10/11/2021

REFLEXOS DA PANDEMIA DO COVID 19 NA SAÚDE, REABILITAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

* Por  Wiliam César Alves Machado

Com avanço da vacinação e os esforços para retorno da normalidade na vida das pessoas, cada vez maiores os arranjos para que possamos em breve retomar rumos das nossas vidas, isso em todos os setores da sociedade.

Temos consciência e sentimos os reflexos negativos, prejudiciais e até mesmo devastadores dos impactos causados pela pandemia do COVID-19, alterando o fluxo dos acontecimentos na vida das famílias em todos os continentes do globo terrestre. Muitos desajustes, dor, sofrimento e mortes, que marcaram a história recente da humanidade e cujas sequelas ficarão abertas na memória coletiva ainda por muitos anos no porvir. Porém, numa prova inequívoca de que tudo passa, ao que se pode perceber gradativamente, estamos entrando na fase de retomada da normalidade, inclusive, na esfera dos serviços públicos, quando se é chegado o momento de arregaçar as mangas na retomada do trabalho. Uma conjunção de iniciativas individuais e sociais para tornar a vida das pessoas mais estável e próxima ao ritmo do antes da pandemia.

A questão que nos preocupa sobremaneira, imputa-se ao imperioso processo de retorno aos atendimentos das pessoas com deficiência nos programas de reabilitação criados pelo Ministério da Saúde e implementados em diversas cidades brasileiras no formato de Centros Especializados de Reabilitação – CER I, II, III e IV, de acordo com as diretrizes da Portaria nº 793, de 2012. Tendo em vista que seus usuários permaneceram sem acesso regular aos atendimentos e tratamentos nos programas de reabilitação, além da dispensação de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção confeccionados em suas oficinas ortopédicas. Independente das medidas preventivas adotadas na pandemia, cabe reiterar o quão prejudicial foi a falta de previsão em políticas públicas para oferta de equipamentos de proteção individual (EPI) para que cuidadores familiares os utilizassem, caso algum ente familiar deficiente e dependente de cuidados contraísse a doença, pois suas dificuldades e limitações físicas, sensoriais, intelectuais ou psicossociais, continuaram sob inteiro cuidado de cada família, em casa. Não fossem a proteção Divina, a caridade de pessoas de coração generoso, a intercessão de líderes religiosos espiritualizados, evoluídos, e alguns profissionais de saúde de grande responsabilidade do ponto de vista ético, a desassistência causaria sequelas ainda maiores, mais graves, irreparáveis.

Não é difícil compreender que, concomitante ao mais restritivo período da pandemia, a incidência de acidente vascular cerebral continuou surpreendendo as famílias, deixando vítimas com sequelas físicas e sensoriais; que nasceram muitas crianças surdas, cegas, com síndrome de Down, autistas e outras com deficiência múltipla, todas elas permaneceram sem cuidados e assistência nos serviços de saúde e reabilitação. Que idosos hipertensos, diabéticos, obesos, pessoas com doenças neurológicas degenerativas, entre outras comorbidades, às vezes, precisam ser submetidas a tratamentos e intervenções cirúrgicas de emergência. Milhares  tiveram a mama ou outro segmento corporal amputado, ficaram com colostomia, entre outros, todos carecendo de consulta, avaliação, orientação, visita domiciliar, acompanhamento, necessitando de materiais e equipamentos específicos, ou da confecção de órteses e próteses para que obtivessem melhor qualidade de vida.  Outras tantas vitimadas em acidentes automobilísticos, violência doméstica e urbana, continuaram sobrecarregando os serviços hospitalares de urgência e emergência, em escalas até maiores, resultando em mais pessoas com lesão medular, paraplégicos ou tetraplégicos, com potenciais necessidades de cuidados de curto, médio e longo prazos. Afinal, todos se caracterizam por intercorrências de saúde, doença e reabilitação que continuaram ocorrendo em paralelo com as medidas de isolamento da pandemia, contudo, sem contar com reforços na contraparte dos serviços públicos para dar conta da demanda nos programas de reabilitação, criados e implementados anteriormente. Agora, não importa o que não foi feito, viremos a página. Vamos recomeçar tudo e procurar suprir as demandas das famílias que precisam de ajuda para cuidar de seus entes com mais dignidade.

