10/09/2020

Em Porto Alegre/RS, depois de 50 anos de existência, escola referência para comunidade surda pode encerrar suas atividades

Em 5 de setembro de 1966, foi ministrada pela professora Naomi Hoerlle Warth , a aula inaugural da Unidade de Ensino Especial, nas dependências do Seminário Concórdia, situado no bairro Mont Serrat, em Porto Alegre (RS). Desde a década de 1960, a instituição busca promover a inclusão social de seus alunos, através da estimulação precoce, a partir do diagnóstico de surdez, até a educação profissional.

Escola Especial Ulbra Concórdia é uma escola especializada na educação de surdos.

“No momento a nossa escola é mantida pela AELBRA, Educação Superior – Graduação e Pós-Graduação SA. Todos os nosso alunos estudam gratuitamente, pois são oriundos de famílias de baixa renda e então possuem bolsas. Em 2019 a AELBRA deixou de ser filantrópica e desde maio deste mesmo ano entrou em recuperação judicial. No entanto a situação se tornou insustentável, visto que a AELBRA se tornou uma empresa SA e como se encontra em recuperação judicial não tem mais a possibilidade de arcar com as despesas da escola, motivo pelo qual anunciou a descontinuidade das atividades letivas a partir do ano de 2021”, afirma Juliane Nunes, professora de língua portuguesa e integrante da Comissão de Assuntos Externos da Escola.

De acordo com a professora, “atualmente contamos com 88 alunos, sendo 9 na educação Infantil, 15 alunos no Ensino Fundamental – anos iniciais 1º ao 5º ano, 33 alunos no ensino fundamental anos finais – do 6º ao 9ºano e 31 alunos no Ensino Médio. A escola tem um perfil acolhedor, atendendo às dificuldades das famílias e alunos, no sentido de comunicação entre as partes e o que mais possa auxiliar para a formação e o bom desenvolvimento dos alunos. A escola é um espaço de comunicação bilíngue e atende surdos usuários da língua de sinais. Como diferencial temos o ensino ministrado completamente em Libras, através de professores bilíngues e fluentes na língua; Metodologias diferenciadas para educação de surdos; Equipe pedagógica com experiência no atendimento de surdos e de suas famílias; Setor administrativo e demais funcionários capacitados no trato com surdos. Atendemos alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio”.

Para Juliane Nunes, “queremos apresentar a história da escola nesses mais de 50 anos de existência, bem como sua importância para os surdos, para a comunidade surda e para o corpo docente que hoje atua nela. Fazemos um apelo pela continuação das atividades da escola, zelando pela sua importância como escola de referência na educação de surdos”.

“A Escola Concórdia esteve presente nos grandes momentos da história dos surdos em Porto Alegre. Seus professores e alunos lutaram por espaços de direito e de visibilidade na sociedade. A escola sempre abriu espaços para encontros, painéis, seminários e congressos. Em muitas oportunidades órgãos públicos encaminharam seus representantes para debaterem com os nossos alunos sobre os direitos do surdo na sociedade. A escola esteve, por todos esses anos, de portas abertas. Ela atendeu, acolheu e orientou alunos e famílias na direção de uma qualidade de vida melhor e queremos poder continuar levando a história dessa escola e a cada dia poder atender mais surdos, auxiliar no processo escolar e no social, como fizemos até agora. Nesses anos de experiência, a escola acolheu diversas famílias vindas de inúmeros lugares do estado, dando suporte para a comunicação adequada entre surdo e família e oferecendo uma educação de qualidade”.

A Comissão de Assuntos Externos da Escola Concórdia – CAEEC faz um apelo. “Acreditamos na capacidade da nossa escola e de nossos professores. Queremos a continuação da escola pelos nossos alunos, por suas famílias, pelos nossos professores e principalmente pelos surdos que ainda virão, estes que podem não ter a oportunidade de estar nessa escola, convivendo e aprendendo com qualidade. Esse apelo não é só pelo fechamento de um estabelecimento, é pelo encerramento de um propósito, a educação de surdos de qualidade. O Concórdia tem a qualidade da educação como foco principal de seu trabalho, isso se dá através da escolha de professores bilíngues qualificados, experientes em suas áreas e usuários de metodologias adequadas ao ensino de surdos. Vivemos a escola, somos a escola e não podemos deixar que os surdos perdessem esse espaço tão importante para a comunidade. A escola Concórdia precisa continuar, uma história como essa não pode ter esse fim. Comunidade, alunos e professores estão unidos em prol desse objetivo!”.

Integrantes da Comissão já estiveram em contato com representantes do MEC – Ministério da Educação e da Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul.

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Na manhã desta quarta-feira, aconteceu uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul na Comissão dos Direitos Humanos.

“Na audiência tivemos falas de representantes da comissão da escola, assim como de deputados apoiadores da causa. Pela ausência de alguns representantes de cunho educacional, até o momento não tivemos nenhuma proposta relevante. Aguardamos mais tratativas em busca de alternativas para manter a escola em funcionamento”, afirmou a professora Juliane Nunes.

