Com apenas 18 anos de idade, Gabriela Paola Santos Cunha não vive uma realidade fácil. Mas as dificuldades não a impedem de sonhar alto. A garota, que mora em Picuí, no Seridó da Paraíba, cata latinhas para sustentar o sonho de se tornar empresária e pagar um tratamento para a doença da mãe.
A mãe de Gabriela, Edneide Cristine Dantas Santos, de 56 anos, é auxiliar de enfermagem e foi diagnosticada com colite crônica. A doença intestinal impede que o organismo dela absorva os nutrientes dos alimentos que come. Ela chegou a pesar 36 kg.
Edneide está afastada do emprego por causa da doença. Ela recebe um benefício pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas o dinheiro só é suficiente para bancar as despesas básicas da casa e comprar parte dos remédios que precisa tomar. O tratamento nunca foi feito integralmente.
Desde que soube da doença, Gabriela tenta ajudar nas despesas da casa. Catar latinhas não foi a primeira opção da garota, que é filha única de pais divorciados. Ela procurou emprego em muitos estabelecimentos da cidade. Mas, sem perspectiva de contratação, viu que trabalhar com a reciclagem seria a única alternativa.
Há cerca de um ano, uma empresa de reciclagem foi aberta no município em que ela mora.
A jovem coleta o material em bares, espetinhos e festas privadas. Na maioria das vezes, ela trabalha à noite, mas não reclama. O faturamento dela é de, no máximo, R$ 120 por mês.
Gabi, como gosta de ser chamada, também não reclama do preconceito, mesmo sendo magoada por quem discrimina o trabalho que ela desempenha com a reciclagem.
A dedicação de Gabriela é conhecida pela região. Comerciantes e pessoas que fazem festas em casa costumam reservar o material de entregar nas mãos dela. Alguns deixam até na casa onde ela mora.
As intenções de Gabriela reforçam que há um amor tão forte quanto o de uma mãe para um filho: o de um filho para a mãe.
Em nenhum momento a jovem pensou em desistir e guarda, entre tantas lições, uma das mais valiosas que a mãe poderia ter deixado.
Paixão pelo ramo automotivo surgiu na lavagem de motos e carros
A paixão de Gabi pelo ramo automotivo surgiu em outro trabalho que ela encarou: a lavagem de carros e motos. Mesmo precisando de pouco para começar a trabalhar, ela também enfrentou dificuldades.
Os tios dela tinham um equipamento de lavagem de pequeno porte e passaram para ela. Ela cuidava dos veículos no beco da casa onde mora e ia buscá-los caminhando.
O micronegócio precisou ser interrompido porque as instalações não eram as ideais. Os veículos ficavam no sol e secavam antes que ela pudesse retirar os produtos de limpeza, o que fazia com que ficassem manchados.
Gabi sabe o que quer e também o que precisa fazer para chegar lá. Por isso, ela valoriza os estudos. Cursa a segunda série do ensino médio em uma escola pública. Assim, o dia ficou preenchido com a esperança de um emprego.
Trabalho na feira
Gabriela também trabalha com mudanças e fretes com carrinhos de mão na feira da cidade onde mora. Ela contou que o preconceito no local não é de classe, mas de gênero.
Os alunos de uma escola elementar de Maine, nos Estados Unidos aprenderam a língua de sinais pra receber uma aluna surda.
Morey Belanger, 6, foi recebida por seus colegas de classe e amigos na semana passada na Dayton Consolidated School.
Morey foi para a Dayton Consolidated School em 2017 e era a primeira aluna surda. Só que a escola queria que ela se sentisse bem vinda, por isso, ao longo do ano letivo, os colegas começaram a aprender a língua de sinais.
Professores penduraram cartazes ao redor da escola para mostrar aos alunos várias palavras em frases.
Cinderela
Em 29 de maio, a escola postou no Facebook um vídeo de “Cinderella” – interpretado por um estudante de segundo grau – surpreendendo os alunos com uma música em língua de sinais.
Morey se juntou e a princesa e participou do show.