Bom começo seria a mobilização organizacional para o preparo dos gestores, promovendo a capacitação de secretários municipais e estaduais de saúde, tomando providências e sendo mais objetivos para que as pessoas que exercem cargos de liderança nesses setores tomem conhecimento sobre o objeto, natureza e reais diretrizes para o funcionamento pleno de cada programa, uma forma de capacitar quem de competência para a gerência operacional das unidades de saúde e reabilitação. Embora frequente na maioria da administração pública, é inexplicável a presença de gestores que desconhecem as bases e especificidades dos serviços que administram, uma constatação que precisa ser eliminada, para o bem geral da população contribuinte, a menos que se disponham ao aprendizado das nuances teórico-metodológicas que balizam seus fazeres. Em seguida, para não perder o ensejo, darmos início na reestruturação das equipes, procedermos a redefinição das funções de cada profissional e equipes junto aos usuários, a recomposição e readequação dos espaços, ambientes, materiais e equipamentos necessários para o atendimento regular do público-alvo dos programas de reabilitação que tanto necessita de acolhimento, considerados os estragos causados pela pandemia do COVID-19.

 

*  Wiliam César Alves Machado – Prof. Dr. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Três Rios/RJ.

Pesquisador na Área de Saúde e Reabilitação da PcD.  E-Mail: wily.machado@gmail.com

** Este texto é de responsabilidade exclusiva de seu autor, e não expressa, necessariamente,  a opinião do SISTEMA REAÇÃO – Revista e TV Reação.

Fonte. https://revistareacao.com.br/reflexos-da-pandemia-do-covid-19-na-saude-reabilitacao-e-inclusao-social-das-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito

09/11/2021

TST mantém nulidade de cláusulas que reduziam cota para pessoas com deficiência e aprendizes

A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou recurso do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Minas Gerais (Sindpas) contra a invalidação de cláusulas de convenção coletiva que excluíam as funções de motorista e de auxiliar de viagem/trocador da base de cálculo da cota destinada, por lei, a pessoas com deficiência e a aprendizes. Segundo o colegiado, as cláusulas regulam direito não relacionado às condições de trabalho da categoria profissional e, portanto, não devem constar de instrumento normativo autônomo.

Exclusão

De acordo com a convenção coletiva de trabalho firmada entre o Sindpas e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários, Urbanos, Vias Internas e Públicas de Barbacena e Região – em Minas Gerais, a função de motorista não integraria a base de cálculo da cota de pessoas com deficiência. A justificativa era a exigência legal de habilitação profissional específica.

No caso dos aprendizes, foi excluída, também, a função de trocador, com o argumento de que eles não poderiam manusear ou portar valores nem trabalhar em período noturno, em trajetos de longa distância.

Mascaramento

Em ação anulatória, o Ministério Público do Trabalho (MPT) sustentou que o detalhamento das cláusulas, com “pretensas justificativas”, visava apenas mascarar a diminuição intencional do quantitativo de aprendizes e de pessoas com deficiência.

Habilitação

Ao anular as cláusulas, o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) afirmou que as únicas funções excetuadas da base de cálculo da cota de aprendizes são as que demandam habilitação de nível técnico ou superior e cargos de direção, confiança ou gerência. Em relação às pessoas com deficiência, a decisão registra que a Lei 8.213/1991 não faz menção à exclusão de determinados cargos ou atividades para o cômputo do percentual.

Interesse difuso

A relatora do recurso do Sinpas, ministra Kátia Arruda, explicou que, ao excluir funções da base de cálculo das cotas, a convenção coletiva tratou de matéria que envolve interesse difuso – direito indivisível dos quais são titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato (no caso, as pessoas com deficiência e os aprendizes). “Ou seja, a regra transpassa o interesse coletivo das categorias representadas, para alcançar e regular direito difuso”, assinalou.