Fonte  https://revistareacao.com.br/em-porto-alegre-rs-depois-de-50-anos-de-existencia-escola-referencia-para-comunidade-surda-pode-encerrar-suas-atividades/

Postado por Antônio Brito 

09/09/2020

Número de casos de sarampo no RJ cresce 142% em relação ao ano passado

Para infectologistas, número alto é reflexo da queda na cobertura vacinal. Secretaria Estadual de Saúde informou que de janeiro a agosto deste ano foram notificados 1.276 casos no estado. Em 2019, no mesmo período, foram 527 notificações.

O número de casos de sarampo no Rio de Janeiro cresceu 142% em relação ao ano passado. A Secretaria Estadual de Saúde informou que de janeiro a agosto deste ano foram notificados 1.276 casos no estado. Em 2019, no mesmo período, foram 527 notificações.

Para os infectologistas ouvidos pelo G1, um dos principais motivos para alto número de casos atuais é é queda na cobertura vacinal. O Ministério da Saúde informou que metade das crianças brasileiras não recebeu todas as vacinas que deveria em 2020.

Infectologista fala sobre o aumento de casos de sarampo no RJ
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Infectologista fala sobre o aumento de casos de sarampo no RJ

"Identificamos algumas questões em relação ao aumento de casos de sarampo. Uma é a queda na cobertura vacinal, que vem acontecendo desde 2016. Outra questão é a quantidade de turistas que vêm da Europa, e lá não existe essa preocupação com a vacina de sarampo. Por último, temos a onda migratória de venezuelanos que entraram no Brasil, muitos deles, sem vacinação", comentou o infectologista Fernando Chapermann.

Para o especialista, a pandemia do novo coronavírus também influenciou na falta de procura pela vacinação do sarampo nesse período.

"Por conta do coronavírus, muitas pessoas ficaram com medo de ir ao posto de saúde. Outra coisa é que, sem matrícula nas escolas, muitos pais acabam não colocando a caderneta de vacinação em dia. Mas temos casos diversos que resultam na queda da vacinação. Famílias que optam por não vacinar, as que não acham importante e as que têm medo. Além das notícias falsas que são divulgadas. Isso certamente vai culminar no aumento de casos", acrescentou.

A infectologista pediátrica Mariana Cypreste também reforçou que a cobertura vacinal ficou muito aquém do esperado esse ano.

"Os números da cobertura vacinal estão bem abaixo do esperado. Com a entrada do coronavírus, o sarampo parou de ser assunto em destaque entre a população. As idas das pessoas aos postos para o esquema vacinal contra sarampo, bem como o retorno daqueles que já haviam iniciado o esquema para sua finalização, acabaram sendo deixados de lado", explica.

Municípios do RJ com mais casos de sarampo em 2020
Rio de Janeiro: 627Nova Iguaçu: 139Duque de Caxias: 97Niterói: 84


Fonte: Secretaria Estadual de Saúde
https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/09/09/numero-de-casos-de-sarampo-no-rj-cresce-142percent-em-relacao-ao-ano-passado.ghtml

Postado por Antônio Brito 

Primeira feira de empregos nacional, online e gratuita para profissionais com deficiência

Objetivo do Inclui PCD, que acontece de 21 a 28 de setembro, é promover conexão, inclusão e capacitação de pessoas com deficiência no atual mercado de trabalho

Egalitê  Site externo, HRtech especializada na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, realiza, entre os dias 21 e 28 de setembro, uma feira do emprego totalmente digital e gratuita. A Inclui PcD  Site externotem início no Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, 21 de setembro, e conectará os profissionais com deficiência às empresas que pretendem contratar.

“Hoje são mais de 12 milhões de desempregados no Brasil. E, em meio à pandemia e às medidas de isolamento social, uma das áreas mais afetadas foi a empregabilidade, tendo queda de 80% da média de vagas que trabalhávamos. Montamos a feira para gerar mais impacto e inclusão neste momento complexo. A ideia é promover conexão, inclusão e capacitação de pessoas com deficiência no atual mercado de trabalho e despertar o interesse das empresas por esses profissionais”, afirma Guilherme Braga, fundador e CEO da Egalitê, startup que realiza avaliação de perfil comportamental e de educação, totalmente adaptada para as pessoas com deficiência, e já incluiu mais de 7 mil profissionais no mercado de trabalho, em 19 estados do Brasil, ajudando mais de 500 empresas.

Inclui PcD promoverá diversas palestras com especialistas da área. Entre os nomes confirmados na programação estão Michael Stein de Harvard, Djalma Scartezini, Senior Manager EY; Fernando Heiderich, do Instituto Meta Social; Dr. Kal, da Câmara Paulista de Inclusão e a Luiza de Paula, do Instituto Rumo.

As empresas e candidatos interessados em participar do Inclui PcD podem se inscrever e cadastrar vagas gratuitamente no site: incluipcd.com.br  Site externo.

“No Brasil, a lei Lei nº 8.213/91 estabelece que empresas com mais de 100 funcionários devem incluir de 2% a 5% de pessoas com deficiência em seu quadro de colaboradores. A Egalitê faz com que a inclusão seja efetiva, preparando, avaliando e recrutando os candidatos. Nós acreditamos no potencial das pessoas com deficiência e no retorno que as empresas obtém quando fazem um trabalho de inclusão bem feito, atento a detalhes, processos e, principalmente, resultados.”, destaca o CEO da Egalitê.

