A Lei Estadual paulista nº 17.291, sancionada em 06 de outubro de 2020, institui, em todo o estado de São Paulo a Semana de Conscientização da Síndrome Pós-Pólio.
A lei foi originada após a aprovação do Projeto de Lei nº 1186/2019, de autoria do Deputado Estadual Adalberto Freitas/PSL.
Com isso, a partir da sanção, na semana que compreendi o dia 24 de outubro, passa a ser comemorada, anualmente, a Semana de Conscientização da Síndrome Pós-Pólio.
De acordo com a nova legislação o objetivo é dar visibilidade à gravidade da Síndrome Pós-Pólio; contribuir com a sensibilização do tema disseminando informações sobre a importância da vacinação; e promover a humanização do atendimento nos serviços de saúde que atendem os casos de Síndrome Pós-Pólio.
A data prevista na lei sugere que poderá ser celebrada com reuniões e palestras contando com a presença de profissionais da área da saúde e entidades ligadas às pessoas com a Síndrome Pós-Pólio para aumentar a conscientização, bem como promover a divulgação de informações sobre a enfermidade e suas consequências na vida do indivíduo.
“Neste 2020 a Associação G-14 vai promover na Semana de Conscientização da SPP o IV Encontro Internacional de Sobreviventes da poliomielite do dia 20 ao dia 23 de Outubro e o III Simpósio Internacional de Síndrome Pós Pólio no dia 24/10 sob a coordenação da Unifesp/Neuromuscular”, afirma Andrea Rosana Silva, Presidente da Associação G-14 de Apoio aos Pacientes de Poliomielite e Síndrome Pós-Pólio.
Nesta terça-feira, a atenção dos paulistas se volta para a Assembleia Legislativa. Na última semana não houve acordo entre os deputados estaduais paulistas sobre o encerramento das discussões do Projeto de Lei 529/2020 de autoria do Governador João Dória, que além de outros importantes temas prevê a alteração na Lei Estadual Nº 13.296 de 2008, relacionada à isenção de IPVA para Pessoas com Deficiência.
A expectativa é de novas sessões plenárias com muitos debates. Parlamentares da oposição ao Governo contam, voto a voto, os parlamentares que já decidiram sobre o PL 529 e tentam convencer os indecisos. De acordo com as informações de alguns deputados, a oposição chegou a ter – na última semana, maioria e poderia rejeitar a íntegra do projeto durante votação nominal. Mas acusam o presidente da Assembleia, Deputado Estadual Cauê Macris, de encontrar ‘brechas’ no Regimento Interno e suspender as sessões em momento que o Governo não tinha apoio em plenário.
Ainda hoje pode existir a convocação de novas sessões extraordinárias. É uma prerrogativa da Presidência da Assembleia Legislativa, que pode divulgar novas datas para as discussões sempre às 14h30, quando é feita a abertura das sessões ordinárias. Pelas mídias sociais, grupos de pessoas com deficiência procuram convencer os parlamentares a rejeitarem – na íntegra – o projeto enviado por João Dória.
A preocupação e expectativa também estão nas decisões que podem acontecer nesta quarta-feira, 14, em reunião do CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária.
A expectativa é de que os Secretários Estaduais de Fazenda discutam e aprovem o reajuste do valor teto para os carros comercializados com isenção de impostos para PCD, assim como renovem o convênio que concede isenção de impostos para a aquisição de veículos 0 km para Pessoas com Deficiência. O atual convênio que concede essas isenções tem a periodicidade de um ano. O prazo expira em dezembro de 2020. Se os Estados não se manifestarem favoráveis à renovação do convênio e aumentar o valor teto para os carros comercializados, as pessoas com deficiência de todo o Brasil serão prejudicadas de forma direta.
