20/04/2020

“Sinto muita saudade de tudo”, diz dançarino cadeirante sem poder sair de casa

Para o dançarino Roges Moraes, de 24 anos, o período de quarentena tem sido ruim. “Para ser sincero, só tenho feito  algumas flexões (de braço)”. Roges é cadeirante e participante do Projeto Pés, projeto de dança voltado para pessoas com deficiências diversas, que também conta com tetraplégicos em seu elenco. O projeto Pés é uma iniciativa do professor  de dança Rafael Tursi.

Progresso afetado

Para Carla Maia, cadeirante e dançarina de outro projeto, o Street Cadeirante, o impacto também foi “grande”. O progresso de desenvolvimento foi afetado e a divulgação dos resultados também. “Tínhamos três apresentações marcadas que foram canceladas pela pandemia. Durante esse período de quarentena, todo o treinamento foi prejudicado, estamos nos adaptando aos poucos, mas a gente perdeu tempo no período que ficamos parados sem saber o que fazer no início”.
Ela considera que a parada é necessária. “Muitos cadeirantes estão no grupo de risco, temos que manter saúde e segurança de todo mundo”, comenta Carla Maia, dançarina e gestora do grupo Street Cadeirante. O grupo conta com apenas pessoas cadeirantes e conseguiram adaptar sua rotina de aulas, diferente do Projeto Pés que trabalha com deficiências físicas, motoras e mentais.
Roges Moraes acrescenta que, como dançarino, tem sido “muito ruim” a quarentena sem o contato da dança, uma parte importante da vida dele. “Sinto falta de tudo, da companhia, dos trabalhos… É só saudade”, responde o dançarino. A falta do projeto tem sido mais intensa para aqueles que têm sido ajudados por ele.

Roges em apresentação no ano de 2019. (Imagens: Mayariane Castro)

Adaptado

O decreto do fechamento de academias se prolonga até o dia 31 de maio e Carla conta como foi o impacto na sua rotina com a falta da dança e como foi feita a adaptação. “No começo, ficamos sem saber o que fazer mas quando vimos que a quarentena iria demorar, a gente optou por usar o Zoom, um aplicativo de reuniões online, para continuar as aulas mesmo que de forma virtual”, explicou a gestora.
O uso de aplicativos alternativos para continuar com a dança foi uma solução usada pelo Street Cadeirante, porém isso não adaptou e não atendeu a todas as necessidades necessárias pela dança. Ela explica que as coreografias e trabalhos foram afetados pela quarentena e pelo uso das reuniões de vídeo para dar continuidade ao projeto.
“O aplicativo não é próprio para aulas de dança, o áudio acaba comprometido que é muito importante numa aula de dança. O contato do professor com alunos também é uma dificuldade, mas que o Wesley, nosso professor, tem conseguido lidar”, relata.

                                                 Aulas do grupo continuam via online (Reprodução: Instagram)
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Entretanto, o grupo achou na dificuldade uma oportunidade de solidariedade. Ao usar o aplicativo (Zoom), o grupo decidiu liberar as aulas para quem quisesse fazer e Carla conta que eles têm recebido alunos de todo o Brasil. Ela relata que o feedback dessa iniciativa tem sido ótimo e até pessoas que nunca dançaram antes se juntaram as reuniões virtuais do grupo.
Ela diz que a iniciativa partiu do professor e diretor artístico do projeto, Wesley Messi, que quando conseguiu se adaptar as aulas online, decidiu disponibilizá-las ao público. “Estamos dando aula para pessoas que nunca tiveram aula de dança, estamos tendo um feedback muito bacana e recebendo muitos comentários positivos”, comenta Carla.
Cadeirantes de todo o Brasil aproveitam a oportunidade do projeto. “A falta que a dança nos faz é grande, né? Ela traz muita alegria para todos nós e foi difícil. Mas agora que conseguimos fazer aula e ainda distribuir conteúdo pelo Brasil todo, recebendo um retorno bacana, a gente se sente bem, sabe? A falta virou uma oportunidade para cadeirantes do Brasil inteiro e isso é muito gratificante”, relatou a gestora e dançarina.
 Fonte  https://jornaldebrasilia.com.br/cidades/sinto-muita-saudade-de-tudo-diz-dancarino-cadeirante-sem-poder-sair-de-casa/
Postado por Antônio Brito

19/04/2020

Prêmio Criança 2020 reconhecerá projetos voltados à saúde mental de crianças e adolescentes

Criado em 1989, o Prêmio Criança foi um dos primeiros programas desenvolvidos pela Fundação Abrinq, com o objetivo de reconhecer e dar voz a projetos de outras organizações da sociedade civil que contribuam para assegurar os direitos das crianças e dos adolescentes. 

