06/07/2020

Caixa deposita saque emergencial do FGTS para nascidos em fevereiro

A Caixa inicia, nesta segunda-feira (29), o pagamento do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), para trabalhadores nascidos em fevereiro. O novo saque tem como objetivo enfrentar o estado de calamidade pública em razão da pandemia da covid-19. No total, serão liberados, de acordo com todo o calendário, mais de R$ 37,8 bilhões, para aproximadamente 60 milhões de trabalhadores.

O pagamento do saque emergencial será realizado por meio de crédito na Conta Poupança Social Digital, aberta automaticamente pela Caixa em nome dos trabalhadores. O valor do saque emergencial é de até R$ 1.045, considerando a soma dos saldos de todas as contas ativas ou inativas com saldo no FGTS.

O pagamento será realizado conforme calendário a seguir:

Mês de nascimentoDia do crédito na conta poupança social digitaldata para saque em espécie
fevereiro06 de julho08 de agosto
março13 de julho22 de agosto
abril20 de julho05 de setembro
maio27 de julho19 de setembro
junho03 de agosto03 de outubro
julho10 de agosto17 de outubro
agosto24 de agosto17 de outubro
setembro31 de agosto31 de outubro
outubro08 de setembro31 de outubro
novembro14 de setembro14 de novembro
dezembro21 de setembro14 de novembro

O calendário foi estabelecido com base no mês de nascimento do trabalhador e contém dados que correspondem a valores de crédito na conta de armazenamento digital social, quando os recursos podem ser usados ​​em estatísticas eletrônicas, além de dados a partir de quando os recursos disponíveis estão disponíveis para saque em espécie ou transferência para outras contas.

Caso não haja movimentação na conta de economia social digital até 30 de novembro deste ano, o valor será devolvido à conta do FGTS com devida remuneração do período, sem prejuízo para o trabalhador. Se após esse prazo, o trabalhador decidir fazer a emergência, poderá solicitar pelo Aplicativo FGTS até 31 de dezembro de 2020.

A Caixa disponibiliza os seguintes canais de atendimento para informações sobre o saque emergencial do FGTS: site fgts.caixa.gov.br, Telefone 111 - opção 2, Internet Banking Caixa e APP FGTS.

*Com informações da Caixa

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-07/caixa-deposita-saque-emergencial-do-fgts-para-nascidos-em-fevereiro

Postado por Antônio Brito 

Instituto Gabi promoverá “Venda de Garagem” no dia 11 de julho

O Instituto Gabi – organização que oferece atividades para crianças, adolescentes, jovens e adultos com deficiência para inserção social efetiva – promoverá um bazar beneficente imperdível: a “Venda de Garagem”. Será no dia 11 de julho, das 9h às 17h, na unidade de logística do Instituto:  Rua João da Mata Saraiva, 136 (travessa da Rua Gastão da Cunha, paralela à avenida Santa Catarina), em São Paulo, SP.

No bazar, estarão disponíveis itens variados – roupas, sapatos, acessórios e utensílios, entre outros. “Vamos comercializar produtos novos ou usados em excelente estado a preços bastante atrativos. É a compra do bem: quem adquire um produto estará ajudando o Instituto Gabi a retomar os atendimentos à pessoa com deficiência, algo que fazemos desde 2001”, adianta o fundador e presidente da entidade, Francisco Sogari.

Vale reforçar que o atendimento se dará de forma organizada, respeitando todas as determinações das autoridades sanitárias e governamentais. Mais informações podem ser obtidas pelo Whatsapp (11) 11 95604-4972

Em meio à pandemia, a Prefeitura de São Paulo suspendeu a parceria de 17 anos. O Instituto Gabi precisou encerrar as atividades do Núcleo Conveniado, entregar o prédio e pausar, temporariamente, os atendimentos.

Agora, a entidade está mobilizada na preparação de um novo espaço para receber os atendidos – o Espaço Multidisciplinar. “São ajustes que requerem recursos. Temos pressa porque, diariamente, as famílias dos atendidos nos perguntam quando retomaremos as atividades. E assim que o governo liberar os atendimentos presenciais, queremos estar com a nossa casa pronta”.

Fonte: https://revistareacao.com.br/instituto-gabi-promovera-venda-de-garagem-no-dia-11-de-julho/

Postado por Antônio Brito 

“Nós, pessoas com deficiência, temos mais dificuldade para sair do armário. Somos tratados de maneira pior”

Alejandra (nome fictício) gosta de roupas masculinas, mas precisa de ajuda para ir a uma loja. Se a família não gostar da peça de roupa que ela escolheu, não a compra. Tem cerca de 40 anos e quer tingir o cabelo. Tampouco pode. Seu corpo não lhe responde e seus desejos se extinguem se, ao verbalizá-los, seus pais se recusam a cumpri-los. O que jamais confessou a eles é que tem atração por garotas. Ela mesma mal sabe o que isso significa. O armário de Alejandra tem um fundo duplo, em um deles guarda sua homossexualidade. No outro, sua deficiência intelectual.

“Minha família não sabe que eu gosto de mulheres e não acham que posso ter uma parceira, porque estou em uma cadeira de rodas. Muita gente pensa que não podemos nos apaixonar.” Ela conta isso por WhatsApp, pois teme que a ouçam falar ao telefone. Está convencida de que em casa não aceitariam sua homossexualidade devido aos comentários que ouve: “Se duas pessoas do mesmo sexo aparecem se beijando na televisão, dizem que é desagradável. E eu me calo”. Devido à sua deficiência física e intelectual, Alejandra depende tanto de seu entorno que seria impossível deixá-lo para trás e desfrutar de sua própria vida. E a ideia de não morar com os pais a assusta.

