12/08/2021

Delegação brasileira paralímpica realizou cerca de 900 testes de Covid-19 antes de embarque para Jogos de Tóquio

Alê Cabral/CPB

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio, com cerimônia de abertura marcada para 24 de agosto, exigiu um planejamento e logística especial da área da saúde de todos os Comitês Paralímpicos em razão da pandemia da Covid-19. Com isso, antes do embarque da delegação brasileira para o Japão, foram realizados cerca de 900 testes RT-PCR Covid-19.

A missão brasileira contará com 431 pessoas, sendo 232 atletas com deficiência. O Brasil será representado em 20 modalidades. O embarque dos atletas que realizarão a aclimatação na cidade de Hamamatsu será dividido em quatro grupos: 5, 7, 8 e 12 de agosto. 

O Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio 2020 exige dois testes RT PCR Covid-19 antes do embarque de todos os participantes dos Jogos, sendo o primeiro 96h e outro com 72h ou 48h (dependendo das regras da companhia aérea). Antes dos embarques, as Seleções passarão no CT Paralímpico para a realização dos testes. A regra não faz distinção de país de origem.

Devido ao tamanho da delegação brasileira, foram realizados cerca de 900 testes PCR. Antes mesmo de chegar no CT Paralímpico, os atletas residentes fora de São Paulo precisaram entregar ao departamento de saúde um teste negativado.

Na chegada ao aeroporto na capital japonesa, todos os integrantes da missão brasileira serão testados novamente, via teste salivar. Diariamente, atletas e comissão técnica serão testados e seguirão rigorosos protocolos sanitários e isolamento.

Para não comprometer os treinamentos, os atletas não precisarão fazer um isolamento total, mas só poderão sair dos respectivos hotéis para as arenas de treinos usando o transporte oficial disponibilizado.

Todas as atividades que serão realizadas no Japão foram previamente informadas e aprovadas pelo governo japonês e todos deverão habilitar o GPS para que o aplicativo de rastreamento possa acompanhar a movimentação de todos os participantes dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.

Fonte. https://revistareacao.com.br/delegacao-brasileira-paralimpica-realizou-cerca-de-900-testes-de-covid-19-antes-de-embarque-para-jogos-de-toquio/

Postado por Antônio Brito

Ataques a pessoas com albinismo aumentaram mortes durante a pandemia

Unicef Moçambique/Sergio Fernandez

O mundo teve um aumento de ataques fatais contra pessoas com albinismo durante a pandemia.

Muitas pessoas empurradas para a pobreza se voltaram para a feitiçaria esperando enriquecer rapidamente na crise. A constatação é da relatora independente das Nações Unidas sobre os direitos de pessoas com albinismo, Ikponwosa Ero, em  relatório do final do mandato.

No entanto, a primeira especialista independente nomeada ao cargo reconhece ter havido progresso em muitas frentes.

Ero expressou profunda tristeza com “o aumento notável de casos de pessoas com albinismo sendo mortas ou atacadas por causa da crença equivocada de que usar partes de seus corpos em poções pode trazer sorte e riqueza”. O documento  destaca que o mais trágico é que “a maioria das vítimas são crianças”.

A especialista disse ter passado os últimos seis anos lutando contra ataques de bruxaria a pessoas com albinismo, e estar “grata por ter havido muito progresso em vários continentes, apesar de alguns contratempos durante a pandemia”.

Apontando os avanços na questão, ela citou um plano de ação sobre o albinismo na África criado em colaboração com a União Africana.

A especialista mencionou o Brasil, ao lado do Japão e das ilhas Fiji, pelo aumento de campanhas de conscientização que elevam a compreensão sobre os desafios para as pessoas com albinismo.

Ero destaca ter havido um aumento em mais de 10 vezes na quantidade de pesquisas sobre o albinismo, que levarão a uma maior entendimento da doença e dos problemas associados à doença rara e não contagiosa.

Houve também uma maior compreensão dos direitos das mulheres e crianças afetadas pelo albinismo e a necessidade de proteção contra práticas prejudiciais.

