06/09/2021

OMS alerta sobre a prevenção ao suicídio

O suicídio continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo, segundo as mais recentes estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A entidade acaba de publicar o relatório “Suicide worldwide in 2019” e o documento registra que, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária, câncer de mama, guerras ou homicídios. Em 2019, mais de 700 mil pessoas em todo mundo tiraram a própria vida: uma em cada 100 mortes.

“Não podemos e não devemos ignorar o suicídio”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “Nossa atenção à prevenção é ainda mais importante agora, depois de muitos meses convivendo com a pandemia de Covid-19, com vários dos fatores de risco para suicídio – perda de emprego, estresse financeiro e isolamento social – ainda presentes”.

Primeiros sinais

Para o escritor Odil Campos – cujo ato de retirar a própria vida é abordado no livro “O Renascimento” (Editora Flor de Lis, 248 págs., R$ 45,00), à venda nas livrarias e marketplaces – a depressão e o declínio emocional são os primeiros indicativos que exigem atenção.

“O distanciamento social por tempo prolongado causa danos emocionais. Mas precisamos encontrar alternativas para ocupar a mente; tais como a leitura de um livro, ver bons filmes, fazer exercícios físicos e usar a tecnologia para diminuir o isolamento afetivo”, explica.

Segundo o autor, as relações humanas se fundamentam nos vínculos sociais e emocionais que permitem os movimentos da vida – desde o ato de pensar, sentir, doar, trabalhar. Dessa forma, o crescimento torna-se integral.

Não é frescura!

De acordo com o documento da OMS, o suicídio foi a quarta causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos – vindo depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Outro estudo da OMS também demonstra que a ansiedade atinge mais de 260 milhões de pessoas no mundo. O Brasil, em 2019, era o país com o maior número de pessoas ansiosas: 9,3% da população.

Ciente da importância que o assunto exige, desde 2014 a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.

Segundo a ABP, estudos indicam que cada caso de suicídio tem impacto na vida de outras seis pessoas de forma direta. “Aqueles que pensam em tirar a própria vida – mediante as dificuldades que surgem – devem ser acolhidos com amor e afeto para que esses atos não aconteçam. Certamente é uma situação muito delicada. Contudo, não podemos desistir. Os desafios ao longo da vida aparecem para que tenhamos novos aprendizados e possamos melhorar como um todo”, completa Odil Campos.

Fique atento

Para apoiar os esforços na prevenção ao suicídio, a OMS lançou uma orientação abrangente e com quatro estratégias principais.

A primeira dela é para limitar o acesso aos métodos de suicídio, como pesticidas e armas de fogo altamente perigosos. Em seguida, a entidade recomenda educar a mídia sobre a cobertura responsável do suicídio, pois o trabalho da imprensa pode levar a um aumento nos casos devido à imitação – especialmente se for uma celebridade ou se descrever métodos de suicídio.

A terceira estratégia é promover habilidades socioemocionais para a vida em adolescentes, principalmente porque metade dos problemas de saúde mental aparecem antes dos 14 anos. A orientação incentiva programas anti-bullying, entre outros. Por fim, a identificação precoce, avaliação, gestão e acompanhamento de qualquer pessoa afetada por pensamentos e comportamentos suicidas.

“O acolhimento, a doação e o respeito ajudam a pessoa que está em crise. Com essas atitudes, o amor penetra no coração de quem está mal e mostra a ela o quanto o apoio é importante, pois o indivíduo não se encontrará só”, completa o escritor Odil Campos.

Centro de Apoio

Um dos centros de apoio emocional mais atuantes no Brasil é o Centro de Valorização da Vida (CVV). Nele existe o serviço de escuta 24 horas por dia. Basta ligar para 188 e solicitar o atendimento. O serviço também está disponível via internet pelo www.cvv.org.br e-mail, chat e Skype.

Fonte. https://revistareacao.com.br/oms-alerta-sobre-a-prevencao-ao-suicidio/

Postado por Antônio Brito

Aprovada prioridade de matrícula para criança com deficiência no ensino público

Waldemir Barreto/Agência Senado

Crianças e adolescentes com deficiência ou doenças raras poderão ter prioridade na matrícula em creches, pré-escolas e em instituições de ensino fundamental ou médio, públicas ou subsidiadas pelo Estado. É o que determina projeto da senadora Nilda Gondim (MDB-PB), aprovado por unanimidade pelo Plenário do Senado. Foram 75 votos favoráveis e nenhum contrário. O Projeto de Lei (PL) 2.201/2021 segue agora para análise da Câmara dos Deputados.

— Hoje é um dia especial, o Senado Federal dá um importante passo para tornar o Brasil um país mais igualitário e para entregar mais oportunidades de inclusão e de desenvolvimento para crianças e adolescentes com deficiência — disse Nilda Gondim em Plenário.

A senadora destacou a necessidade de crescente atualização das normas que regulamentam os direitos fundamentais estabelecidos na Constituição. Para ela, a falta de reconhecimento das dificuldades específicas de crianças e adolescentes com deficiência constitui uma das “práticas sociais tradicionais” que impõem dificuldades na obtenção de vagas escolares.

“As pretensões civilizatórias do país devem rechaçar esse tipo de ‘ignorância estratégica’, que não pode gerar outro resultado que não a triste e improdutiva manutenção do estado de coisas. Cabe ao Estado o papel de criar mecanismos para efetivar a tão almejada igualdade”, argumenta Nilda Gondim na justificativa do projeto.

