03/09/2021

Diretores da ADET participam da semana alusiva a pessoa com deficiência.

Entre os dias 23, 24 e 25 diretores da ADET participam na Escola Pedro Pires Ferreira da semana da pessoa com deficiência, o presidente da associação Antônio Brito como palestrante na companhia dos diretores Cilon, Aparecida e girleide,  também da sua esposa Renata Patrícia que deu suporte.

 A convite dos Professores Thiago Veras e Ênnio Gabriel da referida escola e com o inícios das paraolimpíadas, o diretor Antônio Brito que Já praticou o esporte rugby em cadeira de rodas foi convidado a falar sobre as paraolimpíadas na semana da pessoa com deficiência.
 O tema foi superação dos atletas Paralímpicos brasileiros e suas principais conquistas.
Cada diretor Falou um pouco de sua deficiência e sua vivência, o palestrante Antônio Brito presidente da ADET Associação dos deficientes de Tabira falou um pouco dos esportes praticados nas paraolimpíadas, também de sua experiência no rugby em cadeiras de rodas.
A participação ativa dos alunos com perguntas com questionamentos também foi muito importante para tirar dúvidas.
Turmas participantes
1° (A, B e B) do N.E.M
9° anos (A, B e C)
Agradecimento A Diretoria da escola a coordenadora Márcia Cordeiro, aos professores Thiago Veras e Ênnio Gabriel,  agradecimento também a participação de todos os estudantes envolvidos no trabalho realizado.

fonte e postagem Antônio Brito

Jogos e Soroban auxiliam no desenvolvimento de pessoas com síndrome de Down

A jovem Ana Clara, de 22 anos, tem síndrome de Down. Nunca gostou de jogos e custava a se concentrar em sala de aula. Na pandemia, suas dificuldades de aprendizagem aumentaram. Mas nos últimos meses, Ana Clara está progredindo como nunca: está mais persistente, interessada e raciocinando com mais agilidade. E isso tudo a deixa muito feliz e confiante. A mudança começou com atividades que incluem jogos de tabuleiro adaptados ao seu ritmo e Soroban – uma ferramenta milenar para cálculo matemático. “Tenho observado o quanto a Ana Clara melhorou a concentração depois que começou o Soroban. Além disso, ela evitava participar de jogos porque não entendia. Agora se interessa por vencer seus desafios. Ela está mais rápida nas respostas, no raciocínio e tudo isso aumenta a sua autoestima também”, diz  Beatriz Ardison dos Santos, mãe de Ana Clara.

As aulas acontecem no Instituto AMOR 21 (Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Síndrome de Down), em Maceió (AL), e fazem parte de uma iniciativa do Grupo Super Cérebro, em parceria com seus franqueados de Maceió.“Iniciamos esse trabalho em meados de abril. Naquele momento os jovens e adultos atendidos pela associação viviam a ansiedade gerada pela pandemia. Muitos deles, por serem do grupo de risco, ficaram meses afastados das atividades até que fossem vacinados contra a Covid-19. Com o retorno, abrimos a primeira turma com cinco alunos para trabalhar o método Super Cérebro, que tem como propósito contribuir para o desenvolvimento das competências cognitivas e socioemocionais, as chamadas soft skills. Rapidamente pudemos perceber a evolução, tanto no raciocínio lógico, quanto no campo emocional. Agora queremos abrir mais turmas e atender às crianças também”, conta Tatiana de França Moura Alves, que é franqueada do grupo em Maceió e atua como voluntária no Instituto AMOR 21.

Tatiana é terapeuta ocupacional e comanda duas unidades do Super Cérebro em Maceió, juntamente com o marido Rogério Virgílio Alves. O casal tem um filho de 11 anos com síndrome de Down. “Conhecemos as dificuldades e as necessidades desse público e por isso estamos trabalhando com o método do Super Cérebro no seu desenvolvimento. Observamos uma evolução incrível. Eles aprenderam a transformar algo abstrato como a matemática em concreto com o uso Soroban. A ferramenta proporciona o contato visual e o toque e isso facilita a aprendizagem”, revela.

A evolução não ficou restrita ao raciocínio lógico. Tatiana conta que eles estão empoderados. “Vibram quando acertam um exercício e aprenderam a responder, sem medo de errar. Até a linguagem evoluiu e com isso eles percebem que são muito capazes, ganham confiança e autoestima.”

Além do Soroban, jogos de tabuleiro mundialmente reconhecidos são utilizados para desenvolver capacidades como comunicação e argumentação, estratégia para a tomada de decisão, colaboração, liderança e respeito às regras. Para trabalhar com os alunos com síndrome de Down, foram feitas algumas adaptações. “No caso dos jogos, reduzimos a quantidade de regras para o melhor entendimento deles. Conforme entendem o jogo vamos acrescentando novas regras. É preciso perceber a dificuldade para ir aumentando o grau à medida que evoluem.”

Para a diretora comercial do Grupo Super Cérebro, Patrícia Gamba, é sinônimo de orgulho ver que o método está contribuindo de forma expressiva para o desenvolvimento intelectual e emocional de pessoas com síndrome de Down. “O Super Cérebro criou um método exclusivo para aprimorar competências que vão muito além do raciocínio lógico, desenvolvendo a inteligência socioemocional, que é fundamental para garantir a capacidade de se relacionar com outros indivíduos e superar desafios de maneira saudável e equilibrada. Saber que esses estudantes estão evoluindo com o método e que isso impacta na vida pessoal deles é sensacional. Tenho certeza de que estão mais autoconfiantes e isso influencia em todos os aspectos da vida deles dentro e fora da escola”, diz.

O objetivo do Instituto AMOR 21 é acolher as famílias, promover troca de experiências entre eles e oferecer orientação do ponto de vista psicológico, afetivo, emocional, físico e cultural. Colaborar para o desenvolvimento das potencialidades, lutar pelos direitos e inclusão das pessoas com Síndrome de Down em todos os espaços sociais. O Instituto AMOR 21 atende cerca de 200 famílias, sobrevive de doações e conta com o trabalho voluntário de profissionais de diversas áreas. Saiba mais em https://www.instagram.com/amor21oficial

Fonte. https://revistareacao.com.br/jogos-e-soroban-auxiliam-no-desenvolvimento-de-pessoas-com-sindrome-de-down/

Postado por Antônio Brito

Jogos Paralímpicos de Tóquio: Aproveite a competição para levar o Movimento Paralímpico para a sala de aula

Miriam Jeske / CPB
A atenção do mundo está voltada para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e este é o melhor momento para abordar a importância do movimento paralímpico em sala de aula. Para ajudar a levar o tema para a escola e despertar o interesse dos alunos, o Comitê Paralímpico Brasileiro elencou assuntos importantes sobre o paradesporto de forma informativa e interativa. Confira!

1- Modalidades E Deficiências

Nesta edição dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, 22 modalidades são disputadas e a Delegação Brasileira conta com representantes em 20 modalidades. É interessante mostrar em sala de aula como funcionam as modalidades adaptadas e salientar que o Brasil é uma potência paralímpica mundial pelo número de conquistas em Jogos Paralímpicos.

2- História De Atletas

“Se a palavra convence, o exemplo arrasta!”, apesar do autor da frase ser desconhecido, a afirmação é verdadeira. Dentro do esporte paralímpico, grandes nomes do alto rendimento contam que foram influenciados por seus ídolos, como Daniel Dias, que foi inspirado por Clodoaldo Silva, o tubarão paralímpico da natação.