Sobre a Egalitê:

A Egalitê é uma empresa especializada na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. De acordo com estudo do Senado de 2010, os motivos pelos quais as pessoas com deficiência não são contratadas são dificuldades de localização dos PcD, falhas na gestão de RH, baixo nível de qualificação dos PcD e preconceito. A empresa atua nos quatro motivos promovendo conexão, capacitação e inclusão das pessoas com deficiência frente ao mercado de trabalho. A startup já capacitou e empregou mais de 7 mil pessoas em 19 estados. A HRtech venceu o World Summit Awards (WSA) promovido pela ONU, em 2019, além de ter sido acelerada pelo Facebook e pela Artemisia na Estação Hack, em 2018. Em 2017, foi a primeira empresa do Brasil premiada no Global Grand Challenges Awards e, no mesmo ano, foi considerada uma das 10 startups mais atrativas do Brasil, de acordo com a 100 Open Startups. Acesse egalite.com.br Site externo e saiba mais!

Fonte  https://www.vidamaislivre.com.br/2020/09/08/primeira-feira-de-empregos-nacional-online-e-gratuita-para-profissionais-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito 

Em outubro, I SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE CÃES E SUAS FUNÇÕES SOCIAIS

De acordo com os organizadores do evento, as vagas serão limitadas, e o Simpósio ocorrerá  de 5 a 10 de outubro,  com duas aulas diárias (manhã às 10h e noite às 20h) com a participação de 10 palestrantes de reconhecimento nacional e internacional que estarão abordando vários assuntos.

Além das palestras, os participantes poderão fazer perguntas ao palestrantes que responderão logo após a palestra.
Para quem não conseguir assistir a palestra ao vivo, poderá assistir sem seguida, pois ficarão gravadas e liberadas por um período, após cada transmissão ao vivo.

No último dia, sábado, 10/10, haverão 2 mesas quadradas: uma  pela manhã e outra a tarde, com participação em conjunto de alguns dos palestrantes para debaterem os assuntos abordados! 
De acordo com os organizadores, “a última será o QUADRADÃO, para fecharmos o simpósio e projetarmos o de 2021 com novidades muito importantes”.
Todas as informações com grade e valores estarão disponíveis ainda durante a primeira semana de setembro.

Ainda em outubro será lançado o I CURSO INTRODUTÓRIO SOBRE CÃES DE ASSISTÊNCIA, também on.line, com duração de dois meses.

Para Oliveiros Barone Castro, “esses dois eventos estão interligados, pois os assuntos que serão abordados no Simpósio  são fundamentais para a  compreensão e contextualização dos assuntos que serão abordados no curso que se complementam e aprofundam  informações da área dos cães de assistência, tanto  para quem quer ingressar ou se aprofundar nesse universo.Os processos de aprendizagem e cognição canina, o vínculo as emoções e o apego nas relações humano/animal, as emoções nos cães, enriquecimento ambiental para cães que irão exercer uma função, IACs e muito mais”

Tanto o Simpósio como o curso  serão divulgados no facebook, Instagram, no site www.caesdeassistencia.com.br e outros meios de comunicação.

O email para mais informações é: contato.caesdeassistencia@gmail.com

Fonte  https://revistareacao.com.br/em-outubro-i-simposio-brasileiro-sobre-caes-e-suas-funcoes-sociais/

Postado por Antônio Brito 

Edital vai destinar até R$ 40 milhões para projetos na área de Tecnologia Assistiva

Um novo edital da Finep, Financiadora de Inovação e Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), lançado em parceria com os ministérios da Saúde (MS), da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMDFH) e do próprio MCTI, vai destinar até R$ 40 milhões, em recursos não reembolsáveis, para apoio a projetos na área de Tecnologia Assistiva.

O objetivo é fomentar a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico e a inovação em projetos que envolvam risco tecnológico e/ou contribuam com ações inovadoras para o SUS. Com isso, espera-se promover a independência, autonomia, inclusão social e melhoria da qualidade de vida de idosos e de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. O evento de lançamento do edital contou com a presença do Ministro Astronauta Marcos Pontes e da Ministra do MMDFH, Damares Alves.

Serão apoiados produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que promovam a funcionalidade relacionada à atividade e à participação de pessoas com algum tipo de deficiência no seu cotidiano. 

Para esta chamada pública serão disponibilizados R$ 30 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), com uma previsão de aporte de mais R$ 10 milhões do Fundo Nacional de Saúde (FNS), ainda em fase final de tramitação. O valor mínimo a ser concedido a cada proposta é da ordem de R$ 500 mil, podendo alcançar R$ 3 milhões. Serão apoiados projetos em cinco linhas temáticas:

I – Auxílios para o desempenho autônomo diário e laboral da pessoa com deficiência e das pessoas idosas.

II – Auxílios para ampliação da habilidade visual, auditiva e que promovam desenvolvimento intelectual para pessoas com deficiência.

