15/04/2020

Grupo Boticário abre 30 vagas de emprego para pessoas com deficiência em São Paulo, Rio e Salvador

O Grupo Boticário abre em abril um processo de contratação para pessoas com deficiência (PCD) em três capitais: São Paulo, Rio e Salvador. Ao todo, serão oferecidas 30 vagas.

A procura é por candidatos nas áreas de finanças, Recursos Humanos, planejamento de demanda, planejamento comercial, trade, merchandising, comunicação e outros.

Os candidatos devem ter interesse em atuar com vendas e de mergulhar na indústria de beleza fazendo parte de uma das maiores redes varejistas do Brasil.

Em virtude das necessárias restrições à circulação de pessoas neste período de quarentena em todo o Brasil, todo o processo de seleção e as entrevistas serão conduzidas por meios virtuais. Para se inscrever, os interessados devem acessar o site https://grupoboticario.csod.com/ux/ats/careersite/1/home?c=grupoboticario&sq=PCD e se aplicar para as vagas desejadas até 30 de abril.

Fonte  https://revistareacao.com.br/grupo-boticario-abre-30-vagas-de-emprego-para-pessoas-com-deficiencia-em-sao-paulo-rio-e-salvador/

Postado por Antônio Brito 

João Saci, atleta que venceu 5 vezes o câncer, ensina superação em meio à crise do coronavírus

O atleta paralímpico, escritor e palestrante João Saci venceu o câncer por cinco vezes e aponta valiosos conselhos para superar a crise do coronavírus

A pandemia do coronavírus está trazendo medo, desalento e frustrando expectativas de crescimento econômico em todo o mundo. Com o número de infectados a nível global passando das centenas de milhares e as projeções da OMS de milhões de pessoas contraindo o vírus nos próximos meses, muitos procuram maneiras de se manterem otimistas, não se desesperar e continuar com a vida mesmo em meio a quarentena e as mudanças.

O atleta paralímpico e palestrante João Carlos, conhecido como João Saci nas redes sociais, é um exemplo de superação para se espelhar em dias difíceis como estes. Depois de vencer o câncer 5 vezes em um intervalo de 15 anos e mesmo após perder mais da metade de um pulmão e uma das pernas, João Saci se tornou atleta paralímpico, conquistou mais de 40 medalhas em campeonatos e se reinventou profissionalmente, se tornando também escritor e empreendendo viagens por todo o país onde fala sobre como encontrar força para vencer as situações mais adversas, mesmo contra tudo e todos que dizem que não é possível.

Ele revela como encontrar forças para vencer em meio a crises, inclusive em tempos de pandemia do coronavírus: “Situações de doença e epidemias como essas nos fazem perceber que o que estamos passando agora pode se tornar pequeno diante do sofrimento de outras pessoas e situações. Mesmo quando não estamos motivados, quando estamos a ponto de desistir, a força para vencer qualquer situação pode ser encontrada nos exemplos, no fato de olharmos para o lado e vermos exemplos de pessoas como nós que tiraram força da fraqueza e foram além dos próprios limites.”

Câncer x coronavírus

João Saci aponta os paralelos entre a luta que enfrentou contra o câncer e o desafio da pandemia do covid-19: “Hoje tudo que temos que fazer é ficarmos em casa, manter a higiene em dia e apertar os cintos em relação a gastos. É uma mudança radical de rotina e de padrão de vida, mas necessária. Tudo isso pode gerar muito estresse. Ainda mais que a estamos a todo momento olhando notícias, seja na internet, redes sociais ou na TV a respeito do vírus, o que gera medo e ansiedade. Contudo, na época que tive câncer eu evitava ficar pensando nisso o tempo inteiro, evitava pesquisar a respeito da doença, senão ia ficar paranóico com todas as possibilidades do que poderia acontecer, já que as minhas chances de sobrevivência eram realmente mínimas. Fazia coisas para me distrair, como ler livros, jogar vídeo game, ver filmes. E hoje temos uma infinidade de outras opções no nosso celular. Colocar o foco da mente para longe do problema é importante para encontrar forças, seja para vencer o coronavírus, para vencer o câncer ou para vencer qualquer grande problema.”

O que fazer durante a quarentena

O atleta conta que estratégia adotou durante o tratamento contra o câncer: “Durante meu tratamento de quimioterapia fiquei 11 dias internado e de certa forma isolado, pois não havia tv, não havia celular com internet e eu ia vivendo um dia de cada vez. Eu evitava ficar ansioso pelo dia que sairia, eu só pensava que era um dia a menos de tratamento e um a mais de vida. Eu ia vivendo um dia de cada vez e fazendo tudo que era necessário para chegar bem no final. Acredito que se fizermos o mesmo durante o isolamento por causa do coronavírus as coisas vão ficar bem. Se ficar só pensando no fim da quarentena, no fim do surto, você vai ficar muito ansioso e isso só vai ser prejudicial.”