O acesso à educação adequada tem o potencial de alterar a condição da pessoa com deficiência, acrescenta a parlamentar, que destaca ainda o potencial do uso de novas tecnologias no ensino e a importância da superação de obstáculos para as crianças e adolescentes com deficiência.

O texto aprovado foi o substitutivo apresentado pelo relator, o senador Romário (PL-RJ). Ele acolheu emenda do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) que assegura o provimento de material didático adaptado às necessidades dos estudantes nessas condições.

— Por mais que a Constituição imponha ao Estado o dever de garantir educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 16 anos de idade, bem como educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças de até 5 anos de idade, temos ciência de que, na prática, é comum, em todo o território nacional, a organização de filas de espera por vagas na pré-escola e na rede pública de ensino, porque o Estado ainda não consegue suprir a demanda dos brasileiros por educação — disse Romário ao ler seu relatório no Plenário.

Para implementar a mudança, o projeto acrescenta dispositivos ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei 8.069, de 1990); à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Lei 9.394, de 1996); e ao Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146, de 2015). Se o projeto virar lei, haverá prazo de 90 dias, a partir da sanção, para que as creches e escolas possam se adaptar à nova legislação.

O projeto original de Nilda Gondim previa a prioridade de matrícula para crianças e adolescentes com deficiência. O relator acolheu parcialmente emenda do senador Izalci Lucas (PSDB-DF) para que a prioridade alcance também crianças e adolescentes com doenças raras.

“A concorrência acirrada por matrículas pode deixar crianças e adolescentes com deficiência fora da escola e da creche, agravando-lhe o isolamento social e atrasando o desenvolvimento de suas potencialidades. Trata-se do círculo vicioso de reprodução das dificuldades e de impedimentos mencionado pela autora da proposição, uma dinâmica que precisa ser interrompida, se realmente desejamos nos transformar em uma sociedade inclusiva e acessível”, afirma Romário em seu relatório.

Fonte: https://revistareacao.com.br/aprovada-prioridade-de-matricula-para-crianca-com-deficiencia-no-ensino-publico/

Postado por Antônio Brito

Estreante em Jogos Paralímpicos, Carol Santiago lidera campanha histórica da natação brasileira em Tóquio

Wendell Belarmino, Douglas Matera, Lucilene Sousa e Carol Santiago comemoram no pódio a prata no revezamento 4x100m livre nos Jogos de Tóquio. Foto: Miriam Jeske / CPB

O décimo dia de competições nos Jogos Paralímpicos de Tóquio marcou a despedida da natação do megaevento na capital japonesa. A equipe brasileira conquistou 23 medalhas na modalidade, sendo oito de ouro, cinco de prata e dez de bronze, ficando na oitava posição - tanto no ranking por medalhas de ouro quanto pela soma geral dos pódios. 

O grande destaque brasileiro no Centro Aquático de Tóquio foi a pernambucana Carol Santiago (classe S12 - para atletas com deficiência visual), dona de cinco medalhas - quatro individuais (três de ouro e uma de bronze) e uma prata no revezamento 4x100m até 49 pontos. 

Aos 36 anos, e na sua primeira participação em Jogos Paralímpicos, a nadadora liderou a melhor campanha brasileira da história na modalidade - superando os 19 pódios de Pequim 2008 e Rio 2016. Em relação às medalhas de ouro, a marca alcançada no Japão só foi abaixo dos pódios obtidos em Londres 2012 - foram nove medalhas douradas na capital inglesa. 

"Fui entendendo o Movimento [Paralímpico] devagar. Hoje, tenho total consciência de como isso aqui [os Jogos] é grandioso, é incrível e o que a gente faz aqui é grande. Estou muito feliz porque encontrei o meu lugar. Poder participar de um evento como esse e ter os resultados que a gente teve é a prova de que estou no caminho certo. É a realização de um grande sonho", disse Carol. 

Ouro nos 50m e 100m livre, assim como nos 100m peito, a pernambucana bateu dois recordes paralímpicos em Tóquio: nos 50m livre (26s82) e 100m peito (1min14s89). No primeiro estilo, inclusive, ela conseguiu o feito em duas oportunidades - primeiro nas eliminatórias e depois quebrou a sua própria marca nas finais da prova. 

As outras duas medalhas de Carol no Japão foram: bronze nos 100m costas e prata no revezamento misto 4x100m - até 49 pontos. 

Gabriel Geraldo (classe S2)
Com quase a metade da idade da pernambucana, o mineiro Gabriel Geraldo, de 19 anos, também se destacou no Centro Aquático de Tóquio. Responsável pela primeira medalha da missão brasileira no Japão, Gabriel volta para o país com três medalhas na bagagem:

100m costas - prata
200m livre - ouro
50m costas - ouro

Além dos resultados dentro da piscina, o mineiro chamou a atenção por suas dancinhas no pódio. “Fico feliz por também poder mostrar minha alegria. Sempre estou sorrindo e dançando. É uma felicidade poder inspirar as crianças, com deficiência ou sem", afirmou Gabriel.

Talisson Glock (classe S6)
O catarinense também conquistou três medalhas no Centro Aquático de Tóquio: ouro nos 400m livre, bronze nos 100m livre e outro bronze no revezamento misto 4x50m livre - até 20 pontos. 

Gabriel Bandeira (classe S14)
Primeiro brasileiro medalhista de ouro em Tóquio ao bater o recorde paralímpico nos 100m borboleta (54s76), o paulista de Indaiatuba também subiu ao pódio nos 200m medley (prata), 200m livre (prata) e no revezamento misto 4x100m livre (bronze). 