Ordem pública

Segundo a ministra, trata-se, também, de matéria de ordem e de políticas públicas, e, por isso, não é passível de regulação pela via da negociação coletiva. Ela observou que houve violação do artigo 611 da CLT, que autoriza a pactuação de instrumento normativo autônomo (convenção coletiva de trabalho) entre as categorias econômicas e profissionais, a fim de fixar condições aplicáveis às relações individuais de trabalho.

Falta de capacidade

Outro ponto observado foi que as cláusulas não atendem aos requisitos de validade estabelecidos no artigo 104 do Código Civil, sobretudo quanto à falta da capacidade das partes para tratar da questão. De acordo com a relatora, a SDC já se pronunciou algumas vezes para declarar a nulidade de cláusula que trata de matéria estranha ao âmbito das relações bilaterais de trabalho.

A decisão foi unânime.

(MC, CF)

Processo: ROT-10139-07.2020.5.03.0000

A Seção Especializada em Dissídios Coletivos é composta por nove ministros. São necessários pelo menos cinco ministros para o julgamento de dissídios coletivos de natureza econômica e jurídica, recursos contra decisões dos TRTs em dissídios coletivos, embargos infringentes e agravos de instrumento, além de revisão de suas próprias sentenças e homologação das conciliações feitas nos dissídios coletivos.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social do Tribunal Superior do Trabalho

Fonte. https://revistareacao.com.br/tst-mantem-nulidade-de-clausulas-que-reduziam-cota-para-pessoas-com-deficiencia-e-aprendizes/

Postado por Antônio Brito

Projetos de Lei que obrigam tradutores de Libras aguardam votação há mais de 10 anos na ALESP

O deputado Edmir Chedid (DEM) reiterou à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) a importância da aprovação dos Projetos que tornam obrigatória a tradução simultânea de aulas de faculdades, universidades e escolas públicas para a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Os Projetos de Lei 234/08 e 235/08 estão prontos para votação final há 13 anos e 11 anos, respectivamente.

A aprovação dos Projetos de Lei será fundamental à qualidade da educação nas faculdades, universidades e escolas, segundo a defesa do parlamentar ao Poder Legislativo. Durante a tramitação, nenhuma das propostas recebeu emendas ou substitutivos. “Na prática, demonstra que ambos os Projetos de Lei contemplam as necessidades identificadas no Estado”, afirmou Edmir Chedid.

Mesmo ante a morosidade da Assembleia Legislativa em colocar na Ordem do Dia – votação final em Plenário – assuntos importantes de interesse da comunidade, Edmir Chedid garantiu que está confiante na aprovação dos Projetos de Lei. “Afinal, as propostas foram elaboradas a partir da reivindicação de associações e organizações da sociedade que atuam pela defesa da Libras”, disse.

Em seu argumento, o parlamentar destacou que o Brasil é reconhecido por organismos internacionais como “modelo em legislação voltada à proteção e inclusão social de pessoas com deficiência física”.

“Em relação aos Projetos, a intenção é garantir às pessoas com deficiência auditiva integrados às faculdades, universidades e escolas públicas o direito ao pleno exercício da cidadania”, concluiu.

· A Revista Reação adequa todos os termos utilizados de forma indevida em relação às pessoas com deficiência, de acordo com as novas regras adotadas em todo o mundo desde 2006. Atualmente, o termo oficial e CORRETO que foi definido pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito das Pessoas com Deficiência é PcD que significa Pessoa com Deficiência, pois ele esclarece que há algum tipo de deficiência sem que isso inferiorize quem a tem. Pessoa portadora de deficiência (PPD) ou Portador de Necessidades Especiais (PNE) são termos errados e devem ser evitados, uma vez que não transmitem a realidade como deveriam.