Para João, hoje há muito mais ferramentas para ocupar a mente durante a quarentena: “Tem sites liberando cursos gratuitos, então você pode aproveitar o momento pra capacitar, ou fazer um curso, a academia que treino tá disponibilizando treinos para fazer em casa e tem aquelas pessoas que ainda podem trabalhar em home office”.

Tenha um propósito

Segundo o palestrante e escritor, outra coisa que pode manter as pessoas ocupadas e com a sanidade mental em dia é ter um propósito em viver que vá além da própria vida: “Eu falo muito na palestra que temos que ter um propósito e que nesse momento podemos ter um propósito muito bonito, que é pensar no próximo, se estamos em casa é para o bem de toda a sociedade, e não só pelo nosso bem. É procurar entender que ao final de tudo isso, vamos poder reunir novamente com os amigos, ir ao parque, cinemas e shoppings, e o mais importante, muitas vidas serão preservadas por nossa atitude. É belo saber que você está fazendo isso pensando no bem do outro. Melhor afastar neste momento, pq senão o encontro pode não acontecer. Nos momentos de maiores angústias lembre-se do seu propósito que você suportará as dores do momento.”

Fonte  https://revistareacao.com.br/joao-saci-atleta-que-venceu-5-vezes-o-cancer-ensina-superacao-em-meio-a-crise-do-coronavirus/

Postado por Antônio Brito 

OAB Joaçaba auxilia mulheres vítimas de violência

Foto:Divulgação

A OAB - Subseção de Joaçaba, exercendo suas atribuições institucionais de informação, conscientização e proteção aos direitos da mulher, apresenta o Projeto “OAB por ELAS”.

Com o objetivo de compartilhar informações sobre a Lei Maria da Penha e sua aplicação, a OAB está disponibilizando canais online para auxiliar as mulheres em situação de risco e/ou violência doméstica e familiar buscarem conhecimento dos seus direitos e providências necessárias para saírem da condição de violência.

Confira os canais de atendimento:

Telefone: (49) 3521-3214

Whatsapp: (49) 99829-7066

E-mail: oabjoacaba@softline.com.br

Polícia Civil: 181 ou 100
www.pc.sc.gov.br (Delegacia Virtual)

Polícia Militar: ligue 190
Use o aplicativo da PMSC

 Fonte  https://www.cacodarosa.com/noticia/24498/oab-joacaba-auxilia-mulheres-vitimas-de-violencia

Postado por Antônio Brito 

Vereadora cobra acessibilidade em abrigos de passageiros

Foto:Divulgação

A vereadora Disnéia De Marco voltou a fazer cobrança em relação a falta de acessibilidade nos novos abrigos de passageiros que estão sendo instalados em Joaçaba. Ela já havia parabenizado a Administração pelo investimento, que considera de extrema importância, no entanto, reforçou a solicitação para que os acessos a cadeirantes sejam viabilizados.

O líder do governo, vereador André Dalsenter, informou que a licitação feita pela previa a instalação dos abrigos exatamente da forma em que estão ocorrendo, e que as rampas de acesso serão construídas pela Prefeitura, em uma segunda etapa. Disse ainda que estas mesmas obras só não estão sendo executadas no momento em função da paralização das atividades em decorrência da pandemia do coronavírus, mas que em breve devem ocorrer. A prefeitura está instalando cerca de 50 novos abrigos de passageiros.

Fonte: Adriana Panizzi/Assessoria de Comunicação

https://www.cacodarosa.com/noticia/24486/vereadora-cobra-acessibilidade-em-abrigos-de-passageiros

Postado por Antônio Brito 

14 DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA QUE VOCÊ PRECISA CONHECER!!!

Fique por dentro dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Compartilhe com amigos (as) e familiares as principais garantias legais para a pessoa com deficiência. Veja abaixo:

1- Passe livre no transporte interestadual para os comprovadamente carentes.

O Passe Livre é um programa do Governo Federal que proporciona a pessoas com deficiência e carentes, gratuidade nas passagens para viajar entre os estados brasileiros. O Passe Livre é um compromisso assumido pelo governo e pelas empresas de transportes coletivos interestadual de passageiros para assegurar o respeito e a dignidade das pessoas com deficiência. Vale destacar que esse é um direito que todos podem e devem defender ainda que não fosse regulamentado  por lei. É um direito justo e é legal! Mais informações sobre o passe livre.

2- Obtenção ou renovação de carteira de habilitação

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) pode ser adquirida por qualquer pessoa que consiga passar nos exames necessários. Inclusive o candidato com algum tipo de limitação física, que não interfira na capacidade de dirigir, pode conduzir normalmente, desde que o veículo seja adaptado. O que mais acontece são pessoas que já possuem habilitação que são acometidas posteriormente por algum tipo de deficiência. Em casos como esse é necessário que o condutor faça o mais rápido possível a alteração de sua CNH! Veja mais informações sobre CNH.

