09/09/2020

Rede PCD Bahia promove encontro nacional de pessoas com deficiência

Intitulado ‘PCD em Revolução e Evolução’, o encontro nacional de pessoas com deficiência, família, estado e sociedade, acontecerá nos próximos dias 10 e 11, das 9h às 12h e das 14h às 17h, através da internet. O evento é uma iniciativa da Rede PCD Bahia e pretende congregar representantes das cinco regiões do Brasil.

Informações no Link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScN1WTqWxx3OzZAMqEzVtGKegvY0zqh-wmoDY-q-Lw9xvOIvQ/viewform

Planejado de forma colaborativa e utilizando as ferramentas da nova transformação digital, seus participantes ingressarão em salas temáticas do Google Meet, e debaterão temas como políticas públicas, saúde e gênero, sexualidade e participação cidadã, entre outros temas que afetam o dia a dia dessa comunidade.

A coordenação é da equipe Rede PCD que organizou uma legião de voluntárias e voluntários para montarem uma megaestrutura com transmissão ao vivo. 

Embora seja restrito aos inscritos, o evento terá abertura com transmissão livre pelo canal do YouTube da Rede, o que acontecerá das 9h às 12h do dia 10 de setembro e atividades no dia 11, pela manhã e pela tarde.

Palestrantes
O momento de abertura terá as presenças de representantes dos diversos tipos de deficiência, como Luciana Viegas Caetano, professora, mãe e ativista pelos direitos das pessoas com deficiência. Ela é autista e uma das lideranças do movimento #vidasnegrascomdeficienciaimportam aqui no Brasil.

Para falar em nome das pessoas com síndrome dae Down, o encontro traz Álvaro Borges Neto, diretor de Relações Públicas da Ser Down (Associação Baiana de Síndrome de Down).

Aurilane Marques, professora de Libras da Educação Especial, é surda e abordará os direitos das pessoas com deficiência auditiva, assim como Silvanete Brandão Figueiredo, pessoa com deficiência física e diretora de Projetos da Associação Baiana de Deficientes Físicos (Abadef).

Representando a deficiência visual, Cristina Gonçalves, falará em nome do Movimento Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa Visão.

A palestra de abertura abordará o tema ‘Da Exclusão à Inclusão, o Capacitismo gera Invisibilidade’ e será proferida por Alexandre Baroni, superintendente estadual dos direitos da pessoa com deficiência da Bahia.

Ao longo da programação, o encontro contará com quatro mesas temáticas simultâneas que, em formato de roda de conversa, debaterão temas como gênero, diversidade, saúde e sexualidade, assim como especificidades regionais, políticas públicas e representatividade.

Luciene Gomes, professora doutora em Terapia Ocupacional, com ênfase em Acessibilidade Cultural, integrará a mesa que abordará o tema relativo à representatividade da pessoa com deficiência em diversos contextos.

Do Rio Grande do Sul, destaca-se a participação de Jorge Amaro, doutor em Políticas Públicas, e Hilarielton Monteiro Picanso, que representará a região Norte. Gustavo Brustolin Horst é professor de Libras, e discutirá direitos da pessoa surda, sob o olhar da região Sul.

Serão mais de 20 palestrantes e facilitadores que contribuirão com a escrita de um documento final que sintetizará os anseios desse segmento populacional, propostas que deverão subsidiar as ações de sociedade civil e gestores públicos na implementação de políticas setoriais no Brasil.

Informações sobre o evento: eventos.redepcdba@gmail.com

Fonte  https://revistareacao.com.br/rede-pcd-bahia-promove-encontro-nacional-de-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito 


08/09/2020

Agência Brasil explica: como agendar serviços no Meu INSS

Atendimento remoto foi prorrogado até 31 de julho

O atendimento presencial nas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está suspenso temporariamente desde março, devido à pandemia de covid-19. A data para a abertura das agências é dia 3 de agosto. O atendimento exclusivo por meio de canais remotos foi prorrogado até 31 de julho e continuará sendo realizado mesmo após a reabertura das agências.

Quando o atendimento presencial retornar, o tempo de funcionamento das agências será parcial, com seis horas contínuas, e exclusivo aos segurados e beneficiários com prévio agendamento pelos canais remotos (Meu INSS e Central 135). Também serão retomados os serviços que não possam ser realizados por meio dos canais de atendimento remotos como perícias médicas, avaliação social e reabilitação profissional.

Agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Meu INSS pode ser acessado pela internet do computador ou pelo telefone celular (Android e IOS). São oferecidos mais de 90 serviços, sem precisar sair de casa.

Confira como acessar 

Para conhecer a ferramenta, digite o endereço gov.br/meuinss ou instale o aplicativo Meu INSS no celular. Depois é preciso fazer um cadastro e obter uma senha.

Também é possível obter uma senha provisória pelo site de alguns bancos.

No Banco do Brasil o caminho é: bb.com.br > Serviços > Previdência social > Senha meu INSS > NAI

Na Caixa Econômica Federal: caixa.gov.br/Páginas > Serviço ao Cidadão > INSS > Gerar Código para Serviço INSS.

No Banese: banese.com.br > Internet Banking Banese > Serviços > Gerar Senha Meu INSS - NAI.

No Banrisul: banrisul.com.br > Menu Serviços > Criar Código INSS.

Bradesco: bradesco.com.br > Outros Serviços > Documentos > INSS – Cadastrar Código Inicial de Acesso ao Portal Meu INSS (NAI).

Itaú: itau.com.br >Previdência > INSS > Cadastrar senha inicial de acesso ao Portal Meu INSS.

Santander: santander.com.br > Outros Produtos > Demais Serviços > NAI – Núcleo de Autenticação Interbancária.

Sicoob: sicoob.com.br > Outras opções > Previdência Social > Senha Meu INSS > NAI.

Dificuldade no acesso

No site do INSS e na Central 135 (de segunda a sábado, das 7h às 22h), é possível tirar dúvidas sobre o acesso aos serviços.

Serviços do Meu INSS

No Meu INSS, o cidadão pode enviar, por exemplo, documentação digitalizada (escaneada) ou fotografada (por meio de foto tirada pelo celular). Um dos documentos que podem ser enviados pela internet é o atestado médico.