Fonte. https://revistareacao.com.br/projetos-de-lei-que-obrigam-tradutores-de-libras-aguardam-votacao-ha-mais-de-10-anos-na-alesp/

Postado por Antônio Brito

08/11/2021

Novembro Azul: Saiba como prevenir o câncer de próstata

Considerado o tipo mais comum de câncer entre a população masculina, o câncer de próstata representa 29% dos diagnósticos da doença no país entre os homens. Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2020/2022, serão diagnosticados no Brasil 65.840 novos casos de câncer de próstata. Esse valor corresponde a um risco estimado de 62,95 casos novos a cada 100 mil homens (Instituto Nacional de Câncer, 06/02/2020). Homens com mais de 55 anos, com excesso de peso e obesidade, estão mais propensos à doença.

A campanha Novembro Azul serve de alerta à gravidade e prevenção desta doença silenciosa e que não costuma mostrar sinais até que esteja em estágio avançado.

Exames rotineiros e preventivos, como o de toque retal que se faz necessário após os 50 anos de idade, são importantes para se evitar um possível diagnóstico tardio da doença.

Mas, afinal, como prevenir o câncer de próstata?

O câncer de próstata nada mais é do que o crescimento desordenado e desorganizado da próstata, uma glândula presente no homem que produz o líquido seminal, responsável por nutrir o esperma.

Embora nenhum câncer seja totalmente cabível de prevenção, alguns hábitos de vida como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, controle do peso corporal são fatores que podem contribuir para a prevenção da doença.

Luiz Hargreaves, coordenador de cursos da área de saúde da Unyleya, uma das primeiras Instituições de Ensino 100% EAD no Brasil, fala sobre a prevenção e os fatores de risco do câncer de próstata.

Níveis elevados de testosterona, diabetes não tratada, obesidade e sedentarismo são fatores importantes que podem estar associados a este tipo de câncer. A genética também contribui, principalmente nos casos como três ou mais parentes de primeiro grau forem afetados, dois parentes de primeiro grau afetados antes dos 55 anos de idade ou quando ocorrer em três gerações consecutivas.

Quais os sintomas do câncer de próstata?

Entre os principais sintomas da doença, estão: disfunção erétil, micção frequente, fluxo urinário fraco, aumento da vontade urinar a noite, sangue ou sêmen na urina e dor na lombar, irradiada ou não para os membros inferiores.

Vale lembrar que os sintomas são mais comuns quando o câncer já está mais avançado e nestes casos, podem ser resultantes de invasão da bexiga, reto e ossos da bacia.

Ignorar os sintomas, principalmente relacionados ao ato sexual e miccional, além de não realizar os exames necessários após os 50 anos, são os maiores erros dos homens.

Quando realizar o exame?

Conforme orientação do Ministério da Saúde, e alguns consensos na área, é indicado que homens de 50 anos ou mais, façam o exame de toque retal uma vez ao ano, apresentando ou não sintomas.

Por meio dele, o médico urologista poderá identificar alterações na próstata e, caso julgue necessário, solicitar novos exames. Quando a doença é diagnosticada precocemente, os tratamentos têm chance muito maior de sucesso.

Como se dá o tratamento?

O tipo de tratamento a ser realizado em um diagnóstico de câncer de próstata vai depender do estágio da doença, lembrando que este tipo de câncer tende a evoluir lentamente. No início, é indicado apenas o monitoramento em relação ao tamanho e localização do tumor e presença de sintomas. Já para os mais agressivos, indica-se radioterapia, cirurgia, terapia hormonal ou quimioterapia.

A cirurgia de remoção do câncer de próstata não é considerada muito invasiva, mas quanto maior a quantidade de tecido retirado, maior a gravidade dos riscos. Ela pode gerar incontinência urinária, impotência sexual, infertilidade e linfedema.


fonte  https://revistareacao.com.br/novembro-azul-saiba-como-prevenir-o-cancer-de-prostata/

Postado por Antônio Brito

14º Encontro Anual do Espaço da Cidadania e seus parceiros pela inclusão está com inscrições abertas

O 14º Encontro Anual do Espaço da Cidadania será um momento de compartilhamento de experiências entre os parceiros que atuam pela inclusão social das pessoas com deficiência, discutindo e refletindo sobre questões conceituais que impactam no direito ao trabalho destas pessoas.