Outubro é o Mês Mundial da Visão e prezando a relevância da data e desconhecimento do brasileiro sobre o tema, são apresentados novos recortes da pesquisa “Um olhar para o glaucoma no Brasil”. O levantamento foi realizado neste ano pelo IBOPE Inteligência junto a 2,7 mil internautas brasileiros, a partir dos 18 anos de idade, em diferentes estados: Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
É evidente a falta de informação sobre a importância com os cuidados com a visão. O levantamento destacaas faixas etárias mais jovens (18 a 24 anos), evidenciando que um a cada cinco relata nunca ter ido ao oftalmologista (21%) e apenas 10% visitaram uma única vez na vida. Entre todos os entrevistados, quando perguntados sobre a frequência que vão ao especialista, 10% assumiram que nunca foram e 25% disseram que raramente, somente quando sentem algum incômodo nos olhos.
“Confirmar o quanto existe de desinformação é muito preocupante. Quase metade dos entrevistados (41%) não reconhece que a visão embaçada é algo importante para saúde dos olhos, 37% não se preocupa com a perda parcial da visão, algo extremamente preocupante, e quase 80% não compreende que enxergar pontos pretos pode ser um sinal de agravamento ocular”, pontua o oftalmologista Luiz Henrique Fernandes, diretor médico LATAM da Upjohn, divisão da Pfizer focada em doenças não transmissíveis.
Além disso, do total da amostra, 30% acreditam que se deva procurar o oftalmologista somente depois que comece a usar óculos e 23% após perceberem alguma perda de visão. Apenas 13% acreditam que a visita ao oftalmologista deve se tornar frequente quando a pessoa tem alguma dor nos olhos. Já entre os entrevistados jovens adultos, com 18 a 24 anos, esse porcentual sobe para 21%.
Glaucoma: esse desconhecido
Mais do que indicar a falta de conhecimento sobre a importância das consultas com especialistas, a pesquisa revela uma forte desinformação a respeito do glaucoma, já que a OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta a patologia como a segunda causa de cegueira no mundo, ficando atrás apenas da catarata. Porém, representa um desafio maior para a saúde pública do que a catarata, porque a cegueira causada pelo glaucoma é irreversível1 .
Mais da metade (53%) dos pesquisados desconhece que a doença possui a maior probabilidade de um quadro de cegueira irreversível e 41% sequer sabem o que é glaucoma. Além disso, apenas 37% entendem que a ida ao oftalmologista com frequência é uma medida que ajuda a diminuir os riscos, 39% desconhecem sua própria probabilidade de cegueira e 15% associam a perda da visão com o desconforto nos olhos, então entendem não estar no grupo de risco.
“O desconhecimento é preocupante, pois há alguns públicos mais propensos ao glaucoma. Existe maior chance de desenvolvimento em pessoas com casos na família, afrodescendentes e pacientes com pressão intraocular elevada2“, relata o mestre e doutor em Oftalmologia, Augusto Paranhos Junior, presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG). “Estima-se que entre 2 a 3% da população brasileira acima de 40 anos possam ter a doença, o que representa cerca de 1,5 milhão de pessoas. E o levantamento aponta que mais da metade (53%) não sabia que o glaucoma é a doença com a maior probabilidade de causar um quadro de cegueira irreversível, 47% desconheciam a relação com a hereditariedade, e 90% não associavam a patologia com a afrodescendência”, finaliza.
Sobre a pressão intraocular, principal exame para prevenção e controle da doença, 60% dos pesquisados da classe C nunca mediram, não sabiam que existia ou se o oftalmologista já mediu. Segundo projeções do IAPB (Agência Internacional para Prevenção da Cegueira) existe aproximadamente 80 milhões de pessoas com glaucoma em todo o mundo e estimavam que 3,2 milhões de pessoas ficariam cegas devido à doença até o final de 20203 – mais de 90% das pessoas com deficiência visual no mundo vivem em países pobres ou em desenvolvimento3 .
Também com base em estudos brasileiros, existe a dificuldade de diagnóstico e baixa adesão: apenas 10% são diagnosticados e tratados4, 41% abandonam o tratamento devido a dificuldades de acesso5 e cerca de 50% da população com glaucoma não sabe que têm a doença, ou seja, ainda não foram diagnosticados6.
