O episódio que Grey’s Anatomy que exibiu ontem (13/02), fará história mais uma vez. A série, que é conhecida por sua diversidade racial e sexual no elenco, irá introduzir a primeira médica surda da televisão.
A nova personagem será Laure Riley, vivida pela atriz Shoshannah Stern no próximo capítulo, intitulado Save the Last Dance for Me, o 13º terceiro da 16ª temporada. Ela aparece quando o cirurgião residente Andrew DeLuca (Giacomo Gianniotti) procura a ajuda dela, perita em diagnósticos, quando se depara com uma paciente aparentemente incurável (Sarah Rafferty).
Para a atuação, Stern fez uma parceria com a showrunner de Grey’s Anatomy, Krista Vernoff, que revelou ao Variety, que inicialmente não havia percebido o tão histórico era o feito.
“Eu não sabia até que estávamos no set filmando”, disse, chamando a vibe no set de “elétrica”. “E esse é o poder de Shoshannah: eu me apaixonei por ela como humana, como comunicadora, como atriz. Eu pensei que ela era incrível e queria colocá-la no meu show. Eu nem sabia que isso nunca havia sido feito antes. Isso é selvagem para mim. E para saber que, no dia em que ela estava trabalhando, esse foi o primeiro médico surdo que apareceu na televisão pela rede. Como isso é possível?”
A 16ª temporada da série é exibida no Brasil pelo canal Sony. As 15 temporadas anteriores estão disponíveis na Netflix.
Numa pequena aldeia alentejana, Vila Verde de Ficalho, em Serpa, três irmãos lutam pelo direito a uma vida digna. Os três sofrem de uma doença rara e degenerativa, que não tem cura.
A doença atirou-os a todos para uma cadeira de rodas e deixou-os totalmente dependentes da ajuda alheia, que, tantas vezes, se tem substituído ao que era suposto ser feito pelo Estado.
Os tratamentos de fisioterapia são a única forma de retardar o avanço da doença - Ataxia de Friedreich, mas, no distrito de Beja, a fisioterapia não chega a todos.
Aos 20 e poucos anos, Cristina e os gémeos Sérgio e Miguel Liforo vivem com uma pequena pensão de invalidez.
Millena Silva de Moraes, de 21 anos, é aluna de Direito da Universidade de Brasília. Para chegar até aqui, ela e sua mãe, Jocília, de 38 anos, tiveram que lutar muito por inclusão escolar. Milena tem paralisia cerebral e precisa de ajuda constante em sala de aula para escrever. Suas provas devem ser adaptadas para que ela possa fazê-las de maneira oral.
Todo o suporte escolar necessário está previsto na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, de 2015. Depois de passar o ensino fundamental com dificuldades em sala de aula, ela encontrou inclusão no ensino médio, em uma escola estadual na Ceilândia, no Distrito Federal. Ali, nasceu o sonho de fazer faculdade.
Milena passou em um vestibular superconcorrido, na UnB (Universidade de Brasília), virou a primeira aluna de Direito com paralisia cerebral da instituição e tem companhia constante de sua mãe na sala de aula. Ela dividiu com Universa a batalha das duas para poder estudar:
"Moro no alojamento dos estudantes da Universidade de Brasília com minha mãe, Jocília, e minha irmã, Mireli. Vivemos bem, em um apartamento adaptado com toda estrutura e elevador para minha locomoção. Mas, para chegar aqui, a gente ralou.
Digo 'a gente' pois minha mãe é a peça-chave de tudo. Ela me acompanha em todas as aulas do curso de Direito, anota o conteúdo para mim e me ajuda a estudar lendo as matérias. É a pessoa que me ajudou a estar aqui hoje. Meu pai, como acontece em muitos casos de crianças que nascem com deficiência, abandonou a gente depois do nascimento.
Falta de crença no potencial
Nasci na Ceilândia, no Distrito Federal, em 8 de novembro de 1998. Tenho paralisia cerebral muito provavelmente por negligência médica no parto. Como minha mãe parou de trabalhar para cuidar de mim, a gente se mantém com o auxílio do governo para pessoas com deficiência, equivalente a um salário mínimo.
