20/07/2020

Estudantes fabricam carrinho motorizado para criança cadeirante de família carente

Um menino de dois anos com problemas de mobilidade ganhou nova vida depois que uma equipe de estudantes deu-lhe uma nova cadeira de rodas. Cillian Jackson nasceu com uma diferença genética que o deixou com função motora prejudicada. Antes de dezembro, o jovem teve que ser carregado em um carrinho ou nos braços de seus pais.

19/07/2020

Romeu Sassaki lança projeto colaborativo sobre pessoas com deficiência

“Tenho transitado nos últimos 60 anos como profissional, voluntário e estudioso. E sempre percebi que muitas pessoas não tinham acesso aos meus textos pois foram publicados em diversos meios, muitos deles esgotados e de difícil pesquisa”, diz Romeu Kazumi Sassaki, de 82 anos, maior referência do Brasil em conteúdo sobre o universo da pessoa com deficiência.

Formado em Serviço Social, Sassaki é professor, palestrante, tradutor, escritor de diversos livros e artigos, com atuação em dezenas de instituições públicas e privadas. Tem especializações em reabilitação, educação inclusiva, emprego apoiado, legislação e a participação de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, com vivências em países como Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Espanha e Japão.

Ao longo de seis décadas, produziu um amplo material sobre acessibilidade em sete dimensões, adaptações razoáveis, altas habilidades, categorias e tipos de deficiência, defesa de direitos da população com deficiência, inteligências múltiplas e estilos de aprendizagem, lazer e turismo, lei de cotas no mercado de trabalho, modelos médico e social da deficiência, terminologia na área das deficiências, transporte e mobilidade, além de muitas outras áreas.

Para compartilhar esse vasto conteúdo, Romeu Sassaki criou o projeto ‘Sociedade Inclusiva’.

“Neste projeto, irei compilar e republicar, com comentários atuais, variados textos que considero ainda significativos pelo valor histórico, pois demonstram a evolução dos temas”, explica o professor.

Serão quatro temas: artigos diversos de inclusão, lei de cotas no mercado de trabalho, educação inclusiva em perguntas, além do conteúdo das cartas que Sassaki trocou com seus alunos de serviço social. 

“Neste primeiro momento, o projeto se concentrará nos dois primeiros temas e posteriormente irei iniciar os dois seguintes”, comenta.

Para custear o projeto, Sassaki criou uma campanha de arrecadação mensal, uma espécie de assinatura (para participar, clique aqui).

“Pretendo enviar os textos sempre na primeira quinzena de cada mês. Na última semana de cada mês, oferecerei aos apoiadores uma breve apresentação online sobre os textos recém entregues. Os apoiadores que recebem os textos podem enviar perguntas antecipadamente para que algumas sejam respondidas durante a referida apresentação. Esta campanha não tem prazo planejado para se encerrar. Pretendo continuá-la se ela se mostrar viável ou enquanto os temas escolhidos estiverem em pesquisa e gerarem material para os apoiadores”, completa o professor.

Fonte  https://brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/romeu-sassaki-lanca-projeto-colaborativo-sobre-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito 

O que é interseccionalidade e por que devemos falar sobre ela?

Conversamos com Carla Akotirene, mestra e doutoranda em Estudos Feministas e autora do livro “Interseccionalidade”, para entender sobre o tema.

feminismo está cada vez mais presente nos debates de uma sociedade como um todo, mas a interseccionalidade dentro dele tem ganhado mais espaço, com por exemplo o feminismo negro. Em 1989, Kimberlé Crenshaw, advogada e acadêmica especialista em questões de gênero afro-estadunidense, criou o termo a qual refere-se como ferramenta que nos permite enxergar a colisão das estruturas. Conversamos com Carla Akotirene, Mestra e Doutoranda em Estudos Feministas, que nos explicou tudo sobre interseccionalidade e a sua importância no âmbito das políticas públicas.
International Womens Day. Vector seamless pattern with with women different nationalities and cultures. Struggle for freedom, independence, equality. (Foto: Getty Images/iStockphoto)

O que é interseccionalidade?