Para isso, é preciso acessar o Meu INSS e selecionar a opção “Agendar Perícia”. Selecionar “Perícia Inicial” e quando aparecer a pergunta “Você possui atestado médico?”, responder sim e anexar no portal.

Perguntas e respostas sobre concessão e prorrogação do auxílio-doença

Entres os serviços disponíveis no Meu INSS estão aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição, salário-maternidade, pensão por morte, auxílio-doença, seguro-desemprego do pescador artesanal, benefícios assistenciais, certidão de tempo de contribuição, alterar local ou forma de pagamento, cadastrar ou renovar procuração ou representante legal, solicitar pagamento de benefício não recebido, recurso e revisão, entre outros.

Após fazer a solicitação, é possível acompanhar, com o número do protocolo de requerimento, o andamento do pedido pelo Meu INSS ou telefone 135.

Cumprimento de exigência

O INSS diz que quem receber um SMS (mensagem de celular) ou e-mail informando que existe alguma pendência, não precisa se preocupar. Pelo Meu INSS é possível enviar o documento fotografado ou digitalizado para dar continuidade ao processo.

Site

Na página do INSS há mais informações sobre os serviços oferecidos na ferramenta, com vídeos explicativos.

Edição: Graça Adjuto

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-07/agencia-brasil-explica-como-agendar-servicos-no-meu-inss

Postado por Antônio Brito 

Dificuldades motoras no Autismo.

Estudos recentes apontam que a maioria dos Autistas, cerca de 87% devem apresentar alguma dificuldade motora, que pode variar desde uma dificuldade em escrita até características que geram movimentos distintos ou repetitivos. Muitas vezes as pessoas esquecem que essas observações devem ser mantidas para uma possível apoio terapêutico ou médico profissional,  assim como ocorre em diversos outros transtornos como Down, TDA, TDAH e relacionados.

As últimas pesquisas reforçam a necessidade de se manter um bom acompanhamento médico e terapêutico a fim de evitar problemas futuros por questões de uma desordem maior, uma possível somatização e espelhos negativos como padrões musculares que afetam um possível maior desordem. Já fiz aqui uma publicação sobre o Sistema Muscular e relacionados a uma desordem maior que ligou meu estágio de dores a uma relação a Fibromialgia adquirida por anos no processo de camuflagem.

Sendo assim Jacson quais os principais tipos de atividades motoras que Autistas podem apresentar?

Podemos apresentar problemas de desordens motoras, com padrões de psicomotoras finas, manipular objetos com as mãos e escritas. Essa dificuldade pode ser presente em movimentos que precisamos selecionar um lado, como esquerdo ou direito, algumas pausas são vistas antes de selecionar tais ações. Eu por exemplo costumo repetir no pensamento o lado de escolha antes de seguir um padrão de direção, essas pequenas escolhas podem em uma sobrecarga maior gerar confusão e desordens sensoriais maiores. Outras características são vistas em posições que necessitam de equilíbrio pelo sistema de regulagem ou vestibular,  processos esses que geram uma repetição para tentativa de centralizar o corpo flequicionando a ponta dos pés. Vale ressaltar que essas desordens podem variar de níveis leves a graves.

Com qual idade essas dificuldades motoras se apresentam Jacson?

Os mesmos estudos apontam que bebês de 1 mês de vida que apresentam movimentos normais aos 3/4 meses de vida podem apresentar perdas de movimentos ou desordens relacionadas a sua estrutura motora. Com 4 meses de vida uma criança típica já consegue manter uma regulação centrada, onde sua cabeça terá um alinhamento regular, vale ressaltar que esse extremo de desordens podem ser associadas ao nível e tipo de autismo, onde mesmo que tenhamos o autismo presente, crianças podem desenvolver uma auto regulagem, iniciando desde cedo possíveis camuflagens onde os extremos podem se encontrar. Já com 14 meses de vida uma criança típica terá plena capacidade de andar, em contrapartida uma criança Autistas poderá não andar ou apresentar estereotipias relacionadas a tais movimentos como desordens no compasso do movimento ou necessidades aparentes para movimentos não assimétricos. 

Existe a possibilidade de fatores genéticos estarem ligados a características motoras no Autismo?

Sim, algumas mutações são mais presentes em Autistas, conforme estudos que relacionam a carga genética e epigenética no Autismo, um exemplo observado é que a cada um mês de atrasos motores relacionados à capacidade de andar no autismo terá uma representação de 17% na carga genética, conforme estudo de 2017 por Bishop, essas variações podem gerar maiores ramificações como a síndrome de Phelan-McDermid que geralmente apresenta baixo tônus ​​muscular além de crianças com síndrome dup15q que tendem apresentar a mesma característica.

Embora os problemas motores tendem a ser mais graves em pessoas autistas com deficiência intelectual , eles podem afetar qualquer autista nesse espectro. Por exemplo, pessoas com autismo que carregam mutações espontâneas têm maior probabilidade de apresentarem problemas motores , independentemente de terem deficiência intelectual, de acordo com um estudo de 2018 pela Fuentes CT et al. Neurology. Outros estudos descobriram que as crianças do espectro têm mais problemas motores do que os controles típicos quando esses são comparados pelo quociente de inteligência sendo assim não existem balizadores para classificar apenas autistas com D.I.

O que está ocorrendo no nosso cérebro Autístico Jacson?

As diferenças na conectividade entre as regiões do cérebro podem ajudar a explicar as dificuldades motoras nos autistas. Por exemplo, crianças com autismo diminuíram a sincronia na atividade entre suas regiões visuais e motoras; quanto menos sincronização houver, mais graves serão seus déficits sociais, com base em uma escala padrão. Seus problemas motores também podem resultar em uma conectividade menor entre o lobo parietal inferior, uma região envolvida na coordenação olho-mão; e o cerebelo , que auxilia na orientação e correção dos movimentos. Outras evidências implicam conexões fracas entre as regiões sensoriais e motoras e atividade atípica em uma rede importante para o planejamento motor.

Autistas também costumam descartar algumas informações visuais e confiar mais na propriocepção, ou em seu sentido interno da posição do corpo, do que as pessoas comuns quando aprendem a usar uma nova ferramenta. Quanto mais as pessoas com autismo dependerem da propriocepção, mais graves são seus déficits sociais, embora os pesquisadores ainda não tenham certeza do real motivo que cause esse efeito.

