18/10/2020

Carta aberta às Pessoas com Deficiência

Descrição da Imagem #PraCegoVer: Imagem que ilustra o artigo Carta aberta às pessoas com deficiência é a foto de um envelope azul, que está aberto, com um pedaço de uma carta para fora. No topo da carta tem uma foto redonda da autora do texto. Ela tem pele branca, cabelos longos castanhos, e veste jaleco branco. Logo abaixo está escrito Carol Nunes, e mais abaixo a seguinte frase: A todas as pessoas com deficiência. Na sequência é possível enxergar o início do conteúdo da carta, em letra de mão. Imagem: Art by RFerraz 

Fisioterapeuta escreve carta em homenagem ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

Carol Nunes aproveita sua coluna Sem Filtro & Com Afeto para expressar o sentimento de gratidão pelo crescimento como ser humano. Confira:

No dia 21 de setembro celebramos o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (Lei Nº 11.133, de 14 de julho de 2005). E a aproximação dessa data gerou em mim uma reflexão. De como as pessoas com deficiência foram e são importantes na minha construção como ser humano. Então resolvi que preciso expressar a minha gratidão, e por isso escrevi essa carta aberta a todos vocês. 

Primeiramente, gostaria de agradecer a todas as desconstruções que vocês ocasionaram em mim. Quando um dia, lá no passado, eu acreditava que na minha profissão eu seria uma pessoa boa, que eu ajudaria pessoas com vidas difíceis a terem uma qualidade de vida melhor. Eu não sabia de nada. Eu não sabia que a vida que seria melhor seria a minha! Eu ainda estava tomada por um preconceito, uma herança vertical que eu recebi da sociedade que dizia que pessoas com deficiência são coitadas e que devíamos ter compaixão. Eu realmente não sabia de nada.

Hoje eu olho pra trás e tenho muito orgulho em saber que esse pensamento ficou lá no passado. Eu tenho orgulho em poder afirmar que a gente não sabe nada da vida. Que quanto mais eu vivo com as diferentes deficiências, mais eu percebo como somos iguais. Em tudo! 

Quando eu pergunto para um paciente meu, qual é o seu objetivo, eu descubro que são objetivos idênticos aos meus. Como nossas vidas caminham para o mesmo lugar. Como não são vidas sofridas, isso era apenas o que me fizeram acreditar. Como são vidas vividas. Vidas comuns, com desejos comuns. E como eu sou grata por ter desconstruído esse preconceito junto a vocês. Ninguém me chamou para uma conversa e me explicou sobre o assunto. A ficha foi caindo naturalmente pelo simples fato de aceitar as diferenças, de conviver com as diferenças e de amar cada coisa incrível que um ser humano pode fazer.

Três fotos ilustram a Carta aberta às Pessoas com Deficiência.
Descrição da Imagem #PraCegoVer: Três fotos ilustram a Carta aberta às Pessoas com Deficiência. A primeira foto mostra a fisioterapeuta e autora deste artigo, Carol Nunes com uma criança no colo, dentro da piscina em sessão de fisioterapia aquática. Carol é uma mulher de pele branca e cabelos castanhos, que estão presos, e veste maiô escuro. Ela e a criança, Ana Bela, estão se olhando. A criança tem pele branca, veste maiô rosa e toca escura. Na fotografia do meio, Carol está agachada com um joelho no chão, e abraçada ao João Pedro, um menino branco de cabelos loiros. Os dois estão sorrindo. Ela veste calça escura e jaleco branco. Na última fotografia, Carol usa um protetor transparente no rosto, está sorrindo e com o Lucas no colo, uma criança de cabelos loiros e curtos. Ele tem pele branca, veste camiseta amarela e macacão de listras brancas e azuis. Foto: Arquivo pessoal

Carta aberta às pessoas com deficiência: Desconstrução!

Obrigada pela desconstrução. Eu sou um ser humano em construção e sem a diversidade humana a minha base seria muito rasa, muito instável. Como eu poderia viver em um mundo diferente conhecendo apenas o meu igual? Obrigada por sermos diferentes na igualdade. 

Obrigada por me fazerem entender que anjos na terra não existem. E que super-heróis são personagens de filmes de Hollywood. Que o tão amado exemplo de superação não existe. É um modelo heroico criado pela sociedade para dar uma medalha de honra ao mérito às pessoas que precisam lutar contra as barreiras criadas por essa mesma sociedade. Como se fosse motivo de orgulho ignorar preconceito e falta de acessibilidade diariamente. 

Não, não existem modelos de superação. Existe uma sociedade “excluísta” e inacessível, que não se importa com o diferente. E que homenageia o excluído como forma de amenizar o constrangimento que ela mesma causa. Como se títulos apagassem feridas. Não existem heróis. Obrigada por me fazerem entender que títulos são fardos. E ninguém precisa disso. A gente só precisa de respeito e amor. 

Muito, mas muito obrigada mesmo por me mostrarem que não existem anjinhos. Que crianças com deficiência não são anjinhos. Estão longe de ser. São apenas crianças comuns. Que choram, fazem birra, respondem os pais na frente de outras pessoas, que muitas vezes não querem frequentar terapias ou ir à escola, que pedem presentes caros e que colocam os pais em saias justas. Mas que também são amorosas, são afetuosas, divertidas e únicas. São crianças, apenas crianças. Não são anjos. E não me digam que é só um jeitinho fofo de se referir a elas. Anjos e super heróis não são humanos! São formas de desumanizar pessoas com palavras fofinhas. Muito obrigada por me mostrarem que por trás de palavras fofinhas pode existir muito preconceito e pouco afeto. 