As inscrições estarão abertas até 16 de novembro pelo e-mail ecidadania@ecidadania.org.br sendo recepcionadas pelo Leandro, que posteriormente enviará o link do ZOOM e programação para os inscritos.

O encontro terá acessibilidade em Libras com apoio da UNILEHU.

As vagas são limitadas e preenchidas por ordem de inscrição.

Fonte. https://revistareacao.com.br/14o-encontro-anual-do-espaco-da-cidadania-e-seus-parceiros-pela-inclusao-esta-com-inscricoes-abertas/

Postado por Antônio Brito

“Onde passa uma pessoa com deficiência passa todo mundo”


A proposta de contar como me tornei uma pessoa com deficiência e fiz disso um empreendimento em que eu acredito e que já gerou mais de 8 mil empregos a profissionais com deficiência como eu me pareceu tranquila, visto que é uma história que venho contando há mais de uma década, sempre com o intuito de inspirar pessoas com deficiência a perseguir uma jornada promissora e de sucesso profissional.

História roteirizada na minha mente e há poucos minutos de dividi-la com o público, um enredo muito mais impactante atravessou na minha frente e não pude deixar passar. No meio do meu caminho tinha uma rampa! Uma rampa para acessar o palco.

Só quem é uma pessoa com deficiência de locomoção entende o efeito dessa verdadeira “ponte” que nos inclui. Na maioria das vezes, onde não há rampa é necessário a companhia de algum brigadista ou bombeiro para carregar-me ao palco em segurança. É a lei, mas não é fácil para alguém como eu, que vive de estimular a autonomia das pessoas com deficiência, ter que depender de alguém para me conduzir até logo ali acima.

Quando acessei a rampa para o palco, percebi a grande história que as pessoas com deficiência vivenciam todos os dias. A rampa é o meio mais democrático de inclusão, porque não é feita apenas para pessoas que se locomovem por meio de cadeiras de rodas. Ela atende a pessoas com mobilidade reduzida por diversas causas, com dificuldade de movimentar-se, permanente ou temporariamente, gerando redução efetiva da mobilidade, flexibilidade, coordenação motora etc., e que não se enquadram no conceito de pessoa com deficiência.

A minha apresentação que começaria por outro caminho precisou ser alterada. Resolvi iniciá-la falando sobre a importância da rampa que me permitiu estar ali. Sim é necessário falar sobre inclusão da melhor forma: incluindo.

Cerca de 15% da população mundial (1 bilhão de pessoas) tem alguma deficiência. No Brasil, são cerca de 46 milhões de pessoas, segundo o último censo do IBGE (2010). Isso sem contar as pessoas com mobilidade reduzida. É muita gente tentando subir degraus.

A rampa é muito mais que um acesso. É um sinal claro do que sua empresa, seus eventos, sua casa, entendem sobre inclusão. É a materialização da sua real intenção de incluir. Sua importância é a mesma do intérprete de libras durante um evento. São ferramentas essenciais para aumentar seu público, para multiplicar suas mensagens, para abraçar a inclusão de verdade.

As rampas – após a sensibilização de uma companhia aérea brasileira, motivada por apontamentos que fiz sobre minha difícil rotina de entrar nos aviões – substituíram as escadas que permitem hoje o acesso à aeronave com mais agilidade, com mais dignidade, com mais respeito.

Durante o COP26, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Glasgow, na Escócia, iniciada no final de outubro deste ano, a ministra de Energia e Recursos Hídricos de Israel, Karine Elharrar, que tem distrofia muscular e usa uma cadeira de rodas motorizada, não conseguiu participar do evento porque o local não tinha recursos de acessibilidade. Ela declarou “é triste a ONU promover a acessibilidade para pessoas com deficiência, mas não garantir esses recursos em seus eventos, em pleno 2021”.