Em sua última edição, a premiação reconheceu 5 iniciativas relacionadas ao direito à educação, proteção e saúde, realizadas por organizações e empresas.

Entretanto, por compreender as constantes mudanças que envolvem a qualidade de vida e o completo bem-estar na infância e adolescência, assim como a necessidade de apoio por parte das organizações, neste ano, o Prêmio Criança terá foco em promover iniciativas voltadas à saúde mental de crianças e adolescentes.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental é definida como um bem-estar no qual o indivíduo consegue ficar bem consigo mesmo e com os outros, de modo a responder positivamente às adversidades que surgem na vida. Por esses e outros fatores, é fundamental promovê-la desde a infância, período cujos aspectos sociais e emocionais estão em desenvolvimento. 

Dados sobre violências autoprovocadas e suicídios na faixa etária, também alertam para a necessidade de retratar o assunto. O Ministério da Saúde aponta um aumento progressivo de automutilações, tentativas de suicídios e suicídios entre adolescentes com 15 anos ou mais no período de 2011 a 2018. Enquanto em 2011 foram registradas 6.979 ocorrências, em 2018 o número aumentou para 44.990. Ao todo, foram notificados 154.279 casos no período. O que torna a saúde mental de crianças e adolescentes um tema ainda mais relevante.

Confira os projetos que podem ser inscritos

Podem se inscrever no Prêmio Criança 2020 iniciativas que estejam associadas a um ou mais dos seguintes eixos: 

Eixo 1: Projetos que visam diminuir as chances de ocorrências de problemas relacionados à saúde mental em crianças e adolescentes expostos a fatores de risco;

Eixo 2: Projetos que visam identificar e evitar o agravamento de problemas de saúde mental em crianças e adolescentes;

Eixo 3: Projetos que visam oferecer cuidados e atendimentos clínicos voltados à saúde mental, bem como promover a redução de fatores de risco. 

O projeto inscrito precisa estar sendo realizado pela organização há pelo menos 12 meses.

O que mudou em relação ao último edital?

Além do tema retratado pelos projetos, neste ano serão aceitas apenas iniciativas de organizações da sociedade civil. Para isso as organizações precisam:

•    Estarem constituídas, em conformidade com a legislação brasileira, como associações, institutos ou fundações sem fins lucrativos;
•    Possuírem estatuto social que especifique, entre os objetivos e normas de operação da organização, o atendimento direto e gratuito às crianças e aos adolescentes;
•    Estarem registradas no Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do respectivo município em que estão instaladas e/ou desenvolvem suas atividades. 

Como se inscrever?

É importante verificar atentamente todas as regras do edital, que será disponibilizado no dia 22 de abril. Acompanhe o site e as redes sociais da Fundação Abrinq! 

Atenção: Após abertas as inscrições, os projetos poderão ser cadastrados até o dia 06 de julho de 2020, às 9h00. 
 

Fonte  https://fadc.org.br/noticias/premio-crianca-edital-2020?utm_source=FB

Postado por Antônio Brito 

18/04/2020

NINGUÉM ASSOVIA PARA A MULHER NA CADEIRA DE RODAS

Dentro dos espaços feministas, é assumido que #TodasAsMulheres experimentam assédio em locais públicos. As maneiras pelas quais esse assédio se manifesta — a idade em que começa, sua intensidade ou forma, as conseqüências de denunciar — podem variar dependendo das diferentes características da pessoa. Mas todas as mulheres, segundo nos dizem, conhecem o medo, a vergonha e/ou a raiva que vem junto com a atenção sexual indesejada.