Descrição da Imagem #PraCegoVer: Três fotos com as mesmas três pessoas na sequência. A primeira mostra uma mulher de pele parda, cabelos pretos e presos, sorrindo e olhando para a câmera. Ela se chama Marta, e está sentada. Ao seu lado está seu filho Murilo, um jovem garoto de pele branca, que está com o braço esquerdo por cima dos ombros da fisioterapeuta Carol. Ele veste bermuda marrom clara e camiseta de gola polo azul. A Carol veste calça jeans e jaleco branco, e segura uma sacola colorida de papel. Na foto seguinte o Murilo está beijando o rosto da Carol, e terceira foto a Carol está beijando o rosto do Murilo. Foto: Arquivo pessoal

Uma carta aberta às pessoas com deficiência: Pessoas reais!

Muito obrigada por me mostrarem que normal é apenas um ponto de vista. Normal é o que é a maioria naquela situação. Não existe o normal. Existe o real. E se você não é igual a mim não significa que alguém seja incompatível. Significa apenas que somos diferentes! Eu não gosto de Coca-Cola igual a grande maioria das pessoas, mas isso não me faz me sentir anormal. Não me faz ser anormal. Me faz ser única e diferente naquele contexto.

“A minha personalidade me define”

Obrigada por escancarar na minha cara, que a vida não gira em torno da deficiência. Que as preferências esportivas, musicais, de roupas e lazer não giram em torno das possibilidades e das permissividades. Elas giram em torno única e exclusivamente da personalidade. A deficiência é coadjuvante no filme da vida. Muito obrigada por readequarem o meu dicionário. 

Muito obrigada do fundo do meu coração por me permitirem entender que nenhuma vida vale mais que a outra. Não existem vidas que valem a pena serem vividas. Que vidas são vividas. E ponto. Quem ninguém na face da terra pode dizer o que merece ser vivo, o que merece ser amado e o que merece estar inserido. Que nenhuma pessoa vem ao mundo para preencher nenhuma lacuna, nenhum espaço que faltou. Que pessoas vêm ao mundo para aumentar os espaços de afeto, de amor. Para trocar experiências e participar da construção umas das outras. Que não existe nada sobre nós sem nós. 

Eu passei a ouvir pessoas com deficiência falando sobre pessoas com deficiência. Falando sobre acessibilidade ou a falta dela. Falando sobre capacitismo. Me mostrando que sim, eu já fui capacitista e nem imaginava isso. Obrigada por me tirarem da minha zona de conforto e me permitirem mudar, combater o preconceito e evoluir como pessoa. Repito, sou um ser humano em construção. 

Descrição da Imagem #PraCegoVer: Sobre um tablado utilizado em sessões de fisioterapia estão três pessoas. A Carol, de cabelos presos e máscara hospitalar está segurando o celular que fez essa fotografia. Ela veste jaleco branco e calça jeans clara. Ao seu lado, deitado de bruços está o Vitor, um jovem de pele branca e cabelos pretos. E no outro canto, também deitada de bruços e apoiada sobre os cotovelos está sua irmã, a Duda. Ela é uma menina de cabelos loiros e cacheados, de pela branca, e está olhando para frente. Foto: Arquivo pessoal

Declaração de amor e gratidão

Obrigada por diversas vezes me fazerem sentir vontade de pegar todos os livros da faculdade e enfiar no lixo pois não me ensinaram o principal. E muito obrigada por terem assumido o papel de professores e mostrado o que realmente é relevante na fisioterapia, nos objetivos terapêuticos e nas propostas de intervenção. Vocês praticamente pegaram a minha mão e me disseram, vamos construir uma fisioterapeuta juntos! Obrigada por darem sentido a minha profissão. 

E finalmente, diante de tudo, obrigada por vocês não desistirem de nós! Não desistirem de nos ensinar sobre diversidade, sobre afeto. Vocês ainda acreditam em nós. Acreditam que as pessoas irão sair da zona de conforto e superar seus preconceitos. Vocês não desistiram de nos ensinar como é importante sermos nós mesmos, mesmo diante das maiores e piores dificuldades. Obrigada por me ensinarem como me amar do jeito que eu sou. Que o diferente é o belo. Que o diferente é o charme, é o especial. Obrigada por nos amarem e entenderem que um dia nos libertaremos da nossa prisão. Uma cadeira de rodas não te prende, mas o preconceito paralisa!

“Obrigada a todas as pessoas com deficiência que fazem parte da minha vida, e que farão. Vocês são a minha aldeia, a minha escola e a minha rede!!!! Gratidão e amor!”

Fonte  https://jornalistainclusivo.com/carta-aberta-as-pessoas-com-deficiencia/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Mais performance e menos lesões: a importância da fisioterapia nos esportes paralímpicos

Cada vez mais, a quantidade de atletas paralímpicos tem crescido significativamente no Brasil, assim como os resultados expressivos e recordes obtidos em importantes competições, como os Jogos Paralímpicos. Consequentemente, o surgimento de lesões também tem aumentado nos praticantes e, com isso, a ação da fisioterapia tem sido mais relevante e tem ganhado mais espaço a cada ano. 