“A sociedade, principalmente os jovens adultos, desconhece a seriedade das doenças oculares e entende que deve esperar por sintomas para buscar ajuda. Porém, a rotina na ida ao oftalmologista é essencial para o diagnóstico precoce”, explica o Luiz Fernando Vieira, gerente médico da Upjohn. “Muitas vezes, as doenças são assintomáticas e, no caso do glaucoma, uma vez que a visão foi perdida, não pode mais ser restaurada. É possível estabilizar e evitar a progressão da cegueira. Por isso, a importância do diagnóstico precoce. Porém, temos de frisar: não existe cura e, sim, prevenção”, conclui.
Lançamento da campanha: corrente e desafio nas redes sociais
A pesquisa é uma ampla investigação sobre o cenário do glaucoma no Brasil e a necessidade de uma nova visão sobre a doença. A iniciativa contempla também o lançamento da campanha de conscientização “Não perca seu mundo de vista, tenha um novo olhar para o glaucoma”, conduzida pela Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) e pela Upjohn. A campanha terá diversas ações com foco no universo digital em função das orientações sanitárias com relação ao distanciamento social no combate ao Covid-19.
Destaque para a embaixadora da causa, a cantora baiana Daniela Mercury, uma voz influente em todo país e, principalmente, na região Nordeste – onde está a maior população afrodescente7, vulneráveis por fazerem parte do grupo de risco. Ela também tem aderência com o público acima dos 40 anos, mais suscetível ao glaucoma, e aproximação com os jovens, também importante pelo grande desconhecimento atestado pelo levantamento “Um olhar para o glaucoma no Brasil”.
“Fiquei feliz em vestir essa camisa e lutar por uma causa tão importante para a saúde de todos. Por falta de conhecimento, algumas pessoas passam anos sem saber que têm glaucoma e consultar um especialista é fundamental. Houve, por exemplo, um caso de doença ocular na minha família e percebi o quanto um problema na visão pode impactar na saúde geral de uma pessoa. É essencial divulgar e falar sobre esse tema”, conta a artista.
Um filtro temático e dinâmico para Instagram foi criado, levando o efeito tubular e embaçado, com possibilidade de avançar os estágios da doença, para percepção de como o glaucoma atinge a visão e causa a perda de importantes momentos da vida. Já no Facebook será possível adicionar um tema na foto do perfil que simula a fase mais avançada da doença.
“Por meio de um discurso sensível e educacional, esperamos engajar diferentes públicos. O insight criativo é demonstrar com o uso dos filtros que simulam o efeito do glaucoma que a doença pode roubar as melhores cenas da vida e, para sempre. Por isso, a importância dos cuidados com a saúde ocular”, explica destaca Ana Luiza Petry, gerente de Comunicação e Assuntos Corporativos da Upjohn.
Para dar ainda mais visibilidade, força e o tom certo à iniciativa, um time de famosos, influenciadores, anônimos – alguns deles pacientes diagnosticados com glaucoma ou familiares – formarão uma corrente com postagens, mensagens de apoio e até testemunhos que entoarão um videoclipe especial para conscientização do Mês Mundial da Visão que também trará dados da doença e números da pesquisa.Também será usada a hashtag #deolhonoglaucoma que será compartilhada por todos nas plataformas digitais.
Outro ponto alto da campanha acontece em 8 de outubro, Dia Mundial da Visão, com o desafio que será lançado por algumas celebridades para marcarem em suas redes sociais e engajarem mais pessoas a participarem da ativação com o uso dos filtros e levando conhecimento sobre o tema para o maior número de brasileiros.
“Estamos falando de uma doença de elevado potencial e que está associada a um desfecho irreversível que é a cegueira. Por isso, reforçamos a importância de dialogar sobre o glaucoma por meio de iniciativas de conscientização e que a frequência oftalmológica se torne parte da rotina médica”, conclui Ana.
