30/07/2021

Ações mapearam atendimento de 8,7 milhões de cidadãos com deficiência e doenças raras em todo o Brasil

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Parte da atuação do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) durante a pandemia permitiu o mapeamento de necessidades das pessoas com deficiência e doenças raras. Segundo a Secretaria Nacional de Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD), 25 ações permitiram o atendimento de 8,7 milhões de cidadãos, que receberam tratamentos continuados, prevenção contra o Covid-19 e informações sobre o auxílio emergencial.

Além disso, 530 organizações da sociedade civil que compõem o Fórum Brasileiro de Conselhos Estaduais de Direitos da Pessoa com Deficiência e 1 mil entidades da sociedade civil especializadas também receberam o apoio do ministério. As ações de comunicação, mapeamento e cadastramento de atores públicos e segurança alimentar buscaram conscientizar os grupos mais vulneráveis.

“As pessoas com deficiência e doenças raras são parte da população que mais são afetadas pela Covid-19. Nossas ações têm como objetivo orientar e garantir o acesso às políticas públicas deste grupo populacional mais vulnerável”, afirma a secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Priscilla Gaspar. A SNDPD produziu três cartilhas destinadas a orientar as pessoas com deficiência, os profissionais da saúde e os demais cidadãos.

As Cartilhas podem ser acessadas no link: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/covid-19/cartilhas

Canais de denúncia

O MMFDH oferece atendimento em Língua Brasileira de Sinais (Libras) pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e pelo site da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), que coordena os canais de denúncia Disque 100 e Ligue 180. Também é possível realizar o atendimento dos serviços por webchat. O acesso aos canais pode ser feito também pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Fonte: https://revistareacao.com.br/acoes-mapearam-atendimento-de-87-milhoes-de-cidadaos-com-deficiencia-e-doencas-raras-em-todo-o-brasil/

Postado por Antônio Brito

29/07/2021

Acompanhamento profissional é indispensável para o melhor desenvolvimento das pessoas com deficiência intelectual severa e autismo grau 3

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou o popularmente conhecido autismo, se manifesta no período de desenvolvimento da primeira infância da pessoa, apresentando prejuízos nas áreas de reciprocidade sócio emocional, comportamentos comunicativos e padrões de comportamentos restritos e repetitivos. Por esse motivo, é avaliado e classificado cientificamente em níveis de gravidade, sendo o 1 como leve, 2 moderado e o 3, que se enquadra no autismo severo, considerado o mais sério e com sintomas mais intensos. O autismo pode ocorrer com ou sem deficiência intelectual concomitante. Para que indivíduos que possuem os dois diagnósticos se desenvolvam e tenham melhor qualidade de vida, é necessário o acompanhamento profissional, conforme aponta Natália Costa, mestre em psicologia e diretora do CENSA Betim, instituição que é referência nacional na área há 56 anos e conta com uma equipe transdisciplinar.

Natália Costa, o diagnóstico precoce de autismo é essencial para o melhor desenvolvimento da pessoa nesta condição. “O Transtorno do Espectro Autista é dividido em três níveis. No primeiro, a pessoa necessita de pouco suporte, pois o sintomas se apresentam de forma mais leve. Já o grau 2, que é o moderado, os déficits trazem maior prejuízo no cotidiano do indivíduo e por fim, no grau 3, que é o autismo severo, as pessoas precisam de maior suporte, pois comum apresentarem déficits de comunicação graves associado à dificuldade nas interações sociais e autonomia comprometida. Fora tudo isso que expliquei, eles ainda tendem ao isolamento social, interesses restritos, comportamentos repetitivos e estereotipados, e não raro, apresentam também quadros de depressão”, comenta.

Segundo Natália Costa, o suporte profissional é essencial para as pessoas com autismo severo associado a deficiência mental e intelectual. “Estes indivíduos precisam de intervenção porque geralmente são dependentes, principalmente para realizar as atividades da vida diária, como ir sozinha ao banheiro, alimentar-se e higienizar-se. Elas precisam de apoio para a maior parte das atividades, por isso a gravidade da situação, até porque, elas costumam se isolar e têm muita dificuldade de flexibilidade mental. Geralmente, o atraso cognitivo traz comprometimento na vida acadêmica, demandando um profissional também no ambiente escolar. É importante lembrar que o suporte se estende também para as famílias, que muitas vezes não sabem como lidar e ajudar no desenvolvimento da pessoa com esse quadro”, completa.

Suporte e apoio

Natália Costa destaca que pessoas com esse diagnóstico costumam responder bem a programas educacionais, desde que adequadamente estimulados. Por isso, ter uma equipe de especialistas ao lado, como os do CENSA Betim, para dar suporte para os pais e assim melhorar as habilidades sociais, a comunicação e o comportamento, é indispensável. “As intervenções pedagógicas individualizadas e intensivas geralmente apresentam bom progresso. No entanto, no autismo severo esse desenvolvimento pode ser lento e até parcial, mas lembro que cada melhora e conquista é importante para a pessoa que está nessa condição. Além do nosso acompanhamento é importante a participação dos membros da família nos cuidados e interação cotidiana com esses indivíduos, de maneira que promovam habilidades de interação social, administrem problemas de comportamento e ensinam habilidades de vida diária e comunicação. No caso da comunicação, o fonoaudiólogo é indicado para melhorar as habilidades de comunicação, a terapia ocupacional e a pedagogia para ensinar as atividades da vida diária, a psicologia pra aumentar o repertório de comportamentos socialmente habilidosos e a fisioterapia para melhorar as questões motoras e o equilíbrio”, conclui.

