Jogadora de goalball Kátia Silva durante treino da Seleção Brasileira no Centro Paralímpico | Foto: Alê Cabral / CPB
Os Jogos Paralímpicos de Tóquio terão início no dia 24 de agosto. Para 37% dos atletas com deficiência convocados esta será a primeira participação na competição. O Brasil competirá em 20 das 22 modalidades contempladas pelo programa do megaevento.
Ao todo, foram 231 atletas com deficiência convocados, dos quais 87 serão estreantes em Jogos Paralímpicos. Assim, 47 homens e 40 mulheres vão disputar uma edição de Jogos pela primeira vez na vida.
“A ficha demorou a cair quando eu soube da convocação. Estou muito feliz, mas ainda tenho algumas inseguranças por toda a situação que o mundo vive, também porque eu nunca competi internacionalmente e não conheço as adversárias. Imagino que vai ser uma experiência muito diferente, por conta do ambiente, língua e tudo mais. Estou com um misto de emoções, principalmente felicidade e medo”, relatou a jogadora de goalball mineira Katia Silva, 26, que é uma dos 18 atletas com deficiência visual estreantes em Tóquio.
“Estou muito animado e feliz com esse momento. Foram muitos anos de dedicação e hoje eu vejo que tudo valeu a pena. Vai ser inesquecível, sem dúvidas, sonhei muito com isso durante toda minha carreira”, comentou o paulista Nathan Torquato, 20, que nasceu com má-formação no braço esquerdo e é um dos 63 atletas com deficiência física estreantes da delegação brasileira.
As disputas do parataekwondo em Tóquio serão de 2 a 4 de setembro. Além de Nathan, o Brasil também será representado pela paulista Débora Menezes e pela paraibana Silvana Fernandes.
A delegação brasileira será composta por 255 atletas (incluindo atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiro), sendo 159 homens e 96 mulheres, além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 428 pessoas. Jamais uma missão brasileira no exterior teve tamanha proporção.
CONFIRA ABAIXO A LISTA DE ATLETAS ESTREANTES:
ASER MATEUS ALMEIDA RAMOS - ATLETISMO CHRISTIAN GABRIEL LUIZ DA COSTA - ATLETISMO EDENILSON ROBERTO FLORIANI - ATLETISMO EDILENE TEIXEIRA BOAVENTURA - ATLETISMO EMANOEL VICTOR SOUZA DE OLIVEIRA - ATLETISMO FABRICIO JUNIOR BARROS FERREIRA - ATLETISMO FRANCISCO JEFFERSON DE LIMA - ATLETISMO GUSTAVO HENRIQUE DE OLIVEIRA DIAS - ATLETISMO JARDENIA FELIX BARBOSA DA SILVA - ATLETISMO JOEFERSON MARINHO DE OLIVEIRA - ATLETISMO JULYANA CRISTINA DA SILVA - ATLETISMO KETYLA PAULA PEREIRA TEODORO - ATLETISMO LEYLANE DE CASTRO DOS SANTOS MOURA - ATLETISMO LUCAS DE SOUSA LIMA - ATLETISMO MICHEL GUSTAVO ABRAHAM DE DEUS - ATLETISMO PAULO GIOVANI GINDRO GUERRA - ATLETISMO RAYANE SOARES DA SILVA - ATLETISMO RICARDO GOMES DE MENDONCA - ATLETISMO SAMIRA DA SILVA BRITO - ATLETISMO THOMAZ RUAN DE MORAES - ATLETISMO TUANY PRISCILA BARBOSA SIQUEIRA - ATLETISMO VANESSA CRISTINA DE SOUZA - ATLETISMO VINICIUS GONCALVES RODRIGUES - ATLETISMO VITOR ANTONIO DE JESUS - ATLETISMO WASHINGTON ASSIS DO NASCIMENTO JUNIOR - ATLETISMO ANDREZA VITORIA FERREIRA DE OLIVEIRA - BOCHA ERCILEIDE LAURINDA DA SILVA - BOCHA MATEUS RODRIGUES CARVALHO - BOCHA ANDRE LUIZ GRIZANTE - CICLISMO CARLOS ALBERTO GOMES SOARES - CICLISMO JARDIEL VIEIRA SOARES - FUTEBOL DE 5 BRUNO BECKER DA SILVA - FUTEBOL DE 7 ANA GABRIELY BRITO ASSUNÇÃO - GOALBALL CARMINHA CELESTINA DE OLIVEIRA - ESGRIMA EM CADEIRA DE RODAS EMERSON ERNESTO DA SILVA - GOALBALL JESSICA GOMES VITORINO - GOALBALL JOSEMARCIO DA SILVA SOUSA - GOALBALL KATIA APARECIDA FERREIRA SILVA - GOALBALL MONIZA APARECIDA DE LIMA - GOALBALL AILTON DE ANDRADE BENTO DE SOUZA - HALTEROFILISMO JOAO MARIA DE FRANCA JUNIOR - HALTEROFILISMO LARA APARECIDA FERREIRA SULLIVAN DE LIMA - HALTEROFILISMO TAYANA DE SOUZA MEDEIROS - HALTEROFILISMO MEG RODRIGUES VITORINO EMMERICH - JUDÔ THIEGO MARQUES DA SILVA - JUDÔ ANA KAROLINA SOARES DE OLIVEIRA - NATAÇÃO BRUNO BECKER DA SILVA - NATAÇÃO DEBORA BORGES CARNEIRO - NATAÇÃO DOUGLAS ROCHA MATERA - NATAÇÃO ERIC DE OLIVEIRA TOBERA - NATAÇÃO ESTHEFANY DE OLIVEIRA RODRIGUES - NATAÇÃO GABRIEL BANDEIRA - NATAÇÃO GABRIEL GERALDO DOS SANTOS ARAUJO - NATAÇÃO GABRIEL MELONE DE OLIVEIRA - NATAÇÃO JOAO PEDRO BRUTOS DE OLIVEIRA - NATAÇÃO LAILA SUZIGAN ABATE - NATAÇÃO LUCILENE DA SILVA SOUSA - NATAÇÃO MARIA CAROLINA GOMES SANTIAGO - NATAÇÃO WENDELL BELARMINO PEREIRA - NATAÇÃO VITOR GONCALVES TAVARES - PARABADMINTON ADRIANA GOMES DE AZEVEDO - PARACANOAGEM FERNANDO RUFINO DE PAULO - PARACANOAGEM GIOVANE VIEIRA DE PAULA - PARACANOAGEM ANA PAULA MADRUGA DE SOUZA - REMO DIANA CRISTINA BARCELOS DE OLIVEIRA - REMO VALDENI DA SILVA JUNIOR - REMO DEBORA BEZERRA DE MENEZES - PARATAEKWONDO NATHAN CESAR SODARIO TORQUATO - PARATAEKWONDO SILVANA MAYARA CARDOSO FERNANDES - TAEKWONDO LETHICIA RODRIGUES LACERDA - TÊNIS DE MESA MARLIANE