A interseccionalidade é um conceito indispensável no campo das ciências sociais. É ela que leva em conta a inseparabilidade estrututural do racismo, capitalismo e cis-heteropatriarcado, por exemplo. “Kimberlé Crenshaw sistematizou todas essas experiências para mostrar para o estado democratico que deveria existir um instrumento normativo capaz de dar conta das reivindicações das mulheres negras - porque elas não são brancas (experiência de raça) e elas também não são homens (experiência de genêro)”, explica Carla Akotirene.

A interseccionalidade é, portanto, esse lugar de identidade que está interceptado por mais de um marcador social. “Se a gente vem com ferramentas metodológicas, teóricas e práticas que só abriguem uma categoria como, por exemplo, dentro da luta feminista a categoria apenas de gênero, a gente cai no lugar da mulher branca universal”.

“Então, a interseccionalidade é esse instrumento normativo para que as mulheres negras possam ser vistas e faladas a partir do seu próprio lugar de experiência pós-colonial.” Carla afirma que, apesar dela ter sido sistematizada por Kimberlé, ela também está presente nos escritos de Lélia Gonzalez, Maria Beatriz Nascimento e Carolina Maria de Jesus. “Essa síndrome de vira-lata que temos faz com que a gente não perceba que também temos contribuições muito relevantes de intelectuais na América do Sul”, diz.

Carla Akotirene (Foto: Divulgação)

Carla Akotirene (Foto: Divulgação)

A interseccionalidade e políticas públicas

"Sem a interseccionalidade nenhuma política pública funciona”, afirma Carla, que também é a autora do livro Interseccionalidade (Pólen, R$ 24,90), o quinto da coleção Feminismos Plurais, coordenada por Djamila Ribeiro. “A política para mulheres sem a interseccionalidade contribuí para que apenas os feminicidios de mulheres brancas, usando a categoria genêro, seja diminuído”.

A sociedade é um grupo multifacetado com diferentes classes, genêros, raças, territórios e idades. A interseccionalidade é essa sensibilidade analítica de considerer experiências individuais. Akotirene dá um exemplo prático para entendermos melhor situações em que a interseccionalidade é extremamente relevante: “Uma mulher negra que mora em um território considerado criminalizado pelo tráfico das drogas quando faz um chamado policial não terá a mesma repercussão e assistência de um chamado feito por uma mulher branca moradora de um bairro nobre. Isso porque já existe um discurso oficial do estado de guerra contra as drogas, então acredita-se que antes de serem mulheres vítimas de violência, elas são companheirias de traficantes”.

No segmento criança-adolescente, Akotirene dá como exemplo o caso Miguel: “Por que Miguel foi deixado no elevador pela patroa? Porque antes dele ser visto como criança, que merece a proteção que está descrita no Estatuto da Criança e do Adolescente, ele é visto como negro. Há essa intersecção de raça estruturando a identidade”.

A interseccionalidade é importante para perceber que muitos fatores atravessam as experiências - sejam elas de raça, de geração, de território ou de classe. "Se a gente não conseguir dinamizar esses cruzamentos na identidade de alguém, a gente não vai conseguir dar cobertura em políticas públicas que combatam o racismo institucional, o sexismo institucional e a lgbtfobia institucional, que são todas estruturas que existem simultaneamente."

Fonte  https://revistaglamour.globo.com/Lifestyle/noticia/2020/07/o-que-e-interseccionalidade-e-por-que-devemos-falar-sobre-ela.html?fbclid=IwAR0aSBjE8eegn7mI3RIaCp0otXyhvmXSHv66g-dYwEQlZOd1ugTgdmoW9sA

Postado por Antônio Brito 

18/07/2020

CONSELHO RECOMENDA QUE ALUNOS COM AUTISMO NÃO RETORNEM ÀS AULAS PRESENCIAIS NA PANDEMIA

Parecer do Conselho Nacional de Educação orientou que esses estudantes só retornem com a curva descendente.
Conselho Nacional de Educação orientou a alunos com deficiência e autismo que não retornem a aulas presencias durante a pandemia Foto: Thiago Lontra

O Conselho Nacional de Educação recomendou que alunos com deficiência ou autismo não retornem às aulas presenciais enquanto vigorar a pandemia.