Preciso de apoio em atividades como colocar roupa, pentear o cabelo, e ela me leva para baixo e para cima nas terapias desde pequena. Uma verdadeira sombra, a gente brinca. Eu me locomovo em uma cadeira de rodas automática porque não tenho movimento de marcha nas pernas e tenho uma certa dificuldade de mexer as mãos, principalmente a esquerda.
Durante minha vida toda estudei em escola pública e de uma forma ou de outra sempre tive que lutar para que acreditassem em meu potencial de aprender. Arrumamos muitos embates durante a vida escolar. Alguns professores me ajudavam bastante, outros não.
No ensino fundamental foi tudo bem ruim, pois na escola em que fiquei não tinha nenhum apoio. Havia um monitor destinado a me ajudar, mas ele não ficava o tempo todo na sala, ao meu lado, como deveria ser. Muitas vezes achavam que eu não conseguia absorver o que era ensinado.
Já fui inúmeras vezes colocada num canto para pintar.
Eu não tinha como anotar o conteúdo dado, então minha mãe pegava o caderno dos colegas e passava tudo para mim.
Na escola estadual em que frequentei o ensino médio as coisas começaram a mudar, eles tinham um núcleo de apoio. Ali, havia uma monitora ao meu lado, que me ajudava a escrever as matérias e também tinha reforço fora do horário de aula.
Estudar sempre foi muito importante para mim e convenci minha mãe a terminar os estudos dela. Ela precisava saber mais, sair daquela bolha em que vivia. Com ajuda do pessoal da escola, a gente descobriu o ENCCEJA [Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos] e ela conseguiu terminar o fundamental e o médio.
Aluna de Direito, sim
Meu sonho era fazer faculdade, mas nem a gente nem o pessoal da escola sabia como seria possível realizar o vestibular, por exemplo, e como funcionava o sistema de cotas. E eu descobri o PAS [Processo de Avaliação Seriada] para alunos como eu, em que as provas são feitas durante os três anos do médio.
Em 2015, pesquisamos e fizemos a inscrição. Ficamos esperando que entrassem em contato para confirmá-la. Minha mãe ligou na central e eles disseram que no edital estava escrito que precisava de relatórios médicos e que o prazo havia encerrado. Bateu um desespero, pois eu tinha que prestar naquele ano. Foi preciso entrar com uma ordem judicial para que minha inscrição fosse aceita e conseguimos. Fiz as três provas com ajuda e de maneira oral. A nota saiu em 2017 e, somando tudo, consegui entrar no que queria.
Passei em Direito na UnB. Mas aí começou mais uma batalha.
Eu e minha mãe precisávamos acordar às 3h da manhã para sair da casa às 5h e estar às 8h na faculdade. Como as matérias são espalhadas ao longo do dia, só voltávamos por volta das 7h da noite. Ficava muito cansativo.
No ano seguinte, conseguimos um lugar no apartamento dos estudantes e nos mudamos, mas depois vieram nos avisar que seríamos expulsas. Pelo regimento interno, criança não poderia morar lá — e havia minha irmã, com 11 anos na época.
Diante da situação, meus colegas se juntaram a mim e a gente fez protestos na frente da reitoria. Saímos nos jornais e conseguimos ficar lá.
Luta pela moradia
Morar no campus facilita minha vida e a vida da minha mãe, que me acompanha em todas as aulas e precisa cuidar da minha irmã — ela estuda meio período. Minha mãe copia tudo para mim, lê os livros em voz alta para que eu assimile tudinho. Fazemos resumos e isso ajuda nas provas. Eu costumo dizer que ela é o corpo e eu sou a cabeça. Todas as avaliações faço de maneira oral, porque para mim é mais tranquilo.
Minha primeira ideia era me tornar delegada, mas tudo mudou quando eu tive aula de medicina legal. Estou no quinto ano de Direito, término em 2022, e já penso em fazer medicina. Quero trabalhar no Instituto Médico Legal.
Assim que acabar aqui, vou estudar para prestar o vestibular. Já conto com o apoio da minha mãe para mais essa aventura. Ela me disse que fará tudo para que eu realize todos os meus sonhos.
Entrar para a faculdade foi um divisor de águas para mim: uma menina da periferia estar em uma da maiores faculdades do país é algo que me trouxe uma bagagem incrível.
