Falar de inclusão das pessoas com deficiência remete a um movimento repleto de lutas, conquistas e personagens que buscam tornar a sociedade um local com mais igualdade de condições de acesso e oportunidades para todas as pessoas – o direito à natureza, contudo, nem sempre está contemplado nesse debate.
As pessoas com deficiência representam quase 24% da população brasileira, e aquelas com mobilidade reduzida (temporária ou permanente) podem chegar a 10%, ou seja, uma parcela significativa dos brasileiros sofre com as barreiras de acesso ao nosso patrimônio natural.
É nesse contexto que o Instituto Semeia lança a publicação “A natureza ao alcance de todos: guia de acessibilidade em unidades de conservação”.
Com o objetivo de incentivar a discussão pública e a adoção de medidas consistentes e abrangentes para a eliminação de barreiras de acesso para pessoas com deficiência (PcD), o guia traz um panorama sobre a importância e os desafios da acessibilidade nas unidades de conservação, além de apresentar as principais normas legais sobre o tema e exemplos de como parques no Brasil e no mundo estão se tornando mais acessíveis para esse público.
“A acessibilidade em parques e unidades de conservação não é uma questão apenas do ponto de vista ético ou de imposição legal”, afirma Fernando Pieroni, diretor-presidente do Semeia. “Significa falar também do potencial de desenvolvimento do turismo acessível nas áreas protegidas do Brasil, da ampliação da visibilidade e da valorização desses espaços e, claro, de saúde e bem-estar para todas as pessoas envolvidas”, completa.
A publicação, que está disponível para download gratuito no site do Instituto Semeia – https://semeia.org.
Sobre o Instituto Semeia:
Criado em 2011, o Instituto Semeia é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos. Com sede em São Paulo (SP), trabalha para transformar áreas protegidas em motivo de orgulho para brasileiras e brasileiros. Atua nacionalmente no desenvolvimento de modelos de gestão e projetos que unam governos, sociedade civil e iniciativa privada na conservação ambiental, histórica e arquitetônica de parques públicos e na sua transformação em espaços produtivos, geradores de emprego, renda, e oportunidades para as comunidades do entorno, sem perder de vista sua função de provedores de lazer, bem-estar e qualidade de vida. São pilares de sua atuação: a geração e sistematização de conhecimento sobre a gestão de unidades de conservação; o compartilhamento de informações por meio de publicações e eventos; a implementação e o acompanhamento de projetos com governos de todos os níveis, como forma de testar e consolidar modelos eficientes e que possam ser replicados no país.
Sobre o Instituto Novo Ser:
O Instituto Novo Ser é uma instituição sem fins lucrativos cuja missão é a busca pelo respeito e a valorização da cidadania das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, com o intuito de promover os seus direitos, a equalização das oportunidades e a superação dos obstáculos sociais predominantes no processo de inclusão. Acredita ser fundamental reconhecer a ideia de que as pessoas com deficiência apresentam limitações de ordem física, sensorial ou intelectual, mas não em sua capacidade, talento e personalidade, os quais devem ser valorizados. Para isso, a sociedade precisa respeitar e atender seus anseios e demandas. A intenção é, pois, contribuir com a produção de mudanças capazes de transformar a óptica predominante sobre a deficiência.
Fonte. https://revistareacao.com.br/instituto-semeia-lanca-guia-de-acessibilidade-em-parques/
Postado por Antônio Brito
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