Como podemos medir essas características motoras no Autismo?

Alguns testes padronizados podem revelar se uma criança pode fazer certas atividades motoras. Porém tais testes não são totalmente fidedignos para avaliação de um Autista. Além disso, a maioria das atividades atuais foram projetadas para crianças típicas, o que gera uma extrema dificuldade avaliativa para crianças no espectro sendo mais complexo em criança com deficiência intelectual ou cognitiva.

Alguns pesquisadores têm desenvolvido novas maneiras de sondar problemas motores, usando a escrita com interações em canetas com suporte, realidade virtual , captura de movimento com sensores e câmeras infravermelhas , acelerômetros e giroscópios (para medir a intensidade e o ângulo nos movimentos dos membros), tapetes equipados com sensores de pressão (para detectar diferenças nos movimentos) e eletromiografia (uma técnica que mede a atividade elétrica dos músculos). Mas os pesquisadores afirmam ainda que estão longe de padronizar essas medidas. Vale ressaltar que a participação de um terapêutico ocupacional é de extrema importância para tais sondagens.

Como podemos tratar os problemas motores no Autismo?

Existem diversas maneiras, o mais assertivo é iniciar o diagnóstico do autismo o mais cedo possível,  com isso os profissionais que efetuam a sua abordagem primária terão espaço para um direcionamento Multidisciplinar para avaliações e terapias adequadas, outro ponto é não aceitar tais desordens como algo comum no autismo, pois todo esse peso que a criança e adolescente carregar por sua vida terá um impacto maior na somatização em sua fase adulta. Estudos apontam que apenas 32% dos autistas recebem o devido apoio para tratamentos direcionados aos problemas motores, muitas vezes levando em consideração a opinião de familiares que tais questões são mínimas e não geram um impacto negativo no futuro. Aqui devemos fazer a separação do que poderá ser aproveitado dentro do padrão de Stimming e o que devemos abordar como características negativas para estereotipias que geram inclusive alto agressões e mutilações. 

Com essa abordagem, sempre direcione o Autistas para atividades que gerem um relaxamento e trabalho muscular, tais como ioga, artes marciais, terapias adicionais que envolvam por exemplo a música, o meio ambiente, a natação entre diversas outras atividades. O mais importante é não deixar o Autista parado perante a tais desordens, evitando um descontrole e desordem maiores no futuro.

Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier

Fonte  https://mundoadaptado.com.br/write.app#!/post?community=true

Postado por Antônio Brito 

Entenda o enquadramento de Deficiência para transtornos de personalidade, psicossocial e neurológico.

Conforme a Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (ONU), em 2006, ampliou a caracterização de deficiência ao considerá-la, a partir dos impedimentos de longo prazo que em interação com uma ou mais barreiras podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Essa nova perspectiva sobre a caracterização de deficiência, deu voz a pessoas que, apesar de enfrentarem inúmeras limitações e dificuldades em seu dia a dia, nunca tinham sido contempladas por políticas de proteção e defesa de direitos.

Outra inovação da Convenção foi incluir o conceito de deficiência psicossocial: Destacamos as pessoas com transtornos mentais crônicos como as pessoas com transtorno bipolar, esquizofrenia, ansiedade generalizada, transtorno obsessivo compulsivo, depressão grave e epilepsia.

Podemos observar que dentro desses fatores o Autismo entra em conjunto com uma abordagem ampla do Transtorno Do Espectro Autista,  um transtorno global do neurodesenvolvimento em ligação aos transtornos neurológicos para uma característica psicossocial. 

O ideal, seria que uma sociedade justa e igualitária não precisasse de leis para inclusão, mas para além do campo subjetivo e da utopia, a realidade é de um contexto desigual para muitas pessoas que não podem mais esperar para “fazer parte da sociedade”. Quanto mais avançarmos na disseminação da cultura da diversidade e inclusão em todas as áreas e segmentos da sociedade, mais perto ficaremos de uma sociedade com acessibilidade para todos, conforme a proposta da ONU lançada em 2015 ao criar o do símbolo “A Acessibilidade”.

Mas afinal, o que é deficiência psicossocial?

A Lei Brasileira de Inclusão (LBI 13.146/15) estabelece a caracterização de deficiência a partir da constatação de impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Antes da promulgação da LBI, a Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (ONU, 2007) já reconhecia a deficiência como o resultado entre a interação da pessoa com o ambiente e as barreiras que este oferece. Essa mudança de conceituação mostrou conformidade também com o modelo multidimensional de classificação de funcionalidade, ao tirar o foco do indivíduo e sua patologia, e passar a considerar que as condições sociais e econômicas impactam diretamente na condição de saúde de uma pessoa.

Em países de todos os níveis de rendimento, a saúde e a doença seguem uma gradação social: quanto mais baixa a posição socioeconômica, pior o estado de saúde (OMS, 2010, s/p – sumário executivo).

Entende-se por longo prazo, a duração acima de dois anos da repercussão de uma condição de saúde que provoca alterações significativas na estrutura do corpo e funcionalidade, com redução ou falta de capacidade de realizar uma atividade em padrão normal. Portanto, os impedimentos de longo prazo decorrem do impacto no desempenho de atividades e da participação da pessoa com deficiência em diferentes situações cotidianas.

A esquizofrenia, por exemplo, só pode ser diagnosticada por um médico psiquiatra, que avaliará a presença de sintomas há pelo menos seis meses consecutivos, que consequentemente, apresentam redução do nível de funcionamento em uma ou mais áreas importantes da vida, como trabalho, escola, relações interpessoais, autocuidado; acompanhadas de um ou mais sintomas chamados de “positivos” como: delírios, alucinações, sensação de perseguição, comportamento bizarro, entre outros.

Uma vez estabelecido o diagnóstico, é necessário acompanhamento multiprofissional (terapeuta ocupacional, psicólogo, assistente social, enfermeiro, acompanhante terapeuta, psiquiatra) e a tomada de antipsicóticos regularmente, para diminuir os sintomas e promover a autonomia e reabilitação da pessoa. Apesar da possibilidade de estabilidade do quadro e até remissão desses sintomas em alguns casos, a esquizofrenia é considerada deficiência porque não há cura, mas sim tratamento por tempo indeterminado, que deixam sequelas nas funções mentais limitando algumas capacidades funcionais da pessoa.