“Eu descobri a natação quando eu tinha 16 anos, ao assistir o Clodoaldo Silva ganhando medalhas para o Brasil durante os Jogos Paralímpicos de Atenas em 2004. Até então, eu não tinha conhecimento sobre o esporte paralímpico. Me interessei e comecei a praticar a natação logo na sequência, e em oito aulas eu já tinha aprendido a nadar os quatro estilos.”, conta o maior nadador paralímpico do mundo, Daniel Dias.

Histórias de campeões paralímpicos podem ser lidas no eBook “A diferença de quem faz. Pessoas com deficiência que inspiram”, com download gratuito aqui.

3- Explicação De Atletas Sobre Termos Capacitistas

Entender quais são as expressões capacitistas presentes no vocabulário permite identificá-las e substituir os termos por palavras que não carregam preconceito. Ensinar esses termos a crianças ajuda a disseminar uma linguagem mais inclusiva desde cedo e os atletas paralímpicos podem ser símbolos dessa missão.

4- Filmes E Documentários Sobre O Tema

Filmes e documentários são ótimas formas de conhecer o movimento paralímpico e histórias de atletas. O formato é ideal para ser o ponto de partida para grupos de discussão sobre o paradesporto e fomentar o pensamento crítico a respeito do dia a dia das pessoas com deficiência e o caminho do esporte de alto rendimento.
O CPB preparou uma lista com filmes e documentários sobre o paradesporto e é possível conferir neste link.

5 – O CPB E A História Do Paradesporto No Brasil

A história do Comitê Paralímpico Brasileiro começou há menos de 30 anos e é repleta de capítulos marcantes. O CPB tem uma relação intrínseca com o tema e a história do Comitê e do paradesporto estão relatadas no eBook recomendado: “O CPB e o esporte paralímpico no Brasil – duas histórias que se cruzam”. O material traz mais subsídios para abordar o tema em sala de aula.

Fonte: https://revistareacao.com.br/jogos-paralimpicos-de-toquio-aproveite-a-competicao-para-levar-o-movimento-paralimpico-para-a-sala-de-aula/

Postado por Antônio Brito

02/09/2021

Atlas 2021 destaca números sobre a VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Estadão

O Atlas da Violência 2021 foi publicado nos últimos dias. A publicação é de responsabilidade do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Fundação pública vinculada ao Ministério da Economia. O Instituto fornece suporte técnico e institucional às ações governamentais — possibilitando a formulação de inúmeras políticas públicas e programas de desenvolvimento brasileiros — e disponibiliza, para a sociedade, pesquisas e estudos realizados por seus técnicos.

Os dados publicados pelo Atlas da Violência 2021 foram gerados em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) no âmbito do Programa Executivo de Cooperação entre a CEPAL e o IPEA em “Políticas Públicas para o Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Brasil e da América Latina orientadas pela Agenda 2030 das Nações Unidas e pelas propostas dos desafios para a Nação Brasileira do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada”.

De acordo com o órgão “neste Atlas da Violência 2021, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) contaram com a parceria do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Como realizado nas últimas edições, buscou-se retratar a violência no Brasil principalmente a partir dos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. Na análise dos dados do SIM, verificou-se um importante aumento das mortes violentas por causa indeterminada no ano de 2019, que traz, entre outros pontos que serão tratados, implicações para a comparabilidade entre os anos do período analisado. As análises dos dados de violência do Sinan, realizadas nas seções de violência contra a população LGBTQI+ e de violência contra pessoas com deficiência, foram centradas nos registros de violências cometidas por terceiros, excluindo-se assim os casos de agressão auto infligida, ou seja, em que a vítima também foi registrada como uma das autoras da violência. Como se verá a seguir, há duas novas seções neste ano, tratando da violência que atinge duas populações específicas: pessoas com deficiências e pessoas indígenas. Ao introduzir esses novos temas, considerou-se oportuno iniciar as seções com elementos relevantes para a compreensão da violência sofrida por esses grupos. No primeiro caso, foi inicialmente recuperada a própria evolução do conceito de deficiência, pois isso impacta a identificação e a mensuração da população com deficiência. No segundo, é brevemente apresentada a questão da identidade das pessoas de povos indígenas e se indica que a violência física não dá conta de toda violência étnico-racial e simbólica sofrida por essa população desde o nascimento do Brasil”.

O Atlas destaca números sobre a VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA:

  • A evolução do conceito de deficiência e os limites das estatísticas
  • As pessoas com deficiência e a violência
  • Taxas de notificações de violências contra pessoas com deficiência
  • Análise exploratória das notificações de violências contra pessoas com deficiência: contexto/autoria e natureza da violência

Confira um resumo da publicação em relação a violência contra a pessoa com deficiência.

VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 

A violência contra pessoas com deficiência é um tema ainda pouco estudado no Brasil. Não obstante, estudos indicam haver uma forte correlação entre violência e deficiência, seja pela contribuição da violência para a ocorrência de deficiência, seja pelo fato de pessoas com deficiência estarem mais expostas a sofrer violência (BRASIL, 2020b).

Nesta edição do Atlas da Violência há um esforço adicional para tratar desse campo, ainda que reconhecendo as mudanças recentes no conceito de deficiência e os limites das estatísticas sobre o tema no Brasil. Assim, são apresentadas, nesta seção, as taxas de notificações de violências e os resultados de análise exploratória dos dados da saúde (Viva-Sinan) sobre as notificações de violência contra pessoas com deficiência, para o ano de 2019.

A evolução do conceito de deficiência e os limites das estatísticas

Segundo a “Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência” (CIDPD; Decreto Nº 6.949/09): pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas (Art. 1º). A convenção também indica que deficiência é um conceito em evolução, apontando a mudança de uma definição ‘médica’, baseada em um diagnóstico sobretudo corporal, para uma definição ‘biopsicossocial’.

A mudança afeta a forma de identificação e mensuração da população com deficiência. Até 2001, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adotava a Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CIDID) (Ministerio de Asuntos Sociales, 1994) de 1980, baseada em um conceito de deficiência que se refere às “anormalidades de estrutura corporal e de aparência, e de função de um órgão ou sistema, qualquer que seja a sua causa”, definindo as deficiências como transtornos a nível de órgão. Porém, a partir de 2001, a OMS passou a adotar o manual “Classificação Internacional de Funcionalidades” (CIF) (WHO, 2013), baseado na abordagem biopsicossocial, no qual o diagnóstico da deficiência integra três dimensões, a saber: a biomédica, a psicológica e a social (Farias; Buchalla, 2005). Em termos práticos, enquanto na dimensão médica as deficiências são definidas a partir de parâmetros físico-corporais, no conceito biopsicossocial, a definição parte das ‘funcionalidades’ acessadas por meio das atividades que as pessoas podem ou não realizar, como por exemplo “não conseguir enxergar, mesmo usando óculos”, ou “ter dificuldade em se comunicar na sua língua mãe, compreender ou ser compreendido pelos outros”32. Neste Atlas, busca-se dimensionar a violência contra pessoas com deficiência, sendo importante verificar tanto os números absolutos quanto as taxas por habitantes, que permitem a comparação entre os diferentes grupos. Por isso, serão utilizadas duas bases de dados que, apesar de fundamentadas fortemente na dimensão médica, incorporam nos seus instrumentos elementos com características biopsicossociais, principalmente quanto à identificação da deficiência intelectual.

