


Bom dia! 

Que alegria! ver as políticas públicas acontecendo em prol da Inclusão das Pessoas Com Deficiência do nosso município, é A ADET fazendo jus a sua história de 21 anos de fundação, parabéns Presidente Luiz Antônio (Nem), parabéns a toda diretoria...

Um abraço de Inclusão a toda Família ADET...

"São 21 Anos de Respeito...

Vencendo Preconceitos,

E Revendo Conceitos"...




Postagem: Heleno Trajano.

A Imagética da Deficiência! Alguém sabe me dizer o que é isto?

Pode ser um doodle de 1 pessoa
Trata-se do meu mais recente artigo para a Revista Consumidor Moderno, com agradecimento à editora Julia Fregonese!
Nele explico que letramento diz respeito às palavras e imagética às imagens, aos esteriótipos, como as pessoas com deficiência são retratadas visualmente!
Sem falsa modéstia, trata-se de abordagem absolutamente original e pioneira sobre como tudo isso impacta na maneira como a sociedade em geral enxerga e entende as pessoas com deficiência e o processo de inclusão!
Leia abaixo ou acesse o link da publicação original:
Acesse! Leia! Reflita! Comente! E compartilhe!
A Imagética da Deficiência
A imagética da deficiência pode reforçar o capacitismo, estereótipos e narrativas equivocadas sobre a realidade das pessoas com deficiência.
Já estamos acostumados ao conceito de letramento, mas, não, ao de imagética da deficiência, este tão ou mais importante do que aquele. Enquanto letramento, neste contexto, pode ser definido como o processo pelo qual pessoas aprendem e desenvolvem consciência sobre os significados, representações, direitos e dinâmicas sociais relacionadas à deficiência. Imagética se refere ao conjunto das imagens mentais, simbólicas ou visuais, positivas ou negativas, realistas ou fantasiosas, que marcam a forma como a deficiência é vista e percebida pela sociedade.
Na verdade, ambos os conceitos são complementares e interagem entre si. Ou seja, a palavra impacta a imagem e vice-versa, influenciando e, não raro, determinando como compreendemos mentalmente uma questão e, consequentemente, como nos comportamos em relação a ela.
Idealmente, hoje, a discussão sobre estes conceitos tem como objetivo o desenvolvimento de nossa capacidade crítica de compreender, interpretar, questionar e transformar os discursos, práticas sociais, simbologias e estruturas que envolvem a deficiência. Indo muito além do técnico ou biomédico, propondo, na verdade, uma transformadora alfabetização social, cultural e política, visando promover o reconhecimento e o combate ao capacitismo, a valorização da diversidade corporal e sensorial, bem como a promoção de práticas verdadeiramente inclusivas.
Semânticas estabelecidas, vamos analisar como as pessoas com deficiência são retratadas visualmente, quais os reflexos dessa imagética e como ela é contemplada pela sociedade em geral. Para formular as referências abaixo, contei com a colaboração do amigo Rodrigo Credidio, da consultoria Goodbros, mestre em empatia corporativa!
Para começar, você já ouviu falar sobre Cesare Lombroso? Na transição para o século XX, Lombroso (1835–1909), considerado o pai da criminologia moderna, propunha a teoria do “criminoso nato”, segundo a qual certas pessoas nascem propensas ao crime por causa de características biológicas e físicas, como formato do crânio, assimetria facial, orelhas irregulares, sobrancelhas grossas, mandíbula saliente etc. Resumindo: associava traços físicos a características comportamentais, alteridade corporal a periculosidade moral. Os Irmãos Metralha, personagens da Disney, representam, para mim, em termos de estereótipo, essa teoria determinista.
Esse imaginário foi duramente combatido por falta de comprovação científica, assim como por se contrapor ao humanismo, ao antropocentrismo e ao livre arbítrio. Embora, empiricamente, esses estereótipos estéticos, para o bem ou para o mal, sempre influenciaram – e ainda o fazem – a maneira como as pessoas enxergam e avaliam as outras.
A imagética lombrosiana tinha foco na identificação de criminosos, mas é possível fazermos um paralelo com o conjunto de representações visuais, simbólicas e culturais, que, ao longo da história, também marcaram os corpos com deficiência, sempre com significados estigmatizantes – ora como monstros, como aberrações, ora como heróis da superação. Esses preconceitos estão no cerne do capacitismo estrutural, que invisibiliza a complexidade dos indivíduos com deficiência, reduzindo-os, por default, à condição de, como explicita o próprio termo, incapazes.
Demonstrando, na prática, como esses arquétipos estão arraigados, a indústria cultural – com destaque, aqui, novamente para a Disney – reproduz e consolida essa imagética. Personagens com deficiências ou traços “anormais” são comumente associados à maldade, ao grotesco ou ao crime. Por exemplo, o vilão Lotso, de Toy Story 3, usa uma bengala após ser corrompido; o pirata de Enrolados tem um gancho no lugar da mão; e o próprio Capitão Gancho, de Peter Pan, é um homem mutilado, marcado pelo desejo de vingança. Isso tudo não é acidental, pois pertence a um repertório visual que conecta deficiência a desvio de caráter, o corpo fora do padrão à incapacidade.
Para mim, o personagem mais emblemático dessa imagética é o Corcunda de Notre Dame, nosso conhecido Quasímodo! Deformado, foi segregado – como sempre se fez e ainda acontece– à torre da igreja, provocando medo e piedade, mesmo que o filme tente inverter a narrativa, com o “monstro” que é bom e o “normal” que é perverso.
Da ficção para as campanhas publicitárias, cada vez mais “inclusivas”, as pessoas com deficiência, via de regra, me parecem deslocados e fora de contexto, sempre apresentadas como heróis, que “venceram limites” ou que são “exemplos de vida”, mas nunca como cidadãos comuns. Além do mais, frequentemente, esses comerciais utilizam atores sem deficiência para representar pessoas com deficiência, prática conhecida como “cripface“, ainda por cima, excluindo artistas com deficiência de oportunidades de trabalho e visibilidade.
Também contribuindo para que a imagética seja negativa, temos os símbolos técnicos usados para representar acessibilidade e deficiência, normalmente naquele azul característico, como o da cadeira de rodas, do amputado, da bengala ou do cão-guia. Embora essas imagens sejam essenciais para indicar recursos disponíveis, sua utilização reforça a associação da deficiência à limitação e à dependência, em vez de promover uma visão das capacidades e contribuições potenciais.
Outro exemplo notório de uso equivocado de imagens, agora na linha do “coitadismo” beneficiente, se dá nos Teletons, que buscam arrecadar fundos para instituições que atendem pessoas com deficiência. Para tanto, como estratégia de marketing, mostram crianças e jovens com deficiências severas, intelectuais e múltiplas, com o intuito de sensibilizar – e, aqui entre nós, provocar sentimento de culpa –, para que o público faça mais doações. Mesmo que a iniciativa tenha objetivos nobres e seja importante que a sociedade saiba da existência dessas pessoas, os fins não justificam os meios, principalmente por oferecerem uma ultrapassada visão assistencialista da deficiência.
Como com os esforços do letramento, temos que buscar desconstruir essa imagética “lombrosiana” e substituí-la por narrativas visuais mais positivas, mais reais, nas quais a deficiência deve ser retratada como uma característica e, não, como definidora da essência das pessoas! Romper com esses roteiros pré-fabricados do capacitismo inaceitável, criando uma nova imagética, é tarefa urgente para quem luta por uma cultura verdadeiramente inclusiva, em um mundo mais diverso e plural, melhor para todos, sem exceções.
Cid Torquato é advogado e CEO do ICOM. Foi Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo entre 2017 e 2021 e Secretário Adjunto de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência entre 2008 e 2016. É autor do livro “Empreendedorismo sem Fronteiras – Um Excelente Caminho para Pessoas com Deficiência”.
Caso queira interagir com Cid Torquato sobre esse artigo, use o e-mail cid.torquato@ame-sp.org.br ou seu perfil nas redes sociais!