CENSA Betim

Fundado em 1964, o CENSA Betim é referência nacional nos cuidados a pessoas com deficiência intelectual, associada ou não a outros transtornos, e da sua família, assegurando-lhes qualidade de vida e uma educação socializadora. A instituição conta com uma equipe transdisciplinar, composta por profissionais da medicina, psicologia, psiquiatria, além de cuidadores e educadores. Se destaca por oferecer uma proposta diferenciada, com atividades esportivas e recreativas, escolaridade especial, equitação e oficinas de música, teatro e artesanato, em um ambiente familiar e integrado à natureza.

CENSA Betim

Instagram: @censabetim

Facebook: https://www.facebook.com/censabetim/

Site: www.censabetim.com.br

YouTube: https://www.youtube.com/censabetim

Fonte. https://revistareacao.com.br/acompanhamento-profissional-e-indispensavel-para-o-melhor-desenvolvimento-das-pessoas-com-deficiencia-intelectual-severa-e-autismo-grau-3/

Postado por Antônio Brito

Contratações de pessoas cegas ou com baixa visão diminuem durante a pandemia

Neste mês, completa-se 30 anos da Lei de Cotas (nº 8213/91), que prevê a garantia do direito à inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Neste ano, a data comemorada em 24 de julho, torna-se ainda mais relevante diante da diminuição de contratações de pessoas cegas ou com baixa visão, em decorrência da pandemia do coronavírus.

Segundo pesquisa realizada em dezembro de 2020 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), 45 mil trabalhadores com deficiência haviam perdido seus empregos. Outro dado é o encerramento de 28.551 postos de trabalho para pessoas com deficiência entre janeiro de 2020 e abril de 2021. De julho a dezembro de 2020, esteve em vigor a lei 14.020, na qual o governo brasileiro instituiu o Programa Emergencial de Manutenção de emprego e renda às pessoas com deficiência, proibindo demissões. Neste momento, as pessoas seguem trabalhando sem a vigência dessa proteção legal, que garantia a empregabilidade.

Há 75 anos, a Fundação Dorina atua promovendo a autonomia e a inclusão de pessoas cegas ou com baixa visão. Desde 1954, a instituição conta com uma área pioneira de empregabilidade, voltada à contratação e qualificação profissional de pessoas com deficiência visual junto a empresas parceiras. Por meio dessa atividade se verificou uma queda em novas admissões. Em 2019, a área de empregabilidade da Fundação Dorina promoveu a admissão de 116 profissionais. Já em 2020, foram registradas 60 contratações, uma redução de quase 50%.

A Fundação Dorina Nowill para Cegos possui diversos serviços voltados à empregabilidade, como análise de perfil dos candidatos, cursos de capacitação profissional e encaminhamento para processos seletivos. Além disso, as pessoas cegas ou com baixa visão podem cadastrar o currículo no banco de talentos da instituição e acompanhar as vagas disponíveis. Já as empresas são sensibilizadas sobre a importância de promover a inclusão, e a equipe de recursos humanos recebe apoio durante o processo de recrutamento e seleção.

Qualificação profissional é um diferencial para a carreira

Uma das missões da Fundação Dorina é qualificar pessoas com deficiência visual e promover a empregabilidade, inclusão e a autonomia. “A empregabilidade garante autonomia à pessoa com deficiência visual. Nas empresas, esses funcionários colocam em prática suas habilidades e participam da sociedade, mas para isso acontecer, a capacitação profissional é essencial. Os cursos de qualificação possibilitam que o aluno cego ou com baixa escolha a carreira que deseja seguir, além de desenvolver conhecimento para exercer suas funções”, afirma Edson Defendi, especialista em Diversidade e Inclusão e coordenador da área de empregabilidade da Fundação Dorina Nowill para Cegos.

Para garantir essa qualificação, a Fundação Dorina oferece vários cursos, que com a pandemia, podem ser realizados a distância por interessados de todo Brasil. A novidade é o curso de Inglês Básico, inédito, a partir de agosto. Os alunos cegos ou com baixa visão que estiverem interessados podem se inscrever pelo site: https://fdnc.org/ingles

Outros cursos oferecidos são de Informática Básica, Atendimento ao Cliente, Auxiliar Administrativo, Empreendedorismo e Oficina de Talentos, todos a distância. Já as aulas de Massoterapia são realizadas no modelo híbrido, com módulos de teoria aplicados online e a prática presencial.

Incluir para romper barreiras

Atualmente, no Brasil existem cerca de 441,3 mil pessoas com deficiência empregadas em virtude da Lei de Cotas. Destas, 62,1 mil são pessoas com deficiência visual, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego/Relação Anual de Informação Social (MT/RAIS 2017).

