10/06/2020

Poeta pernambucana Cida Pedrosa discute literatura política em canal no Youtube

As obras analisadas são retiradas das enormes estantes de livros presentes em diversos cômodos da casa de Cida. (Foto: Divulgação)

Estimulada pelo período de isolamento social, a poeta pernambucana Cida Pedrosa decidiu lançar uma nova playlist no Fresta, seu canal no YouTube, dedicada à poesia política. Ao todo, serão dez artistas contemplados, com um vídeo de cada. As produções são publicadas semanalmente, sempre às quarta-feiras. Esta semana é a vez de discutir a obra do caruaruense Marcelo Mário Melo. Literatura e política é a quarta categoria presente no Fresta, que já conta com os quadros Literatura de mulheres, Poema em 15 segundos e Preciosidades da estante de Cida Pedrosa.

"É preciso falar sobre política. O cenário atual é muito difícil. A literatura ajuda além do cotidiano diário, a poesia tem uma função social. Na minha vida, ela me mantém equilibrada. Acho que fascista tem medo de poesia.” Há um ano, o Fresta começou como um espaço destinado a apresentar a literatura feita por mulheres em Pernambuco. “Fresta é como ver as coisas em pedacinhos, espiar através de uma brecha", destaca. É assim que Cida construiu um novo caminho no universo da poesia digital. “Eu dou uma 'fresta' da literatura do autor que estou apresentando pelo meu olhar. A partir desta fresta, se você se interessar, pode buscar mais coisas e abrir um clarão.

"As obras são retiradas das enormes estantes de livros presentes em diversos cômodos da casa de Cida. Entre as raridades, ela já compartilhou no canal a primeira versão, de 1956, de uma poesia do recifense Solano Trindade e a primeira edição do livro Pomar, de Arnaldo Tobias. "Eu gosto de recitar e falar de literatura. O canal é minha possibilidade de difundir a literatura dos outros. Na pandemia, eu posso gravar mais, então posso explorar novos temas, aproveitar melhor todas as plataformas digitais que tenho à disposição. Não é fácil literatura se propagar", avalia a poeta.

A intenção de Cida é muito mais encantar as pessoas para ler poesia do que fazer uma análise crítica. “Eu sou uma leitora ávida, uma mulher que escreve, então é como se eu desse o meu olhar de leitora para que as pessoas conheçam um pouco através dele”, pontua. A produção, captação e edição dos vídeos são feitas em casa pelo seu companheiro, Sennor Ramos.


A plataforma digital dá seguimento a um projeto antigo, realizado pelo casal, o Interpoética. “Há 10 anos, nós tínhamos o maior portal de literatura pernambucana na internet. O Interpoética ficou no ar de 2005 até 2015. Era um trabalho pesado e voluntário, que me dava muita satisfação, mas com o tempo foi ficando difícil de conciliar com minhas outras tarefas”, diz Cida.
Fonte  https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/viver/2020/06/poeta-pernambucana-cida-pedrosa-discute-literatura-politica-em-canal-n.html

Postado por Antônio Brito 

Exoneração de Regina Duarte sai após 20 dias e atriz comenta: 'UFA!'

A exoneração foi publicada em edição desta quarta-feira (10) do 'Diário Oficial da União'.
Regina Duarte 
Isac Nóbrega / PR

A atriz Regina Duarte foi exonerada do cargo de secretaria especial de Cultura. A exoneração foi publicada em edição desta quarta-feira (10) do "Diário Oficial da União" e, em uma rede social, ela comentou: "Deu-se! #ufa".

Publicação de Regina Duarte em rede social após exoneração da atriz do cargo se secretária de Cultura — Foto: Reprodução

Bolsonaro já havia anunciado a saída da atriz do cargo no dia 20 de maio. À época, ele afirmou que Regina Duarte assumiria a Cinemateca Brasileira, em São Paulo. A Cinemateca é a instituição responsável pela preservação da produção audiovisual do país e é vinculada à Secretaria da Cultura.

Assinam a exoneração de Regina Duarte Bolsonaro e o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

Regina Duarte assumiu a pasta em 4 de março, com a missão de "pacificar" o embate entre a classe artística e a indústria da cultura com o governo federal.