O conceito de deficiência mental é dado a partir da manifestação anterior aos dezoito anos de idade, de um funcionamento intelectual significativamente inferior à média associada a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas tais como comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização de recursos da comunidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho. (Decreto 5.296/04).

O conceito de deficiência psicossocial é dado a partir da constatação de significativa sequela decorrente um diagnóstico psiquiátrico. Romeu Sassaki, foi um dos primeiros no Brasil a escrever sobre o tema, considerando tal tipo de deficiência como uma deficiência “por saúde mental” ou psiquiátrica (2010).

Assim, nem toda pessoa com transtorno mental pode ser considerada com eficiência psicossocial, mas toda pessoa que, em decorrência de um transtorno mental, apresentar impacto significativo e prolongado, de diminuição, déficit ou limitações em sua funcionalidade humana, pode ser considerada com deficiência psicossocial.

Isso só é comum, em caso de transtornos mentais graves e crônicos. Razão pela qual, casos leves e transitórios de transtornos mentais, onde não há necessidade de contínuo tratamento psiquiátrico e multiprofissional, não são considerados deficiência psicossocial.

Em transtornos mentais crônicos como esquizofrenia, transtorno bipolar, transtorno obsessivo compulsivo, dependência química por uso de substâncias psicoativas, ansiedade generalizada e depressão grave, o impacto na funcionalidade atinge principalmente as funções mentais e psicomotoras. Entre as limitações decorrentes destes transtornos, são comuns as dificuldades associadas à capacidade de concentração, atenção, comunicação, contato interpessoal, memória, aprendizagem e autocuidado.

Seja por desconhecimento, medo ou preconceito não declarado explicitamente, ainda poucas pessoas ou empresas se sentem à vontade em deliberadamente contratar pessoas com deficiência psicossocial – independentemente de ser ou não pela Lei de Cotas.

Em 2012, o Ministério do Trabalho instituiu através da Instrução Normativa número 98, que a avaliação biopsicossocial poder ser feita por qualquer profissional com ensino superior e qualificação na área da saúde, e que, portanto, fica responsável pela emissão do laudo caracterizador de deficiência que enquadrará a pessoa à Lei de Cotas.

Portanto, para enquadrar o transtorno mental (de qualquer tipo) na Lei de Cotas, seja como deficiência mental ou psicossocial, é importante existir as seguintes informações nos laudos apresentados pela pessoa com deficiência à empresa:

CID-10 (Feito por Médico Psiquiatra, Neurologista ou Neuropediatra) em breve CID-11

Avaliação biopsicossocial (feito por um ou mais profissionais com ensino superior, exceto médico), contendo:Fatores socioambientais e psicológicos, impedimentos ou limitações das funções e estruturas do corpo, limitações ao desempenho de atividades ou restrição de participação;

Com exceção do diagnóstico (CID-10), todas as demais informações podem ser descritas por outro profissional e ainda, serem classificadas universalmente pela CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade).

Reference:

ONU - https://nacoesunidas.org/acao/pessoas-com-deficiencia/

Scielo - https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2008000200014

Jama Inspp .com

Spectrum Liger.

Cathoinp

 Fonte  https://mundoadaptado.com.br/write.app#!/post?community=true

Postado por Antônio Brito 

Mais de 90 mil pessoas já assistiram palestras de Tiago Linck

Tiago e Daiana nasceram em uma madrugada fria do dia 31 de maio de 2007, gêmeos e com uma particularidade incomum: o menino nascera sem os braços e sem as pernas.

Tomados pelo medo, os pais Jair e Rosane, e a irmã mais velha, Thais, decidiram se unir em nome do amor,  persistindo e superando limites.

De início, Tiago Linck frequentou centros de reabilitação, que configuraram sua capacidade para posterior independência: sentar, caminhar, se levantar e até mesmo, nadar.

Mais tarde, ingressou na escola normal, de forma com que fez amigos e passou a realizar atividades, como a de seus colegas, sem receber privilégios.

Se já não bastasse, plantou no coração a esperança de que seus sonhos somente cobravam tempo para que se realizassem.

No ano de 2016, Tiago e sua família participaram do Programa da Rede GLOBO, de Luciano Huck, “Caldeirão do Huck”, onde tiveram a oportunidade de conhecer seu ídolo, Nick Vujicic – um famoso palestrante estadunidense nascido com a mesma síndrome de Tiago. Durante o momento de alegria e emoção, Tiago, de somente 09 anos, relatou que assim como Nick, gostaria de contar sua história de superação para o mundo todo.

Após o destaque no “Caldeirão do Huck”,  na Globo, o menino sem braços e pernas chamou a atenção da diretoria do Osasco Audax, que decidiu realizar o sonho de Tiago e organizar a primeira palestra.

O evento foi realizado no dia 7 de janeiro, no Teatro Municipal Glória Giglio de Osasco, em São Paulo, onde durante o momento de reflexão, o menino e sua família retrataram a história de motivação, mostrando que o amor, supera todas as dificuldades.

Além disso, o clube Osasco Audax, anunciou a contratação de Tiago Linck como seu embaixador, assinando um contrato de doze meses com o menino.

Tiago ingressou na carreira de Palestrante; testemunhou sua história e impactou vidas.

Atualmente, já soma mais de 180 palestras; passando por Estados como RS, SC, PR, SP, MG e MT, com um público superior a 90 mil pessoas.

Recentemente o Presidente da República Jair Bolsonaro divulgou em suas redes sociais uma mensagem de agradecimento a Tiago Linck e garantiu que em breve quer conhecer o jovem pessoalmente. 

Fonte  https://revistareacao.com.br/mais-de-90-mil-pessoas-ja-assistiram-palestras-de-tiago-linck/

Postado por Antônio Brito 

07/09/2020

Inclusão e Acessibilidade no Festival de Cultura e Gastronomia de Gramado

A inclusão e a acessibilidade estarão presentes no 12º Festival de Cultura e Gastronomia de Gramado, que acontece de 1º a 12 de outubro. Com o propósito de levar a experiência cultural-gastronômica para o maior número de pessoas possível, a edição deste ano ampliará os recursos de inclusão social. Para realizar ações assertivas, o evento conta com a consultoria da Semearhis, startup de Impacto Social voltada para o relacionamento humano, especializada na inclusão das PcD (Pessoa com Deficiência) no mercado de trabalho e no desenvolvimento de projetos de acessibilidade para empresas e eventos.

