02/09/2021

Atlas 2021 destaca números sobre a VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Estadão

O Atlas da Violência 2021 foi publicado nos últimos dias. A publicação é de responsabilidade do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Fundação pública vinculada ao Ministério da Economia. O Instituto fornece suporte técnico e institucional às ações governamentais — possibilitando a formulação de inúmeras políticas públicas e programas de desenvolvimento brasileiros — e disponibiliza, para a sociedade, pesquisas e estudos realizados por seus técnicos.

Os dados publicados pelo Atlas da Violência 2021 foram gerados em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) no âmbito do Programa Executivo de Cooperação entre a CEPAL e o IPEA em “Políticas Públicas para o Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Brasil e da América Latina orientadas pela Agenda 2030 das Nações Unidas e pelas propostas dos desafios para a Nação Brasileira do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada”.

De acordo com o órgão “neste Atlas da Violência 2021, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) contaram com a parceria do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Como realizado nas últimas edições, buscou-se retratar a violência no Brasil principalmente a partir dos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. Na análise dos dados do SIM, verificou-se um importante aumento das mortes violentas por causa indeterminada no ano de 2019, que traz, entre outros pontos que serão tratados, implicações para a comparabilidade entre os anos do período analisado. As análises dos dados de violência do Sinan, realizadas nas seções de violência contra a população LGBTQI+ e de violência contra pessoas com deficiência, foram centradas nos registros de violências cometidas por terceiros, excluindo-se assim os casos de agressão auto infligida, ou seja, em que a vítima também foi registrada como uma das autoras da violência. Como se verá a seguir, há duas novas seções neste ano, tratando da violência que atinge duas populações específicas: pessoas com deficiências e pessoas indígenas. Ao introduzir esses novos temas, considerou-se oportuno iniciar as seções com elementos relevantes para a compreensão da violência sofrida por esses grupos. No primeiro caso, foi inicialmente recuperada a própria evolução do conceito de deficiência, pois isso impacta a identificação e a mensuração da população com deficiência. No segundo, é brevemente apresentada a questão da identidade das pessoas de povos indígenas e se indica que a violência física não dá conta de toda violência étnico-racial e simbólica sofrida por essa população desde o nascimento do Brasil”.

O Atlas destaca números sobre a VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA:

  • A evolução do conceito de deficiência e os limites das estatísticas
  • As pessoas com deficiência e a violência
  • Taxas de notificações de violências contra pessoas com deficiência
  • Análise exploratória das notificações de violências contra pessoas com deficiência: contexto/autoria e natureza da violência

Confira um resumo da publicação em relação a violência contra a pessoa com deficiência.

VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 

A violência contra pessoas com deficiência é um tema ainda pouco estudado no Brasil. Não obstante, estudos indicam haver uma forte correlação entre violência e deficiência, seja pela contribuição da violência para a ocorrência de deficiência, seja pelo fato de pessoas com deficiência estarem mais expostas a sofrer violência (BRASIL, 2020b).

Nesta edição do Atlas da Violência há um esforço adicional para tratar desse campo, ainda que reconhecendo as mudanças recentes no conceito de deficiência e os limites das estatísticas sobre o tema no Brasil. Assim, são apresentadas, nesta seção, as taxas de notificações de violências e os resultados de análise exploratória dos dados da saúde (Viva-Sinan) sobre as notificações de violência contra pessoas com deficiência, para o ano de 2019.

A evolução do conceito de deficiência e os limites das estatísticas

Segundo a “Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência” (CIDPD; Decreto Nº 6.949/09): pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas (Art. 1º). A convenção também indica que deficiência é um conceito em evolução, apontando a mudança de uma definição ‘médica’, baseada em um diagnóstico sobretudo corporal, para uma definição ‘biopsicossocial’.

A mudança afeta a forma de identificação e mensuração da população com deficiência. Até 2001, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adotava a Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CIDID) (Ministerio de Asuntos Sociales, 1994) de 1980, baseada em um conceito de deficiência que se refere às “anormalidades de estrutura corporal e de aparência, e de função de um órgão ou sistema, qualquer que seja a sua causa”, definindo as deficiências como transtornos a nível de órgão. Porém, a partir de 2001, a OMS passou a adotar o manual “Classificação Internacional de Funcionalidades” (CIF) (WHO, 2013), baseado na abordagem biopsicossocial, no qual o diagnóstico da deficiência integra três dimensões, a saber: a biomédica, a psicológica e a social (Farias; Buchalla, 2005). Em termos práticos, enquanto na dimensão médica as deficiências são definidas a partir de parâmetros físico-corporais, no conceito biopsicossocial, a definição parte das ‘funcionalidades’ acessadas por meio das atividades que as pessoas podem ou não realizar, como por exemplo “não conseguir enxergar, mesmo usando óculos”, ou “ter dificuldade em se comunicar na sua língua mãe, compreender ou ser compreendido pelos outros”32. Neste Atlas, busca-se dimensionar a violência contra pessoas com deficiência, sendo importante verificar tanto os números absolutos quanto as taxas por habitantes, que permitem a comparação entre os diferentes grupos. Por isso, serão utilizadas duas bases de dados que, apesar de fundamentadas fortemente na dimensão médica, incorporam nos seus instrumentos elementos com características biopsicossociais, principalmente quanto à identificação da deficiência intelectual.

A primeira base de dados provém do Sinan, que incorpora o esforço do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva), do Ministério da Saúde, em identificar os casos relativos às violências interpessoais e autoprovocadas atendidos nos serviços de saúde públicos e privados, a partir da notificação compulsória de violência pelos profissionais de saúde. Ressalva-se que, como o foco do Atlas da Violência tem sido sobre violências interpessoais, não foram consideradas as violências autoprovocadas no presente estudo, não constando no conceito aqui utilizado de violência contra pessoas com deficiência e nem nos dados que serão apresentados aqui.

Acrescenta-se que, no Viva-Sinan, para que a pessoa seja considerada deficiente é preciso que haja informação (sendo desnecessária a comprovação documental) sobre diagnóstico clínico emitido por profissional de saúde habilitado, não sendo aceito registrar suposições ou hipóteses pessoais ou de familiares, o que reforça a dimensão biomédica da identificação. Esses dados representam apenas uma parte das ocorrências de violência: aquela que é efetivamente notificada. Cabe indicar que a notificação depende de a vítima procurar ou ser levada à unidade de saúde, e de a violência ser identificada e registrada pelos profissionais de saúde. Quando da procura pela vítima, nota-se que vítimas com deficiência podem apresentar maior dificuldade para a percepção e compreensão das situações de abuso (BRASIL, 2020b). A identificação e o registro nas unidades de saúde, por sua vez, estão relacionados ao grau de organização local da vigilância em saúde, incluindo a integração das redes de saúde, educação, segurança pública e assistência social. Importante também indicar que a base é constituída por notificações e não por vítimas, ou seja, pode ocorrer em um ano mais de uma notificação para a mesma vítima. O Viva-Sinan tem expandido sua cobertura nos últimos anos, passando de 38% dos municípios do país com registros no sistema em 2011, para 79,2%, em 2019.

No caso das notificações de violências interpessoais contra pessoas com deficiência, os registros passaram de 3,0 mil para 7,6 mil casos no mesmo período. Ainda assim, uma parte das UFs, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, apresenta níveis elevados de subnotificação (BRASIL, 2020a). Em vista disso, neste trabalho esses dados não foram utilizados para avaliar a evolução das notificações de violências ao longo do tempo, nem tampouco para comparações inter-regionais ou estaduais. A segunda base de dados utilizada é a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, realizada pelo IBGE, que buscou produzir dados sobre a situação de saúde da população brasileira, inclusive das pessoas com deficiência, a partir da declaração dos entrevistados. Dessa forma, há uma importante diferença entre as duas bases: enquanto na primeira, a deficiência é declarada pelo profissional da saúde, na segunda, a deficiência é declarada pelo entrevistado (pessoa com deficiência ou familiar/responsável).

As pessoas com deficiência e a violência

Utilizando estas definições, a PNS estimou a população com deficiência no Brasil, em 2013. Para aquele ano, 6,2% da população possuía ao menos um dos quatro tipos de deficiência já mencionados (IBGE, 2015). Em números absolutos, eram 7,2 milhões de pessoas com deficiência visual (3,6% da população brasileira), 2,2 milhões com deficiência auditiva (1,1%), 2,6 milhões com deficiência física (1,3%) e 1,5 milhão de pessoas com deficiência intelectual inata ou adquirida ao longo da vida (0,8%, sendo que 1 milhão, ou 0,5%, já nasceu com essa deficiência). Em 2019, foram registrados 7.613 casos de violências contra pessoas com deficiência no sistema Viva-Sinan. Tais números consideram as pessoas que apresentavam pelo menos um dos quatro tipos de deficiência – física, intelectual, visual, auditiva –, de acordo com parâmetros médicos.