Wendell Belarmino (classe S11)
Outro medalhista de ouro brasileiro, o brasiliense Wendell Belarmino subiu ao lugar mais alto do pódio nos 50m livre. Também foi prata no revezamento misto 4x100m - até 49 pontos e bronze nos 100m borboleta. 

Daniel Dias (classe S5)
Os Jogos de Tóquio também foram históricos para a natação brasileira por ser a última competição do maior medalhista paralímpico do país: Daniel Dias se despediu das piscinas na capital japonesa. A sua última prova foi os 50m livre, na qual ele ficou em quarto lugar. 

No Japão, o paulista de Campinas conquistou mais três medalhas de bronze para a sua coleção. Desta forma, ele encerrou sua participação em Jogos Paralímpicos com 27 medalhas em quatro edições - 14 de ouro, sete de prata e seis de bronze. 

As medalhas de Daniel em Tóquio:
- 100m livre - bronze
- 200m livre - bronze 
- Revezamento misto 4x50m livre até 20 pontos - bronze


Confira todas as medalhas brasileiras na natação nos Jogos Paralímpicos de Tóquio

Ouro

Carol Santiago (S12)
50m livre - recorde paralímpico
100m livre
100m peito - recorde paralímpico

Gabriel Geraldo (S2)
50m costas 
200m livre

Gabriel Bandeira (S14)
100m borboleta - recorde paralímpico

Wendell Belarmino (S11)
50m livre
Talisson Glock (S6)
400m livre 

Prata

Gabriel Bandeira (S14)
200m livre
200m medley

Gabriel Geraldo (S2)
100m costas

Cecília Araújo (S8)
50m livre

Revezamento misto 4x100m até 49 pontos 

Bronze

Talisson Glock (S6)
100m livre

Daniel Dias (S5)
100m livre
200m livre

Phelipe Rodrigues (S10)
50m livre

Carol Santiago (S12)
100m costas

Beatriz Carneiro (S14)
100m peito

Mariana Gesteira (S9)
100m livre 

Wendell Belarmino
100m borboleta

Revezamento misto 4x100m livre - S14

Revezamento misto 4x 50m livre até 20 pontos

Transmissão

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 contam com a transmissão ao vivo dos canais SporTV e da TV Brasil.

Patrocínio


A delegação brasileira e a natação têm o patrocínio das Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3559/estreante-em-jogos-paralimpicos-carol-santiago-lidera-campanha-historica-da-natacao-brasileira-em-toquio

Postado por Antônio Brito

A melhor campanha de todos os tempos: Brasil termina os Jogos Paralímpicos de Tóquio com recorde de ouros e feitos inéditos

Carol Santiago exibe suas medalhas conquistadas no Centro Aquático de Tóquio/Foto: Alê Cabral/CPB

As disputas dos Jogos Paralímpicos de Tóquio se encerraram no início da madrugada deste domingo, 5, e o Brasil se despediu com 72  medalhas, sendo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de  bronze, na sétima colocação no quadro, cumprindo a meta do top 10 estabelecida no planejamento estratégico do CPB de 2017. Trata-se da melhor participação na história dos Jogos Paralímpicos.
 
"O Comitê Paralímpico Brasileiro celebra, além da maior campanha de todos os tempos, o atingimento de todas as metas, como de participação de mulheres, participação de atletas jovens, participação de atletas de classes baixas [atletas com as deficiências mais severas]. Aprendemos muitas lições que vamos colocá-las em prática nos três anos que restam até a próxima edição de Jogos Paralímpicos, em Paris 2024", comentou Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de 5, em Atenas 2004 e Pequim 2008, e presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.
 
A delegação brasileira foi composta por 259 atletas (incluindo atletas-guia, calheiros, goleiros e timoneiro), além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 435 pessoas. Dos atletas com deficiência, 68 eram das chamadas "classes baixas" (com deficiência severa). Foram 42 homens e 26 mulheres. Trinta e nove participantes tinham menos de 23 anos, cerca de 17% do total da equipe nacional paralímpica.  
 
Em nenhuma outra edição a missão brasileira havia conquistado tantas medalhas de ouro. As 22 láureas obtidas na capital japonesa superaram as 21 de Londres 2012. No número total de pódios, o Brasil igualou a marca alcançada no Rio 2016. Foram 72 medalhas no Japão, tal qual nos Jogos Paralímpicos disputados em solo brasileiro, há cinco anos.  
 
Tais recordes foram puxados pela natação, que obteve o seu melhor desempenho em toda a história dos Jogos, com 23 medalhas (oito de ouro, cinco de prata e dez de bronze). O atletismo foi a modalidade que mais garantiu medalhas ao Brasil em Tóquio: 28 (oito de ouro, nove de prata e 11 de bronze) e também na soma de todas as participações brasileiras nas edições anteriores do megaevento (170 no total).
 
O último brasileiro a pisar no pódio em solo japonês foi o gaúcho Alex Douglas da Silva, na classe T46 (deficiência em membros superiores). No começo da noite de sábado, 4, ele que finalizou a maratona no segundo lugar com o tempo de 2h27min, e recorde sul-americano, conquistando a medalha de prata.

O Brasil também conquistou resultados expressivos na canoagem, esporte que está apenas em sua segunda participação no programa dos Jogos Paralímpicos - a estreia foi no Rio 2016. Fernando Rufino obteve a medalha de ouro nos 200m da classe VL2. Luís Carlos Cardoso, nos 200m (KL1) e Giovane de Paula, 200m, (VL3) ficaram com a prata. As três medalhas colocaram o país na terceira colocação da modalidade em Tóquio.
 