3- Reserva de assentos nos transportes públicos

As empresas públicas de transporte e as concessionárias de transporte coletivo deverão reservar assentos preferenciais, devidamente sinalizados, para o uso das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, idosos a partir de 65 anos, gestantes e pessoas com criança de colo, conforme as Leis Federais 10.048, de 08 de novembro de 2000, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000 (regulamentadas pelo Decreto 5.296, de 02 de dezembro de 2004), a Lei Estadual 887, de 10 de setembro de 1985, e as Leis Municipais 317, de 12 de abril de 1982, e 3.107, de 18 de setembro de 2000.

4- Reservas de Vagas Especiais em estacionamentos públicos e privados

Conforme Decreto Federal 5.296, de 02 de dezembro de 2004, e a Lei Municipal de cada localidade, quando houver, fica assegurada nos estacionamentos de veículos, situados em logradouros públicos, objeto ou não de concessão, e nos pátios de repartições públicas municipais ou espaços a eles reservados, a obrigatoriedade da reserva permanente de no mínimo 2% da totalidade de suas vagas, exclusivamente para o uso de veículos de pessoas com deficiência que tenham dificuldade de locomoção, em locais próximos à entrada principal ou ao elevador, de fácil acesso à circulação de pedestres, devidamente sinalizadas.

Os veículos estacionados nas vagas reservadas para pessoas com deficiência deverão ter identificação em local visível. O mesmo se aplica aos estacionamentos privados. O desrespeito às vagas de pessoas com deficiência e idosos em estacionamentos  privados de uso público sem a credencial  é infração gravíssima. Lei nº 13.281 de 04 de maio de 2016.

5- No mínimo 5% de vagas reservadas em concursos públicos

As vagas de pessoas com deficiência em concursos públicos estão previstas na lei 8.112/90 em seu artigo 5º no § 2º:

“Às pessoas com deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.” 

O percentual mínimo de reserva para pessoas com deficiência é de 5% segundo o decreto de lei 3.298/99. Isso tudo significa que se o edital prever 100 vagas, no mínimo 5 delas e no máximo 20 serão reservadas à candidatos com deficiência.

6- 2 a 5% de vagas reservadas em empresas privadas

A Lei de Cotas foi criada em 1991. (Lei 8.213 de 24 de julho 1991). A Lei de Cotas, define que todas as empresas privadas com mais de 100 funcionários devem preencher entre 2 e 5% de suas vagas com trabalhadores que tenham algum tipo de deficiência. As empresas que possuem de 100 a 200 funcionários devem reservar, obrigatoriamente, 2% de suas vagas para pessoas com deficiência; entre 201 e 500 funcionários, 3%; entre 501 e 1000 funcionários, 4%; empresas com mais de 1001 funcionários, 5% das suas vagas.

7- Aquisição de automóvel com isenção de IPI, ICMS, IOF

As pessoas com deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas, ainda que menores de 18 (dezoito) anos, poderão adquirir, diretamente ou por intermédio de seu representante legal, com isenção do IPI, automóvel de passageiros ou veículo de uso misto, de fabricação nacional, classificado na posição 87.03 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI).

Os descontos de impostos variam de 20 a 35% dependendo da concessionária. O valor máximo do automóvel novo deve ser de 70 mil reais. O veículo pode ser trocado de 4 em 4 anos. Infelizmente a burocracia é o principal desafio no caminho dos motoristas com deficiência na hora de comprar um carro zero com benefício.

8- Matrículas nos cursos regulares de instituições de ensino

A nova legislação, chamada de Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, garante condições de acesso a educação e saúde e estabelece punições para atitudes discriminatórias contra essa parcela da população. Um dos avanços trazidos pela lei foi a proibição da cobrança de valores adicionais em matrículas e mensalidades de instituições de ensino privadas. O fim da chamada taxa extra, cobrada apenas de alunos com deficiência, era uma demanda de entidades que lutam pelos direitos das pessoas com deficiência.

9- Complemento de 25% na aposentadoria por invalidez quando o segurado necessitar de assistência permanente

O art. 45 da Lei 8.213/91 dispõe que: “O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento)”. Tal previsão também está contida no art. 45 do decreto 3.048/99.

10- Isenção de imposto de renda

As pessoas com doenças graves são isentas do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF) desde que se enquadrem cumulativamente nas seguintes situações (Lei nº 7.713/88 );

1) Os rendimentos sejam relativos a aposentadoria, pensão ou reforma;
2) Possuir alguma doença que se enquadre na lista de isenções.

11- Benefício de Prestação Continuada

É um direito garantido pela Constituição Federal de 1988 e consiste no pagamento de 01 (um) salário mínimo mensal à pessoas com 65 anos ou mais de idade e à pessoas com deficiência incapacitante para a vida independente e para o trabalho, onde em ambos os casos a renda mensal bruta familiar per capita seja inferior a um quarto do salário mínimo vigente.