Atos hediondos

O albinismo é uma condição genética que resulta da falta de melanina afetando o cabelo, a pele e os olhos. Um dos principais efeitos é a vulnerabilidade na exposição ao sol.

Ero destacou que embora se tenha avançado muito na luta contra esses atos hediondos, “o caminho à frente continua longo e árduo”.

Em julho, o Conselho de Direitos Humanos aprovou uma resolução condenando abusos cometidos envolvendo acusações de bruxaria e ataques rituais.

Fonte: https://revistareacao.com.br/ataques-a-pessoas-com-albinismo-aumentaram-mortes-durante-a-pandemia/

Postado por Antônio Brito

11/08/2021

Curso gratuito vai ajudar pais a estimularem a coordenação motora fina dos filhos

Nó próximo dia 16 de agosto, segunda-feira, a neuropsicóloga Bárbara Calmeto, especializada em crianças com Trissomia 21 e TEA e diretora do Autonomia Instituto, vai oferecer, às 9h, o curso online gratuito “Como estimular a coordenação motora fina”, pelo seu canal no Youtube. 

O objetivo da aula é mostrar aos pais mecanismos que os ajudem a estimular o desenvolvimento da coordenação motora fina dos pequenos, além de ensinar atividades que possam auxiliar na estimulação da motricidade de maneira lúdica. “Na motricidade fina, os movimentos são mais delicados e específicos, como pinçar, segurar, transpor o objeto de uma mão para outra, agarrar uma bola etc, ou seja, o manuseio de pequenos objetos”, explica Bárbara Calmeto. 

As inscrições devem ser feitas pelo whatsapp (21) 99880-3790 e a transmissão será pelo canal https://www.youtube.com/channel/UCa3G2sRDr1PoDoHCiraw2gg

Fonte. https://revistareacao.com.br/curso-gratuito-vai-ajudar-pais-a-estimularem-a-coordenacao-motora-fina-dos-filhos/

Postado por Antônio Brito

10/08/2021

Lei paulistana amplia atendimento de mulheres com deficiência na rede pública

O prefeito de São Paulo, SP, Ricardo Nunes, sancionou projeto do vereador Eli Corrêa (DEM) que amplia o atendimento de para mulheres com deficiência na rede pública da capital paulista. “Entre as ações, prevemos que as unidades de saúde troquem, por exemplo, a maca convencional por uma elétrica”, pontua Eli. O parlamentar explica que esta mudança vai permitir, por exemplo, que as pacientes possam se posicionar de modo autônomo na maca para as consultas. 

A solução mais imediata é remover as pacientes no colo para acomodação na maca. Para o parlamentar paulistano, a ação pode não ter muita relevância para quem não é deficiente, mas pode ser muito marcante para a mulher. “Muitas dessas mulheres não contam com companhia para todas as consultas. Por isso, ao serem movidas da cadeira de rodas para a maca pela médica ou algum auxiliar, mesmo com as melhores das intenções, podemos estar ferindo a autoestima desta mulher”, pondera Eli. 

 

Acessibilidade

A proposta foi elaborada com base no projeto “Sábado sem barreiras” desenvolvido no Hospital Pérola Byington pela doutora Maria de Fátima Duarte. Considerando que das 460 unidades básicas de saúde da capital, menos de 5%, das são acessíveis, a ideia é dar celeridade neste processo. 

 O vereador Eli Corrêa pondera a urgência de um planejamento efetivo para mudar esta realidade. Como não é possível executar isso em todas as unidades simultaneamente, Eli propôs que esta implementação seja feita por região. A ideia é aproximar os serviços das mulheres que precisam deste atendimento específico. 

A proposta prevê que a Prefeitura faça um planejamento para adaptação integral dos equipamentos de saúde municipais. Entre as alterações sugeridas estão ambientes específicos para atendimento individual, exames e coleta de materiais. Eli inseriu a atuação de ginecologistas, enfermeiros, psicoterapeutas e psicólogos para formar uma equipe multidisciplinar.