"Este ouro eu dedico ao ano difícil de pandemia que as pessoas tiveram. Eu dedico a todos que perderam pessoas queridas, eu perdi gente que amava. Este ouro é uma forma de alegrar o povo. O brasileiro é um povo lutador e vibrou comigo", disse Rufino, após sua conquista, no sábado, 4.
 
No halterofilismo, o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio pela primeira vez na história. A responsável pelo feito foi Mariana D’Andrea, que levantou 137 kg na disputa entre atletas da categoria até 73kg.
 
Outro ouro inédito para a missão brasileira foi conquistado pela judoca Alana Maldonado (categoria até 70kg), primeira mulher brasileira a ser campeã no judô na história dos Jogos Paralímpicos.
 
Os Jogos de Tóquio também foram marcados pela primeira medalha de ouro para o goalball brasileiro. A Seleção masculina, bronze no Rio, venceu a Lituânia -  até então atual campeã paralímpica - em duas oportunidades, inclusive com uma goleada por 11 a 2 na estreia. Na final, contra a China, os brasileiros conquistaram a medalha dourada com uma vitória por 7 a 2.
 
O grande nome brasileiro no Centro Aquático de Tóquio foi a pernambucana Carol Santiago, da classe S12 (para atletas com baixa visão), dona de cinco medalhas: quatro individuais (três de ouro e uma de bronze) e uma prata no revezamento 4x100m até 49 pontos (soma do número da classe dos integrantes).  
 
Ouro nos 50m e 100m livre, assim como nos 100m peito, a pernambucana bateu dois recordes paralímpicos em Tóquio: nos 50m livre (26s82) e 100m peito (1min14s89). No primeiro estilo, inclusive, ela conseguiu o feito em duas oportunidades, primeiro nas eliminatórias e depois quebrou a sua própria marca na final.
 
Carol quebrou um jejum de 17 anos sem que Brasil pudesse celebrar uma campeã paralímpica na natação. Até então, Fabiana Sugimori, da classe carregava a honraria, conquistada em Sydney 2000 e Atenas 2004, ambas nos 50m livre da classe S11 (para cegos).
 
A paulista Mariana D'Andrea, de 23 anos, conquistou a primeira medalha de ouro brasileira no halterofilismo na história dos Jogos Paralímpicos. A atleta, da categoria até 73kg, levantou 137 quilos e superou a chinesa Lili Xu, que ficou com a prata (134 quilos). O bronze foi para a francesa Souhad Ghazouani (132 quilos).
 
"Esperava muito por este momento. Não tem gratidão maior do que ganhar esta medalha após cinco anos de treinamento. Agradeço a todos pela torcida e pela oração. Quero deixar registrado aqui, que se você tem sonho, corra atrás dos seus objetivos e os conquiste", disse Mariana. Além do ouro da atleta, o Brasil tem outra medalha no halterofilismo paralímpico: a prata de Evânio Rodrigues da Silva nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
 
A judoca Alana Maldonado, de 26 anos, foi a primeira mulher brasileira da modalidade a subir no lugar mais alto do pódio em uma edição de Jogos Paralímpicos. Na decisão, com um wazari, a paulista de Tupã derrotou a georgiana Ina Kaldan e conquistou o primeiro e único ouro para o judô brasileiro em Tóquio. Vale ressaltar que Alana também já havia sido a primeira brasileira campeã mundial de judô, em 2018.
 
"Agradeço a toda a minha família e à comissão técnica, que estiveram sempre do meu lado neste ciclo tão difícil. Sou outra atleta em relação aos Jogos do Rio. No Brasil, estava do lado dos meus amigos e da minha família. Agora, fui campeã na terra do judô. Obrigado a todos que torceram. Esta medalha não é só minha. É de todos", disse Alana.
 
Destaque também para o parataekwondo, esporte estreante no programa paralímpico. Com três representantes na capital japonesa, o país conquistou três medalhas: um ouro com o paulista Nathan Torquato, uma prata, com a paulista Débora Menezes, e um bronze com a paraibana Silvana Fernandes), terminando a competição na liderança do ranking da modalidade.
 
O paulista Nathan Torquato, da classe K44 até 61kg, subiu ao lugar mais alto do pódio no primeiro dia do parataekwondo no programa paralímpico. Na final, ele derrotou o egípcio Mohamed Elzayat, no Makuhari Messe Hall.
 
A luta decisiva nem deveria ter acontecido. O egípcio sofreu uma lesão no rosto durante a semifinal e, por segurança, não voltaria para a final. Mas os atletas chegaram a subir na área de combate e, após um golpe do brasileiro, os médicos interromperam o duelo e confirmaram Nathan como campeão.
 
“Primeira medalha da história do parataekwondo. Estou muito feliz por fazer parte disso e dessa conquista. Foi difícil, senti um pouco na primeira luta, mas cresci ao longo da competição e o resultado foi incrível”, comemorou Nathan. “Já lutei no convencional, depois fiz a migração para o paradesporto e foi a melhor escolha da minha vida”, completou o atleta.
 
No atletismo, Beth Gomes confirmou o favoritismo e conquistou a medalha de ouro no lançamento de disco, na classe F52, com a marca de 17,62m, novo recorde mundial da prova. As ucranianas Iana Lebiedieva (15,48m) e Zoia Ovsii (14,37m) completaram o pódio.
 
Aos 56 anos, a paulista foi a última a fazer seus lançamentos e superou suas adversárias logo na primeira tentativa ao cravar 15,68m. Mesmo com a medalha garantida no peito, Beth seguiu competindo até alcançar a marca que lhe valeu o ouro e o recorde mundial.
 