“Nossa comunidade adotou a língua de sinais e funcionários e estudantes aprenderam por conta própria”, disse a escola no Facebook.
“Desde o início [Morey] foi muito bem recebida. Fico feliz em vê-la apoiada, amada e aceita ”, disse Shannon Belanger, mãe de Morey, à People Magazine.
“[Morey] fica animada para ir à escola todos os dias. Ela fez amizades muito boas… Ela é feliz e eu estou feliz em vê-la feliz ”.
Morey foi diagnosticada com 1 anos de idade com um distúrbio auditivo tão raro que não é nomeado. Ela usa aparelhos auditivos e língua de sinais.
Os professores da escola também passaram por treinamento para incorporar a língua de sinais em suas salas de aula, disse a diretora da Dayton Consolidated School, Kimberly Sampietro.
“Então as crianças aprendem continuamente. Muitas pessoas do outro lado da escola, seja a moça do almoço ou nossa professora de música, estão aprendendo apenas os sinais básicos para fazer parte da comunicação ”, disse Sampietro
Sistema automatizado com comando de voz e avisos sonoros vão orientar cegos durante o deslocamento
Compartilhe:
O Metrô realiza hoje, 6 de fevereiro, às 11h, na estação Vergueiro, em São Paulo, o primeiro teste aberto de uma ferramenta inédita que poderá aumentar a autonomia das pessoas com deficiência visual.
O projeto “Siga Fácil” vai orientar esses passageiros nos deslocamentos em espaços públicos por meio de sistema automatizado com comando de voz e avisos sonoros. Juntos eles indicarão qual caminho o usuário cego ou com baixo visão pode seguir.
A implantação do piloto está sendo feita pelo Metrô, que com o auxílio de pessoas cegas voluntárias mapeou a estação Vergueiro da Linha 1-Azul. Em pontos estratégicos, foram instalados equipamentos que emitem sinais captados por um aparelho receptor, desenvolvido pelo Metrô. Ele será conectado ao celular do passageiro para decodificar a mensagem, que pode ser ouvida através de fone de ouvido. Esse método foi pensado para permitir que o usuário consiga também manter suas mãos livres.
Outro diferencial é o que os sinais são emitidos com o uso de frequência de infravermelho, em vez de ondas de rádio. O que irá eliminar os riscos de interferências e permitir o direcionamento preciso da pessoa ao seu ponto de interesse. A luz é imperceptível no ambiente, não causando desconforto para as demais pessoas e nem interferências nos equipamentos do Metrô.
Todo o sistema foi criado pelo próprio Metrô, através de dois colaboradores que também são pesquisadores da USP. As etapas de desenvolvimento envolveram pesquisas científicas, investigação internacional e inúmeros testes que vêm sendo realizados desde 2018.
Com a evolução dos testes na estação Vergueiro, o Metrô pretende ampliar os estudos para outras estações, considerando o perfil dos passageiros atendidos. A meta é que até o final de 2021 todas as estações do Metrô estejam mapeadas. O equipamento receptor, batizado com o nome de “coração”, será fabricado pela própria Companhia e, inicialmente, deverá funcionar em esquema de empréstimo, sendo disponibilizado na entrada da estação e devolvido na saída do sistema.
Esse projeto vem ao encontro das diversas ações inclusivas do Metrô, que atende diariamente a 1,8 mil passageiros com deficiência em suas 62 estações, que são totalmente acessíveis. A atenção prestada a esse público foi reconhecida com premiação da UITP (União dos Transportes Públicos) em 2015 e com a escolha da estação Tatuapé para receber o Centro de Informação a Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Fonte: Revista Acontece Site externo https://www.vidamaislivre.com.br/2020/02/06/metro-testa-equipamento-inedito-para-aumentar-autonomia-das-pessoas-com-deficiencia-visual-nas-estacoes-em-sp/ Postado por Antônio Brito
O Ministério da Educação (MEC) abriu vagas para capacitar 1.200 professores na alfabetização de estudantes com deficiências. O curso é gratuito e tem como público-alvo professores de educação básica dos sistemas públicos de ensino de estados, municípios e do Distrito Federal.