III – Órteses, Próteses e Meios Auxiliares de Locomoção.

IV – Habilitação e Reabilitação. Essa linha tem como objetivo o desenvolvimento de soluções inovadoras para prevenção das causas das deficiências e risco de quedas em pessoas idosas; diagnóstico e intervenção precoces, disponibilização de recursos terapêuticos em reabilitação que aumentem a oferta de serviços de saúde próximo ao domicílio da pessoa com deficiência, incluindo a zona rural.

V – Soluções inovadoras para atualização das tecnologias assistivas do SUS.

Segundo o superintendente de Inovação da Finep/MCTI, Rodrigo Seccioso, o lançamento desta ação é de extrema importância, pelo potencial de transformar a realidade das pessoas com deficiência e dificuldade de locomoção. “É um impacto social muito relevante, pois torna possível, para esses indivíduos, coisas acessíveis aos demais”, disse.

“Foi uma grande entrega do Governo Brasileiro em apoio à qualidade de vida da sociedade, em particular, de pessoas com deficiência , articulando esforços de vários ministérios para a execução de uma ação pública com o objetivo de proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência, promovendo uma vida Independente e de inclusão”, afirmou o diretor de Inovação da Finep/MCTI, Alberto Dantas.

São passíveis de financiamento projetos com nível de maturação TRL 3, que é o estágio entre a pesquisa básica e a pesquisa aplicada, incluindo testes laboratoriais, prova de conceito e protótipo, com proposta de chegar ao nível TRL 7, que é a fase de Demonstração, com protótipo analisado em ambiente operacional.

O Formulário eletrônico para apresentação de propostas (FAP), estará disponível no site da Finep no próximo dia 7 de setembro. Os interessados têm até as 17 horas do dia 18 de setembro próximo para enviarem propostas ao edital. A divulgação do resultado final está prevista para 10 de dezembro.

http://www.finep.gov.br/chamadas-publicas/chamadapublica/649

Fonte  https://revistareacao.com.br/edital-vai-destinar-ate-r-40-milhoes-para-projetos-na-area-de-tecnologia-assistiva/

Postado por Antônio Brito 

DIA MUNDIAL DAS LÍNGUAS DE SINAIS

A Língua Brasileira de Sinais, conhecida amplamente por Libras, é usada por milhões de brasileiros surdos e também ouvintes. De acordo com o IBGE, há mais de dez milhões de pessoas com alguma deficiência auditiva no Brasil. A educação de surdos no país – que resultou na criação da Libras – remonta à instalação da primeira escola para surdos no século XIX. O desenvolvimento de políticas de inclusão para a comunidade surda fez com que, em 2002, a Libras fosse reconhecida como língua oficial , pela Lei nº 10.436

Em todo o mundo, 10 de setembro é celebrado como o Dia Mundial das Línguas de Sinais. 

Para debater o assunto, o SISTEMA REAÇÃO realiza às 18h do dia 9 de setembro uma LIVE ESPECIAL na Página da Revista Reação no Facebook (@revista.reacao) com os intérpretes Geane Feitosa, Fabiano Campos e Maira Fuentes. 

O objetivo é discutir a importância da data, assim como o papel dos profissionais como intérprete de libras.

Acompanhe a LIVE, ou assista depois, a gravação.

Fonte  https://revistareacao.com.br/10-de-setembro-dia-mundial-das-linguas-de-sinais/

Postado por Antônio Brito 

Rede PCD Bahia promove encontro nacional de pessoas com deficiência

Intitulado ‘PCD em Revolução e Evolução’, o encontro nacional de pessoas com deficiência, família, estado e sociedade, acontecerá nos próximos dias 10 e 11, das 9h às 12h e das 14h às 17h, através da internet. O evento é uma iniciativa da Rede PCD Bahia e pretende congregar representantes das cinco regiões do Brasil.

Informações no Link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScN1WTqWxx3OzZAMqEzVtGKegvY0zqh-wmoDY-q-Lw9xvOIvQ/viewform

Planejado de forma colaborativa e utilizando as ferramentas da nova transformação digital, seus participantes ingressarão em salas temáticas do Google Meet, e debaterão temas como políticas públicas, saúde e gênero, sexualidade e participação cidadã, entre outros temas que afetam o dia a dia dessa comunidade.

A coordenação é da equipe Rede PCD que organizou uma legião de voluntárias e voluntários para montarem uma megaestrutura com transmissão ao vivo. 

Embora seja restrito aos inscritos, o evento terá abertura com transmissão livre pelo canal do YouTube da Rede, o que acontecerá das 9h às 12h do dia 10 de setembro e atividades no dia 11, pela manhã e pela tarde.

Palestrantes
O momento de abertura terá as presenças de representantes dos diversos tipos de deficiência, como Luciana Viegas Caetano, professora, mãe e ativista pelos direitos das pessoas com deficiência. Ela é autista e uma das lideranças do movimento #vidasnegrascomdeficienciaimportam aqui no Brasil.

Para falar em nome das pessoas com síndrome dae Down, o encontro traz Álvaro Borges Neto, diretor de Relações Públicas da Ser Down (Associação Baiana de Síndrome de Down).