É compreensível a existência dessa presunção. Quando trabalhamos a partir de um fato da realidade sendo uma verdade coletiva é mais fácil discutir as nuances, as diferenças e as complexidades envolvidas nesse miolo. É mais fácil construir discussões dinâmicas internas a partir da sólida base de uma experiência em comum.

Esta é uma suposição útil — mas também é prejudicial.

Eu sou uma mulher de 26 anos de idade que nunca fui assediada na rua. Eu nunca recebi assovios em meu caminho para a escola, ninguém buzinou para mim num estacionamento, ninguém me olhou de forma maliciosa num trem, não me apalparam na fila da Starbucks, ou qualquer outro tipo de assédio sexual que ocorrem em locais públicos. Eu não tenho medo de sair de casa porque terei que evitar homens agressivos ou insistentes. Eu não preciso mapear mentalmente várias rotas para casa, procurando locais onde eu possa ser menos abordada.

Eu não sei o que são o medo, a vergonha e/ou a raiva que vêm junto com a atenção sexual não desejada. Entretanto, uma parte de mim, que não é insignificante, deseja sentir isso.

Eu não sou excepcionalmente sortuda, nem estou exagerando, ou sublimando isso tudo. Eu sou uma usuária de cadeira de rodas: uma mulher que visivelmente tem uma deficiência física. E, minha cadeira de rodas age como um estranho tipo de campo de força. As pessoas veem primeiro a “deficiente” antes de perceberem a “mulher”, e a primeira impressão é a que fica, porque em nossa sociedade capacitista um corpo com deficiência é automaticamente um corpo dessexualizado. Somos pessoas grotescas ou trágicas, excêntricas ou anjos, existimos para sermos temidos ou lamentados dependendo de como o olhar capacitista nos vê naquele dia. Porém, não importa como nos olham, não somos desejáveis.

Mesmo aos vinte e poucos anos, o fato de eu nunca ter sido assediada nas ruas parecia ser mais uma evidência para sustentar a crença de que eu não poderia ser sexualmente desejável. Alguma parte traiçoeira e insistente de mim obviamente acreditava que eu nunca poderia atrair nenhum homem decente, sendo assim, atrair os piores tipos de homens era o melhor que eu poderia esperar. Se eu não conseguisse fazer nem mesmo isso, então talvez realmente meu corpo fosse totalmente inútil.

Eu invejava minhas amigas quando elas falavam sobre o quanto dói ser reduzida a nada além de um objeto sexual. Eu odiava que isso as machucasse e na maioria das vezes entendia porque isso acontecia. Eu também sabia que o assédio em locais públicos era frequente e estava aumentando; que as mulheres que rejeitavam essas abordagens podiam ser feridas ou até mesmo mortas.

Porém, da mesma maneira que odiava meu ciúme, eu ansiava por um assovio desconhecido direcionado para mim. Apenas uma vez, eu queria que um homem olhasse para mim de soslaio em algum lugar, obviamente imaginando todas as coisas que ele poderia fazer com meu corpo. Eu criei fantasias com homens me seguindo pelo campus da universidade, dizendo: “Oi, gostosa! Por que não vem aqui um minuto, gatinha?”.

Por que minha experiência é tão invisível para a comunidade feminista?

Quando procurei abrigo em espaços feministas na internet — supostamente espaços seguros — à procura de apoio, o que encontrei foram discussões intermináveis sobre a onipresença do assédio em locais públicos. Ali estava uma verdade universal de que o assédio é uma consequência do sexismo, da misoginia e da cultura do estupro. E que isso era algo que todas as mulheres podiam entender e reagir contra. Ali estava nossa experiência unificadora.

Encontrei o feminismo e pensei: talvez eu também seja ignorada aqui.

Eu não espero que todos os debates sobre assédio em locais públicos tenham que começar com uma nota explicativa, e eu certamente não espero me ver refletida em cada texto, artigo ou tweet sobre o assunto. Mas essa notória suposição útil de que “Todas as Mulheres Vivenciam o Assédio Nas Ruas” é inevitavelmente excludente. Essa não é a intenção, mas como as feministas devem saber, a intenção não elimina os danos.