O Aperfeiçoamento em Alfabetização para Estudantes com Deficiência será a distância e terá carga horária de 180 horas. As aulas vão de maio até outubro. A iniciativa é fruto de parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Os interessados deverão se inscrever no site do curso até 20 de março. Para participar é necessário passar por processo de seleção com análise documental que comprove a atuação na educação básica no sistema público de ensino. O resultado final de seleção de candidatos será publicado no site do curso no dia 30 de março. Acesse o edital para mais detalhes. Fonte https://agenciabrasil-ebc-com-br.cdn.ampproject.org/v/agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-02/mec-capacita-professores-para-alfabetizar-alunos-com-deficiencias?amp=&fbclid=IwAR2s3xqCFim_R4aq8PFpe9th-asVqUWNwAS4EfuJCv1V1fblFvBhBxtBoPA&_js_v=0.1#amp_tf=Fonte%3A%20%251%24s&share=http%3A%2F%2Fagenciabrasil.ebc.com.br%2Feducacao%2Fnoticia%2F2020-02%2Fmec-capacita-professores-para-alfabetizar-alunos-com-deficiencias Postado por Antônio Brito
O Projeto Brincar, iniciativa da Fundação Grupo Volkswagen, concebido e implementado pela Mais Diferenças em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, foi reconhecido pelo Zero Project como uma das práticas mais inovadoras em educação inclusiva na primeira infância. O Zero Project é uma iniciativa austríaca que, desde 2008, busca colaborar para a garantia dos direitos das pessoas com deficiência. O objetivo é compartilhar e disseminar globalmente projetos e políticas públicas voltadas à equiparação de oportunidades.
Anualmente, com auxílio de uma rede de mais de 3 mil especialistas de 140 países, a equipe do Zero Project seleciona boas práticas relacionadas a um dos temas abordados pela Convenção Internacional sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU e as premia durante uma conferência.
Em 2020, a Conferência Zero Project, sediada em Viena de 19 a 21 de fevereiro, terá como tema a educação inclusiva e reunirá mais de 500 delegados de 60 países.
Ficamos felizes que o Projeto Brincar seja uma das práticas premiadas e que, nesta oportunidade, a Mais Diferenças, representada por sua coordenadora geral Carla Mauch, poderá apresentar as conquistas dos três anos do Projeto Brincar junto aos parceiros da Fundação Grupo Volkswagen.
Comemoramos e compartilhamos esta conquista com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, suas Diretorias Regionais de Educação, unidades educacionais, seus profissionais, crianças e famílias, assim como outras tantas organizações que acreditam em um mundo inclusivo e que defendem os direitos de todos.
Usuários da Biblioteca Pública do Paraná (BPP) cegos ou com visão reduzida terão uma tecnologia especial a partir desta amanhã para ler livros, periódicos e outros acervos da instituição. São pequenos módulos que acoplados aos óculos do usuário fotografam, escaneiam e transformam textos em áudio, chamados OrCam MyEye. A leitura pode ser feita em português, inglês e espanhol.
Os aparelhos foram cedidos pela Secretaria Estadual de Justiça, Família e Trabalho (Sejuf). Além da leitura de textos, o sistema também permite a identificação de pessoas a partir do escaneamento de rostos, além de reconhecer produtos, cores e até cédulas de dinheiro. “Mais que um leitor de textos, este sistema possibilita autonomia ao usuário e acesso ao amplo acervo literário que temos. Com esse dispositivo, contaremos com uma importante ferramenta para a inclusão”, comemora a diretora da BPP, Ilana Lerner.