Fonte. https://revistareacao.com.br/contratacoes-de-pessoas-cegas-ou-com-baixa-visao-diminuem-durante-a-pandemia/

Postado por Antônio Brito

Projetos brasileiros de inclusão e acessibilidade são premiados pela ONU

Dois projetos da ONG Escola de Gente foram selecionados pela ONU como melhores práticas relacionadas aos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (SDG Good Practices). O aplicativo de cultura acessível “VEM CA” e o projeto “Hiperconexão inclusiva”, que promove lives plenamente acessíveis, com Libras, legenda e audiodescrição, fazem parte de uma lista de 400 iniciativas de todo mundo eleitas pela ONU, em que 12 são da América Latina e quatro do Brasil.
Os projetos foram desenvolvidos como uma solução para a exclusão digital intensificada pela pandemia da Covid-19. “O isolamento causado pela pandemia levou a uma migração da comunicação e de informação do presencial para o virtual. No entanto, as realizações de transmissões e encontros no ambiente digital não apresentaram os recursos de acessibilidade como Libras, legenda, audiodescrição e linguagem simples. É preciso que todas as ações sejam pensadas para serem plenamente acessíveis”, explica Claudia Werneck, fundadora da Escola de Gente.
Segundo a ONU, 82% da população com deficiência do mundo vivem em condições de pobreza, em países em desenvolvimento como o Brasil. Representam cerca de 15% da população mundial e enfrentam problemas como falta de acesso à água, saneamento básico, alimentação, além de educação e informação. No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 45,6 milhões de pessoas declararam ter, pelo menos, um tipo de deficiência, seja do tipo visual, auditiva, motora ou intelectual.
“As pessoas com deficiência são a maior minoria do mundo e, no Brasil, representam, segundo o IBGE, quase 25% da população brasileira. São pessoas que enfrentam um cotidiano repleto de riscos numa sociedade que não as percebe como parte dela e, portanto, naturaliza várias formas de exclusão e discriminação. A falta de comunicação acessível é uma delas., explica Claudia.
Hiperconexão Inclusiva
O projeto “Hiperconexão inclusiva” oferece tecnologia integrada própria que garante a oferta de Libras, legenda e audiodescrição, simultaneamente, para reuniões e apresentações de teatro online e ao vivo. O objetivo é praticar a equidade no compartilhamento de informações online, por meio da oferta de lives com acessibilidade total e, assim, estimular sociedade, governo e outras instituições a também desenvolvê-las. A primeira live plenamente acessível da Escola de Gente foi realizada em abril de 2020.
App VEM CÁ
Com mais de 15 mil downloads, o aplicativo lançado em 2019 foi criado para conectar eventos acessíveis a pessoas com deficiência. É pioneiro tanto no campo cultural como no da tecnologia da informação. Com a chegada da pandemia e a migração dos eventos para o mundo virtual, o VEM CÁ foi remodelado e será relançado em agosto deste ano, sob o conceito do projeto Hiperconexão Inclusiva.
Assim, além de trazer eventos presenciais acessíveis, o app passa a contemplar eventos virtuais que trazem acessibilidade a todos os públicos. O aplicativo terá diversas possibilidades de busca, com data e local, combinando os 24 tipos de atividades culturais com 12 tipos de acessibilidade: assento acessível, audiodescrição/guia acessível, banheiro acessível, elevador/rampa, gratuidade, legenda, Libras, Libras tátil, linguagem simples, piso tátil, publicações acessíveis e visita tátil, permitindo infinitas buscas.
O aplicativo também será uma plataforma para reunir profissionais de acessibilidade, que poderão se cadastrar no app e integrar um um banco de dados inédito no Brasil que ficará dentro do VEM CÁ, acessado gratuitamente. Os usuários poderão realizar buscas para encontrar tais profissionais e, dessa forma, o app vai fomentar a geração de emprego e renda no setor de acessibilidade.

Fonte. https://revistareacao.com.br/projetos-brasileiros-de-inclusao-e-acessibilidade-sao-premiados-pela-onu/

Postado por Antônio Brito

27/07/2021

TCU: Webinário reúne especialistas para debater avaliação biopsicossocial da deficiência

arcabouço jurídico brasileiro e os normativos internacionais estiveram no centro das discussões do webinário Avaliação Biopsicossocial da Deficiência, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), com o apoio da Rede de Acessibilidade. Na pauta, questões relacionadas às modificações previstas na Lei 14.176/2021; à regulamentação do artigo 2º da Lei 13.146/2015; à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada pela Organização das Nações Unidas em 2006; ao Índice de Funcionalidade Brasileiro Modificado (IFBrM); e à Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde; entre outras.

O encontro, ocorrido no dia 15/7, reuniu especialistas das áreas da saúde, do direito, do serviço e da assistência social, além da secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Priscilla Gaspar.

Inclusão e participação plena – A moderação do encontro foi feita pelo procurador do Ministério Público junto ao TCU e supervisor da Política de Acessibilidade do Tribunal, Sérgio Caribé. Segundo ele, os processos decisórios sobre avaliação da deficiência devem incluir “quem conhece a realidade em que vive”.