Referências: • Kingman L. Glaucoma is second leading cause of blindness globally. Bulletin of the World Health Organisation, 2004; 82 (11): 887-8. • OttaianoJJ; ÁvilaMP; UmbelinoCC; TalebAC. As Condições de Saúde Ocular no Brasil 2019. Edição 1 – 2019.p14. • Von-Bischhoffshausen e Jiménez-Román J. GUÍA LATINOAMERICANA DE GLAUCOMA PRIMARIO DE ÁNGULO ABIERTO PARA EL MÉDICO OFTALMÓLOGO GENERAL. 2019. IAPB.p93. • Ramalho, Cristiana Moraes et al. Perfil socioeconômico dos portadores de glaucoma no serviço de oftalmologia do hospital universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora – Minas Gerais – Brasil. Arq. Bras. Oftalmol., Out 2007, vol.70, no.5, p.809-813. ISSN 0004-2749 • Topouzis F, Anastasopoulos E. Glaucoma – The importance of early detection and early treatment. US Ophthalmic Review. 2007;2:12-13. • Topouzis F, Anastasopoulos E. Glaucoma – The importance of early detection and early treatment. US Ophthalmic Review. 2007;2:12-13. • Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE. Acesso disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101707_informativo.pdf. Acesso em: 15.09.2020.
Debater questões sobre acessibilidade no âmbito das artes envolvendo ações e instituições culturais, legislações empregadas, entre outros temas é o objetivo do 2° Encontro sobre Acessibilidade realizado por Aliança Francesa de São Paulo e Cultura e Mercado. No dia 14 de outubro, quarta-feira, às 17h, em uma live no canal de Youtube do Cultura e Mercado, serão abordados temas sobre as Artes Visuais.
A mesa de debates será composta por Mila Guedes (publicitária, sócia-diretora da empresa Mila Guedes Consultoria, que atua na causa da acessibilidade); Sandra Bernardes Ribeiro (gerente de projetos do Ministério das Cidades com experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Gestão Urbana) e Leonardo Barbosa Castilho (artista, performer, produtor cultural e educador surdo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, MAM). A mediação é do curador João Kulcsár, que trabalha com projetos, oficinas, formação de equipe de museus e consultoria de acessibilidade.
ArtNandx (@artnandx) ilustradora cadeirante, abre o encontro apresentando seu estilo de desenho que tende para o realismo. A paixão por esse tipo de arte sempre esteve presente em sua vida, começando com aquarela e atualmente com a ilustração digital.
Os eventos contam com tradução simultânea (Libras) e o público pode participar com perguntas pelo chat do Youtube, bem como será disponibilizado um link whatsapp para quem desejar enviar as questões por lá. Este último recurso tem o objetivo de facilitar a participação de alguns PcD que preferem envio de mensagem vocal, por exemplo.
2° Encontro sobre Acessibilidade
Tema: Acessibilidade Nas Artes Visuais
Abertura: ArtNandx
Debatedores: Mila Guedes (publicitária, sócia-diretora da empresa Mila Guedes Consultoria, que atua na causa da acessibilidade); Sandra Bernardes Ribeiro (gerente de Projetos do Ministério das Cidades com experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Gestão Urbana) e Leonardo Barbosa Castilho (artista, performer, produtor cultural e educador surdo do Museu de Arte Moderna de São Paulo- MAM). Mediação de João Kulcsár.
Data: 14 de outubro, às 17h, ao vivo pelo Youtube do Cultura e Mercado
Chega ao Youtube nesta segunda-feira, 12/10, o mais novo projeto pioneiro em acessibilidade inclusiva entre Unicef, Ministério Público do Trabalho e TotoyKids. A ação, “Música Para Todos”, engloba artistas notórios regravando os sucessos do canal infantil, com um modelo inovador paramentado para dar acessibilidade as crianças com deficiência visual e auditiva, por meio de produções com audiodescrição, libras e legenda. O projeto une acessibilidade, educação e diversão para reforçar que o lugar de criança é brincando e estudando.
Os clássicos do canal passam pela interpretação de Lara Gomes, tradutora e intérprete da linguagem brasileira de sinais, que junto a rostos famosos pelo ativismo e pela representação de diversas causas no Brasil, como MC Soffia, Rodrigo Faro, Maria Viel Faro, Daniel, Wanessa, Felipe Mafra, Paty, Elba Ramalho, Isa Vaal e Daniela Mercury, emprestam imagem, gestos e entusiasmo para dar visibilidade a causa e exemplo para um futuro menos desigual.