“Mesmo sabedores da capacidade de nossa equipe, de nossos atletas, mais uma vez eles mostraram que podem ir além daquilo que a gente imagina, daquilo que a gente espera. São capazes de muito mais do que a gente pode prever. Tivemos performances espetaculares, com um brilho que me emocionou muitas vezes. Com certeza esses atletas nos mostram que faz todo o sentido esse trabalho, e isso traz ainda mais responsabilidade para seguirmos pensando num Brasil ainda melhor e que pode mais”, afirmou Mizael Conrado.

Daniel Dias

O nadador, agora aposentado oficialmente das piscinas após os Jogos de Tóquio, foi eleito neste sábado, 4, membro do Conselho de Atletas do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês). O multimedalhista foi um dos seis escolhidos para o grupo, que representará os competidores pelos próximos três anos até os Jogos de Paris em 2024.

Patrocínios

A delegação brasileira tem o patrocínio das Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3570/a-melhor-campanha-de-todos-os-tempos-brasil-termina-os-jogos-paralimpicos-de-toquio-com-recorde-de-ouros-e-feitos-ineditos

Postado por Antônio Brito

04/09/2021

Daniel Dias: um exemplo a ser seguido

Daniel Dias durante classificatória da natação nas Paralimpíadas de TóquioImagem: Ale Cabral/CPB



Amauri Nolasco Sanches Júnior

 

Por muito tempo – numa galáxia muito distante – eu não achava o esporte paraolímpico era importante. Mas, como todo mundo revê seus conceitos, eu comecei a aceitar mais o esporte como instrumento de inclusão e mostrar as pessoas com deficiência não são inúteis. Só acho que se deveria não ser algo separado e, talvez, aceitar pessoas com deficiência dentro dos jogos e mostrar que somos capazes de superar algumas questões. Já algumas práticas – como o yoga – já se aceita que existem pessoas com limitações que, sim, querem fazer essas práticas. Por que uma pessoa com deficiência não pode ser um yogi? Por que uma pessoa com deficiência não pode estudar e ser o que se quer atuar, profissionalmente? A exemplo disso, a primeira vez que eu e minha noiva entramos numa loja, o vendedor achou que nós estávamos atras de celular e não era, era outra coisa. A imagem dos PCDs as vezes é uma imagem que ele mesmo passa, de futilidade, de só querer coisas fáceis e sem conteúdo nenhum.

Daniel Dias – que se aposenta nessa paralimpíada – tem deficiência congênita (que se formou a partir do útero da mãe dele) e já e o maior atleta de pódios da história do Brasil. Foram 27 pódios, e 14 desses pódios ele ganhou de medalhas de ouro (primeiro lugar). E ai, sem muita pieguice como a mídia coloca sempre, Daniel é um cara que temos que seguir o exemplo de persistência e de lutar por aquilo que ele quer. Ora, o filósofo prussiano Kant, em um dos seus escritos, dizia que sempre devemos fazer as coisas como se essa coisa fosse espelhada por toda a eternidade. Claro, ele não falou nessas palavras e nem nesse nível, mas eu coloquei no simples para todo mundo entender. Nada diferente do que Jesus Cristo que disse que, não deveríamos fazer o que não querem que façam conosco. Mesmo a academia de filosofia negando, Kant era um cristão de ir até a igreja e separava as coisas – tanto é, ele separou o que era filosofia e que filosofar da existência de Deus era um pensamento menor, porque nunca vamos provar.

É uma questão moral, ou seja, uma questão social. Aliás, além de posições políticas adversas, a inclusão de pessoas com deficiência é uma pauta moral e se deve ser discutida com seriedade. Não essa palhaçada que fez oministro da educação.  O que se precisa e ver qual o grau a educação esta – que está péssima, não só no governo Bolsonaro – no país, ou invés, de culpar as crianças com deficiência da ineficaz (proposital?) ineficiência do Estado enquanto detentora da escolarização do Brasil. E o Brasil foi sempre largado em relação da escolarização, como uma ação política – de deixar o povo ignorante – que pouco surti efeito e pode ser uma faca de dois gumes. Povos ignorantes são muito mais propensos de acreditarem num boato, em se rebelar sem ter empatia – povos com alto grau de pobreza, quando se rebelam são carniceiros de verdade – em achar que as políticas públicas não beneficiam a eles. Mas, políticas públicas, beneficiam todo mundo em uma sociedade.

Mas, o porquê eu digo que temos que seguir o exemplo do Daniel Dias? Porque estou vendo muitas pessoas que choram, acham que não podem fazer o que é fácil fazer. Numa outra postagem – que muitas pessoas com deficiência não entenderam – mostrando um cachorrinho fraquinho dizendo que as jogadoras de futebol feminino dizendo que perderam por causa da falta de patrocínio e um cachorro forte (quase um lobisomem), dizendo que as pessoas com deficiência trouxeram as medalhas sem quase patrocínio. Não é mesmo? A questão de se fazer o Daniel Dias ou outro deficiente, como exemplo, não é como pensam alguns em transformar ele como “EXEMPLO DE SUPERAÇÃO” – porque exemplo como exemplar ninguém é – mas, transformar suas conquistas como meio de ter um exemplo que pessoas com deficiência são capazes. Claro, existem outros problemas nisso, a generalização que as pessoas com deficiência só conseguem vencer por meio do esporte e não é bem assim. Existem pessoas com deficiência que estudam, existem pessoas com deficiência que escrevem, existem pessoas com deficiência que trabalham.