Um reflexo desta importância foi a criação do Dia Nacional do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional, celebrado neste 13 de outubro desde 2015, quando foi sancionada a lei nº 13.084. 

Com o crescimento dos esportes paralímpicos no Brasil, a demanda por profissionais da fisioterapia tem aumentado bastante. Para se ter uma ideia, nos Jogos Parapan-americanos de Lima 2019, quase 30 fisioterapeutas fizeram parte da delegação brasileira.

Antigamente, a fisioterapia estava atrelada somente à reabilitação dos atletas. No entanto, após estudos recentes e novas especializações da área, o fisioterapeuta especializado em esportes paralímpicos também trabalha na prevenção de lesões e no condicionamento físico, explica Mauro Augusto Melloni, coordenador de fisioterapia do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Atua ainda na classificação funcional nos comitês e competições.

"Atualmente, trabalhamos com três grandes pilares na fisioterapia no esporte paralímpico: a reabilitação efetiva, o processo de prevenção de lesões, e manutenção das capacidades físicas, que vai contribuir muito com o retorno do atleta aos treinamentos, em um nível físico similar ao que foi adquirido com os treinadores antes da lesão", afirma o profissional do CPB desde 2014.

Mauro conta que, atualmente, até atletas não lesionados também podem fazer uma sessão de fisioterapia para fazer algum trabalho específico no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, e não somente os esportistas com desequilíbrios musculares. Para isso, a equipe faz uma avaliação física semanal em cada atleta para fazer este acompanhamento e definir os objetivos de melhora ou correção de gestos esportivos, por exemplo.

"Em geral, cada deficiência tem uma determinada especificidade e diferentes desafios para a equipe da fisioterapia. Com os atletas com paralisia cerebral, são os que temos de ter mais atenção para diminuir os desequilíbrios musculares", aponta.

Entre atletas paralímpicos, as lesões musculoesqueléticas (músculos, ossos, ligamentos, entre outros) são as mais frequentes. Mas as lesões esportivas podem se manifestar de várias formas em atletas com diferentes deficiências. Por isso, o tratamento deve ser igualmente diversificado e individualizado. 

"Gostaria de homenagear e parabenizar por esta data todos os profissionais da fisioterapia que atuam no CT Paralímpico, que compartilham com as ideias e se dedicam diariamente em prol dos resultados nos nossos atletas. E estendo esta saudação a todos os nossos colegas de profissão de todas as modalidades", finaliza Mauro.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3080/mais-performance-e-menos-lesoes-a-importancia-da-fisioterapia-nos-esportes-paralimpicos

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Playlist do CPB conta com mais de 80 vídeos com audiodescrição e acessibilidade a pessoas com deficiência visual

Jogadora de goalball, Carol Duarte, uniformizada e com venda sentada na quadra | Foto: Daniel Zappe / MPIX / CPB

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) possui uma playlist no seu canal do YouTube com mais de 80 vídeos com audiodescrição, um recurso de acessibilidade que permite que pessoas com deficiência visual assistam a vídeos e espetáculos com autonomia.  

Acesse a playlist aqui.  

“A audiodescrição nos ajuda a nos aproximarmos de uma realidade visual. Com ela, temos acesso ao que está sendo transmitido visualmente. Certamente, é um ótimo recurso inclusivo para as pessoas com deficiência visual, ajudando assim a transmissão da mensagem do vídeo ou conteúdo completo para nós”, afirmou a bicampeã parapan-americana de goalball Ana Carolina Duarte, que tem baixa visão.  

A playlist, que foi criada em 2017, tem cerca de duas horas de conteúdo audiodescrito. O vídeo campeão de visualizações é, por enquanto, o intitulado “Como funcionam as próteses do esporte paralímpico” com mais de 9,3 mil reproduções, assistido por 10h30min. Na vice-liderança, está “As classes da natação paralímpica”, com quase 7 mil visualizações.  

“Fico feliz por ter ajudado a difundir um conteúdo que, muitas vezes, não tem em lugar nenhum, ainda mais com acessibilidade. A audiodescrição ainda precisa crescer para poder ajudar mais pessoas”, comentou Vinícius Rodrigues, velocista amputado da perna esquerda que é a estrela do vídeo mais assistido da playlist.  

As videoaulas para pessoas cegas e com baixa visão do Movimente-se também contam com o recurso de audiodescrição. Este projeto online do CPB oferece atividade física gratuitamente a pessoas com deficiência. O programa foi lançado em junho e já possui dois módulos no ar, que totalizam 48 aulas disponíveis no site do Movimento Paralímpico.  

Os praticantes com deficiência visual do Movimente-se também contam com assistência por vídeo em tempo real no aplicativo Be My Eyes. Por meio desta parceria com o app dinamarquês que conecta pessoas cegas e com baixa visão a voluntários, o CPB disponibiliza profissionais de Educação Física que tiram as dúvidas sobre as aulas desses usuários do Movimente-se de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.   

Além da deficiência visual, o Movimente-se também atende pessoas com deficiência física, que fazem uso de cadeira de rodas, são amputadas ou têm paralisia cerebral em aulas especificas para cada tipo de deficiência.  

Patrocínios
O Movimente-se tem patrocínio das Loterias Caixa.  
  