A fala desolada da ministra teve como motivação a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, promulgada em 2007 pela mesma ONU. Nela, os países signatários comprometeram-se a promover, proteger e assegurar os direitos humanos das pessoas com deficiência.

A acessibilidade é um direito humano. É uma parte importante da construção de cultura de inclusão que vai além de preencher a cota com mão-de-obra de profissionais com deficiência e não é sobre acesso físico somente. A acessibilidade digital também precisa avançar.

Mesmo com aumento das vendas online em decorrência da pandemia, os recursos de acessibilidade disponíveis no e-commerce de forma geral ainda estão muito aquém das demandas. Esses recursos são verdadeiras “rampas digitais” que permitem às pessoas com deficiência interagir e comprar com a mesma autonomia de qualquer outro cliente.

A pesquisa realizada pela BigDataCorp e o Movimento Web para Todos sobre a experiência de pessoas com deficiência na internet, que analisou cerca de 16 milhões de websites e 2 mil aplicativos brasileiros, entre abril e maio de 2021, constatou que menos de 1% são realmente acessíveis no País . Uma triste realidade que não entende a pessoa com deficiência como consumidora, mesmo tendo avançado no mundo do trabalho por conta dos caminhos abertos pela Lei de Cotas.

Esses consumidores querem produtos para eles, pensados neles e nas suas características. Sem adaptações dos originais. Querem, antes de tudo, consumir produtos de empresas que os consideram como clientes. Infelizmente, as pessoas com deficiência e demais marcadores sociais estão sempre na dependência de acontecimentos tristes e trágicos para que as leis e os direitos passem a existir e funcionar.

Episódios como este da COP26 e tantos outros que infelizmente ainda vão acontecer e ganhar notoriedade no mundo, servirão para corrigir uma falha de processo em que os homens se esmeram e insistem em construir degraus que nos impedem de subir, de alcançar, de chegar.

Exatamente no movimento contrário, a rampa nos iguala e quando o mundo entender isso, entenderá muito mais sobre humanidade. Entenderá também, que planejar estruturas com acessibilidade é mais barato que adaptá-la e que garantir esse acesso não é favor. É obrigação. Nem é mais sobre custo. É sobre investimento. É o justo a se fazer. As pessoas com deficiência já enfrentam muitas barreiras e é nosso dever de cidadão reduzi-las. Afinal, no ambiente real e no virtual, onde passa uma pessoa com deficiência passa todo mundo!

* Carolina Ignarra é CEO e fundadora da Talento Incluir, consultoria que já incluiu mais de 8 mil profissionais com deficiência no mercado de trabalho. Está entre as 20 mulheres mais poderosas do Brasil da revista Forbes em 2020. Em 2018 foi eleita a melhor profissional de Diversidade do Brasil, segundo a revista Veja da editora Abril. Desde 2004, atua em programas de implantação de cultura de Diversidade e Inclusão nas organizações e desenvolve a inclusão socioeconômica de profissionais com deficiência.

Para mais informações: https://www.talentoincluir.com.br.

Fonte. https://revistareacao.com.br/onde-passa-uma-pessoa-com-deficiencia-passa-todo-mundo/

Postado por Antônio Brito

Magic Hands-ADD conquista hexacampeonato brasileiro de basquete em cadeira de rodas

Foto: Divulgação/CBBC

A equipe paulista Magic Hands-ADD bateu o CAD-Rio Preto na grande final do Campeonato Brasileiro de basquete em cadeira de rodas – 1ª divisão nesta sexta-feira, 5, e se sagrou hexacampeã brasileira (2009, 2010, 2014, 2016, 2018, 2021). O evento aconteceu em Goiânia.