fonte. https://filosofiarodas23.blogspot.com/2021/09/daniel-dias-um-exemplo-ser-seguido.html?spref=fb&m=1

Postado por Antônio Brito

DPE consegue indenização por danos morais a criança com autismo que teve matrícula cancelada por escola de São Luís

Depois de decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendendo decreto do governo federal de incentivo à criação de salas e escolas especiais para crianças com deficiências e transtornos globais do desenvolvimento, a Defensoria Pública estadual obtém importante vitória em favor de criança com autismo, que teve o acesso à educação negado por uma escola particular de São Luís. A instituição de ensino foi condenada a pagar uma indenização de R$ 5 mil por danos morais, mas recorreu e a decisão ficará a cargo agora do Tribunal de Justiça do Maranhão.

“Estamos diante de um caso emblemático, justamente num período onde o ensino especial é colocado em discussão no país. Baseada em uma farta legislação que versa sobre o assunto, a Defensoria entende que é preciso preservar o direito de crianças e adolescentes com deficiência a frequentar os bancos escolares com dignidade e respeito”, destacou o defensor público Rodrigo Freitas Pinheiro, titular do Núcleo Cível e da Fazenda Pública, responsável pelo acompanhamento do processo no Fórum de São Luís.

A mãe da criança autista procurou a DPE/MA, depois que teve a matrícula cancelada pela escola, no ano letivo de 2016, sob a alegação de que não teria condições estruturais para atender às necessidades da aluna. Em face disso, e com base no princípio da dignidade humana e nos direitos fundamentais da pessoa com deficiência, inscritos na Constituição Federal, a defensora pública Luciana Lima moveu a ação, que foi julgada procedente pelo Judiciário nesta semana.

A instituição de ensino apelou, sustentando que não recusou atendimento a autista, mas que sua genitora resolveu tirá-la da escola após ter lhe solicitado laudo médico identificando a deficiência da menor, inexistindo assim qualquer falha na prestação de serviço. Na réplica apresentada pelo defensor Rodrigo Pinheiro, entre outros argumentos, reiterou que “em relação aos danos morais, inegável sua configuração, a ré praticou ato ilícito causando grandes transtornos para a autora da ação, uma vez que lhe impingiu vexame, constrangimento e não menos sofrimentos íntimos, sobretudo diante do fato de ser criança com deficiência”.

“A nossa expectativa é que o TJ mantenha a decisão proferida na Justiça de primeiro grau, que condenou a escola por sua conduta inadequada. Além das contrarrazões, entraremos também com outro recurso, solicitando a correção do valor da indenização, porque o consideramos muito baixo, em face do objetivo a que se propõe”, assinalou Pinheiro, lembrando que a decisão serve de estímulo para que outras mães em situação semelhante, não deixem de buscar o direito do filho com deficiência de assistir aulas juntamente com os demais integrantes da turma.

Fonte: https://revistareacao.com.br/dpe-consegue-indenizacao-por-danos-morais-a-crianca-com-autismo-que-teve-matricula-cancelada-por-escola-de-sao-luis/

Postado por Antônio Brito

InclusãoCentro Dia de Referência para Pessoa com Deficiência premia usuários vencedores das Paralimpíadas

O Centro Dia de Referência para Pessoa com Deficiência realizou, na manhã desta sexta-feira (3), as disputas finais da I Paralimpíadas Centro Dia. O projeto da Prefeitura de João Pessoa, que teve início na última segunda-feira (30), envolveu os 80 usuários atendidos pelo serviço. Aqueles que não competiram, participaram como torcedores. Os atletas disputaram provas de várias modalidades e os vencedores ganharam medalhas.

Os jogos aconteceram no ginásio poliesportivo da Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad). A programação abrangeu um circuito de atletismo – com modalidades como corrida das bolinhas, dança das cadeiras, arremesso de peteca e argolas, corrida de saco, dança dos bambolês, corrida de colher, cabo de guerra, caça ao tesouro e passe a água – e jogos tradicionais, como dama e dominó. Tiveram provas específicas para deficiências intelectuais e autismo; e para deficiências físicas.

Durante toda a semana, os usuários do Centro Dia se transformaram em verdadeiros atletas paraolímpicos. Como o Ewerton Lucas, de 27 anos, que tem paralisia cerebral. Ele ganhou medalha de ouro no arremesso de argolas e bronze, no dominó. Segundo o competidor, o resultado foi fruto de muito treino com a equipe do serviço. “Eu nunca tinha conquistado uma medalha. Foi uma emoção muito grande. Vou guardá-las com carinho. Inclusive, vou arrumar um cantinho especial para elas”, afirmou.

A emoção de Ewerton foi também compartilhada com a mãe, Edja Costa. Ela disse que ficou arrepiada todas as vezes que o filho esteve em disputa. “Senti muito orgulho no peito. Fiquei da torcida vibrando com cada momento. E minha felicidade não se resume ao meu filho. Ela se estende a todos aqui, que fazem meu mundo mais maravilhoso, colorido. Sou muito grata por proporcionarem tudo isso”, disse.

Para Renata Martins, coordenadora do Centro Dia, as Paralimpíadas possibilitaram vitórias grandiosas na vida de todos que participaram. “Foi um evento bastante inclusivo, no qual nossos usuários se motivaram a competir, a batalhar. Estimulamos a autoconfiança, a autonomia, o resgate da autoestima. Eles se sentiram vencedores, competidores, orgulho para os pais. Isso se reflete nas famílias. Nosso sentimento é de dever cumprido”, falou.