“É a pessoa com deficiência, nas suas múltiplas características, nas suas múltiplas restrições, mas também nas múltiplas barreiras com que se depara, quem melhor sabe a realidade com a qual convive. A realidade social e a realidade de cada indivíduo não podem passar ao largo da avaliação biopsicossocial. E, naturalmente, para que elas possam ser contempladas, as pessoas com deficiência precisam ser ouvidas” (Procurador Sérgio Caribé).

Reflexões acerca dos desafios para a classificação da deficiência, da promoção a direitos fundamentais, do acesso a políticas públicas e do comprometimento da sociedade com a equidade também permearam o encontro. “A avaliação da pessoa com deficiência deve ser técnica, deve ser construída com base nos melhores parâmetros internacionais e deve assegurar a promoção de direitos, que, em resumo, se concretizam com o fomento à igualdade e à garantia da inclusão e da participação ativa das pessoas com deficiência em todas as dimensões da vida social”, ressaltou Caribé.

Assista aqui à íntegra do webinário – https://youtu.be/FfrSbL81Y5U

Mais de 500 pessoas acompanharam as discussões em tempo real, um público formado por profissionais da área da educação e da saúde (psicologia, fisioterapia e nutrição, entre outras), por advogados, juízes e integrantes do poder Judiciário, além de assistentes sociais e representantes de prefeituras e governos estaduais.

O evento foi transmitido, ao vivo, pelo canal do TCU no YouTube, com legendas, descrição em audiovisual e interpretação simultânea em Libras.

Palestrantes

– Priscilla Gaspar, secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

– Lailah Vasconcelos de Oliveira Vilela, médica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com residência em Medicina Preventiva e Social, na área de concentração em Saúde e Trabalho, Mestrado em Saúde Coletiva/Saúde e Trabalho (UFMG).

– Izabel de Loureiro Maior, conselheira do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência no Rio de Janeiro (COMDEF-Rio) e integrante do Fórum UFRJ Acessível e Inclusiva.

– Heleno Rodrigues Corrêa Filho, médico graduado pela UnB, Post-Doctoral Fellowship em Epidemiologia Ocupacional junto à Johns Hopkins School of Hygiene and Public Health e doutorado em Saúde Pública pela USP.

– Ana Cláudia Mendes de Figueiredo, advogada e ex-conselheira no Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Conade), coordenadora do Comitê Jurídico da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD), membro da Comissão da Pessoa com Deficiência da OAB-DF.

– Miguel Abud Marcelino, médico, mestre em Saúde Pública e Meio Ambiente e especialista em Infectologia e Medicina do Trabalho, professor da Unifase e pesquisador do Núcleo de Informação, Políticas Públicas e Inclusão Social – Nippis  (Icict/Fiocruz e Unifase).

– Wederson Santos, assistente social do INSS desde 2013, doutor em Sociologia pela Universidade de Brasília.

– Hugo Frota Magalhães Porto Neto, promotor de justiça de defesa dos direitos das pessoas com deficiência em Fortaleza, membro associado da Associação Nacional do Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com Deficiência (Ampid).

– Lívia Barbosa Pereira, mestre e doutora em Política Social pela UnB, professora adjunta do Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB), pesquisadora da Anis: Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero e líder do grupo de pesquisa Deficiência, Direitos e Políticas, do Departamento de Serviço Social da UnB.

Fonte: https://revistareacao.com.br/tcu-webinario-reune-especialistas-para-debater-avaliacao-biopsicossocial-da-deficiencia/

Postado por Antônio Brito

RUMO A TÓQUIO: A história de superação de um medalhista

Programa Inclua Mundo , exibido no youtube e idealizado por Thaissa Alvarenga, empreendedora social e criadora da ONG Nosso Olhar , mostra em seu último episódio a história de Júlio César Agripino, um atleta que teve sua carreira transformada ao descobrir uma doença degenerativa na córnea, mas que descobriu no paradesporto um caminho de recomeço e de novas possibilidades.

Num momento de desânimo, ele contou com uma rede de amigos, como Neide Santos – fundadora do Projeto Vida Corrida -, e Luis Gustavo Cândido – seu atual treinador. O incentivo dessa rede foi fundamental para Júlio César tomar uma importante decisão: a de treinar para ser um atleta paralímpico.

O amor pela corrida e a vontade de continuar foram fundamentais para que ele pudesse avançar na modalidade e superar os desafios. Hoje o atleta atua na classe T11, é especialista nas provas de 1.500m e 5.000m. E não para por aí. Júlio representou o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2016, no Rio de Janeiro, nos Jogos Parapan-Americanos de 2019, em Lima/Peru, e foi medalha de ouro no Mundial de Dubai/Emirados Árabes Unidos, em 2019.

Neste ano o seu grande e esperado desafio é representar o Brasil em Tóquio/Japão. Ele faz parte da delegação brasileira que representará o País nos Jogos Paralímpicos, em agosto. Para a sua segunda Olimpíada, o desejo é exibir uma medalha no peito.

Assista ao “Inclua Mundo” dessa edição e conheça a história de transformação do Júlio César, algo que o esporte foi capaz de proporcionar!