AMARAL SANTOS - TÊNIS DE MESA MILLENA FRANCA DOS SANTOS - TÊNIS DE MESA ANA CLAUDIA DOS SANTOS CALDEIRA - TÊNIS EM CADEIRA DE RODAS GUSTAVO CARNEIRO SILVA - TÊNIS EM CADEIRA DE RODAS MEIRYCOLL JULIA DUVAL DA SILVA - TÊNIS EM CADEIRA DE RODAS HELCIO LUIZ JAIME GOMES PERILO - TIRO COM ARCO CARLOS RAFAEL FONSECA VIANA - TRIATHLO JESSICA MOREIRA FERREIRA - TRIATHLO RONAN NUNES CORDEIRO - TRIATHLO ALEX PEREIRA WITKOVSKI - VOLEIBOL SENTADO ANA LUISA APARECIDA DE SOUZA SOARES - VOLEIBOL SENTADO ANDERSON RODRIGUES DOS SANTOS - VOLEIBOL SENTADO BRUNA NASCIMENTO LIMA - VOLEIBOL SENTADO DANIEL YOSHIZAWA - VOLEIBOL SENTADO JORGE LUIS CAMARGO FONSECA - VOLEIBOL SENTADO LEANDRO HENRIQUE DA SILVA - VOLEIBOL SENTADO LUIZA GUISSO FIORESE - VOLEIBOL SENTADO
Patrocínios O goalball tem patrocínio das Loterias Caixa.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível Os atletas Débora Menezes e Vitor tavares são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 69 atletas.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileira (imp@cpb.org.br)
Patrocinadora oficial dos Jogos Olímpicos há mais de 30 anos, a Panasonic – líder global no desenvolvimento de soluções tecnológicas – anuncia a chegada dos atletas brasileiros, patrocinados pela marca, que irão representar o País em Tóquio: Luiza Fiorese, do vôlei sentado; Pamela Rosa, do skate; Silvana Lima, do surf; e Daniel Dias, maior medalhista da natação nos Jogos Paralímpicos.
Os esportistas são apresentados em campanha publicitária criada pela Ogilvy Brasil. Nos filmes, as personalidades mostram sua intimidade familiar, com suas paixões além das modalidades que praticam. O apoio aos atletas e nova comunicação fazem parte da estratégia mundial da companhia, que tem o esporte como pilar importante de conexão com os seus princípios de contribuição à sociedade, cooperação e espírito de equipe, aprimoramento contínuo, adaptação, cortesia e humildade, gratidão, justiça e honestidade.
Os brasileiros chegam para integrar o time global de atletas da gigante japonesa, liderados por Michael Phelps, maior medalhista olímpico da história; Naomi Osaka, do tênis; Yamauchi e Fukuzawa, do vôlei masculino; Fukuoka, do Rugby, Muzobuchi, da maratona paralímpica; Katie Ledecky, da natação; Lex Gillette, do salto em distância paralímpico; e Sakura Kokumai, do Karatê.
Sobre os atletas locais, Daniel Dias, parceiro de longa data da marca Panasonic, vive um ano marcante em sua carreira: a sua quarta participação em Jogos Paralímpicos e última antes de sua aposentadoria. “Estou muito feliz de seguir para mais esses Jogos Paralímpicos acompanhado do Time Panasonic. Vai ser um evento muito especial na minha carreira e é muito bom poder comemorar este momento na casa deste parceiro que me apoiou por tantos anos. Só tenho a agradecer”, celebra o nadador.
Já Luiza Fiorese, uma das apostas da Seleção Brasileira de Vôlei Sentado, está de olho no pódio. “Estou muito orgulhosa de fazer parte de um Time que pensa em transmitir com essência a nossa paixão. Poder voltar ao esporte e sentir essa magia de novo me fez sentir completa e Tóquio será a materialização disso. Meu maior objetivo é ajudar a minha equipe a conquistar a medalha de ouro”, destaca a jogadora.
“Paixão Além do Esporte”
Além do apoio aos atletas brasileiros em Tóquio, a Panasonic vai aproximá-los da torcida por meio da campanha “Paixão Além do Esporte”. Na comunicação estrelada por Daniel, Luiza, Pamela e Silvana, os esportistas compartilharão um lado até então desconhecido de suas vidas: suas paixões além dos esportes que praticam.
“Buscamos mostrar um lado mais próximo e humano dos atletas. Esse é um recorte que não costumamos ver em campanhas para os Jogos Olímpicos. Ao invés de falamos em performance, superação ou de sua jornada para chegar ao pódio, mostramos suas paixões e momentos de descontração. É sobre paixão além do esporte”, contam Vitor Prado e Fillipe Abreu, dupla de criação da Ogilvy Brasil.
Com filmes individuais que mostram os atletas em momentos pessoais de descontração, a campanha reforça a presença da marca em períodos de lazer e entretenimento, como jogar videogame junto dos filhos, tocar um instrumento, cozinhar com a família ou assistir a um filme comendo pipoca.
Resultado de uma conversa profunda com cada um dos atletas, a campanha foi feita a quatro mãos com os seus protagonistas, refletindo de forma mais genuína a personalidade, hobbies e as raízes dos esportistas. “A grande intenção foi aproximar a torcida que estará tão distante para que elas se conectem com o lado humano dos atletas e criem identificação. Ao mesmo tempo, apresentando suas paixões, mostramos de que forma os produtos da Panasonic se conectam de forma natural a cada vivência”, destaca a dupla criativa.