Mas a pandemia de coronavírus lhe deu um pedacinho de intimidade e algumas respostas. Há alguns meses, conheceu um rapaz que lhe falou sobre o coletivo LGTBI, do grupo Diversxs e das conversas que organizavam destinadas a pessoas com deficiência intelectual. Eram presenciais, então ela não podia comparecer. Até que o confinamento os obrigou a realizar essas reuniões de forma online. Foi então que Alejandra pôde participar, mas às escondidas, trancada em seu quarto e usando fones de ouvido. “Eu mal tenho intimidade, não me tratam como adulta. Agora para mim tudo é novo. Estou muito, muito contente porque conheci pessoas com quem posso conversar com confiança e me sentir eu mesma. Só quero ter o direito de viver a minha vida. Como todo mundo”.

Álvaro García e Toni León, sua mãe. INMA FLORES / EL PAIS

Álvaro García, de 28 anos, conseguiu abrir as portas de seus dois armários. Não foi fácil e ainda teve de assimilar os golpes que levou fora de seu ambiente familiar. Agora ele vive sua sexualidade e conseguiu ser ele mesmo graças ao apoio dos pais e do irmão. Sua mãe, Toñi León, conta que o filho tem inteligência limítrofe devido à hipóxia cerebral (falta de oxigênio) que sofreu ao nascer. Em casa, sempre souberam que ele era gay. O problema é que seus colegas de classe também perceberam. “Álvaro foi para um colégio de integração e, devido à sua dupla condição de homossexual e deficiente, tornou-se o alvo perfeito.” Na sexta série seu inferno começou. “Eles queimaram meu cabelo, jogaram um jarro de água em mim, me insultavam, me perseguiam... Peguei medo das pessoas”, conta Álvaro. Baniu esse medo de sua vida há muito tempo. Agora, se tem vontade de usar salto alto, ele o faz. E como essa semana foi a do orgulho, ele se maquiou para ir para a rua. Os lábios cor de vinho, os olhos com sombra azul. E quem não quiser que não olhe.

As saias, a maquiagem e o salto alto ele reserva para ocasiões especiais. Toñi é quem o acompanha para comprá-los. Eles não têm o mesmo gosto, porque Álvaro costuma escolher vestidos muito curtos e saltos muito altos aos olhos da mãe, mas sempre conseguem chegar a um acordo. A batalha de Toñi agora é garantir que o filho tenha um espaço seguro em que possa viver sua sexualidade: “Em um ambiente normalizado, eles estão desprotegidos demais. Não têm as ferramentas necessárias e no mundo da noite não existe um lugar onde se sentam entre iguais. São carne de canhão e eu, como mãe, não posso acompanhá-lo”.

Mas por que é mais difícil para as pessoas com deficiência intelectual sair do armário? “É preciso partir de uma base: na prática eles ainda não têm reconhecidos alguns direitos em relação ao acesso e ao gozo de sua sexualidade.” José Jiménez, coordenador de projetos de cidadania ativa da organização Plena Inclusión Madrid, diz que é um grande tabu. A sociedade reconhece seu direito ao lazer, ao trabalho, à educação e ao voto. “Mas aquele que mais se fere e no qual estão em uma situação de maior desequilíbrio em relação à população em geral é o direito à sexualidade.” Isso acontece, acrescenta José, porque muitos passam a vida inteira com os pais e têm muita dificuldade de se livrar do controle e da superproteção familiar. “Isso os condiciona muito. Se em casa aceitam, tudo bem. Caso contrário, temos um grande problema.”

Benito Valverde, à esquerda, e Dani. São um casal há cinco anos e meio. INMA FLORES / EL PAIS

Além disso, para eles mais difícil ter acesso à informação: “Entender que podem gostar de uma pessoa do mesmo sexo e que não devem se sentir mal com isso é uma barreira que eles têm. Se você não dispõe de informação, não sabe o que está acontecendo com você e acaba pensando que a culpa é sua”, explica Jiménez. E a tudo isso se acrescenta que a sociedade os considera assexuados, são infantilizados. Pilar Paje é membro da Adisli, uma associação para o cuidado de pessoas com deficiência intelectual, e sua filha mais velha tem inteligência limítrofe. Como mãe, participou de algumas conversas sobre sexualidade destinadas aos pais e ficou escandalizada: “Chegaram a nos dizer que nossos filhos ‘eram anjinhos que não tinham sexo’. E o pior é que os únicos que não compartilhavam essa visão eram eu e meu marido. Há pais que nem levam suas filhas ao ginecologista porque, como não fazem sexo, para quê? Então acontece o que acontece, aparecem gravidezes indesejadas, doenças ou o fato de que se masturbam em público. Há um longo caminho para as famílias.”

Benito Valverde e Daniel, 23 e 32 anos, já percorreram parte desse caminho. Eles se conheceram na residência da Fundação Esfera, onde vivem e estão juntos há cinco anos e meio. Foi amor à primeira vista. “Minha família está superando aos poucos. Dizem que, desde que eu esteja bem, que faça o que quiser. Eles conhecem o Benito, mas vamos ver quando o levo em casa”, conta Daniel. A maior barreira para eles é expressar seu afeto em público. Se Benito sente impulso de beijar Daniel, ele se contém e substitui o beijo por outro gesto: “Não quero que as pessoas me vejam. Não quero que as pessoas me olhem como se eu fosse de outro lugar.” Os dois aceitaram sua sexualidade antes de se conhecerem. Dani é gay e Benito é bissexual. No futuro, eles gostariam de se casar e de morar juntos em um apartamento de vida independente (nas moradias da Fundação Esfera para residentes que demonstram que são capazes de se tornar independentes). São felizes, apesar das dificuldades que tiveram de enfrentar. “Nós, deficientes, temos mais dificuldade para sair do armário porque percebemos que a sociedade nos trata de maneira pior e não podemos ser nós mesmos”. Benito solta a frase de supetão, como se tivesse acabado de brotar, sem tempo para pensar. E acrescenta: “Sinto que tenho muita sorte em vários sentidos. Tenho um parceiro e moro com ele. É uma sorte ter o Dani”.