 

Participação feminina 

O autor da proposta defende, ainda, que as mulheres com deficiência tenham mais oportunidade de contribuir nas tomadas de decisões, especialmente das questões que as afetam diretamente. “Independentemente das limitações no corpo, as mulheres têm um espírito de guerra, luta, uma sede por autonomia que as tornam gigantes”, ressalta Eli.  Um engajamento maior destas mulheres, para o vereador, “vai beneficiar não apenas as mulheres com deficiência, mas também aos outros públicos”, conclui.

Fonte. https://revistareacao.com.br/lei-paulistana-amplia-atendimento-de-mulheres-com-deficiencia-na-rede-publica/

Postado por Antônio Brito

*Geziel Bezerra é eleito novo presidente do CONED-PE*


O militante do segmento da pessoa com deficiência e idealizador do Instituto de Inclusão e Cidadania de Pernambuco (IICPE), Geziel Bezerra, foi eleito presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência - CONED-PE - na representação governamental. A nova composição do órgão tomou posse no último dia 29 de julho, e a nova mesa diretora foi eleita nesta segunda-feira, 09, e terá como vice-presidente Aderbal Medeiros, representante da sociedade civil.
Geziel atua no segmento há mais de 15 anos. No ano de 2012, foi um dos articuladores junto à prefeitura de Olinda para a implantação do Camarote da Acessibilidade no carnaval daquele ano. No ano seguinte, foi coordenador do projeto Praia Sem Barreiras. 
Em 2011, trabalhou como assessor técnico da Coordenadoria da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Desenvolvimento Social, Cidadania e Direitos Humanos da prefeitura de Olinda, cargo que ocupou por mais de 5 anos, e atualmente está na Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência (SEAD), onde exerce o cargo de assessor de articulação de políticas para as pessoas com deficiência. Em agosto do ano passado, fundou o Instituto de Inclusão e Cidadania de Pernambuco (IICPE), associação sem fins lucrativos, que tem a finalidade de garantir a igualdade e a inclusão social das pessoas com deficiência.
“É uma honra ser eleito presidente de uma instituição tão importante para o segmento como o CONED-PE. É dessa forma que vamos construindo nossa luta e fazer de fato o papel do controle social. Vamos juntos trabalhar para consolidar e transversalizar as políticas públicas para o segmento das pessoas com deficiência no estado de Pernambuco”, destaca Geziel, que vai exercer o mandato de presidente da entidade no biênio 2021/2023.
O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de Pernambuco - CONED/PE, existe desde 2005 e é um espaço democrático, de natureza colegiada, deliberativa e permanente, com o objetivo de propor, elaborar, acompanhar e fiscalizar legislações, planos, programas e políticas públicas que garantam os direitos e a inclusão social da pessoa com deficiência na sociedade.

Fonte. *Geziel Bezerra 

Postado por Antônio Brito

09/08/2021

Nota Oficial: delegação brasileira no Japão

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) informa que dois membros da delegação brasileira testaram positivo para o novo coronavírus em exames realizados no Japão.

Nenhum dos casos envolve atletas e ambos estão assintomáticos e isolados.

O primeiro caso positivo ocorreu em  exame de PCR ao desembarque no Japão, na sexta-feira, 6. O membro da delegação estava assintomático durante toda a viagem e foi submetido ao mesmo teste três vezes nos sete dias anteriores ao embarque, conforme previam todos os protocolos.

O segundo caso foi registrado após exame salivar em membro da delegação que se encontra em isolamento na cidade de Hamamatsu, onde a delegação brasileira paralímpica fará sua aclimatação para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Esta pessoa foi igualmente submetida a cinco exames nos últimos nove dias e testou positivo no domingo, 8. 

O CPB segue as orientações do Comitê Organizador de Tóquio 2020 para que os referidos integrantes tenham toda a assistência possível neste momento. Os profissionais da área de saúde do CPB monitoram os demais membros da delegação com a realização de testes diários de RT-PCR, todos negativos.