"Regina Duarte relatou que sente falta de sua família, mas para que ela possa continuar contribuindo com o governo e a Cultura Brasileira assumirá, em alguns dias, a Cinemateca em SP. Nos próximos dias, durante a transição, será mostrado o trabalho já realizado nos últimos 60 dias", afirmou Bolsonaro nas redes sociais na ocasião .

A publicação de Bolsonaro foi acompanhada de um vídeo dele e de Regina, gravado no Palácio da Alvorada. Na gravação, a atriz diz ter ido até a residência oficial do presidente perguntar se estaria sendo "fritada".

No fim do vídeo, Bolsonaro diz que a atriz terá o compromisso de sempre acompanhar o presidente nas idas dele a São Paulo.

Regina Duarte deixa comando da secretaria de Cultura do governo Bolsonaro
Regina Duarte deixa comando da secretaria de Cultura do governo Bolsonaro

Trajetória na secretaria

Desde o início do mandato de Bolsonaro, a secretaria teve alta rotatividade em razão de polêmicas na pasta e em órgãos vinculados a ela.

No dia 5 maio, por exemplo, o governo renomeou maestro Dante Mantovanicomo presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte). Ele tinha sido exonerado por Regina no primeiro dia da atriz à frente da secretaria.

Segundo o blog da comentarista do G1 e da TV Globo Andréia Sadi, Regina não foi informada e "não entendeu" a nomeação. Mantovani foi exonerado no mesmo dia, e o ministro do Turismo, Marcelo Alvaro Antonio, justificou as mudanças por "questões internas".

A saída de Regina Duarte do governo já era um desejo da ala ideológica próxima ao presidente, conforme informou a colunista Andréia Sadi.

Presidente da República Jair Bolsonaro durante encontro com Regina Duarte — Foto: Carolina Antunes / PR

No fim de abril, na portaria do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro elogiou Regina Duarte, mas disse que gostaria de vê-la mais próxima.

Na ocasião, ela estava em São Paulo. O presidente disse também que ela estava tendo dificuldade em lidar com questões de "ideologia de gênero".

"Infelizmente, a Regina está em São Paulo. Está trabalhando pela internet ali. E eu quero que ela esteja mais próxima. É uma excelente pessoa, um bom quadro. É também uma secretaria que era ministério. Muita gente de esquerda pregando ideologia de gênero. Essas coisas todas é que a sociedade, a massa da população, não admite. Ela tem dificuldade nesse sentido", disse o presidente.

Cinemateca

Cinemateca Brasileira é a principal instituição que cuida da memória do cinema no Brasil. O órgão é ligado à Secretaria da Cultura do governo federal e sua sede fica na Vila Clementino, na Zona Sul de São Paulo. Foi criada em 1946, com a missão de preservar e difundir a produção audiovisual brasileira.

Guarda mais dede 250 mil rolos de filmes e mais de um milhão de documentos relacionados ao cinema, como fotos, roteiros, cartazes e livros, entre outros. Segundo a instituição, é o maior acervo de imagens em movimento da América Latina.

A sede fica em um prédio tombado onde funcionava um antigo matadouro em São Paulo. No local estão salas de cinema, biblioteca e um jardim que ficava aberto à visitação pública.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, a Cinemateca Brasileira não está recebendo visitas e prestando serviços, por tempo indeterminado.

Fonte  https://glo.bo/2UwK6jE

Postado por Antônio Brito 

Autistas e intérpretes de libras terão máscaras diferenciadas

Doação feita com aprovados em concurso beneficiará, diretamente, pessoas com deficiência
O vice-governador Paco Britto, que coordena o programa do GDF, agradeceu a doação do grupo. “É um gesto muito nobre e de extrema necessidade, de carinho pela população”, frisou. Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília

Comissão de aprovados para o cargo de secretário escolar, da Secretaria de Educação, doou 900 máscaras especiais, feitas em acetato, que serão usadas por intérpretes de libras e autistas severos do Distrito Federal. A entrega foi feita ao programa Todos Contra a Covid, do GDF e seguiu para a Secretaria da Pessoa com Deficiência do DF.

