11/03/2023

Magistradas trabalham por direito à acessibilidade e à inclusão para pessoas com deficiência

O convite inesperado, em 2018, para assumir a coordenação do Subcomitê de Acessibilidade e Inclusão do TRT23, com sede em Cuiabá (MT) trouxe mais um desafio para a vida profissional da juíza Márcia Pereira. A partir de então, o que era uma missão transformou a vida da magistrada. “Eu cresci junto com essa atuação, a ponto de me aceitar como pessoa com deficiência física”, destaca a juíza que convive com sequelas da poliomielite desde os 7 anos.

A mais de 2,5 mil quilômetros dali a juíza Luciane Sobral, do TRT22, em Teresina (PI), passou a defender a efetiva empregabilidade das pessoas com deficiência há três anos. Até então, ela supunha que a lei de cotas, a serem cumpridas pelas empresas com mais de 100 empregados, era realidade. Foi a mãe de um adulto com síndrome do espectro autista que trouxe a questão para o dia a dia da juíza.

Essas duas magistradas não se conhecem, mas em comum travam lutas diárias para a garantia de oportunidades iguais a brasileiros historicamente discriminados devido a condições físicas ou intelectuais. Elas abrem a série de matérias em homenagem ao mês da mulher, que também celebra o trabalho de heroínas como Dorina de Gouvêa Nowill. Idealizadora da fundação que leva seu nome, “conviveu por 74 anos com a cegueira e fez disso sua missão de vida”, como descreve a página de abertura do site da Fundação Dorina Nowill.

Ao perceber que o Brasil era carente de livros em braile, sistema de escrita e leitura para cegos, criou a Fundação para o Livro do Cego no Brasil, que iniciou suas atividades em 11 de março de 1946, informa a página.

Mercado de trabalho

Juíza Luciane Sobral, do TRT22 – Foto: Arquivo pessoal

Há quase seis anos, a juíza do trabalho Luciane Sobral comprova, na prática, que o mercado de trabalho brasileiro não está preparado para empregar pessoas com deficiência. “É comum o empresário alegar que não cumpre a cota porque não há candidatos interessados na oportunidade oferecida e a justiça acolhe a justificativa”, exemplifica a magistrada, ao defender que o problema é bem anterior à eventual falta de concorrentes.

Foi a partir do questionamento de uma mãe sobre o que ela, como juíza na área trabalhista, poderia fazer para incluir autistas no setor produtivo, que Luciane foi em busca de respostas. “Eu convivia com outras mães com filhos autistas, assim como o meu. Quando estão na fase escolar, há os estudos, as terapias e demais atividades, mas, ao ingressarem na vida adulta, as alternativas desaparecem e não há um preparo para o ingresso em uma atividade econômica”, diz.

Esse preparo não ocorre nem por parte das empresas que precisam cumprir a cota de empregados com deficiência nem pelas empresas e instituições que devem capacitar os trabalhadores. Ela se deparou com essa realidade ao dar início à sua procura pelas oportunidades de trabalho para pessoas com deficiência. A jornada teve início em 2017, quando procurou o Ministério Público do Trabalho e organizações como o Serviço Social do Comércio (Sesc), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Sistema Nacional de Emprego (Sine), entre outras.

A partir da iniciativa, foi criado um grupo para troca de experiências sobre o tema, com a participação de diversos atores, no intuito de ampliar as informações sobre as oportunidades. Ela acrescenta que as famílias das pessoas com deficiência não tinham conhecimento sobre onde ou quando procurar as oportunidades.

Uma das saídas para esse impasse foi organizar a participação do grupo em um evento. Assim, foi lançado o Fórum Piauí de Inclusão, que chegou à terceira edição em setembro de 2022. Nesse encontro, são reunidos empresários interessados em atender às cotas e quem busca colocação no mercado de trabalho. A magistrada ressalta que o evento “é apenas um caminho para ampliar a discussão sobre a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho”.

A juíza Luciane lembra que a inclusão está intimamente ligada à acessibilidade nas suas mais diversas representações. Mas ressalta que, para chegar ao local de trabalho, a pessoa com deficiência necessita de transporte disponível e adaptado às suas necessidades, de um espaço urbano mais amigável, de um ambiente de trabalho também receptivo como rampas, piso táctil ou instrumentos de trabalho adequados. “As barreiras são inúmeras, mas precisam ser discutidas e enfrentadas se verdadeiramente queremos uma sociedade mais inclusiva”, reforça.