Fonte: https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-07-04/nos-pessoas-com-deficiencia-temos-mais-dificuldade-para-sair-do-armario-somos-tratados-de-maneira-pior.html 

Postado por Antônio Brito 

05/07/2020

BA: 40% das mortes em hospital de covid-19 têm outras causas, diz diretor!!!!

O diretor do maior centro de referência em tratamento de coronavírus no Estado da Bahia, o infectologista Roberto Badaró afirmou ontem que 40% dos óbitos registrados no Hospital Espanhol como covid-19 são decorrentes de outras enfermidades.

Após seis anos fechado, o Espanhol foi reaberto pelo Governo da Bahia em abril como unidade exclusiva de tratamento do novo coronavírus, com 220 leitos, 140 deles de UTI. O investimento foi de R$ 8 milhões na recuperação da unidade e outros R$ 29 milhões para o contrato de gestão dos serviços hospitalares.

A declaração foi feita durante entrevista ao vivo na Rádio Metrópole FM ontem. Badaró respondia a uma pergunta feita pelo apresentador Mário Kertész sobre os motivos que faziam os registros de casos de coronavírus no Brasil serem cinco vezes maiores que os da Índia, país que tem população quase sete vezes maior que a brasileira. "E do que morrem estas pessoas?", questionou Kertész. "Do que já morreram sempre. De AVC, doença cardiovascular, diabetes", respondeu.

Após a publicação desta matéria, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) publicou nota oficial em seu site, na qual Badaró mudou sua versão e disse que a afirmação feita na rádio Metrópole não corresponde à realidade. "Venho a público dizer que a forma como expressei-me não reflete corretamente o que acontece no Hospital Espanhol", disse.

"Não é correto afirmar que óbitos são lançados indevidamente como Covid-19. Em verdade, todos os óbitos ocorridos no Hospital Espanhol são avalizados pela coordenação médica. Se o óbito ocorre é obrigação da unidade hospitalar que emite a Declaração de Óbito (DO), colocar a causa corrigida e não continuar com a suspeita diagnóstica da chegada", afirmou o diretor.

De acordo com ele, o procedimento adotado pelo hospital pode ser corrigido posteriormente pelas autoridades e que as mortes suspeitas não são incluídas nos números da Sesab. "Na eventualidade de um óbito ocorrer antes do resultado laboratorial, a DO sairá como "suspeita de Covid-19" e pode ser corrigida postmortem pela autoridade sanitária estadual. Neste cenário, cabe registrar que a Vigilância Epidemiológica, de modo assertivo, só contabiliza as declarações de óbito classificadas como casos suspeitos de coronavírus após investigação e/ou resultado laboratorial confirmatório", justificou.

Pedido de famílias

Também na entrevista à Rádio Metrópole, o pesquisador-chefe do Instituto de Tecnologia da Saúde do Senai Cimatec e integrante do Comitê de Governadores e Especialistas do Nordeste contra o Coronavírus afirmou que o diagnóstico para covid-19 tem sido utilizado como alternativa por parte de familiares de pacientes de outras enfermidades para encontrar vagas de UTI.

O infectologista chegou a citar o exemplo de uma mulher diabética cujo índice glicêmico era superior a 1.000, mas que a família apelou a ele por uma vaga na UTI dos Espanhol porque a irmã dela teria contraído coronavírus. "Ela estava com cetoacidose diabética, ela aí fez uma falência respiratória e intubou. Isso é covid? Não é. Mas para poder ter acesso a uma UTI, bota lá covid e vai pro hospital".

"Então eu tenho muita dificuldade, tô sendo bastante honesto, de entender esses dados de mortalidade, se eles são puros, só de covid. Quando o doente não tem covid ele chega a uma UPA e é deixado para trás. Vai ser atendido depois, se não for suspeita direta de caso de dificuldade respiratória", acrescentou.

Posteriormente, na mesma nota divulgada pela Sesab, Badaró elogiou o trabalho dos profissionais de saúde e a ação do governo estadual. "Quero reiterar o meu respeito pelo trabalho primoroso que vem sendo conduzido pelo Governo do Estado para abrir vagas de UTI em todo o Estado. Igualmente reconheço o esforço dos profissionais da Central de Regulação, que vêm trabalhando junto às UPAs e regulando pacientes para os hospitais em tempo recorde, evitando que ocorram mortes por falta de assistência adequada", disse.

Badaró afirmou que os pacientes precisam ser atendidos, mesmo que não tenham o diagnóstico confirmado para covid-19. "Nem todos os pacientes internados nos hospitais terão o resultado do RTPCR confirmado antes da admissão. Assim sendo, uma parcela dos pacientes internados permanecerá sem confirmação diagnóstica até o recebimento do resultado do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA). Cabe ao hospital de referência, que recebe os pacientes suspeitos, investigar para tratar e encaminhar adequadamente o caso".

Repercussão

Para o médico urologista Modesto Jacobino, as declarações de Badaró são graves e precisam ser apuradas. Ele observa que os médicos que fazem declaração falsa para encobrir a verdadeira causa da morte cometem crime de falsidade ideológica, que além das penalidades previstas no artigo 229 do código penal, podem levar à cassação do registro profissional.

"Badaró não falou de 1% ou 2%, ele falou em 40%. Isso representa um grande contingente de famílias estigmatizadas por uma doença que não permite o direito de visitar seus entes queridos no hospital, de velar seus corpos num funeral comum e nem mesmo de receber o valor do seguro de vida, que as seguradoras se negam a pagar por se tratar de uma pandemia. É uma situação que tem consequências muito drásticas para as famílias das vítimas, um caso de polícia", pontuou.

Jacobino ingressará amanhã com uma denúncia ao Cremeb (Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia). Ele entende que o caso merece ampla investigação, para além da esfera de atuação do Hospital Espanhol, que apure se existe alguma orientação aos médicos intensivistas na Bahia para atestar óbitos por coronavírus de forma fraudulenta, a exemplo do que foi denunciado pelo sindicato dos médicos do Ceará ao Ministério Público.