12- Desconto na conta de energia elétrica

As famílias incluídas no Cadastro Único de Programas Sociais com renda mensal total de até três salários mínimos, que tenham em sua composição portador de doença cujo tratamento exija o uso continuado de equipamentos com alto consumo de energia elétrica, terão acesso ao desconto conforme faixa de consumo demonstrado na tabela abaixo:

Faixa de consumo mensal – Até 30kwh
Percentual de desconto – 65%
Faixa de consumo mensal – Entre 31kwh e 100kwh
Percentual de desconto – 40%
Faixa de consumo mensal – Entre 101 kWh e 220kwh
Percentual de desconto – 10%

13- Quitação da casa própria

A aquisição de imóvel financiado por agentes do Sistema Financeiro de Habitação (Cohab, Caixa Econômica Federal e outros bancos privados) normalmente vem condicionada à contratação de um seguro habitacional, cujo prêmio é pago junto com as parcelas mensais do financiamento. Esse contrato de seguro normalmente possui uma cláusula prevendo a quitação do saldo devedor nos casos de morte e invalidez permanente do contratante.

14- Esporte, lazer e cultura

O Estatuto da Pessoa com Deficiência garante o acesso às atividades esportivas, culturais e de lazer. Nesse sentido, a acessibilidade em espaços públicos é fundamental. Você sabia que é dever da companhia aérea prestar assistência a uma pessoa com deficiência que esteja no voo? Para isso, basta comunicar sobre a condição do passageiro no momento do check-in. Além disso, acompanhante tem direito a desconto na passagem caso fique comprovada a necessidade de sua presença durante o voo.

E, por falar em acompanhantes, eles também têm direito a um desconto de 50% — assim como as pessoas com deficiência — em entradas para shows, espetáculos e jogos mediante comprovação da necessidade de sua presença.

Fonte: Deficiente Ciente
https://www.territoriodeficiente.com/2020/04/14-direitos-das-pessoas-com-deficiencia-que-voce-precisa-conhecer.html?m=1
Postado por Antônio Brito 

Coronavírus: projeto do governo federal acolhe idosos, pessoas com deficiência e população de rua

O governo federal anunciou nesta segunda-feira, 13, o projeto ‘Brasil Acolhedor’, para reunir e distribuir doações a idosos, pessoas com deficiência e população de rua durante o período de combate à pandemia da covid-19.

Parceria entre a União, por meio do programa Pátria Voluntária, e a organização Transforma Brasil, a iniciativa pretende colher e distribuir kits alimentícios e higiênicos para idosos, itens de reforço alimentar e de higiene para instituições de longa permanência de idosos e de pessoas com deficiência, além ampliar o acesso à população em situação de rua ainda não acolhida, com oferta de alimentação e estrutura para banho.

Pessoas físicas ou jurídicas, organizações da sociedade civil (OSCs) e empresas privadas interessadas em contribuir podem entrar em contato pelo email brasilacolhedor@transformabrasil.com.br.

Participam da ação o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), o Ministério da Cidadania e a Secretaria de Governo.

Fonte  https://brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/coronavirus-projeto-do-governo-federal-acolhe-idosos-pessoas-com-deficiencia-e-populacao-de-rua/

Postado por Antônio Brito 

Covid-19: Brasil tem 1,5 mil mortes e 25,2 mil casos confirmados

O número de mortes decorrentes do novo coronavírus (covid-19) subiu para 1.532 no país e o de casos, para 25.262. A nova totalização foi divulgada pelo Ministério da Saúde, que, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto, apresentou pela primeira vez dados sobre o número de pessoas curadas. Partindo de estimativas adotadas em outros países, representantes da pasta afirmaram que o índice é de 55% dos casos confirmados, o que significaria um total de 14.026 pessoas.

Segundo as informações do boletim divulgado hoje (14), o total de óbitos marca um aumento de 15% em relação a ontem (13), quando foram registrados 1.328. São Paulo concentra o maior número de mortes (695), com mais da metade do total contabilizado na atualização. O estado é seguido por Rio de Janeiro (224), Pernambuco (115), Ceará (107) e Amazonas (90).

Também foram registradas mortes no Paraná (36), Maranhão (32), Minas Gerais (27), Santa Catarina (26), Bahia (22), Pará (19), Rio Grande do Norte (18), Rio Grande do Sul (18), Distrito Federal (17), Espírito Santo (17), Paraíba (16), Goiás (15), Piauí (oito), Amapá (seis), Sergipe (quatro), Mato Grosso do Sul (quatro), Alagoas (quatro), Mato Grosso (quatro), Acre (três), Roraima (três) e Rondônia (dois). Tocantins é o único estado onde ainda não houve morte.

A taxa de letalidade do país está em 6,1%, maior do que a registrada ontem, quando o índice foi de 5,7%.

O Brasil bateu o recorte de mortes em 24 horas: 204. Ontem, haviam sido contabilizados 105 óbitos e, no domingo, 99. No perfil das vítimas, 59,9% eram homens e 40,1%, mulheres. Do total, 73% tinham acima de 60 anos e 73% apresentavam algum fator de risco, como cardiopatia, pneumopatia, diabetes e doenças neurológicas.