De acordo com um parecer de 7 de julho, a ida desses alunos só deverá ser feito no caso de decisão das equipes técnicas da escolas ou quando o risco de contaminação estiver em curva descendente.

O Conselho justifica a orientação afirmando que alunos com deficiência auditiva não podem usar máscara, já que usam as expressões para se comunicar, que estudantes com deficiência visual precisam de contato direto para locomoção e que alunos com autismo "têm dificuldades nas rotinas e de obediência de regras, tocam sempre olhos e boca, além de exigirem acompanhamentos nas atividades".

(Por Naomi Matsui)

Fonte  https://epoca.globo.com/guilherme-amado/conselho-recomenda-que-alunos-com-autismo-nao-retornem-as-aulas-presenciais-na-pandemia-24536115

Postado por Antônio Brito 

Amiga de jovem surda agredida por companheiro diz que divulgou vídeo para evitar ataques: 'Ninguém saberia quem ele é’

Vídeo mostra homem agredindo mulher em Bauru — Foto: Facebook/Reprodução

Vídeo mostra homem agredindo mulher em Bauru — Foto: Facebook/Reprodução

A amiga da jovem surda de 19 anos que foi agredida pelo companheiro com socos e pontapés em Bauru (SP) se considera a responsável por tornar a história pública após sua decisão de compartilhar na web as cenas que foram gravadas por uma vizinha da vítima.

A mulher e a vítima são amigas, se conhecem desde os 5 anos de idade e foram criadas na mesma rua, em São Manuel. Para ela, a decisão de divulgar o vídeo que acabou viralizando na internet foi a forma que ele encontrou de interromper aquele ciclo de violência.

“Se eu não tivesse feito isso [divulgar o vídeo], ninguém iria saber o que acontecia e ele [agressor] ia continuar fazendo o que fez com minha amiga até mesmo com outras pessoas. Ou seja, ninguém ia saber quem ele realmente é”, explica a amiga da vítima.

A agressão aconteceu em uma casa na Vila Engler, em Bauru, onde vítima e agressor viviam juntos há cerca de dois meses, segundo informações da mãe da vítima.

Nas imagens gravadas por uma vizinha, é possível ver o homem, que também é surdo, gesticulando. Em seguida, ele chuta a cabeça da jovem e ela cai no chão. Ele também dá pontapés na vítima e a prende com as pernas na região do pescoço. (Veja abaixo)

Jovem surda é agredida pelo companheiro em Bauru; vizinha flagrou violência doméstica
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Jovem surda é agredida pelo companheiro em Bauru; vizinha flagrou violência doméstica

Segundo a amiga da vítima, a decisão de divulgar o vídeo foi feita principalmente após o relato da mãe da jovem agredida de que o suspeito a ameaçava com novas agressões caso ela contasse algo do acontecia..

"Ele ameaçava ela. Se ela contasse, ele batia nela. Ela contou para nós depois, por isso que ela não contava pra mim que ela apanhava dele", admite a mãe da vítima.

Depois de ver as imagens, a mãe foi buscar a filha em Bauru, que tinha sido levada pela mãe do suspeito ao Pronto-socorro Central. A jovem teve machucados no corpo e a orelha cortada durante a agressão.

Jovem teve machucados no corpo e a orelha cortada durante a agressão em Bauru — Foto: TV TEM/Reprodução

Jovem teve machucados no corpo e a orelha cortada durante a agressão em Bauru — Foto: TV TEM/Reprodução

A vítima teve alta no mesmo dia e voltou para São Manuel com a mãe, onde elas registraram um boletim de ocorrência e conseguiram uma medida protetiva de urgência contra o autor.