Fonte. https://cpb.org.br/noticia/detalhe/3444/nota-oficial-delegacao-brasileira-no-japao
Postado por Antônio Brito

07/08/2021

Lançada campanha para convencer autoridades ao reajuste do teto para isenção do ICMS em carros 0 km para PcD / #140MILJÁ

O SISTEMA REAÇÃO DE COMUNICAÇÃO, composto pela REVISTA e TV REAÇÃO, bem como PORTAL DE NOTÍCIAS, veículos de imprensa voltados exclusivamente ao segmento da Pessoa com Deficiência, lançou na tarde desta sexta-feira, 6, uma CARTA ABERTA ÀS AUTORIDADES BRASILEIRAS “alertar as autoridades que o cenário atual é bastante preocupante. O momento é delicado e desesperador. E se não houver um empenho imediato das AUTORIDADES BRASILEIRAS, o DIREITO constitucional de “IR e VIR” dessas mais de 40 milhões de pessoas, bem como seus familiares, está ameaçado. É sabido por todos que o transporte público não atende às necessidades das pessoas com deficiência em todo o Brasil. Famílias precisam se locomover quase que diariamente para tratamentos médicos/hospitalares e terapias específicas, para escolas, lazer ou para o trabalho, e sem uma política de mobilidade urbana correta, é praticamente obrigatório que as pessoas com deficiência e seus familiares, que tem condições para tal, tenham um veículo próprio para esse transporte”, afirma Rodrigo Rosso, Diretor/Editor do SISTEMA REAÇÃO.

O documento foi apresentado durante uma transmissão pelas redes sociais, que ainda contou com Renato Baccarelli e Alessandro Fernandes do Blog do Cadeirante. O teor do documento em Libras também está disponibilidade no Portal de Notícias www.revistareacao.com.br

O objetivo da campanha é de sensibilizar os membros do CONFAZ – CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA FAZENDÁRIA , bem como os Técnicos do COTEPE, os Secretários de Fazenda de todos os Estados brasileiros e seus Governadores a:

1 – CONVOCAR UMA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA COM URGÊNCIA;

2 – ELEVAR O TETO DE R$ 70 MIL PARA PELO MENOS R$ 140 MIL REAIS PARA A AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS COM ISENÇÃO DE ICMS POR PcD, COM 3 ANOS PARA CADA TROCA – IGUALANDO ASSIM AOS TERMOS DA ISENÇÃO FEDERAL DO IPI, RECÉM APROVADA NO CONGRESSO NACIONAL;

3 – ESTABELECER UM MECANISMO DE REAJUSTE AUTOMÁTICO DESSE TETO, ATRELADO A UM ÍNDICE DE CORREÇÃO DE PREÇOS (IPCA, IGPM ou outro).

“Criamos uma estratégia de divulgação da campanha que envolve as pessoas com deficiência de todo o Brasil. Pelas redes sociais e também de outras maneiras, precisamos chegar às autoridades brasileiras para que possam tomar ciência dessa questão e, assim como fez o Governo Federal através do Congresso Nacional, possa atualizar o valor teto usando como base o que foi feito para a isenção do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados”, finaliza Rosso.

 

Acesse a Carta-Aberta:

https://revistareacao.com.br/wp-content/uploads/2021/08/CARTA-ABERTA-ICMS.pdf

 

COMO ADERIR A CAMPANHA:

  • UTILIZANDO as #hastegs em todas as mídias sociais – #ACORDACONFAZ , #70MILNAODAMAIS e #140MILJÁ
  • Aderindo e colhendo mais assinaturas no ABAIXO ASSINADO, pelo link http://chng.it/vktzm8nSfH
  • Compartilhando a CARTA ABERTA em todas as mídias sociais, principalmente nos Grupos formados por Pessoas com Deficiência.
  • Acompanhar e participar das ações, que devem acontecer nos próximos dias.

