Sempre defendi um pensamento de que todas as nossas ações e suas consequências, são movidas pela força do querer, especialmente o poder com que a mente trabalha e potencializa elas. Somos capazes de criar e superar angústias, desejos e necessidades. Porém, o corpo humano dá avisos que rompem a barreira do simples querer. São as necessidades fisiológicas.
Em determinados momentos de um dia, dependendo de sua demanda, do compromisso existente, o ser humano é programado para conseguir ter um limite de tempo de espera, no qual é possível aguardar para realizar essa necessidade. E assim que concluída sua missão, se dirige até um banheiro mais próximo e popularmente faz o que deve ser feito.
Mas percebam que eu disse que o indivíduo vai até o espaço em questão. E esse espaço existe? Sim, em praticamente todos os espaços físicos, há essa possibilidade.
Mas eles podem ser usufruídos por todos? Isso é outra conversa.
Sempre falo para vocês que as dificuldades de um cadeirante não são tão grandes como se imagina, mas os pequenos problemas existentes, são provocados pela falta de visão do mundo externo, que é movido a lucro e benefícios próprios. “Se há muitos cadeirantes, vamos ter um banheiro que possa ter a entrada de uma cadeira. Se não há, deixa essas pessoas para lá, são poucas. ”
Tudo na vida humana iria fluir melhor, se cada ser humano se colocasse no lugar do outro. “Eu iria gostar de passar determinada situação”?
Imagina você sendo cadeirante em uma festa, uma loja, um bar ou restaurante no qual você estivesse ali para se divertir, confraternizar, mas que no momento em que sentisse a necessidade de ir até um banheiro, recebesse a informação de que a cadeira de rodas não entra na porta. NÃO ENTRA.
Você ganha duas opções:
Ir até o banheiro sem a cadeira. Barbada, né.
Afinal, você usa ela por hobby, não precisa. Ah, mas se você tiver os movimentos normais do corpo, pode descer dela e se mexer no chão do banheiro. Como vocês sabem, banheiros públicos possuem chãos “limpinhos”.
Mas tem a opção de não ir ao banheiro também.
Sim, tem muito local que hoje segue a lei, mas outros não demonstram a mínima preocupação com isso. E o pequeno local tem tanta responsabilidade como o grande. Cadeirante não é um ser de outro planeta, não precisa investimentos superiores para ter ele no teu convívio. É só DEIXAR A PORTA MAIOR.
É angustiante a vontade de ir até um banheiro e saber que você não conseguirá ir. Dependendo do local que estiver, por horas dura a espera.
Em algum momento da vida você já passou por isso. Cadeirante eu sei que algumas.
Partiremos para os momentos finais de 2019. Ao longo desse ano, busquei trazer temas que nos levem para uma reflexão na qual a acessibilidade é apenas um campo de entrada. O objetivo é ir muito mais além. O que falta para sermos pessoas melhores? Onde eu posso melhorar? Eu faço diferente das coisas que eu reclamo?
Vai ser o nosso tema de dezembro. Abração.
Fonte: http://www.jornalpanorama.com.br
Postado por Antônio Brito
Em determinados momentos de um dia, dependendo de sua demanda, do compromisso existente, o ser humano é programado para conseguir ter um limite de tempo de espera, no qual é possível aguardar para realizar essa necessidade. E assim que concluída sua missão, se dirige até um banheiro mais próximo e popularmente faz o que deve ser feito.
Mas percebam que eu disse que o indivíduo vai até o espaço em questão. E esse espaço existe? Sim, em praticamente todos os espaços físicos, há essa possibilidade.
Mas eles podem ser usufruídos por todos? Isso é outra conversa.
Sempre falo para vocês que as dificuldades de um cadeirante não são tão grandes como se imagina, mas os pequenos problemas existentes, são provocados pela falta de visão do mundo externo, que é movido a lucro e benefícios próprios. “Se há muitos cadeirantes, vamos ter um banheiro que possa ter a entrada de uma cadeira. Se não há, deixa essas pessoas para lá, são poucas. ”
Tudo na vida humana iria fluir melhor, se cada ser humano se colocasse no lugar do outro. “Eu iria gostar de passar determinada situação”?
Imagina você sendo cadeirante em uma festa, uma loja, um bar ou restaurante no qual você estivesse ali para se divertir, confraternizar, mas que no momento em que sentisse a necessidade de ir até um banheiro, recebesse a informação de que a cadeira de rodas não entra na porta. NÃO ENTRA.
Você ganha duas opções:
Ir até o banheiro sem a cadeira. Barbada, né.
Afinal, você usa ela por hobby, não precisa. Ah, mas se você tiver os movimentos normais do corpo, pode descer dela e se mexer no chão do banheiro. Como vocês sabem, banheiros públicos possuem chãos “limpinhos”.
Mas tem a opção de não ir ao banheiro também.
Sim, tem muito local que hoje segue a lei, mas outros não demonstram a mínima preocupação com isso. E o pequeno local tem tanta responsabilidade como o grande. Cadeirante não é um ser de outro planeta, não precisa investimentos superiores para ter ele no teu convívio. É só DEIXAR A PORTA MAIOR.
É angustiante a vontade de ir até um banheiro e saber que você não conseguirá ir. Dependendo do local que estiver, por horas dura a espera.
Em algum momento da vida você já passou por isso. Cadeirante eu sei que algumas.
Partiremos para os momentos finais de 2019. Ao longo desse ano, busquei trazer temas que nos levem para uma reflexão na qual a acessibilidade é apenas um campo de entrada. O objetivo é ir muito mais além. O que falta para sermos pessoas melhores? Onde eu posso melhorar? Eu faço diferente das coisas que eu reclamo?
Vai ser o nosso tema de dezembro. Abração.
Fonte: http://www.jornalpanorama.com.br
Postado por Antônio Brito
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