Time São Paulo
O atleta Vinícius Rodrigues é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo que beneficia 61 atletas e dois atletas-guia de 11 modalidades

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br) 

Fonte https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3083/playlist-do-cpb-conta-com-mais-de-80-videos-com-audiodescricao-e-acessibilidade-a-pessoas-com-deficiencia-visual
POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

17/10/2020

Comissão Eleitoral do CPB divulga homologação das inscrições para diretoria executiva e conselho fiscal

A Comissão Eleitoral do Comitê Paralímpico Brasileiro divulga nesta sexta-feira, 16, o resultado e a homologação das inscrições para eleição dos cargos da diretoria executiva e conselho fiscal da entidade.

A Assembleia Geral de Eleição será realizada em 30 de novembro, de forma presencial, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, localizado à Rodovia dos Imigrantes, KM 11,5, São Paulo (SP). 

Esta será a primeira eleição na história do movimento paralímpico brasileiro que a Assembleia será composta por, no mínimo, um terço de atletas. O colégio eleitoral do Comitê Paralímpico Brasileiro é composto por 20 delegados com direito a voto, segmentados por confederações filiadas e atletas. 

Os eleitos tomarão posse em janeiro de 2021 e o mandato se encerrará em dezembro de 2024.

Confira aqui o documento com a homologação das inscrições. 

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

FONTE. https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3086/comissao-eleitoral-do-cpb-divulga-homologacao-das-inscricoes-para-diretoria-executiva-e-conselho-fiscal

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

CPB forma 7 mil professores por ano e leva cursos a mais de 2 mil cidades do país; confira as inscrições em aberto

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) forma, em média, 7 mil professores por meio de seus cursos oferecidos gratuitamente e realizados pela área de Educação Paralímpica. Desde 2019, foram quase 15 mil profissionais de educação física de 2,5 mil cidades do Brasil que se certificaram pela formação EaD Movimento Paralímpico: fundamentos básicos do esporte.

O programa de Educação Paralímpica é um dos pilares do planejamento estratégico do CPB e tem como um dos seus objetivos promover cursos online e gratuitos para profissionais de educação física para todas as regiões do Brasil.       

Além da formação EaD, o CPB oferece ainda qualificações online e gratuitas de arbitragem e habilitação técnica em atletismo, natação e halterofilismo e turmas presenciais em áreas como classificação, gestão, fisioterapia, iniciação, além de arbitragem e habilitação técnica (saiba como se inscrever no final do texto).

Mesmo com o ano de 2020 impactado pela pandemia do Covid-19, o CPB já qualificou também 1,5 mil profissionais por meios dos cursos online e presenciais, que foram realizados nos primeiros meses, antes do decreto do período de isolamento social. As aulas presenciais devem ser retomadas após o fim da pandemia, porém, sem data definida.

"Oferecer conhecimento e qualificação que, com certeza, irão abrir novas portas no mercado do trabalho são algumas das melhores maneiras de se presentear um professor e profissional da educação física no seu dia a dia. Temos uma admiração e carinho enorme por esta classe profissional, que acolhe crianças, atletas ou praticantes de esportes em geral no ambiente escolar ou esportivo", afirma Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cinco em Atenas 2004 e Pequim 2008, e presidente do CPB, recordando-se do Dia do Professor, celebrado neste 15 de outubro. 

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Algumas dessas formações contaram com a parceria de entidades como Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Associação Brasileira de Árbitros de Atletismo (ABRAAt), e Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE).

Tanto os cursos online quanto os presenciais são lecionados por profissionais do CPB com ampla experiência e vivência prática nos temas ou áreas ofertados para formação. 

CAPILARIDADE

De Acará, no extremo norte do Pará, a Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, os cursos do CPB já contaram com participantes de mais de 2,5 mil cidades de 27 estados do país. Para estes profissionais, os cursos do CPB têm proporcionado conhecimentos e capacitação profissional em regiões onde ainda não há as mesmas condições dos grandes centros.

A professora manauara Raquel Canté, 32 anos, por exemplo, precisou fazer uma viagem de barco e lancha por cerca de 12 horas para realizar um curso presencial do CPB em 2019. Funcionária do Instituto Federal do Amazonas em Tefé (cidade a 520 km de Manaus), precisou atravessar o Rio Amazonas para chegar à capital e participar das aulas naquela ocasião.

Em 2020, transferiu-se para Lábrea (800 km de Manaus), de onde realiza atualmente os cursos online de habilitação técnica em natação e atletismo.

"Senti a necessidade de me especializar quando ingressaram, na escola, dois alunos com deficiência auditiva, um com autismo e outro com deficiência visual. Nós, professores, não tínhamos experiência neste tipo de trabalho. Mas, o curso do CPB me salvou. Para mim, foi surpreendente porque fui em busca de um tipo de conhecimento e, durante as aulas, percebi que o assunto era muito mais amplo. Hoje, vejo que o esporte paralímpico dentro da escola é essencial. Entender como adaptar e incluir os alunos com deficiência nas práticas esportivas e com os demais colegas de classe. Abriu minha visão em relação à inclusão", relata a professora de Educação Física.