 

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 Fonte. https://revistareacao.com.br/lancada-campanha-para-convencer-autoridades-ao-reajuste-do-teto-para-isencao-do-icms-em-carros-0-km-para-pcd-140milja/

Postado por Antônio Brito

Dia dos Pais, uma data para celebrar, além do amor, a diversidade

Nem todo pai é igual e, neste domingo, é dia de celebrar, além de todas as formas de amor, as diferenças. Afinal, há crianças  que têm apenas um pai, que brilha em carreira solo, outras que precisam comprar presente em dose dupla e ainda aquelas que, desde o berço, aprenderam a lidar com a diversidade. São filhos e filhas de homens com algum tipo de deficiência, que resolveram vencer o preconceito e aumentar a família, lutando pela inclusão e mostrando o que são: exatamente iguais a qualquer outro pai. Conheça a seguir as histórias de alguns deles e também de quem passou a amar bebês diferentes do que haviam idealizado, como Henri Zylberstajn, que, após ter descoberto que o caçula, o Pedro, tinha síndrome de Down, fundou uma organização sem fins lucrativos, o Instituto Serendipidade, que ajuda na inclusão de quem tem deficiência intelectual.

 

Leonardo Gleison Ferreira

Neste Dia dos Pais, o analista de sistemas Leonardo Gleison Ferreira vai, como em todos os outros, aguçar a audição para tentar descobrir se Gustavo, seu filho de 1 ano e 8 meses, está fazendo alguma arte dentro de casa. É com os ouvidos apurados e muita intuição que ele cuida do menino, junto da mulher, Camila, também deficiente visual. “Só temos ajuda quando estamos no trabalho. Quando chegamos em casa, é com a gente mesmo. Já sei, pelo silêncio da casa, se ele está aprontando”, conta Leonardo, que aprendeu na prática a lidar com uma criança pequena, mesmo sem enxergar. “É como qualquer pessoa que vai se tornar pai. No início, ensaia trocar fralda no boneco e dá certo, mas a vida real é outra coisa, a criança se mexe e a gente se atrapalha todo. Com a gente, foi igual. Quando ele começou a engatinhar, botamos guizos nas meias dele para saber onde o Gustavo estava, mas não adiantou nada. Ele tirava as meias”, diverte-se Leonardo, que criou com Camila um canal no YouTube, o Inclunet, para mostrar o cotidiano com o menino. O casal mostra como banho no menino até como organiza  os armários ou prepara mamadeiras.

Hoje, o analista de sistemas diverte-se com as travessuras de Gustavo, que outro dia mesmo trancou a mãe do lado de fora da casa. Sorte é que Leonardo estava em casa e pôde abrir a porta. Mas, se agora o dia a dia é repleto de alegria, o início, conta ele, não foi dos mais fáceis. Pesou o preconceito. Quando ele anunciou que a família iria crescer, sentiu o desconforto de muita gente ao redor.  “As pessoas achavam que seríamos incapazes. Não faz meu estilo bater boca, prefiro mostrar tudo o que fazemos. Gustavo é extremamente educado, com menos de 1 ano já sabia comer com garfo, faz desenhos, já conhece as primeiras letras. A gente mostra a inclusão na prática”, diz Leonardo, que reclama ainda de outra questão: “Muita gente, quando vê pais com deficiência, acha que eles tiveram um filho para ajudá-los  na velhice. Mas não existe isso, eu que sou o pai. Eu cuido do meu filho, não o contrário. Vai ser sempre assim”, sentencia.

 

Fernando Vigue

Ator e professor

Sempre inquieto e envolvido em mil atividades, Fernando Vigue nunca deixou que o nanismo atrapalhasse suas vocações. Professor de arte e também ator, ele está gravando uma série da Fox em São Paulo e guarda a sete chaves os detalhes sobre o personagem que interpretará. “Só posso dizer que ele vai trazer muita representatividade para minha comunidade”. Pai de Lívia, de 10 anos, ele sempre encarou com muita leveza a sua deficiência. Talvez por isso a menina, cuja mãe também tem a mesma característica, não enxergue em Fernando nada além do que ele é: o pai presente, cheio de histórias para contar (e broncas, quando preciso). “Eu não acho que ele seja diferente dos outros pais. Ele me leva para a escola, a gente conversa, faz muita coisa junto. E eu amo ele”, diz a menina.