Isso teria ocorrido com a aposentada Antônia dos Santos, 98, que morreu em 19 de maio. "Minha avó não estava com febre, não estava tossindo, tinha uma massa de 7,5 cm de diâmetro no intestino que provocou sangue nas fezes identificada por um ultrassom e, mesmo assim, a médica queria declarar que ela tinha falecido por causa de coronavírus", relata a recepcionista Gabriela Silva, 35. "Foi quase meia hora de discussão com a nossa família para ela voltar atrás e declarar que a causa da morte foi insuficiência respiratória aguda".

O médico e vereador Cezar Leite (PRTB) anunciou pelas redes sociais ter dado entrada no Ministério Público Federal e no Cremeb com solicitação para investigar a situação do Hospital Espanhol e demais hospitais de Salvador. "Como vereador, médico e cidadão tenho o dever de fiscalizar e pedir transparência neste processo. Não podemos esquecer que estamos tratando de vidas e dinheiro público", destacou.

Fonte: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/06/11/40-dos-obitos-do-hospital-espanhol-nao-sao-por-coronavirus-diz-diretor.htm

Postado por Antônio Brito 

6 de julho – Lei Brasileira de Inclusão completa cinco anos.

Criação: Cartunista Ricardo Ferraz

Em julho, a Lei Brasileira de Inclusão – LBI (Lei Federal nº 13.146/2015) completa cinco anos da sua criação, que aconteceu em 6 de julho de 2015, quando foi sancionada.

O texto da LBI prevê uma série de direitos e deveres ao segmento da Pessoa com Deficiência e tem como base a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

A lei tramitou por 15 anos no Congresso Nacional, período em que recebeu contribuições de especialistas e de pessoas com deficiência de todo o país, até ser sancionada em julho de 2015.

Em seguida, foram mais seis meses para entrar em vigor!

Fonte: https://revistareacao.com.br/6-de-julho-lei-brasileira-de-inclusao-completa-cinco-anos/

Postado por Antônio Brito 

Pessoas com deficiência relatam isolamento bem antes da pandemia

O isolamento e a ruptura abrupta de rotina já eram realidades conhecidas por Alessandra Martins, Natália Hipólito e Ademilson Costa bem antes da quarentena imposta para frear a pandemia de covid-19.  Mas, no caso deles, o afastamento social teve razões mais profundas e igualmente complexas.

Foi necessidade de cuidar da saúde e da própria vida e também uma redoma criada por uma sociedade que olha feio para a diversidade humana, sob as lentes deturpadas do capacitismo, como é chamado o preconceito e a discriminação contra pessoas com deficiência.

"Meu problema nunca foi ficar em casa. O meu medo foi trazer a covid para dentro de casa porque eu tinha que apoiar em paredes pra descer escada"
Alessandra Martins

Em quarentena mesmo antes da pandemia

Alessandra era conhecida pelas tranças coloridasAlessandra era conhecida pelas tranças coloridas
Arquivo pessoal

Alessandra Martins, 24, foi atropelada por um ônibus que amputou parte de seu pé esquerdo no final de 2018. O acidente a fez ficar internada pela primeira vez.

Depois, ela voltou para casa por uma semana, mas teve uma infecção que a trancou novamente no quarto de hospital e arrancou parte de sua perna esquerda, até a altura da coxa. A jovem acredita que ficou por cerca de um mês internada, entre 22 de setembro e 18 de outubro daquele mesmo ano.

"Senti muita dor no começo, dores pós-cirúrgicas e síndrome do membro fantasma. Eu sentia muita dor no dedão do pé", lembra.

A dor em um membro que foi amputado atinge muitos pacientes e tem maior probabilidade de ocorrer se a dor antes da amputação tiver sido intensa, durado por muito tempo ou se a perda aconteceu por causa de traumatismo, de acordo com o Manual Merck de Diagnóstico e Terapia.

A sensação tende a diminuir com o tempo ou desaparecer com o uso da prótese, ainda segundo o livro. Alessandra explica que chegou a fazer fisioterapia pelo SUS (Sistema Único de Saúde). De acordo com ela, o processo de protetização demora seis meses. Antes dele, ela andava com o auxílio de muletas.

"Acabou que nesse tempo consegui o dinheiro e preferi o particular, porque estava ansiosa demais para começar o processo, que é muito mais rápido no particular do que no SUS", afirma.

A jovem, que mora num morro da favela Santa Marta, na zona sul do Rio de Janeiro, conseguiu  juntar R$ 30 mil previsto no orçamento graças a uma vaquinha online. Ela levou mais um ano para "conseguir andar minimamente" com a prótese. "Os componentes da prótese não são feitos para pessoas com coxa grossa, como  eu", explica.

O isolamento foi a primeira consequência social do atropelamento. "Assim que aconteceu o acidente, eu já me acostumei com o fato de ficar em casa e acabei me isolando muito", conta,

A falta de acessibilidade e o constrangimento causado pelo medo de incomodar as outras pessoas foram os alicerces da situação.

"Eu era muito dependente dos outros para descer escada e ladeira. Aí eu fiquei 'cara, não vou incomodar os outros'. Eu saía quando meus amigos se esforçavam. Mas não rolava, eu me sentia incomodada com a ideia de incomodar os outros", explica.

Para sair, ela precisa passar por degraus e uma ladeira. "Eu moro na parte de baixo do morro, então não tenho que descer muito, mas é o suficiente para incomodar", diz, referindo-se às sensações em seu corpo. 

Os degraus são regulares, mas a finura de cada um dificulta a jornada. "Desço uns 10 lances, não é muita coisa não. E depois a ladeirinha", descreve.

Nesse contexto, a necessidade de fazer isolamento social para evitar o contágio pelo novo coronavírus não foi motivo de sofrimento.

Alessandra diz que sempre se enxergou como uma pessoa negra, mas a noção de ser alguém com diversas identidades e a dimensão da opressão vivenciada por todas elas veio com o tempo. E ela destaca que cada um tem o seu.