Participação – A alegria de participar dos jogos foi muito além das medalhas. Manoel Adriano, de 28 anos, que tem deficiência intelectual moderada, mandou bem na fase classificatória. Na final, contudo, não somou pontos suficientes para chegar ao pódio. Mesmo assim, ele destacou que a semana de jogos foi bastante divertida. “No primeiro momento, fiquei triste por não ter vencido. Mas perder faz parte. O importante é participar. E, no fim, todos nós somos vitoriosos”, revelou.

Setembro Verde – No próximo dia 21, é celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Com o encerramento dos jogos nesta sexta, a Secretaria de Desenvolvimento Humano e Cidadania (Sedhuc) marcou o início das atividades alusivas à data. “As Paralimpíadas foram um momento especial para fortalecer vínculos, motivar e efetivar o direito à inclusão social. Durante todo o mês, intitulado como Setembro Verde, estaremos promovendo ações com o objetivo de promover a Política da Pessoa com Deficiência”, finalizou Benicleide Silvestre, diretora municipal de Assistência Social.

  • Texto: Alysson Bernardo
    Edição: Felipe Silveira
    Fotografia: Assessoria

  • Fonte  https://www.joaopessoa.pb.gov.br/noticias/centro-dia-de-referencia-para-pessoa-com-deficiencia-premia-usuarios-vencedores-das-paralimpiadas/

  • Postado por Antônio Brito

03/09/2021

Diretores da ADET participam da semana alusiva a pessoa com deficiência.

Entre os dias 23, 24 e 25 diretores da ADET participam na Escola Pedro Pires Ferreira da semana da pessoa com deficiência, o presidente da associação Antônio Brito como palestrante na companhia dos diretores Cilon, Aparecida e girleide,  também da sua esposa Renata Patrícia que deu suporte.

 A convite dos Professores Thiago Veras e Ênnio Gabriel da referida escola e com o inícios das paraolimpíadas, o diretor Antônio Brito que Já praticou o esporte rugby em cadeira de rodas foi convidado a falar sobre as paraolimpíadas na semana da pessoa com deficiência.
 O tema foi superação dos atletas Paralímpicos brasileiros e suas principais conquistas.
Cada diretor Falou um pouco de sua deficiência e sua vivência, o palestrante Antônio Brito presidente da ADET Associação dos deficientes de Tabira falou um pouco dos esportes praticados nas paraolimpíadas, também de sua experiência no rugby em cadeiras de rodas.
A participação ativa dos alunos com perguntas com questionamentos também foi muito importante para tirar dúvidas.
Turmas participantes
1° (A, B e B) do N.E.M
9° anos (A, B e C)
Agradecimento A Diretoria da escola a coordenadora Márcia Cordeiro, aos professores Thiago Veras e Ênnio Gabriel,  agradecimento também a participação de todos os estudantes envolvidos no trabalho realizado.

fonte e postagem Antônio Brito

Jogos e Soroban auxiliam no desenvolvimento de pessoas com síndrome de Down

A jovem Ana Clara, de 22 anos, tem síndrome de Down. Nunca gostou de jogos e custava a se concentrar em sala de aula. Na pandemia, suas dificuldades de aprendizagem aumentaram. Mas nos últimos meses, Ana Clara está progredindo como nunca: está mais persistente, interessada e raciocinando com mais agilidade. E isso tudo a deixa muito feliz e confiante. A mudança começou com atividades que incluem jogos de tabuleiro adaptados ao seu ritmo e Soroban – uma ferramenta milenar para cálculo matemático. “Tenho observado o quanto a Ana Clara melhorou a concentração depois que começou o Soroban. Além disso, ela evitava participar de jogos porque não entendia. Agora se interessa por vencer seus desafios. Ela está mais rápida nas respostas, no raciocínio e tudo isso aumenta a sua autoestima também”, diz  Beatriz Ardison dos Santos, mãe de Ana Clara.

As aulas acontecem no Instituto AMOR 21 (Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Síndrome de Down), em Maceió (AL), e fazem parte de uma iniciativa do Grupo Super Cérebro, em parceria com seus franqueados de Maceió.“Iniciamos esse trabalho em meados de abril. Naquele momento os jovens e adultos atendidos pela associação viviam a ansiedade gerada pela pandemia. Muitos deles, por serem do grupo de risco, ficaram meses afastados das atividades até que fossem vacinados contra a Covid-19. Com o retorno, abrimos a primeira turma com cinco alunos para trabalhar o método Super Cérebro, que tem como propósito contribuir para o desenvolvimento das competências cognitivas e socioemocionais, as chamadas soft skills. Rapidamente pudemos perceber a evolução, tanto no raciocínio lógico, quanto no campo emocional. Agora queremos abrir mais turmas e atender às crianças também”, conta Tatiana de França Moura Alves, que é franqueada do grupo em Maceió e atua como voluntária no Instituto AMOR 21.

Tatiana é terapeuta ocupacional e comanda duas unidades do Super Cérebro em Maceió, juntamente com o marido Rogério Virgílio Alves. O casal tem um filho de 11 anos com síndrome de Down. “Conhecemos as dificuldades e as necessidades desse público e por isso estamos trabalhando com o método do Super Cérebro no seu desenvolvimento. Observamos uma evolução incrível. Eles aprenderam a transformar algo abstrato como a matemática em concreto com o uso Soroban. A ferramenta proporciona o contato visual e o toque e isso facilita a aprendizagem”, revela.