O número de casos apresentado hoje (25.262) representa um crescimento de 8% em relação ao de ontem, quando o balanço do Ministério da Saúde registrou 23.430. No comparativo com domingo (12), quando foram identificadas 22.169 pessoas infectadas, o aumento significou 14%.

Os casos confirmados nas últimas 24 horas totalizaram 1.832, mais do que o contabilizado ontem (1.261). O resultado não foi o maior, pois, na última semana, houve um acrésimo de 2.210 novos casos às estatísticas na quarta-feira (8).

Hospitalizações

As hospitalizações por covid-19 totalizaram 4.926. No entanto, há 31.605 pessoas internadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em investigação, dependendo de testes para averiguar se são casos de infecção por novo coronavírus ou não.

No coeficiente de incidência (número de casos por 1 milhão de habitantes), Amazonas lidera (303), seguido por Amapá (281), Distrito Federal (209), Ceará (196), São Paulo (192) e Rio de Janeiro (186). Todas essas unidades da Federação estão mais de 50% acima da média nacional (111), e entram na categoria de “emergência”, de acordo com a escala do ministério.

As regiões com maior incidência foram identificadas em Fortaleza (608,2), São Paulo (523), Manaus e Entorno (436,7), área central, no Amapá, (369) e Rio Negro e Solimões (325,6). 

Ocupação de leitos

O titular da pasta, Luiz Henrique Mandetta, anunciou a edição de uma norma que obriga os hospitais a comunicarem o nível de ocupação de seus leitos. Há cerca de duas semanas, a equipe do Ministério da Saúde havia informado que realizaria um censo sobre o tema, mas o secretário executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis, disse que ainda há locais que não repassam a informação.

Com a obrigatoriedade, a promessa do ministério é de que o dado possa ser acompanhado diariamente. Este é um dos indicadores para a avaliação dos gestores estaduais e municipais para definir as medidas de distanciamento social. Segundo a nova orientação do órgão, estados e cidades que possuírem baixa incidência e tiveram pelo menos 50% dos leitos vagos poderiam migrar do isolamento ampliado para uma modalidade denominada seletiva, com retomada dos comércios e mantendo em casa apenas público de risco.

“O Ministério não determinou, a gente está criando critérios para que gestor possa ter de guia. Precisamos ganhar tempo para que os sistemas de saúde consigam se ampliar. Se o vírus se comportar aqui como se comporta em outros países, não queremos ver situação de drama que se repitam”, declarou Mandetta.

Testes e equipamentos

O ministro informou que foi aberto um chamado público para formar um grupo de laboratórios que produziria os testes (RT-PCR) de forma centralizada e coordenada em São Paulo e distribuiria para outras localidades. A intenção é produzir 3 milhões de testes, chegando a uma produção de pelo menos 30 mil por dia.

Questionado sobre o fato de outros países terem taxas de testagem maior em relação à população, Mandetta argumentou que o Brasil adotou essa estratégia no mesmo momento de Europa e Estados Unidos. “Mas quando você consegue para país com população menor, você testa mais”, justificou, em referência a nações menores, como as europeias.

Ele aventou a possibilidade de permissão de comercialização de testes rápidos em farmácias. “Vamos padronizar para que farmácias possam fazer. Temos aí várias ferramentas para aumentar este tipo de informação importante para tomada de decisão”, comentou.

Ciência e Tecnologia

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, também anunciou medidas na entrevista coletiva. Uma delas foi a permissão, em caráter excepcional, de que emissoras de TV transmitam mais de uma programação por canal, a chamada multiprogramação. Assim, um veículo poderia ter uma faixa no canal 4, por exemplo, mas outras nos canais 4.1, 4.2 e 4.3.

O intuito da medida é permitir que emissoras possam transmitir teleaulas nos estados que decidirem contar com este tipo de recurso diante das dificuldades para concluir o calendário escolar em razão da suspensão de aulas, por causa da pandemia da covid-19. Pontes citou como o exemplo o Paraná, que já teria começado a transmitir as aulas pela televisão.

O ministro anunciou também um edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) de R$ 5 milhões voltados a projetos de fabricação de equipamentos de proteção individual e coletiva. Além disso, foram disponibilizados R$ 600 milhões em crédito para companhias que queiram ajustar sua produção para alguma nova área demandada pelo combate ao coronavírus, como equipamentos de proteção ou para profissionais de saúde.