Aqui, passei a ter acesso a muito conhecimento — e conhecimento é tudo na vida. Não quero parar nunca de estudar."
Existência de Banheiro químico acessível em evento público ou privado ensejará maior participatividade da Pessoa com Deficiência
Em 13 de maio de 2019, foi sancionada a Lei Federal nº 13.825, a qual alterou o art. 6º da Lei Federal 10.098/2000, denominada Lei de Acessibilidade.
A lei sancionada acrescentou ao art. 6ºda Lei de Acessibilidade (Lei 10.098/2000) os parágrafos 1º e 2º, que passou a vigorar com o seguinte texto:
Art. 6º Os banheiros de uso público existentes ou a construir em parques, praças, jardins e espaços livres públicos deverão ser acessíveis e dispor, pelo menos, de um sanitário e um lavatório que atendam às especificações das normas técnicas da ABNT.
§ 1º Os eventos organizados em espaços públicos e privados em que haja instalação de banheiros químicos deverão contar com unidades acessíveis a pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. (Incluído pela Lei nº 13.825, de 2019)
§ 2º O número mínimo de banheiros químicos acessíveis corresponderá a 10% (dez por cento) do total, garantindo-se pelo menos 1 (uma) unidade acessível caso a aplicação do percentual resulte em fração inferior a 1 (um). (Incluído pela Lei nº 13.825, de 2019)
O acréscimo dos parágrafos 1º e 2º ao art. 6º da Lei de Acessibilidade, representa significativo avanço na busca pela inclusão e maior participação da Pessoa com Deficiência - PcD à sociedade e aos eventos que nela ocorre, sobretudo aos eventos culturais.
Isso porque, a inacessibilidade em banheiros é um dos maiores obstáculos à participação da Pessoa com Deficiência em eventos públicos e privados, razão pela qual abdicam-se, de forma veladamente forçada, ao exercício do direito constitucional ao lazer, os quais optam pela reclusão em seus lares, para que se evite constrangimentos ao surgir a necessidade da utilização de um banheiro acessível e serem impossibilitados por inexistir acessibilidade no local.
A situação relatada é muito comum no dia a dia da Pessoa com Deficiência, pois, antes de planejar-se à frequentar determinado local, ou mesmo ao aceitar um convite a um passeio, seja à casa de amigos, parentes ou mesmo em algum evento festivo, a resposta sempre será precedida pela seguinte pergunta: há banheiro acessível no local?
Ora, se infelizmente, estabelecimentos como salão de buffet dentre outros semelhantes, têm, na sua maioria, os banheiros inacessíveis, com portas minúsculas, com metragem que torna impossível a entrada de uma cadeira de rodas. A situação se agrava quando falamos dos eventos públicos e privados em ambientes abertos, a exemplo da virada cultural que ocorre anualmente na cidade de São Paulo/SP, com banheiros químicos minúsculos sem nenhuma acessibilidade, o que torna integralmente prejudicada a participação da Pessoa com Deficiência no respectivo espaço.
Com a promulgação da lei 13.825/2019, a qual determina que haja banheiros químicos em eventos organizados em espaços públicos ou privados, certamente garantirá maior confiabilidade à pessoa com deficiência, a qual se sentirá mais confiante e confortável à participar dos eventos disponíveis e, assim, teremos um público mais diversificado nos próximos eventos culturais, como virada cultural e o carnaval. Fonte https://vianasss.jusbrasil.com.br/artigos/807779137/lei-13825-2019-determina-instalacao-de-banheiro-quimico-acessivel-em-eventos Postado por Antônio Brito
De licença-maternidade, Leticia Colin já tem data para voltar ao trabalho. A atriz, que deu à luz seu primeiro filho, Uri, em novembro, fará uma deficiente visual na novela das 21h de João Emanuel Carneiro. A personagem será maltratada pela mãe, interpretada por Lilia Cabral. A trama, dirigida por Carlos Araújo, sucederá a "Em seu lugar", de Licia Manzo.
Ao site, a atriz conta que está feliz por repetir a parceria com o autor. Ela fez muito sucesso como Rosa em "Segundo Sol", em 2018:
- Eu tenho uma relação muito boa com o João e vontade de trabalhar com ele de novo. Sei que existe a intenção de fazermos a próxima novela juntos, mas ainda demora. Vai ser só lá para julho, no final da minha licença. Ainda não sei sobre a personagem, mas acho que seria um mega desafio.