Aurilane Marques, professora de Libras da Educação Especial, é surda e abordará os direitos das pessoas com deficiência auditiva, assim como Silvanete Brandão Figueiredo, pessoa com deficiência física e diretora de Projetos da Associação Baiana de Deficientes Físicos (Abadef).

Representando a deficiência visual, Cristina Gonçalves, falará em nome do Movimento Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa Visão.

A palestra de abertura abordará o tema ‘Da Exclusão à Inclusão, o Capacitismo gera Invisibilidade’ e será proferida por Alexandre Baroni, superintendente estadual dos direitos da pessoa com deficiência da Bahia.

Ao longo da programação, o encontro contará com quatro mesas temáticas simultâneas que, em formato de roda de conversa, debaterão temas como gênero, diversidade, saúde e sexualidade, assim como especificidades regionais, políticas públicas e representatividade.

Luciene Gomes, professora doutora em Terapia Ocupacional, com ênfase em Acessibilidade Cultural, integrará a mesa que abordará o tema relativo à representatividade da pessoa com deficiência em diversos contextos.

Do Rio Grande do Sul, destaca-se a participação de Jorge Amaro, doutor em Políticas Públicas, e Hilarielton Monteiro Picanso, que representará a região Norte. Gustavo Brustolin Horst é professor de Libras, e discutirá direitos da pessoa surda, sob o olhar da região Sul.

Serão mais de 20 palestrantes e facilitadores que contribuirão com a escrita de um documento final que sintetizará os anseios desse segmento populacional, propostas que deverão subsidiar as ações de sociedade civil e gestores públicos na implementação de políticas setoriais no Brasil.

Informações sobre o evento: eventos.redepcdba@gmail.com

Fonte  https://revistareacao.com.br/rede-pcd-bahia-promove-encontro-nacional-de-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito 


08/09/2020

Agência Brasil explica: como agendar serviços no Meu INSS

Atendimento remoto foi prorrogado até 31 de julho

O atendimento presencial nas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está suspenso temporariamente desde março, devido à pandemia de covid-19. A data para a abertura das agências é dia 3 de agosto. O atendimento exclusivo por meio de canais remotos foi prorrogado até 31 de julho e continuará sendo realizado mesmo após a reabertura das agências.

Quando o atendimento presencial retornar, o tempo de funcionamento das agências será parcial, com seis horas contínuas, e exclusivo aos segurados e beneficiários com prévio agendamento pelos canais remotos (Meu INSS e Central 135). Também serão retomados os serviços que não possam ser realizados por meio dos canais de atendimento remotos como perícias médicas, avaliação social e reabilitação profissional.

Agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Meu INSS pode ser acessado pela internet do computador ou pelo telefone celular (Android e IOS). São oferecidos mais de 90 serviços, sem precisar sair de casa.

Confira como acessar 

Para conhecer a ferramenta, digite o endereço gov.br/meuinss ou instale o aplicativo Meu INSS no celular. Depois é preciso fazer um cadastro e obter uma senha.

Também é possível obter uma senha provisória pelo site de alguns bancos.

No Banco do Brasil o caminho é: bb.com.br > Serviços > Previdência social > Senha meu INSS > NAI

Na Caixa Econômica Federal: caixa.gov.br/Páginas > Serviço ao Cidadão > INSS > Gerar Código para Serviço INSS.

No Banese: banese.com.br > Internet Banking Banese > Serviços > Gerar Senha Meu INSS - NAI.

No Banrisul: banrisul.com.br > Menu Serviços > Criar Código INSS.

Bradesco: bradesco.com.br > Outros Serviços > Documentos > INSS – Cadastrar Código Inicial de Acesso ao Portal Meu INSS (NAI).

Itaú: itau.com.br >Previdência > INSS > Cadastrar senha inicial de acesso ao Portal Meu INSS.

Santander: santander.com.br > Outros Produtos > Demais Serviços > NAI – Núcleo de Autenticação Interbancária.

Sicoob: sicoob.com.br > Outras opções > Previdência Social > Senha Meu INSS > NAI.

Dificuldade no acesso

No site do INSS e na Central 135 (de segunda a sábado, das 7h às 22h), é possível tirar dúvidas sobre o acesso aos serviços.

Serviços do Meu INSS

No Meu INSS, o cidadão pode enviar, por exemplo, documentação digitalizada (escaneada) ou fotografada (por meio de foto tirada pelo celular). Um dos documentos que podem ser enviados pela internet é o atestado médico.

Para isso, é preciso acessar o Meu INSS e selecionar a opção “Agendar Perícia”. Selecionar “Perícia Inicial” e quando aparecer a pergunta “Você possui atestado médico?”, responder sim e anexar no portal.

Perguntas e respostas sobre concessão e prorrogação do auxílio-doença

Entres os serviços disponíveis no Meu INSS estão aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição, salário-maternidade, pensão por morte, auxílio-doença, seguro-desemprego do pescador artesanal, benefícios assistenciais, certidão de tempo de contribuição, alterar local ou forma de pagamento, cadastrar ou renovar procuração ou representante legal, solicitar pagamento de benefício não recebido, recurso e revisão, entre outros.