Taxas de notificações de violências contra pessoas com deficiência

Neste trabalho utilizou-se as duas fontes de dados mencionadas para a construção de uma “taxa de notificações de violências contra pessoas com deficiência” em relação à população do Brasil. Para isso, utilizou-se as proporções da população com deficiência estimadas pela PNS em 2013, para projetar a população com deficiência em 201939. Calculou-se, então, a taxa de notificações de violências, como o número de notificações no Viva-Sinan para cada 10 mil pessoas com deficiência, por tipo de deficiência e sexo. No caso de deficiência intelectual, há uma limitação nas fontes para o cálculo da taxa e o resultado deve ser visto com cuidado. Isto porque as notificações do Sinan, conforme as instruções do Viva, podem incluir pessoas com deficiência adquirida até os 18 anos, enquanto a população na PNS é de pessoas que nasceram com deficiência intelectual. Apesar disso, considerou-se importante manter o cálculo da taxa, de forma a ser uma referência das notificações de violências contra essas pessoas.

O indicador construído mostra taxas muito elevadas de notificações de violências contra pessoas com deficiência intelectual (36,2 notificações para cada 10 mil pessoas com deficiência intelectual), sobretudo mulheres, quando comparadas à população com outros tipos de deficiência. Essa sobretaxa está associada em alguma medida às notificações de casos de violência sexual. Cabe ainda notar que a maior taxa para violências contra pessoas com deficiência intelectual ocorre apesar de o registro do Sinan captar as deficiências intelectuais manifestadas até os 18 anos, um conceito mais abrangente que o dado da PNS, que só considera as pessoas que nasceram com a deficiência (Deficiência Intelectual 1). Por fim, para as demais pessoas com deficiência, os patamares são bem inferiores: foram 11,4 notificações de violências para cada 10 mil pessoas com deficiência física em 2019, caindo para 3,6 para pessoas com deficiência auditiva e 1,4 no caso de pessoas com deficiência visual. Por fim, de forma geral, as taxas de notificações de violências contra mulheres são mais de duas vezes superiores às de homens, exceto quando a vítima é pessoa com deficiência visual, quando a superioridade é inferior a 25%.

Análise exploratória das notificações de violências contra pessoas com deficiência: Contexto/autoria e natureza da violência

Feita esta apresentação das taxas de notificações, passa-se à análise exploratória dos casos de violências contra pessoas com deficiência. Tal análise será feita através da comparação de grupos de notificações por ‘contexto/ autoria’ e pela ‘natureza da violência’ perpetrada. Dentro destes grandes grupos, serão analisadas algumas características das vítimas, como tipo de deficiência, sexo e faixa etária. Os grupos de ‘contexto/autoria’ foram construídos a partir da própria classificação do instrutivo do Ministério da Saúde (BRASIL, 2016), que segue as definições da OMS para três grandes grupos de violência: violência autoprovocada ou auto infligida, violência interpessoal (doméstica e comunitária), e violência coletiva. A operacionalização dessa classificação depende do autor presumido da violência. No presente estudo, foram elaborados cinco grupos, por analogia, a partir dos autores presumidos identificados no Sinan.

A violência doméstica é a principal situação envolvendo violência interpessoal contra pessoas com deficiência, atingindo sobretudo as mulheres. Os dados de 2019 para os grupos de ‘contexto/autoria’  indicam, em termos gerais, que a violência doméstica representava mais de 58% das notificações de violência contra pessoas com deficiência, seguida por violência comunitária (24%). Em termos de sexo, a violência doméstica é ainda maior para as mulheres (61%), enquanto para os homens a violência comunitária é um pouco maior (26%)43. Analisando os grupos de ‘contexto/autoria’ a partir do tipo de deficiência, nota-se que a violência doméstica representa ao menos metade dos casos: 70% dos casos de pessoas com mais de uma deficiência, 65% dos registros para pessoas com deficiência física, 59% das notificações de pessoas com deficiência visual, 56% dos casos de violência contra pessoas com deficiência auditiva e 50% dos casos contra as pessoas com deficiência intelectual. Cabe notar que a notificação de violência doméstica é alta, mesmo considerando os obstáculos à notificação relacionados à natureza privada do local de ocorrência, à dinâmica do poder familiar ou tutelar e às relações de afeto entre vítima e agressor. Em termos de políticas públicas, isso é um alerta também para as equipes da Estratégia Saúde da Família, para os Conselhos Tutelares e para as escolas. Quanto às famílias, que têm um grande papel no cuidado e nas notificações desses casos de violência, esses dados de violências são um alerta para as ocorrências de casos de agressão ou negligência.

Acompanhe a publicação em sua íntegra, inclusive com tabelas e números em percentuais envolvendo as pessoas com deficiência. 

Acesse o Documento Aqui!

Fonte. https://revistareacao.com.br/atlas-2021-destaca-numeros-sobre-a-violencia-contra-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito

PCD: até dono de carro adaptado pagará IPVA em SP no próximo ano

Lei paulista limita isenção do IPVA para carros PCD a veículos adaptados, mas valor venal acima de R$ 70 mil anula o benefícioImagem: Shutterstock

Alessandro Reis

Do UOL, em São Paulo (SP)

01/09/2021 04h00Atualizada em 01/09/2021 18h59

Em vigor desde o começo deste ano, a Lei Estadual nº 17.293/20 restringe a isenção do IPVA em São Paulo para deficientes graves, cujo veículo é adaptado. Porém, liminar concedida em janeiro pela Justiça paulista proíbe a cobrança do imposto de contribuintes com deficiência que possuíam o benefício no exercício de 2020.

O efeito da decisão deixa de valer no fim deste ano. Dessa forma, em tese, cerca de 80% dos proprietários de carros PCD que eram elegíveis ao benefício no ano retrasado terão de pagar IPVA em 2022, segundo a Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo. Contudo, mesmo que nova decisão judicial estenda a suspensão da cobrança para 2022, deficientes donos de veículos mais novos terão de pagar o imposto mesmo assim - inclusive se o carro tiver alguma adaptação para ser conduzido.

O motivo é outro: a alta valorização dos carros novos, seminovos e usados desde o início da pandemia - especialmente neste ano, quando a falta de chips tem paralisado a produção de automóveis zero-quilômetro, "inflacionando" mais ainda os de segunda mão.

Em São Paulo, independentemente da Lei 17.293/20, a isenção do IPVA só é concedida para veículos cujo valor venal seja inferior a R$ 70 mil - mesmo teto para deficientes não pagarem ICMS na aquisição de automóvel novo, que não deve ser alterado até o fim deste ano pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária).

Em vez de sofrer depreciação, carros adquiridos no ano passado hoje têm valor de mercado consideravelmente maior do que tinham quando eram zero-quilômetro, dependendo da marca e do modelo.

De acordo com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), entre fevereiro de 2020, mês imediatamente anterior ao início da pandemia, e julho de 2021 os preços de automóveis zero-quilômetro subiram 19,9% em média.

Preço dos carros tem impacto direto no valor do IPVA

"Adquiri um Volkswagen T-Cross Sense 2020 em março do ano passado por R$ 54 mil, graças às isenções de ICMS e IPI. Na época, o preço "cheio" era de R$ 69.990 e atualmente o valor venal é superior a R$ 85 mil", conta o advogado Marcos Antonio da Silva, que é deficiente, mas não necessita de nenhuma adaptação no SUV.

Ativista em defesa dos direitos dos portadores de deficiência e consultor da Abridef (Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços de Tecnologia Assistiva), Silva terá de pagar os 4% da alíquota do IPVA referente a seu veículo em 2022.

Ele não entra no mérito do aumento nos preços, que lhe dá a certeza de que recolherá o tributo no ano que vem, mas faz críticas específicas à lei estadual, proposta pelo governo paulista no ano passado e aprovada pela Assembleia Legislativa, restringindo consideravelmente a isenção do imposto.

"Foi uma medida discriminatória, criada apenas para aumentar a arrecadação e fazer caixa, obrigando quase todos os deficientes a pagar IPVA e sem medidas concretas para combater fraudes. Muitas pessoas estão sem dinheiro para pagar o imposto, mas são obrigadas a ficar quatro anos com o carro para não recolher retroativamente as isenções recebidas na compra", protesta Marcos Antonio da Silva.

O advogado orienta os interessados a ingressarem com ação individual na Justiça para contestar a cobrança a partir de 2022 e nos anos seguintes.

Questionada, a secretaria do governo Doria informa que ainda não dispõe dos valores venais dos veículos que servirão de base de cálculo para o lançamento do IPVA 2022. "A tabela de valores venais deverá ser enviada pela Fipe ao Fisco paulista em novembro e publicada em dezembro de 2021", diz o órgão.

"A Administração Pública é regida pelo princípio da legalidade, devendo agir conforme a legislação vigente, que vincula a isenção de IPVA para PCD ao valor do veículo. Mesmo que haja alteração nos valores de comercialização de veículos em razão da atual conjuntura econômica no Brasil, o valor venal limite de R$ 70 mil para a isenção deve ser respeitado", complementa, por meio de nota, o governo paulista.

Reportagem de UOL Carros publicada na semana passada, com base nos preços médios praticados em agosto, comprova a alta expressiva em relação a 2020 e o impacto que isso terá no valor do IPVA em São Paulo.