De acordo com a presidente da comissão, Sol Ferreira, as máscaras transparentes, além de facilitarem a leitura labial por quem depende disso para a comunicação, são extremamente importantes para autistas severos. “Eles não aceitam usar máscaras e nem ficam confortáveis em estar perto de quem esteja usando”, explicou. Todas foram confeccionadas com recursos dos próprios integrantes da comissão.

Cortadas a laser, as máscaras são reutilizáveis e a limpeza é feita apenas com álcool a 70%. “Resolvemos transformar as manifestações em que pedíamos as nossas nomeações em ajuda aos necessitados”, disse Sol, que representa 2.200 aprovados no último certame, em 2016.

Emocionada, a secretária da Pessoa com Deficiência do DF, Rosinha da Adefal, lembrou que os cuidados que o cidadão deve ter para evitar o contágio com o coronavírus são ainda maiores quando se trata da pessoa com alguma deficiência. “Nem todos têm essa percepção”, lamentou a secretária. O DF tem, atualmente, mais de 200 mil pessoas com deficiência. “Vamos fazer chegar essas máscaras às pessoas que verdadeiramente precisam”, enfatizou Rosinha.

O vice-governador Paco Britto, que coordena o programa do GDF, agradeceu a doação do grupo. “É um gesto muito nobre e de extrema necessidade, de carinho pela população do Distrito Federal”, frisou. Ele aproveitou para doar máscaras de tecido reutilizáveis e frascos de álcool em gel – recebidos do Grupo Brasal pelo programa – para que a Secretaria da Pessoa com Deficiência possa fazer doação do material.

Mais doações

Mais cedo, a Associação Maria Vitória de Doenças Raras (Amaviraras), também foi agraciada com doação do programa Todos Contra a Covid. Quarenta e cinco famílias das 98 que são atendidas pela entidade, se encontram em dificuldades devido à pandemia. E receberão cestas básicas, máscaras, álcool em gel e cobertores. Parte das doações foram feitas por outra comissão formada por aprovados em concurso público no DF. Desta vez, para cargos da Polícia Civil (PCDF).

Existem, no mundo, cerca de oito mil doenças raras. Mas poucas são as que são tratadas com protocolo clínico. As demais, levam famílias a recorrerem aos centros de referências. No Distrito Federal, o Hospital Materno Infantil (HMIB), na Asa Sul, é habilitado para atender os pacientes, já que não existe, ainda, centro no DF.

Representante da Amaviraras, Lauda Santos agradeceu a doação e reforçou que muitas famílias passam por dificuldades econômicas e dependem de boas ações para que possam ter o básico neste momento. Para Daniella Caetano, da comissão de concursados formada por 130 aprovados no último concurso da PCDF, embora o grupo ainda seja pequeno, é necessário que esteja unido para trabalhar em prol de quem está passando necessidades nos tempos de pandemia. “Não poderíamos ficar sem fazer nada”, afirmou.  Mais de 7 mil máscaras já foram confeccionadas e doadas pela comissão de concursados.

Paco Britto reforçou que a mobilização da sociedade para ajudar a quem precisa durante a pandemia tem despertado “o amor ao próximo”. “Sairemos muito melhores que entramos quando isso tudo passar”, disse. “Que mais pessoas possam se espelhar nessas atitudes e seguir o exemplo”, completou a esposa do vice-governador, Ana Paula Hoff, que acompanhou a ação.

Doe para o comitê Todos Contra a Covid

Banco de Brasília (BRB) – 070

Agência: 0027

Conta Poupança: 0027.049528-2

CNPJ: 02.174.279/0001-55

Instituto BRB de Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Socioambiental


Fonte  https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2020/06/09/autistas-e-interpretes-de-libras-terao-mascaras-diferenciadas/

Postado por Antônio Brito 

Autismo pode ser fator de risco para Covid-19, aponta pesquisa da Uece

Professor argumenta que pessoas autistas comumente têm alimentação com baixo valor nutricional, o que pode ocasionar alterações metabólicas e processos inflamatórios.

