26/06/2025

Novela 'Vale Tudo' da Rede Globo traz discussão de preconceito à PCD

A novela 'Vale Tudo' da Rede Globo aborda o preconceito contra pessoas com deficiência através do personagem Leonardo Roitman, filho da vilã Odete. A trama levanta discussões sobre capacitismo e a falta de representatividade.

Novela 'Vale Tudo' da Rede Globo traz discussão de preconceito à PCD

O blog Vencer Limites do Estadão – de Alexandre Ventura – trouxe à discussão um tema que está começando a ser explorado na novela das 21h da Rede Globo – remake de Vale Tudo.

Entre todas as temáticas para manter a audiência da novela, veio à tona agora a história de Leonardo Roitman, filho dado como morto da vilã Odete Roitman.

Ventura destaca no blog que, se escrita com inteligência e cuidado, essa parte da trama tem grande potencial para ultrapassar a abordagem a respeito da diversidade e fazer sangrar a ferida da ojeriza, do ódio e do preconceito contra as pessoas com deficiência.

Essa, sem dúvida, por estar sendo tratada em horário nobre e com milhões de brasileiros assistindo, é uma oportunidade valiosa de aprofundar a discussão sobre como o ódio arranca a humanidade da pessoa com deficiência.

Na trama, Odete não enxerga pessoas, apenas obstáculos ou acessos para concretizar suas determinações, na empresa, na família, no sexo, em qualquer situação ou ambiente.

Quando a pessoa com deficiência é tratada como 'isso aí' ou tantas outras formas pejorativas e nomenclaturas que aparecem, desaparece a humanidade, a existência da pessoa é rejeitada, anulada, ela passa a ser apenas uma “deficiência”.

Se realmente o personagem de Leonardo for ter uma participação como pessoa com deficiência na novela, fica a pergunta: por que não usaram um ator com deficiência de verdade para fazer o papel do filho da vilã ?

A observação da deficiência como punição, a percepção do ser humano completo somente quando não tem limitações físicas, sensoriais ou intelectuais, além de muitas outras maneiras de entender a diversidade como algo anormal, fora da sociedade, são combustíveis da discriminação, alimentos do preconceito, impulsionam o capacitismo que permeia todos os setores.

Leonardo Roitman não existia na primeira versão da novela, na década de 80. Foi colocado agora nesse remake da trama e pode ter sido propositadamente para levantar essa discussão.

Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=316af460-bfd4-490c-9bb4-c0e40da3c0e5

Postado Pôr Antônio Brito 

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