No início deste ano, a Secretaria da Fazenda e Planejamento estimava ampliar a arrecadação em cerca de R$ 525 milhões com a nova lei, desconsiderando os novos carros PCD registrados no Estado ao longo de 2021.

Fonte. https://www.uol.com.br/carros/noticias/redacao/2021/09/01/pcd-ate-deficiente-com-carro-adaptado-vai-pagar-ipva-em-sp-no-proximo-ano.htm

Postado por Antônio Brito

Gabriel Geraldo conquista seu 2º ouro na natação em Tóquio e Brasil se aproxima de novo recorde em Jogos Paralímpicos

Ainda na piscina, Gabriel Geraldo comemora mais uma vitória em Tóquio/Foto:Miriam Jeske/CPB


O mineiro Gabriel Geraldo, de 19 anos, conquistou sua segunda medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Após vencer os 200m livre (classe S2), o atleta também subiu ao lugar mais alto do pódio nos 50m costas, com o tempo de 53s96, na manhã desta quinta-feira, 2, no Centro Aquático de Tóquio. 

Gabriel Geraldo também já havia conquistado uma prata nos 100m costas, sendo o primeiro medalhista brasileiro nesta edição dos Jogos. Na prova desta quinta-feira, a prata ficou com o chileno Alberto Abarza (57s76) e o bronze com Vladimir Danilenko, do Comitê Paralímpico Russo (59s47). 

"As três medalhas têm um espaço especial no meu coração. Os 50m costas é uma prova rápida. A gente tem que aproveitar as vantagens e não pode errar. Porque qualquer erro pode custar caro. Fico feliz por também poder mostrar minha alegria. Sempre estou sorrindo e dançando. É uma felicidade poder inspirar as crianças, com deficiência ou sem", disse Gabriel. 

Esta é a 18ª medalha de ouro brasileira na capital japonesa. Agora, faltam apenas três para o país igualar a melhor marca de medalhas douradas em uma única edição. O recorde de 21 ouros foi alcançado em Londres 2012. Em Tóquio, o Brasil também já alcançou a histórica marca de 100 medalhas de ouro na história dos Jogos Paralímpicos, após a vitória do fundista Yeltsin Jacques na prova dos 1.500m. 

Além das duas medalhas de ouro de Gabriel Geraldo, o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio no Japão com: Talisson Glock (400m livre na classe S6), Alessandro Silva (lançamento de disco na classe F11), Beth Gomes (lançamento de disco na classe F52), Claudiney Batista (lançamento de disco na classe F56), Alana Maldonado (judô na categoria até 70kg), Mariana D'Andrea (halterofilismo na categoria até 73kg), Gabriel Bandeira (100m borboleta na classe S14), Carol Santiago (100m peito, 50m e 100 m livre na classe S12), Wendell Belarmino (50m na classe S11), Silvânia Costa (salto em distância na classe T11), Petrucio Ferreira (100m rasos na classe T47), Yeltsin Jacques (1.500m e 5.000m na classe T11) e Wallace dos Santos (arremesso de peso na classe F55).

Histórico
Gabriel tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas, e conheceu a natação por meio de um professor de Educação Física da escola onde estudava, nos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG).

Principais conquistas
Além dos dois ouros e da prata nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, Gabriel conquistou as medalhas de ouro nos 50 e 100m livre, além do bronze nos 50m costas e nos 50m borboleta nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019. 

Transmissão
Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 contam com a transmissão ao vivo dos canais SporTV e da TV Brasil.

Patrocínio
A delegação brasileira tem o patrocínio das Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte. https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3550/gabriel-geraldo-conquista-seu-2o-ouro-na-natacao-em-toquio-e-brasil-se-aproxima-de-novo-recorde-em-jogos-paralimpicos

Postado por Antônio Brito

Brasil conquista quatro ouros no nono dia de competições de Tóquio e se aproxima de melhor campanha na história dos Jogos Paralímpicos

Nathan Torquato comemora a conquista da medalha de ouro em Tóquio/Foto: Rogério Capela/CPB

O nono dia de competições dos Jogos Paralímpicos de Tóquio foi recheado de medalhas de ouro para o Brasil. Talisson Glock e Gabriel Geraldo subiram ao lugar mais alto do pódio na natação ao vencerem os 400m livre (classe S6) e os 50m costas (classe S2), respectivamente. No atletismo, Alessandro Silva conquistou o bicampeonato no lançamento de disco (F11). Por fim, Nathan Torquato foi o primeiro campeão da história do parataekwondo na classe K44 para atletas até 61kg.
 
Esta foi a 19ª medalha de ouro brasileira na capital japonesa. Agora, faltam apenas duas para o país igualar a melhor marca de medalhas douradas em uma única edição. O recorde de 21 ouros foi alcançado em Londres 2012. Em Tóquio, o Brasil também já alcançou a histórica marca de 100 medalhas de ouro na história dos Jogos Paralímpicos, após a vitória do fundista Yeltsin Jacques na prova dos 1.500m, na terça-feira, 31.
 
As outras medalhas do dia vieram Marivana Oliveira, no arremesso de peso (classe F35) com a prata e Mateus Evangelista, no salto em distância (classe T37), com o bronze.
 
O Brasil soma agora 54 medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com 19 ouros, 13 pratas e 22 bronzes. Está na sexta colocação no quadro de medalhas geral. A China lidera com 77 ouros e 167 medalhas, com a Grã-Bretanha em seguida, com 96 medalhas, sendo 34 de ouro, e o Comitê Paralímpico Russo em terceiro lugar, com 32 medalhas de ouro e um total de 97 medalhas.
 
Natação
 
No penúltimo dia da natação nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, o Brasil conquistou mais duas medalhas de ouro na modalidade: o catarinense Talisson Glock venceu os 400m livre (classe S6 - atletas com comprometimento físico-motor), enquanto mineiro Gabriel Geraldo subiu ao lugar mais alto do pódio nos 50m costas (classe S2 - também para atletas com limitações físicas-motoras).
 
Na primeira prova da noite, Talisson fechou os 400m livre em 4min54s42, superando o italiano Antonio Fantin (4min55s70) e Viacheslav Lenskii, do Comitê Paralímpico Russo (5min04s84).
 
"Eu sabia que eu ia nadar bem. Não sabia o quanto, mas sabia que eu ia nadar bem. É muito bom nadar entre os melhores e com os melhores. Consegui aplicar tudo o que treinei. Estou muito feliz. No futuro, acho que posso nadar para o recorde mundial nesta prova. Eu me vejo fazendo isso. É o meu objetivo, com certeza. Estou muito mais maduro e vou sair de Tóquio realizado", afirmou o catarinense, que perdeu a perna e o braço esquerdos após ser atropelado por um trem aos 9 anos.
 
O mineiro Gabriel Geraldo, de 19 anos, conquistou sua segunda medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Após vencer os 200m livre (classe S2), o atleta também subiu ao lugar mais alto do pódio nos 50m costas com o tempo de 53s96, na manhã desta quinta-feira, 2, no Centro Aquático de Tóquio.
 
Gabriel Geraldo também já havia conquistado uma prata nos 100m costas, sendo o primeiro medalhista brasileiro nesta edição dos Jogos.
 
"As três medalhas têm um espaço especial no meu coração. Os 50m costas é uma prova rápida. A gente tem que aproveitar as vantagens e não podemos errar. Porque qualquer erro pode custar caro. Fico feliz por também poder mostrar minha alegria. Sempre estou sorrindo e dançando. É uma felicidade poder inspirar as crianças, com deficiência ou sem", disse Gabriel.
 
Com as duas medalhas de ouro desta quinta-feira, o país agora soma 22 medalhas na modalidade nesta edição dos Jogos: oito de ouro, cinco de prata e nove de bronze.
 
Outros resultados dos brasileiros nesta quarta-feira, 1º, quinta-feira, 2:
 
Laila Suzigan – 400m livre (S6)  – 5min38s72 – 8º lugar;
Ana Karolina Soares – 100m costas (S14) – 1min11s29 – 5º lugar;
José Ronaldo da Silva – 50m costas (S1) – 1min21s57 - 4º lugar;
Eric Tobera – 50m livre (S4) – 41s46 – 6º lugar;
Patrícia Pereira dos Santos - 50m livre (S4) – 41s56 - 4º lugar.
 
Atletismo
 
O paulista Alessandro Silva, 37, conquistou a medalha de ouro no lançamento de disco F11 (para cegos), no Estádio Olímpico de Tóquio. O lançador de Santo André ficou com o primeiro lugar no pódio após quebrar o seu próprio recorde paralímpico com a marca de 43,16m – a marca anterior era de 43,06m. A prata ficou para o iraniano Mahdi Olad e o bronze para o italiano Oney Tapia.
 
Esta é a segunda medalha do brasileiro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 – já havia conquistado a prata no arremesso de peso F11.
 