A primeira base de dados provém do Sinan, que incorpora o esforço do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva), do Ministério da Saúde, em identificar os casos relativos às violências interpessoais e autoprovocadas atendidos nos serviços de saúde públicos e privados, a partir da notificação compulsória de violência pelos profissionais de saúde. Ressalva-se que, como o foco do Atlas da Violência tem sido sobre violências interpessoais, não foram consideradas as violências autoprovocadas no presente estudo, não constando no conceito aqui utilizado de violência contra pessoas com deficiência e nem nos dados que serão apresentados aqui.

Acrescenta-se que, no Viva-Sinan, para que a pessoa seja considerada deficiente é preciso que haja informação (sendo desnecessária a comprovação documental) sobre diagnóstico clínico emitido por profissional de saúde habilitado, não sendo aceito registrar suposições ou hipóteses pessoais ou de familiares, o que reforça a dimensão biomédica da identificação. Esses dados representam apenas uma parte das ocorrências de violência: aquela que é efetivamente notificada. Cabe indicar que a notificação depende de a vítima procurar ou ser levada à unidade de saúde, e de a violência ser identificada e registrada pelos profissionais de saúde. Quando da procura pela vítima, nota-se que vítimas com deficiência podem apresentar maior dificuldade para a percepção e compreensão das situações de abuso (BRASIL, 2020b). A identificação e o registro nas unidades de saúde, por sua vez, estão relacionados ao grau de organização local da vigilância em saúde, incluindo a integração das redes de saúde, educação, segurança pública e assistência social. Importante também indicar que a base é constituída por notificações e não por vítimas, ou seja, pode ocorrer em um ano mais de uma notificação para a mesma vítima. O Viva-Sinan tem expandido sua cobertura nos últimos anos, passando de 38% dos municípios do país com registros no sistema em 2011, para 79,2%, em 2019.

No caso das notificações de violências interpessoais contra pessoas com deficiência, os registros passaram de 3,0 mil para 7,6 mil casos no mesmo período. Ainda assim, uma parte das UFs, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, apresenta níveis elevados de subnotificação (BRASIL, 2020a). Em vista disso, neste trabalho esses dados não foram utilizados para avaliar a evolução das notificações de violências ao longo do tempo, nem tampouco para comparações inter-regionais ou estaduais. A segunda base de dados utilizada é a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, realizada pelo IBGE, que buscou produzir dados sobre a situação de saúde da população brasileira, inclusive das pessoas com deficiência, a partir da declaração dos entrevistados. Dessa forma, há uma importante diferença entre as duas bases: enquanto na primeira, a deficiência é declarada pelo profissional da saúde, na segunda, a deficiência é declarada pelo entrevistado (pessoa com deficiência ou familiar/responsável).

As pessoas com deficiência e a violência

Utilizando estas definições, a PNS estimou a população com deficiência no Brasil, em 2013. Para aquele ano, 6,2% da população possuía ao menos um dos quatro tipos de deficiência já mencionados (IBGE, 2015). Em números absolutos, eram 7,2 milhões de pessoas com deficiência visual (3,6% da população brasileira), 2,2 milhões com deficiência auditiva (1,1%), 2,6 milhões com deficiência física (1,3%) e 1,5 milhão de pessoas com deficiência intelectual inata ou adquirida ao longo da vida (0,8%, sendo que 1 milhão, ou 0,5%, já nasceu com essa deficiência). Em 2019, foram registrados 7.613 casos de violências contra pessoas com deficiência no sistema Viva-Sinan. Tais números consideram as pessoas que apresentavam pelo menos um dos quatro tipos de deficiência – física, intelectual, visual, auditiva –, de acordo com parâmetros médicos.

Taxas de notificações de violências contra pessoas com deficiência

Neste trabalho utilizou-se as duas fontes de dados mencionadas para a construção de uma “taxa de notificações de violências contra pessoas com deficiência” em relação à população do Brasil. Para isso, utilizou-se as proporções da população com deficiência estimadas pela PNS em 2013, para projetar a população com deficiência em 201939. Calculou-se, então, a taxa de notificações de violências, como o número de notificações no Viva-Sinan para cada 10 mil pessoas com deficiência, por tipo de deficiência e sexo. No caso de deficiência intelectual, há uma limitação nas fontes para o cálculo da taxa e o resultado deve ser visto com cuidado. Isto porque as notificações do Sinan, conforme as instruções do Viva, podem incluir pessoas com deficiência adquirida até os 18 anos, enquanto a população na PNS é de pessoas que nasceram com deficiência intelectual. Apesar disso, considerou-se importante manter o cálculo da taxa, de forma a ser uma referência das notificações de violências contra essas pessoas.

O indicador construído mostra taxas muito elevadas de notificações de violências contra pessoas com deficiência intelectual (36,2 notificações para cada 10 mil pessoas com deficiência intelectual), sobretudo mulheres, quando comparadas à população com outros tipos de deficiência. Essa sobretaxa está associada em alguma medida às notificações de casos de violência sexual. Cabe ainda notar que a maior taxa para violências contra pessoas com deficiência intelectual ocorre apesar de o registro do Sinan captar as deficiências intelectuais manifestadas até os 18 anos, um conceito mais abrangente que o dado da PNS, que só considera as pessoas que nasceram com a deficiência (Deficiência Intelectual 1). Por fim, para as demais pessoas com deficiência, os patamares são bem inferiores: foram 11,4 notificações de violências para cada 10 mil pessoas com deficiência física em 2019, caindo para 3,6 para pessoas com deficiência auditiva e 1,4 no caso de pessoas com deficiência visual. Por fim, de forma geral, as taxas de notificações de violências contra mulheres são mais de duas vezes superiores às de homens, exceto quando a vítima é pessoa com deficiência visual, quando a superioridade é inferior a 25%.

Análise exploratória das notificações de violências contra pessoas com deficiência: Contexto/autoria e natureza da violência

Feita esta apresentação das taxas de notificações, passa-se à análise exploratória dos casos de violências contra pessoas com deficiência. Tal análise será feita através da comparação de grupos de notificações por ‘contexto/ autoria’ e pela ‘natureza da violência’ perpetrada. Dentro destes grandes grupos, serão analisadas algumas características das vítimas, como tipo de deficiência, sexo e faixa etária. Os grupos de ‘contexto/autoria’ foram construídos a partir da própria classificação do instrutivo do Ministério da Saúde (BRASIL, 2016), que segue as definições da OMS para três grandes grupos de violência: violência autoprovocada ou auto infligida, violência interpessoal (doméstica e comunitária), e violência coletiva. A operacionalização dessa classificação depende do autor presumido da violência. No presente estudo, foram elaborados cinco grupos, por analogia, a partir dos autores presumidos identificados no Sinan.

