07/02/2025

Estudo revela que maioria das empresas está despreparada para receber PCD

 Pesquisa revela que 8 em cada 10 trabalhadores com deficiência ou neurodivergência avaliam que empresas não estão preparadas para recebê-los, destacando desafios de acessibilidade e inclusão no mercado.

 Estudo revela que maioria das empresas está despreparada para receber PCD

Segundo matéria publicada no Jornal O Dia (RJ), 8 em cada 10 trabalhadores e trabalhadoras com deficiência ou neurodivergência que estão empregados avaliam que a maioria das empresas está despreparada para recebê-los em seu quadro funcional.

O dado consta na pesquisa 'Radar da Inclusão: mapeando a empregabilidade de Pessoas com Deficiência', da Pacto Global, iniciativa da ONU - Organização das Nações Unidas, da empresa Talento Incluir, do Instituto Locomotiva e da iO Diversidade. No total, 1.230 pessoas com 18 anos ou mais e que se declaram neurodivergentes ou têm alguma deficiência participaram do levantamento, feito entre 20 de outubro e 3 de novembro de 2024.

Outra proporção significativa, também apurada no âmbito da pesquisa, foi a de pessoas que preferem trabalhar em modelo remoto ou híbrido, ou seja, que mescla expedientes presenciais e remotos. A parcela é de 71% nesse caso, superior à dos que já têm essa rotina atualmente, de 58%. Poder trabalhar de casa – em Home Office - pode ser fundamental para alguns trabalhadores e trabalhadoras com deficiência que já disponham de mesas, cadeiras, softwares ou outros itens que auxiliem no cumprimento de suas tarefas.

Isso porque muitas vezes a empresa não tem o básico no local de trabalho. Segundo a matéria, foi constatado que um cadeirante relatou que foi selecionado para uma vaga de emprego e logo depois dispensado pelo empregador. A razão foi que, embora seu currículo de advogado fosse ideal para o escritório ao qual se candidatou, sua cadeira de rodas não passava entre os batentes da porta do banheiro.

A pesquisa divulgada mostra que 33% dos pesquisados afirmam que seu ambiente de trabalho não é devidamente adaptado. Além disso, praticamente todos os participantes disseram que se apresentam, durante um processo seletivo, como pessoas com deficiência ou neurodivergência, o que pode deixar implícitas duas coisas: que uma parcela ainda não se sente confortável para se declarar como tal, talvez por medo de perder a vaga, ou não se descobriu assim, por minimizar deficiências, considerando que não precisariam ser mencionadas, ou por não ter confirmado um diagnóstico ou desconhecer condições de saúde que se encaixam nessa classificação. Ou com medo do preconceito.

A pesquisa mostrou que a mentalidade do empresariado brasileiro em geral prefere ficar suscetível a denúncias do Ministério Público do Trabalho (MPT), que podem se desdobrar em processos judiciais que impõem penalidades, a fazer o que é preciso, já que é ele quem deve se adaptar aos funcionários com deficiência ou neurodivergência e não o contrário.

Segundo o IBGE, cerca de 55% das pessoas com deficiência que trabalham estão em situação de informalidade, ou seja, não têm carteira assinada.

Saiba mais no link:

 
 Fonte: https://www.revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=de4c5e34-84be-4c94-a559-8ca5fcc9800c
 
 Postado Pôr: Antônio Brito

Nenhum comentário:

Postar um comentário