Ninguém tem a intenção de dizer que se uma mulher não estiver dentro da maioria que enfrenta o assédio em locais públicos, então elas não contam, mas no entanto, essa conclusão está lá. Apesar das melhores intenções, a forma como as feministas tendem a discutir o assédio em locais públicos, como um fato concreto para todas, reforça conceitos capacitistas dentro do feminismo, porque é apenas um elemento da questão se o seu corpo é visto pelo patriarcado como um objeto sexual. O meu não é.

Além disso, esta suposição ignora uma forma diferente de assédio enfrentada pelas pessoas com deficiências. O assédio, afinal, não é realmente sobre sexo, mas sobre poder — e meus assediadores me machucam pelo poder da dessexualização. Eles usam comigo a mesma voz que usariam com uma criança de 3 anos. Eles passam a mão na minha cabeça como fariam com um cachorro. Eles olham para minha cadeira enquanto mandam suas crianças ficarem quietas e não fazerem perguntas. É mais preconceito que assédio sexista (vindo de todos os gêneros) que experimento em abordagens frequentes nas ruas.

Essa dessexualização também me torna vulnerável ao abuso. Embora as mulheres com deficiência não sejam frequentemente vistas como objetos sexuais, há maior probabilidade de que sejamos estupradas e abusadas sexualmente do que as nossas semelhantes sem deficiências. Quando você internaliza em conjunto a ideia sexista de que as mulheres são valiosas por causa de seu potencial sexual (para os homens) e a ideia de que você não tem qualquer potencial sexual, você pode se tornar uma presa fácil.

Eu não fantasio mais sobre ser assediada, mas eu senti uma emoção inegável uma vez no ano passado quando um cara me enviou mensagens no OKCupid dizendo: “chupa meu pau, gostosa”. Eu não respondi, mas mantive isso guardado por um tempo. Sua presença era quase reconfortante. Naturalmente, esse conforto estava atrelado com a insuportável culpa e ódio por mim mesma, mas eu me apeguei com força.

Eu não sei se vou parar de querer esse selo patriarcal de aprovação — ou a aprovação feminista para esse assunto. Talvez um dia, a maneira com que eu me relaciono e interaja com o meu corpo vai significar mais para mim do que o modo como o resto do mundo me trata. Por enquanto, talvez, seja suficiente falar e ser ouvida.

Reconhecimento. Isso é tudo que eu peço.

Autora

Kayla Whaley tem formação na Clarion Writers’ Workshop e é editora naDisability in Kidlit. Também tem textos publicados nos sites The ToastThe Establishment, e Uncanny Magazine. Ela vive fora de Atlanta com muitos livros e um número ainda não suficiente de gatos, mas pode ser encontrada com mais frequência sendo sincera na Internet. Twitter: @PunkinOnWheels.

Fonte  https://casadaptada.com.br/2017/05/ninguem-assovia-para-mulher-na-cadeira-de-rodas/
Postado por Antônio Brito 

Coronavírus: Justiça determina suspensão do Enem

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, havia confirmado a realização do exame nesta sexta-feira (16) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A Justiça Federal de São Paulo determinou na noite de sexta-feira (17) que o cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 terá de ser “adequado à realidade do ano letivo”, suspenso na maior parte dos escolas do país em função da pandemia do novo coronavírus. Inicialmente, a prova estava marcada para os dias 11 e 18 de outubro. Horas antes da divulgação da decisão, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, havia confirmado a realização do exame, na versão impressa, com provas previstas para os dias 1º e 8 de novembro.
A juíza Marisa Claudia Gonçalves Cucio, da 12ª Vara Cível, acolheu pedido de ação civil pública proposta pela Defensoria Pública da União (DPU). Segundo a magistrada, manter os atuais prazos e datas do calendário elaborado pelo INEP fere os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.
“Levando em consideração que o calendário foi publicado durante o fechamento das escolas, quando grande parte dos alunos que se submeterão ao Enem não têm acesso à informação e não estão tendo acesso ao conteúdo programático necessário para a realização da prova, não se mostra razoável que os réus mantenham o calendário original elaborado", cita a juíza em trecho da decisão.
A titular da 12ª Vara Cível ainda determinou que o prazo de solicitação de isenção da taxa de inscrição, que encerrou na sexta-feira (17), seja adiado por 15 dias.
A reportagem entrou em contato com o Ministério da Educação em busca de um posicionamento oficial, mas ainda não teve retorno.  
Ainda sem saber da decisão judicial, também na noite de sexta-feira, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, havia confirmado, durante live em uma rede social, a realização do Enem, na versão imprensa, com prova prevista para os dias 1º e 8 de novembro. Segundo ele, até lá, a quarentena já terá passado e não há motivo para o adiamento do exame.   
"Vai ter Enem, essa quarentena vai acabar em breve, eu acredito", afirmou. "A crise já vai ter passado", afirmou. Weintraub também disse que não há comprometimento do ano letivo por causa da suspensão das aulas que ocorre em todo o país. (Com Agência Brasil)