“O atendimento e a política para a pessoa com deficiência é uma prioridade em nossa gestão e, quando conhecemos essa tecnologia, fizemos todos os esforços para adquirir alguns equipamentos e iniciar um projeto-piloto”, explica o secretário da Sejuf, Ney Leprevost. “É uma política pública inovadora que vai oferecer opções reais e eficientes para que as pessoas cegas e com deficiência visual possam usufruir de todo o acervo da Biblioteca Pública. Mas, mais do que isso, o dispositivo permite uma conquista inédita na vida dessas pessoas. É emocionante ver a reação de um deficiente visual ao folhear um livro e, pela primeira vez, saber o que está escrito nele”, completa
No total, cinco OrCam MyEye foram adquiridos pelo governo do estado. Dois serão usados pelos frequentadores da BPP, dois serão destinados a bibliotecas do interior e um ficará na própria Sejuf, para eventos como a Feira da Cidadania.
Dotado de tecnologia revolucionária, o aparelho oferece independência às pessoas cegas ou com deficiência visual. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, há mais de 250 milhões de pessoas com deficiência visual em todo o mundo. No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que essa população é de 582 mil cegos e 6 milhões de pessoas com baixa visão. E, em sua maioria, elas têm acesso mais restrito à educação, à cultura e ao mercado de trabalho.
“Cerca de 80% das atividades que realizamos no dia a dia estão relacionadas à leitura. O OrCam MyEye proporciona, como ferramenta de visão artificial, o acesso à informação, esteja a pessoa onde estiver, e sem a necessidade de conexão à internet”, avalia Doron Sadka, diretor da Mais Autonomia, empresa que tem como missão disponibilizar a tecnologia no país. O equipamento pode ser utilizado para permitir a leitura tanto de livros, quanto jornais, revistas, placas de rua, cardápios de restaurantes, nomes de lojas, mensagens do celular, placas de sinalização e folhetos.
A pequena câmera inteligente fica acoplada nas hastes de qualquer par de óculos, escaneia e lê instantaneamente textos em qualquer superfície. Sua velocidade pode ser controlada, possibilitando a leitura de 100 a 250 palavras por minuto; permite escolher entre voz masculina e feminina; e tem comandos para pausar, adiantar ou retroceder a leitura – tudo isso offline.
O aparelho consegue ainda identificar cores e tonalidades, reconhecer pessoas e gêneros, rostos, informar a data e hora com um simples gesto de girar o pulso, cédulas de dinheiro (reais e dólares). Após o reconhecimento, retransmite a informação discretamente no ouvido do usuário.
Essa história é conhecida como “Ian, uma história que nos mobilizará” e é baseada na vida de uma criança com deficiência que deseja acabar com as barreiras da solidão e isolamento causadas por ser deficiente. Este curta tem três prêmios e pode ser indicado ao Oscar.
Mensagem de luta com uma história verdadeira
A mensagem é lutar contra a ignorância que algumas pessoas têm sobre a deficiência e, por causa disso, é mais do que provável que exista bullying e isolamento. É necessário saber e lembrar que as crianças com deficiência são o grupo mais vulnerável à violência e ao bullying.
Esta história é a vida real de uma criança argentina que tem paralisia cerebral que afeta tanto a mobilidade quanto a linguagem. Desde 2012, sua mãe criou a Ian Foundation para poder denunciar sua deficiência e, assim, tentar construir uma sociedade inclusiva. O que se pretende com este curta-metragem é derrubar as barreiras e aumentar a inclusão social.
Um mundo melhor pode ser alcançado para crianças com deficiência se todas as pessoas fizerem sua parte … se a deficiência for melhor compreendida. As principais barreiras, além das arquitetônicas, são as mentais.
A deficiência pode ser física, mental, intelectual ou sensorial e pode afetar a qualidade de vida das pessoas afetadas. O objetivo das organizações e fundações é informar a sociedade e melhorar o bem-estar das crianças com deficiência. A falta de informação e a ignorância são os verdadeiros culpados dessa estigmatização vivenciada por pessoas com deficiência e, portanto, informação e educação são a base de uma sociedade que respeita, tem empatia e é educada a partir do amor..
Em seguida, mostraremos o vídeo para que você possa entender tudo o que falamos acima.
Prepara o lenço porque essa história é linda demais pra não chorar… Um garoto de apenas 10 anos iniciou uma campanha na sua escola para arrecadar lacres de latinhas de alumínio e trocar por uma cadeira de rodas motorizada para a sua professora.