Depois de passar pela Delegacia de Defesa Da Mulher de São Manuel, a jovem fez exame de corpo de delito e o caso foi encaminhado para a DDM de Bauru.

Suspeito de agredir e estuprar jovem surda é apontado como autor de outro ataque
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Suspeito de agredir e estuprar jovem surda é apontado como autor de outro ataque

Segundo a delegada Alexandra Nogueira, da DDM de Bauru, um inquérito policial foi instaurado para investigar o caso e ela aguarda a divulgação dos laudos para ouvir o suspeito e uma nova testemunha para, então, encaminhar o caso à Justiça.

TV TEM também tentou contato com o suspeito de agredir a jovem, mas não obteve retorno.

Denúncia de estupro

Além de ser agredida pelo companheiro, a mãe da jovem contou aos policiais que a filha também era estuprada por ele. Por isso, o boletim de ocorrência foi registrado por violência doméstica, lesão corporal e estupro.

Jovem não contava sobre agressões à mãe por medo do companheiro de Bauru — Foto: TV TEM/Reprodução

Jovem não contava sobre agressões à mãe por medo do companheiro de Bauru — Foto: TV TEM/Reprodução

Segundo o registro policial, a mãe da jovem contou à polícia que, conversando com a filha, descobriu que, além das agressões, o homem também manteve relações sexuais com a jovem contra a vontade dela nas últimas semanas.

Ainda de acordo com o relato, ela nunca teria contado a ninguém sobre isso porque o companheiro ameaçava agredi-la.

Fonte  https://glo.bo/2Wwby22

Postado por Antônio Brito 

Menina com síndrome de Down se emociona ao abraçar os pais que se curaram da Covid-19: 'É verdade?'; vídeo

Pais e filha ficaram 20 dias sem se ver, conversando apenas pelo celular. Consciente das medidas de isolamento, no início, ela se recusou a dar um abraço: 'E o coronavírus?'Pais registram reencontro emocionante com a filha após 20 dias isolados pelo coronavírus
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Pais registram reencontro emocionante com a filha após 20 dias isolados pelo coronavírus

Beatriz Cottini, de 7 anos, se emocionou ao rever os pais, que não encontrava pessoalmente há 20 dias. Eles foram diagnosticados com Covid-19 e precisaram ficar isolados, enquanto a filha ficava sob os cuidados da avó - que também teve a doença, mas já havia se recuperado. Ao saber da novidade, ela ficou surpresa.

Quando os pais, Graziela e João Cattini, finalmente se livraram da doença fizeram uma surpresa à menina, que tem síndrome de Down. O vídeo que mostra a cena foi gravado na quarta-feira (15) e é de trazer um sorriso ao rosto de quem o assiste (veja acima). Antes de os abraçar, ela ainda questiona: "É verdade?"

O vídeo registra quando, na casa da avó, em Goiânia, Beatriz vê os pais a alguns passos de distância e já fica toda feliz. Ela faz um sinal de abraço à distância e os pais perguntam: “Quem você vai abraçar primeiro? Agora pode!”.

Beatriz, de 7 anos, ao abraçar mãe e pai após 20 dias separados por causa do coronavírus em Goiânia Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Beatriz, de 7 anos, ao abraçar mãe e pai após 20 dias separados por causa do coronavírus em Goiânia Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Obediente e cuidadosa, a criança protesta dizendo que não pode "por causa do coronavírus". Até que a mãe explica que, depois de todos os cuidados, os pais fizeram novos exames e foram liberados pelo médico para abraçar a filha novamente.

A menina mal pode acreditar e diz: “É verdade?”. A mãe garante que sim e todos se abraçam.

Beatriz expressa em palavras o que vinha sentindo desde que teve de se separar dos pais: “Eu estava com muita saudade de vocês dois” - sentimento esse que será “espremido” com segurança nos milhões de abraços em família.