Fonte  https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/brasil/2020/04/coronavirus-justica-determina-suspensao-do-enem.html

Postado por Antônio Brito 

“As pessoas têm a falsa impressão de que o coronavírus não está em suas cidades”, diz David Uip

O infectologista David Uip, que integra o Centro de Contingencia do Coronavírus de São Paulo, rebateu a críticas de que o isolamento social não é necessário em municípios do estado que apresentam poucos ou nenhum caso de coronavírus registrados. Com a ampliação da quarentena oficial até o dia 07 de maio, anunciada nesta sexta-feira 17, apenas os serviços essenciais têm permissão para abrirem em todos os municípios de SP.

Para Uip, as pessoas têm uma “falsa impressão” de que o vírus não está presente nos locais onde moram – e é justamente por essa análise que os casos passam a se multiplicar, como aconteceu no norte da Itália e nos Estados Unidos, novo epicentro da doença que já infectou mais de 2 milhões de pacientes e tirou cerca de 146 mil vidas no mundo todo.

“O vírus é invisível. As pessoas tem falsa impressão que ele não está em sua cidade. Nós não estamos inventando nada, estamos tendo a oportunidade de aprender com quem nos antecedeu na pandemia.”, disse o infectologista. “Eu fico surpreso que as pessoas não consigam entender o que já aconteceu. Olha o que aconteceu na Itália, nos EUA, na Turquia. Estamos tendo a oportunidade de nos antecipar em medidas de contenção, com medidas de isolamento, e depois na preparação do sistema público e privado na assistência a esses pacientes.”, complementou.

David Uip, que teve coronavírus e fez um relato de como a doença o acometeu e o afastou de suas funções, também explicou que existe um achatamento importante da curva das infecções em São Paulo, mas que ainda há necessidade de enfatizar o isolamento social em, idealmente, 60% da população. Na quinta-feira 16, o monitoramento do estado registrou 49% de isolamento.

Para ele, a mudança do “pico da doença” de abril para maio e junho, como estimado pelo Ministério da Saúde, reflete que o isolamento dá as respostas corretas para a crise.

“Isso reflete que as medidas tomadas foram efetivas. Se nós mantivermos as medidas de contenção e confinamento, se nós ampliarmos, melhores os resultados. 50% é um bom número, mas nosso objetivo é aumentar a cada dia. As pessoas não precisam acreditar, é só olhar o que aconteceu e está acontecendo.

No cenário político, o presidente Jair Bolsonaro encabeça a narrativa de que os estados e municípios devem reabrir o comércio o quanto antes, uma discordância com o campo científico que o levou a demitir seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e substituí-lo pelo médico Nelson Teich, que promete ser mais alinhado aos desejos do presidente.

Para Bolsonaro, a contradição que sustenta, por mais que implique em um maior número de casos e de mortes, poderá ser um “preço político” que ele deverá pagar no futuro. “Essa briga de começar a abrir para o comércio é um risco que eu corro, porque se agravar a situação, vem para meu colo. Mas precisamos enfrentar isso”, afirmou na sessão de solenidade que admitiu Teich como novo chefe da pasta central do comando à epidemia.

Fonte  https://www.cartacapital.com.br/saude/as-pessoas-tem-a-falsa-impressao-de-que-o-coronavirus-nao-esta-em-suas-cidades-diz-david-uip/

Postado por Antônio Brito 

Caixa inicia pagamento de R$ 600 para quem não está no Cadúnico

Caixa começa a realizar nesta sexta-feira, 17, às 15h, os pagamentos para trabalhadores autônomos, MEIs, informais e desempregados que não recebem benefícios federais (não estão inscritos no CadÚnico) e nem são beneficiários do programa Bolsa Família.