Isso não significa que não tenha havido percalços na trajetória de Lívia. Fernando conta que a menina já sofreu muito bullying de colegas na escola, que insistiam em dizer que era “ruim ser filha de anões”. Como a confiança é a base da relação que ela tem com Fernando, Lívia logo o procurou. “As pessoas não entendiam, me zoavam. Contei para meu pai e ele conversou, explicou porque eles eram mais baixos. Eu também faço a mesma coisa, digo que nem todos são iguais, tem gente mais alta, mais baixa, mais gordinha. Minhas amigas agora entendem e vêem que isso não é um problema”, conta Lívia.

Fernando diz que sempre sonhou com a paternidade. Ele não conheceu o próprio pai e tinha medo que, por conta da falta da figura masculina, não soubesse lidar com o bebê que chegaria. A solução foi estudar. Ele comprou mil livros, assistiu a vídeos, conversou com um amigo psicólogo e prestou atenção em como um primo, que ele admirava, cuidava dos filhos. 

“Eu não sabia o que era ser pai. Mas sabia que queria ser. Quando tive a notícia, foi uma das maiores alegrias da minha vida. Mas fiquei desesperado porque não tinha referências de paternidade. Comecei a ler, mas vi que seria natural. Ser pai não é nada mais do que amar e cuidar”.

Fernando só soube que Lívia não tinha nanismo quando a mulher estava no quinto mês de gestação. “A gente tinha quase certeza que de que ela iria vir com nanismo. Quando soubemos que não, nos perguntamos ‘e agora?’. A gente até pensou que preconceito reverso não existe, e não existe mesmo. Mas a gente sabia que o alvo poderia mudar, que o bullying, ao invés de ser contra a gente, poderia ser contra nossa filha. “Já vi gente caçoando da Lívia. Mas descobri que ela estava chateada não por si mesma, mas porque achou que aquilo poderia nos magoar. Conversei com os meninos que a atacaram, falei de DNA, expliquei o que era, contei que eu dirigia, que cuidava da casa como os pais deles. Eles entenderam, pararam, e a Lívia aprendeu que a informação é a melhor arma contra o preconceito”.

 

Henri Zylberstajn

Fundador do Instituto Serendipidade

Pai de um casal,  o empresário Henri Zylberstajn não esconde que levou um susto quando descobriu que seu terceiro filho, o Pepo, tinha síndrome de Down. Ele confessa que o desconhecimento sobre o assunto era grande, e as angústias e incertezas, também.  “ Lembro até hoje a sensação que tive no peito quando o hospital disse que estava desconfiando que o Pedro tinha síndrome de Down. Por falta de informação e conhecimento prévio sobre o tema, eu achei inicialmente que era uma notícia ruim. Chorei muito, por que Deus me deu um filho com síndrome de Down se eu me considerava uma pessoa boa? Falo isso com carinho e respeito ao Pedro, mas de forma transparente porque era de fato como eu e Marina, minha esposa, nos sentíamos à época”. Durante os 21 anos que o menino passou na UTI, por ter nascido prematuro, o casal começou a receber informação e acolhimento. “Começamos a aprender que tê-lo conosco era não um castigo, mas uma oportunidade de vida, de poder enxergar o mundo através de outras perspectivas”.

Mas nem todo mundo pensou igual a Henri e Marina. Eles notaram que amigos se sentiam desconfortáveis ao falar de Pedro, que alguns os olhavam com pesar, como se eles estivessem em luto. Para desmistificar essa visão, eles criaram uma conta numa rede social para mostrar o cotidiano da família e mostrar que ela era como todas as outras. O perfil @pepozylber logo viralizou e hoje tem quase 80 mil seguidores.