Antes de entrar de licença, Leticia deixou gravada a série do Globoplay "Onde está meu coração", em que vive uma médica dependente química. Na produção, prevista para estrear este ano, ela contracena com o marido, Michel melamed.
Após longos 70 anos de seu lançamento, em 1943, o famoso livro “O Pequeno Príncipe” ganhou sua primeira versão em braille no dia 9 de dezembro de 2014.
Publicado pelo artista cego Claude Garrandes, com o apoio da Fundação da Juventude Antoine de Saint-Exupéry. Vocês sabiam que existia essa versão em braille?
Muitas pessoas leram esta obra ainda criança, e a existência dele na versão para deficientes visuais, é mais um passo para a inclusão!
Segundo a União Mundial de Cegos (WBU), que representa cerca de 253 milhões de pessoas com deficiência visual de organizações em mais de 190 países, de todas as obras literárias no mundo, apenas 5% são transcritas para braille. Isso nos países desenvolvidos. Nos países pobres, essa porcentagem é 1%.
O braille permite que pessoas cegas sejam alfabetizadas e se tornem mais independentes e autônomas. A leitura com os dedos possibilita ler embalagens dos mais diversos produtos, como também placas e botões de elevadores, lhes proporcionando também mais segurança.
Composto por 63 sinais, o braille é gravado em relevo em duas filas verticais, com 3 pontos cada uma. Lê-se pelas pontas dos dedos da esquerda para a direita.
Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem mais de 6,5 milhões de deficientes visuais no Brasil, sendo 582 mil cegas e 6 milhões com visão parcial. Fonte https://www.ideiasnutritivas.com/livro-o-pequeno-principe-ganhou-sua-primeira-versao-em-braille/ Postado por Antônio Brito
O presidente da comissão, Paulo Paim, ouve Romário defender o texto (D) Geraldo Magela/Agência Senado
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou nesta quarta-feira (12) projeto de lei que busca criar um estímulo para o desenvolvimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras). O PL 6.036/2019 segue agora para votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
De autoria do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), o projeto determina que, em concursos públicos da administração pública federal em que houver prova de títulos, os candidatos que tiverem “conhecimento comprovado” em Libras ganharão pontos extras.
O projeto determina ainda que, nos concursos públicos da administração pública federal, o conhecimento comprovado em Libras deverá ser pontuado, “no mínimo, com a mesma pontuação dos cursos de especialização ou mestrado”.
“Esta proposição tem por escopo valorizar a linguagem de sinais e estimular a sociedade a participar de maneira mais efetiva no processo de integração social das pessoas com deficiência auditiva”, diz o autor na justificação da proposta.
O texto foi aprovado com voto favorável do relator, o senador Romário (Podemos-RJ).
“No que diz respeito ao mérito, não podemos senão louvar a ideia do autor, tão simples quanto engenhosa. Atuando sobre interesses legítimos dos cidadãos, o autor cria um dispositivo que logra dois objetivos ao mesmo tempo: incita o interesse pelo aprendizado de Libras na sociedade em geral e traz para dentro do Estado pessoas com formação nessa língua. E tudo isso sem um centavo de custo adicional para os orçamentos públicos – e com dinamização da sociedade civil”, elogia Romário em seu relatório.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2020/02/12/conhecimento-em-libras-pode-render-pontos-em-concurso-publico-decide-cdh Postado por Antônio Brito
Os canudos plásticos podem deixar de ser comercializados e distribuídos em Pernambuco a partir de janeiro de 2022. A proibição, aprovada nesta quarta (12) pela Comissão de Meio Ambiente, visa reduzir os impactos ambientais provocados pelo acúmulo desse material, cujo tempo médio de decomposição ultrapassa os 450 anos.
Segundo a proposta, hotéis, restaurantes, bares e lanchonetes instalados no estado deverão disponibilizar aos clientes canudos produzidos com elemento biodegradável, como papel, ou que sejam de material reutilizável, a exemplo de metal e vidro. O descumprimento das disposições sujeitará o infrator a penalidades previstas na Lei Federal n° 9.605/1998, que trata de atividades lesivas ao meio ambiente.