Gabriel Jesus disse que quer dar a cadeira para a tia Eliana Oliveira ter mais conforto e mobilidade. “Eu gostei muito dela, vi que ela faz muito esforço e vou dar uma cadeira motorizada pra ela”, disse ele.
“Fiquei bastante surpresa por essa ação voluntária e eu nem percebi que ele tava prestando atenção, olhando, se interessando e o objetivo dele era juntar e poder comprar uma cadeira melhor do que a que eu tinha. Eu fiquei emocionada quando eu vi que ele queria ir nas outras salas pedir para contribuírem, envolver toda a escola de uma maneira que ele pensou em tudo”, disse a professora.
A mãe do garoto, Geise Damasceno, explicou que Gabriel viu na internet uma campanha que troca lacres de latas de alumínio por cadeiras de rodas. “A ideia surgiu daí. Ele me disse que a professora cansava muito com a cadeira que ela tem, que é ruim e que esseera o sonho e a vontade dele, foi uma iniciativa dele e uma atitude de coração”, disse a mãe.
A Escola Municipal Vereadora Astrea Barral Nebias fica em Mogi das Cruzes (SP). A campanha idealizada por Gabriel Jesus tem o apoio da direção. Pra conseguir o feito, Gabriel precisa juntar 160 garrafas de 2 litros de lacres: ele já conseguiu 32 garrafas. “Eu estou empolgado”, disse.
Professora enfrenta dificuldades de locomoção
Eliana é professora há oito anos. Ela conta que no início sofreu bastante com a falta de acessibilidade, mas a escola onde trabalha hoje é totalmente acessível. Para ajudá-la dentro da sala de aula, ela escolhe um dos alunos para empurrar a cadeira quando precisa, e foi aí que Gabriel percebeu o tamanho da dificuldade para a Eliana se deslocar.
A professora nunca conseguiu adquirir uma cadeira motorizada, que custa no mínimo R$ 6 mil. Com o orçamento apertado, ela compra cadeiras de até R$ 2 mil, dividindo o pagamento em 10 vezes, que é a forma que ela consegue pagar.
Ela sabe que é difícil conseguir uma cadeira de rodas motorizada com lacres de latinhas de alumínio. Mas, mesmo precisando da cadeira, disse que abriria mão para ajudar pessoas que não têm sequer uma cadeira de rodas normal.
“Mesmo com todos os contras, eu incentivei Gabriel porque eu não queria estragar esse momento tão mágico. E se conseguirmos a cadeira, eu posso até doar para a escola, para quem não tem e precisa”, disse.
Empatia e solidariedade são valores trabalhados na escola
Desde o massacre na Escola Municipal Raul Brasil, em Suzano (SP), em 2019, que deixou 10 mortos, as escolas das cidades vizinhas passaram a trabalhar valores como empatia e solidariedade com os alunos, e é assim também na escola do Gabriel e da Eliana.
“A gente inicia o ano falando sobre essas questões, sobre a necessidade de prestar a atenção no outro, de não fazer bullying. Isso tudo me aproximou muito dos nossos alunos. Eu me apeguei muito, ficou mais forte ainda. Eu amooooo os meus alunos”, disse Eliana.
Eliana mora em Suzano e sabe bem o quanto é importante a relação entre escola e comunidade.
“A educação cria laços de afetividade e empatia desde o relacionamento como é construído, escola e comunidade, aluno, essa ponte de convivência. A gente passa metade do dia juntos, passa mais tempo com eles do que com a família e acaba se envolvendo, tanto o docente na vida do aluno quanto o aluno na vida do professor e vai se consolidando durante o tempo. Respeito, carinho, consideração, amizade, parceria, prestar a atenção ao outro”, disse.
Professora ficou paraplégica ao ser atingida por um tiro durante assalto
A vida de Eliana sempre é marcadas por dificuldades e muita resiliência. Ela nasceu em uma família humilde de São Caetano do Sul (SP), filha de um torneiro mecânico e uma dona de casa.