Para 2023, a expectativa é realizar mais uma edição do Fórum de Inclusão e levar ao conhecimento do Executivo local a atuação do grupo de trabalho. “Queremos chamar a atenção da sociedade para o que realmente é acessibilidade e inclusão, na mesma proporção que as pessoas com deficiência precisam ter seus direitos reconhecidos”, reforça a magistrada.

Reconhecimento

Em 2018, ao assumir a coordenação do Subcomitê de Acessibilidade e Inclusão do TRT23, a juíza Marcia Pereira começou a aprender com os integrantes do grupo as necessidades das pessoas com deficiência. “O subcomitê era composto, por exemplo, por um colega deficiente visual e uma servidora com baixa visão”, relembra a magistrada. Assim, uma das primeiras iniciativas foi a elaboração de uma cartilha, dirigida tanto ao público interno quanto externo do judiciário. O material desenvolvido no TRT23 ganhou versão em braile e libras, a Língua Brasileira de Sinais.

A partir das orientações sugeridas na cartilha, a magistrada e seus pares atuaram para promover ajustes nas varas de Cuiabá. “As adequações foram feitas de acordo com a ABNT NBR 9050, que estabelece os critérios de acessibilidade nas edificações”, resume a magistrada. Para além disso, o tema foi objeto de palestras e lives com a participação de deficientes, como o intuito de sensibilizar sobre o que, realmente, é acessibilidade. “É preciso mudar o olhar para entender as necessidades das pessoas e oferecer a adequação razoável”, diz a magistrada.

No ano passado, o trabalho do Subcomitê foi reconhecido pela Câmara Municipal de Cuiabá com uma Moção de Aplauso. Ao agradecer pela homenagem, Márcia falou em público pela primeira vez sobre a sua condição de deficiente física. Aos 7 anos, a magistrada precisou fazer uma cirurgia no pé, devido à poliomielite. Com a idade, ela disse sentir mais necessidade de apoio ao caminhar. “Por falta de acessibilidade tive algumas quedas e fraturas”, conta.

A juíza Márcia ressalta que atuar na subcomissão a tem feito crescer como ser humano. Ela reforça que o tema precisa estar presente na vida das pessoas como qualquer outro aspecto. “Só convivendo e aceitando as diferenças, seremos inclusivos”, define.

Dorina Nowill

Dorina nasceu em São Paulo, em 28 de maio de 1919, e ficou cega aos 17 anos de idade, vítima de uma doença não diagnosticada. Ela foi a primeira aluna cega a frequentar um curso regular na Escola Normal Caetano de Campos e conseguiu a integração de outra menina cega num curso regular da mesma escola. Posteriormente, Dorina colaboraria para a elaboração da lei de integração escolar, regulamentada em 1956.

Ao perceber a carência, no Brasil, de livros em braile, o sistema de escrita e leitura para cegos, Dorina criou a Fundação para o Livro do Cego no Brasil, que iniciou suas atividades em 11 de março de 1946. Dorina se especializou em educação de cegos no Teacher´s College da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, EUA.

Texto: Margareth Lourenço
Edição: Karina Berardo
Agência CNJ de Notícias

Fonte https://www.cnj.jus.br/magistradas-trabalham-por-direito-a-acessibilidade-e-a-inclusao-para-pessoas-com-deficiencia/

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Humorista que fez piada de mau gosto com PcD em show de stand-up é demitido de emprego

O humorista Bruno Lambert, que no mês passado foi denunciado ao Ministério Público de São Paulo pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) por suposta discriminação contra pessoas com deficiência em uma de suas piadas, foi demitido do emprego em um banco no qual estava há 9 anos por conta da repercussão do caso.

A representação criminal da parlamentar está relacionada a um vídeo de uma apresentação do humorista, que não é famoso e não vive exclusivamente da comédia, publicado em suas redes sociais no qual ele narrava um caso em que teria se relacionado sexualmente com uma mulher cadeirante.