O banco recebeu, na tarde de quarta-feira (15), o primeiro lote com as informações dos beneficiários inscritos por meio do site ou do aplicativo e que cumprem os critérios de elegibilidade de acordo com a lei 13.982/2020.

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Desde esta quinta-feira, às 18h, alguns trabalhadores já podem ver se tiveram o benefício aprovado com base nessas informações. Quem recebeu a mensagem de que o beneficio foi aprovado pelo app poderá ter o dinheiro creditado na conta, a partir de hoje (17).

O primeiro lote do Auxílio Emergencial para este público soma 9,1 milhões de cidadãos, e vai injetar cerca de R$ 5,5 bilhões na economia. O valor deve ser pago entre esta sexta-feira, 15h, e segunda-feira, 20.

Veja o calendário de pagamentos:

Sexta-feira (17), a partir das 15h:
– Crédito para 3.438.238 pessoas com conta poupança na Caixa

Sábado (18):
– Crédito para 1.420.466 pessoas com contas em outros bancos

Segunda-feira (20):
– Crédito para 4.230.900 pessoas na Poupança Social Digital CAIXA

Cadastro Único:

Para aqueles inscritos no CadÚnico e que não fazem parte do programa Bolsa Família, a Caixa credita nesta sexta-feira (17) R$ 1,5 bilhão para 2,1 milhões de pessoas.

Ao todo já foram disponibilizados R$ 6,3 bilhões para 9,3 milhões de brasileiros. Foram abertas mais de 6,4 milhões de contas do tipo Poupança Social Digital para este público.

Bolsa Família:

Nos dois primeiros dias do calendário de pagamento do Auxílio Emergencial para os elegíveis do público de beneficiários do programa Bolsa Família, a Caixa já creditou R$ 3 bilhões para 3,9 milhões de pessoas das 2,7 milhões de famílias beneficiadas.

Segue o calendário de pagamentos:

Sexta-feira (17):

– 1.926.557 pessoas das 1.359.786 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 2

Segunda-feira (20):

– 1.923.492 pessoas das 1.357.623 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 3

Quarta-feira (22):

– 1.924.261 pessoas das 1.358.166 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 4

Quinta-feira (23):

– 1.922.522 pessoas das 1.356.938 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 5

Sexta-feira (24):

– 1.919.453 pessoas das 1.354.772 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 6

Segunda-feira (27):

-1.921.061 pessoas das 1.355.907 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 7

Terça-feira (28):

-1.917.991 pessoas das 1.353.741 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 8

Quarta-feira (29):

– 1.920.953 pessoas das 1.355.831 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 9

Quinta-feira (30):

– 1.918.047 pessoas das 1.353.780 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 0

Saque em espécie:

Com o objetivo de evitar aglomerações nas agências e unidades lotéricas expondo empregados, parceiros e clientes ao risco de contágio, a Caixa escalonou o calendário de saque.

Os recursos creditados na poupança digital podem ser utilizados por meio do app Caixa Tem para pagamentos e transferências, entre outros serviços.

Quem indicou conta bancária anterior ou vai receber os R$ 600 em substituição ao Bolsa Família não tem restrição para saque.

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Segue o calendário de saque em espécie da poupança digital sem cartão nos canais de autoatendimento e lotéricas:

o 27 de abril – nascidos em janeiro e fevereiro
o 28 de abril – nascidos em março e abril
o 29 de abril – nascidos em maio e junho
o 30 de abril – nascidos julho e agosto
o 04 de maio – nascidos em setembro e outubro
o 05 de maio – nascidos em novembro e dezembro

Desde o dia 9 de abril, quando teve início o pagamento do Auxílio Emergencial do Governo Federal, a Caixa já creditou mais de R$ 11,4 bilhões para 16,6 milhões de brasileiros. O banco, agente pagador do auxílio, está realizando a maior operação de bancarização da história do país, abrindo nesta semana mais de 10 milhões de contas Poupança Social Digital, de forma gratuita.