Disposto também a aprender tudo o que podia e a desconstruir pré-conceitos, Henri tirou um período  sabático para estudar a inclusão em 2018. Descobriu não só que seu filho seria capaz de alcançar grandes voos e ser protagonista da própria história, mas também uma vocação —  a de ajudar outras pessoas na mesma situação. Ele fundou uma organização sem fins lucrativos que luta pela inclusão de pessoas com deficiência intelectual e tem iniciativas gratuitas para ajudar pais e mães que descobriram o diagnóstico de seus filhos, seja ele de síndrome de Down, paralisia cerebral ou de outras 12 doenças raras. “Todos somos diferentes entre si…é isso que torna cada um insubstituível aqui na Terra”, diz Henri.

Uma das preocupações de Henri era também como conduzir a situação com os filhos mais velhos, a Nina e o Felipe. “Quero ter certeza de que sou um bom pai, equilibrando a atenção entre todos os filhos, independente de suas características. 

 

Adalberto Castro

Gerente de compras

Ao contrário de Henri, que só soube que o filho tinha síndrome de Down após o nascimento do bebê, Adalberto e a mulher, Paula, fizeram uma escolha. Ao entrarem na fila para adoção, fizeram questão de dizer que aceitaram uma criança com deficiência. Mas, mais do que isso, afirmaram que preferiam uma menina com algum diagnóstico, de preferência o de síndrome de Down. “Pode parecer estranho, mas minha mulher sonhava, literalmente, com a cabeça no travesseiro, que teria uma menina com síndrome de Down e que ela seria bailarina”. Quando ela me contou pela primeira vez, éramos namorados e falei, ‘peraí, vamos devagar’ . Eu sempre quis adotar, mas daí a ser um bebê com deficiência já era muito diferente”.

Quando Adalberto e Paula casaram, o assunto voltou à tona. Mais uma vez, ele desconversou. Quando ela engravidou, o casal ficou feliz com a chegada do Pedro. Mas a gestação não foi adiante e ela perdeu o bebê. Quando isso aconteceu, vendo como a mulher estava abalada, Adalberto começou a estudar sobre a síndrome de Down. Durante um ano, leu escondido tudo o que encontrou sobre o assunto, assistiu vídeos e o “clique” aconteceu. “Fui me apaixonando pela forma que os pais falavam de seus filhos, pela maneira que as crianças tratavam os pais”.

Quando Adalberto finalmente deu o “sim”, Paula contou para a família. A reação foi inesperada. Quando soube que a neta teria síndrome de Down, o pai de Paula deixou de falar com a filha. Os avós de Adalberto, ele conta, nada falaram, mas estava nítido  que pensavam “o que se passa na cabeça deles?”. O casal conheceu o preconceito antes mesmo de conhecer a filha.

Agnes chegou à vida do casal em março do ano passado, no começo da pandemia. Assim que souberam que havia uma menina de dois meses disponível para adoção, com síndrome de Down, eles correram para o juizado. Era o início de uma história de amor. “Ela tinha cardiopatia também. Nos primeiros seis meses de vida, Agnes ficou três deles na UTI”.

Adalberto não imagina hoje a vida sem Agnes. Diz que tem até dificuldades para se lembrar do passado sem a menina, que revolucionou a vida do casal. “Saímos de um apartamento para uma casa para ela ter mais espaço para se desenvolver, para correr, brincar. Hoje pensamos em ter um filho biológico, mas nosso medo é que ele não seja tão bom quanto a Agnes é.Vai ser difícil equiparar o amor.

Em relação à síndrome, Adalberto conta que ela fica até em segundo plano. Isso porque Agnes sofre um preconceito duplo. A menininha é negra e, mesmo tão pequena, ainda não completou 2 anos,  já foi vítima de racismo diversas vezes.  “Já a compararam  a um animal, já falaram que o cabelo dela é feio, entre outros absurdos. Minha solução, como pai, é trabalhar o empoderamento dela. Todos os dias falo o quanto Agnes é linda, perfeita, do jeito que sempre sonhei”. 