A violência doméstica é a principal situação envolvendo violência interpessoal contra pessoas com deficiência, atingindo sobretudo as mulheres. Os dados de 2019 para os grupos de ‘contexto/autoria’  indicam, em termos gerais, que a violência doméstica representava mais de 58% das notificações de violência contra pessoas com deficiência, seguida por violência comunitária (24%). Em termos de sexo, a violência doméstica é ainda maior para as mulheres (61%), enquanto para os homens a violência comunitária é um pouco maior (26%)43. Analisando os grupos de ‘contexto/autoria’ a partir do tipo de deficiência, nota-se que a violência doméstica representa ao menos metade dos casos: 70% dos casos de pessoas com mais de uma deficiência, 65% dos registros para pessoas com deficiência física, 59% das notificações de pessoas com deficiência visual, 56% dos casos de violência contra pessoas com deficiência auditiva e 50% dos casos contra as pessoas com deficiência intelectual. Cabe notar que a notificação de violência doméstica é alta, mesmo considerando os obstáculos à notificação relacionados à natureza privada do local de ocorrência, à dinâmica do poder familiar ou tutelar e às relações de afeto entre vítima e agressor. Em termos de políticas públicas, isso é um alerta também para as equipes da Estratégia Saúde da Família, para os Conselhos Tutelares e para as escolas. Quanto às famílias, que têm um grande papel no cuidado e nas notificações desses casos de violência, esses dados de violências são um alerta para as ocorrências de casos de agressão ou negligência.

Acompanhe a publicação em sua íntegra, inclusive com tabelas e números em percentuais envolvendo as pessoas com deficiência. 

Acesse o Documento Aqui!

Fonte. https://revistareacao.com.br/atlas-2021-destaca-numeros-sobre-a-violencia-contra-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito

PCD: até dono de carro adaptado pagará IPVA em SP no próximo ano

Lei paulista limita isenção do IPVA para carros PCD a veículos adaptados, mas valor venal acima de R$ 70 mil anula o benefícioImagem: Shutterstock

Alessandro Reis

Do UOL, em São Paulo (SP)

01/09/2021 04h00Atualizada em 01/09/2021 18h59

Em vigor desde o começo deste ano, a Lei Estadual nº 17.293/20 restringe a isenção do IPVA em São Paulo para deficientes graves, cujo veículo é adaptado. Porém, liminar concedida em janeiro pela Justiça paulista proíbe a cobrança do imposto de contribuintes com deficiência que possuíam o benefício no exercício de 2020.

O efeito da decisão deixa de valer no fim deste ano. Dessa forma, em tese, cerca de 80% dos proprietários de carros PCD que eram elegíveis ao benefício no ano retrasado terão de pagar IPVA em 2022, segundo a Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo. Contudo, mesmo que nova decisão judicial estenda a suspensão da cobrança para 2022, deficientes donos de veículos mais novos terão de pagar o imposto mesmo assim - inclusive se o carro tiver alguma adaptação para ser conduzido.

O motivo é outro: a alta valorização dos carros novos, seminovos e usados desde o início da pandemia - especialmente neste ano, quando a falta de chips tem paralisado a produção de automóveis zero-quilômetro, "inflacionando" mais ainda os de segunda mão.

Em São Paulo, independentemente da Lei 17.293/20, a isenção do IPVA só é concedida para veículos cujo valor venal seja inferior a R$ 70 mil - mesmo teto para deficientes não pagarem ICMS na aquisição de automóvel novo, que não deve ser alterado até o fim deste ano pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária).

Em vez de sofrer depreciação, carros adquiridos no ano passado hoje têm valor de mercado consideravelmente maior do que tinham quando eram zero-quilômetro, dependendo da marca e do modelo.

De acordo com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), entre fevereiro de 2020, mês imediatamente anterior ao início da pandemia, e julho de 2021 os preços de automóveis zero-quilômetro subiram 19,9% em média.

Preço dos carros tem impacto direto no valor do IPVA

"Adquiri um Volkswagen T-Cross Sense 2020 em março do ano passado por R$ 54 mil, graças às isenções de ICMS e IPI. Na época, o preço "cheio" era de R$ 69.990 e atualmente o valor venal é superior a R$ 85 mil", conta o advogado Marcos Antonio da Silva, que é deficiente, mas não necessita de nenhuma adaptação no SUV.

Ativista em defesa dos direitos dos portadores de deficiência e consultor da Abridef (Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços de Tecnologia Assistiva), Silva terá de pagar os 4% da alíquota do IPVA referente a seu veículo em 2022.

Ele não entra no mérito do aumento nos preços, que lhe dá a certeza de que recolherá o tributo no ano que vem, mas faz críticas específicas à lei estadual, proposta pelo governo paulista no ano passado e aprovada pela Assembleia Legislativa, restringindo consideravelmente a isenção do imposto.

"Foi uma medida discriminatória, criada apenas para aumentar a arrecadação e fazer caixa, obrigando quase todos os deficientes a pagar IPVA e sem medidas concretas para combater fraudes. Muitas pessoas estão sem dinheiro para pagar o imposto, mas são obrigadas a ficar quatro anos com o carro para não recolher retroativamente as isenções recebidas na compra", protesta Marcos Antonio da Silva.

O advogado orienta os interessados a ingressarem com ação individual na Justiça para contestar a cobrança a partir de 2022 e nos anos seguintes.

Questionada, a secretaria do governo Doria informa que ainda não dispõe dos valores venais dos veículos que servirão de base de cálculo para o lançamento do IPVA 2022. "A tabela de valores venais deverá ser enviada pela Fipe ao Fisco paulista em novembro e publicada em dezembro de 2021", diz o órgão.

"A Administração Pública é regida pelo princípio da legalidade, devendo agir conforme a legislação vigente, que vincula a isenção de IPVA para PCD ao valor do veículo. Mesmo que haja alteração nos valores de comercialização de veículos em razão da atual conjuntura econômica no Brasil, o valor venal limite de R$ 70 mil para a isenção deve ser respeitado", complementa, por meio de nota, o governo paulista.

Reportagem de UOL Carros publicada na semana passada, com base nos preços médios praticados em agosto, comprova a alta expressiva em relação a 2020 e o impacto que isso terá no valor do IPVA em São Paulo.

No início deste ano, a Secretaria da Fazenda e Planejamento estimava ampliar a arrecadação em cerca de R$ 525 milhões com a nova lei, desconsiderando os novos carros PCD registrados no Estado ao longo de 2021.

Fonte. https://www.uol.com.br/carros/noticias/redacao/2021/09/01/pcd-ate-deficiente-com-carro-adaptado-vai-pagar-ipva-em-sp-no-proximo-ano.htm

Postado por Antônio Brito

Gabriel Geraldo conquista seu 2º ouro na natação em Tóquio e Brasil se aproxima de novo recorde em Jogos Paralímpicos

Ainda na piscina, Gabriel Geraldo comemora mais uma vitória em Tóquio/Foto:Miriam Jeske/CPB


O mineiro Gabriel Geraldo, de 19 anos, conquistou sua segunda medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Após vencer os 200m livre (classe S2), o atleta também subiu ao lugar mais alto do pódio nos 50m costas, com o tempo de 53s96, na manhã desta quinta-feira, 2, no Centro Aquático de Tóquio. 

Gabriel Geraldo também já havia conquistado uma prata nos 100m costas, sendo o primeiro medalhista brasileiro nesta edição dos Jogos. Na prova desta quinta-feira, a prata ficou com o chileno Alberto Abarza (57s76) e o bronze com Vladimir Danilenko, do Comitê Paralímpico Russo (59s47). 

"As três medalhas têm um espaço especial no meu coração. Os 50m costas é uma prova rápida. A gente tem que aproveitar as vantagens e não pode errar. Porque qualquer erro pode custar caro. Fico feliz por também poder mostrar minha alegria. Sempre estou sorrindo e dançando. É uma felicidade poder inspirar as crianças, com deficiência ou sem", disse Gabriel. 