"Eu sou perpassada por diversas identidades: mulher, preta, gorda, com deficiência, favelada. Nossas identidades são construídas, a gente 'se torna' no momento em que entende o que isso significa", afirma.

No entanto, o acidente não lhe deu tempo para se entender como uma pessoa com deficiência. "No meu caso foi drástico. Eu não tive direito a esse processo de me entender nessa opressão. Tudo aquilo que leva tempo eu tive que fazer de um dia para o outro", analisa.

Passar a ter um corpo com deficiência roubou parte da liberdade e as múltiplas identidades de Alessandra - embora cada uma delas traga consigo um tipo diferente de opressão. Essa violência dificultou seu autoconhecimento.

"Eu sempre fui muito afrontosa para as coisas. Sempre fui sem medo para a rua, o que é um pouco perigoso em algumas situações, mas eu sempre me garanti muito por ter feito luta a minha vida toda. Achava que nada ia acontecer comigo", recorda.

"Acho que o que me enquarentenou em casa foi a deficiência, tanto o medo de trazer a doença para casa na atual conjuntura como também antes da pandemia, por sentir que estava atrapalhando o rolê dos outros. eu preferia não sair. Hoje em dia eu me sinto muito mais dentro de casa, obrigatoriamente", analisa. 

A jovem, que ama ir a praia e vai se formar em ciências sociais com um trabalho sobre mulheres negras com deficiência, diz que foi difícil enxergar a si mesma com todas as suas camadas depois que o acidente mudou sua condição de vida.

"Você se torna somente a pessoa com deficiência. Você não é mais a mina preta que mudava de cabelo toda hora, como eu fazia muito, botava várias tranças diferentes e coloridas"
Alessandra Martins

Choro, conclusão da faculdade e pedido de namoro

Natalia em passeio por São Paulo antes da quarentena
Reprodução/ Instagram

Natalia Hipólito, 22, teve pesadelos no início da quarentena e não conseguiu segurar o choro quando, durante uma reunião online, contou como estava sendo sua rotina no home-office. Ela já tinha trabalhado em casa antes da pandemia. Mas isso acontecia esporadicamente, quando precisava ir ao médico, por exemplo.

"Quando minha gerente pediu para ficar em casa, levei numa boa. Mas quando vi que não tinha previsão para voltar, fiquei sem chão", conta. "Eu sou uma pessoa agitada, social, tenho a necessidade de ter contato físico com outras pessoas", acrescenta.

Como se não bastasse o desafio de lidar com o isolamento, ela ainda estava na fase final de seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) na faculdade de design. "Um professor meu sabia que sou do grupo de risco e falou 'eu não sei como será daqui para a frente, mas é para você ficar em casa'", recorda sobre sua útima sessão de atendimento presencial pré-TCC.

Ver sua casa virar trabalho e faculdade, como ela mesma descreve, gerou uma avalanche de emoções. "Foi muito difícil para mim essa questão de não separar os ambientes e viver todas as rotinas do meu dia no mesmo lugar, no computador, na cadeira. Foi sufocante", define. "Meu maior medo era não me adaptar e continuar tendo essas crises de choro, vivendo nos extremos emocionalmente", desabafa.

Natalia chegou a passar cerca de 19 horas de seu dia em frente a uma tela de computador. Sentada em uma cadeira convencional, que não supria as necessidades de seu corpo. Depois de 15 dias, ele reagiu a essa inadequação.

"Começou a me bater cansaço físico de ficar na mesma posição. Quando eu mudei pra vida interna, ficava o dia inteiro na cadeira normal de computador, que não é adaptada para mim, para a minha escoliose", relata.

Agora, ela passa os dias na cadeira adaptada e automática com que costumava explorar o mundo exterior. "De vez em quando, no final do dia, eu deito e estico o corpo", detalha.

Antes da quarentena imposta para tentar frear a disseminação do novo coronavírus, o período mais longo de isolamento vivenciado por Natalia aconteceu em dezembro de 2007, quando operou da escoliose. "Minha avó ficava integralmente comigo. Eu pensava que ia ficar internada no máximo 10 dias e acabei ficando mais", conta.

Foram 20 dias de irternação. O sufuciente para lhe impedir de se formar na antiga quarta série ao lado de seus colegas. "Eu já tinha pagado o vestido, tudo, e não pude ir", lamenta. "Aí fizeram uma homenagem, mas eu não estava lá, então foi triste, mas recompensei isso depois", pondera.

O isolamento hospitalar afetou sua saúde mental e física de diversas formas. "Passei estresse emocional, perdi muitos quilos, fiquei uma pena. Peguei anemia e infecção hospitalar", lembra.

Ainda havia a incerteza de não estar em casa no Natal e em seu aniversário, duas datas consecutivas. Por fim, ela recebeu alta três dias antes de completar mais um ano de vida.

"Foi um aniversário meio estranho, com ferro na coluna. Mudou meu corpo completamente. Mas eu não sentia dor"
Natalia Hipólito

Todos os 50 pontos que ela levou na coluna estouraram. Os médicos não sabem se isso aconteceu por causa da infecção ou da distrofia muscular, que faz com que a pele de Natalia seja muito fina. "Lá no hospital tinha muito residente, então eles faziam muitas suposições e ficavam chocados porque eu não sentia dor. Não precisei tomar remédio", explica.

Graças ao apoio da avó e da mãe, Natalia não foi impedida de viver as experiências de infância comum às crianças sem deficiência.  Mas antes, elas tiveram que superar o capacitismo da direção da escola, que, de cara, tentou mantê-la isolada dos colegas. "Tinham receio de que eu não acompanhasse as outras crianças", explica.

Como todo preconceito, este não tinha nenhum embasamento em evidências, dadas em um relatório feito por uma psicopedagoga da AACD, que atestava a capacidade intelectual de Natália.