Alessandro era o favorito da prova, já que havia conquistado a medalha de ouro em todas as principais competições do último ciclo paralímpico. Foi campeão no lançamento de disco nos dois Mundiais da modalidade (Londres 2017 e Dubai 2019), no Parapan de Toronto 2015 e de Lima 2019, além do ouro nos Jogos do Rio 2016.
 
"Pressão e chuva! Tudo isso deu mais emoção para esta conquista. O Ayrton Senna ganhava na chuva e tem muito brasileiro que trabalha todo dia na chuva. A gente tem que se espelhar nessas pessoas", disse o medalhista.
 
Antes, a alagoana Marivana Oliveira faturou a medalha de prata no arremesso de peso (classe F35 – para atletas com paralisia cerebral). A atleta arremessou a 9,15m e fez a sua melhor marca na temporada. O ouro ficou com a ucraniana Mariia Pomazan (12,24m) e o bronze com a tcheca Anna Luxova (8,60m).
 
“Esperei cinco anos por esse dia. E a medalha veio logo no meu primeiro arremesso. Quero agradecer pela torcida de todos, meus treinadores. Agora vou voltar para Alagoas com a prata”, brincou Marivana. “Seguir trabalhando, com humildade sempre e seguir em busca de coisas maiores”, completou, emocionada, a atleta.
 
Depois foi a vez do rondoniense Mateus Evangelista conquistar o bronze no salto em distância (classe T37 – também para atletas com paralisia cerebral). Com a sua melhor marca no ano, o brasileiro ficou em terceiro lugar na prova ao saltar 6,05m, sendo superado pelo ucraniano Vladyslav  Zahrebelnyi, ouro com um salto de 6,59m, e pelo argentino Lionel Brian Impellizzeri, medalhista de prata (6,44m).
 
“Preciso agradecer a todo mundo. Esse ciclo foi diferente, mais longo, com cinco anos, mas cheguei muito bem aqui. Subir ao pódio de uma paralimpíada é muito importante”, comentou Evangelista. “Fiz o que vinha trabalhando nos treinos e o resultado veio. Agora é voltar com esse bronze para o Brasil”, completou o atleta.
 
Outros resultados
 
Leilane Moura mostrou regularidade no arremesso de peso (classe F33) e fez a marca de 5,61m, o que lhe rendeu a sexta colocação. A medalha de ouro ficou com a argelina Asmahane Bougjadar, com 7,10m.
 
Já Ana Cláudia Silva (classe T42) competiu na final do salto em distância. A brasileira terminou na décima colocação (3,63m). A campeã foi a australiana Vanessa Low, que quebrou o recorde mundial ao saltar 5,28m.
 
Parataekwondo
 
O Brasil conquistou a primeira medalha da história do parataekwondo em Jogos Paralímpicos. O paulista Nathan Torquato, da classe K44 até 61kg, subiu ao lugar mais alto do pódio, na manhã desta quinta-feira, 2, após chegar à final e vencer o egípcio Mohamed Elzayat, no Makuhari Messe Hall B.
 
A luta decisiva nem deveria ter acontecido. O egípcio sofreu uma lesão no rosto durante a semifinal e, por segurança, não voltaria para a final. Mas após uma longa indefinição, os atletas chegaram a subir na área de combate e, depois de um golpe do brasileiro, os médicos interromperam o duelo e confirmaram Nathan Torquato campeão.

“Essa medalha dourada é para o Brasil, para a minha família, para a minha equipe e para todos que torceram por mim. A estreia do  parataekwondo em Jogos Paralímpicos começa com o ouro", comemorou Nathan Torquato. "Apesar de ser novo (20 anos) já tenho 17 anos de história nesse esporte. Já lutei no convencional, depois fiz a migração para o paradesporto e foi a melhor escolha que fiz na minha vida”, completou o atleta.
 
A campanha dourada de Nathan teve três outras vitórias. Na estreia, vitória tranquila sobre Parfait Hakizimana, do time de refugiados, por 27 a 4. Nas quartas ele atropelou o japonês Mitsuya Tanaka por 58 a 24. Na semifinal o triunfo foi sobre o italiano Antonino Bossolo por 37 a 34.
 
Futebol de 5
 
O Brasil confirmou a hegemonia no futebol de 5 e está classificado para mais uma final dos Jogos Paralímpicos da modalidade. Em um jogo equilibrado e debaixo de muita chuva, os brasileiros venceram Marrocos por 1 a 0, com um gol contra, na semifinal. Enfrentam na disputa pelo ouro a arquirrival Argentina, no sábado, 4, às 5h30 (horário de Brasília), na busca pelo quinto ouro paralímpico consecutivo. As equipes vão repetir a decisão da estreia do futebol de 5 nos Jogos, em Atenas. Em 2004, o Brasil levou a melhor por 3 a 2 nos pênaltis, após empate sem gols no tempo regulamentar.
 
A seleção brasileira chega para essa decisão com uma campanha impecável: quatro vitórias, 12 gols marcados e nenhum sofrido na fase de grupos.
 
Invicto e único vencedor das quatro edições de Jogos Paralímpicos disputadas desde que a modalidade foi inserida no programa do torneio, em Atenas 2004, o Brasil acumula marcas históricas. Com o triunfo sobre Marrocos, nesta quinta-feira, 2, a equipe dirigida por Fábio Vasconcelos acumula um total de 53 gols marcados. Até agora são 26 jogos, com um total de 20 vitórias, seis empates e apenas quatro gols sofridos.
 
Goalball
 
O Brasil fez mais uma partida impecável contra a Lituânia, atual campeã paralímpica, e está na final do goalball masculino. O time bateu os europeus por 9 a 5, nesta quinta-feira, 2, e retornou à decisão dos Jogos após nove anos. Os gols foram marcados por Parazinho (6), Leomon (2) e Romário. Essa foi a segunda vitória sobre os adversários na capital japonesa, a primeira foi logo na estreia, e uma goleada por 11 a 2.
 
A briga pelo ouro inédito será contra a China, nesta sexta-feira, 3, às 7h30 (horário de Brasília). Os asiáticos venceram duas partidas e perderam outras duas na fase de grupos e passaram pelo Japão nas quartas de final, além dos Estados Unidos por 8 a 1 na semifinal.
 
O resultado em Tóquio já iguala a melhor campanha do Brasil no goalball masculino, quando foi medalha de prata em Londres 2012. A seleção perdeu a decisão para a Finlândia por 8 a 1. Quatro anos mais tarde, nos Jogos Rio 2016, o time ficou com o bronze.
 
No feminino, o Brasil vencia os Estados Unidos por 2 a 0, mas sofreu o empate nos segundos finais da partida. O jogo seguiu igual nos dois tempos da prorrogação, mas as brasileiras acabaram derrotadas nos pênaltis (3 a 2) após 11 cobranças. Agora, as brasileiras continuam na briga por uma inédita medalha diante do Japão, na sexta-feira, 3, à 1h15 (horário de Brasília), na decisão pelo bronze.
 
Bocha
 
Depois de um início muito ruim, com três derrotas em três jogos, o Brasil conseguiu a recuperação e venceu suas três partidas seguintes na bocha. O trio brasileiro da classe BC3, formado por Evani Calado, Evelyn de Oliveira e Mateus Carvalho, derrotou Portugal por 7 a 3. Na sequência, mais dois triunfos: 5 a 4 contra a Eslováquia na BC1/BC2 e 4 a 3 contra o Canadá na BC4. As disputas da modalidade entre equipes seguem até sábado, 4.
 
Resultados
 
Brasil 2 x 9 Portugal (BC1/BC2)
Brasil 3 x 7 Eslováquia (BC4)
Brasil 4 x 6 Grã-Bretanha (BC4)
Brasil 7 x 3 Portugal (BC3)
Brasil 5 x 4 Eslováquia (BC1/BC2)
Brasil 4 x 3 Canadá (BC4)
 
Parabadminton
 
Vitor Tavares estreou com vitória na primeira participação do badminton em uma edição de Jogos Paralímpicos. O brasileiro ganhou do malaio Didin Taresoh - após ter vencido o primeiro game por 21 a 13, Tavares manteve o ritmo para o segundo game, até que o rival acabou sentindo uma lesão e desistindo do confronto quando o placar da parcial era de 18 a 13.  
 
O paranaense de 22 anos compete na categoria SH6 (pessoas de baixa estatura, nanismo), e volta à quadra na madrugada desta sexta-feira, 3, às 3h20 (horário de Brasília), quando enfrenta o indiano Krishna Nagar pelo segundo jogo da fase de grupos.
 
Canoagem
 
A paracanoagem fez sua estreia em Tóquio na madrugada desta quinta-feira, 2, e foram disputadas as eliminatórias da modalidade no Sea Forest Waterway. O destaque do dia ficou para Fernando Rufino, no VL2, e Luis Carlos Cardoso, no KL1. Os brasileiros garantiram o primeiro lugar e, por isso, irão direto para a final.
 
Fernando Rufino foi  muito eficiente na água pela classe VL2, marcou o tempo de 57s02, e avançou em primeiro lugar. Ele teve como concorrente na bateria Luis Carlos Cardoso, quarto colocado e que precisará passar pela semifinal para brigar por medalha. Rufino também disputou a eliminatória do KL2 de 200 metros e ficou na segunda posição. O atleta vai disputar a semifinal do KL2 nesta quinta-feira, 2, a partir das 21h58 (horário de Brasília).
 