Como parte também do portal Papo de Mãe , de conteúdo para famílias, o “Inclua Mundo” é um programa que tem como foco a mobilização, educação e inclusão, abordando os temas com histórias reais e opiniões de especialistas, famílias e pessoas com deficiência. Temas como Moradia independente para pessoas com deficiência Pessoas com deficiência e o mercado de trabalho Autismo são alguns dos assuntos que já foram trabalhados.

O Inclua Mundo é um projeto pioneiro, que aborda a diversidade e acessibilidade tanto em formato de texto quanto em vídeo. Trata-se de um trabalho em rede e uma vitória para todos que lutam pela inclusão social.

nossoolhar.org

Fonte. https://revistareacao.com.br/rumo-a-toquio-a-historia-de-superacao-de-um-medalhista/

Postado por Antônio Brito

CAIXA ANUNCIA A CONTRATAÇÃO DE NOVOS COLABORADORES Pcd

A CAIXA anunciou, nesta segunda-feira ,19, a contratação de 10 mil novos colaboradores, entre empregados e terceirizados, para fortalecer a rede de atendimento do banco. Serão 4 mil empregados, 5,2 mil estagiários e adolescentes aprendizes, e cerca de 800 recepcionistas e vigilantes.

As contratações reforçam o papel da CAIXA como o banco de todos os brasileiros, com a maior presença bancária no país, tendo 26 mil pontos de atendimento ao cidadão por meio de sua rede de agências, unidades lotéricas, correspondentes bancários, agências-barco e agências-caminhão.

Está prevista a contratação de 4 mil empregados ao todo, sendo que 3 mil deles serão convocados do concurso vigente, a depender ainda de autorização da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) para ampliação do quadro de pessoal da CAIXA.

Além disso, haverá mil vagas para pessoas com deficiência (PcD), em concurso específico para esse público, com previsão de lançamento de edital até setembro deste ano.

Fonte. https://revistareacao.com.br/caixa-anuncia-a-contratacao-de-novos-colaboradores-pcd/

Postado por Antônio Brito

Ibape/SP realiza curso “Perícias em Acessibilidade”.

Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo (Ibape/SP), realiza o curso “Perícias em Acessibilidade”, até a próxima quinta-feira, 29.

A acessibilidade é garantida pela Lei 10.098/2000, tendo como objetivo permitir que as restrições físicas ou intelectual do indivíduo não atrapalhem o seu acesso aos espaços públicos e privados, assim como o uso dos serviços oferecidos. Por isso, é fundamental que engenheiros e arquitetos estejam atualizados sobre as normas técnicas vigentes.

Realizado no formato virtual, o curso com carga horária de 8 horas, pretende desmistificar conceitos de acessibilidade, atualizar modificações da legislação, entendimento da ABNT NBR 9050, e da norma complementar ABNT NBR 16537. Desenvolvido a partir da necessidade de preparar engenheiros e arquitetos para uma área que demanda por profissionais especializados e contextualizados com as pautas atuais, pode representar oportunidades de negócio aos participantes, que estarão aptos a desenvolver atividades de consultoria, projeto, aprovações, execução, produto e laudos técnicos.

Ministrado por Vanessa Pacola Francisco, arquiteta especialista em acessibilidade, é voltado para profissionais das áreas de arquitetura e engenharia; gerentes, coordenadores e planejadores de obras, peritos e assistentes técnicos, bem como empresários do setor da construção civil e agentes da área pública, atentos à importância da acessibilidade das cidades e edificações.

Essa atualização faz parte da plataforma Ibape/SP Conecta, sistema de EAD do Ibape São Paulo, que tem uma programação contínua de temas voltados para capacitação técnica e novas oportunidades de negócio no contexto atual. Além disso, para orientar sobre como adotar a acessibilidade nas construções, o instituto desenvolveu, em parceria com o CREA-SP, a cartilha “Acessibilidade na Perícia de Edificações”. O documento apresenta um panorama do país em relação a população que necessita de espaços cada vez mais inclusivos. Também explica como realizar a perícia na prática, e adequar os espaços de acordo com a legislação e as normas técnicas de acessibilidade vigentes.

Mais informações no site https://www.ibapespconecta.com.br

Serviço:

Curso: “Perícias em Acessibilidade”

Data: De 26 a 29 de julho de 2021 – das 19h às 21h

Formato: on-line (ao vivo)

Inscrições: https://cutt.ly/qmgNvQw

Fonte. https://revistareacao.com.br/ibape-sp-realiza-ate-curso-pericias-em-acessibilidade/

Postado por Antônio Brito

26/07/2021

Educação e Inclusão: as principais Síndromes, Transtornos e Distúrbios que afetam a aprendizagem

  • Por Bianca Acampora

 

Você sabe o que fazer com aquele aluno que não consegue assimilar o conteúdo? Com o extremamente agitado? O disperso? Antes de mais nada, é preciso evitar o prejulgamento.  Rotulá-los como bagunceiros, indisciplinados ou desinteressados pode ser um erro muito grave cometido pela falta de preparo em reconhecer as diversas deficiências, síndromes, transtornos e distúrbios presentes em sala de aula. O esclarecimento é o primeiro passo para evitar enganos e permitir que todos recebam a atenção necessária para o desenvolvimento de suas potencialidades.