Graziela e filha Beatriz se abraçam após mãe se recuperar da Covid-19 — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Graziela e filha Beatriz se abraçam após mãe se recuperar da Covid-19 — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Coronavírus em Goiás e Goiânia

Segundo os dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Graziela e José fazem parte dos mais de 12,3 mil que se recuperaram da doença no estado.

Em Goiânia, a pasta aponta mais de 9,7 mil casos confirmados, sendo quase 300 mortes.

Também de acordo com o órgão, os casos confirmados de pessoas contaminadas pelo vírus chegaram a mais de 40 mil na quinta-feira (16). As mortes de pacientes com a doença já passaram de 1 mil, também de acordo com o boletim.

Nos primeiros 15 dias de julho, o estado registrou três vezes mais mortes em relação ao mesmo período de junho. Foram 99 óbitos registrados na primeira quinzena do mês passado, contra 406 neste mês, de acordo com os boletins divulgados pela SES-GO.

A rede pública estadual de saúde está com 86,1% dos leitos de UTIs ocupado e 68,6% das vagas em enfermarias preenchidas. A situação da rede municipal da capital é mais crítica e está com 97,4% dos leitos especiais indisponíveis e 86% das enfermarias ocupadas. O balanço mais recente até a publicação desta reportagem com o balanço foi divulgado na tarde de quinta-feira.

Fonte  https://glo.bo/395lIM3

Postado por Antônio Brito 

#EducarParaTransformar7

A Associação Somos Professores, de Recife/PE, é mais uma que está inovando nesse período de isolamento social. Eles são nossos parceiros no #EducarParaTransformar7, com o projeto “Alavanca na Escola”, que visa ajudar alunos e professores a no desenvolvimento de soluções para o ensino público. 📈

Desde o dia 07/07, todas as terças, a SomosProfessores.org está compartilhando em suas redes, conteúdos que eles acreditam que contribuem para o debate educacional atual. É uma leitura rápida e que ajuda muito a entender esse nosso novo cenário.

👉 Já são duas edições publicadas e estão muito boas. Confiram os posts no feed da SomosProfessores.org .

#PraCegoVer: um homem de roupa social, sorridente e lendo os conteúdos da Somos Professores pelo celular. Texto: Projeto no Recife dá dicas de conteúdo sobre educação.
Fonte  https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1496877417181735&id=624613137741505
Postado por Antônio Brito 

Falta de remédios prejudica tratamento da Covid-19 nas UTIs, alertam médicos Fonte: Agência Câmara de Notícias

A falta de medicamentos sedativos e anestésicos foi apontada como um dos principais problemas para o tratamento de pacientes críticos da Covid-19. Outros entraves para um bom atendimento são a falta de profissionais capacitados e as desigualdades de estrutura entre grandes e pequenas cidades e também entre as regiões do país.

Esse diagnóstico foi feito durante audiência pública nesta quinta-feira (16), da Comissão Externa da Câmara que examina as ações de combate ao coronavírus. Relatora da comissão, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), que é enfermeira, questionou como se poderia minimizar os efeitos da carência de medicamentos utilizados para intubação. Ela alertou para o quadro atual nos estados do Sul do país, onde os casos estão aumentando.

“No momento em que a distribuição dos insumos estratégicos, ou seja, a produção e a chegada em quantidade suficiente para cada uma das nossas unidades de terapia intensiva, tem se mostrado insuficiente”, disse.

O representante da Associação Brasileira de Anestesiologia, Rogean Nunes, disse ter recebido relatos de que o abastecimento tem melhorado nos últimos dias. Mas a instituição recomendou que, fora os pacientes com Covid-19, os outros poderiam receber anestésicos por inalação, já que os estoques destes medicamentos estão regulares.

A presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), Suzana Lobo, deu um panorama do tratamento da Covid-19 nas UTIs. Do início de março ao início de julho, foram 27 mil pessoas internadas em todo o país, com uma média de permanência de 12 dias, fora os pacientes diagnosticados com outras síndromes respiratórias. Dois terços das vagas estão na rede privada e um terço no Sistema Único de Saúde (SUS). Na rede pública, 70% dos internados em UTIs ficam intubados.

UTIs no interior
A especialista também detalhou as desigualdades na distribuição da terapia intensiva: só 6% das cidades do país têm leitos de UTI e 50% deles estão em capitais e grandes cidades, apesar de três quartos dos brasileiros morarem no interior. Suzana Lobo alerta, no entanto, para o risco da abertura de novas vagas sem as condições necessárias.

“Nós temos que levar em consideração se há profissionais para ficar abrindo leitos para que as cidades possam voltar a funcionar. Onde é que estão os profissionais, onde é que estão os insumos, analgésicos, sedativos, bombas, tomografia, exames, essa equipe multidisciplinar que é fundamental para um resultado bom? A gente não pode abrir a UTI com um médico que não tem experiência, tocar 20,30 doentes sem uma equipe toda, é claro que nossos resultados não vão ser adequados”, observou.

Distribuição de profissionais
Durante a audiência pública, muitos parlamentares ressaltaram a necessidade de ampliação das residências médicas. Mesmo no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), a médica Ho Yeh-Li teve que formar equipe de líderes nas UTIs para ajudar na capacitação de outros profissionais que não tinham experiência com terapia intensiva. Ela afirmou que uma tarefa pós-pandemia é tentar melhorar a distribuição de profissionais de saúde no país.

“Uma coisa que a gente sente é a ausência de uma política de interiorização dos médicos e lógico que geralmente isso acontece porque, infelizmente, tem uma distribuição desigual da infraestrutura de saúde pelo nosso país. Nenhum médico que tem uma boa formação quer trabalhar numa estrutura precária. Afinal, é o seu CRM que está sob risco”, afirmou.

Ho Yeh-Li apontou outros problemas, como o risco do uso de ventiladores inadequados nas UTIs, o medo de profissionais que têm equipamentos de proteção deficientes e uma questão polêmica: a necessidade de escolher, para o tratamento intensivo, aqueles pacientes com mais chance de sobreviver.

Reportagem - Cláudio Ferreira
Edição - Roberto Seabra

Fonte  https://www.camara.leg.br/noticias/676910-falta-de-remedios-prejudica-tratamento-da-covid-19-nas-utis-alertam-medicos/

Postado por Antônio Brito 

Professores da UFPA decidem não dar aulas presenciais e nem remotas neste ano

Os professores da Universidade Federal do Pará (UFPA) decidiram, durante assembleia virtual realizada na quinta-feira (16), que não retornarão às atividades presenciais até o final deste ano, devido a pandemia da Covid-19.

O corpo de docentes também não quer o ensino remoto (à distância). Para os professores, a única saída é o cancelamento do segundo período do ano letivo de 2020. As posições definidas na assembleia serão defendidas pela entidade no Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) e na Comissão da Universidade que analisa o trabalho remoto e o retorno das atividades acadêmicas.

Na Assembleia, os professores reafirmaram o que classificam como a defesa da vida e manifestaram a preocupação com as condições de trabalho, de ensino e de saúde dos docentes e da comunidade universitária no período da pandemia. Na avaliação da categoria, não há segurança para o retorno das atividades presenciais na UFPA ainda neste ano.

Uma comissão foi formada para monitorar e analisar as condições de trabalho docente na Universidade. Na Assembleia, os professores também analisaram a conjuntura brasileira e aprovaram, por unanimidade, o engajamento na Campanha Fora Bolsonaro e Mourão, defendendo a saída imediata do atual Presidente da República.