Além dos atletas, os colaboradores da Panasonic também foram convidados a compartilhar relatos e histórias pessoais sobre suas paixões pelo esporte e como isso faz parte da vida deles. Ao todo, oito colaboradores – dois por unidade – foram escolhidos para representar os mais de 2.400 funcionários da companhia no Brasil. Leandro Grossi e Rodrigo Santiago, da unidade de Extrema (MG), Azemar Rocha e Jayara Araujo, da unidade de Manaus (AM), Ewerton Guimarães Santos e Luis Roncon, da unidade de São José dos Campos (SP) e Grazyelly Araújo e Sergio Hadachi, da unidade de São Paulo (SP) estrelarão filmes a serem publicados nas redes sociais da marca.
A campanha contempla filmes para TV veiculados em todo o Brasil a partir do mês de julho, mídia digital, além de conteúdos personalizados para as redes sociais da Panasonic do Brasil e para a conta global da marca – Facebook, Instagram, Youtube e Twitter. Os conteúdos também serão veiculados em alguns países da Europa e nos Estados Unidos.
Quando um filho nasce com uma deficiência, os pais muitas vezes ficam sem saber o quê fazer. Medos e inseguranças vêm à tona e ter uma boa rede de apoio faz toda a diferença.
Pensando nisso, o Instituto Serendipidade, que atua na inclusão de pessoas com deficiência intelectual, criou o Projeto Laços, que conecta gratuitamente pais e mães que acabaram de receber o diagnóstico de síndrome de Down de seus filhos com quem já passou pela experiência e tem muito a ensinar.
A iniciativa, que acaba de completar dois anos, tem sido um sucesso: já foram atendidas 172 famílias no Brasil e 11 no exterior, em países como Estados Unidos e Austrália.
Além de síndrome de Down, o Projeto Laços, que acaba de fechar uma parceria com a Maternidade São Luiz, em São Paulo, também oferece acolhimento em casos de paralisia cerebral e mais 11 doenças raras.
O acolhimento foi fundamental para a paulistana Karen Cristina de Souza, mãe da pequena Lívia, que nasceu com síndrome de Down. Apesar de alguns exames durante a gravidez terem apontado para a possibilidade da trissomia no cromossomo 21, ela só teve a certeza de que seu bebê tinha a deficiência depois do parto. Na maternidade, foi orientada a procurar o projeto, que, segundo Karen, foi essencial para tranquilizá-la.
“A voluntária que me acolheu tem uma filha de 5 anos com Síndrome de Down. Ela já teve todas as dúvidas e inseguranças que eu tinha e conseguiu me esclarecer em muitos aspectos. Ter a oportunidade de conversar com alguém que já passou pelo mesmo que você é diferente de ter o apoio da família, que dá carinho, mas pouca informação” avalia Karen.
Para Marcia Costa, diretora médica da Maternidade São Luiz, da Rede D’Or, o projeto possibilita também a sensibilização da equipe médica. “Ela passa a ter um olhar holístico sobre o acolhimento das famílias no momento da notícia”, diz a diretora médica.
O Instituto Serendipidade também mantém há um ano uma parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein. Mas todas as famílias, não apenas as que passam pelas unidades, podem ser beneficiadas.
Além da Síndrome de Down e paralisia cerebral, há voluntários para Síndrome de Williams; de Prader Willi; de Cornélia de Lange; de Kleefstra; de Cri Du Chat; de Edwards, de Rubinstein Taybi, de Moya Moya, além das Síndromes de Patau (T-13), do X-Frágil e a de Wolf-Hirschhorn.
“Essa expansão aconteceu pela demanda. A gente recebia muitos pedidos de pais com outras síndromes e diagnósticos, que precisavam de acolhimento. Como o Laços estava bem estruturado, dando certo, com acolhedores voluntários super envolvidos, resolvemos crescer”, diz Henri Zylberstajn, idealizador do Instituto Serendipidade e que tem um filho com Síndrome de Down, o Pedro.
Os interessados no acolhimento podem entrar em contato por meio do site www.serendipidade.org/lacos ou pelo Instagram @pepozylber.
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) anunciou nesta terça-feira, 6, em conjunto com as respectivas Confederações das modalidades, a convocação da delegação que representará o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em agosto. Esta é a maior delegação já convocada para uma edição dos Jogos fora do Brasil.
Os atletas foram conhecidos durante a transmissão ao vivo no Facebook e Youtube do CPB. O presidente do CPB, Mizael Conrado, ao lado do vice-presidente da entidade, Yohansson Nascimento, e do diretor técnico e chefe da missão brasileira, Alberto Martins, apresentaram a delegação.
“Foi muito trabalho, muito esforço, suor, muita superação. Vivemos um momento sem precedentes na história. Estávamos todos preparados há um ano quando surgiu a pandemia e o sonho dos atletas foi adiado. A pandemia ainda continua, porém, esperamos que esteja rumando para o seu final e que os Jogos Paralímpicos sejam uma grande alavanca e representem uma recuperação dos nossos povos, já que o esporte significa resiliência e autoestima”, declarou Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cinco (Atenas 2004 e Pequim 2008) e presidente do CPB.
A delegação brasileira será composta por 253 atletas (incluindo atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiro), sendo 159 homens e 94 mulheres, além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 422 pessoas. Jamais uma missão brasileira em Jogos Paralímpicos no exterior teve tamanha proporção. Na última edição fora do Brasil, em Londres 2012, o Brasil compareceu com 178 atletas, até então a maior. O número para a capital japonesa só é superado pela participação nos Jogos Rio 2016, já que o Brasil garantiu vagas em todas as modalidades por ser país sede e contou 286 atletas no total.
O presidente Mizael Conrado também aproveitou o início da live para prestar uma homenagem ao atleta Dirceu Pinto, tetracampeão paralímpico da bocha e que faleceu no ano passado vítima de problemas cardíacos.
“Não só para a bocha, para todos nós do Movimento Paralímpico, o Dirceu deixou um grande legado, que será lembrado e será justificado pela nossa equipe brasileira de bocha no Japão. Ao Dirceu e seus familiares e colegas, todas as nossas homenagens”, completou Alberto Martins.