Após fazer a solicitação, é possível acompanhar, com o número do protocolo de requerimento, o andamento do pedido pelo Meu INSS ou telefone 135.

Cumprimento de exigência

O INSS diz que quem receber um SMS (mensagem de celular) ou e-mail informando que existe alguma pendência, não precisa se preocupar. Pelo Meu INSS é possível enviar o documento fotografado ou digitalizado para dar continuidade ao processo.

Site

Na página do INSS há mais informações sobre os serviços oferecidos na ferramenta, com vídeos explicativos.

Edição: Graça Adjuto

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-07/agencia-brasil-explica-como-agendar-servicos-no-meu-inss

Postado por Antônio Brito 

Dificuldades motoras no Autismo.

Estudos recentes apontam que a maioria dos Autistas, cerca de 87% devem apresentar alguma dificuldade motora, que pode variar desde uma dificuldade em escrita até características que geram movimentos distintos ou repetitivos. Muitas vezes as pessoas esquecem que essas observações devem ser mantidas para uma possível apoio terapêutico ou médico profissional,  assim como ocorre em diversos outros transtornos como Down, TDA, TDAH e relacionados.

As últimas pesquisas reforçam a necessidade de se manter um bom acompanhamento médico e terapêutico a fim de evitar problemas futuros por questões de uma desordem maior, uma possível somatização e espelhos negativos como padrões musculares que afetam um possível maior desordem. Já fiz aqui uma publicação sobre o Sistema Muscular e relacionados a uma desordem maior que ligou meu estágio de dores a uma relação a Fibromialgia adquirida por anos no processo de camuflagem.

Sendo assim Jacson quais os principais tipos de atividades motoras que Autistas podem apresentar?

Podemos apresentar problemas de desordens motoras, com padrões de psicomotoras finas, manipular objetos com as mãos e escritas. Essa dificuldade pode ser presente em movimentos que precisamos selecionar um lado, como esquerdo ou direito, algumas pausas são vistas antes de selecionar tais ações. Eu por exemplo costumo repetir no pensamento o lado de escolha antes de seguir um padrão de direção, essas pequenas escolhas podem em uma sobrecarga maior gerar confusão e desordens sensoriais maiores. Outras características são vistas em posições que necessitam de equilíbrio pelo sistema de regulagem ou vestibular,  processos esses que geram uma repetição para tentativa de centralizar o corpo flequicionando a ponta dos pés. Vale ressaltar que essas desordens podem variar de níveis leves a graves.

Com qual idade essas dificuldades motoras se apresentam Jacson?

Os mesmos estudos apontam que bebês de 1 mês de vida que apresentam movimentos normais aos 3/4 meses de vida podem apresentar perdas de movimentos ou desordens relacionadas a sua estrutura motora. Com 4 meses de vida uma criança típica já consegue manter uma regulação centrada, onde sua cabeça terá um alinhamento regular, vale ressaltar que esse extremo de desordens podem ser associadas ao nível e tipo de autismo, onde mesmo que tenhamos o autismo presente, crianças podem desenvolver uma auto regulagem, iniciando desde cedo possíveis camuflagens onde os extremos podem se encontrar. Já com 14 meses de vida uma criança típica terá plena capacidade de andar, em contrapartida uma criança Autistas poderá não andar ou apresentar estereotipias relacionadas a tais movimentos como desordens no compasso do movimento ou necessidades aparentes para movimentos não assimétricos. 

Existe a possibilidade de fatores genéticos estarem ligados a características motoras no Autismo?

Sim, algumas mutações são mais presentes em Autistas, conforme estudos que relacionam a carga genética e epigenética no Autismo, um exemplo observado é que a cada um mês de atrasos motores relacionados à capacidade de andar no autismo terá uma representação de 17% na carga genética, conforme estudo de 2017 por Bishop, essas variações podem gerar maiores ramificações como a síndrome de Phelan-McDermid que geralmente apresenta baixo tônus ​​muscular além de crianças com síndrome dup15q que tendem apresentar a mesma característica.

Embora os problemas motores tendem a ser mais graves em pessoas autistas com deficiência intelectual , eles podem afetar qualquer autista nesse espectro. Por exemplo, pessoas com autismo que carregam mutações espontâneas têm maior probabilidade de apresentarem problemas motores , independentemente de terem deficiência intelectual, de acordo com um estudo de 2018 pela Fuentes CT et al. Neurology. Outros estudos descobriram que as crianças do espectro têm mais problemas motores do que os controles típicos quando esses são comparados pelo quociente de inteligência sendo assim não existem balizadores para classificar apenas autistas com D.I.

O que está ocorrendo no nosso cérebro Autístico Jacson?

As diferenças na conectividade entre as regiões do cérebro podem ajudar a explicar as dificuldades motoras nos autistas. Por exemplo, crianças com autismo diminuíram a sincronia na atividade entre suas regiões visuais e motoras; quanto menos sincronização houver, mais graves serão seus déficits sociais, com base em uma escala padrão. Seus problemas motores também podem resultar em uma conectividade menor entre o lobo parietal inferior, uma região envolvida na coordenação olho-mão; e o cerebelo , que auxilia na orientação e correção dos movimentos. Outras evidências implicam conexões fracas entre as regiões sensoriais e motoras e atividade atípica em uma rede importante para o planejamento motor.