Durante a pandemia, o isolamento social afetou diretamente no desenvolvimento das crianças, e ressignificou o momento de recreação. Problemas como a dificuldade de concentração, ansiedade e estresse, se tornaram mais comuns do que antes, e ainda se estuda maneiras de amenizar tais problemas. Pensando em dispor entretenimento educativo, TotoyKids, Ministério Público e Unicef se empenharam para entregar a produção inédita.
Dentre os sucessos que ganharam uma nova versão, clássicos como “Somos Todos Iguais”, “Vírus Aqui Não” e “Sorrir Te Faz Feliz”, que utilizam de maneira educacional o lúdico para dar asas à imaginação dos pequenos fazendo com que aprendam de maneira leve e construtiva. Os vídeos da campanha podem ser encontrados aqui: https://www.youtube.com/c/Totoykids/videos
O #músicaparatodos é uma ação conjunta entre TotoyKids, Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e MPT (Ministério Público do Trabalho).
A lesão por pressão (LP) pode ser uma complicação importante que ocorre em pessoas com lesão medular (LM), pois compromete o processo de reabilitação, influencia nas atividades sociais e na qualidade de vida, além de aumentar os custos com o tratamento.
Após a ocorrência de uma LM pode ocorrer uma série de alterações na pessoa:
A sensibilidade é perdida e se os músculos não são utilizados, eles ficam menores e mais fracos, reduzindo o amortecimento natural de proteção sobre as áreas ósseas;
Pode ocorrer ganho de peso e maior pressão sobre a superfície ou emagrecimento acentuado e menor amortecimento entre os ossos e as superfícies em contato;
Impedimento dos nervos enviarem mensagens entre o cérebro e a pele causando a diminuição do fluxo de sangue e oxigênio nesta;
Complicações no controle do intestino e da bexiga, causando perdas e aumentando o contato de umidade com a pele;
As tuberosidades isquiáticas são os ossos que ficam em contato com os músculos do glúteo quando sentamos, tornando-se achatadas com o tempo nas pessoas que usam cadeira de rodas;
A dor crônica pode ser um grande problema para a mudança e movimentação de posição, que passam a ser evitadas pela pessoa.
A LP ocorre quando há uma pressão intensa e/ou prolongada em combinação com o cisalhamento (a pele se move para um lado e o tecido abaixo se move na direção oposta). Inicialmente aparece como uma área avermelhada, que ao ser pressionada não embranquece. Na pele negra pode não estar visível, porém apresentar alterações de temperatura e textura. O dano pode estar localizado na pele e/ou tecidos abaixo dela.
Quanto mais profunda for a lesão mais difícil será o tratamento, por isso são tão importantes as orientações quanto aos cuidados adequados com a pele e a prevenção da LP. Desta forma, siga as dicas abaixo:
Verificar diariamente a pele procurando por áreas avermelhadas, hematomas ou qualquer mudança de coloração, mudanças na textura, erupções cutâneas, ressecamento ou inchaço, crostas e bolhas;
Usar um espelho com cabo longo para auxiliar nas verificações, quando feita pela própria pessoa ou contar com o auxílio de um familiar ou cuidador;
Manter a pele limpa e seca constantemente, principalmente após eliminações de fezes e urina;
Aplicar hidratantes na pele, principalmente após o banho;
Não massagear áreas de proeminências ósseas e/ou áreas avermelhadas durante a hidratação da pele;
Proteger a pele da exposição à umidade excessiva através do uso de cremes barreira e pomadas específicos para assadura;
Alimentar-se e ingerir líquidos adequadamente;
Incorporar as rotinas de redistribuição de peso nas atividades diárias;
Aliviar a pressão durante 1-2 minutos e redistribuir o peso a cada 15 minutos quando estiver sentado;
Utilizar uma superfície de redistribuição de pressão como almofadas apropriadas de viscoelástico, por exemplo. Não é recomendável a utilização de dispositivos recortados em forma de anel ou luvas cheias de água;
Ajustar a cadeira quando estiver sentado de modo que os pés cheguem ao suporte evitando que o corpo deslize para fora da cadeira;
Restringir o tempo sentado na cadeira sem alívio de pressão, pois o peso do corpo causa um aumento de pressão localizada na região glútea;
Escolher roupas com tecido respirável que não acumule muito calor e umidade. Evitar costuras, botões espessos, zíperes e bolsos que podem se tornar pontos de pressão;
Utilizar sapatos um tamanho maior para não causar pressão na região dos pés e verificá-los frequentemente;
Sustentar o corpo inteiro com apoio “PUSH-UP” é uma maneira de mudar a posição para conforto, alongamento e correção da postura;
Inclinar para o lado (para alternar a pressão de uma nádega de cada vez) ou inclinar para frente ou ainda levantar cada perna longe da cadeira de rodas (para diminuir a pressão das costas e dos joelhos);
Realizar movimentação passiva e o repouso na cama ao longo do dia para aliviar a pressão local mudando o posicionamento a cada 2 horas, para pessoas que não tem força muscular;
Certificar-se que não há desgaste no colchão;
Manter roupas de cama bem esticadas, quando em repouso no leito.