Após a demissão, o comediante foi às redes sociais lamentar as consequências da exposição negativa a partir da denúncia. Tadinho dele né? Só que não !

Fonte https://revistareacao.com.br/humorista-que-fez-piada-de-mau-gosto-com-pcd-em-show-de-stand-up-e-demitido-de-emprego/

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Seleção Brasileira de atletismo paralímpico conquista mais três ouros no Grand Prix de Marrakech

Geber são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br) 
  
Fonte https://cpb.org.br/noticia/detalhe/4973/selecao-brasileira-de-atletismo-paralimpico-conquista-mais-tres-ouros-no-grand-prix-de-marrakech#
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08/03/2023

Desafio de Vôlei Sentado do Praia Para Todos no RJ

Aconteceu sábado, dia 4 de março, às 09h30, a 6a edição do Desafio de Vôlei Sentado do Praia Para Todos, com a participação do time ‘Vasco Novo Ser de Vôlei Sentado’. O desafio foi no Posto 3 da Barra da Tijuca, primeiro local a receber a estrutura do Praia Para Todos, que esse ano completa 14 anos.

O projeto, idealizado pelo Instituto Novo Ser (INS), segue com o objetivo de proporcionar atividades de lazer e esporte para pessoas com deficiência.

O projeto Praia Para Todos começou em 2008 e está em sua 14a edição – iniciada em 3 de dezembro de 2022 e vai até 30 de abril de 2023 – com pontos de atuação nas praias do Recreio (altura do Posto 11); Copacabana (entre os Postos 5 e 6, altura da rua Francisco Sá) e Barra da Tijuca (Posto 3).

O Praia Para Todos oferece atividades como: frescobol, vôlei sentado, hand bike, surf adaptado, stand up paddle, piscina para crianças e banho de mar em cadeira anfíbia, e conta com o apoio de voluntários para a locomoção dos participantes, acontecendo sempre aos sábados e domingos, das 09h às 14h, para todas as idades, GRATUITAMENTE, sem necessidade de inscrição prévia.

O Praia Para Todos tem patrocínio institucional da Michelin, Shell, Klabin e Lundbeck, e parceria da rede Windsor Hotéis, Eurobras, Orla Rio, Sarepta e Ortotech.

Mais informações no Site: https://novoser.org.br/

Fonte https://revistareacao.com.br/desafio-de-volei-sentado-do-praia-para-todos-no-rj/

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Ministério do Turismo: pesquisa irá mapear produtos e serviços com acessibilidade

A pessoa com deficiência em todo o mundo, tem uma enorme importância para o segmento do turismo, assim como idosos, LGBTQIA+ e outros grupos. Porém, no Brasil, o turismo para PcD é praticamente inexplorado. Por isso, pensando em tornar o turismo em uma atividade acessível a todos, o Ministério do Turismo, em parceria com a UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, está iniciando um mapeamento para levantar informações sobre empresas que oferecem serviços e produtos com alternativas de acessibilidade na área turística em todo o país. O objetivo é construir um banco de dados para potencializar a construção de políticas públicas para quem tem deficiência ou mobilidade reduzida.

De posse das informações, além de subsidiar o desenvolvimento de ações específicas para o público PcD, o Ministério do Turismo também apoiará a promoção e a comercialização das opções turísticas com acessibilidade, ajudando o empresário a expor os produtos e serviços em feiras e eventos; a desenvolver material promocional, além de promover opções no Portal e nas mídias sociais do ministério.

Participe da pesquisa no link: https://pt.surveymonkey.com/r/TURACESS_MTUR

Fonte https://revistareacao.com.br/alesp-vai-ter-comissao-dos-direitos-das-pessoas-com-deficiencia/

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06/03/2023

Programação Paralímpica: 28 brasileiros disputam competições internacionais de natação e atletismo

pela Braskem. 
O halterofilismo é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa
A natação é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa.
O badminton é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa. 

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível 
Os atletas Carol Santiago, Gabriel Araújo, Gabriel Bandeira e Vitor Tavares são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/4953/programacao-paralimpica-28-brasileiros-disputam-competicoes-internacionais-de-natacao-e-atletismo
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Grupo de escuta e acolhimento para familiares e responsáveis por pessoas com deficiência

Começa no próximo dia 25 de março, o Grupo de escuta e acolhimento para familiares e responsáveis por pessoas com deficiência com encontros semanais com psicologia.

