Cadeirante
circula entre carros em avenida do RJ, expondo falta de acessibilidade e
transporte adequado. O ato gerou debate sobre inclusão e mobilidade
urbana.

Essa
imagem foi mostrada nos últimos dias em praticamente todos os
telejornais e também na internet. Ela mostra uma pessoa com sua cadeira
de rodas motorizada, circulando como se fosse um automóvel pela rede
viária. Numa avenida movimentada no Rio de Janeiro/RJ.
O
que ele faz é errado e de fato, muito perigoso. Mas será que ele não
sabe o risco que correu? Quais serão os motivos que o levaram a agir
assim?
É
fácil criticar, mas o difícil é uma pessoa em cadeira de rodas sair de
sua casa, utilizando as calçadas, para poder se locomover em segurança.
Poucos se perguntam, mas como será que esse cidadão sai de casa para
trabalhar, para sustentar a si mesmo e à sua família?
Onde
está o transporte público acessível, que deveria garantir seu direito
de ir e vir com segurança e dignidade? Onde está a acessibilidade nas
calçadas, nas vias públicas, nos espaços de convivência? Onde estão as
isenções fiscais efetivas que lhe permitiriam adquirir um veículo
adaptado?
Outros
cadeirantes Brasil afora saíram em defesa dele, pois como cadeirantes
também, podem afirmar com propriedade que muitas vezes também precisaram
se arriscar entre os carros numa via pública, porque simplesmente não
havia outra opção.
As
calçadas, quase sempre, são intransitáveis para quem depende de uma
cadeira de rodas. Buracos, desníveis, ausência de rampas, obstáculos. E
como fazer? Qual a alternativa?
Por
isso, antes de julgar quem está se arriscando, é preciso entender que o
risco, na verdade, muitas vezes não é uma escolha e sim, uma
alternativa única e às vezes até, uma imposição da situação.
Ele
foi imprudente sim, se arriscou, mas a verdadeira imprudência está na
omissão do poder público e da sociedade, que seguem ignorando as
necessidades e os direitos de quem vive com deficiência.
Saiba mais no link: https://www.instagram.com/reel/DJ_s5HxOuzD/?igsh=MTc3Y3F4MXh6MHA2cA==
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=1b4cdc7b-53c4-403d-964f-5ece36c3f5bb
Postado Pôr Antônio Brito
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