Levantar os calcanhares ao deitar-se com uma almofada ou deixá-los descansar sobre a borda do colchão;
Não levantar a cabeceira da cama mais de 30 graus de maneira a evitar o cisalhamento (escorrer na cama);
Reduzir a pressão dos joelhos e quadris com almofadas ou travesseiros.
Pollyanna Carneiro é Enfermeira Estomaterapeuta titulada pela Associação Brasileira de Estomaterapia – SOBEST, coordenadora da Unidade de Estomaterapia do Hospital do Servidor Público Estadual – IAMSPE e secretária da SOBEST (gestão 2018-2020). Tem especialização em Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente atuando principalmente na gestão em estomaterapia, assistência e no ensino.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, revogou liminar que suspendia os efeitos de lei municipal de São Paulo que proíbe fogos de artifício na cidade. Com isso, a lei volta a vigorar e os fogos, a ser proibidos.
O ministro restaurou a eficácia da lei após receber informações do prefeito da capital paulista e da Câmara Municipal a respeito da norma. A lei local é questionada no STF por meio da Arguição de Descumprimento de Fundamental 567, ajuizada pela Associação Brasileira de Pirotecnia (Assobrapi).
De acordo com o ministro, a preocupação do legislador paulistano não foi interferir na competência legislativa da União, mas implementar medida de proteção à saúde e ao meio ambiente. Prova disso é que na audiência pública que precedeu à edição da lei foram abordados os impactos negativos que fogos causam a pessoas autistas e à vida animal.
Documentos apresentados ao ministro demonstram a hipersensibilidade auditiva no transtorno do espectro autístico (TEA), tendo em vista que 63% dos autistas não suportam estímulos acima de 80 decibéis. A poluição sonora decorrente da explosão de fogos de artifício pode alcançar de 150 a 175 decibéis.
“A lei paulistana, assim, tem por objetivo a tutela do bem-estar e da saúde da população de autistas residente no município”, disse o ministro em sua reconsideração. Na decisão, Alexandre considera a estimativa de que haja 2 milhões de autistas no Brasil, 300 mil no estado de São Paulo, 110 mil deles na capital.
Quanto à proteção ao meio ambiente, o ministro observou que diversos estudos científicos demonstram os danos decorrentes do barulho dos fogos de artifício em animais como cavalos, pássaros e animais de estimação. "Essas parecem ter sido as diretrizes que nortearam o legislador paulistano na edição da norma impugnada", disse.
O ministro destaca na decisão que o objetivo da lei não é proibir fogos de artifício de maneira geral, apenas os que têm "efeito sonoro ruidoso". Continuam permitidos, por exemplo, os chamados fogos de vista, que não têm estampido, e os que produzem barulho de baixa intensidade.
"Constato, desta forma, haver sólida base científica para a restrição ao uso desses produtos como medida protetiva da saúde e do meio ambiente. O fato de o legislador ter restringido apenas a utilização dos fogos de artifício de efeito sonoro ruidoso, preservando a possibilidade de uso de produtos sem estampido ou que acarretam barulho de baixa intensidade, parece, em juízo preliminar, conciliar razoavelmente os interesses em conflito", afirmou o ministro Alexandre.