Esta é a 18ª medalha de ouro brasileira na capital japonesa. Agora, faltam apenas três para o país igualar a melhor marca de medalhas douradas em uma única edição. O recorde de 21 ouros foi alcançado em Londres 2012. Em Tóquio, o Brasil também já alcançou a histórica marca de 100 medalhas de ouro na história dos Jogos Paralímpicos, após a vitória do fundista Yeltsin Jacques na prova dos 1.500m. 

Além das duas medalhas de ouro de Gabriel Geraldo, o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio no Japão com: Talisson Glock (400m livre na classe S6), Alessandro Silva (lançamento de disco na classe F11), Beth Gomes (lançamento de disco na classe F52), Claudiney Batista (lançamento de disco na classe F56), Alana Maldonado (judô na categoria até 70kg), Mariana D'Andrea (halterofilismo na categoria até 73kg), Gabriel Bandeira (100m borboleta na classe S14), Carol Santiago (100m peito, 50m e 100 m livre na classe S12), Wendell Belarmino (50m na classe S11), Silvânia Costa (salto em distância na classe T11), Petrucio Ferreira (100m rasos na classe T47), Yeltsin Jacques (1.500m e 5.000m na classe T11) e Wallace dos Santos (arremesso de peso na classe F55).

Histórico
Gabriel tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas, e conheceu a natação por meio de um professor de Educação Física da escola onde estudava, nos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG).

Principais conquistas
Além dos dois ouros e da prata nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, Gabriel conquistou as medalhas de ouro nos 50 e 100m livre, além do bronze nos 50m costas e nos 50m borboleta nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019. 

Transmissão
Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 contam com a transmissão ao vivo dos canais SporTV e da TV Brasil.

Patrocínio
A delegação brasileira tem o patrocínio das Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte. https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3550/gabriel-geraldo-conquista-seu-2o-ouro-na-natacao-em-toquio-e-brasil-se-aproxima-de-novo-recorde-em-jogos-paralimpicos

Postado por Antônio Brito

Brasil conquista quatro ouros no nono dia de competições de Tóquio e se aproxima de melhor campanha na história dos Jogos Paralímpicos

Nathan Torquato comemora a conquista da medalha de ouro em Tóquio/Foto: Rogério Capela/CPB

O nono dia de competições dos Jogos Paralímpicos de Tóquio foi recheado de medalhas de ouro para o Brasil. Talisson Glock e Gabriel Geraldo subiram ao lugar mais alto do pódio na natação ao vencerem os 400m livre (classe S6) e os 50m costas (classe S2), respectivamente. No atletismo, Alessandro Silva conquistou o bicampeonato no lançamento de disco (F11). Por fim, Nathan Torquato foi o primeiro campeão da história do parataekwondo na classe K44 para atletas até 61kg.
 
Esta foi a 19ª medalha de ouro brasileira na capital japonesa. Agora, faltam apenas duas para o país igualar a melhor marca de medalhas douradas em uma única edição. O recorde de 21 ouros foi alcançado em Londres 2012. Em Tóquio, o Brasil também já alcançou a histórica marca de 100 medalhas de ouro na história dos Jogos Paralímpicos, após a vitória do fundista Yeltsin Jacques na prova dos 1.500m, na terça-feira, 31.
 
As outras medalhas do dia vieram Marivana Oliveira, no arremesso de peso (classe F35) com a prata e Mateus Evangelista, no salto em distância (classe T37), com o bronze.
 
O Brasil soma agora 54 medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com 19 ouros, 13 pratas e 22 bronzes. Está na sexta colocação no quadro de medalhas geral. A China lidera com 77 ouros e 167 medalhas, com a Grã-Bretanha em seguida, com 96 medalhas, sendo 34 de ouro, e o Comitê Paralímpico Russo em terceiro lugar, com 32 medalhas de ouro e um total de 97 medalhas.
 
Natação
 
No penúltimo dia da natação nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, o Brasil conquistou mais duas medalhas de ouro na modalidade: o catarinense Talisson Glock venceu os 400m livre (classe S6 - atletas com comprometimento físico-motor), enquanto mineiro Gabriel Geraldo subiu ao lugar mais alto do pódio nos 50m costas (classe S2 - também para atletas com limitações físicas-motoras).
 
Na primeira prova da noite, Talisson fechou os 400m livre em 4min54s42, superando o italiano Antonio Fantin (4min55s70) e Viacheslav Lenskii, do Comitê Paralímpico Russo (5min04s84).
 
"Eu sabia que eu ia nadar bem. Não sabia o quanto, mas sabia que eu ia nadar bem. É muito bom nadar entre os melhores e com os melhores. Consegui aplicar tudo o que treinei. Estou muito feliz. No futuro, acho que posso nadar para o recorde mundial nesta prova. Eu me vejo fazendo isso. É o meu objetivo, com certeza. Estou muito mais maduro e vou sair de Tóquio realizado", afirmou o catarinense, que perdeu a perna e o braço esquerdos após ser atropelado por um trem aos 9 anos.
 
O mineiro Gabriel Geraldo, de 19 anos, conquistou sua segunda medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Após vencer os 200m livre (classe S2), o atleta também subiu ao lugar mais alto do pódio nos 50m costas com o tempo de 53s96, na manhã desta quinta-feira, 2, no Centro Aquático de Tóquio.
 
Gabriel Geraldo também já havia conquistado uma prata nos 100m costas, sendo o primeiro medalhista brasileiro nesta edição dos Jogos.
 
"As três medalhas têm um espaço especial no meu coração. Os 50m costas é uma prova rápida. A gente tem que aproveitar as vantagens e não podemos errar. Porque qualquer erro pode custar caro. Fico feliz por também poder mostrar minha alegria. Sempre estou sorrindo e dançando. É uma felicidade poder inspirar as crianças, com deficiência ou sem", disse Gabriel.
 
Com as duas medalhas de ouro desta quinta-feira, o país agora soma 22 medalhas na modalidade nesta edição dos Jogos: oito de ouro, cinco de prata e nove de bronze.
 
Outros resultados dos brasileiros nesta quarta-feira, 1º, quinta-feira, 2:
 
Laila Suzigan – 400m livre (S6)  – 5min38s72 – 8º lugar;
Ana Karolina Soares – 100m costas (S14) – 1min11s29 – 5º lugar;
José Ronaldo da Silva – 50m costas (S1) – 1min21s57 - 4º lugar;
Eric Tobera – 50m livre (S4) – 41s46 – 6º lugar;
Patrícia Pereira dos Santos - 50m livre (S4) – 41s56 - 4º lugar.
 
Atletismo
 
O paulista Alessandro Silva, 37, conquistou a medalha de ouro no lançamento de disco F11 (para cegos), no Estádio Olímpico de Tóquio. O lançador de Santo André ficou com o primeiro lugar no pódio após quebrar o seu próprio recorde paralímpico com a marca de 43,16m – a marca anterior era de 43,06m. A prata ficou para o iraniano Mahdi Olad e o bronze para o italiano Oney Tapia.
 
Esta é a segunda medalha do brasileiro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 – já havia conquistado a prata no arremesso de peso F11.
 
Alessandro era o favorito da prova, já que havia conquistado a medalha de ouro em todas as principais competições do último ciclo paralímpico. Foi campeão no lançamento de disco nos dois Mundiais da modalidade (Londres 2017 e Dubai 2019), no Parapan de Toronto 2015 e de Lima 2019, além do ouro nos Jogos do Rio 2016.
 