Através dessa parceria e com a necessidade de adaptação e reformulação do Festival para esse ano, o formato online da Cozinha Experimental permitirá atingir um público ainda maior com a transmissão e interpretação em LIBRAS de cinco oficinas gastronômicas por intérpretes surdos e ouvintes. Gravadas na cozinha do SENAC Gramado, as aulas serão disponibilizadas gratuitamente, de forma gradativa, antecedendo a realização do evento. Além disso, tanto o Festival como os chefs participantes das oficinas receberão sinal em LIBRAS, que será disponibilizado no glossário da Semearhis.

Durante o Festival, os restaurantes contarão com profissionais treinados em Libras para receber e atender pessoas com deficiência e seus familiares. Tanto a programação como os cardápios serão disponibilizados com tradução em Braile, além de Audiodescrição e Narração, tecnologia assistiva que traduz imagens em palavras, tornando produtos visuais acessíveis às PcDV (Pessoa com Deficiência Visual), intelectual, disléxicos, autistas, entre outros públicos.

As principais informações divulgadas nas redes sociais do Festival terão uma legenda que descreve as imagens com #Pratodosverem, além de depoimentos de participantes com tradução e interpretação em LIBRAS. Já os materiais visuais contarão com uma consultoria sobre gestão de qualidade daltônica.

A Semearhis também disponibilizará para o Festival uma Caixa Sensorial Olfativa, um projeto-piloto da startup para inclusão de cegos, surdocegos e deficientes de baixa visão.

Promovido pela Prefeitura Municipal de Gramado, através da realização da Gramadotur, com correalização da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) – Região das Hortênsias, o 12º Festival de Cultura e Gastronomia de Gramado acontece de 1º a 12 de outubro com o tema “Do Produtor à Mesa”. O novo formato vai unir a agroindústria local com os restaurantes da cidade. Os estabelecimentos vão criar receitas especiais para o Festival, utilizando ingredientes de produtores locais da região.  Para uma experiência de acordo com o novo momento em que vivemos, além de saborear o prato no restaurante, será possível utilizar a opção de delivery. O evento também contará com atrações culturais nos restaurantes e oficinas gastronômicas online.

O Festival seguirá os protocolos de segurança e higiene estabelecidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde), Governo do Estado do RS e Governo Federal juntamente com a vigilância sanitária municipal e Abrasel Hortênsias.

12º FESTIVAL DE CULTURA E GASTRONOMIA DE GRAMADO

Jantares Especiais, Atrações Culturais e Oficinas Gastronômicas Online

Data: 1º a 12 de outubro de 2020

Local: Gramado (RS)

@festivaldegastronomia

Fonte  https://revistareacao.com.br/inclusao-e-acessibilidade-no-festival-de-cultura-e-gastronomia-de-gramado/

Postado por Antônio Brito 

Jovens criam projeto para adaptar parques públicos do RJ para crianças com deficiência

Uma missão nada fácil, mas muito gratificante. Três jovens do Rio de Janeiro se uniram para trazer mais acessibilidade aos parques da cidade. Eles criaram um projeto que montará alguns brinquedos adaptados em locais públicos da capital.

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AdaptaRio foi criado por Cláudio Palhares, 17 anos, Luiza Ourivio, 18 anos, e João Roberto Duque Estrada, 17 anos, que são voluntários na ONG One by One. A ONG gera auxílio para mais de mil crianças e adolescentes de baixa renda com necessidades especiais.

Com ajuda de uma vaquinha online eles conseguiram entregar o primeiro parque no último dia 30 de agosto.

O local possui balanço e gira-gira adaptados e fica em uma área do Condomínio Pedra de Itaúna, na Barra da Tijuca. O espaço não foi escolhido à toda. Ele já recebe crianças do projeto One by One, focado no auxílio de mais de mil crianças e adolescentes de baixa renda com necessidades especiais.

Para os três jovens, as crianças com qualquer necessidade especial também precisam de espaços públicos para entretenimento.

Não podemos achar natural uma parcela das crianças da nossa cidade não ter espaços públicos apropriados para o convívio social. Onde brinca uma criança deficiente, brinca uma sem qualquer necessidade especial. Mas o inverso não é possível. Por isso, resolvemos nos juntar para contribuir para a causa. Estamos felizes em realizar a primeira entrega e em um local tão emblemático e que já acolhe crianças que precisam deste olhar, que é o Pedra de Itaúna, onde está localizada a One by One”, afirma Cláudio.

Cláudio, Luiza e João já estão com três novos parques sendo projetados. Cada espaço custa R$ 21 mil, por isso, eles precisam dividir o trabalho em etapas. A primeira é conseguir verba suficiente para a montagem, depois adquirir os brinquedos e, por último, realizar a construção.

Cada praça escolhida receberá um balanço e um gira-gira adaptados.

O custo não é alto, mas podemos pagar caro no futuro se não investirmos adequadamente em nossas crianças. Elas têm direito a brincar, se exercitar. Por isso, estamos buscando ajuda junto a sociedade como um todo. Cada um, em sua região, pode doar uma quantia simbólica ao projeto. Somando os esforços, conseguiremos adaptar estas praças e colher sorrisos não só das crianças, mas das famílias que passarão a contar com um auxílio significativo para o lazer”, afirma Cláudio.

As doações para o AdaptaRio podem ser feitas pelo site Vakinha.

Fonte  https://razoesparaacreditar.com/jovens-criam-parque-inclusivo-para-criancas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito 

Pessoa com Deficiência e os Olhares que Falam...

Pois é pessoal ao longo dessa minha trajetória enquanto pessoa com deficiência na sociedade, passei por muitas situações em que me deparei com olhares que falavam. Pode parecer besteira, uma coisa meia maluca no início,  mas no decorrer do texto vocês vão entender e vão se identificar porque eu tenho certeza que vocês também já passaram e ainda passam por essa situação.

Certa feita estava no shopping com minha namorada na época, eu de moletas, marcha difícil, andar complicado, locomoção limitada e ela ao meu lado bonita, bem vestida e aparentemente é claro sem deficiência.