Um estudo de pesquisadores do Grupo de Estudos em Neuroinflamação e Neurotoxicologia (Genit), da Universidade Estadual do Ceará (Uece), publicado esta semana, levanta a hipótese que o Transtorno do Espectro Autista (TEA), assim como diabetes, obesidade e doenças cardíacas, pode ser um fator de risco para a Covid-19. Os pesquisadores postulam a ideia a partir da análise de outras pesquisas científicas sobre fatores de risco da doença pandêmica.

O estudo publicado na revista científica Medical Hypotheses evidencia que pessoas com autismo são suscetíveis a infecções devido à alterações no nível genético e imunológico do corpo. Algumas dessas modificações são, conforme a pesquisa, condições comuns na população considerada grupo de risco para Covid-19.

De acordo com o professor do curso de Medicina da Uece e coordenador do Genit, Gislei Frota, os pesquisadores ficam intrigado com o fatores de risco. "Vimos que pessoas que tinham diabetes, obesidade, doenças autoimunes são mais propensas. Começamos a conjecturar se isso pode acontecer com o autismo."

Alimentação

Ele explica que pessoas com autismo têm, em geral, alimentação com baixo valor nutricional, pois são muito seletivos. "Esses alimentos produzem alterações metabólicas e processos inflamatórios", completa.

O "ambiente metabólico que o autista tem dentro de si", afirma o pesquisador "é um ambiente alterado, inflamado". E isso, enfatiza, "faz com que a Covid se estabeleça muito bem". O estudo aponta que há diversas características do TEA que podem ser considerados pontos para agravamento da Covid-19, dentre eles: a vulnerabilidade do sistema imune, inflamação endógena e neuro inflamação.

O professor explica que a pesquisa é inédita e traçou um comparativo entre TEA, comorbidades e os grupos de risco da Covid-19, como diabéticos, pacientes cardiovasculares e obesos.

"Vimos a interseção que há entre autismo e Covid e chegamos a essa hipótese. A ideia é lançar a semente para que pesquisadores do mundo inteiro possam comprovar a nossa hipótese. Além disso, nós também somos um grupo que trabalhamos com pesquisa clínica experimental e nós também queremos trabalhar comprovando essa hipótese isso também faz parte de um dos nossos projetos. É a gente dar continuidade a esse trabalho teórico para comprovarmos na prática", contao pesquisador.

Gislei reforça também que novos estudos são necessários para a confirmação dessa correlação, mas enfatiza que a pesquisa "é de suma importância", pois, embora afete entre 1% e 2% da população, o autismo é uma condição que vem crescendo ano a ano no mundo inteiro.

Fonte  https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2020/06/09/autismo-pode-ser-fator-de-risco-para-covid-19-aponta-pesquisa-da-uece.ghtml

Postado por Antônio Brito 

Mostra literária publicará obras de pessoas com deficiência visual no DF

O agente literário Andrey do Amaral lança em 10 de junho um projeto de inclusão para cegos dentro da oitava edição da Mostra de Literatura: Ocupação e Inclusão. 
A iniciativa consiste numa coletânea produzida por pessoas com deficiência visual, com publicações de textos em livro que será distribuído em livrarias on-line para leitores do mundo inteiro. A proposta foi aprovada na Chamada Pública Ocupação, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal. 
 O projeto, patrocinado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), selecionará textos para serem publicados no livro. A obra será distribuída digitalmente e também fisicamente em algumas bibliotecas da cidade. Caso seja selecionado, o escritor ou escritora não pagará nada pela publicação.

Os escolhidos terão auxílio de autores renomados no cenário nacional, que também fazem parte do conselho editorial de arte-educação do projeto, como Karla Calasans, Ana Maria Freitas Coelho, Fernanda Carvalho, Beatriz Schwab, Aguinaldo Tadeu, Antônio Leitão, José Carlos Vieira e Andrey do Amaral.