Postagem: Heleno Trajano.

26/05/2025

São Bernardo do Campo/SP lança Oficina Ortopédica Itinerante

 


Em busca de desenvolver políticas públicas que garantam uma sociedade mais inclusiva e justa, a Prefeitura de São Bernardo/SP, por meio da Secretaria de Direitos da Pessoa com Deficiência e TEA, lançou na semana passada a Oficina Ortopédica Itinerante, que vai disponibilizar, de forma GRATUITA, serviço de manutenção básica e pequenos reparos em cadeiras de rodas, órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção (OPMs), diretamente na residência dos usuários.

A Oficina Ortopédica Itinerante é uma van da Prefeitura que estava sem utilização e foi adaptada com a instalação de revestimento de proteção interna, mobiliário, elétrica, iluminação, ferramentas e insumos específicos para os reparos oferecidos. O investimento é da ordem de R$ 150 mil.

Os serviços da Oficina são executados mediante agendamento prévio na Secretaria de Direitos da Pessoa com Deficiência e TEA, por meio do telefone de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h. O solicitante deve informar nome completo, CPF, endereço, telefone, bem como fornecer o número do Cartão Nacional de Saúde – CNS do beneficiário, ser residente no município de São Bernardo e indicar o endereço onde deverá ser realizado o serviço, mediante apresentação de documento oficial com foto (simples apresentação).

https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=85f03477-4a19-42fb-8c4b-b6e1d5e2c56b

Postagem: Heleno Trajano.