Atualmente com as leis de inclusão as escolas necessitam acolher os alunos com deficiências, distúrbios, transtornos e desordens de aprendizagem. Muitas escolas, na tentativa de cumprir os objetivos legais da inclusão, abrem as portas aos alunos com necessidades especiais e os colocam em salas de aula regulares como prescreve a legislação. No entanto, as dificuldades apresentadas pelos alunos no processo de aprender estão relacionadas em grande parte à inadequação da estrutura educacional às dificuldades do aluno, isto é, não são elas que inibem a aprendizagem, mas a ausência de condições para isso, pois são o respeito à diversidade e a consideração das diferenças os fatores essenciais para diminuir dificuldades de aprendizagem e as desvantagens na aprendizagem do aluno. Preparar a escola é preparar todos os envolvidos no processo, aí ressaltados, de maneira fundamental, professores, alunos e família. 

O que pode ser considerada “necessidade educacional especial”? O termo surgiu com a Declaração de Salamanca (1994) cunhado para estabelecer diretrizes em busca da igualdade de oportunidades de escolarização para todas as pessoas com necessidades educacionais especiais, retirando do cenário escolar qualquer tipo de discriminação, por questões de etnia, raça, idade, religião, cultura ou deficiência de qualquer natureza.

Os transtornos estão diretamente associados a fatores orgânicos, ou seja, o sucesso da aprendizagem fundamenta-se, primordialmente, na integridade anatômica e de funcionamento dos órgãos que estão diretamente comprometidos com a manipulação das relações exteriores, assim como os dispositivos que legitimam a coordenação do sistema nervoso central. É necessário, portanto, que haja uma investigação neurológica sempre que a aprendizagem se veja prejudicada, em qualquer indivíduo, de forma recorrente. Além disso, um histórico de perdas acadêmicas não deve passar despercebido para os pais e muito menos para os professores que acompanham, de forma mais efetiva, o desempenho cognitivo dos alunos em salas de aula. O aluno que apresenta um comportamento de inquietação, dispersão ou descumprimento de tarefas não deve receber o estigma imediato de aluno desinteressado, descompromissado ou outro que rotule suas ações. Tais  atitudes podem se revelar sintomas de um transtorno de aprendizagem.

Principais transtornos:

 

TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

Este transtorno comportamental é considerado o de maior incidência na infância e na adolescência. Pesquisas evidenciam que o TDAH está presente em cerca de 5% da população em idade escolar. Trata-se de uma síndrome clínica caracterizada basicamente pela tríade sintomatológica: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Os comportamentos característicos incluem dificuldades de concentrar a atenção em um único foco, com atitudes comumente chamadas de desatenção, parecendo uma constante “viagem a outro mundo”. Há grandes dificuldades de organização e perdas frequentes de chaves, material escolar, brinquedos. A criança pode se apresentar inquieta, não conseguindo permanecer sentada durante muito tempo, fala excessivamente e, muito raramente, brinca silenciosamente. Os pacientes com esse diagnóstico podem apresentar perdas acadêmicas e sociais e, sem o tratamento, o quadro pode evoluir para problemas mais graves, tendo em vista a diminuição de sua autoestima ocasionada pelos frequentes fracassos.

Estudos demonstram que o cérebro de crianças com esse transtorno funciona diferentemente dos das crianças consideradas “normais”, pois apresentam um desequilíbrio de substâncias químicas que ajudam o cérebro a regular o comportamento.

As causas parecem ser multifatoriais, mas o fator mais importante é a herança genética. Medicações, nestes casos, são necessárias para que se haja a ampliação dessas substâncias químicas, otimizando o aporte dos neuro-transmissores e facilitando o controle da atenção.

O TDAH pode ser dividido em 3 tipos: 

Desatento: Crianças desorganizadas, esquecidas, facilmente distraídas, cometem erros por descuido. 

Hiperativo/impulsivo: Crianças mais agressivas, com maiores taxas de rejeição pelos colegas, agitadas, inquietas e impulsivas.

Combinado: Corresponde ao perfil mais prevalente de pacientes com TDAH. Nestes pacientes, predominam, pelo menos, seis sintomas de cada um especificado acima. Os pacientes apresentam maior prejuízo no funcionamento global e possuem grandes perdas acadêmicas e sociais, devendo ser encaminhadas para os serviços de neuropsiquiatria da infância e da adolescência.

 

Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD)

Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) são distúrbios nas interações sociais recíprocas, com padrões de comunicação estereotipados e repetitivos e estreitamento nos interesses e nas atividades. Geralmente se manifestam nos primeiros cinco anos de vida. São cinco os transtornos caracterizados por atraso simultâneo no desenvolvimento de funções básicas, incluindo socialização e comunicação:


1 – Autismo : é uma desordem global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade da pessoa comunicar, estabelecer relacionamentos e responder apropriadamente ao ambiente – segundo as normas que regulam estas respostas.
Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam importantes retardos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento. Os diversos modos de manifestação do autismo também são designados de Espectro Autista, indicando uma gama de possibilidades dos sintomas do autismo.