Depois se mudou para Suzano e quanto tinha 18 anos, sofreu um tiro durante uma tentativa de assalto. O disparo atingiu a medula e o pulmão. Ela tinha acabado de ser mãe e estava com um bebê de oito meses.
“Foi o meu filho que me deu forças pra lutar pela vida. Entrei em coma… fui ressuscitada três vezes. Foi terrível lutar pela vida e ter um filho me deu forças pra sobreviver”, relatou.
Eliana ficou internada por dois meses e perdeu cerca de 20 kg. O marido a deixou e foi sua mãe quem cuidou dela nos primeiros meses. “Resolvi voltar a estudar, encarar a vida mesmo numa cadeira de rodas, concluí o Ensino Médio com a ajuda do meu pai que me levava na escola”, relembra.
Depois ela tirou carteira de habilitação e passou no primeiro concurso para merendeira de uma escola em Mogi das Cruzes (SP). “Trabalhei aproximadamente 5 anos em escola, onde percebi que podia trabalhar com crianças. Fiz o Enem, consegui uma bolsa de pedagogia, exonerei o cargo, estudei e voltei após 3 anos como professora”, narrou.
Há três anos ela conheceu um novo amor, com quem se casou em 2018. “Encontrei o amor da minha vida. Quando estou com meu esposo daí não tem limites”, se declarou.
Nossa, a Eliana é uma guerreira, né?! Com certeza sua história é uma lição de vida para os seus alunos. E o Gabriel também nos ensina bastante. Nota 10 pra vocês!
No próximo dia 14 de fevereiro Gary J. Gemme comemora 1 ano de vida nova, após o transplante de medula que recebeu do filho mais novo, Matthew.
Gary Gemme sempre foi um homem forte, que se cuidava, com bons hábitos alimentares e físicos. Ele era chefe de polícia de Worcester, nos EUA. Até o dia em que começou a passar mal e em 2018 foi diagnosticado com leucemia linfocítica aguda, um tipo de câncer no sangue e na medula óssea, sem qualquer histórico na família.
Os médicos do UMass Memorial Medical Center disseram que ele tinha duas opções: quimioterapia a longo prazo ou transplante de medula óssea. Gemme optou pelo transplante de medula óssea, a maneira mais eficaz de se recuperar.
Seus dois filhos, Michael e Matthew, queriam ser seus doadores. A filha, Jessica, não poderia ser a doadora depois de ter um filho.
Como Mathhew era mais jovem, ele foi escolhido como doador. A cirurgia
A cirurgia foi em 2019. “Eu recebi um presente tremendo. Recebi o presente da vida do meu filho no dia dos namorados. É emocionante para mim, há realmente um vínculo aí”, disse o pai.
A boa nova é que Gemme se recuperou e está livre de câncer e o Dia dos Namorados de 2020 terá comemoração.
“Eu me sinto ótimo. Estou exercitando todos os dias. Estou fazendo muitas das coisas que podia fazer antes”, afirmou. Livro
Gemme surpreendeu muitas pessoas que trabalharam com ele ou o conheciam bem quando ele lançou seu primeiro livro – Margaret’s Dove: A Novel – uma história de amor que se passa em Cape Cod. Ele publicou o livro depois de se aposentar como chefe da polícia de Worcester em maio de 2016.
Enquanto se recuperava do transplante de medula óssea no hospital, Gemme acordou cedo uma manhã com a ideia do seu segundo livro na cabeça.
“Em 19 de fevereiro, alguns dias após meu transplante de medula óssea, acordo e tinha essa história na cabeça.”
Ele pegou seu iPad, escreveu as primeiras páginas, o último capítulo e enviou para sua esposa.
“Ela leu e adorou”, disse Gemme. “Eu apenas continuei escrevendo.”
“When Summer Turns to Fall” foi lançado na Amazon em 17 de janeiro.
Focar o livro ajudou Gemme em sua recuperação, lhe deu um propósito e manteve mente ocupada. Gratidão
Nos agradecimentos do livro, ele falou do hospital UMass.