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-04/covid-19-brasil-tem-15-mortes-e-252-mil-casos-confirmados

Postado por Antônio Brito 

14/04/2020

Intérprete de Libras da live de Marília Mendonça fala sobre repercussão após performance


Por Braulio Lorentz, G1

Gessilma Dias nos bastidores da live de Marília Mendonça — Foto: Arquivo Pessoal/Viny BatistaGessilma Dias nos bastidores da live de Marília Mendonça — Foto: Arquivo Pessoal/Viny Batista
Gessilma Dias estava descansando após quase três horas e meia de performance na live de Marília Mendonça, quando a cantora entrou na salinha onde ela estava.
A estrela sertaneja foi a primeira a falar que a fonoaudióloga e intérprete de Libras de 46 anos estava sendo mais comentada do que de costume nas rede sociais.
“Ela me falou ‘você virou meme, depois dá uma olhada’. A gente estava ainda sem um retorno do mundo externo”, conta Gessilma ao G1
Ela chamou muita atenção com sua performance durante a live da cantora sertaneja, a mais vista no Brasil até agora.
Foram 3,3 milhões de acessos simultâneos no YouTube, muitos de olho no quadradinho do canto esquerdo da tela, onde Gessilma estava.
“Foi minha primeira experiência com live, com show”, explica ela, que tem 21 anos de carreira voltados para a área de edução. Mesmo em sua "estreia", ela fala com propriedade sobre a rainha da sofrência:
Gessilma Dias, intérprete de Libras, em três momentos da live de Marília Mendonça — Foto: Reprodução/YouTube da cantoraGessilma Dias, intérprete de Libras, em três momentos da live de Marília Mendonça — Foto: Reprodução/YouTube da cantora
“Gosto de valorizar quem é prata da casa. Ela é muito nova e tem um histórico de luta muito grande. Tenho uma preferência por meninas que desbravam um mundo sertanejo masculinizado.”

50 músicas para traduzir

Gessilma foi chamada pela equipe de Marília meio em cima da hora, um dia antes. “Eu fiquei muda quando soube. Não sabia se era trote ou não.”
Primeiro, a intérprete recebeu um setlist com 30 músicas, que depois mudou para 50. Era tanto trabalho em tão pouco tempo, que ela convidou outro tradutor, Viny Batista, amigo dela.
Vinícius Santos e Gessilma Dias, intérpretes de Libras, trabalharam na live de Marília Mendonça — Foto: Arquivo Pessoal/Viny BatistaVinícius Santos e Gessilma Dias, intérpretes de Libras, trabalharam na live de Marília Mendonça — Foto: Arquivo Pessoal/Viny Batista
“Eu pedi o repertório pra poder estudar. É difícil traduzir metáforas, tem algumas expressões que tem pesquisar com a própria comunidade.”
E como foi a maratona da live? “A gente ficou muito cansado, se perdeu em algumas horas. Você fica cansado e o raciocínio da tradução vai ficando defasado. Mas a gente deu conta do recado e a comunidade surda pôde prestigiar um show que não veria.”
Todo suor rendeu muitas mensagens no celular. “Eu recebi muita foto, muitos recadinhos como ‘meus irmãos são surdos’, ‘minha mãe é surda’. Foi muito produtivo.”
Gessilma Dias, intérprete de Libras, participou da live de Marília Mendonça — Foto: Reprodução/FacebookGessilma Dias, intérprete de Libras, participou da live de Marília Mendonça — Foto: Reprodução/Facebook
“Achei interessante que teve gente falando que eu era uma ‘idosinha’, que eu era grupo de risco e não deveria estar ali. A luz ficou muito contrastante e eu não estava maquiada, não tinha uma preparação prévia. Mas achei engraçado.”
Outros memes associaram um sinal feito por ela ao chifre, tema comum nas músicas sobre traição de Marília Mendonça. Mas ela explica:
“É o sinal eu te amo, que é universal. Você mostra o polegar, o indicador e o dedo mínimo com a mão virada pra frente.”
A sertaneja Marília Mendonça transmiti show nesta quarta (8), no seu canal do YouTube. Diferente de outras exibições, a cantora tem feito com covers, desta vez a ideia é usar e abusar do repertório construído ao longo de quatro anos de carreira. Ela se cercou de cuidados para esta nova apresentação virtual. A intenção é arrecadar donativos para auxiliar às vítimas da crise que tem se instalado no Brasil com a pandemia do coronavírus. — Foto: Caio Rocha/FramePhoto/Estadão ConteúdoA sertaneja Marília Mendonça transmiti show nesta quarta (8), no seu canal do YouTube. Diferente de outras exibições, a cantora tem feito com covers, desta vez a ideia é usar e abusar do repertório construído ao longo de quatro anos de carreira. Ela se cercou de cuidados para esta nova apresentação virtual. A intenção é arrecadar donativos para auxiliar às vítimas da crise que tem se instalado no Brasil com a pandemia do coronavírus. — Foto: Caio Rocha/FramePhoto/Estadão Conteúdo
Gessilma também explica a empolgação na performance, que fez com que muita gente pensasse que ela era uma fã que estava ali curtindo músicas como “Infiel” e “Todo mundo vai sofrer”.
“Se estou fazendo a tradução no ‘Jornal Nacional’, sobre a pandemia, não posso traduzir sorrindo. Não poderia estar cantando como um robô, séria", explica ela, séria.
“Se estão todos se divertindo, tenho que passar isso também. A expressão corporal faz parte da língua. Eu não estava curtindo o show. Eu nem estava ouvindo a música, só estava com o retorno do microfone da voz dela.”
Marília Mendonça na liveG — Foto: Reprodução/YouTube da cantoraMarília Mendonça na liveG — Foto: Reprodução/YouTube da cantora
E depois de tanta exposição e tantas entrevistas, o que espera agora? “Eu espero que tenhamos uma visibilidade que a comunidade surda precisa ter, que isso se transforme em ações efetivas."
“Temos muita legislação que não é cumprida. Não pode ficar falando apenas ‘nossa, que bonitinho’. Tem que ir além disso. Não quero holofote pra mim, eu quero os holofotes pra comunidade surda.”
“Eu quero escolas e hospitais com intérpretes. Com todo mundo de luva e máscara, não pode nem olhar pra boca da pessoa pra entender o que ela está falando.”
Veja entrevista e trechos de Gessilma na live
Intérpretes de Libras ganham destaque em lives de cantores sertanejos
Intérpretes de Libras ganham destaque em lives de cantores sertanejos.
Fonte  https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2020/04/10/interprete-de-libras-da-live-de-marilia-mendonca-fala-sobre-repercussao-apos-performance.ghtml?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=g1&utm_content=post
Postado por Antônio Brito 