"Pressão e chuva! Tudo isso deu mais emoção para esta conquista. O Ayrton Senna ganhava na chuva e tem muito brasileiro que trabalha todo dia na chuva. A gente tem que se espelhar nessas pessoas", disse o medalhista.
 
Antes, a alagoana Marivana Oliveira faturou a medalha de prata no arremesso de peso (classe F35 – para atletas com paralisia cerebral). A atleta arremessou a 9,15m e fez a sua melhor marca na temporada. O ouro ficou com a ucraniana Mariia Pomazan (12,24m) e o bronze com a tcheca Anna Luxova (8,60m).
 
“Esperei cinco anos por esse dia. E a medalha veio logo no meu primeiro arremesso. Quero agradecer pela torcida de todos, meus treinadores. Agora vou voltar para Alagoas com a prata”, brincou Marivana. “Seguir trabalhando, com humildade sempre e seguir em busca de coisas maiores”, completou, emocionada, a atleta.
 
Depois foi a vez do rondoniense Mateus Evangelista conquistar o bronze no salto em distância (classe T37 – também para atletas com paralisia cerebral). Com a sua melhor marca no ano, o brasileiro ficou em terceiro lugar na prova ao saltar 6,05m, sendo superado pelo ucraniano Vladyslav  Zahrebelnyi, ouro com um salto de 6,59m, e pelo argentino Lionel Brian Impellizzeri, medalhista de prata (6,44m).
 
“Preciso agradecer a todo mundo. Esse ciclo foi diferente, mais longo, com cinco anos, mas cheguei muito bem aqui. Subir ao pódio de uma paralimpíada é muito importante”, comentou Evangelista. “Fiz o que vinha trabalhando nos treinos e o resultado veio. Agora é voltar com esse bronze para o Brasil”, completou o atleta.
 
Outros resultados
 
Leilane Moura mostrou regularidade no arremesso de peso (classe F33) e fez a marca de 5,61m, o que lhe rendeu a sexta colocação. A medalha de ouro ficou com a argelina Asmahane Bougjadar, com 7,10m.
 
Já Ana Cláudia Silva (classe T42) competiu na final do salto em distância. A brasileira terminou na décima colocação (3,63m). A campeã foi a australiana Vanessa Low, que quebrou o recorde mundial ao saltar 5,28m.
 
Parataekwondo
 
O Brasil conquistou a primeira medalha da história do parataekwondo em Jogos Paralímpicos. O paulista Nathan Torquato, da classe K44 até 61kg, subiu ao lugar mais alto do pódio, na manhã desta quinta-feira, 2, após chegar à final e vencer o egípcio Mohamed Elzayat, no Makuhari Messe Hall B.
 
A luta decisiva nem deveria ter acontecido. O egípcio sofreu uma lesão no rosto durante a semifinal e, por segurança, não voltaria para a final. Mas após uma longa indefinição, os atletas chegaram a subir na área de combate e, depois de um golpe do brasileiro, os médicos interromperam o duelo e confirmaram Nathan Torquato campeão.

“Essa medalha dourada é para o Brasil, para a minha família, para a minha equipe e para todos que torceram por mim. A estreia do  parataekwondo em Jogos Paralímpicos começa com o ouro", comemorou Nathan Torquato. "Apesar de ser novo (20 anos) já tenho 17 anos de história nesse esporte. Já lutei no convencional, depois fiz a migração para o paradesporto e foi a melhor escolha que fiz na minha vida”, completou o atleta.
 
A campanha dourada de Nathan teve três outras vitórias. Na estreia, vitória tranquila sobre Parfait Hakizimana, do time de refugiados, por 27 a 4. Nas quartas ele atropelou o japonês Mitsuya Tanaka por 58 a 24. Na semifinal o triunfo foi sobre o italiano Antonino Bossolo por 37 a 34.
 
Futebol de 5
 
O Brasil confirmou a hegemonia no futebol de 5 e está classificado para mais uma final dos Jogos Paralímpicos da modalidade. Em um jogo equilibrado e debaixo de muita chuva, os brasileiros venceram Marrocos por 1 a 0, com um gol contra, na semifinal. Enfrentam na disputa pelo ouro a arquirrival Argentina, no sábado, 4, às 5h30 (horário de Brasília), na busca pelo quinto ouro paralímpico consecutivo. As equipes vão repetir a decisão da estreia do futebol de 5 nos Jogos, em Atenas. Em 2004, o Brasil levou a melhor por 3 a 2 nos pênaltis, após empate sem gols no tempo regulamentar.
 
A seleção brasileira chega para essa decisão com uma campanha impecável: quatro vitórias, 12 gols marcados e nenhum sofrido na fase de grupos.
 
Invicto e único vencedor das quatro edições de Jogos Paralímpicos disputadas desde que a modalidade foi inserida no programa do torneio, em Atenas 2004, o Brasil acumula marcas históricas. Com o triunfo sobre Marrocos, nesta quinta-feira, 2, a equipe dirigida por Fábio Vasconcelos acumula um total de 53 gols marcados. Até agora são 26 jogos, com um total de 20 vitórias, seis empates e apenas quatro gols sofridos.
 
Goalball
 
O Brasil fez mais uma partida impecável contra a Lituânia, atual campeã paralímpica, e está na final do goalball masculino. O time bateu os europeus por 9 a 5, nesta quinta-feira, 2, e retornou à decisão dos Jogos após nove anos. Os gols foram marcados por Parazinho (6), Leomon (2) e Romário. Essa foi a segunda vitória sobre os adversários na capital japonesa, a primeira foi logo na estreia, e uma goleada por 11 a 2.
 
A briga pelo ouro inédito será contra a China, nesta sexta-feira, 3, às 7h30 (horário de Brasília). Os asiáticos venceram duas partidas e perderam outras duas na fase de grupos e passaram pelo Japão nas quartas de final, além dos Estados Unidos por 8 a 1 na semifinal.
 
O resultado em Tóquio já iguala a melhor campanha do Brasil no goalball masculino, quando foi medalha de prata em Londres 2012. A seleção perdeu a decisão para a Finlândia por 8 a 1. Quatro anos mais tarde, nos Jogos Rio 2016, o time ficou com o bronze.
 
No feminino, o Brasil vencia os Estados Unidos por 2 a 0, mas sofreu o empate nos segundos finais da partida. O jogo seguiu igual nos dois tempos da prorrogação, mas as brasileiras acabaram derrotadas nos pênaltis (3 a 2) após 11 cobranças. Agora, as brasileiras continuam na briga por uma inédita medalha diante do Japão, na sexta-feira, 3, à 1h15 (horário de Brasília), na decisão pelo bronze.
 
Bocha
 
Depois de um início muito ruim, com três derrotas em três jogos, o Brasil conseguiu a recuperação e venceu suas três partidas seguintes na bocha. O trio brasileiro da classe BC3, formado por Evani Calado, Evelyn de Oliveira e Mateus Carvalho, derrotou Portugal por 7 a 3. Na sequência, mais dois triunfos: 5 a 4 contra a Eslováquia na BC1/BC2 e 4 a 3 contra o Canadá na BC4. As disputas da modalidade entre equipes seguem até sábado, 4.
 