Autistas também costumam descartar algumas informações visuais e confiar mais na propriocepção, ou em seu sentido interno da posição do corpo, do que as pessoas comuns quando aprendem a usar uma nova ferramenta. Quanto mais as pessoas com autismo dependerem da propriocepção, mais graves são seus déficits sociais, embora os pesquisadores ainda não tenham certeza do real motivo que cause esse efeito.

Como podemos medir essas características motoras no Autismo?

Alguns testes padronizados podem revelar se uma criança pode fazer certas atividades motoras. Porém tais testes não são totalmente fidedignos para avaliação de um Autista. Além disso, a maioria das atividades atuais foram projetadas para crianças típicas, o que gera uma extrema dificuldade avaliativa para crianças no espectro sendo mais complexo em criança com deficiência intelectual ou cognitiva.

Alguns pesquisadores têm desenvolvido novas maneiras de sondar problemas motores, usando a escrita com interações em canetas com suporte, realidade virtual , captura de movimento com sensores e câmeras infravermelhas , acelerômetros e giroscópios (para medir a intensidade e o ângulo nos movimentos dos membros), tapetes equipados com sensores de pressão (para detectar diferenças nos movimentos) e eletromiografia (uma técnica que mede a atividade elétrica dos músculos). Mas os pesquisadores afirmam ainda que estão longe de padronizar essas medidas. Vale ressaltar que a participação de um terapêutico ocupacional é de extrema importância para tais sondagens.

Como podemos tratar os problemas motores no Autismo?

Existem diversas maneiras, o mais assertivo é iniciar o diagnóstico do autismo o mais cedo possível,  com isso os profissionais que efetuam a sua abordagem primária terão espaço para um direcionamento Multidisciplinar para avaliações e terapias adequadas, outro ponto é não aceitar tais desordens como algo comum no autismo, pois todo esse peso que a criança e adolescente carregar por sua vida terá um impacto maior na somatização em sua fase adulta. Estudos apontam que apenas 32% dos autistas recebem o devido apoio para tratamentos direcionados aos problemas motores, muitas vezes levando em consideração a opinião de familiares que tais questões são mínimas e não geram um impacto negativo no futuro. Aqui devemos fazer a separação do que poderá ser aproveitado dentro do padrão de Stimming e o que devemos abordar como características negativas para estereotipias que geram inclusive alto agressões e mutilações. 

Com essa abordagem, sempre direcione o Autistas para atividades que gerem um relaxamento e trabalho muscular, tais como ioga, artes marciais, terapias adicionais que envolvam por exemplo a música, o meio ambiente, a natação entre diversas outras atividades. O mais importante é não deixar o Autista parado perante a tais desordens, evitando um descontrole e desordem maiores no futuro.

Autista Savant Jacson Marçal @jacsonfier

Fonte  https://mundoadaptado.com.br/write.app#!/post?community=true

Postado por Antônio Brito 

Entenda o enquadramento de Deficiência para transtornos de personalidade, psicossocial e neurológico.

Conforme a Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (ONU), em 2006, ampliou a caracterização de deficiência ao considerá-la, a partir dos impedimentos de longo prazo que em interação com uma ou mais barreiras podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Essa nova perspectiva sobre a caracterização de deficiência, deu voz a pessoas que, apesar de enfrentarem inúmeras limitações e dificuldades em seu dia a dia, nunca tinham sido contempladas por políticas de proteção e defesa de direitos.

Outra inovação da Convenção foi incluir o conceito de deficiência psicossocial: Destacamos as pessoas com transtornos mentais crônicos como as pessoas com transtorno bipolar, esquizofrenia, ansiedade generalizada, transtorno obsessivo compulsivo, depressão grave e epilepsia.

Podemos observar que dentro desses fatores o Autismo entra em conjunto com uma abordagem ampla do Transtorno Do Espectro Autista,  um transtorno global do neurodesenvolvimento em ligação aos transtornos neurológicos para uma característica psicossocial. 

O ideal, seria que uma sociedade justa e igualitária não precisasse de leis para inclusão, mas para além do campo subjetivo e da utopia, a realidade é de um contexto desigual para muitas pessoas que não podem mais esperar para “fazer parte da sociedade”. Quanto mais avançarmos na disseminação da cultura da diversidade e inclusão em todas as áreas e segmentos da sociedade, mais perto ficaremos de uma sociedade com acessibilidade para todos, conforme a proposta da ONU lançada em 2015 ao criar o do símbolo “A Acessibilidade”.

Mas afinal, o que é deficiência psicossocial?

A Lei Brasileira de Inclusão (LBI 13.146/15) estabelece a caracterização de deficiência a partir da constatação de impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Antes da promulgação da LBI, a Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (ONU, 2007) já reconhecia a deficiência como o resultado entre a interação da pessoa com o ambiente e as barreiras que este oferece. Essa mudança de conceituação mostrou conformidade também com o modelo multidimensional de classificação de funcionalidade, ao tirar o foco do indivíduo e sua patologia, e passar a considerar que as condições sociais e econômicas impactam diretamente na condição de saúde de uma pessoa.