Professora Raquel posa para foto com outros três alunos em pista de atletismo azul e faixas brancas inaugurada na cidade de Lábrea, no sul do Amazonas; ao fundo, mata verde e árvores
Professora Raquel posa para foto com outros três alunos em pista de atletismo recém-inaugurada na cidade de Lábrea, no sul do Amazonas


Assim como Raquel, Ronaldo Rodrigues Borges, 32 anos, profissional que atua com a educação física dentro de um hospital de neurorreabilitação em São Luís, no Maranhão, também recorreu à internet para ter acesso aos cursos oferecidos pelo CPB.

Em 2020, optou por realizar os cursos Movimento Paralímpico: fundamentos básicos do esporte e habilitação técnica em halterofilismo por desconhecer formações que possuam o mesmo tipo de conteúdo na sua região.

"Em São Luís, o paradesporto ainda encontra-se em um cenário ainda pouco explorado. Mas, o aprendizado adquirido vai ser de grande relevância em minha profissão. Creio que me auxiliará muito na ampliação das possibilidades de intervenção nos pacientes através do exercício e do esporte", aponta.

"Com os conhecimentos adquiridos nos cursos, consegui a enxergar um novo mundo a ser explorado e comecei a enxergar as crianças com deficiência de uma maneira diferenciada, mais inclusiva. Até então, tinha muitas dificuldades para trabalhar com este público por falta de conhecimento", completa a professora de educação física Roberta Barbosa Sgamate, de Vilhena, que faz um trabalho voluntário como treinadora de atletismo, natação, bocha e tênis de mesa com crianças com deficiência de toda a região sul do estado de Rondônia.

Formada pelos cursos de atletismo paralímpico e do EaD Movimento Paralímpico, ela diz ser a única professora que trabalha com paradesporto em sua cidade. Desde 2017, vem ao Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, trazer seus alunos para participar das Paralimpíadas Escolares, realizadas pelo CPB anualmente --a exceção será 2020, que não acontecerá devido à pandemia. 

Equipe de paradesporto de Rondônia, com quatro professores e seis crianças, seguram a bandeira do estado de Rondônia e posam para foto nas arquibancadas do CT Paralímpico, em São Paulo
Equipe de paradesporto de Rondônia, com quatro professores e seis crianças, seguram a bandeira do estado de Rondônia e posam para foto nas arquibancadas do CT Paralímpico, em São Paulo


Já o analista de desporto Ricardo Teixeira, 49 anos, de Guarulhos (SP), encontrou tempo livre entre os seus dois trabalhos, em um CEU no bairro Itaquera e em um clube perto da represa de Guarapiranga, para realizar os cursos online de arbitragem e habilitação técnica em natação.

"Percorro cerca de 130 km por dia. Mas estes conhecimentos que adquiri com os cursos do CPB valeram a pena. Contribuíram para o meu melhor entendimento sobre a modalidade, não somente na parte técnica, mas sobre regras e gestão, por exemplo", afirmou o profissional, que treina seus alunos com deficiência para competições escolares.   

CONFIRA ABAIXO OS CURSOS COM INSCRIÇÕES ABERTAS:

Todos os cursos são lecionados por profissionais do CPB com ampla experiência e vivência prática nos temas ou em áreas ofertados para formação.

Atletismo


O curso de habilitação técnica em atletismo nível I abordará temas como Etiologia (ramo da medicina que estuda as causas das doenças), Classificação Esportiva Paralímpica, iniciação ao alto rendimento e regras básicas. Além da parte teórica online, haverá a necessidade da comprovação de 100 horas de atividade prática.

Para os participantes que residem na região Nordeste do país, as aulas serão nos dias 31 de outubro, e 7, 14 e 21 de novembro, sempre das 9h às 13h, e terão como professores Rosicler Ravache, Eduardo Leonel e Daniela Parizotto. Para se inscrever neste grupo, é preciso preencher o formulário deste link até o dia 26 de outubro.

Halterofilismo

O curso de habilitação técnica em halterofilismo nível I abordará temas como história, noções básicas de classificação e competição, características gerais da modalidade, aspectos cinesiológicos, biomecânicos e anatômicos do esporte, além de fundamentos fisiológicos da força e do treinamento. Além da parte teórica online, haverá a necessidade da comprovação de 100 horas de atividade prática.

Para os participantes que residem nas regiões Centro-Oeste e Norte do país, as aulas serão nos dias 31 de outubro, e 7, 14 e 21 de novembro, sempre das 9h às 13h. Para se inscrever neste grupo, é preciso preencher o formulário deste link até 26 de outubro.

Natação

O curso de habilitação técnica em natação nível I abordará temas como história e evolução do esporte, normas de segurança, classificação, regras gerais, metodologia de ensino e aprendizagem, hidrodinâmica e técnica de nado, e preparação física. Além da parte teórica online, haverá a necessidade da comprovação de 100 horas de atividade prática.

Para os participantes que residem na região Nordeste do país, as aulas serão nos dias 31 de outubro, e 7, 14 e 21 de novembro, sempre das 14h às 18h, e terão como professores Rui Menslin, Alexandre Vieira e Guillermo Sanchis Gritsch. Para se inscrever neste grupo, é preciso preencher o formulário deste link até o dia 26 de outubro.