Além da disputa do VL2, Luis Carlos Cardoso foi muito bem no KL1 onde ficou em primeiro (49s84) e não precisará disputar a semifinal. A final também acontece nesta quinta-feira, às 22h54 (horário de Brasília).
 
Giovane Vieira de Paula e Caio Ribeiro disputaram as provas do KL3 e VL3. Ribeiro ficou na segunda posição da primeira bateria no KL3. Já Giovane, na segunda bateria, garantiu o sétimo lugar. Mas, mas no VL3, o brasileiro foi melhor e fez o terceiro tempo na primeira bateria da disputa. Caio ficou em quinto na segunda bateria da mesma categoria. As semifinais do VL3 acontecem a partir das 22h19 (horário de Brasília) desta quinta-feira.
 
Debora Benevides disputou o VL2 200 metros e ficou em quarto lugar (1min05s92). Ela vai disputar a semifinal nesta quinta-feira a partir das 21h44 (horário de Brasília).
 
Mari Santilli chegou na quarta posição do KL3 ao fazer o percurso de 200 metros em 54s34. Agora a curitibana volta para a semifinal na sexta-feira, 3, a partir das 22h12 (horário de Brasília). Adriana Azevedo disputou o KL1 e ficou na quinta colocação com o tempo de 1min04s55. Ela está na semifinal que também acontece sexta-feira, às 21h30.
 
Vôlei sentado
 
Na manhã desta quinta-feira (2), o Brasil acabou derrotado, de virada, para o Comitê Paralímpico Russo, por 3 sets a 1 (22/25, 25/21, 25/19 e 25/19), na semifinal do vôlei sentado masculino dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Mesmo com o resultado, os brasileiros seguem na briga pelo bronze e jogam neste sábado (4), às 2h (de Brasília). O adversário será a Bósnia.
 
Entre as mulheres, na última partida da fase classificatória, a Seleção Brasileira feminina de vôlei sentado venceu a Itália por 3 sets a 1 e garantiu a classificação para as semifinais como líder do Grupo A. A equipe está invicta na competição e encara os Estados Unidos, nesta sexta-feira, 3, às 6h30 (horário de Brasília), no Makuhari Messe Hall A.
 
Tiro com Arco
 
Após duas vitórias, Fabíola Dergovics acabou eliminada nas quartas de final (individual W2) do tiro com arco. A brasileira perdeu para Zahra Nemati por 7 a 1. A iraniana é a atual bi-campeã paralímpica da prova e busca em Tóquio o terceiro ouro consecutivo. A paulista ainda vai participar da disputa por equipes.
 
Ciclismo
 
A chuva não deu trégua para os atletas neste nono dia de competições. O circuito molhado e a baixa sensação térmica deixou a prova ainda mais exigente e disputada. A equipe brasileira competiu com Carlos Soares, na categoria MC1-3, e Ana Raquel, na WC4-5, ambas com 79,2km de percurso.
 
Estreante, Carlos Soares, de 26 anos, encerrou a sua participação em Tóquio com a 31ª colocação. Os britânicos Benjamin Watson e Finlay Graham, primeiro e segundo, comemoraram a dobradinha na categoria MC1-3. A medalha de bronze ficou com o francês Alexandre Leaute.
 
Entre as mulheres, na WC4-5, a brasileira Ana Raquel finalizou na 14ª colocação. A medalha de ouro foi conquistada pela alemã Sarah Storey, seguida pela sua compatriota Crystal Lane, com a prata, e a francesa Marie Patouillet, fechando o pódio com o bronze.
 
O paraciclismo brasileiro encerra a sua participação em Tóquio na noite desta quinta-feira, com os atletas Lauro Chaman e André Grizante brigando por medalhas nas categorias C4-5, a partir das 21h30 (horário de Brasília).
 
Patrocínios

 
A delegação brasileira tem o patrocínio das Loterias Caixa.
 
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3552/brasil-conquista-quatro-ouros-no-nono-dia-de-competicoes-de-toquio-e-se-aproxima-de-melhor-campanha-na-historia-dos-jogos-paralimpicos

Postado por Antônio

01/09/2021

Carol Santiago quebra outro recorde, conquista sua terceira medalha de ouro em Tóquio, e Brasil supera campanha nos Jogos do Rio

Carol Santiago vibra com mais uma conquista no Japão/Foto: Ale Cabral / CPB


A nadadora Carol Santiago faturou a sua terceira medalha de ouro em Tóquio na manhã desta quarta-feira, 1. Aos 36 anos e na sua primeira edição de Jogos Paralímpicos, a pernambucana subiu ao lugar mais alto do pódio na final dos 100m peito, pela classe S12 (para atletas com deficiência visual), com o tempo de 1min14s89, seguida por Daria Lukianenko, do Comitê Paralímpico Russo (1:17.55) e pela ucraniana Yaryna Matlo (1min20s31). 

A marca da atleta brasileira também valeu o novo recorde paralímpico, feito que ela também havia realizado na prova dos 50m livre. Na mesma prova dos 100m peito, pela classe S12, a paraense Lucilene Sousa, outra brasileira envolvida na disputa, terminou a sua participação na quinta colocação, com o tempo de 1min30s25. 

Além do ouro nos 100m peito, a atleta também venceu os 50m e os 100m livre. Carol ainda foi bronze nos 100m costas e prata no revezamento misto dos 4x100m livre - 49 pontos, ao lado de Wendell Belarmino (S11), Douglas Matera (S13) e Lucilene Sousa (S12). Ou seja, a pernambucana totaliza cinco medalhas na capital japonesa. 

Esta foi o 15º ouro da missão brasileira em Tóquio, superando o número de medalhas douradas conquistadas nos Jogos Rio 2016 (14) e ficando a seis do recorde estabelecido em Londres 2012 (21). 

Além das três medalhas de ouro de Carol, o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio no Japão com: Beth Gomes (lançamento de disco classe F52)Claudiney Batista (lançamento de disco na classe F56), Alana Maldonado (judô na categoria até 70kg)Mariana D'Andrea (halterofilismo na categoria até 73kg)Gabriel Bandeira (100m borboleta na classe S14)Gabriel Geraldo (200m livre na classe S2)Wendell Belarmino (50m na classe S11)Silvânia Costa (salto em distância na classe T11)Petrucio Ferreira (100m rasos na classe T47)Yeltsin Jacques (1.500m e 5.000m da classe T11) Wallace dos Santos (arremesso de peso pela classe F55).

Histórico
A pernambucana nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Praticou natação convencional até o fim de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico. Na seletiva brasileira de natação, em junho, Carol bateu o recorde mundial dos 50m livre.

Transmissão
Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 contam com a transmissão ao vivo dos canais SporTV e da TV Brasil.
 
Patrocínio
A delegação brasileira tem o patrocínio das Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte. https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3543/carol-santiago-quebra-outro-recorde-conquista-sua-terceira-medalha-de-ouro-em-toquio-e-brasil-supera-campanha-nos-jogos-do-rio

Postado por Antônio Brito

Abaixo Assinado para que as companhias aéreas brasileiras tenham cuidado ao transportar cadeiras de rodas! Assine!

Circula pelas redes sociais um Abaixo Assinado, que já obteve mais de 13 mil assinaturas para que as companhias aéreas respeitem as cadeiras de rodas das pessoas com deficiência. Acompanhe o conteúdo de mais essa campanha:

“Meu nome é Rafael, sou jornalista e ativista pelos direitos da pessoa com deficiência, pela diversidade, inclusão e acessibilidade digital. Quando eu tinha 27 anos, em 2011, sofri uma queda da escada do terceiro andar, fraturei a quinta vértebra cervical e uma lesão medular incompleta me deixou tetraplégico. 

Recentemente, me deparei com esse vídeo que viralizou mostrando uma jovem devastada depois de receber a notícia de que a companhia aérea Delta Airlines quebrou sua cadeira de rodas, deixando-a inutilizável. Esse tipo de coisa ocorre com muito mais frequência do que se pode imaginar, e para nós, cadeirantes, pegar um voo sempre é estressante, justamente pelo medo de que isso aconteça. 

Uma situação parecida já aconteceu comigo e por isso eu decidi criar essa petição, exigindo que as companhias aéreas deem a devida atenção e importância para as nossas cadeiras de rodas, que não são apenas meios de transporte, mas verdadeiras extensões de nossos corpos, são nossa mobilidade. 

Nós merecemos ter a segurança de pegar um voo sabendo que não vamos sair do avião e receber a notícia de que nossas pernas metafóricas foram quebradas. Nós merecemos respeito e cuidado! Nossas cadeiras de rodas são mais do que apenas objetos e não deveriam ser jogadas de qualquer maneira dentro do compartimento de cargas dos aviões. Exigimos que as companhias aéreas brasileiras se comprometam a ter um protocolo mais rígido de cuidado ao transportar nossas cadeiras de rodas. 