O terceiro lugar ficou com o Aparecidense/ADAP-GO, que venceu a ANDEF-RJ por 68 a 47. Esta foi a primeira competição oficial desde o começo da pandemia da Covid-19 no ano passado. Ao todo, oito equipes de seis estados participaram. 

A final entre os times paulistanos foi uma reedição da final do Brasileiro de 2019, porém, na ocasião a equipe de Rio Preto conquistou o tricampeonato nacional (2015, 2017 e 2019). Na partida desta sexta, o Magic Hands venceu com o placar de 90 x 48.

O cestinha da competição foi Natanael Alexandre (GADECAMP-SP) com 95 pontos. O título de melhor jogador (MVP) ficou com Amauri Viana (Magic Hands-SP). Já os títulos de “All Star”, um por cada classificação funcional, ficaram com: Dwan Gomes - ADAP/GO (ponto 1.0); Amauri Viana -ADD/Magic Hands (ponto 2.0); Marcos Sanches - ADAP/GO (ponto 3.0); Erick Epaminondas - CAD Rio Preto (ponto 3.5); Cristiano Clemente -ADD/Magic Hands (ponto 4.0).

O Campeonato Brasileiro de basquete em cadeira de rodas foi organizado e realizada pela Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de rodas (CBBC).

Patrocínio
O basquete em cadeira de rodas é patrocinado pelas Loterias Caixa

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte. https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3659/magic-hands-add-conquista-hexacampeonato-brasileiro-de-basquete-em-cadeira-de-rodas

Postado por Antônio Brito

CPB abre inscrições para voluntariado nas Paralimpíadas Escolares 2021 até o dia 10 de novembro

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), por meio da Diretoria de Desenvolvimento Esportivo do CPB, abriu nesta quarta-feira, 3, as inscrições para o voluntariado das Paralimpíadas Escolares 2021. A competição acontecerá no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, de 22 a 27 de novembro. Ao todo, 34 vagas estão disponíveis.  

Para se inscrever, é preciso ter idade mínima de 18 anos e ter disponibilidade do dia 22, a partir das 8h, ao dia 26 de novembro, até às 18h. Não é obrigatório ter graduação, mas é um diferencial ser graduado nas áreas de Saúde e/ou Educação Física.   

A inscrição é via formulário, através deste link, até o dia 10 de novembro. A diretoria de Desenvolvimento Esportivo do CPB realizará a triagem e a seleção dos inscritos.   

O CPB arcará com hospedagem, exclusivamente para atuantes em modalidades esportivas, alimentação e camisas do evento. No ato da inscrição, o candidato deverá sinalizar a necessidade de hospedagem.  

A lista final dos voluntários para a edição deste ano das Paralimpíadas Escolares será divulgada no dia 12 de novembro. Os candidatos aprovados receberão o contrato de voluntário para assinatura e confirmação da vaga.  

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro 

Fonte. https://cpb.org.br/noticia/detalhe/3653/cpb-abre-inscricoes-para-voluntariado-nas-paralimpiadas-escolares-2021-ate-o-dia-10-de-novembro

Postado por Antônio Brito

05/11/2021

RS se torna referência no Brasil em inovações tecnológicas para pessoas com deficiência física

A nutricionista Tânia Manske foi beneficiada pela tecnologia assistiva

A nutricionista Tânia Manske, 50 anos, sofre há mais de três décadas de mielopatia genética, uma doença grave na medula que provoca a perda dos movimentos do corpo. Desde 2015, a gaúcha de Santa Cruz do Sul conta com o auxílio de uma cadeira especial para se locomover e de um colete ortopédico para estabilizar a coluna vertebral. Tânia está entre os cerca de mil gaúchos que já são beneficiados pela chamada tecnologia assistiva, ramo da ciência que visa criar inovações para facilitar a vida das pessoas com deficiência física e que tem o Rio Grande do Sul como uma referência no país.