O texto acatado pelo colegiado engloba as contribuições presentes em dois projetos de lei (PLs) que tramitam em conjunto na Alepe: o de n° 68/2019, apresentado pela deputada Simone Santana (PSB), e o de n° 1928/2018, de autoria do ex-deputado Everaldo Cabral e desarquivado, nesta legislatura, pelo deputado Clodoaldo Magalhães (PSB).
“Esse projeto é o ponto de partida para uma série de ações que devem ser tomadas para reduzir o uso de plástico em nosso Estado. É preciso pensarmos na utilização racional deste material de difícil decomposição e, quando possível, na sua abolição”, registrou Simone Santana. “É uma prática que já vem sendo promovida em várias cidades brasileiras, e nossa esperança é de que ela contribua para mudança de consciência e de conduta da população”, acrescentou.
Presidida pelo deputado Wanderson Florêncio (PSC), a Comissão aprovou outras quatro matérias na reunião desta manhã. Entre elas está o PL n° 453/2019, que obriga as instituições públicas de Pernambuco a informar o consumo mensal de água e energia em seus sites oficiais. A proposta é de autoria do deputado Romero Albuquerque (PP).
Pulsos de ondas sonoras queimam o tecido doente. Instituto vai pesquisar aplicação da técnica em tumores malignos em ossos.
14/04/2011 14h59 - Atualizado em 14/04/2011 15h18
Por Mário Barra
Do G1, em São Paulo
O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) inaugurou nesta quinta-feira (14) um serviço de ultrassom - ondas sonoras de alta frequência que o ouvido humano é incapaz de escutar - para destruir células cancerígenas, sem a necessidade de cirurgia e anestesia. O novo equipamento estará disponível à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Apesar do efeito do ultrassom em tumores já ser conhecido, o novo equipamento consegue focar até mil feixes em um único ponto - com a ajuda de um aparelho de ressonância magnética. Com o calor, as células cancerígenas são queimadas, sem que o aumento de temperatura afete os tecidos saudáveis vizinhos.
Único na América Latina, o aparelho é de tecnologia israelense e custou R$ 1,5 milhão. Segundo Marcos Roberto de Menezes, diretor do setor de diagnóstico por imagem do Icesp, seis mulheres já foram atendidas com sucesso para casos de miomas - tumores benignos, de tecido muscular e fibroso, conhecidos por afetar o útero.
Aparelho de ultrassom de alta frequência (em azul), ligado a uma esteira para receber pacientes durante ressonâncias magnéticas (Foto: Mário Barra / G1)
O Icesp já solicitou protocolos de pesquisa para testar a eficiência da técnica em metástases - câncer que se espalharam pelo corpo - ósseas.
"Essa tecnologia ainda é experimental, não só no Brasil, como em outros centros do mundo", afirma Marcos. "No caso das metástases, a aplicação seria um paliativo, mais indicada para reduzir as dores causadas pelo tumor e aumentar a qualidade de vida do paciente." Como funciona O tratamento, no entanto, não serve para qualquer paciente. Um estudo anterior precisa ser feito para saber quem pode passar pelo ultrassom.
"Dois fatores que são levados em conta na escolha das pacientes são o local do tumores e o tamanho deles", explica o médico do Icesp.
A técnica dispensa o uso de anestésicos. "As pacientes ficam conscientes durante toda a operação, recebem apenas sedativos", explica Marcos. Segundo o médico, o procedimento não causa dor intensa. "As pacientes costumam reclamar de dores parecidas com cólicas menstruais, mas isso somente durante o exame."
No caso do uso da terapia contra miomas, as pacientes deitam, de bruços, em uma esteira usada comumente em exames de ressonância magnética. O aparelho de ultrassom fica logo abaixo da cintura.
A grande vantagem é que as áreas ao redor do tumor não são afetadas, a técnica é muito precisa, só ataca onde é necessário"
Marcos Roberto de Menezes, diretor do
O diagnóstico por imagem permite conhecer as áreas onde estão os miomas. Após definir os pontos que serão destruídos pelo calor, os médicos começam a disparar as ondas sonoras em pequenos pontos dos tumores. Cada pulso demora apenas alguns segundos. Vários são necessários para queimar uma área inteira. Toda a operação pode levar até, no máximo, 2 horas.