Em seu Planejamento Estratégico, o CPB estabeleceu como meta manter-se entre as dez principais potências do planeta nos Jogos Paralímpicos. Além disso, as metas de participação feminina também foi estabelecida, 38%. Em Tóquio, a delegação terá 93 atletas mulheres com deficiência, o que representa 40% da equipe nacional. Os Jogos de Tóquio também reservam a possibilidade da conquista da centésima medalha dourada paralímpica na capital japonesa. Atualmente, o Brasil contabiliza 87 láureas. Atletas de 22 estados e do Distrito Federal em 20 modalidades, exceto basquete em cadeira de rodas e rúgbi em cadeira de rodas, representarão o Brasil no Japão. Atletas nascidos no estado de São Paulo são maioria, com 60 representantes. Os naturais do estado do Rio de Janeiro vêm em seguida, com 24. Não há representantes provenientes de Amapá, Sergipe, Roraima e Tocantins.
“Mesmo com todas as dificuldades impostas pela pandemia, estamos otimistas numa grande participação em Tóquio. O atletismo viaja com a sua segunda maior delegação, perdendo apenas para os Jogos Rio 2016. Na natação e no halterofilismo, os atletas convocados figuram entre os oito melhores do ranking mundial, o que nos enche de esperança e otimismo na busca de grandes resultados”, planeja Alberto Martins da Costa, diretor técnico do CPB.
A modalidade com o maior número de atletas será o atletismo com 64 representantes e 18 atletas-guia. Na última edição do Mundial da modalidade, em 2019, o Brasil alcançou o inédito e histórico segundo lugar no quadro geral de medalhas e todos os 13 campeões mundiais viajarão para os Jogos de Tóquio.
A natação será a segunda modalidade com o maior número de representantes, com 35 nadadores. No Mundial de Londres 2019, o Brasil ficou em 11º lugar com 17 medalhas, sendo cinco de ouro. Os medalhistas individuais na competição o paulista Daniel Dias (S5), os pernambucanos Carol Santiago (S12) e Phelipe Rodrigues (S10), o brasiliense Wendell Belarmino (S11), a cearense Edênia Garcia (S3), as potiguares Cecília Araújo (S8) e Joana Neves (S5) e a paranaense Débora Carneiro (S14), estão entre os convocados. O multimedalhista Daniel Dias, maior medalhista paralímpico brasileiro com 24 láureas, participará pela última vez de uma edição dos Jogos Paralímpicos.
O halterofilismo contará com sete atletas, incluindo o medalhista paralímpico o baiano Evânio Rodrigues e a líder do ranking mundial na categoria até 73kg, a paulista Mariana D’Andrea. Todos os halterofilistas treinam em um dos Centros de Referência implementados pelo CPB em cidades brasileiras. O Projeto dos Centros de Referência é idealizado pelo CPB e tem como objetivo levar a iniciação esportiva e o alto rendimento às cidades brasileiras para fortalecer o desenvolvimento do esporte paralímpico nacional.
Já o tiro esportivo, será representado pelo paulista Alexandre Galgani, primeiro atleta de modalidade individual a conquistar uma vaga para os Jogos na capital japonesa.
O parabadminton, que estreará no programa dos Jogos nesta edição, terá como representante o curitibano Vitor Tavares, da classe SH6 (para pessoas com baixa estatura). Nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, Vitor faturou a medalha de ouro. No Mundial da modalidade, também em 2019, ele faturou três medalhas de bronze.
Outra modalidade estreante será o parataekwondo, que contará com três brasileiros: os paulistas Débora Menezes e Nathan Torquato e a paraibana Silvana Silva. Débora é a atual campeã mundial e segunda no ranking, por este motivo será cabeça de chave.
A Seleção de futebol de 5 (para cegos) contará com grandes nomes como Ricardinho e Jefinho. Na capital japonesa, a Seleção buscará o pentacampeonato paralímpico. O Brasil está no grupo A, junto com os donos da casa, que farão a partida de estreia da competição no dia 29 de agosto. Também no grupo A estão França e China. A grande final será no dia 4 de setembro.
“É um grupo experiente, a grande maioria foi para uma ou dois Jogos Paralímpicos. Temos uma mescla de atletas que estão na transição das Seleções de base, como o Tiago Paraná e o Jardiel, com um jogador como o Damião, que eu sei que resolve na hora o que precisar e está muito bem fisicamente, além de Jefinho, Ricardinho, Guegueu, que está, talvez, na sua melhor fase. Vamos fortes para brigar por mais uma medalha, com certeza”, comenta Fábio Vasconcelos, que foi goleiro da seleção de futebol de cinco nos primeiros primeiros ouros paralímpicos (Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012), e desde os Jogos do Rio 2016 é o técnico da Seleção Brasileira de futebol de 5.
No goalball, o Brasil é o atual bicampeão no masculino, e pelo grupo A enfrentará sua maior rival a Lituânia no dia 25 de agosto na partida de estreia. A classificação da equipe brasileira para os Jogos Paralímpicos se deu pelos resultados obtidos no Mundial de 2018 em Malmö, na Suécia. O Brasil também enfrentará na fase inicial da competição os Estados Unidos, prata na última edição dos Jogos, o anfitrião Japão além da campeã africana, a Argélia.
“O nosso grupo é muito homogêneo, e o critério de seleção dos seis foi a experiência internacional. Uma característica principal de nossos atletas é a harmonia entre todos, é um grupo que está muito focado em buscar a medalha de ouro. A equipe está pronta para disputar essa competição”, afirmou Alessandro Tosim, técnico da Seleção masculina de goalball.
O Brasil, que busca sua primeira medalha paralímpica no feminino nesta modalidade terá na fase de grupo a poderosa Turquia, ouro na Rio 2016 e vice-campeã mundial, os Estados Unidos, bronze nos Jogos Rio 2016, Japão e Egito, que foi convidado para o lugar da Argélia após as campeãs africanas renunciarem à vaga. “A base vem desde o Mundial, Parapan de Lima e outros torneios internacionais. Também tivemos a preocupação de mesclar atletas jovens com quem já participou de Jogos Paralímpicos”, completou Dailton Nascimento, técnico da Seleção Brasileira de goalball feminino.