“O cenário não é dos melhores para nós, por conta dessa pandemia, da crise sanitária e ambiental, e da agenda de medidas neoliberais que aprofundam os ataques aos trabalhadores, o que deverá gerar mais tensionamento e cerceamento das liberdades. É um cenário de polarização aguda, que tende a uma maior instabilidade, em que precisamos estar articulados e mobilizados para defender nossos direitos”, apontou o diretor-geral da Associação dos Docentes da UFPA (ADUFPA), Gilberto Marques. 

Fonte  https://m.diarioonline.com.br/noticias/para/597701/professores-da-ufpa-decidem-nao-dar-aulas-presenciais-e-nem-remotas-neste-ano

Postado por Antônio Brito 

17/07/2020

Estudo de Oxford associa hidroxicloroquina ao agravamento de casos de Covid-19 e mortes

Testes clínicos com o medicamento haviam sido suspensos no início de junho, e faziam parte dos ensaios 'Recovery', com 11 mil pacientes, estudam diversos possíveis tratamentos para a doença.
Resultados preliminares publicados nesta quarta-feira (15), de um estudo liderado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, associaram o uso da hidroxicloroquina a piora do quadro e morte pela Covid-19 em 1,5 mil pacientes com a doença.

Os ensaios que testavam o medicamento contra a doença fazem parte do conjunto de ensaios clínicos "Recovery", que analisa vários remédios para a Covid-19 em 11 mil pacientes britânicos. O braço com a hidroxicloroquina começou os testes no dia 25 de março, mas foi suspenso no início de junho, quando os cientistas anunciaram que não houve benefício no uso dele para a infecção.

Segundo o estudo, que ainda não passou por revisão de outros cientistas (a chamada "revisão por pares"), a hidroxicloroquina não reduziu a mortalidade e foi associada a períodos de internação mais longos e risco aumentado de morte ou necessidade de ventilação mecânica para o paciente.

"Embora preliminares, esses resultados indicam que a hidroxicloroquina não é um tratamento eficaz para pacientes hospitalizados com Covid-19", dizem os cientistas de Oxford.

Eles destacam, ainda, que as estatísticas constatadas no estudo "descartam qualquer possibilidade razoável de benefício significativo de mortalidade" pelo uso do remédio.

Os pesquisadores pontuaram, entretanto, que os resultados se aplicam a pacientes hospitalizados com a doença, e não ao uso do remédio para prevenção (profilaxia) ou em casos leves de Covid-19.

Para avaliar a substância, foram comparados 1.561 pacientes que tomaram o medicamento com outros 3.155 que não tomaram (o grupo controle).

A hidroxicloroquina é usada para tratar doenças autoimunes, como o lúpus, e alguns tipos de malária. O principal risco no uso do remédio, disseram os pesquisadores, é para o coração, podendo causar arritmias. Esse efeito pode ser agravado se o remédio for usado em associação com a azitromicina, um antibiótico.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) também chegou a testar o medicamento, mas suspendeu os ensaios de forma definitiva há cerca de um mês, depois de uma suspensão temporária e de retomar as tentativas.

Ensaios Recovery

Os ensaios Recovery são um conjunto de testes feitos com mais de 11 mil pacientes internados por Covid-19 no Reino Unido. As pessoas são divididas, de forma aleatória, entre os seguintes tipos de tratamento:

1 Lopinavir-Ritonavir (comumente usado para tratar o HIV)
2 Dexametasona em baixa dose (um tipo de esteroide, usado em várias doenças para reduzir a inflamação)
3 Hidroxicloroquina, que é usada para tratar malária e algumas doenças autoimunes, como o lúpus (ensaio suspenso e que não demonstrou eficácia)
4 Azitromicina (antibiótico)
5 Tocilizumab (tratamento anti-inflamatório administrado por injeção)
6 Plasma convalescente (coletado de doadores que se recuperaram da Covid-19, com anticorpos para o novo coronavírus (Sars--CoV-2).

Fonte  https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/07/16/estudo-de-oxford-associa-hidroxicloroquina-ao-agravamento-de-casos-de-covid-19-e-mortes.ghtml

Postado por Antônio Brito