Resultados
 
Brasil 2 x 9 Portugal (BC1/BC2)
Brasil 3 x 7 Eslováquia (BC4)
Brasil 4 x 6 Grã-Bretanha (BC4)
Brasil 7 x 3 Portugal (BC3)
Brasil 5 x 4 Eslováquia (BC1/BC2)
Brasil 4 x 3 Canadá (BC4)
 
Parabadminton
 
Vitor Tavares estreou com vitória na primeira participação do badminton em uma edição de Jogos Paralímpicos. O brasileiro ganhou do malaio Didin Taresoh - após ter vencido o primeiro game por 21 a 13, Tavares manteve o ritmo para o segundo game, até que o rival acabou sentindo uma lesão e desistindo do confronto quando o placar da parcial era de 18 a 13.  
 
O paranaense de 22 anos compete na categoria SH6 (pessoas de baixa estatura, nanismo), e volta à quadra na madrugada desta sexta-feira, 3, às 3h20 (horário de Brasília), quando enfrenta o indiano Krishna Nagar pelo segundo jogo da fase de grupos.
 
Canoagem
 
A paracanoagem fez sua estreia em Tóquio na madrugada desta quinta-feira, 2, e foram disputadas as eliminatórias da modalidade no Sea Forest Waterway. O destaque do dia ficou para Fernando Rufino, no VL2, e Luis Carlos Cardoso, no KL1. Os brasileiros garantiram o primeiro lugar e, por isso, irão direto para a final.
 
Fernando Rufino foi  muito eficiente na água pela classe VL2, marcou o tempo de 57s02, e avançou em primeiro lugar. Ele teve como concorrente na bateria Luis Carlos Cardoso, quarto colocado e que precisará passar pela semifinal para brigar por medalha. Rufino também disputou a eliminatória do KL2 de 200 metros e ficou na segunda posição. O atleta vai disputar a semifinal do KL2 nesta quinta-feira, 2, a partir das 21h58 (horário de Brasília).
 
Além da disputa do VL2, Luis Carlos Cardoso foi muito bem no KL1 onde ficou em primeiro (49s84) e não precisará disputar a semifinal. A final também acontece nesta quinta-feira, às 22h54 (horário de Brasília).
 
Giovane Vieira de Paula e Caio Ribeiro disputaram as provas do KL3 e VL3. Ribeiro ficou na segunda posição da primeira bateria no KL3. Já Giovane, na segunda bateria, garantiu o sétimo lugar. Mas, mas no VL3, o brasileiro foi melhor e fez o terceiro tempo na primeira bateria da disputa. Caio ficou em quinto na segunda bateria da mesma categoria. As semifinais do VL3 acontecem a partir das 22h19 (horário de Brasília) desta quinta-feira.
 
Debora Benevides disputou o VL2 200 metros e ficou em quarto lugar (1min05s92). Ela vai disputar a semifinal nesta quinta-feira a partir das 21h44 (horário de Brasília).
 
Mari Santilli chegou na quarta posição do KL3 ao fazer o percurso de 200 metros em 54s34. Agora a curitibana volta para a semifinal na sexta-feira, 3, a partir das 22h12 (horário de Brasília). Adriana Azevedo disputou o KL1 e ficou na quinta colocação com o tempo de 1min04s55. Ela está na semifinal que também acontece sexta-feira, às 21h30.
 
Vôlei sentado
 
Na manhã desta quinta-feira (2), o Brasil acabou derrotado, de virada, para o Comitê Paralímpico Russo, por 3 sets a 1 (22/25, 25/21, 25/19 e 25/19), na semifinal do vôlei sentado masculino dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Mesmo com o resultado, os brasileiros seguem na briga pelo bronze e jogam neste sábado (4), às 2h (de Brasília). O adversário será a Bósnia.
 
Entre as mulheres, na última partida da fase classificatória, a Seleção Brasileira feminina de vôlei sentado venceu a Itália por 3 sets a 1 e garantiu a classificação para as semifinais como líder do Grupo A. A equipe está invicta na competição e encara os Estados Unidos, nesta sexta-feira, 3, às 6h30 (horário de Brasília), no Makuhari Messe Hall A.
 
Tiro com Arco
 
Após duas vitórias, Fabíola Dergovics acabou eliminada nas quartas de final (individual W2) do tiro com arco. A brasileira perdeu para Zahra Nemati por 7 a 1. A iraniana é a atual bi-campeã paralímpica da prova e busca em Tóquio o terceiro ouro consecutivo. A paulista ainda vai participar da disputa por equipes.
 
Ciclismo
 
A chuva não deu trégua para os atletas neste nono dia de competições. O circuito molhado e a baixa sensação térmica deixou a prova ainda mais exigente e disputada. A equipe brasileira competiu com Carlos Soares, na categoria MC1-3, e Ana Raquel, na WC4-5, ambas com 79,2km de percurso.
 
Estreante, Carlos Soares, de 26 anos, encerrou a sua participação em Tóquio com a 31ª colocação. Os britânicos Benjamin Watson e Finlay Graham, primeiro e segundo, comemoraram a dobradinha na categoria MC1-3. A medalha de bronze ficou com o francês Alexandre Leaute.
 
Entre as mulheres, na WC4-5, a brasileira Ana Raquel finalizou na 14ª colocação. A medalha de ouro foi conquistada pela alemã Sarah Storey, seguida pela sua compatriota Crystal Lane, com a prata, e a francesa Marie Patouillet, fechando o pódio com o bronze.
 
O paraciclismo brasileiro encerra a sua participação em Tóquio na noite desta quinta-feira, com os atletas Lauro Chaman e André Grizante brigando por medalhas nas categorias C4-5, a partir das 21h30 (horário de Brasília).
 
Patrocínios

 
A delegação brasileira tem o patrocínio das Loterias Caixa.
 
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3552/brasil-conquista-quatro-ouros-no-nono-dia-de-competicoes-de-toquio-e-se-aproxima-de-melhor-campanha-na-historia-dos-jogos-paralimpicos

Postado por Antônio

01/09/2021

Carol Santiago quebra outro recorde, conquista sua terceira medalha de ouro em Tóquio, e Brasil supera campanha nos Jogos do Rio

Carol Santiago vibra com mais uma conquista no Japão/Foto: Ale Cabral / CPB


A nadadora Carol Santiago faturou a sua terceira medalha de ouro em Tóquio na manhã desta quarta-feira, 1. Aos 36 anos e na sua primeira edição de Jogos Paralímpicos, a pernambucana subiu ao lugar mais alto do pódio na final dos 100m peito, pela classe S12 (para atletas com deficiência visual), com o tempo de 1min14s89, seguida por Daria Lukianenko, do Comitê Paralímpico Russo (1:17.55) e pela ucraniana Yaryna Matlo (1min20s31). 

A marca da atleta brasileira também valeu o novo recorde paralímpico, feito que ela também havia realizado na prova dos 50m livre. Na mesma prova dos 100m peito, pela classe S12, a paraense Lucilene Sousa, outra brasileira envolvida na disputa, terminou a sua participação na quinta colocação, com o tempo de 1min30s25. 

Além do ouro nos 100m peito, a atleta também venceu os 50m e os 100m livre. Carol ainda foi bronze nos 100m costas e prata no revezamento misto dos 4x100m livre - 49 pontos, ao lado de Wendell Belarmino (S11), Douglas Matera (S13) e Lucilene Sousa (S12). Ou seja, a pernambucana totaliza cinco medalhas na capital japonesa. 