Competência municipal O ministro lembrou ainda que a proteção do meio ambiente e da saúde integram a competência material comum dos entes federativos e, segunda a jurisprudência do Supremo, estados e municípios podem editar normas mais protetivas, com fundamento em suas peculiaridades regionais e na preponderância de seu interesse.
Foi como a corte se posicionou quando declarou constitucionais leis locais que proíbem a extração, venda e transporte de amianto.
Em análise preliminar do caso, o ministro Alexandre de Moraes concluiu que a lei foi editada dentro de limites razoáveis do regular exercício de competência legislativa pelo Município de São Paulo, devendo ser prestigiada, portanto, a presunção de constitucionalidade das leis. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.
Desde a última quarta-feira, 07, o Museu da Inclusão, equipamento museológico da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, assumirá sua atuação de forma ampla e como uma rede de preservação de memórias da luta por direitos das pessoas com deficiência.
O processo de remodelação e manutenção desse compromisso foi iniciado em 2018 e se consolida, levando em conta tanto as memórias do movimento, quanto as atualidades de um processo permanente de luta das pessoas com deficiência.
“A luta por direitos e oportunidades iguais vem de vários anos, mas, nas últimas quatro décadas que tomou um caminho claro, definido e definitivo pela acessibilidade e inclusão. A história contada no Memorial agora se eterniza com o Museu da Inclusão. O Governo de SP desde o 1º dia assumiu de forma incondicional o trabalho voltado às pessoas com deficiência”, afirmou a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Célia Leão.
O Museu da Inclusão tem suas operações geridas pela Organização Social Abaçaí Cultura e Arte, que continuam na prerrogativa de preservar e comunicar a luta por direitos das pessoas com deficiência, no que tange o movimento social e sua busca histórica por direitos pela inclusão.
Além de atuar no reposicionamento institucional e estruturar os fluxos, a mudança também auxilia na busca por tornar cada vez mais imediata e presente essa luta.
A mudança de Memorial da Inclusão para Museu da Inclusão, vai além da nomenclatura, pois ser museu é uma ação, um compromisso social. Trata-se também de um investimento físico na estrutura com o espaço acessível, mas também na aproximação das novas gerações de ativistas, de produção compartilhada de exposições, discussão de pautas contemporâneas, ações educativas acessíveis e inclusivas e produção de pesquisa e conhecimento.
Diferente do que popularmente as pessoas pensam, o reumatismo não é uma doença específica, mas sim com conjunto de mais de 120 tipos de enfermidades, que acometem principalmente o aparelho locomotor(ossos, articulações, cartilagens, músculos, tendões e ligamentos), mas também podem comprometer outros órgãos e sistemas, como a pele, olhos, pulmões e rins. Para fazer um alerta a essas doenças, a Sociedade Catarinense de Reumatologia (SCR) aposta em uma campanha de conscientização neste mês de outubro. Segundo a reumatologista e presidente da SCR, Dra. Juliane Aline Paupitz, mais do que informar sobre os sintomas das principais doenças, a instituição quer orientar as pessoas sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce e tornar essa especialidade cada vez mais popular e acessível, já que o avanço nessa área da medicina permite que as pessoas, mesmo com as doenças, vivam com qualidade.
O mês foi escolhido, pois reúne três datas que alertam e conscientizam sobre as doenças reumatológicas: 12 de outubro é marcado pelo Dia Mundial de Conscientização da Artrite Reumatoide; já o dia 20 de outubro é o Dia Mundial da Osteoporose; e, por fim, no dia 30 de outubro é o Dia Nacional da Luta Contra o Reumatismo. Entre as doenças mais populares, estão a artrite reumatoide, osteoporose, artrose, gota, lúpus, fibromialgia, doenças da coluna vertebral, tendinites e bursites.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não apenas idosos são acometidos pelos reumatismos, mas também adultos jovens e crianças. “O principal sintoma das doenças reumatológicas são as dores persistentes nas articulações. As pessoas precisam tomar consciência de que é importante ter um bom médico reumatologista que as acompanhe ao longo da vida, com avaliações regulares. Assim como acontece com o oftalmologista, o cardiologista, o ginecologista. Isso porque uma doença diagnosticada com antecedência e tratada logo pode permitir que o paciente viva bem: sem dores e sem sequelas nas articulações”, explica a presidente da SCR, Dra. Juliane Aline Paupitz.