Para mais informações ou dúvidas, os interessados podem enviar um e-mail para educ.paralimpica@cpb.org.br.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro

Fonte  https://cpb.org.br/noticia/detalhe/3085/cpb-forma-7-mil-professores-por-ano-e-leva-cursos-a-mais-de-2-mil-cidades-do-pais-confira-as-inscricoes-em-aberto

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Dória sanciona PL 529 com dois vetos no artigo da isenção do IPVA e CONFAZ publica resultado da reunião do último dia 14 de outubro no Diário Oficial

O Diário Oficial do Estado de SP publicou hoje que o governador João Dória sancionou o PL 529 – que trata da isenção do IPVA para pessoas com deficiência – com dois vetos. Um dos vetos é sobre a obrigatoriedade de uso do adesivo identificando que o veículo está sendo utilizado “exclusivamente para transportar uma PcD”, e o outro veto é sobre o endereço do condutor do veículo para aquelas PcD não condutoras. Agora não será mais necessário a pessoa com deficiência titular da isenção e o condutor do carro morarem no mesmo endereço, como sugeria o PL.

Esses dois vetos por si só não minimizam os estragos feitos pela aprovação do PL 529, que traz em sua composição absurdos ainda maiores, como a extinção de vários órgãos importantes ligados à moradia, saúde e mobilidade, além da própria questão que mexe diretamente no IPVA de milhares de paulistas que hoje são beneficiados, condutores ou não do veículo.

O governo paulista alega fraudes no processo, que cresceu demais nos últimos anos. “Todo tipo de benefício concedido pelo governo acaba gerando possibilidade de fraudes, infelizmente isso é comum no Brasil e tem que haver fiscalização e punição exemplar para quem frauda”, comenta Rodrigo Rosso, presidente da ABRIDEF – Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços de Tecnologia Assistiva para pessoas com deficiência. “O que não se pode fazer é punir uma grande parcela da população que realmente precisa do benefício para manter o seu direito de Ir e Vir, por conta do próprio Estado ser incapaz de oferecer transporte público adaptado e adequado às necessidades da população com mobilidade reduzida”, enfatiza Rosso, lembrando que o PL sancionado, mesmo com esses dois vetos do governador, está fazendo.

O presidente da ABRIDEF alerta para o fato de que as pessoas com deficiência e familiares prejudicados com esse PL certamente entrarão na justiça contra o governo paulista, o que acarretará um custo enorme aos cofres públicos, talvez até maiores do que a arrecadação do próprio IPVA dessa parcela da população.

“Na prática não existe esse número absurdo de fraudes que alega o Estado e sim o que falta – e por parte exclusivamente do próprio Estado – é uma fiscalização mais eficaz”, diz Renato Baccarelli, consultor especializado em automóveis para PcD. “O que o governo está fazendo em relação ao IPVA da PcD com essa nova lei não irá coibir fraudes e sim vai retirar direitos de quem realmente precisa”, completa o consultor, alertando para o fato de que uma fiscalização maior e mais minuciosa em todo o processo de isenção seria sim uma maneira mais eficaz de se eliminar as fraudes. “O aumento dos números de isenção se deve não somente a um aumento de fraudes, mas sim em sua maior parte ao nível de informação sobre os seus direitos, hoje muito mais difundido em larga escala”, aponta.

De qualquer maneira, a portaria CAT ainda não foi emitida, ou seja, não saiu ainda a regulamentação dessa nova lei. O correto, antes de emitir qualquer parecer mais efetivo sobre essas questões é aguardar a regulamentação do que foi sancionado pelo governo, onde deverão deixar definido o que significa para o governo o que é veículo customizado e adaptação no ponto de vista do PL 529, e o que serão consideradas deficiências graves ou profundas de fato. “Por exemplo, uma pessoa com deficiência com a perna esquerda amputada não precisa de adaptação no carro. Baste ele ter câmbio automático. Essa pessoa hoje passaria a pagar IPVA, enquanto uma outra pessoa, também amputada, só que da perna direita, teria isenção de IPVA, pois necessita de uma adaptação de acelerador à esquerda. As duas pessoas são amputadas, as duas pessoas tem deficiência… Qual a justificativa da discriminação entre elas ? Porque a mesma deficiência seria tratada de forma diferente perante a isenção de IPVA ? Isso é inconstitucional”, comenta Baccarelli.

Muita coisa ainda está confusa e precisa ser corrigida na regulamentação. Por isso o Sistema Reação prefere aguardar a portaria CAT sair e ai sim, analisando o que for publicado, tomaremos posicionamento mais enfático a respeito.

O CONFAZ

Mais uma vez o Confaz não discutiu os dois assuntos de extrema urgência que precisavam ser tratados em relação à pessoa com deficiência. No Diário Oficial da União publicado hoje, a única coisa que consta sobre PcD é o uso opcional de um novo modelo de laudo que passa a valer em janeiro com muito mais exigências para concessão de isenção do ICMS. Isso na prática só vai gerar mais custo para o bolso do consumidor com deficiência que buscar o seu direito à isenção. Sem falar que deixa opção para que os laudos médicos sejam dados pelo SUS. Só que o SUS não possui médicos peritos em medicina de tráfego formados pela ABRAMET – Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.

“Os assuntos de interesse das pessoas com deficiência novamente foram empurrados para frente pelo Confaz. Só que dia 31 de dezembro se encerra o convênio que dá isenção de ICMS para PcD na compra do carro 0KM. O Confaz precisa votar esse tema e de preferência prorrogar por mais 2 anos o direito à isenção na próxima reunião que acontecerá em dezembro. Não temos mais tempo, não dá mais para o Confaz empurrar com a barriga um assunto que pode prejudicar milhares de brasileiros. Espero que em dezembro também coloquem as mãos na consciência e sejam coerentes em reajustar um valor teto congelado há mais de 11 anos”, finaliza Rodrigo Rosso.