Esta foi o 15º ouro da missão brasileira em Tóquio, superando o número de medalhas douradas conquistadas nos Jogos Rio 2016 (14) e ficando a seis do recorde estabelecido em Londres 2012 (21). 

Além das três medalhas de ouro de Carol, o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio no Japão com: Beth Gomes (lançamento de disco classe F52)Claudiney Batista (lançamento de disco na classe F56), Alana Maldonado (judô na categoria até 70kg)Mariana D'Andrea (halterofilismo na categoria até 73kg)Gabriel Bandeira (100m borboleta na classe S14)Gabriel Geraldo (200m livre na classe S2)Wendell Belarmino (50m na classe S11)Silvânia Costa (salto em distância na classe T11)Petrucio Ferreira (100m rasos na classe T47)Yeltsin Jacques (1.500m e 5.000m da classe T11) Wallace dos Santos (arremesso de peso pela classe F55).

Histórico
A pernambucana nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Praticou natação convencional até o fim de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico. Na seletiva brasileira de natação, em junho, Carol bateu o recorde mundial dos 50m livre.

Transmissão
Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 contam com a transmissão ao vivo dos canais SporTV e da TV Brasil.
 
Patrocínio
A delegação brasileira tem o patrocínio das Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte. https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3543/carol-santiago-quebra-outro-recorde-conquista-sua-terceira-medalha-de-ouro-em-toquio-e-brasil-supera-campanha-nos-jogos-do-rio

Postado por Antônio Brito

Abaixo Assinado para que as companhias aéreas brasileiras tenham cuidado ao transportar cadeiras de rodas! Assine!

Circula pelas redes sociais um Abaixo Assinado, que já obteve mais de 13 mil assinaturas para que as companhias aéreas respeitem as cadeiras de rodas das pessoas com deficiência. Acompanhe o conteúdo de mais essa campanha:

“Meu nome é Rafael, sou jornalista e ativista pelos direitos da pessoa com deficiência, pela diversidade, inclusão e acessibilidade digital. Quando eu tinha 27 anos, em 2011, sofri uma queda da escada do terceiro andar, fraturei a quinta vértebra cervical e uma lesão medular incompleta me deixou tetraplégico. 

Recentemente, me deparei com esse vídeo que viralizou mostrando uma jovem devastada depois de receber a notícia de que a companhia aérea Delta Airlines quebrou sua cadeira de rodas, deixando-a inutilizável. Esse tipo de coisa ocorre com muito mais frequência do que se pode imaginar, e para nós, cadeirantes, pegar um voo sempre é estressante, justamente pelo medo de que isso aconteça. 

Uma situação parecida já aconteceu comigo e por isso eu decidi criar essa petição, exigindo que as companhias aéreas deem a devida atenção e importância para as nossas cadeiras de rodas, que não são apenas meios de transporte, mas verdadeiras extensões de nossos corpos, são nossa mobilidade. 

Nós merecemos ter a segurança de pegar um voo sabendo que não vamos sair do avião e receber a notícia de que nossas pernas metafóricas foram quebradas. Nós merecemos respeito e cuidado! Nossas cadeiras de rodas são mais do que apenas objetos e não deveriam ser jogadas de qualquer maneira dentro do compartimento de cargas dos aviões. Exigimos que as companhias aéreas brasileiras se comprometam a ter um protocolo mais rígido de cuidado ao transportar nossas cadeiras de rodas. 

Assine essa petição e junte-se a essa luta! Por mais respeito com pessoas com deficiência e com nossas cadeiras de rodas! 

Para assinar, acesse https://www.change.org/p/ag%C3%AAncia-nacional-de-avia%C3%A7%C3%A3o-civil-anac-companhias-a%C3%A9reas-respeitem-nossas-cadeiras-de-rodas

Fonte. https://revistareacao.com.br/abaixo-assinado-para-que-as-companhias-aereas-brasileiras-tenham-cuidado-ao-transportar-cadeiras-de-rodas-assine/

Postado por Antônio Brito

Funcionário diagnosticado com deficiência na infância celebra cinco anos de trabalho no McDonald’s de Piracicaba

Até o último sábado, 28 de agosto, foi comemorada a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. A data tem como objetivo conscientizar a sociedade brasileira sobre as necessidades de organização social e de políticas públicas para promover a inclusão dessas pessoas e combater o preconceito e a discriminação. Atualmente, pessoas com deficiência intelectual e mental representam 8,3% do total de pessoas com deficiência que possuem trabalho formal no Brasil. No McDonald’s, que há pelo menos 35 anos atua de forma consistente na contratação de pessoas com deficiência, o total de colaboradores com deficiência intelectual ou mental representa 72% dos cerca de 1.500 funcionários com algum tipo de deficiência da rede.
Manoel Messias de Souza
Manoel Messias de Souza é um dos colaboradores da rede que representa bem a importância de boas oportunidades no mercado de trabalho. Há cinco anos ele atua na unidade da Avenida D. Francisca, no bairro da Vila Rezende, em Piracicaba. Manoel tem uma deficiência mental moderada, pois aos quatro meses teve uma broncopneumonia que, por um erro médico, evoluiu para o quadro atual. Ele começou a andar aos dois anos, as primeiras palavras vieram com sete e foi aos 36 anos que ele conseguiu seu primeiro emprego ao conquistar uma vaga no McDonald’s.
No restaurante, Manoel já atuou em diversas estações de trabalho e está sempre disposto a aprender mais. Para ele, seu trabalho é uma alegria e se sente realizado em poder ajudar e desempenhar bem suas funções. Ele que tinha dificuldades de socialização, comunicação e de assumir responsabilidades, hoje é outra pessoa. Segundo sua mãe, Maria do Bonsucesso Alves de Souza, “Todas essas barreiras foram derrubadas desde que começou a trabalhar no restaurante, em 2016. Graças ao McDonald’s ter aberto suas portas para o meu filho, sou uma mãe muito grata e meu coração transborda de alegria ao falar desses cinco anos”, conta, emocionada, Maria.
E neste ano, ao comemorar cinco anos de casa, Manoel ganhou uma festa especial de sua mãe, que também presenteou seus colegas de trabalho com uma caneca personalizada e uma carta de agradecimento.
Rede está com vagas abertas
Atualmente, o McDonald’s possui 200 vagas em todo o Brasil – 60 estão em São Paulo, 50 no Rio de Janeiro e 90 nos demais estados, principalmente Norte e Nordeste. A rede, que tem como um de seus pilares de atuação a inclusão, é pioneira na empregabilidade de pessoas com deficiência, com um programa de contratação que foi criado mesmo antes da Lei de Inclusão Social ser aprovada em 2004. Ao ingressar na companhia, as pessoas com deficiência recebem um olhar individualizado e possuem treinamentos adaptados pensados para a sua segurança. Não existe tempo limite para a aprendizagem ou cobrança para que aprendam a atuar em todas as estações de trabalho. Durante a execução do programa de treinamento, são observadas em quais funções a pessoa tem mais habilidade e, portanto, em quais poderá melhor se desenvolver. Os interessados podem se inscrever através do link: https://portal.kenoby.com/mcdonalds/.

Fonte. https://revistareacao.com.br/funcionario-diagnosticado-com-deficiencia-na-infancia-celebra-cinco-anos-de-trabalho-no-mcdonalds-de-piracicaba/

Postado por Antônio Brito