Na maioria das vezes, antes de chegar ao reumatologista e conseguir diagnóstico e tratamento correto, boa parte dos pacientes passa por vários outros especialistas. Para a reumatologista e vice-presidente da SCR, Maria Amazile Ferreira Toscano, o maior problema está na falta de informação correta. “Com o avanço da internet e com a quantidade enorme de conteúdos disponíveis, na maioria das vezes, as fontes de informação não são confiáveis, ainda mais se falando da área da reumatologia. A internet torna-se um consultório, com diagnósticos e tratamentos equivocados. É importante que cada indivíduo esteja atento aos seus sinais e sintomas. No caso das articulações, quanto mais tempo se espera, maior poderá ser a incapacidade motora”, ressalta Amazile.
Artrite Reumatoide
A artrite reumatoide ocorre por uma desregulação do sistema imunológico, resultando em inflamação crônica nas articulações que leva à destruição dessas estruturas. Essa inflamação também pode ocorrer em outros locais do organismo, como nos olhos, nos pulmões, nos nervos periféricos e na pele. É importante estar atento para dores persistentes, em especial acompanhadas de inchaço, em pequenas juntas das mãos, punhos e pés, que são piores pela manhã e costumam aliviar ao longo do dia. Pode haver um quadro de sensação prolongada, por mais de uma hora, de rigidez matinal, quando as articulações ficam muito difíceis de movimentar. Cansaço e fadiga podem ocorrer simultaneamente ao quadro de dor nas articulações.
Osteoporose
A osteoporose é uma doença reumática que ocorre devido a uma baixa massa óssea e a uma alteração na qualidade do tecido ósseo, com aumento da fragilidade óssea e, consequentemente, aumento no risco de fraturas. Estima-se que cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com essa doença. Além disso, a cada ano, 2,4 milhões de fraturas ocorrem decorrentes do enfraquecimento dos ossos. A osteoporose costuma ser silenciosa e raramente apresenta sintomas antes de ocorrer uma fratura óssea em locais como coluna, fêmur, punho ou braço, chamando a atenção quando já está instalada e em estado avançado.
Os triatletas Jéssica Messali e Ronan Cordeiro faturaram ouro e prata, respectivamente, neste sábado, 10, na etapa de Portugal da Copa do Mundo de triatlo. A prova aconteceu em Alhandra, Portugal, e foi a primeira competição internacional da modalidade com a participação de brasileiros após o congelamento do calendário devido a pandemia do Covid-19.
Na classe PTWC (para cadeirantes), Jéssica Messali faturou a medalha de ouro ao finalizar a prova em 1h06min28s. Completaram o pódio a italiana Rita Cuccuru (1h06min49s) e a francesa Mona Francis (1h09min19s).
“O mais desafiador foi a bicicleta porque estou com uma handbike improvisada. A nova que comprei com o apoio do meu patrocinador TBRG está presa nos Estados Unidos, então tive que competir com uma que tem 15kg a mais. Na transição para a corrida, a francesa saiu junto comigo e eu geralmente esperava as gringas passarem, mas dessa vez eu passo na frente dela”, contou Jéssica que ficou paraplégica após um acidente de carro em 2013 e compete no triatlo desde 2017.
Já Ronan Cordeiro, que tem má-formação na mão esquerda e compete na classe PTS5, faturou a medalha de prata ao finalizar a prova em 57min40s. O primeiro colocado foi o espanhol Jairo Ruiz Lopez (57min05s). O francês Yannick Bourseaux completou o pódio (58min07s). Nesta mesma classe, Carlos Viana terminou em quinto lugar com o tempo de 1h00min40s.
A prova de triatlo, na distância sprint, consiste em 750m de natação, 20km de ciclismo e 5km de corrida. Há um mês os triatletas treinam em Portugal para esta etapa da Copa do Mundo.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)