Percebi pessoas me olhando, algumas até de forma acintosa, resolvi observar mais aquilo com atenção. Na minha concepção aqueles olhares falavam o seguinte: "Nossa, o que uma moça bonita dessa está fazendo com ele?" Se fosse uma fala mais extremista diria: "Ela merece coisa melhor, que estranho que casal diferente!" Percebeu aí o olhar falante?

Pois bem, é claro que isso não aconteceu só uma vez, foram várias vezes e a questão não é o olhar em si mas a mensagem que ela passa, uma mensagem de preconceito, indiferença, uma mensagem de que você não é capaz, enfim uma mensagem de não pertencimento. Por mais forte que a pessoa seja esses olhares machucam.
No trabalho esse olhar falante também está. Quando você começa a trabalhar e executar as suas tarefas, e algumas pessoas te olham, novamente com aquele olhar que diz: "Nossa o que ele (a) está fazendo aqui? Não é capaz para o cargo! Só está aqui por causa da lei de cotas! Nunca vai chegar a um cargo superior!"

Tenho certeza que você já percebeu, e já recebeu esses olhares. E aí está começando a entender a loucura dos olhares que falam? Esses olhares estão sempre carregados de preconceitos e capacitismo, são olhares que procuram sempre desprezar e minimizar a pessoa com deficiência deixando ela (ele) com um sentimento de incapacidade, de falta de qualidade.

Esses olhares revelam um conceito pré-estabelecido sobre algo que não é verdadeiro. Os olhares falantes estão em todos os lugares, se você prestar atenção vai perceber e concordar com a gente. Você chega no restaurante, no cinema, no estádio de futebol, em uma repartição pública, um supermercado, ou em qualquer outro lugar e logo você percebe os olhares, alguns normais de curiosidade e e tal, mas a maioria vem carregado de preconceitos e indiferenças.


O olhar diz: O que que ele (ela) está fazendo aqui? Esse lugar não é para ele (ela) pessoas com deficiência tem que ficar em casa no computador, notebook ou assistindo televisão. Hoje ainda tem bastante ferramentas e aplicativos para eles (elas) não ficarem tão presos e entediados, deveriam aproveitar.

São todas essas falas que a gente percebe nos olhares. E aí agora você concorda com a gente?  Já foi vítima de um olhar falante? Como foi? Conte pra gente aqui no post para que possamos expandir a discussão sobre esse tema tão importante. Bom, é isso! Galera até a próxima postagem!

Fonte  https://www.territoriodeficiente.com/2020/08/pessoa-com-deficiencia-e-os-olhares-que-falam.html?m=1

Postado por Antônio Brito 

06/09/2020

Os efeitos da covid-19 em quem tem lesão medular, como Mara Gabrilli

Senadora Mara Gabrilli relatou sequelas da covid-19

Marcelo Camargo / Agência Brasil

A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), 52, relatou que está com sequelas da covid-19, dentre elas dores e espasmos musculares fortes, além da perda de memória recente. A senadora é tetraplégica desde que um acidente de carro lhe causou lesão medular, o que a coloca no grupo de risco da doença causada pelo novo coronavírus.

De acordo com Regina Fornari, médica fisiatra e diretora do centro de reabilitação Lucy Montoro de São José do Rio Preto (SP), pessoas com lesão medular são mais propensas a ter complicações pela covid-19 porque apresentam uma resposta neurológica mais intensa a tudo que afeta a medula espinhal.

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"A medula é a principal via de transmissão dos impulsos nervosos do cérebro para o tronco e os membros. Então, qualquer infecção, tudo que irrita a medula vai provocar uma resposta nervosa muito exuberante", explica.

Wilson Marques Junior, professor de neurologia da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, esclarece que todo órgão tem uma "reserva funcional, mas quem tem lesão medular não pode contar com ela".

"O fígado precisa de 1/4 de sua capacidade para funcionar. Então, se você perder 3/4 dele, vai continuar sobrevivendo", exemplifica. "Quem tem lesão na medula já está trabalhando sem ela. Aí, pode ser que o vírus invada o sistema nervoso. Se isso acontecer, o estrago vai ser maior", detalha.

Gabrilli foi diagnosticada com covid-19 em maio e, na última semana, ela refez o teste e o resultado deu negativo.

"No entanto, passado o vírus, ainda tenho algumas sequelas da doença. Durante todo o processo da covid tive muitas dores e espasmos musculares, que continuam muito fortes. As dores me geraram espasmos, que agora me geram mais dores", conta em seu blog.

A senadora também relata sequelas como perda de olfato, paladar e memória recente. Essas manifestações mostram que o vírus realmente afetou seu sistema nervoso e, segundo ela, a dimensão das consequências ainda serão estudadas.

De acordo com Regina, os espasmos - contrações involuntárias dos músculos - são uma das respostas da medula espinhal à infecção pelo vírus. "Essas contrações musculares são extremamente dolorosas", descreve.

Marques acrescenta que espasmos são comuns em quem tem lesão medular. Segundo ele, a infecção pelo novo coronavírus pode fazer com que as contrações piorem ou voltem a acontecer.

Por outro lado, o professor avalia que a perda dos sentidos e da memória não têm a ver com a lesão medular. "Nenhuma dessas manifestações estão associadas com a lesão, isso é coisa comum [em pacientes com covid-19]", afirma.

Regina, por sua vez, observa que pessoas tetraplégicas já têm a capacidade de expansão do pulmão diminuída, algo que piora com a covid-19 e dificulta a respiração. "Os lapsos de memória talvez aconteçam por causa da baixa oxigenação do cérebro", analisa. "Mas tudo isso é muito novo e está sendo estudado", destaca.

"Esses casos de lesão medular associada à covid estão sendo descritos agora. A gente não sabe como o paciente vai evoluir porque são pouquíssimas situações descritas", concorda Marques.

Gabrilli, por enquanto, continua afastada do Senado e vai começar seu tratamento de reabilitação. Esse processo é crucial para a conquista de melhoras, de acordo com Regina.