Apesar dessa barreira, ela conseguiu se matricular na escola e fez de tudo: desde ir ao parque aquático até participar das aulas de educação física - sempre à sua maneira.

"Eu sempre deixei muito claro tudo que sou e vivo. Prefiro que me perguntem do que fiquem olhando estranho. Desde muito nova sempre expliquei termos médicos na linguagem de criança"
Natalia Hipólito

Além disso, nos últimos meses o jogo virou. Se para alguns a quarentena é sinônimo de estagnação, para Natalia se tornou um período de mudanças e novas fases.

Dessa vez, o isolamento não foi obstáculo para a conclusão de um período acadêmico com direito a elogios da professora convidada para sua banca de TCC, que aconteceu em junho.

"Ainda é difícil de acreditar que essa semana se encerrou um ciclo de anos na minha vida. Assim como é difícil de acreditar que ele se encerrou mesmo em meio ao caos que estamos vivendo", disse em uma rede social.

Natalia também provou que existe amor em tempos de pandemia. Apesar da distância física, o relacionamento com Álvaro não só seguiu firme como atingiu outro nível. O pedido de namoro só precisou de alguns ajustes: foi feito online e não em um bar de jazz, como o planejado.

"Eu sou muito ansiosa, queria a data certa e o momento certo", enfatiza. E assim aconteceu: no dia 8 de maio, seis meses após o primeiro encontro, ela fez a surpresa e ele disse sim.

O 'novo normal' chegou para ele em 2001

Ademilson se sente sobrecarregado na quarentena
Arquivo pessoal

Se ver obrigado a ficar em casa e ter que conciliar faculdade e trabalho no ambiente domiciliar também deixou Ademilson Costa, 32, abalado. Logo no início da quarentena, ele ficou sobrecarregado.

"Para mim, está sendo muito desafiador principalmente no começo. Aumentou a demanda da faculdade e eu não conseguia dar conta. Fiquei muito apreensivo", conta. "Essa questão de não poder sair afetou muito meu emocional. A gente precisa muito das mãos para se locomover, então o cuidado é redobrado", acrescenta.

O problema é que a instituição onde ele estuda serviço social sequer tinha estrutura para se adaptar ao ensino a distância e não dispunha de recursos de acessibilidade para pessoas cegas, como ele.

"O portal do aluno é totalmente inacessível. Eu combino de me mandarem todo o conteúdo por e-mail. Mas tem professor que não está nem aí"
Ademilson Costa

Ademilson usa leitores de tela no computador e no celular para conseguir acessar conteúdos na internet. "Sem esse recurso a interação de pessoas com deficiência visual se torna impossível", resume.

Em abril, ele voltou a trabalhar na gráfica da Fundação Dorina Nowill para Cegos. Por conta da pandemia, o trajeto que antes era feito de transporte público, agora é percorrido em um táxi corporativo.

"Em parte eu gostei de voltar. Parece que em home-office a gente trabalha muito mais. E em parte eu não gostei não, porque eu estava terminando o bimestre e não tinha tempo para a faculdade", explica.

Adelmilson nasceu com catarata congênita. Nos primeiros 12 anos de sua vida, ele via cores, jogava bola e empinava pipa. A diferença é que se o mundo todo fosse dividido em cinco partes, ele enxergaria apenas uma delas, porque tinha 20% da visão. Mas há 18 anos essa fresta se perdeu.

"O que muito me ajudou foi o apoio e carinho da família. A escola em que eu estudava já tinha uma professora especializada em educação para pessoas com deficiência visual e ela me alfabetizou em Braile", conta.

Apesar da inclusão, ele precisou repetir a segunda e a quarta série do ensino fundamental e concluiu essa fase em 2005, aos 17 anos.

No ano seguinte, ele começou seu processo de reabilitação na Fundação Dorina. Mas parou de estudar e pensou em desistir. A segurança dentro de casa era bem mais atraente do que a vida em um mundo que não foi construído para acolher pessoas com diferentes condições de vida.

"Eu achava que não ia conseguir, não teria capacidade. Se eu já tinha meu sustento, para que iria correr risco?"
Ademilson Costa

Naquela época, Ademilson sustentava ele e a família, composta por 10 pessoas, com uma renda de R$ 300 que vinha do BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago pelo governo federal a pessoas com deficiência e idosos.

"A gente não tinha casa própria. Fomos para Cotia (SP) por causa do custo de vida. Mas ficamos lá só um mês e meio. Foi muito difícil", lembra. "O que me ajudou muito foram os atendimentos com assistente social e psicólogos", acrescenta.

Na Fundação Dorina, ele encontrou amparo para entender sua nova condição de vida, conquistou autonomia e encontrou um novo amor.

Em 2007, depois de concluir sua reabilitação, ele foi contratado para trabalhar na gráfica da instituição, setor para onde retornou durante a quarentena. Mas sua atual função é analisar a acessibilidade de sites e aplicativos na web.

"Meu sonho é me formar em serviço social. Eu quero trabalhar aqui dentro para ajudar as pessoas que estão passando pelo que eu já passei", ressalta.

Em maio de 2013, ele conheceu sua companheira. Um ano depois, eles já estavam casados. Ademilson conta que antes da quarentena, ele costumava pessear com a esposa e a enteada em museus e shoppings. As duas também são cegas.

Aos finais de semana, ele ia visitar os pais e os irmãos. Mas o encontro com a família toda reunida não vai mais acontecer nem quando for possível ir da zona norte para a zona oeste da cidade de São Paulo. Seu pai perdeu a vida para a covid-19 no final de maio.

Fonte: https://noticias.r7.com/saude/pessoas-com-deficiencia-relatam-isolamento-bem-antes-da-pandemia-05072020

Postado por Antônio Brito 

Cine Drive-in de Limeira terá sessões solidárias em julho para ajudar associação de deficientes

Uma das sessões, que acontece no dia 8 de julho, será aberta ao público com o objetivo de arrecadar alimentos para a entidade Ainda.
Cine Drive-in em Limeira — Foto: Divulgação/Limeira Shopping

O Cine Drive-In de Limeira (SP) terá duas sessões especiais no mês de julho com o objetivo de auxiliar a Associação Integrada de Deficientes e Amigos (Ainda), uma entidade da cidade. Uma das sessões será aberta ao público com o objetivo de arrecadar alimentos para a entidade.