Até agora, 38 milhões de cidadãos já se cadastraram para recebimento do benefício. O site auxilio.caixa.gov.br superou a marca de 275 milhões de visitas e a central exclusiva 111 registra mais de 32 milhões de ligações. O aplicativo Auxílio Emergencial CAIXA já soma 45 milhões de downloads e o aplicativo CAIXA Tem, para movimentação da poupança digital, supera 11 milhões de downloads.
Inscritos pelo app/site

Mais informações
Site Auxílio Caixa
Central de Atendimento – 111
Central de Atendimento do Ministério da Cidadania – 121
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As últimas notícias da pandemia do novo coronavírus:

Por Eniel Alves, 16 anos à Adet!

Fonte arquivo pessoal Eniel Alves 
Postado por Antônio Brito 

PREVENÇÃO DO COVID-19 COM IDOSOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Devido à baixa imunidade, idosos e pessoas com deficiência representam o público com maior preocupação com o novo coronavírus (Covid-19), pois se tornam mais vulneráveis à ação do vírus e a possíveis complicações.

Em Caraguatatuba, algumas medidas de prevenção foram tomadas pela Prefeitura para garantir que esse público permaneça em suas residências e evite lugares fechados e com aglomerações.

O Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência e ao Idoso (Ciapi) suspendeu as oficinas do Centro de Convivência e o atendimento do Centro Dia, onde os usuários permanecem no espaço o dia todo e recebem alimentação, banho, serviços de saúde e atividades diversas. Neste período, os profissionais passarão por capacitações, de acordo com sua área de atuação.

Os usuários do Centro Dia receberão monitoramento em casa pela equipe multiprofissional do Ciapi, garantindo que os direitos não sejam violados, com atendimento de fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, assistente social, nutricionista, enfermeiro e cuidador de idosos.

Na Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso (Sepedi) haverá suspensão do atendimento de cadastro e Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) por tempo indeterminado.

Nas entidades sociais, o Lar São Francisco permanece com o atendimento em domicilio, garantindo assistência integral dos idosos dependentes de cuidados.

A Associação Acalento também suspenderá os atendimentos e neste período fará um levantamento de demanda para montar um plano de atendimento domiciliar dos casos mais graves.

Nas Instituições de Longa Permanência para idosos, as visitas estão suspensas e as atividades nos Centros de Convivência do CCTI e Pró+Vida também canceladas.

O departamento de esportes adaptados da Secretaria Municipal de Esportes e Recreação também cancelou o treino dos atletas com deficiência por tempo indeterminado.

Fonte  http://www.caraguatatuba.sp.gov.br/pmc/2020/03/prefeitura-de-caraguatatuba-adota-medidas-de-prevencao-do-covid-19-com-idosos-e-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito 

Pessoa com deficiência: 4 dicas para complementar sua renda

Se conseguir um bom emprego está difícil atualmente no Brasil, podemos dizer que, para as pessoas com deficiência, a situação é ainda mais complicada. Apesar da lei que ampara as cotas em grandes empresas, ainda falta muito para que o mercado esteja aberto a uma completa inserção desses trabalhadores.

Diante disso, é preciso procurar outras opções para conseguir uma grana extra e arcar com os custos de vida, que podem ser ainda maiores, dependendo das necessidades de cada deficiência.

Se você precisa de dicas para complementar sua renda e está perdido sobre o que fazer, não precisa se desesperar. Listamos abaixo algumas atividades que podem ser realizadas em casa, sem grandes investimentos, e vão garantir um dinheirinho extra no fim do mês.

1. Seja freelancer na internet

Essa opção é uma ótima oportunidade e pode ser exercida no conforto do lar, mesmo por pessoas com mobilidade reduzida. Existem muitos sites e plataformas na internet que possibilitam oferecer seus serviços a quem precisa. As atividades são variadas e você pode ser um freelancer em áreas como:

  • programação;
  • redação de textos para internet;
  • revisão de textos;
  • gestão de mídias sociais;
  • edição de vídeo;
  • design gráfico;
  • transcrição de áudios;
  • tradução;
  • entre outras.

Seja qual for a sua área, é possível conseguir uma boa grana extra. Você pode, até mesmo, trabalhar em período integral como freelancer. Monte um portfólio e cadastre-se para começar a oferecer seus serviços.