O Brasil contará com oito judocas. Dentre eles a campeã mundial, atual líder do ranking internacional, e medalhista paralímpica a paulista Alana Maldonado (categoria até 70kg). Foram convocados também os medalhistas paralímpicos nos Jogos Rio 2016 os paulistas Antônio Tenório (até 100kg) e Lúcia Araújo (até 57kg) e o paraibano Willians Silva (acima de 100kg). Tenório vai para sua sétima participação em Jogos Paralímpicos, e, desde Atlanta 1996, quando de sua estreia, ele acumula quatro de ouro, uma de prata e uma de bronze.
“Conseguimos classificar oito categorias de peso. O judô paralímpico mundial está cada vez mais competitivo e atletas com grande potencial ficaram de fora. Temos judocas com grande experiência, como Antônio Tenório, Alana Maldonado, Lúcia Araújo e Meg Emmerich, que terminaram como cabeças de chave em suas categorias. Temos ainda o Wilians Araújo, Arthur Silva e Harlley Arruda, que estão se preparando para ótimos resultados. Por fim, dessa safra mais jovem, o Thiego fará sua primeira participação em Jogos Paralímpicos e possui grande potencial”, disse Jaime Bragança, técnico da Seleção Brasileira de judô.
Cinco atletas do tiro com arco vão fazer parte da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, a partir de 24 de agosto. A goiana Jane Karla é recordista mundial e conquistou a primeira vaga brasileira na modalidade, em 2019. Ela mora e treina em Portugal, e nos Jogos de Tóquio terá o privilégio de ter a companhia da filha Letícia, de 18 anos, que é atleta do tênis de mesa paralímpico.
A canoagem contará com sete representantes: a potiguar Adriana Azevedo, o carioca Caio Ribeiro, os sul-mato-grossenses Debora Benevides e Fernando Rufino, o paranaense Giovane Vieira, piauiense Luis Carlos Cardoso e a curitibana Mari Santilli. Nos Jogos Rio 2016, Caio Ribeiro conquistou a primeira medalha paralímpica da história da canoagem brasileira.
Já a esgrima em cadeira de rodas terá como um dos representantes brasileiros o campeão paralímpico na espada nos Jogos de Londres 2012 o gaúcho Jovane Guissone, que atualmente está no segundo lugar do ranking mundial da espada na categoria B. Além dele, a paranaense Carminha de Oliveira, os gaúchos Mônica Santos e Vanderson Chaves representarão o país.
Sete tenistas comporão a delegação brasileira. São eles: os mineiros Daniel Rodrigues, Gustavo Carneiro, Meyricoll Duval, Rafael Medeiros e Ana Caldeira e o catarinense Ymanitu Silva e o paulista Mauricio Pommê. “O tênis em cadeira de rodas do Brasil está fazendo história mais uma vez. Pela primeira vez, tivemos uma atleta do feminino classificada diretamente, não sendo por convite ou bipartite. Teremos nossos melhores tenistas disputando os Jogos Paralímpicos, desta vez com chances reais de conquistar uma medalha inédita para o país. Isso é fruto do trabalho da CBT, com o apoio irrestrito do CPB, que está conosco ajudando no fomento e no desenvolvimento do tênis em cadeira de rodas”, celebra Jesus Tajra, vice-presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT).
No ciclismo, o medalhista paralímpico e bicampeão mundial de estrada o paulista Lauro Chaman está entre os convocados, para pista e estrada. A potiguar Ana Raquel Lins, o paulista André Grizante, o goiano Carlos Alberto Gomes e a paranaense Jady Malavazzi também farão provas no velódromo e no circuito de estrada.
“Fizemos um planejamento a longo prazo e durante todo o período de classificação conseguimos excelentes resultados, estando no pódio de praticamente todos os campeonatos mundiais e copas do mundo que fizeram parte deste ciclo. Os nomes foram selecionados com base em critérios exigentes e não tenho dúvidas que estaremos com os nossos melhores atletas representando o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio”, destacou Edilson Rocha “Tubiba”, coordenador do paraciclismo na Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC).
Já a bocha contará a participação de dez atletas, dentre eles os medalhistas paralímpicos Maciel Santos, Eliseu dos Santos e Evani Calado. “A equipe de bocha vai para os Jogos de Tóquio completa, com 10 atletas. Essa equipe tem dois atletas da classe BC1 e dois da BC2, três atletas na BC3 e na BC4. Vamos disputar os sete eventos, as quatro competições individuais e as três de pares equipes. Teremos cinco mulheres e cinco homens, o que mostra a força da bocha brasileira, principalmente a feminina. Pela regra da modalidade, era obrigatório apenas três e isso mostra o alto nível da bocha feminina”, explicou Leonardo Baideck, diretor técnico da Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE).
Os cavaleiros Rodolpho Riskalla, segundo lugar no ranking mundial, e Sergio Oliva, medalhista nos Jogos Rio 2016, serão os representantes brasileiros no hipismo. “Pela primeira vez, temos chances reais de duas medalhas de ouro com o Rodolpho e brigar por medalhas com o Sergio. Depois de um ano pandêmico, de todas as dificuldades, a gente continua bem posicionado no ranking mundial e com grandes chances de uma medalha de ouro inédita para o hipismo paralímpico”, pontua Marcela Parsons, diretora do hipismo paralímpico da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH).
Catorze mesa-tenistas participarão do maior evento paradesportivo do mundo na capital japonesa. Dez deles foram conhecidos ainda em 2019, devido aos resultados no Parapan de Lima. No mês de junho, a paulista e medalhista paralímpica Jennyfer Parinos conquistou a última vaga brasileira durante o classificatório da modalidade. Os também medalhistas nos Jogos Rio 2016 o paulista Israel Stroh, as catarinenses Bruna Alexandre e Danielle Rauen estão convocadas. Na última semana de junho, a Federação Internacional de Tênis de mesa confirmou três convites para o Brasil.
O remo contará com a participação de oito atletas, além do timoneiro. No individual, dois atletas participarão. Além da dupla no PR2 misto e o quarteto de atletas no 4com PR3 misto. O Brasil está entre os três únicos países que irão aos Jogos de Tóquio com quatro barcos classificados. Além dele, somente Estados Unidos e Ucrânia disputarão pelas classes skiff masculino e feminino, double misto e quatro com timoneiro.
