Especialista
da USP alerta para excesso de diagnósticos de autismo e TDAH,
impulsionado por redes sociais e cultura. Debate sobre saúde mental
cresce, mas nem todo sofrimento requer medicação.

Nos
últimos tempos, especialistas e profissionais da área estão se
perguntando se não estamos vivendo um 'excesso de diagnósticos'. Essas
discussões sobre saúde mental saltaram dos consultórios e do universo
acadêmico para virarem até 'memes' em redes sociais. Existem pessoas se
auto denominando autistas ou com TDAH, como se isso fosse um adjetivo
que está 'na moda', seja para ganhar seguidores ou para levar algum tipo
de 'vantagem' sobre determinados pontos, uma vez que pessoas
diagnosticadas 'de verdade' possuem alguns direitos e benefícios
específicos.
O
caso é que nunca antes se debateu tanto transtornos mentais e remédios
psiquiátricos como nos últimos tempos. Enquanto a Humanidade vive
números crescentes de ansiedade e depressão, muitos tentam tirar
proveito da situação.
Para
uma psiquiatra estudiosa e especialista na temática da USP, a presença
da saúde mental na cultura pode ajudar a tirar o tabu de quem sofre, mas
também cria outros fenômenos menos favoráveis, como a patologização e o
excesso de diagnósticos e prescrições. Segundo ela, esse conhecimento
sobre a ciência do cérebro ajudou a moldar a crença de que todo
sofrimento merece um diagnóstico e pode ser solucionado com um
comprimido, ou vários.
Existe
ainda, segundo a profissional, um problema muito maior, uma questão
social que envolve rede social, sistema educacional, relações
familiares. Nem tudo se resolve com um psiquiatra ou num diagnóstico de
autismo ou TDAH.
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=7ad61954-e063-41fb-89ca-f3e8241605d4
Postado Pôr Antônio Brito
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