Fonte  https://noticias.r7.com/saude/os-efeitos-da-covid-19-em-quem-tem-lesao-medular-como-mara-gabrilli-24062020

Postado por Antônio Brito 

Aplicando o Protocolo AFA Fisioterapia para Reabilitação do Paciente com Hérnia de disco

.Introdução

Desenvolvemos um Protocolo para a Reabilitação total de nossos pacientes que foram diagnosticados com Hérnias de Disco. Este protocolo que detalharemos a seguir foi elaborado após muitos anos de estudos e aprendizado com as mais diversas técnicas de terapia manual e equipamentos de fisioterapia.

Em quase 25 anos de trabalho em nosso consultório atendemos cerca de 1900 pacientes com diagnóstico de hérnia de disco nos mais diversos níveis e conseguimos sucesso ao reabilitar 96% dos deles ou 1824, porém com 30 pacientes nosso método acabou não respondendo totalmente e os mesmos necessitaram de outros procedimentos para a melhora do quadro. Tivemos ainda 46 pacientes que desistiram no meio do tratamento pelos mais diversos motivos como o preço do tratamento, o tempo gasto, necessidades profissionais, pessoais, etc.

NOTA à mesmos nos pacientes que desistiram ou o protocolo não teve eficiência, todos apresentaram melhora considerável dos sintomas, principalmente dos processos álgicos.

Entendendo o que seria Hérnia de Disco

A hérnia de disco é caracterizada pelo deslocamento ou ruptura do disco intervertebral. Esta afecção ocorre com mais frequência na região lombar ou na região cervical. 

É uma das causas mais comuns de dor na região lombar e de dores irradiadas nas pernas, ocasionando frequentemente crises do nervo ciático, chamada de ciatalgia.

Segundo a Organização Mundial de Saúde cerca de 80% das pessoas já tiveram ou terão um episódio de dor lombar em algum momento de suas vidas. Dentre estas pessoas, cerca de 30% apresentam lombalgia ou ciatalgia devido a uma hérnia de disco.

Normalmente estas podem ser dolorosa e incapacitante.

É importante entender que a coluna vertebral é formada por articulações compostas pelas vértebras, entre as quais existem os pelos discos intervertebrais, eles são formados por um anel fibroso e um núcleo gelatinoso conhecido como núcleo pulposo.

Os discos são responsáveis pela sustentação do peso do próprio corpo e de todos os movimentos que você faz como inclinação e rotação da coluna. Sua função é de amortecimento, absorvendo os impactos que a coluna sofre diariamente ao realizar todo tipo de movimento e muitas vezes até mesmo sem movimento algum, apenas sustentando a postura corporal.  Todas as vezes que coloca os pés no chão a coluna sofre um impacto. Outros impactos com maior intensidade incluem o movimento de pular e ou correr.

Assim, a hérnia de disco consiste na projeção do material do disco intervertebral (núcleo pulposo ou ânulo fibroso) para além do limite físico do disco. O diagnóstico pode ser confirmado por exames de imagem como a ressonância magnética.

No entanto, é preciso que o fisioterapeuta fique atento a todos os sinais, pois nem sempre os achados dos exames de imagem são acompanhados de sintomas clínicos.

Estudos de prevalência mostram que mais de 60% das hérnias de disco visualizadas em exames de imagem são assintomáticas. Ou seja, não há correlação clínica com a imagem. Por exemplo, o paciente pode apresentar lesão extrusa ou protrusa e não sentir nada de dor ou formigamento!

Assim, é importante uma avaliação de um especialista caso você apresente dores lombares, para o diagnóstico correto e tratamento adequado.

Causas da Hérnia de Disco

A hérnia de disco tem sua causa relacionada ao aumento da força exercida no núcleo pulposo, fazendo com que ele se desloque rompendo o anel fibroso. O anel vai em direção ao canal medular ou em direção aos espaços por onde as raízes nervosas passam gerando compressão destas estruturas.

Entretanto, há casos em que o núcleo pulposo não se rompe, ele apenas se descola empurrando contra as estruturas ao redor. Quando isso acontece o problema ganha outro nome, o de protrusão discal. É importante perceber que a hérnia de disco pode acontecer em qualquer região da coluna, sendo as mais comuns as lombares ou cervicais.

A hérnia discal na cervical gera dor e rigidez na nuca, ombros e braços. A pessoa também sente dificuldade de movimentação dos braços e pode apresentar sensação de formigamento. Outra causa comum da hérnia de disco é o desgaste pelo tempo. Com o passar do tempo, com toda a força e o uso excessivo o núcleo pode enfraquecer e se romper.

Existem também as hérnias por causas externas, como acidentes ou injúria, como por exemplo carregar materiais muito pesados entre outros. O padrão de dor irá depender principalmente da localização do disco herniado.

Confirmando a Hipótese Diagnóstica

O fisioterapeuta deverá avaliar o padrão, intensidade e duração de sua dor lombar, cervical ou nos membros.

Ao perceber a hipótese de hérnia de disco, o fisioterapeuta irá fazer um exame físico, especialmente na região das costas. Ele também fará um exame neurológico, testando reflexos, força muscular, capacidade de andar e sensibilidade (ao toque, a agulhadas e a vibrações).

Em muitos casos, a anamnese (perguntas iniciais) e esta combinação de exames são suficientes para diagnosticar ou descartar um caso de hérnia de disco.

Porém, se o profissional de saúde não tiver certeza, ele poderá solicitar a realização de exames, como a ressonância magnética nuclear por exemplo.

Sinais e Sintomas

O mais característico e responsável por mais de 90% dos pacientes que procuram nosso serviço é sempre a “DOR”. Este sintoma é o que comumente causa maior incapacidade e desconforto do mesmo, chegando a inclusive atrapalhar sua qualidade de vida pessoal e profissional.

Existem também outros sinais e sintomas como as dores irradiadas em algumas posturas, dores que pioram ao movimento, os formigamentos, a queimação, fraqueza muscular local e nos membros, dores na região do ciático, sensações de choque pelo corpo, enfim a qualidade de vida fica muito comprometida.

Tratamento de hérnia de disco

Depois de confirmado o diagnóstico de hérnia de disco, são receitados alguns cuidados ao paciente. Normalmente é prescrito repouso por um curto período, além de medicamentos para aliviar a dor e também sessões de fisioterapia costumar ser prescritos pelo médico.

Geralmente, pode se obter completa recuperação do problema quando são seguidas estas orientações. Uma pequena parcela dos pacientes precisa de procedimentos mais invasivos, como injeção de esteroides ou cirurgia.