Confira a CONVOCAÇÃO na íntegra da equipe brasileira:
Há uma grande atração em conquistar isenções de impostos, direitos de receber doações, bem como receber financiamento público para os projetos sociais (convênios). O que nem sempre se percebe é que a partir do momento em que algum destes itens ocorre, não poderemos mais tratar nossa organização de modo particular, mas sim do modo que o setor público determina que deva ser tratada.
A cada dia cresce mais o número de entidades sem fins lucrativos, aumentando a participação no bolo de recursos de doações e convênios públicos onde já ultrapassou a marca de 850.000 entidades no país e, deste modo o setor público vem criando e aperfeiçoando a cada dia, os sistemas de controle, regras e mais regras no intuito de separar as boas das más ações.
Com a evolução dos sistemas eletrônicos, as organizações já não conseguem mais depender do caderninho de anotações de receitas e despesas, passando a dar lugar aos registros financeiros em softwares, suas obrigações fiscais e acessórias bem como as normas de contabilidade tornaram-se mais específicas e direcionadas às ações que são próprias do terceiro setor e, vem recebendo cada vez mais atenção do fisco.
A capacitação da equipe de contabilidade que vai gerir os registros da sua organização é fundamental para a tranqüilidade e longevidade do projeto social.
A responsabilidade dos dirigentes das associações sem fins lucrativos cresce na medida em que aumentam sua participação em projetos públicos, que ficarão expostos até que seja concluída a avaliação das prestações de contas pelo Tribunal de Contas, o que pode levar até 10 anos para terminar.
“Há um grave engano das associações em imaginar que tendo passado a prestação de contas por uma secretaria de governo, ela esteja livre. Não! Há ainda que passar pelo crivo do tribunal de contas que poderá ou não liberar sua prestação de contas”.
Além das sanções que a associação pode sofrer em caso de erro, falha ou imperícia nas prestações de contas ou ainda nos registros contábeis, também os bens dos dirigentes podem ficar indisponíveis.
A legislação brasileira que trata do assunto está permeada no CTN – Código Tributário Nacional, Código Civil, Regulamento do Imposto de Renda, além da legislação específica de cada organização, tal como o MROSC 13.019/14 e a Lei do CEBAS 12.101/19;
Para a contabilidade, além do emaranhado legal acima descrito, há ainda as Normas Brasileiras de Contabilidade e, especificamente a norma ITG 2002 que rege a forma de contabilizar tudo o que acontece em uma associação ou fundação, por conter especificações para segregações, voluntariado, renúncias fiscais e gratuidades, sempre por regime de competência.
“O Livro Diário Contábil é fundamental e é a garantia de isenção de impostos federais (art.14 do CTN) e não deve ser confundido com as obrigações fiscais da Receita Federal. O Livro deverá ser gerado em PDF e sua autenticação se dará com o protocolo de entrega da ECD ou ECF (Decreto 9.555/18). O Livro deverá conter as 5 (cinco) demonstrações obrigatórias e ser guardado na associação por prazo indeterminado”.
Desta forma é muito importante a participação dos dirigentes da associação com a equipe contábil para acompanhamento dos acontecimentos evitando assim perdas com a interrupção dos projetos, bloqueio de bens, de contas bancárias, entre outros, tanto da associação como dos dirigentes que podem ser acionados, até criminalmente.
Por último e não menos importante está a publicidade das informações, sendo exigido pelos Tribunais de Contas que as associações publiquem em seus sites de internet, as 5 (cinco) Demonstrações contábeis anuais, o relatório de atividades, e as certidões negativas de débitos, além do Estatuto Social e Atas de diretoria e prestação de contas.
Ricardo Beráguas é Contador, proprietário da A2 Office – escritório de contabilidade especializado em entidades do terceiro setor, e presidente do Instituto A2 Office. Email: contador@a2office.com.br
O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, assinou um convênio de promoção da Educação Paralímpica nas escolas do Paraná com o governador Carlos Massa Ratinho Junior, durante evento no Palácio Iguaçu, em Curitiba, que marcou também o lançamento da campanha Torcida Paraná em Tóquio.
O programa de Educação Paralímpica é um dos pilares do planejamento estratégico do CPB e tem como um dos seus objetivos promover cursos online e gratuitos para profissionais de Educação Física.
Também participaram da cerimônia o coordenador do programa da Educação Paralímpica, David Farias Costa, e os atletas paralímpicos Anderson Santos e Daniel Silva, do vôlei sentado, Adriana Azevedo e Mari Santilli, da paracanoagem, Marcelo dos Santos, da bocha, e Vitor Tavares, do parabadminton, além dos técnicos Rodrigo Ferla, do parataekwondo, e James Valter, do tiro esportivo.
Ainda estiveram presentes o diretor de Desenvolvimento Social da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho, Jackson Pitombo Cavalcante; o diretor-presidente da Paraná Esporte, Walmir da Silva Matos; o diretor adjunto de Comunicação da Copel, David Campos; o presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência e diretor de Departamento de Políticas para a Pessoa com Deficiência da Sejuf, Felipe Braga Cortes; o coordenador da Escola do Esporte, Antônio Carlos Dourado; o coordenador do Paradesporto, Mário Sérgio Fontes; e o presidente do Conselho Regional de Educação Física, Antônio Branco.
“Esporte é uma atividade que se consiste na principal ferramenta de inclusão das pessoas, sobretudo, das pessoas com deficiência. O esporte entrega resiliência, autoestima, oportunidade e cidadania para quem pratica e muda a percepção da sociedade em relação ao potencial de um indivíduo com deficiência”, discursou Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cinco (Atenas 2004 e Pequim 2008) e presidente do CPB.
“Essa parceria com o Estado do Paraná nos enche de esperança de capacitarmos cada vez mais professores em todas as escolas do Brasil para estarem preparados para atender todas as crianças e jovens com deficiência que lá estiverem. Com isso, elas poderão iniciar a sua atividade física no tempo certo, que é a fase escolar”, completou Mizael Conrado.