2. Dê aulas particulares

Entre as melhores dicas para complementar sua renda, também está ensinar coisas que você sabe dando aulas de reforço, artesanato, idiomas, culinária, matemática, música e até consultorias em negócios. Você pode oferecer suas aulas da forma tradicional, em casa, para pessoas que morem em seu bairro, ou optar por ensinar pela internet por meio do Skype ou em videoaulas.

Dar aulas, além de garantir uma renda, também é uma ótima forma de manter seus conhecimentos e continuar estudando, melhorar sua oratória e reforçar a habilidade de falar e se expressar em público.

3. Cuide de animais

A forma como as pessoas cuidam de seus animais também vem mudando. Os serviços de anfitrião fazem cada dia mais sucesso e podem ser uma ótima oportunidade de ganhar dinheiro. Você sabe como funciona? Os donos de animais têm dispensados os hotéis e petshops e buscado deixar seus bichinhos em locais com mais “cara de lar” e onde os pets recebam cuidados e carinho.

Portanto, se a sua casa tem espaço para um animal e você tem disponibilidade para dar muito amor, é só se cadastrar em sites como a Dog Hero, como um anfitrião. Você fica livre para escolher quais animais quer receber, quanto cobrar e ainda garante os efeitos terapêuticos de ter um bichinho em casa.

4. Venda usados

A última opção que selecionamos é, talvez, a mais simples. Contudo, pode ajudar muito você a conseguir um dinheiro extra e pagar aquele boleto atrasado. Que tal se desfazer de roupas e utensílios que você não usa mais?

Vender objetos que estão parados é uma excelente forma de liberar espaço. Além disso, você pode fazer isso direto de casa, sem precisar procurar por brechós. Busque sites de vendas como o EnjoeiOlx e Mercado Livre, tire boas fotos, faça uma descrição completa do item e comece agora mesmo a desapegar.

Pessoas com deficiência podem ter gastos ainda maiores. Além disso, muitas vezes, existe uma grande dificuldade de entrar no mercado de trabalho. Seguindo nossas dicas para complementar sua renda, você consegue garantir uma grana extra e ainda desenvolve suas habilidades profissionais.

Fonte  https://blog.ortoponto.com.br/dicas-para-complementar-sua-renda/

Postado por Antônio Brito 

Pernambucano com Nanismo é campeão mundial de surfe

Pablo Jimenez/ ISA.
Roberto Pino, campeão mundial de Surf Adaptado -FOTO: Pablo Jimenez/ ISA.

o surfista pernambucano Roberto Pino é o mais novo brasileiro campeão mundial de surfe, desta vez a honraria foi para a categoria "surf adaptado", nosso vitorioso tem nanismo e trouxe mais esse título para o surfe brasileiro lá das aguas geladas de La Jolla, na Califórnia, onde foi realizado neste fim de semana, 14/3, o 2020 AmpSurf, World Para Surfing Championshiop promovido pela International Surfing Association - ISA

Foi a segunda vez que Pino foi representar o Brasil nessa competição e desta vez quase não conseguiu embarcar por falta de recursos financeiros. Foi aí que o "Pino Detonador " começou a fazer campanha em suas redes sociais pedindo ajuda para realizar seu projeto: Ser campeão mundial de surfe.

Sensibilizados, amigos, empresários, organizadores e governantes juntaram esforços e apoiaram seu sonho. Taí o resultado. Projeto bem executado e vitorioso.

"Obrigado pelo carinho, to morto de cansado, mais valeu! O objetivo foi comprido" me falou orgulhoso o campeão direto da "Califa".

No geral o time Brasil conquistou quatro títulos e tivemos nove finalistas. Entre eles Malu Mendes, filha do surfista e atual técnico Paulo Kid foi campeã.

Parabéns aos campeões que apesar dos problemas que enfrentam a Confederação Brasileira de Surf, sendo acusada de má gestão por varias Federações estaduais representando centenas de surfistas brasileiros, conseguiram seus títulos mundiais.

Pablo Jimenez/ ISA.
Roberto Pino surfando na Califórnia - FOTO:Pablo Jimenez/ ISA.
Fonte  https://jc.ne10.uol.com.br/colunas/surfe/2020/03/5602307-pernambucano-com-nanismo-e-campeao-mundial-de-surfe.html

Postado por Antônio Brito