Fonte. https://revistareacao.com.br/dia-dos-pais-uma-data-para-celebrar-alem-do-amor-a-diversidade/

Postado por Antônio Brito

Governo de SP inaugura Polo de Empregabilidade Inclusiva em Campinas

O Governo de São Paulo, por meio das Secretarias de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Desenvolvimento Econômico, inaugurou a quinta unidade no estado do Polo de Empregabilidade Inclusiva (PEI), em Campinas. O espaço está localizado na Associação de Educação do Homem de Amanhã – Guardinha.

Com o objetivo de promover o desenvolvimento profissional, a inclusão e a permanência de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, o Polo de Empregabilidade Inclusiva integra o programa estadual Meu Emprego Inclusivo (http://www.trabalhoinclusivo.sp.gov.br), que está ancorado em 6 ações: Qualificação profissional e empreendedora; Intermediação de mão de obra; Busca ativa; Habilidade profissional; Emprego apoiado e Entrevista profissional.

“O emprego apoiado traz um novo modelo de atendimento tanto às empresas quanto às pessoas com deficiência que passam a ser contratadas. E este programa aqui em Campinas traz a oportunidade de realizar uma busca ativa dos profissionais com deficiência, como quer o Governador João Doria”, afirmou a Secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Célia Leão.

Entre as ações do Polo, há um suporte às equipes de Recursos Humanos das empresas para a inserção das pessoas com deficiência no ambiente corporativo. Durante o evento, representantes das empresas Pirelli e Hotel Vitória assinaram o Termo de Adesão ao programa.

Além disso, ações de busca ativa de candidatos, entrevista de habilidades, competências e interesses profissionais, laudos de funcionalidade, identificação de oportunidades nas empresas e apoio pós inclusão, são ações que beneficiam as pessoas com deficiência cadastradas no Polo.

De acordo com os dados da Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência (www.basededadosdeficiencia.sp.gov.br), as pessoas com deficiência em idade produtiva (de 16 a 59 anos) de Campinas somam mais de 36 mil pessoas. Até maio de 2021, dos empregados incluídos no mercado formal de trabalho na região, apenas 0,52% tinham alguma deficiência.

O atendimento do Polo de Empregabilidade Inclusiva – Campinas acontecerá de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h e tem início a partir da próxima segunda-feira, 2 de agosto. O espaço está localizado na Associação de Educação do Homem de Amanhã – Guardinha, Av. das Amoreiras, 165 – Parque Italia, Campinas – SP. Mais informações: (19) 3772 9683 e (19) 3772 9699.

Fonte. https://revistareacao.com.br/governo-de-sp-inaugura-polo-de-empregabilidade-inclusiva-em-campinas/

Postado por Antônio Brito

06/08/2021

Proposta amplia lista de entidades civis que podem receber incentivos

Otavio Leite: proposta pretende ampliar apoio da esfera privada a essas entidades (Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

O Projeto de Lei 1891/21 inclui, na lista das organizações da sociedade civil que poderão receber apoio de empresas, aquelas que atuam no incentivo ao empreendedorismo; na promoção e na defesa dos direitos da pessoa com deficiência; na promoção da atividade física como política de prevenção e promoção de saúde; e na promoção, na defesa e no abrigo de animais.

A proposta, em análise na Câmara dos Deputados, insere dispositivos no Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil. Atualmente, essa norma contempla relação de entidades com atuação em 13 diferentes segmentos, entre eles saúde, educação, cultura e assistência social.

Independentemente de certificação, as organizações da sociedade civil listadas no marco regulatório poderão receber doações de empresas (até o limite de 2% da receita bruta), além de bens móveis administrados pela Receita Federal que sejam considerados irrecuperáveis, apreendidos, abandonados ou disponíveis.

“A proposta objetiva exclusivamente ampliar o alcance das possibilidades de apoio e investimento da esfera privada – o contribuinte – em políticas e ações de incentivo a essas entidades”, disse o autor, deputado Otavio Leite (PSDB-RJ).

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte. https://www.moneytimes.com.br/proposta-amplia-lista-de-entidades-civis-que-podem-receber-incentivos/

Postado por Antônio Brito