Em países de todos os níveis de rendimento, a saúde e a doença seguem uma gradação social: quanto mais baixa a posição socioeconômica, pior o estado de saúde (OMS, 2010, s/p – sumário executivo).

Entende-se por longo prazo, a duração acima de dois anos da repercussão de uma condição de saúde que provoca alterações significativas na estrutura do corpo e funcionalidade, com redução ou falta de capacidade de realizar uma atividade em padrão normal. Portanto, os impedimentos de longo prazo decorrem do impacto no desempenho de atividades e da participação da pessoa com deficiência em diferentes situações cotidianas.

A esquizofrenia, por exemplo, só pode ser diagnosticada por um médico psiquiatra, que avaliará a presença de sintomas há pelo menos seis meses consecutivos, que consequentemente, apresentam redução do nível de funcionamento em uma ou mais áreas importantes da vida, como trabalho, escola, relações interpessoais, autocuidado; acompanhadas de um ou mais sintomas chamados de “positivos” como: delírios, alucinações, sensação de perseguição, comportamento bizarro, entre outros.

Uma vez estabelecido o diagnóstico, é necessário acompanhamento multiprofissional (terapeuta ocupacional, psicólogo, assistente social, enfermeiro, acompanhante terapeuta, psiquiatra) e a tomada de antipsicóticos regularmente, para diminuir os sintomas e promover a autonomia e reabilitação da pessoa. Apesar da possibilidade de estabilidade do quadro e até remissão desses sintomas em alguns casos, a esquizofrenia é considerada deficiência porque não há cura, mas sim tratamento por tempo indeterminado, que deixam sequelas nas funções mentais limitando algumas capacidades funcionais da pessoa.

O conceito de deficiência mental é dado a partir da manifestação anterior aos dezoito anos de idade, de um funcionamento intelectual significativamente inferior à média associada a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas tais como comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização de recursos da comunidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho. (Decreto 5.296/04).

O conceito de deficiência psicossocial é dado a partir da constatação de significativa sequela decorrente um diagnóstico psiquiátrico. Romeu Sassaki, foi um dos primeiros no Brasil a escrever sobre o tema, considerando tal tipo de deficiência como uma deficiência “por saúde mental” ou psiquiátrica (2010).

Assim, nem toda pessoa com transtorno mental pode ser considerada com eficiência psicossocial, mas toda pessoa que, em decorrência de um transtorno mental, apresentar impacto significativo e prolongado, de diminuição, déficit ou limitações em sua funcionalidade humana, pode ser considerada com deficiência psicossocial.

Isso só é comum, em caso de transtornos mentais graves e crônicos. Razão pela qual, casos leves e transitórios de transtornos mentais, onde não há necessidade de contínuo tratamento psiquiátrico e multiprofissional, não são considerados deficiência psicossocial.

Em transtornos mentais crônicos como esquizofrenia, transtorno bipolar, transtorno obsessivo compulsivo, dependência química por uso de substâncias psicoativas, ansiedade generalizada e depressão grave, o impacto na funcionalidade atinge principalmente as funções mentais e psicomotoras. Entre as limitações decorrentes destes transtornos, são comuns as dificuldades associadas à capacidade de concentração, atenção, comunicação, contato interpessoal, memória, aprendizagem e autocuidado.

Seja por desconhecimento, medo ou preconceito não declarado explicitamente, ainda poucas pessoas ou empresas se sentem à vontade em deliberadamente contratar pessoas com deficiência psicossocial – independentemente de ser ou não pela Lei de Cotas.

Em 2012, o Ministério do Trabalho instituiu através da Instrução Normativa número 98, que a avaliação biopsicossocial poder ser feita por qualquer profissional com ensino superior e qualificação na área da saúde, e que, portanto, fica responsável pela emissão do laudo caracterizador de deficiência que enquadrará a pessoa à Lei de Cotas.

Portanto, para enquadrar o transtorno mental (de qualquer tipo) na Lei de Cotas, seja como deficiência mental ou psicossocial, é importante existir as seguintes informações nos laudos apresentados pela pessoa com deficiência à empresa:

CID-10 (Feito por Médico Psiquiatra, Neurologista ou Neuropediatra) em breve CID-11

Avaliação biopsicossocial (feito por um ou mais profissionais com ensino superior, exceto médico), contendo:Fatores socioambientais e psicológicos, impedimentos ou limitações das funções e estruturas do corpo, limitações ao desempenho de atividades ou restrição de participação;

Com exceção do diagnóstico (CID-10), todas as demais informações podem ser descritas por outro profissional e ainda, serem classificadas universalmente pela CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade).

Reference:

ONU - https://nacoesunidas.org/acao/pessoas-com-deficiencia/

Scielo - https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2008000200014

Jama Inspp .com

Spectrum Liger.

Cathoinp

 Fonte  https://mundoadaptado.com.br/write.app#!/post?community=true

Postado por Antônio Brito