Fonte  https://revistareacao.com.br/doria-sanciona-pl-529-com-dois-vetos-no-artigo-da-isencao-do-ipva-e-confaz-publica-resultado-da-reuniao-do-ultimo-dia-14-de-outubro-no-diario-oficial/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Câimbras – Como Eu Trato

por dr. Adriano Borges Amaral

A câimbra, grosso modo, pode ser explicada como uma contração vigorosa, involuntária e excessiva de um músculo ou grupo muscular. Ela acontece por uma atividade muscular muito intensa ou por falta de suporte de energia (ATP) para aquela atividade.

Ela pode acontecer durante a realização de atividades com alta intensidade ou em atividades de média intensidade, mas com uma longa duração e em algumas pessoas por serem sedentárias ou idosas, ou ainda obesas, até mesmo em atividades de baixa duração como simplesmente subir alguns degraus ou dar uma breve corridinha para atravessar uma rua.

Isso se explica porque como eles apresentam uma baixa reserva de energia, com apenas alguns movimentos esta reserva se acaba, e o organismo perde o controle e acaba contraindo (os músculos) de forma inadequada e gera uma contração involuntária e excessiva gerando a câimbra.

A câimbra é algo fácil de tratar, bastando apenas gerar um estiramento dos grupos musculares atingidos. Algumas pessoas tratam com calor, usando panos aquecidos ou banhos quentes, algumas ainda fazem um esfregaço com algum produto que vai de álcool a canfora, fazem massagem etc.

Todos estes procedimentos estão certos, porque o que vai funcionar na verdade, é que um estiramento mecânico vai fazer com que as estruturas se afastem e os catabólitos serão com o tempo absorvidos pelo organismo, ou quando massageiam, aquecem, etc., levando maior quantidade de sangue ao local que fará com que estes catabólitos (resultado do metabolismo – lixo) sejam absorvidos pelo organismo.

O grande problema é que a câimbra geralmente gera uma dor de grande intensidade, sendo algumas vezes incapacitante. Essa dor deverá ser tratada nos dias vindouros às vezes até com o uso de medicamentos e com fisioterapia convencional associada a técnicas de terapia manual, como Rolfing por exemplo.

Após este tratamento que será feito com massagem, eletroterapia e termoterapia, com ou sem a piscina terapêutica, deveremos iniciar o processo para que este processo NUNCA mais se instale, e isso deverá ser feito com Suporte Nutricional e treinamento físico adequado para as atividades que esta pessoa pratica no seu dia a dia. 

Este suporte nutricional deverá constar de alimentos ricos em ácido ascórbico (vitamina C), cloreto de magnésio, Vitamina D3 e Vitamina K2.

O treinamento físico deverá contar de atividades aeróbias, muito alongamento, exercícios calistênicos, exercícios resistidos com ou sem o uso de equipamentos (mecanoterapia), sempre associados ao uso de terapias manuais adequadas e manobras selecionadas destas bem escolhidas.

  • Dr Adriano Borges Amaral é Terapeuta Manual (atua com os mais diversos métodos de terapia manual), Fisioterapeuta, Professor de Educação Física, Especialista em Fisiologia do Exercício e Mestre em Ciências do Movimento. Professor Universitário e Docente de Cursos de Terapias Manuais. Ele é Diretor Clínico da AFA Fisioterapia e Reabilitação

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Fonte  https://revistareacao.com.br/caimbras-como-eu-trato/

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Ministério Público do Pará divulga apoio à mobilização nacional contra nova política de educação inclusiva

O Decreto n° 10.502/2020, publicado em 1° de outubro de 2020, pelo Governo Federal, instituiu a Nova Política Nacional de Educação Especial, que prevê o retorno de escolas e classes especiais somente para estudantes com deficiência.  Essa nova regra fere a Constituição Federal, a Lei brasileira de Inclusão e a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.  Diante disso, unidades dos Ministérios Públicos em todo o Brasil aderiram à um movimento em que reafirmam para toda a sociedade a sua luta pela educação das pessoas com deficiência sem segregação e nem discriminação.

A estratégia de atuação foi idealizada pela Subcomissão em Defesa da Educação Especial do Grupo Nacional de Direitos Humanos (GNDH) do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais,  considerando que a Nova Política de Educação Especial não foi construída mediante debate com a sociedade civil, nem alinhada com os princípios da Constituição Federal.

Segundo a promotora de justiça Mariela Correa Hage, que integra a Subcomissão, a justificativa para a promulgação de tal política seria a de garantir o direito das famílias de escolherem o melhor para seus filhos, porém não há possibilidade de escolha quando o único sistema educacional possível é o inclusivo. Ela entende que o Brasil precisa de investimento em educação inclusiva para possibilitar a formação inicial e continuada de professores, a incorporação de metodologias, a eliminação de barreiras de acessibilidade e de aprendizagem, a fim de assim criar um ambiente educacional justo e profícuo para todos.  Para a promotora, a criação de tal ambiente, contudo, não ocorrerá se os investimentos – que deveriam ser direcionados à escola pública e regular, de maneira prioritária – forem, agora, destinados a instituições especializadas. 