O projeto, que institui a Frente Paranaense para a Educação Paralímpica, visa à formação e capacitação de professores e profissionais, em todo o Paraná, por meio de cursos e ações de desenvolvimento das modalidades. As diretrizes do programa serão dadas pelo CPB. Treze municípios já aderiram até o momento: Jardim Alegre, Lunardelli, Ivaiporã, Lidianópolis, Cruzmaltina, Grandes Rios, Faxinal, Mauá da Serra, Califórnia, Marilândia do Sul, Rio Bom, Novo Itacolomi e Telêmaco Borba.
Maior delegação do Paraná
O Estado do Paraná contará com a maior delegação de atletas paranaenses olímpicos e paralímpicos da história dos Jogos. Ao todo, 35 representantes do Estado estarão na capital japonesa, número pouco superior ao time local que esteve nos Jogos do Rio, em 2016, que contou com 34 atletas.
Durante o evento, foi lançada a campanha Torcida Paraná em Tóquio. A intenção é que o público paranaense envie sua energia positiva, com vídeos e palavras de incentivo para os nossos atletas, por meio das redes sociais, utilizando a #TorcidaParanáemTóquio.
O governador lembrou que todos na delegação, entre atletas e técnicos, contam com o apoio do Governo do Estado. Do grupo, 34 são bolsistas do programa Geração Olímpica, além de um esportista que tem projeto pessoal via Lei de Incentivo ao Esporte – o Proesporte.
“Ter a maior delegação da nossa história é resultado da organização e do planejamento esportivo do Paraná. O programa Geração Olímpica, o maior do País para o setor, é um sucesso, e que vem merecendo toda a atenção por parte do Governo do Estado e da Copel, a patrocinadora do projeto”, destacou Ratinho Junior.
Vitor Tavares, da classe classe SS6do parabadminton, está animado com a possibilidade de medalha no Japão. Ele vem de bons resultados na fase de preparação e mira o pódio logo na estreia da modalidade em Jogos Paralímpicos. “A perspectiva é boa porque fui bronze no Mundial e ouro no Parapan. Agora são os ajustes finais”, afirmou o curitibano. “O Geração Olímpica me deu tranquilidade para focar nos treinos”, afirmou o atleta que possui hipocondroplasia congênita, popularmente conhecida como nanismo.
Adriana Azevedo, da classe KL1 da paracanoagem, também vai estrear nos Jogos. Ela era da natação, mas mudou de esporte em 2017 quando o rendimento começou a cair. Participar dos Jogos Paralímpicos já é uma conquista especial. “Busquei um novo estímulo na paracanoagem. Quero ficar entre as oito melhores”, contou. “O projeto do Governo do Paraná é primordial. É o auxílio que eu precisava para ter mais foco no treinamento”, disse ela, que há dois anos adotou Curitiba como casa.
*Com informações da Agências de Notícias do Paraná
Logo nas primeiras horas desta quinta-feira, 15, o Diário Oficial da União trouxe a íntegra da Lei Federal 14.183, de 14/7/2021 que, dentre outros temas, altera a Lei nº 8.989, de 24 de fevereiro de 1995, para modificar a concessão da isenção relativa ao IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados incidente na aquisição de automóveis por pessoa com deficiência.
A legislação atende ao que foi aprovado pelo Congresso Nacional, através de mudanças oferecidas pelo Deputado Federal Moses Rodrigues, relator do tema na Câmara dos Deputados.
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A proposta inicial da Presidência da República, de acordo com a MP 1034/2021, previa um teto de até R$ 70 mil para a obtenção da isenção do IPI e um prazo de 4 anos para o pedido de aquisição de um novo veículo com isenção.
Os Deputados Federais alteraram o teto para R$ 140 mil reais e reduziram para 3 anos o prazo para o pedido de nova isenção, assim como inseriram as pessoas com deficiência auditiva como beneficiárias da isenção. Por sinal, esse benefício já é direito dos auditivos, conforme determinação do STF – Supremo Tribunal Federal. Mas, para essa efetivação, o Congresso tem até meados de 2022 para aprovar legislação específica.
Como fica o teto de IPI agora?
A partir da publicação da Lei 14.138/2021, portanto, fica valendo o teto de R$ 140 mil e o prazo de 3 anos para o pedido denova isenção.
Já sobr o veto que envolve as pessoas com deficiência auditiva, o Congresso Nacional terá oportunidade de analisar o tema e ‘derrubar’ o veto. Após a publicação de veto no Diário Oficial da União, a Presidência da República encaminha mensagem ao Congresso, em até 48 horas, especificando suas razões e argumentos. Sendo assim, o veto é sempre motivado.
A protocolização da mensagem naSecretária Legislativa do Congresso Nacionaldispara o prazo constitucional de 30 dias corridos para deliberação do veto pelos senadores e deputados em sessão conjunta.
Para a rejeição do veto é necessária a maioria absoluta dos votos de Deputados e Senadores, ou seja, 257 votos de deputados e 41 votos de senadores, computados separadamente.
Confira o BOLETIM do SISTEMA REAÇÃO, realizado na manhã desta quinta-feira, 15, com convidados e comentários sobre o assunto.
A moda faz parte da história do mundo desde o século XV, início do renascimento europeu. Já a roupa surgiu bem antes, no período Paleolítico, usando recursos naturais, através da manipulação de caules e plantas. O homem do tempo da “Pedra Lascada” inventou uma das mais fantásticas descobertas da humanidade. Vejam só: a roupa foi criada com um tema atual, ecossistema !!! Muito além de ser apenas indumentária humana, a roupa faz parte do conceito da moda que abrange muito mais que vestuário. É definida como um conjunto de opiniões, gostos, tecidos, cores, assim como modos de agir, viver e sentir coletivos.
A moda é um assunto mundial, passou a criar sua própria linguagem, mudando comportamentos e alterando a mais básica expressão de uma sociedade.
Não é por acaso que esse tema ganhou espaço no meio acadêmico e virou estudo de pesquisa e transformador na ciência humana. Sua classificação é considerada arte e também ciência.
Com a chegada dos anos 40 e as grandes atrizes de Hollywood, a moda dita o que é padrão de beleza corporal, e vai mudando as características físicas até estacionar nos anos 90, quando surge a cruel ditadura que o corpo, para ser belo, precisa ter apenas uma característica física e ter exata altura e demais medidas.
