29/05/2025

Cadeirante se arrisca entre carros em avenida movimentada no Rio de Janeiro

Cadeirante circula entre carros em avenida do RJ, expondo falta de acessibilidade e transporte adequado. O ato gerou debate sobre inclusão e mobilidade urbana.

Cadeirante se arrisca entre carros em avenida movimentada no Rio de Janeiro

Essa imagem foi mostrada nos últimos dias em praticamente todos os telejornais e também na internet. Ela mostra uma pessoa com sua cadeira de rodas motorizada, circulando como se fosse um automóvel pela rede viária. Numa avenida movimentada no Rio de Janeiro/RJ.

O que ele faz é errado e de fato, muito perigoso. Mas será que ele não sabe o risco que correu? Quais serão os motivos que o levaram a agir assim?

É fácil criticar, mas o difícil é uma pessoa em cadeira de rodas sair de sua casa, utilizando as calçadas, para poder se locomover em segurança. Poucos se perguntam, mas como será que esse cidadão sai de casa para trabalhar, para sustentar a si mesmo e à sua família?

Onde está o transporte público acessível, que deveria garantir seu direito de ir e vir com segurança e dignidade? Onde está a acessibilidade nas calçadas, nas vias públicas, nos espaços de convivência? Onde estão as isenções fiscais efetivas que lhe permitiriam adquirir um veículo adaptado?

Outros cadeirantes Brasil afora saíram em defesa dele, pois como cadeirantes também, podem afirmar com propriedade que muitas vezes também precisaram se arriscar entre os carros numa via pública, porque simplesmente não havia outra opção.

As calçadas, quase sempre, são intransitáveis para quem depende de uma cadeira de rodas. Buracos, desníveis, ausência de rampas, obstáculos. E como fazer? Qual a alternativa?

Por isso, antes de julgar quem está se arriscando, é preciso entender que o risco, na verdade, muitas vezes não é uma escolha e sim, uma alternativa única e às vezes até, uma imposição da situação.

Ele foi imprudente sim, se arriscou, mas a verdadeira imprudência está na omissão do poder público e da sociedade, que seguem ignorando as necessidades e os direitos de quem vive com deficiência.

Saiba mais no link: https://www.instagram.com/reel/DJ_s5HxOuzD/?igsh=MTc3Y3F4MXh6MHA2cA==

 
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=1b4cdc7b-53c4-403d-964f-5ece36c3f5bb
 
Postado Pôr Antônio Brito 

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