Mãe internada em UTI luta contra COVID-19 e não sabe que filho morreu da doença

Luiz, de 31 anos, morreu em hospital em decorrência do novo coronavírus; a mãe, Alzira, de 58 anos, ainda está internada por causa da doença

Foto: Arquivo Pessoal

Uma família da Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi duramente atingida pelo novo coronavírus. No domingo (12), o vigilante Luiz Fagner Dias Novaes, de 31 anos, morreu, por choque séptico e síndrome respiratória aguda grave, no Hospital Intermédica ABC, em São Bernardo do Campo. Três dias antes, uma contraprova confirmou que ele estava com COVID-19.

A 55 km dali, no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, a mãe dele, Alzira da Silva Novaes, uma dona de casa de 58 anos, luta pela vida contra a mesma doença. Entubada, desde o dia 7 de abril, e sem ter a confirmação do teste feito, ela não sabe da morte do caçula e que suas duas outras filhas também estiveram internadas e receberam alta.

“Neste momento, estou liberando o corpo dele. Ele tinha o melhor prognóstico. Todos foram tratados no SUS (Sistema Único de Saúde), só ele foi tratado no particular. A gente acredita que quem está pagando deveria ser melhor atendido, mas não é verdade”, disse a irmã de Luiz e técnica de enfermagem, Maria Carolina Novaes. A CNN pediu ao hospital mais informações sobre a morte de Luiz, mas não recebeu resposta até a publicação deste texto.

Maria Carolina testou positivo para o novo coronavírus e foi uma das filhas que conseguiu se recuperar da doença. Ela pediu documentos do prontuário do irmão para entender se houve alguma intercorrência e qual a medicação usada como tratamento.

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Dois Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) em menos de 24 horas sofrido pelo pai deles, Silvio Dias Novaes, de 60 anos, no dia 20 de março, levou a família a se revezar como acompanhante no Hospital Municipal de Cubatão. Tetraplégico, ele perdeu os movimentos abaixo do pescoço.

“Provavelmente, foi no hospital [que a família se infectou]”, acredita Maria Carolina. “Uma semana antes do meu pai ter os AVCs, eu não deixava eles saírem para nada. Eu que resolvia tudo para eles.”  

No quinto dia de acompanhamento, a esposa de Silvio começou a sentir os sintomas da COVID-19, dois dias depois foi a vez da Maria Carolina e da irmã, a professora Maria Fernanda – a outra irmã que também teve alta hospitalar. No sétimo dia, foi Luiz quem começou a ter febre, tosse, dor de cabeça.

“Ele foi umas cinco vezes, na Casa de Saúde da Praia Grande. Ele só foi internado, no dia 2 de abril, já com bastante falta de ar, com mais de 39 graus de febre e sem conseguir andar”, conta a irmã.

A família acredita que Luiz Fagner Dias Novaes foi infectado pela COVID-19 no Hospital Municipal de Cubatão, onde acompanhou o pai que sofreu um AVC

Foto: Arquivo Pessoal

Segundo a família, Luiz – que se tratou há seis meses de uma trombose – ficou cinco dias com quadro estável, mas teve uma convulsão e precisou ser entubado. “A partir daí, só complicou. Há dois dias, o rim dele parou e ele teve falência múltipla dos órgãos, devido a septicemia [doença causada por infecção]. Foi uma complicação do COVID-19.”, explica Maria Carolina. O vigilante deixa mulher e dois filhos, um de nove e outro dois anos. No domingo foi aniversário do mais velho.

Maria Carolina espera que a mãe se restabeleça e que o pai também fique bem porque os netos precisarão deles, mas admite um sentimento de derrota. “Como uma profissional de saúde pode perder um irmão tão jovem? Isso mostra que ninguém está acima da vida e da morte”, finaliza.

Na tarde desta segunda-feira (13), parte da família enterra o corpo de Luiz em caixão fechado, em um cemitério público da Praia Grande.

