A participação do Brasil nos Jogos Paralímpicos de 2016, quando ocupou o oitavo lugar no quadro geral de medalhas, demonstrou novamente a força do país no paradesporto. Faz parte do planejamento estratégico do CPB manter o Brasil como uma das potências mundiais em competições paralímpicas. Para Tóquio 2021, por exemplo, o objetivo é que o Brasil fique entre as 10 primeiras colocações no quadro geral de medalhas.
Esta expectativa só é plausível e alcançável graças a uma série de ações e agentes que possibilitaram a promoção do esporte paralímpico nacionalmente ao longo dos anos.
Conheça agora os principais marcos que mudaram o curso da história do esporte paralímpico no Brasil:
– Lei Agnelo/Piva
Sancionada em julho de 2001, a Lei Agnelo/Piva prevê que 2,7% do total bruto de arrecadação das Loterias Caixa, descontadas as premiações, sejam destinados ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), nas proporções de 62,96% e 37,04%, respectivamente.
Este recurso, que é repassado anualmente às instituições, constitui o maior montante recebido pelo CPB e é essencial para a manutenção de suas atividades. Desde o início do recebimento da verba, o país tem ganhado cada vez mais notoriedade nas competições, demonstrando a importância do investimento e traduzindo o retorno em conquistas.
– Criação do Comitê Paralímpico Brasileiro
As entidades internacionais responsáveis pela realização dos Jogos Paralímpicos exigiam que um único interlocutor representasse cada país para participação nas competições paralímpicas mundiais.
A fim de representar os atletas paralímpicos de alto rendimento do Brasil nas competições, nasceu o Comitê Paralímpico Brasileiro em fevereiro de 1995. Outro dos objetivos que estão nos pilares do CPB é a promoção do esporte paralímpico como um todo, visando divulgar o esporte para pessoas com deficiência e promover a inclusão em todas as suas dimensões.
Difusão do paradesporto e qualificação dos profissionais
Desde a sua fundação, o CPB tem trabalhado na promoção da prática do paradesporto desde a base, com a criação de projetos voltados para a formação paralímpica, até o mais alto rendimento.
Projetos como o Festival Paralímpico, Escola Paralímpica de Esportes, Paralimpíadas Escolares e Universitárias são responsáveis por promover o esporte paralímpico entre as crianças e jovens com deficiência e também proporcionar o trabalho de detecção de novos talentos para o alto rendimento, afinal, é da base que nascem os campeões do futuro.
Além disso, o CPB também tem investido na qualificação dos professores que atuam tanto na iniciação de estreantes no paradesporto quanto com os atletas de alto rendimento. para que haja a inclusão das pessoas com deficiência no esporte, é necessário contar com professores qualificados e bem preparados para realizar esta missão. Pensando nesta vertente didática, o CPB criou o Programa Educação Paralímpica que promove cursos gratuitos para formação e qualificação contínua de profissionais do esporte paralímpico, como professores de ambiente escolar, técnicos, árbitros e classificadores.
A simultaneidade de ações e oportunidades que visam o crescimento do esporte paralímpico promove um ciclo virtuoso de conquistas e ascensão do paradesporto no país, que vem seguido do reconhecimento do Brasil como potência internacional em Jogos Paralímpicos. Os ouros, pratas e bronzes conquistados em todas as competições internacionais são resultados de um esforço mútuo entre atletas, treinadores, entidades competentes e patrocinadores, que fazem com que novos sonhos virem planos e se tornem realidade para um país inteiro.
Fonte: https://revistareacao.com.br/como-o-brasil-se-tornou-uma-potencia-no-esporte-paralimpico/
Postado por Antônio Brito
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