2- Síndrome de Asperger é uma 
síndrome do espectro autista, diferenciando-se do autismo clássico por não comportar nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo. É mais comum no sexo masculino. Quando adultos, muitos podem viver de forma comum, como qualquer outra pessoa que não possui a síndrome. Sintomas: dificuldade de interação social, falta de empatia, interpretação muito literal da linguagem, dificuldade com mudanças, perseveração em comportamentos estereotipados. No entanto, isso pode ser conciliado com desenvolvimento cognitivo normal ou alto

3 – Síndrome de Rett é uma anomalia 
genética, no gene mecp2 que causa desordens de ordem neurológica, acometendo quase que exclusivamente crianças do sexo feminino. Compromete progressivamente as funções motoras, intelectual assim como os distúrbios de comportamento e dependência. Aos poucos deixa de manipular objetos, surgem movimentos estereotipados das mãos (contorções, aperto, bater de palmas, levar as mãos à boca, lavar as mãos e esfregá-las) surgindo após, a perda das habilidades manuais.

4 – Transtorno Desintegrativo da Infância é um tipo de 
Transtorno invasivo do desenvolvimento (PDD, na sigla em inglês) geralmente diagnosticado pela primeira vez na infância ou adolescência. O Desenvolvimento é aparentemente normal durante pelo menos os 2 primeiros anos de vida. Depois há perda das habilidades já adquiridas (antes dos 10 anos) em pelo menos duas das seguintes áreas: linguagem expressiva ou receptiva; habilidades sociais ou comportamento adaptativo; controle esfincteriano; jogos; habilidades motoras. 

5 – Transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra especificação: 

Alguém pode ser classificado como portador de TID-SOE se preencher critérios no domínio social e mais um dos dois outros domínios (comunicação ou comportamento). Além disso, é possível considerar a condição mesmo se a pessoa possuir menos do que seis sintomas no total (o mínimo requerido para o diagnóstico do autismo), ou idade de início maior do que 36 meses.

 

Principais Deficiências e Síndromes encontradas na escola:

 

Deficiência intelectual

O funcionamento intelectual inferior à média (QI), que se manifesta antes dos 18 anos. Está associada a limitações adaptativas em pelo menos duas áreas de habilidades (comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho). O diagnóstico do que acarreta a deficiência intelectual é muito difícil, englobando fatores genéticos e ambientais. Além disso, as causas são inúmeras e complexas, envolvendo fatores pré, peri e pós-natais. Entre elas, a mais comum na escola é a síndrome de Down. 

 

Síndrome de Down

 Há uma alteração genética caracterizada pela presença de um terceiro cromossomo de número 21. A causa da alteração ainda é desconhecida, mas existe um fator de risco já identificado.  Além do déficit cognitivo, são sintomas as dificuldades de comunicação e a hipotonia (redução do tônus muscular). Quem tem a síndrome de Down também pode sofrer com problemas na coluna, na tireoide, nos olhos e no aparelho digestivo, entre outros, e, muitas vezes, nasce com anomalias cardíacas. 

 

Cada síndrome ou transtorno tem uma característica diferente. Mas geralmente a criança os sintomas aparecem desde a mais tenra idade. Por isso é importante que o professor fique atento e a equipe pedagógica da escola para que oriente os responsáveis visando que os mesmos busquem uma avaliação do médico para diagnóstico adequado.

O professor é o elemento fundamental no processo de  descoberta dos transtornos. Ao lidar com o aluno no dia a dia, ele é muitas vezes o primeiro a perceber a irregularidade, em qualquer idade, já que estes sintomas só se evidenciam quando o indivíduo é colocado em situação de aprendizagem e podem ter sido despercebidos ou ignorados pela família até então. Observado e comprovado algo de irregular, o professor deve procurar imediatamente o núcleo pedagógico da instituição, caso haja, para colocar a par os profissionais responsáveis.

O primeiro passo é procurar um profissional que esteja preparado e habituado a diagnosticar indivíduos com transtornos de aprendizagem. Uma formação na área é imprescindível para evitar diagnósticos e tratamentos inadequados. O neuropsiquiatra é o profissional adequado para indicação de tratamentos coadjuvantes, se necessário: fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia, etc.

O atendimento educacional para alunos com dificuldades de adaptação  escolar por problemas de conduta (alterações nas interações sociais), não difere do que é adotado para aqueles considerados normais. No entanto, por apresentarem necessidades educacionais especiais, faz-se necessário recorrer a vários serviços de atendimento compatíveis com as características desses alunos. 

 

Sugestões de atividades em sala de aula

– Síndrome de Down: na sala de aula, repita as orientações para que o estudante com síndrome de Down compreenda. O desempenho melhora quando as instruções são visuais. Por isso, é importante reforçar comandos, solicitações e tarefas com modelos que ele possa ver, de preferência com ilustrações grandes e chamativas, com cores e símbolos fáceis de compreender. A linguagem verbal, por sua vez, deve ser simples. Uma dificuldade de quem tem a síndrome, em geral, é cumprir regras. 

– Autismo e síndrome de Asperger: para minimizar a dificuldade de relacionamento, crie situações que possibilitem a interação. Tenha paciência, pois a agressividade pode se manifestar. Avise quando a rotina mudar, pois alterações no dia a dia não são bem-vindas. Dê instruções claras e evite enunciados longos.  