A primeira sessão será nesta quarta-feira (1º) às 19h. A atração montada no estacionamento do Limeira Shopping, será destinada aos assistidos pela Ainda. O filme escolhido é “Pets: A Vida Secreta dos Bichos 2”.

Já no dia 8 de julho (quarta-feira), também às 19h, a sessão terá como objetivo arrecadar alimentos para a entidade e é aberta ao público. Para participar, é só levar a doação de 5 quilos de alimento não perecível por carro.

Nesta sessão, não haverá bilheteria antecipada e a recomendação é chegar com antecedência para trocar o alimento pelo ingresso no local. O limite é de 70 carros.

Regras

Para segurança de todos, o Cine Drive-In adotou medidas preventivas:

  • Limite de 4 pessoas por carro;
  • Necessário sistema de som FM para que você escute o áudio do filme;
  • É proibido sair do carro durante a exibição do filme. Caso precise ir ao banheiro, acione o pisca-alerta e para ser conduzido ao sanitário;
  • É obrigatório o uso de máscara, mesmo dentro do carro;
  • Alimentos e bebidas serão entregues no veículo, é só acionar o pisca-alerta para pedir atendimento.
Fonte: https://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2020/06/30/cine-drive-in-de-limeira-tera-sessoes-solidarias-em-julho-para-ajudar-associacao-de-deficientes.ghtml

Postado por Antônio Brito 

Falta de intérpretes na rede pública de educação prejudica acesso de estudantes surdos a aulas online

Estudantes surdos reclamam da falta de intérpretes na rede pública

Alunos surdos da rede pública de educação do Tocantins estão com dificuldades de aprendizado pela falta de acessibilidade nas aulas online. Mesmo nas aulas gravadas, não há o suporte de intérprete, o que prejudica a compreensão dos estudantes surdos do conteúdo.

Alguns deles contam com a ajuda de intérpretes online, como é o caso da acadêmica Thalia Bianca Magalhães. A estudante de engenharia agronômica no IFTO revisa o conteúdo na internet, mas é uma das poucas que tem este privilégio

"É muito melhor quando você consegue interagir, conversando e também durante o estudo eu consigo evoluir muito mas e tem sido muito melhor com a ajuda dos interpretes", afirma Thalia.

A facilidade ainda não é a realidade de todos. As aulas remotas disponibilizadas pelo estado para as escolas de ensino médio não contam com o suporte de intérprete, uma falta que prejudica os alunos que precisam da tradução para libras.

Alunos surdos da rede pública de ensino do Tocantins reclamam de falta de interpretes nas aulas remotas — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A cabelereira Eliete Martins é mãe da Lorraine, que estuda no 3º ano do ensino médio. Ela explica que a filha tem dificuldades em absorver o conteúdo das aulas por causa da falta de intérpretes.

"Eu perguntei para ela se ela conseguia aprender, que ela vê os vídeos, se ela conseguia aprender. Ela disse para mim que não, que é muito ruim. E eu perguntei para ela se ela fica triste com essa situação ela disse para mim que sim", relata Eliete

"É muito triste, muito revoltante você pegar um livro desses e dar para ela. Ela não vai entender nada, é como se ela estivesse vendo um... nem sei te dizer, um bicho de sete cabeças e ela não consegue resolver. Então o que eu queria cobrar das autoridades é um estudo mais digno e melhor para estas crianças".

A intérprete Regiane de Souza, explica que a necessidade do estudante surdo ter o suporte à tradução para libras é fundamental para garantir um ensino de qualidade.

"Os surdos eles são mais visuais. Hoje a maioria das matérias, os professores eles tem colocado o conteúdo em texto, em português. E é importante o trabalho do tradutor intérprete de libras porque eles podem dar esse suporte, tanto para o professor para ele poder saber e entender como é o aprendizado do surdo como também para o próprio surdo por fazer adaptações necessárias".

Arlindo Nobre é o primeiro advogado surdo do Tocantins, ele faz parte da Comissão do Direito da Pessoa com Deficiência da OAB. O advogado explica que a educação é uma obrigação do estado, e oferecer ferramentas para auxiliar no aprendizado do aluno surdo é um dever que precisa ser cumprido. "A educação enquanto direito fundamental deve ser garantida pelo estado. E no caso das pessoas com deficiência a acessibilidade à educação tem que ser garantida com prioridade legal"

"Em caso de negativa do órgão, da escola ou da secretaria de educação e até mesmo do próprio estado em fornecer estes recursos específicos de acessibilidade à pessoa com deficiência ou seu representante legal, ela deve procurar um advogado privado para entrar com ações específicas em defesa dos seus direitos", explica.

A Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) informou por meio de nota que a plataforma digital foi disponibilizada as unidades de ensino e professores da rede estadual, no entanto, cada colégio possui autonomia para desenvolver ações para complementar as atividades não presenciais elaboradas pela Seduc para a rede estadual. Além disso, o órgão disse que irá encaminhar às escolas orientação para que as atividades complementares contemplem a diversidade.

Fonte: https://g1.globo.com/google/amp/to/tocantins/noticia/2020/07/03/falta-de-interpretes-na-rede-publica-de-educacao-prejudica-acesso-de-estudantes-surdos-a-aulas-online.ghtml

Postado por Antônio Brito 

Coronavírus: pacientes cadeirantes podem ter sequelas respiratórias

Ballesteros / EFE - 28.4.2020

Segundo especialista, DPOC sequelar é mais comum em pacientes com mobilidade reduzida

A bacharel em direito Sandra Reis, 59, é cadeirante desde os 19 anos devido a um caso de espondilite aquilosante, doença que causa redução da flexibilidade da coluna. Em maio deste ano, ela teve que ser internada após se infectar com o coronavírus. De acordo com seu relato, a falta de ar se agravou rapidamente devido ao arqueamento no pescoço, causado pela deficiência.