“Escola é lugar de aprendizagem, é lugar de conviver com as diferenças e de acolhê-las. Precisamos, então, defender a continuidade dos investimentos na escola regular, e também no SUS e no SUAS, para que os direitos à educação e à saúde de qualidade sejam garantidos”, afirma a promotora.

A promotora de justiça salienta que o Decreto publicado não foi referendado pelo Conselho Nacional dos Direitos de Pessoas com Deficiência e tampouco tem o respaldo da maioria das entidades da sociedade civil formadas por e para pessoas com deficiência, o que vai de encontro ao antigo lema dos movimentos de pessoas com deficiência: Nada sobre nós sem nós

Mariela Hage acredita que a mobilização faz se necessária para que o Decreto seja revogado ou declarado inconstitucional e ilegal, por todas as vias possíveis pois além  de deturpar o conceito de inclusão, ele dispõe que determinados estudantes “não se beneficiam da educação regular inclusiva”, algo que não se justifica nem jurídica nem cientificamente, já que diversas pesquisas comprovam que a inclusão escolar é benéfica para toda a sociedade, além de ser desejo da maioria da população brasileira e direito constitucional e humano de todos os estudantes, com ou sem deficiência.

O Ministério Público do Estado do Pará aderiu ao movimento de repúdio à Nova Política Nacional de Educação Especial por acreditar que Educação Inclusiva é aquela que garante acesso, permanência, participação e aprendizagem a todos, sem distinção.

Fonte: https://revistareacao.com.br/ministerio-publico-do-para-divulga-apoio-a-mobilizacao-nacional-contra-nova-politica-de-educacao-inclusiva/

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A importância da fisioterapia ocular em crianças

por dra. Isabel J. Lemos

O desenvolvimento da visão não se produz de forma isolada, ela ocorre seguindo o desenvolvimento de cada indivíduo. A deficiência visual infantil pode propiciar muitos atrasos no desenvolvimento da criança com baixa visão ou cegueira total, pois a visão promove a integração das atividades motoras e perceptivas. Os programas de estimulação precoce com o auxilio da estimulação visual vai fazer com que a criança se desperte para o mundo visual e consiga se desenvolver.

A visão residual deve ser explorada em cada criança de modo que atingimos a sua potencialidade visual. A estimulação visual tem esse papel ajudar a criança a utilizar todo o seu resíduo visual para poder se desenvolver sem nenhum déficit.

Sendo assim, os brinquedos e brincadeiras com as crianças que apresentam a baixa visão ou cegueira total, devem ser selecionados de acordo com a idade da criança e seus gostos para ficar mais prazeroso para a criança e ela sentir vontade de fazer os exercícios.

A atuação do fisioterapeuta na reabilitação visual com as crianças, também é voltado para a estimulação do desenvolvimento neuropsicomotor, pois quando a visão da criança está prejudicada, todas as aquisições motoras sofrerão com um atraso prejudicando todo o desenvolvimento motor da criança.

É fundamental a atuação de uma equipe multidisciplinar no intuito de contribuir para a utilização do resíduo visual de forma contextualizada nas diferentes atividades da vida diária.

O fisioterapeuta é uma parte importante da equipe multidisciplinar pois ele que vai identificar as dificuldades e potencialidade da criança para poder realizar a sua reabilitação visual.

Portanto a fisioterapia ocular tem uma importância na reabilitação dessas crianças e deve ser mostrada e compartilhada para todos, pois com esse trabalho realizado podemos ajudar muitas pessoas que necessitam.

• Dra. Isabel J. Lemos é Bacharel em fisioterapia pelo Uniaraxa em 2016. Pós graduanda em ortóptica com ênfase na reabilitação visual na POSFG  e criadora da cartilha Recursos e Estratégias na Estimulação Visual de crianças com baixa visão em 2016

Fonte  https://revistareacao.com.br/a-importancia-da-fisioterapia-ocular-em-criancas/

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Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência abre vagas para workshop de inclusão na educação a distância

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em parceria com o Centro de Tecnologia e Inovação, abre inscrições para o Workshop “Inclusão de Pessoas com Deficiência na Educação a Distância (EaD) “, que tem como público-alvo educadores e profissionais envolvidos na área de educação inclusiva.

O workshop, que será realizado via Plataforma Microsoft Teams em 15 horas, sendo 2h30 cada encontro (totalizando seis encontros), têm o objetivo de articular, aprofundar e integrar conhecimento quanto a inclusão de pessoas com deficiência, adaptação de materiais, estímulo ao desenvolvimento de habilidades e valorização das competências individuais no ensino a distância, intercalando em atividades teóricas e práticas.

Os participantes poderão contemplar o conteúdo do curso que será baseado em cinco pilares: Os desafios do ensino remoto emergencial; Desenvolvimento de habilidades baseadas nas competências individuais do educando; Design de aprendizagem do século XXI; Tecnologia Assistiva/Adaptação de materiais e Metodologias.

A inscrição é gratuita e as vagas são limitadas. Inscreva-se pelo link: http://bit.ly/3iJePTW

Fonte  https://revistareacao.com.br/secretaria-de-estado-dos-direitos-da-pessoa-com-deficiencia-abre-vagas-para-workshop-de-inclusao-na-educacao-a-distancia/

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