“No início da minha doença, não havia recursos. Era tudo muito difícil. Com o passar dos anos, os aparelhos começaram a ser adaptados conforme a necessidade de cada pessoa. Fico muito feliz por isso. A evolução é muito grande comparada a 30 anos atrás”, afirma a nutricionista.

Pessoas com deficiência física recorrem aos produtos desenvolvidos pela tecnologia assistiva para realizar atividades básicas do dia a dia, como se alimentar, escrever, segurar objetos ou se maquiar.

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Uma das iniciativas que tornam o Estado referência nacional na área é a pesquisa desenvolvida na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Segundo o professor de Design e Expansão Gráfica Fábio Pinto da Silva, a principal dificuldade hoje é a falta de investimento público no setor.

“O Rio Grande do Sul é muito forte na área de tecnologia assistiva, e a UFRGS é um polo bem reconhecido nacionalmente. A demanda no setor está em ascensão, mas infelizmente os investimentos públicos estão em declínio. Nos últimos anos, as pesquisas na área decorrem de iniciativas de professores e alunos e não de um programa governamental”, alerta.

A tecnologia também é destaque no interior gaúcho, por meio da iniciativa privada. Um projeto criado em 2019 em Santa Cruz do Sul, pela empresa Mercur, produz cerca de 30 equipamentos para auxílio às pessoas com deficiência física e atende 20 municípios do Estado.

“É um mercado novo. Ainda há dificuldade de encontrar os produtos em razão de muitos serem importados e acabam se tornando muito caros, mas é uma área em ascensão. As vendas vêm aumentando muito e inclusive dobraram no mês de setembro”, relata a analista de relacionamento da Mercur, Fabiani Spiegel.

Alguns dos aparelhos são oferecidos à população de forma gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS). Uma comissão avalia a disponibilidade dos itens e a necessidade deles.

Fonte:  https://revistareacao.com.br/rs-se-torna-referencia-no-brasil-em-inovacoes-tecnologicas-para-pessoas-com-deficiencia-fisica/

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Em Manaus, Sejusc oferece serviços diversos em ação para pessoas com deficiência, neste sábado (06/11)

Divulgação/Sejusc

A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), por meio da Secretaria Executiva da Pessoa com Deficiência da Sejusc (SePcD), promove na manhã deste sábado (06/11), das 8h ao meio-dia, diversos atendimentos para pessoas com deficiência (PcDs), no Núcleo da SePcD, rua Salvador, 456, Adrianópolis, zona centro-sul de Manaus.

Tendo como objetivo garantir os direitos do público PcD, vão ser oferecidos serviços para a atualização do Cadastro Único (CadÚnico), em parceria com a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), emissão da Carteira de Identificação para Pessoa com Deficiência (PcD) e Carteira de Passe Legal.

Além disso, também será realizado cadastro da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), orientação sobre Benefício de Prestação Continuada (BPC) e atualização de laudos médicos PcDs.

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De acordo com a secretária titular da Sejusc, Mirtes Salles, ações voltadas para o público PcD são sempre de extrema importância, pois o Governo do Amazonas trabalha em prol da inclusão e do exercício da cidadania.

“O público PcD precisa de um olhar mais sensível, muitas famílias enfrentam dificuldades, preconceitos. Ações como essas só mostram o compromisso que o Governo do Estado tem para garantir os direitos e a inclusão”, enfatizou a gestora.

A secretária executiva da Pessoa com Deficiência da Sejusc (SePcD), Lêda Maia, ressalta que os serviços oferecidos geralmente de segunda a sexta-feira no núcleo foram estendidos ao sábado para facilitar também o atendimento de pessoas que só contam com esse dia livre na semana.

“Muitas pessoas que trabalham durante a semana não conseguem encontrar um tempo vago para atualizar sua documentação, buscaremos nesta ação atender essas pendências de documentação, laudos, carteiras e benefícios”, ressaltou a secretária.

Fonte: https://revistareacao.com.br/em-manaus-sejusc-oferece-servicos-diversos-em-acao-para-pessoas-com-deficiencia-neste-sabado-06-11/

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