Assine essa petição e junte-se a essa luta! Por mais respeito com pessoas com deficiência e com nossas cadeiras de rodas! 

Para assinar, acesse https://www.change.org/p/ag%C3%AAncia-nacional-de-avia%C3%A7%C3%A3o-civil-anac-companhias-a%C3%A9reas-respeitem-nossas-cadeiras-de-rodas

Fonte. https://revistareacao.com.br/abaixo-assinado-para-que-as-companhias-aereas-brasileiras-tenham-cuidado-ao-transportar-cadeiras-de-rodas-assine/

Postado por Antônio Brito

Funcionário diagnosticado com deficiência na infância celebra cinco anos de trabalho no McDonald’s de Piracicaba

Até o último sábado, 28 de agosto, foi comemorada a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. A data tem como objetivo conscientizar a sociedade brasileira sobre as necessidades de organização social e de políticas públicas para promover a inclusão dessas pessoas e combater o preconceito e a discriminação. Atualmente, pessoas com deficiência intelectual e mental representam 8,3% do total de pessoas com deficiência que possuem trabalho formal no Brasil. No McDonald’s, que há pelo menos 35 anos atua de forma consistente na contratação de pessoas com deficiência, o total de colaboradores com deficiência intelectual ou mental representa 72% dos cerca de 1.500 funcionários com algum tipo de deficiência da rede.
Manoel Messias de Souza
Manoel Messias de Souza é um dos colaboradores da rede que representa bem a importância de boas oportunidades no mercado de trabalho. Há cinco anos ele atua na unidade da Avenida D. Francisca, no bairro da Vila Rezende, em Piracicaba. Manoel tem uma deficiência mental moderada, pois aos quatro meses teve uma broncopneumonia que, por um erro médico, evoluiu para o quadro atual. Ele começou a andar aos dois anos, as primeiras palavras vieram com sete e foi aos 36 anos que ele conseguiu seu primeiro emprego ao conquistar uma vaga no McDonald’s.
No restaurante, Manoel já atuou em diversas estações de trabalho e está sempre disposto a aprender mais. Para ele, seu trabalho é uma alegria e se sente realizado em poder ajudar e desempenhar bem suas funções. Ele que tinha dificuldades de socialização, comunicação e de assumir responsabilidades, hoje é outra pessoa. Segundo sua mãe, Maria do Bonsucesso Alves de Souza, “Todas essas barreiras foram derrubadas desde que começou a trabalhar no restaurante, em 2016. Graças ao McDonald’s ter aberto suas portas para o meu filho, sou uma mãe muito grata e meu coração transborda de alegria ao falar desses cinco anos”, conta, emocionada, Maria.
E neste ano, ao comemorar cinco anos de casa, Manoel ganhou uma festa especial de sua mãe, que também presenteou seus colegas de trabalho com uma caneca personalizada e uma carta de agradecimento.
Rede está com vagas abertas
Atualmente, o McDonald’s possui 200 vagas em todo o Brasil – 60 estão em São Paulo, 50 no Rio de Janeiro e 90 nos demais estados, principalmente Norte e Nordeste. A rede, que tem como um de seus pilares de atuação a inclusão, é pioneira na empregabilidade de pessoas com deficiência, com um programa de contratação que foi criado mesmo antes da Lei de Inclusão Social ser aprovada em 2004. Ao ingressar na companhia, as pessoas com deficiência recebem um olhar individualizado e possuem treinamentos adaptados pensados para a sua segurança. Não existe tempo limite para a aprendizagem ou cobrança para que aprendam a atuar em todas as estações de trabalho. Durante a execução do programa de treinamento, são observadas em quais funções a pessoa tem mais habilidade e, portanto, em quais poderá melhor se desenvolver. Os interessados podem se inscrever através do link: https://portal.kenoby.com/mcdonalds/.

Fonte. https://revistareacao.com.br/funcionario-diagnosticado-com-deficiencia-na-infancia-celebra-cinco-anos-de-trabalho-no-mcdonalds-de-piracicaba/

Postado por Antônio Brito

31/08/2021

No dia do 100º ouro, Brasil iguala quantidade de campeões paralímpicos do Rio 2016

Yeltsin Jacques venceu os 1.500m (classe T11) e quebrou o recorde mundial/Foto: Rogério Capela/CPB

O sétimo dia de competições dos Jogos Paralímpicos de Tóquio foi especial para o Brasil. O país conquistou sua 100ª medalha de ouro na história da competição com o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques, do atletismo, na prova dos 1.500m (classe T11). Mas não parou por aí. Carol Santiago fez bonito e também ficou com o ouro nos 100m livre (classe S12). Assim, a delegação brasileira chegou a 14 medalhas douradas no Japão e igualou a marca obtida no Rio de Janeiro, em 2016. O país agora corre atrás do recorde estabelecido em Londres, em 2012 - 21 ouros.

As outras medalhas do dia vieram com Gabriel Bandeira, prata 200m medley SM14, mais uma prata no revezamento 4x100m livre - 49 pontos e os bronzes de Mariana Gesteira no 100m livre da classe S9 e Jardênia Barbosa da Silva nos 400m T20. O atletismo também teve mais um pódio com a prata de Raissa Rocha no lançamento de dardo F56.

O Brasil soma agora 42 medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com 14 ouros, 11 pratas e 17 bronzes. Está na sexta colocação no quadro de medalhas geral. A China lidera com 59 ouros e 129 medalhas, com a Grã-Bretanha em seguida, com 80 medalhas, sendo 29 de ouro, e o Comitê Paralímpico da Rússia, em terceiro lugar, com 25 medalhas de ouro e um total de 73 medalhas.

Atletismo

O atletismo foi responsável pela 100ª medalha de ouro do Brasil na história dos Jogos Paralímpicos. E ela veio com o fundista sul-mato-grossense Yeltsin Jacques, vencedor dos 1.500m T11 (atletas cegos), com quebra do recorde mundial da prova com o tempo de 3min57s60. O pódio foi completado pelo japonês Shinya Wada (4min05s27) e por Fedor Rudakov, do Comitê Paralímpico da Rússia (4min05s55).

"Hoje de manhã, o Bira [seu atleta-guia] comentou sobre a [possibilidade da] 100ª medalha de ouro do Brasil em Jogos Paralímpicos e isso me deu uma motivação especial. Ele disse que a gente iria fazer história mais uma vez”, recordou Yeltsin. Esta foi a segunda medalha de ouro do brasileiro na capital japonesa. O atleta ficou no topo do pódio na última quinta-feira, 26, na prova dos 5.000m T11.

Já no lançamento de dardo F56 (atletas cadeirantes), a baiana Raissa Rocha ficou com a prata ao lançar o dardo a 24,39m, atrás somente 11cm da iraniana Hashemiyeh Moavi Motaghian, que quebrou o recorde mundial da prova com um lançamento de 24,50m. O bronze ficou com Diana Dadzite, da Letônia (24,22m).

“Por pouquinho não foi medalha de ouro. Eu prometi, eu cumpri. Independentemente da medalha, eu estou levando uma para casa. Só tenho a agradecer. É muita gratidão”, comemorou Raissa, logo após a prova.

A última medalha do dia veio com Jardênia Barbosa da Silva na final dos 400m T20. Debaixo de chuva, a brasileira, de apenas 17 anos, conquistou o bronze ao cravar 57s43. O ouro ficou com a americana Breanna Clark (55s18) e a prata foi da ucraniana Yuliiia Shuliar (56s18).

“Não estou acreditando, é muita emoção. Só tenho que agradecer a minha família e a todos que me ajudaram nessa caminhada. Feliz demais com o resultado, pois ainda melhorou o meu tempo”, comemorou Jardênia, ainda sem fôlego, logo após a prova.

Outros resultados

Na manhã desta terça-feira, Rayane da Silva terminou na oitava colocação a final dos 100m T13 (atletas com baixa visão), com o tempo de 12s52. A medalha de ouro ficou com a espanhola Adiaratou Iglesias (11s96). A prata foi para Lamiya Valiyeva (11s99) e o bronze para Kym Crosby (12s08).

No salto em altura da classe T63, o brasileiro Flávio Reitz errou todas as suas tentativas a 1,80m e ficou fora da briga por medalhas.

O Brasil teve duas atletas desclassificadas e acabou sem medalhas nos 100 m rasos da classe T11 (atletas com deficiência visual). Jerusa Geber dos Santos, uma das favoritas, arrebentou a fita que a ligava ao guia Gabriel dos Santos e ficou fora. Os dois pararam na pista ainda nos metros iniciais. Recordista mundial da prova, a brasileira chorou muito com a eliminação.

Thalita Simplicio concluiu a prova em terceiro, com o tempo de 12s18. A arbitragem, porém, alegou que os dois soltaram a fita antes da chegada. Na classe T11, as atletas são totalmente cegas, correm com vendas e a presença do guia é obrigatória até cruzar a linha de chegada.