“Não tenho palavras para expressar totalmente minha gratidão a todos os ‘Nightingales’ que trabalham na Oight West, a Unidade de Medula Óssea e a Clínica do UMass Memorial Medical Center, que fizeram da minha estadia um verdadeiro lar longe de casa. Obrigado a todos por me agraciar com sua gentileza e dedicação”, concluiu. Fonte https://www.sonoticiaboa.com.br/2020/02/04/pai-recebeu-medula-filho-livre-cancer-comemora/ Postado por Antônio Brito
Por Gladys Peixoto e Fernanda Lourenço, G1 Mogi das Cruzes e Suzano
Uma mulher, de 30 anos, denunciou à polícia de Mogi das Cruzes nesta quarta-feira (5), um caso de discriminação contra o filho dela, um autista de 14 anos. Segundo Patrícia Santos Vieira, um motorista de aplicativo cancelou uma corrida na segunda-feira (3) ao perceber o transtorno do adolescente. "Entrei em choque no momento. Fiquei muito nervosa", disse a mãe.
A 99, aplicativo por onde Patrícia pediu a corrida, disse que lamenta profundamente a situação, e reitera que repudia qualquer tipo de preconceito (veja nota completa abaixo).
A mãe ia levar o filho para uma sessão de fisioterapia na piscina, na região central de Mogi. "O motorista me pegou e saiu com o carro. Coloquei o cinto em mim e nele. Meu filho começou a chorar e a balançar a mão. Quando ele olhou e viu que era autista, pelo jeito que chorava e balançava a mão, ele falou: 'não vou levar, desce, desce, não vou levar!'.
Patrícia contou que o motorista deixou os dois na esquina de casa e que voltaram andando para a casa e perderam a sessão de fisioterapia.
"Sabe quando você fica sem reação nenhuma? Não estava nem sentindo minhas pernas. Voltei para casa e liguei para meu esposo. Contei o que tinha acontecido. No momento da raiva e indignação, fiz uma postagem que teve mais de 3 mil compartilhamentos", contou.
O boletim de ocorrência do caso foi registrado como crime de "praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência e injúria".
Esta não foi a primeira vez que Patrícia teve problemas com motoristas. “Outra vez, meu filho estava no carro e comeu uma torradinha e o motorista pediu para eu passar um aspirador de pó. Ele perguntou se eu tinha um. Bati boca e deixei pra lá”.
A mãe conta que não conseguiu retomar a rotina depois do que aconteceu, porque o filho ainda estar nervoso por ter perdido a sessão de fisioterapia. A próxima será apenas na segunda-feira.
“Chega uma hora que a gente cansa. Estou cansada de me isolar, viver escondida em casa. Agora eu vou enfrentar. O que tiver de enfrentar, vou enfrentar.”
Em nota, a 99 informou que, por meio das redes sociais, soube do relato grave da passageira Patrícia Vieira, que teve sua corrida negada por um motorista da plataforma. A empresa disse que tem uma política de tolerância zero em relação a isso.
"A empresa orienta e sensibiliza seus motoristas parceiros a atenderem passageiros com gentileza e respeito. Em seus termos de uso, a empresa ressalta que motoristas parceiros não podem selecionar passageiros por quaisquer motivos, além de tratá-los com boa fé, profissionalismo e respeito. Assim que tomamos conhecimento do caso, banimos o motorista e mobilizamos uma equipe que está buscando contato com Patrícia e seu filho para oferecer todo o apoio e acolhimento necessários. A 99 está disponível para colaborar com a investigação da polícia", destacou a nota.
A plataforma reiterou ainda que investe continuamente para prevenir esse tipo de situação. A empresa afirmou que realiza periodicamente rodas de conversas para orientar motoristas parceiros a terem uma postura de respeito e gentileza com todos. Além disso, uma nova plataforma de cursos para 100% dos motoristas com foco em diversidade e cidadania. Entre os módulos está práticas de bom atendimento.
Passageiros e motoristas que tenham sofrido qualquer situação semelhante devem reportar imediatamente para a empresa, por meio de seu app ou pelo telefone 0800-888-8999, para que medidas corretivas sejam adotadas.