Síndrome de Rett: Crie estratégias para que o estudante possa aprender, tentando estabelecer sistemas de comunicação. Muitas vezes, crianças com essa síndrome necessitam de equipamentos especiais para se comunicar melhor e caminhar.

– Transtorno Desintegrativo da Infância: Criar estratégias para que o estudante possa aprender, tentando estabelecer sistemas de comunicação, estímulos sociais, psicomotores. Trabalhar com música.

– TDAH: estimular a aprendizagem através de atividades diferenciadas e contextualizadas. Combinar as regras e os objetivos a serem trabalhados em sala.

Bianca Acampora

Doutora em Ciências da Educação 

Especialista em Neurociências Cognitivas,

NeuroAprendizagem, Competências Socioemocionais e Psicopedagogia

Fonte  https://revistareacao.com.br/educacao-e-inclusao-as-principais-sindromes-transtornos-e-disturbios-que-afetam-a-aprendizagem/

Postado por Antônio Brito

Representar a seleção brasileira paralímpica é uma honra e a realização de um sonho”, afirma Jennyfer, do tênis de mesa paralímpico

“Minha família sabia que tinha algo diferente quando completei 1 ano e meio de idade. Assim que aprendi a andar, comecei a sentir muitas dores e reclamava bastante levando as mãos aos joelhos.” Ainda muito criança para entender o que significava ter uma doença rara, Jennyfer Marques Parinos, hoje com 25 anos, aprendeu a ignorar o bullying, superou-se física e mentalmente e, hoje, representa a seleção brasileira paralímpica de tênis de mesa.

Nascida na baixada santista, a jovem atleta conta como foi o processo de conhecimento da doença e como foi sua infância após o diagnóstico. “Assim que identificamos a dor, minha mãe iniciou a procura por uma explicação. Foram 19 ortopedistas, até ser diagnosticada com raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X (XLH), na Santa Casa de São Paulo. Minha infância, após o diagnóstico, foi normal. Sempre fui muito ativa, gostava de brincar, e nunca fui limitada a praticar atividades físicas. A única parte difícil de encarar, eram os olhares e o bullying”, declara Jennyfer.

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O raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X é uma doença genética e hereditária que se manifesta com baixos níveis de fósforo mineral e vitamina D, necessários para a formação dos ossos e dentes, para a composição do DNA e produção de energia no organismo. Conhecida também como XLH (iniciais da enfermidade em inglês), a condição tem como principais sintomas a deficiência do crescimento, alargamento dos punhos, joelhos e tornozelos, dor nos membros inferiores, fraqueza muscular e pernas arqueadas[1].

“Minha vida mudou em 2009, aos 13 anos, enquanto eu brincava no salão de jogos do prédio onde morava. Uma vizinha, que também era mesatenista, me parou e disse que eu levava jeito para o esporte, me convidando para acompanhá-la em um treino. Desse dia em diante, me apaixonei pela modalidade e não parei mais. Comecei a ter muitos resultados nas competições pelo Brasil e em 2013 fui convocada para a Seleção Paralímpica Brasileira”, conta a atleta.

No último dia 8 de junho, Jennyfer conquistou uma vaga para as competições de tênis de mesa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio e se tornou a 11ª atleta paralímpica brasileira a se classificar para a competição, que acontecerá no Japão entre os dias 24 de agosto a 5 de setembro deste ano. “Treinei bastante para essa seletiva, tanto mentalmente, quanto tecnicamente, e dei o meu melhor. Fiquei muito feliz com essa vaga, será minha segunda Paralimpíadas e espero conseguir outra medalha em Tóquio!”, finaliza Jennyfer, que levou a medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2016, no Rio de Janeiro.

Para os pacientes recém-diagnosticados e para os que, assim como ela, convivem com o XLH há bastante tempo, Jennyfer aconselha: “não se diminua ou delimite sua forma de viver. Podemos absolutamente tudo. Aprendi a ignorar o bullying, os olhares e os comentários e conquistei uma posição na seleção brasileira paralímpica. É uma honra e a realização de um sonho, sou muito feliz e dou meu máximo todos os dias para continuar dando orgulho para meu país.”

Os planos para o futuro da jovem atleta é continuar treinando e se dedicando ao tênis de mesa, se formar no curso de nutrição, que iniciou em 2020, além de, mais para frente, casar e ter filhos, seu grande sonho.

O XLH é uma condição crônica e não tem cura. Porém, o tratamento e o acompanhamento médico contínuo proporcionam uma melhor saúde e qualidade de vida para o paciente e seus familiares. Diante de qualquer suspeita, procure um especialista para a investigação adequada e o encaminhamento correto.

Referências
[1]Orphanet. Disponível em orpha.net (https://www.orpha.net/consor/cgi-bin/Disease_Search.php?lng=PT&data_id=11911&Disease_Disease_Search_diseaseType=ORPHA&Disease_Disease_Search_diseaseGroup=89936&Disease(s)/group%20of%20diseases=XLH&title=XLH&search=Disease_Search_Simple).

Fonte. https://revistareacao.com.br/representar-a-selecao-brasileira-paralimpica-e-uma-honra-e-a-realizacao-de-um-sonho-diz-jennyfer-marques-parinos/

Postado por Antônio Brito