A medalha de ouro ficou com a venezuelana Linda Perez Lopez, com 12s05. Foi seu melhor tempo da vida, mas longe do recorde de Jerusa, 11s85. A prata foi para a chinesa Cuiqing Liu, com 12s15.

Na final dos 1.500m T53/54, Vanessa Cristina de Souza fez 3min30s55 e terminou na oitava colocação. O ouro ficou com a chinesa Zhaoqian Zhou (3min27s63). A prata foi da suíça Manuela Schaer (3min28s01) e o bronze da australiana Madison Rozario (3min28s24).

Michel Gustavo Abraham de Deus, do salto em distância na classe T47 (para amputados de braço), ficou em nono lugar (6,55m); enquanto Izabela Campos, do lançamento de disco na classe F11, ficou na sétima colocação (32,26m).

Natação

Depois de passar um dia em branco, sem medalhas, a natação voltou com força total nesta terça-feira, 31, no Centro Aquático de Tóquio. A pernambucana Carol Santiago conquistou mais um ouro nos Jogos Paralímpicos ao subir no lugar mais alto do pódio após vencer os 100m livre da classe S12 (para atletas com baixa visão). Com o resultado, o Brasil chegou a 14 medalhas douradas no Japão e igualou a marca obtida no Rio 2016. O país agora corre atrás do recorde estabelecido em Londres 2012 - 21 ouros.

Carol, que já havia conquistado o bronze nos 100m costas e o ouro nos 50m livre, ganhou os 100m livre com o tempo de 59s01, seguida por Daria Pikalova, do Comitê Paralímpico da Rússia (59s13) e pela britânica Hannah Russel (1min25s). Outra brasileira na prova, Lucilene Souza fechou a final em sexto lugar (1min02s42).

Na sequência, Gabriel Bandeira caiu na água e conquistou mais uma medalha para o Brasil. Depois de levar o ouro nos 100m borboleta, a prata nos 200m livre e o bronze no revezamento 4x100m misto, o paulista ficou com a prata nos 200m medley SM14 (para atletas com deficiência intelectual). Com o tempo de 2min09s56, o atleta foi superado pelo britânico Reece Dunn, que bateu o recorde mundial da prova (2min08s02). O ucraniano Vasyl Krainyk completou o pódio ao conquistar o bronze (2min09s92).

“Não esperava quatro medalhas, principalmente depois de ter ficado parado por um tempo chegando aqui (por causa de um caso de covid na delegação brasileira). A sensação no começo foi um pouco ruim, mas trabalhei a cabeça e refleti agora. Meu forte é o final da prova, aproveitei também bastante o submerso, e acho que deu certo”, afirmou Gabriel Bandeira.

Vale lembrar que, tanto Gabriel como Carol, quebraram recordes paralímpicos em Tóquio. O paulista conseguiu o feito ao terminar os 100m borboleta em 54s76, enquanto a pernambucana bateu a marca dos 50m livre em duas oportunidades: 26s87 nas eliminatórias e 26s82 na final.

Mariana Gesteira trouxe mais uma medalha para o Brasil na natação. A carioca conquistou o bronze nos 100m livre da classe S9, com o tempo de 1min03s39, apenas três centésimos na frente da britânica Toni Shaw, quarta colocada com 1min03s42. O ouro foi para a neo-zelandesa Sophie Pascoe (1min02s37) e a prata para Sarai Gascon (1min02s77).
“Por cinco anos, eu dormi e acordei pensando nisso. A gente sonha com esses momentos, mas quando acontece é surreal. Só tenho que agradecer a todo mundo que me ajudou a viver isso aqui hoje”, comemorou Mariana. “Tive muito apoio. Isso não estaria acontecendo se eu não tivesse uma comissão técnica enorme, muita gente por trás disso”, completou.

Na última prova da natação do dia, o Brasil conquistou mais uma medalha: prata no revezamento 4x100m livre - 49 pontos. Com um time formado por Wendell Belarmino (S11), Douglas Matera (S13), Lucilene Sousa (S12) e Carol Santiago (S12) - todos com deficiência visual -, o país só foi superado no fim pela equipe do Comitê Paralímpico da Rússia, que bateu o recorde paralímpico da prova (3min53s79). A Ucrânia completou o pódio com o tempo de 3min55s15.  

“Eu não costumo ficar nervoso nas minhas provas individuais, mas nesse revezamento o coração veio aqui na garganta (risos). Estou muito feliz com o resultado, porque sei que todo mundo deu o máximo dentro da piscina. As meninas foram incríveis e estou orgulhoso por dividir essa prova com esses três”, comemorou o brasiliense Wendell Belarmino.

Os times do Comitê Paralímpico da Rússia e da Ucrânia fizeram uma estratégia diferente do Brasil. O revezamento é composto por dois homens e duas mulheres e cada país escolhe sua ordem. Os brasileiros colocaram dois homens abrindo e abriu uma boa frente. No fim, russos e ucranianos tinham um homem fechando, enquanto o Brasil tinha Carol Santiago, que conseguiu ir muito bem e segurou a medalha de prata.

Outros resultados

Patrícia dos Santos, de 43 anos, bateu na trave e ficou na quarta colocação da final dos 50m peito da classe SB3, com o tempo de 1min01s82, apenas 22 centésimos atrás do pódio. A espanhola Marta Infante conquistou a medalha de ouro ao marcar 58s21. A prata foi para a atleta do Comitê Paralímpico Russo, Nataliia Butkova, com 1min00s54, e o bronze para Nely Herrera, do México, com 1min01s60.

Na final dos 400m livre na classe S8, o brasileiro Caio Amorim terminou na sexta colocação, com o tempo de 4min35s16. A medalha de ouro foi para Andrei Nikolaev (4min25a16), do Comitê Paralímpico Russo. O italiano Alberto Amodeo (4min25s93) ficou com a prata e o americano Mattew Torres (4min28s47) com o bronze.

Tênis de Mesa


O Brasil começou bem o torneio de equipes de tênis de mesa nos Jogos Paralímpicos. No início da madrugada desta terça, 31, no Ginásio Metropolitano de Tóquio, o time formado por Israel Stroh e Paulo Salmin venceu a equipe japonesa, composta por Masachita Inoue e Katsuyoshi Yagi, por 2 sets a 0, pelas oitavas de final da classe 6-7 masculina. Com o resultado, os brasileiros avançaram para a próxima fase e enfrentam os chineses. A partida válida pelas quartas de final terminou com vitória da China por 2 a 0.

O primeiro desafio dos brasileiros foi na partida de duplas. Stroh e Salmin adotaram uma estratégia agressiva e venceram o confronto por 3 sets a 1 (11/7, 2/11, 11/5 e 11/8). No segundo duelo, individual, Israel Stroh enfrentou Masachita Inoue e derrotou o japonês por 3 sets a 2 (10/12, 11/9, 7/11, 11/4 e 12/10).
Na classe 9-10 masculina, Luiz Filipe Manara e Carlos Carbinatti se despediram dos Jogos nas oitavas de final, diante dos australianos Ma Lin e Joel Coughlan. Na partida de duplas, vitória dos australianos por 3 a 0 (4/11, 6/11 e 5/11), placar que se repetiu no segundo confronto, de Carbinatti contra Ma Lin (3/11, 5/11 e 2/11). Desta forma, os australianos fecharam em 2 a 0.

Já nas quartas de final por equipes no feminino 6-8, o Brasil foi eliminado pelo Comitê Paralímpico Russo por 2 a 0. Milena Franca e Lethicia Lacerda perderam o jogo de duplas por 3 a 1 e, depois, Milena acabou derrotada na partida de simples por 3 a 0, definindo o revés brasileiro. Lethicia nem precisou jogar a partida de simples.

O Brasil perdeu por 2 a 1 para a Coreia do Sul nas quartas de final feminina por equipes, nas classes 1 e 3. O país foi representado por Cátia Cristina Oliveira e por Marliane Santos. O primeiro jogo durou apenas 20 minutos e Marliane sucumbiu diante de Jiyu Yoon (3 a 0). Na sequência, Cátia Cristina fez 3 a 1 em cima de Su Yeon Seo. Mas, nas duplas, vitória coreana por 3 a 2 e eliminação brasileira.

Bocha

O Brasil foi representado por quatro atletas na bocha na madrugada desta terça-feira, 31. O primeiro a entrar em quadra foi Maciel Santos (classe BC2), que derrotou Hiu Lam Yeung, do Hong Kong, por 6 a 5, nas quartas de final. Na semifinal, o brasileiro enfrentou o japonês Hidetaka Sugimura e perdeu por 3 a 2. Agora, Maciel vai disputar o bronze contra o tailandês Worawut Saengampa, ainda nesta terça-feira, 31, às 21h30 (de Brasília).

Também na semifinal, mas da classe BC1, José Carlos Chagas foi derrotado pelo britânico David Smith, por 7 a 4. Na disputa pelo bronze, ele vai encarar o português André Ramos. O jogo está marcado para esta terça-feira, a partir das 22h40.