Fonte  https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2020/04/13/mae-internada-em-uti-luta-contra-covid-19-e-nao-sabe-que-filho-morreu-da-doenca

Postado por Antônio Brito 

Confinamento preocupa os pais de filhos autistas

O isolamento social adotado em todo o Brasil como forma de conter a Covid-19, tem gerado um grande desafio para as famílias com crianças autistas

Henrique Hein

A pedagoga Fabiana entre os filhos gêmeos Vitor (à esq.) e Nicolas: quarentena interrompe tratamento que os meninos faziam desde os 4 anos

Moradora de Monte Mor, a pedagoga Fabiana da Silva Santos, de 42 anos, sente na pele o drama de quem teme pela saúde de seus filhos nesse período de confinamento. Mãe dos gêmeos autistas Vitor e Nicolas, de 12 anos, ela conta que o período de quarentena causou a interrupção do tratamento terapêutico que a dupla fazia desde os quatro anos. Assim, amenizar os prejuízos que os dois possam vir a ter é uma batalha para ela. “Eu e meu marido colocamos uma rotina diária de atividades para fazer com eles. Algumas coisas do meu trabalho eu empurro com a barriga para fazer à noite, porque os dois demandam muito da nossa atenção”, comenta.
Além da mudança na rotina, Fabiana conta que outra situação difícil é fazer os meninos compreenderem a importância do isolamento domiciliar. Segundo ela, os pedidos para brincar fora da casa têm aumentado com o passar dos dias. “O que eles mais querem hoje é brincar na rua. Eles estão me pedindo muito isso, mas eu explico que a situação ainda não permite. Eles ficam tristes, mas, por enquanto, ainda entendem os motivos.”
Quem também vive uma situação semelhante é a campineira Carina Sanches, de 38 anos, mãe da Larissa, de sete. Ela conta que a pandemia tornou sua vida uma loucura, mas que durante a quarentena tem aproveitado o tempo livre para ficar ao lado filha autista. Para isso, ela precisou montar uma rotina de atividades para atender as necessidades diárias dela.
“Durante a manhã, a gente estuda para compensar o fato de ela não ir mais à aula, e depois aproveitamos para passar o tempo juntas. Ela gosta muita de desenhar. Para ajudá-la a desenvolver a criatividade, eu sempre peço que ela desenhe determinada coisa para mim, como um passarinho ou um arco-íris”, conta.
Apesar do auxilio, Carina explica que a filha tem ficado bastante triste ultimamente por só ficar em casa e não poder ver as amigas que possui na escola. Segundo ela, conter as emoções da pequena tem sido uma tarefa das mais difíceis.
“Tem momentos do dia que a Larissa chora bastante por ter que ficar em casa, principalmente quando eu tenho que entrar em vídeoconferência com clientes e deixar ela de lado um pouco. Mas isso já melhorou. No começo era pior”, afirma a nutricionista, que está bastante preocupada com a Covid-19.
“Eu tenho medo de que algo aconteça com a minha filha por causa dela fazer parte do grupo de risco. Como moramos sozinhas em casa, tenho evitado ir até mesmo ao mercado. Tenho pedido compras pelo serviço de entrega, coisa que nunca tinha feito na vida”, relata.
Para Julia Sargi, analista do comportamento aplicado ao autismo, em tempos de quarentena a importância da figura do país na vida dos filhos autistas acaba sendo imprescindível. Segundo ela, manter os hábitos diários de higiene para que os pequenos não venham a contrair o vírus é apenas a ponta do iceberg, já que o confinamento — apesar de ser importante — também coloca em risco a continuidade do tratamento das crianças.
“É importante que nesse momento de crise as famílias criem uma rotina de atividades para entreter as crianças com autismo porque a ausência disso pode gerar nela emoções mais intensas. Estamos falando de crianças com déficit no repertório da sociabilidade. Elas precisam ter a coordenação motora, a linguagem e os pensamentos estimulados. Cada uma delas, dentro do seu tempo”, afirma.
De acordo com a especialista, com as aulas suspensas e os estabelecimentos públicos fechados, as famílias precisam usar a criatividade para dar continuidade à aprendizagem das crianças e manter ativa a parte das atividades pedagógicas e terapêuticas. Entre as atividades que podem ser usadas pelos pais para ajudar no desenvolvimento das crianças estão, por exemplo, ações como se fantasiar com roupas e acessórios divertidos que estejam em casa.
“Os pais também podem montar um circuito de atividades com objetos para que as crianças possam se abaixar, pular e correr pela casa. Os pequenos podem ainda ajudar com algumas tarefas pontuais, como lavar a louça junto dos pais. Essas atividades dependem da sensibilidade e da criatividade dos pais. O importante é preencher uma agenda com atividades de lazer, sem esquecer que eles também precisam de um tempo de descanso”, ressalta.

Fonte  https://correio.rac.com.br/amp/2020/04/campinas_e_rmc/924839-confinamento-preocupa-os-pais-de-filhos-autistas.html

Postado por Antônio Brito