Reprodução

Após contrair coronavírus, Sandra Reis teve falta de ar agravada por condição na coluna

“Para respirar, tive que ficar deitada. Se estava sentada e me dava falta de ar, tinha que receber oxigênio”. Em casa desde o dia 18 de maio, Sandra conta que permanece a sensação de fraqueza e dores pelo corpo. Ela diz que retornará ao médico para verificar possíveis sequelas da doença.

Covid-19: o que você precisa saber sobre os grupos de risco

Uma das cosequências mais comuns da covid-19 em pacientes com mobilidade reduzida ou acamados é a presença da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, ou DPOC sequelar. É o que alerta Déborah Lollo, médica clínica-geral das Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar na rede pública. Atuando com pacientes acamados, ela conta que muitos acabam dependendo de cilindros de oxigênio.

“A DPOC é uma sequela na qual o pulmão tem dificuldade de expansão. O paciente fica com muita falta de ar e o tórax tem um aumento. Dependendo da agressividade, a covid-19 pode acabar gerando essa sequela, especialmente em quem tem mobilidade reduzida”, explica.

“O fato de ser um paciente com deficiência não significa que necessariamente haverá uma evolução para um caso grave. Tudo depende da virulência, mas a anatomia e quadro postural podem interferir nos sintomas.” Para reverter o quadro de DPOC, a clínica-geral indica o tratamento com fisioterapia respiratória.

Covid-19 e pessoas com deficiência

De acordo com a Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, pessoas com deficiência estão mais vulneráveis ao coronavírus por necessitarem de apoio para se locomover ou o auxílio de um cuidador. Desde o dia 24 de junho, uma medida da secretaria garante que pessoas com deficiência tenham direito a um acompanhante durante a internação por coronavírus.

É preciso que haja pelo menos um esclarecimento maior da necessidade da pessoa com deficiência com a família sobre as limitações do paciente, mas geralmente o paciente não é ouvido”, desabafa Sandra. Durante o período em que ficou internada, ela teve que explicar sua condição em mais de uma ocasião: “Tentaram tirar minha cadeira de rodas do quarto três vezes.”

Fonte: https://noticias.r7.com/saude/coronavirus-pacientes-cadeirantes-podem-ter-sequelas-respiratorias-04072020?amp

Postado por Antônio Brito 

04/07/2020

Parceria Jornalista Inclusivo & Inklua

Descrição da Imagem #PraCegoVer: Uma mulher de cabelos ruivos e pele clara está sentada em cadeira de rodas. Ela veste blusa cinza, calça e boné azuis e óculos transparente de proteção. Está com um lápis fazendo marcação em uma peça de madeira que está em cima de uma bancada com uma serra. Fim da descrição | Foto: Shutterstock

Consultoria Focada na Inclusão Oferece Vagas para Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho

Jornalista Inclusivo firma parceria com a Inklua, que recebe candidaturas para recrutamento e seleção de profissionais com deficiência

Inklua – Recrutamento Especial é uma consultoria focada 100% na inclusão de pessoas com deficiência (PcDs) no mercado de trabalho. E, com vagas a nível Brasil, está em parceria com o Jornalista Inclusivo, que a partir de hoje passa a apresentar as oportunidades de trabalho.

Com escritórios em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, a Inklua recebe as candidaturas via WhatsApp, clicando aqui, faz o recrutamento e a seleção dos profissionais com deficiência.

“No ano passado, incluímos uma média de 2.200 PcDs no mercado de trabalho, e esse ano é a ideia é dobrar esse número”, segundo informações da assessoria.

Mesmo na pandemia, a Inklua segue trabalhando com vagas de diversos níveis, tanto estratégicas quanto operacionais. Além disso, atua com projetos de censo, conscientização interna e mapeamento de funções.

Descrição da Imagem #PraCegoVer: Cara retangular na cor verde claro com faixas laranja, amarelo e azul e os textos: Vamos acolher, vamos crescer, vamos trabalhar, vamos incluir. No canto superior direito está o nome Inklus - ecrito com a letra K no lugar da letra C. Logo abaixo está escrito Recrutamento Especial. E no canto inferior direito está o logo e nome Jornalista Inclusivo e o símbolo de uma pessoa em cadeira de rodas com um celular na mão. Fim da descrição | Imagem: Divulgação

Parceria Jornalista Inclusivo & Inklua – Recrutamento especial

“Em algumas regiões temos dificuldades para encontrar candidatos para as vagas. Mas acreditamos que com a parceria com o Jornalista Inclusivo, muitas pessoas podem ser beneficiadas, já que a comunicação vai ser mais assertiva com os moradores das regiões”, explica a assessoria de comunicação.

Fazendo, portanto, evolução de empresas na inclusão de profissionais com deficiência em seus ambientes de trabalho, a Inklua acredita no valor de cada indivíduo e na riqueza da diversidade dentro da sociedade e das empresas.

“O nosso propósito é humanizar as conexões e acelerar o crescimento dos nossos parceiros na integração da diversidade. É mais que uma mudança social, é a evolução da vida.”

Confira algumas das vagas clicando no botão abaixo.
Rafael Ferraz Carpi

Rafael Ferraz Carpi

Formado em Comunicação Social com Ênfase em Jornalismo (2006), Rafael assina como Editor responsável pelo conteúdo do site, edição geral e publicações. É autor do projeto Jornalista Inclusivo e já trabalhou como repórter em jornais impresso, e rádio AM, como executivo de contas em revista, fotografia e assessoria de imprensa. Atualmente atua como produtor de conteúdo, redator, e com marketing digital em mídias sociais.

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Fonte: https://jornalistainclusivo.com/parceria-jornalista-inclusivo-inklua/

Postado por Antônio Brito