Já Eliseu dos Santos (classe BC4) e Evelyn de Oliveira (classe BC3) foram derrotados nas quartas de final e estão eliminados da competição individual. Eliseu perdeu no tie-break para o chinês  Yuansen Zheng, após um empate por 3 a 3.  Evelyn, nossa porta-bandeira na cerimônia de abertura dos Jogos de Tóquio, foi derrotada por 9 a 1 pelo britânico Scott McCowan.

Goalball

O Brasil goleou a Turquia por 9 a 4, na manhã desta terça-feira, 31, pelas quartas de final do goalball masculino. Com o resultado, o time avançou para as semifinais e agora reencontra a Lituânia, atual campeã paralímpica, na próxima quinta-feira, 2, às 5h45 (horário de Brasília). Apesar da vitória arrasadora dos brasileiros por 11 a 2, logo na estreia em Tóquio, o histórico entre as duas seleções é de resultados apertados.

No feminino, O Brasil encara a China, também quinta-feira,2, às 5h45, pelas quartas de final do torneio.

Futebol de 5

O Brasil encerrou a sua participação na primeira fase da modalidade com outra goleada: 4 a 0 sobre a França - dois gols de Nonato, que chegou aos cinco gols na competição, e dois de Jardiel. Nos três jogos realizados até aqui, a Seleção já marcou 11 gols e ainda não sofreu nenhum. Agora, a equipe encara o Marrocos, na próxima sexta-feira,3, às 7h30 (horário de Brasília). Já a final será no sábado, 4, às 5h30 (de Brasília).

Resultados do Brasil na 1ª fase

Brasil 3 x 0 China
Brasil 4 x 0 Japão
Brasil 4 x 0 França

Vôlei Sentado

Foi no sufoco, mas a Seleção Brasileira masculina de vôlei sentado avançou para as semifinais dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Após estrear na competição com uma vitória por 3 sets a 1 contra a China, a equipe sofreu duas derrotas consecutivas (Irã e Alemanha) e conseguiu a classificação graças a uma vitória do Irã sobre a China por 3 sets a 0. 

Na madrugada desta terça-feira, 31, o time perdeu para os alemães por 3 sets a 1 (parciais 23/25, 25/22, 19/25 e 25/18), em 1h38min de partida. O maior pontuador brasileiro no jogo foi Giba, que anotou 17 pontos -  sendo 15 de ataque, um de bloqueio e um de saque. 

No feminino, o Brasil faz a sua última partida na primeira fase do grupo A na quarta-feira, 1º, contra a Itália, às 22h (horário de Brasília)


Ciclismo

Medalhista nos Jogos Rio 2016, em que conquistou a prata (estrada) e o bronze (contrarrelógio), o paulista Lauro Chaman chegou a liderar a prova do contrarrelógio (classe C5) no Japão, mas acabou superado no fim e terminou na quarta colocação, ficando, assim, sem medalha.

Outros resultados

Ana Raquel Lins – contrarrelógio C5 - ficou em 9º lugar (53min30s61)
Carlos Alberto Gomes Soares – contrarrelógio C1 - ficou em 8º lugar (28min13s44)    
Jady Martins Malavazzi – contrarrelógio H1-3 - ficou em 7º lugar (38min11s10)  
Lauro Chaman – contrarrelógio C5 - ficou em 4º lugar (43min44s37)
André Luiz Grizante – contrarrelógio C4 - ficou em 9º lugar (52min41s83)
 
Transmissão

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 contam com a transmissão ao vivo dos canais SporTV e da TV Brasil.

Patrocínio


A delegação brasileira tem o patrocínio das Loterias Caixa.
O paratletismo tem patrocínio da Braskem e das Loterias Caixa

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3537/no-dia-do-100o-ouro-brasil-iguala-quantidade-de-campeoes-paralimpicos-do-rio-2016

Postado por Antônio Brito

Inclusão na escola traz benefícios para a sociedade, apontam pesquisadores

Fabíola, mãe de Lucas, de 18 anos, ressalta o papel da Educação Inclusiva da rede pública na aprendizagem do filho. (Rômulo Chico/DP)
“O estudante com deficiência não atrapalha”, afirma a coordenadora do Centro de Estudos Inclusivos (CEI), do Departamento de Psicologia e Orientação Educacionais (DPOE), da Universidade Federal de Pernambuco(UFPE), Tícia Ferro. Amparada em evidências científicas, a pesquisadora, que desenvolve estudos na área de Educação Inclusiva, considera que a inclusão das pessoas com deficiência deve ocorrer nas escolas regulares.

De acordo com dados divulgados pela Secretaria Estadual de Educação e Esportes de Pernambuco, 1.057 unidades de ensino do estado possuem mais de 4 mil estudantes que estão registrados com deficiências, seja intelectual, auditiva, física, com baixa visão, cegueira, surdos, com transtorno de espectro autista ou com altas habilidades.

Fonte. https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/vidaurbana/2021/08/inclusao-na-escola-traz-beneficios-para-a-sociedade-apontam-pesquisad.html

Postado por Antônio Brito

Instituto MRV abre inscrições para edital Educar para Transformar

Após o lançamento do edital, o Instituto MRV abriu as inscrições para a 8ª edição do Educar para Transformar, uma chamada pública com voto popular para selecionar e colocar em prática projetos sociais transformadores na área da educação. A pandemia impôs uma série de desafios, sobretudo para a educação, por isso, o programa busca iniciativas de Organizações da Sociedade Civil (OSC) que atuem em parceria com escolas das redes públicas de ensino fundamental II e médio e que fortaleçam a educação, estimulando aprendizados e mudanças culturais em seus públicos diretos e indiretos.

Até 2020, as 7 edições do programa já tiveram 3.699 propostas inscritas, 46 projetos vencedores, 54 mil beneficiados diretamente, mais de R$ 3,2 milhões investidos. Entre os projetos contemplados em 2020, por exemplo, esteve o Educando e Transformando com a Horta em São José, desenvolvido pelo Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (Cepagro) para trabalhar a gestão de resíduos sólidos, a compostagem, a alimentação saudável por meio de hortas pedagógicas em escolas municipais da Grande Florianópolis (SC). Diante do desafio das escolas fechadas pela pandemia, o projeto seguiu com atividades on-line e vídeo aulas.

Em maio, as atividades presenciais foram retomadas. Além do caráter participativo, outra característica da metodologia de hortas pedagógicas do Cepagro implementada no projeto é criar diálogos entre as disciplinas escolares e o trabalho na horta. “Ao longo desses meses, as vivências da horta chegaram às famílias dos/as estudantes, que, por exemplo, estão separando os resíduos orgânicos em casa e trazendo para as escolas para fazer compostagem. É a transformação social e ambiental da educação acontecendo na prática”, conta Karina Smania de Lorenzi, engenheira agrônoma que coordena a iniciativa.

A 8ª edição selecionará cinco projetos que receberão aporte financeiro no valor de R$ 200 mil, capacitações e acompanhamento do Instituto MRV pelo período de dois anos. As capacitações e treinamentos contemplam comunicação, gestão, pessoas, comercial e social. Também serão disponibilizados os conteúdos do Instituto iungo, para auxílio no desenvolvimento dos professores, além de consultorias individuais e em grupo.

Os projetos devem desenvolver suas atividades com os professores, que aplicarão o conhecimento adquirido para os estudantes. Estes, por sua vez, serão protagonistas de um projeto que solucionará alguma problemática da escola ou da comunidade a qual pertencem. O Instituto MRV também incentiva as OSCs a desenvolverem a estratégia de um produto ou serviço, ou aperfeiçoarem algo já existente, que contribua com a captação de recursos para a própria organização, promovendo sustentabilidade financeira e maior autonomia para a continuidade de suas atividades. Os vencedores ainda serão acompanhados de perto pelas lideranças da MRV, para que eles compartilhem experiências e apoiem os projetos.

“Estamos em busca de boas ideias e projetos que sejam aplicáveis. A pandemia trouxe diversos desafios para todos os setores, sobretudo para a educação. Por isso, nós, do Instituto MRV, vamos apoiar iniciativas que impactem positivamente o ambiente escolar, promovendo a escola como comunidade de aprendizagem, com o objetivo de fortalecer o interesse dos jovens pelo conhecimento e as práticas pedagógicas dos professores por meio das Metodologias Ativas, que destaca o estudante como protagonista do seu próprio aprendizado ”, explica Eduardo Fischer, presidente do Instituto MRV.

As inscrições estão abertas até o dia 10 de setembro e podem ser feitas aqui: https://institutomrv.com.br/nossos-pilares/educar-para-transformar/inscricao/

Cada proposta será avaliada de acordo com critérios exigidos no edital por uma comissão formada pelos voluntários do Instituto MRV. Posteriormente, as propostas mais bem avaliadas são publicadas para uma votação popular, permitindo que os idealizadores mobilizem suas redes e comunidades a participarem da escolha do que melhor as representa. Por fim, as propostas mais bem votadas participam do Educar para Transformar.

Acesse e conheça: www.institutomrv.com.br.

Fonte. https://revistareacao.com.br/instituto-mrv-abre-inscricoes-para-edital-educar-para-transformar/

Postado por Antônio Brito