A evolução não ficou restrita ao raciocínio lógico. Tatiana conta que eles estão empoderados. “Vibram quando acertam um exercício e aprenderam a responder, sem medo de errar. Até a linguagem evoluiu e com isso eles percebem que são muito capazes, ganham confiança e autoestima.”

Além do Soroban, jogos de tabuleiro mundialmente reconhecidos são utilizados para desenvolver capacidades como comunicação e argumentação, estratégia para a tomada de decisão, colaboração, liderança e respeito às regras. Para trabalhar com os alunos com síndrome de Down, foram feitas algumas adaptações. “No caso dos jogos, reduzimos a quantidade de regras para o melhor entendimento deles. Conforme entendem o jogo vamos acrescentando novas regras. É preciso perceber a dificuldade para ir aumentando o grau à medida que evoluem.”

Para a diretora comercial do Grupo Super Cérebro, Patrícia Gamba, é sinônimo de orgulho ver que o método está contribuindo de forma expressiva para o desenvolvimento intelectual e emocional de pessoas com síndrome de Down. “O Super Cérebro criou um método exclusivo para aprimorar competências que vão muito além do raciocínio lógico, desenvolvendo a inteligência socioemocional, que é fundamental para garantir a capacidade de se relacionar com outros indivíduos e superar desafios de maneira saudável e equilibrada. Saber que esses estudantes estão evoluindo com o método e que isso impacta na vida pessoal deles é sensacional. Tenho certeza de que estão mais autoconfiantes e isso influencia em todos os aspectos da vida deles dentro e fora da escola”, diz.

O objetivo do Instituto AMOR 21 é acolher as famílias, promover troca de experiências entre eles e oferecer orientação do ponto de vista psicológico, afetivo, emocional, físico e cultural. Colaborar para o desenvolvimento das potencialidades, lutar pelos direitos e inclusão das pessoas com Síndrome de Down em todos os espaços sociais. O Instituto AMOR 21 atende cerca de 200 famílias, sobrevive de doações e conta com o trabalho voluntário de profissionais de diversas áreas. Saiba mais em https://www.instagram.com/amor21oficial

Fonte. https://revistareacao.com.br/jogos-e-soroban-auxiliam-no-desenvolvimento-de-pessoas-com-sindrome-de-down/

Postado por Antônio Brito

Jogos Paralímpicos de Tóquio: Aproveite a competição para levar o Movimento Paralímpico para a sala de aula

Miriam Jeske / CPB
A atenção do mundo está voltada para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e este é o melhor momento para abordar a importância do movimento paralímpico em sala de aula. Para ajudar a levar o tema para a escola e despertar o interesse dos alunos, o Comitê Paralímpico Brasileiro elencou assuntos importantes sobre o paradesporto de forma informativa e interativa. Confira!

1- Modalidades E Deficiências

Nesta edição dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, 22 modalidades são disputadas e a Delegação Brasileira conta com representantes em 20 modalidades. É interessante mostrar em sala de aula como funcionam as modalidades adaptadas e salientar que o Brasil é uma potência paralímpica mundial pelo número de conquistas em Jogos Paralímpicos.

2- História De Atletas

“Se a palavra convence, o exemplo arrasta!”, apesar do autor da frase ser desconhecido, a afirmação é verdadeira. Dentro do esporte paralímpico, grandes nomes do alto rendimento contam que foram influenciados por seus ídolos, como Daniel Dias, que foi inspirado por Clodoaldo Silva, o tubarão paralímpico da natação.

“Eu descobri a natação quando eu tinha 16 anos, ao assistir o Clodoaldo Silva ganhando medalhas para o Brasil durante os Jogos Paralímpicos de Atenas em 2004. Até então, eu não tinha conhecimento sobre o esporte paralímpico. Me interessei e comecei a praticar a natação logo na sequência, e em oito aulas eu já tinha aprendido a nadar os quatro estilos.”, conta o maior nadador paralímpico do mundo, Daniel Dias.

Histórias de campeões paralímpicos podem ser lidas no eBook “A diferença de quem faz. Pessoas com deficiência que inspiram”, com download gratuito aqui.

3- Explicação De Atletas Sobre Termos Capacitistas

Entender quais são as expressões capacitistas presentes no vocabulário permite identificá-las e substituir os termos por palavras que não carregam preconceito. Ensinar esses termos a crianças ajuda a disseminar uma linguagem mais inclusiva desde cedo e os atletas paralímpicos podem ser símbolos dessa missão.

4- Filmes E Documentários Sobre O Tema

Filmes e documentários são ótimas formas de conhecer o movimento paralímpico e histórias de atletas. O formato é ideal para ser o ponto de partida para grupos de discussão sobre o paradesporto e fomentar o pensamento crítico a respeito do dia a dia das pessoas com deficiência e o caminho do esporte de alto rendimento.
O CPB preparou uma lista com filmes e documentários sobre o paradesporto e é possível conferir neste link.

5 – O CPB E A História Do Paradesporto No Brasil

A história do Comitê Paralímpico Brasileiro começou há menos de 30 anos e é repleta de capítulos marcantes. O CPB tem uma relação intrínseca com o tema e a história do Comitê e do paradesporto estão relatadas no eBook recomendado: “O CPB e o esporte paralímpico no Brasil – duas histórias que se cruzam”. O material traz mais subsídios para abordar o tema em sala de aula.

Fonte: https://revistareacao.com.br/jogos-paralimpicos-de-toquio-aproveite-a-competicao-para-levar-o-movimento-paralimpico-para-a-sala-de-aula/

Postado por Antônio Brito