Desde então, entrar no conceito de beleza é uma luta diária para valorizar a pluralidade dos corpos.
Em tempos atuais, a moda precisa passar por um novo processo de reeducação para
continuar a sua evolução. Com tantas belezas físicas existentes, não tem como determinar um padrão corporal. Podemos sim ter um tipo físico da nossa preferência, mas aí é uma questão de gosto, onde cada indivíduo tem o seu. Devemos respeitar, mas rotular jamais.
O coletivo RElab Criativo, vem para esse cenário de educar para poder integrar e revolucionar, desde 2019. Nesse momento com a proposta de um novo vocabulário nos temas: acessibilidade, design universal, sustentabilidade, resgate da ancestralidade e moda.
São pontos simples para exercitar a reflexão. Ao invés de usar a palavra inclusão, passou-se a usar a palavra interação. No lugar da diversidade podemos falar pluralidade – fato de existir em grandes quantidades, de não ser único.
Mudar o termo de Moda Inclusiva para Moda Plural faz todo sentido.
Parando para avaliar, são atitudes simples que transformam o mundo. Hoje é impossível falar que pessoas com deficiência é um segmento formado por minorias, afinal, 46 milhões de pessoas com deficiência no Brasil são capazes de escrever qualquer história.
“A minha moda é de acordo com o meu gosto pessoal e não por imposição do mercado de consumo.”
Anny Souza – Modelo com tetraplegia de Salvador/BA
“Se for para ser julgada pelas roupas que uso, a definição é mulher empoderada.”
Deborah Fontenele – Modelo com paraplegia de Goiânia/GO
“Eu gosto da definição de que corpo bonito é aquele que tem gente feliz dentro.”
Mariozane Machado Silva – Lutadora de boxe com amputação de membro inferior.
“A moda precisa ser democrática e promover a interação.”
Sandra Ribeiro – Relações Públicas – Poliomielite
* Kica de Castro é publicitária e fotógrafa. Tem uma agência de modelos exclusiva para profissionais com deficiência, desde 2007. Apresentadora do programa Viver Eficiente e consultora colaboradora do coletivo RELab Criativo.
Para muitas mães, apesar da vontade de levar seus filhos para praças e parques ou para caminhar nas ruas, o espaço público oferece obstáculos que incluem muitas escadas, poucas rampas de acesso, asfalto irregular, buracos e até a falta de banheiros e fraldários. Procurando um passeio mais tranquilo, muitas optam por lugares fechados como shoppings, cafés, museus, cinemas e restaurantes, porém até mesmo locais fechados, muitas vezes, não estão aptos para receber mães com carrinhos.
O aplicativo Guiaderodas, como foi chamado, está disponível para Android e IOS e permite a qualquer pessoa, inclusive as que não possuem qualquer dificuldade de locomoção, avaliar a acessibilidade de restaurantes, supermercados, lojas, cinemas, farmácias, consultórios, teatros, baladas, entre outros. A proposta é facilitar a vida de todas as mamães com algum tipo de dificuldade de locomoção com carrinhos, mas também funciona para cadeirantes, idosos e gestantes.
Com um layout fácil e intuitivo, o aplicativo permite que os usuários façam uma rápida avaliação do estabelecimento, levando em conta se há vagas especiais para estacionamento ou manobrista; se a entrada é facilitada; se há boas condições de circulação interna; se há banheiro para pessoas com deficiência ou adaptados para mamães com crianças pequenas.
Funcionando por meio de GPS, o app favorece a avaliação no próprio local e a busca por filtros específicos para quem pretende saber quais são os estabelecimentos mais acessíveis em determinado bairro, cidade ou país.
Lançado em 2016, o perfil do público que acessa o aplicativo é de 55% mulheres e 45% homens, sendo que desta porcentagem, 53% não têm deficiência e 47% possuem alguma deficiência.
O Guiaderodas é uma empresa de tecnologia a favor da acessibilidade fundada por Bruno Mahfuz, cadeirante desde 2001. A Certificação Guiaderodas auxilia empresas e empreendimentos a se prepararem para incluir todas as pessoas em seu quadro de colaboradores e frequentadores, estimulando e premiando a eliminação de barreiras de arquitetura e de atitudes. A plataforma, que inclui o Portal Guiaderodas.com e o App Guiaderodas, é um hub de informações e oferece ferramentas de consulta e avaliação da acessibilidade de locais. De forma rápida e intuitiva o usuário sinaliza se há bom atendimento, estrutura e condições de receber a todos.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informa que beneficiários de planos de saúde com Transtorno do Espectro Autista (TEA) de todo o País passam a ter direito a número ilimitado de sessões com psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos para o tratamento de autismo, o que se soma à cobertura ilimitada que já era assegurada para as sessões com fisioterapeutas.
A decisão foi tomada em reunião da diretoria colegiada da Agência e publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 12, como uma alteração no Anexo II (Diretrizes de Utilização) da Resolução Normativa nº 465/2021, que dispõe sobre as coberturas obrigatórias para beneficiários de planos de saúde (Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde).
A suspensão do limite de sessões de terapias para tratamento de autismo já havia sido determinada pela Justiça em resposta a ações civis públicas nos estados de Goiás, Acre, Alagoas e, mais recentemente, de São Paulo (Ação Civil Pública nº 5003789-95.2021.4.03.6100).
Considerando a importância de promover igualdade de direitos aos beneficiários residentes em todo o Brasil, a ANS está atendendo à determinação relativa à São Paulo e, ao mesmo tempo, ampliando o alcance aos demais estados.
Importante destacar que o profissional de saúde possui a prerrogativa de indicar a conduta mais adequada da prática clínica, conforme sua preferência, aprendizagem, segurança e habilidades profissionais. Neste sentido, caso a operadora possua, em sua rede credenciada, profissional habilitado em determinada técnica/método, tal como a ABA (Análise Aplicada do Comportamento), tal abordagem terapêutica poderá ser empregada pelo profissional no âmbito do atendimento ao beneficiário, durante a realização dos procedimento cobertos, como a sessão com psicólogo e/ou terapeuta ocupacional (com diretriz de utilização) ou a sessão com fonoaudiólogo (com diretriz de utilização), por exemplo.