Fonte  https://revistareacao.com.br/mostra-literaria-publicara-obras-de-pessoas-com-deficiencia-visual-no-df/

Postado por Antônio Brito 

Sem fiscalização, transporte coletivo urbano é o maior propagador do Coronavirus no Brasil

O Deputado Estadual Rafael Silva (PSB) vem utilizando seu mandado para tentar convencer as autoridades que o vírus “chegou ao Brasil de avião, dentro das pessoas. Poucos vieram de navio. Para atingir a população, esse vírus usou o transporte coletivo, trem, metrô e, principalmente, ônibus urbanos, onde as pessoas eram (ou são) transportadas amontoadas, ligadas umas às outras. Retiraram milhares de ônibus das ruas, para aumentar o lucro das empresas”.

O parlamentar afirma ainda que “muita hipocrisia tem sido espalhada sobre o coronavírus. De nada adianta o afastamento das pessoas, se o coronavírus continuar sendo distribuído de forma covarde, levando dor e sofrimento para boa parte da população!”

De acordo com o deputado, que é da região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, “porque será que teriam alguns políticos interesses em favorecer os poderosos empresários do setor do transporte coletivo?”.

O parlamentar ainda afirma que, segundo levantamentos, em São Paulo, existem mais de quatro ou cinco mil ônibus circulando. “Se as pessoas viajassem sentadas, com mascaras (mesmo de pano), milhares de vidas humanas seriam poupadas. Somente a mídia pode mudar essa realidade!”, finalizou Rafael Silva.

Fonte  https://revistareacao.com.br/sem-fiscalizacao-transporte-coletivo-urbano-e-o-maior-propagador-do-coronavirus-no-brasil/

Postado por Antônio 

Ensino a distância: criança com deficiência não pode ficar de fora

O ensino remoto tem levantado vários questionamentos quanto à sua eficácia, mas pouco tem se falado sobre a inclusão da criança com deficiência. Se a prática a distância já é difícil de incorporar no dia a dia das famílias, a falta de adaptação de conteúdos se mostra um entrave para o acompanhamento das atividades por parte de crianças surdas, cegas e com autismo, entre outras condições. Principalmente, se levarmos em conta que muitas práticas são feitas por meio de videoaulas e vídeos que não trazem recursos de acessibilidade como janela de Libras (Língua Brasileira de Sinais), legenda e audiodescrição.

Cybelle Dayane, mãe de Ana Beatrice, 3 anos, que tem transtorno do espectro autista em grau moderado, conta que a escola da filha dela costuma enviar muitos vídeos. “A creche em que minha filha está matriculada envia vídeos e pede para fazermos as tarefas, mas infelizmente minha filha não entende o vídeo e a tarefa não é adaptada para as dificuldades dela, mandam a mesma tarefa que mandam para os outros aluno típicos. Eu já falei na escola, mas não fui atendida”, diz a mãe que vive em Serra Talhada, no interior de Pernambuco.

Relatos como esse tem sido comuns entre os pais e revelam a falta de adaptação das atividades a distância para a criança com deficiência. As escolas tiveram de se adaptar às pressas para oferecer ensino remoto por causa da pandemia do coronavírus. Mas a inclusão da criança com deficiência, que já não ocorria como deveria na educação brasileira (embora seja um direito previsto em lei), parece ter sido esquecida.

Inclusão da criança com deficiência tem de estar prevista nas atividades

“Todas as crianças, sem exceção, têm o direito de participar das atividades propostas pela escola, sejam presenciais ou remotas. Não podemos aceitar retrocessos por conta da pandemia, privando a criança com deficiência do acesso ao conteúdo curricular”, afirma Rodrigo Hübner Mendes, fundador e superintendente do instituto Rodrigo Mendes, ONG que luta por uma educação de qualidade para a pessoa com deficiência. Ele lembra que as equipes pedagógicas devem planejar as aulas considerando diversificar estratégias e flexibilizar atividades, de modo a incluir a criança com deficiência.

Entenda-se por criança com deficiência as crianças com síndrome de Down, com deficiência física, deficiência auditiva, deficiência visual, deficiências múltiplas, transtorno do espectro autista (TEA) e altas habilidades (superdotação), entre outras condições.