Outros medicamentos e tratamentos também podem ser receitados para a hérnia de disco, dependendo da causa: A fisioterapia é uma reabilitação feita durante e após o tratamento medicamentoso e o período de repouso. Os pacientes em tratamento serão orientados ao que fazer para minimizar as dores causadas pela hérnia de disco. Serão prescritos exercícios e posições adequadas, que causam alívio do sintoma. 

Complicações da doença

Se não for tratada, ou o tratamento não for eficaz, a hérnia de disco pode gerar algumas complicações:

– dor nas costas a longo prazo e piora dos sintomas;

– perda dos movimento ou de sensibilidade nas pernas ou nos pés;

– perda da funcionalidade do intestino e da bexiga;

Protocolo Desenvolvido em nosso Serviço

Ele é dividido em 6 Fases distintas e cada fase em média dura cerca de 5 sessões. Elas são assim divididas:

Fase 1 – Analgesia

Fase 2 – Mobilização Estrutural

Fase 3 – Alongamento Muscular

Fase 4 – Fortalecimento Estrutural Específico

Fase 5 – Reequilíbrio Músculo Articular Funcional

Fase 6 – Fechamento do AFIRME

Alongamento

Fortalecimento

Informação

Reprogramação

Mobilização

Estabilização

Na Fase 1 costumo usar manobras de Mulligan, método de Rood e manobras de Rolfing combinada com Terapia Miofascial e possível uso do TENs;

Na Fase 2 uso manobras de Mulligan, Maitland, Rolfing e algumas vezes até de quiropraxia, dependendo de cada caso;

Na Fase 3 uso posturas do RPG, combinadas com técnicas de Cadeias Musculares tipo GDS associadas ao uso da laserterapia;

Na Fase 4 uso diversas técnicas da FNP – Kabat e exercícios isométricos e isotônicos concêntricos e excêntricos;

Na Fase 5 uso atividades funcionais com movimentos combinados assistidos e resistidos com cargas específicas ou dosadas pela mão do terapeuta;

Na Fase 6 terminamos o trabalho de reabilitação, desenvolvendo exercícios específicos para cada paciente, sempre seguindo o conceito do AFIRME, criado por mim.

Nota à na minha experiência clínica toda vez que alguém vem me procurar dizendo que já fez o tratamento eu sempre o questiono sobre algum dos itens do AFIRME  e não raro pelo menos dois dos itens foram negligenciados durante o processo de tratamento.

Na fase 6 já encaminhamos os pacientes para início de trabalho específico complementar em nosso serviço com sessões de Pilates e damos inicio as praticas esportivas que podem ser: Hidroginástica, Musculação, Atividades Aeróbias, Psicologia, Nutrição, etc…

Conclusão

            Como mencionamos na introdução, ao longo destes quase 30 anos trabalhando com Fisioterapia, já tivemos dezenas de milhares de pessoas que se beneficiaram do trabalho em nosso consultório, e destas já temos quase 2000 pessoas reabilitadas de hérnias de disco / protusões discais com uma taxa de sucesso superior a 96%.

            Fomos montando esse protocolo conforme fomos adquirindo conhecimento e experiência e principalmente segurança na escolha das melhores manobras de cada uma das técnicas por nós cursadas e aprendidas.

            Com o passar do tempo e com as experiências adquiridas conseguimos montar um protocolo para hérnia de disco que realmente funcionasse e que nos levou a apresentar os resultados demonstrados acima.

            Hoje temos condição de atender no modelo “HANDS ON” com muita segurança e técnica os pacientes que nos procuram e por isso recebemos pacientes do mundo inteiro como por exemplo em 2019 recebemos pacientes do Japão, Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha, Portugal, Dubai, Austrália entre outros de todo o Brasil que vem a São Paulo para realizar seu tratamento.

Atitudes simples para evitar dores nas costas

Algumas atitudes podem ser tomadas para evitar lombalgia. São todas elas simples e melhorarão sua qualidade de vida, mesmo quando não há dores nas costas.

– Alinhe sua postura: sentar ou deitar de forma correta evita dores, especialmente crônicas;

– Quando fizer exercícios com peso, proteja suas costas. Deite-se ou sente com um apoio para elas ou use cintos para cargas;

– Evite carregar peso excessivo;

– Não permaneça curvado por muito tempo;

– Ao se abaixar, flexione os joelhos e mantenha a coluna reta;

– Cuidado com o colchão que você dorme: ele não pode ser mole ou duro demais;

– O travesseiro ideal é aquele nem muito mole, nem muito duro. Também não deve ser muito alto ou muito baixo, pois pode provocar dores nas costas, já que a coluna não fica alinhada.

– Mantenha seu peso. Pessoas acima ou abaixo do peso têm mais chances de ter dor lombar. O excesso de peso resulta em menor flexibilidade da coluna, além de menor resistência das articulações e menos força muscular. A gordura da região abdominal desloca a coluna para frente, sobrecarregando os músculos das costas. Já os magros podem ter problemas alimentares, como a deficiência de cálcio. Se faltar esta substância, a pessoa pode ter osteoporose e desenvolver fraturas nos ossos.

– Assista TV sentado, com a cabeça alinhada ao tronco e as costas apoiadas no sofá.

 Faça atividades físicas pelo menos três vezes por semana. Ser sedentário prejudica o organismo por diminuir a flexibilidade, além da fraqueza muscular.

– Não fique muito tempo sentado. A cada meia hora levante-se e faça rápidos alongamentos ou movimentos, para relaxar os músculos.

– Procure não viver sob estresse constante, ele pode levar à tensão lombar.

Dr. Adriano Borges Amaral


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Mestre em Ciências do Movimento
Especialista em Fisiologia do Exercício
Especialista em Ciências do Movimento
Fisioterapeuta
Professor de Educação Física
Professor de diversas universidades por mais de 25 anos
Diretor clínico da AFA Fisioterapia
Chefe de Equipe da Fundação Selma por quase 15 anos
Ex Atleta (nadador)
Professor de Diversas Técnicas de Terapia Manual
Terapeuta manual.

Fonte  https://revistareacao.com.br/aplicando-o-protocolo-afa-fisioterapia-para-reabilitacao-do-paciente-com-hernia-de-disco/

Postado por Antônio Brito