O público alvo: são familiares e responsáveis pelo cuidado de pessoas com deficiência, inclusive educadores. O trabalho será desenvolvido por estagiários de psicologia sob supervisão do Prof. Dr. Hélio Roberto Braunstein e é uma iniciativa da Clínica Nice, em parceria com o Instituto Multiplicando e o Núcleo Mosaicos. Toda atividade será GRATUITA e acontecerá na Rua Comendador Yamamoto, 157- na Vila Sônia – próximo da estação do metrô.

Serão encontros semanais, com 2 horas de duração, aos sábados, com possibilidade de mais dois horários. Os grupos serão separados por horário e por categoria: familiar e educador. Caso necessitem levar seu filho ou filha, eles irão compor outro grupo.

Inscrições no LINK: https://forms.gle/cMGhUhcTG5v1MGoG8

Fonte https://revistareacao.com.br/grupo-de-escuta-e-acolhimento-para-familiares-e-responsaveis-por-pessoas-com-deficiencia/

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CINE INCLUSIVO PARA TODOS EM GUARULHOS/SP

A Cinépolis e a Prefeitura de Guarulhos/SP, na região metropolitana da capital paulista, perguntam: Vamos juntos ao Cinema ?
A ação é uma alusão ao Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado dia 21 de março e o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado dia 02 de abril.

Assim, no dia 31 de Março próximo acontecerá sessões adaptadas para pessoas com autismo e para pessoas com deficiência no Cinépolis do Shopping Maia, em Guarulhos/SP.

As inscrições vão de hoje, dia 7, até o dia 27 de março – ou até as vagas todas serem preenchidas. As vagas são limitadas e podem ser feitas pelos telefones: (11) 2414-3685 ou 2422-7376.

Veja matéria na íntegra no site pelo link: https://www.guarulhos.sp.gov.br/article/inscricoes-de-pessoas-com-deficiencia-para-sessao-gratuita-de-cinema-abrem-na-terca-feira

Fonte https://revistareacao.com.br/cine-inclusivo-para-todos-em-guarulhos-sp/

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04/03/2023

Filho com deficiência de mulher suspeita de cometer crime contra a mãe, vai para abrigo da prefeitura no RJ

Um caso ganhou grande repercussão na imprensa nos últimos dias, onde Patrícia de Paiva Reis e Rafael Machado Neves, pais da criança de 2 anos – que tem deficiência – foram presos por suspeita de manter Maria Aparecida Paiva, mãe de Patrícia, internada em duas clínicas da Região Serrana do RJ, mesmo sem a idosa estar doente.

A criança com deficiência, o faz uso de medicamentos controlados e é o filho mais novo de Patricia e foi encaminhado para a Central de Recepção de Crianças e Adolescentes (CRCA) Taiguara, no Cachambi, na Zona Norte do Rio.

Fonte https://revistareacao.com.br/filho-com-deficiencia-de-mulher-suspeita-de-cometer-crime-contra-a-mae-vai-para-abrigo-da-prefeitura-no-rj/

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Falta auxiliares para estudantes autistas nas Escolas Municipais de Três Lagoas/MS

Devido à falta de auxiliares para apoio nas escolas municipais de Três Lagoas/MS, os estudantes com transtorno do espectro autista (TEA) não conseguem frequentar as aulas de forma adequada.

Alguns deles dependem desse apoio até mesmo para realizar atividades básicas, como ir ao banheiro e permanecer em sala de aula.
O apoio também é muito importante para evitar situações de assédio (“bullying”) e para ajudá-los na socialização com os colegas.
Tal situação vem ocorrendo há mais de 2 anos, portanto não é uma situação inédita e bastaria planejamento para que o problema não ocorresse.

Atenção senhora Ângela Maria de Brito, Secretária Municipal de Educação e Cultura do município, onde estão as providências e quais estão sendo tomadas para resolver esta situação.

Vamos ficar ligados nisso !

Fonte https://revistareacao.com.br/falta-auxiliares-para-estudantes-autistas-nas-escolas-municipais-de-tres-lagoas-ms/

Postado pôr Antônio Brito