O ultrassom eleva a temperatura das células cancerígenas até 80º C.
"Esse calor destrói qualquer tipo de célula", diz Marcos. "A grande vantagem é que as áreas ao redor do tumor não são afetadas, a técnica é muito precisa, só ataca o que é necessário." Novo laboratório O Icesp também inaugurou o Centro de Investigação Translacional em Oncologia - uma rede com 20 grupos de pesquisa em câncer. O espaço foi aberto em cerimônia que contou com a presença do governador Geraldo Alckmin e de Paulo Hoff, diretor do instituto.
Com uma área de 2 mil metros quadrados, o andar no Icesp vai permitir o avanço em estudos sobre o câncer que reúnam conhecimentos de áreas diversas como a biologia molecular, epidemiologia e a engenharia genética. O custo do investimento foi de R$ 2 milhões.
O objetivo, segundo Roger Chammas, professor de oncologia do Icesp e responsável pelo espaço, é reunir todo o conhecimento que se encontra espalhado nas frentes de pesquisa de órgãos como a USP, o Hospital A.C. Camargo e Instituto do Coração.
Sala do recém-inaugurado Centro de Investigação Translacional em Oncologia.(Foto: Mário Barra / G1)
Entre os equipamentos disponíveis para receber os grupos de pesquisa estão microscópios a laser, sequenciadores de DNA e centrífugas. Haverá também um banco de amostras de tumores, que serão congelados para conservação.
Essa troca de informações é o que classifica o laboratório como "translacional".
"Essa palavra quer dizer que os conhecimentos de uma área em medicina são traduzidos para outra, com o objetivo de fazer o progesso das pesquisas ser integrado", explica Chammas.
Segundo Giovanni Guido Cerri, secretário estadual de Saúde, a importância do espaço está na busca futura de novos tratamentos contra o câncer. “Este novo laboratório e o serviço de ultrassom de alta frequência colocam São Paulo em uma posição privilegiada na rede nacional de atenção ao câncer”, afirma o secretário. Fonte http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/04/instituto-do-cancer-apresenta-ultrassom-que-dispensa-cirurgia.html?fbclid=IwAR0uSdCCyi0jlqlTjBxZCqDmAHnR7IT5FWVxDD87_NHNFIE6lbslx1cP9vk Postado por Antônio Brito
A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) apresentou pediu uma audiência pública sobre a inclusão de mudos entre os beneficiados com a Lei de Cotas, para pessoas com deficiência Marcos Oliveira/Agência Senado
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou esta semana requerimentos para a realização de audiências públicas sobre os mais variados temas. As datas para os debates ainda não foram definidas. Uma audiência pública discutirá o PLC 98/2018, que determina avaliação psicológica de gestantes e mães de recém-nascidos (puérperas) com intuito de detectar a propensão ao desenvolvimento da chamada depressão pós-parto (DPP). O requerimento foi apresentado pela senadora Leila Barros (PSB-DF).
Também será feita audiência pública para debater o PLS 311/2018, que inclui mudos e gagos entre as pessoas com deficiência. O PLS muda o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146, de 2015), que atualmente considera com deficiência a pessoa com impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial.
O projeto do ex-senador Antonio Carlos Valadares acompanha a Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CIF), aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Desde 2001, o documento considera a gagueira como uma deficiência. A audiência pública foi requerida pela senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP).
Reforma administrativa e privatizações
Três dos requerimentos aprovados são de autoria do presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS). Eles pedem a realização de ciclos de audiências públicas sobre os seguintes temas: “Reforma Administrativa”, “Defesa dos Segmentos mais Vulneráveis”, “Democracia e Direitos Humanos”.
Será promovida, ainda, audiência pública sobre “Os impactos na vida dos trabalhadores e no desenvolvimento do país diante das privatizações nas áreas de combustível e derivados (óleo, gás de cozinha e gasolina)”.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado
Fonte: Agência Senado https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2020/02/13/cdh-tera-audiencias-publicas-sobre-reforma-administrativa-depressao-pos-parto-e-privatizacoes Postado por Antônio Brito