Maria Teresa Eglés Mantoan, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença (Leped), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que os docentes não precisam imaginar atividades completamente diferentes para o aluno com deficiência, nem tentar simplificar a realização para evitar problemas. “Nós não temos a capacidade de fazer ninguém aprender. Temos que dar liberdade para que o aluno possa aprender e considerar o que ele consegue e o que não tem interesse em aprender. O bom professor considera o ensino igual para todos, mas o aprendizado completamente díspar”, declarou a educadora para a revista Gestão Escolar, referindo-se ao trabalho na sala de aula mas que, feitas as devidas ressalvas, pode servir também para o momento atual.

Tratamento diferenciado pode prejudicar vínculo da escola com a criança

A falta de inclusão da criança com deficiência – tratando-a como “café com leite” para que faça apenas parte das atividades, as mais simples, provavelmente, enquanto os colegas fazem as tarefas “de verdade” pode prejudicá-la. Na volta às aulas, essas crianças podem se sentir pouco entrosadas com os amigos, já que não participaram das mesmas aulas, podem também se sentir “por fora” dos conteúdos trabalhados, se não os tiverem visto em casa; e por tudo isso podem perder o interesse pela escola já que não mantiveram um vínculo próximo durante a quarentena.

Base Nacional Comum Curricular destaca importância da inclusão

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento normativo que orienta a elaboração dos novos currículos escolares, reforça a necessidade de a escola contribuir para aplacar toda discriminação e preconceito e dialogar com a multiculturalidade. “A convivência e respeito à diversidade na escola deve ser uma dimensão fundamental de uma instituição acolhedora”, diz a pedagoga e colunista da Canguru NewsPriscila Boy.

Fonte  https://www.metrojornal.com.br/estilo-vida/2020/06/09/inclusao-da-crianca-com-deficiencia.html

Postado por Antônio Brito 

09/06/2020

Futebol na Albânia: brasileiro detalha retono após quarentena rígida

Ex-Figueirense, William Cordeiro descreve restrições impostas no país.

A volta aos gramados três meses após a pandemia do novo coronavírus (covid-19) paralisar o futebol na Albânia não foi a esperada por William Cordeiro. O Partizani, clube defendido pelo jogador desde o ano passado, foi superado pelo Kukësi por 3 a 1 no último domingo (7) pela 28ª rodada do campeonato local. Nem tudo, porém, foi negativo.

"A liga tinha recomeçado na quarta-feira passada (3), mas eu estava suspenso. Infelizmente, não vencemos, mas, particularmente, fiquei muito feliz de voltar a jogar. A ansiedade pela volta do futebol estava complicada. Tive um pouco de dificuldade porque me machuquei na última semana, uma lesão na lombar, além da falta de ritmo de jogo, que é normal. Agora, é dar sequência", afirmou o meio-campista, de 26 anos, em entrevista à Agência Brasil.

O futebol na Albânia foi suspenso em 12 de março, três dias após a confirmação do primeiro caso da covid-19 no país. Até a última segunda-feira (8), segundo o Ministério da Saúde, 1.299 albaneses testaram positivo para o vírus e 34 faleceram. Conforme a agência de notícias chinesa Xinhua, a federação de futebol da Albânia chegou até a pedir apoio ao governo durante a paralisação, devido a dificuldades financeiras impostas pela pandemia. Com a suspensão do campeonato, houve a interrupção da venda de ingressos e repasse de direitos de transmissão.

Para convencer o governo de que a bola poderia voltar a rolar no país, o protocolo sanitário teve que ser rígido. "Até então, governo e Ministério da Saúde não queriam liberar [o futebol], diziam que seria só uma das últimas coisas a voltar, como foi. O país em si já está voltando ao normal, bares e restaurantes abertos. A única coisa que não tinha retornado era o futebol", contou William, que, no Brasil, defendeu clubes como Figueirense, Oeste, Ferroviária e CRB.

Os treinos foram retomados 15 dias antes do campeonato ser reiniciado. Segundo o brasileiro, os jogadores foram submetidos a testes e, durante as atividades, tinham a temperatura aferida, além de serem orientados a manter uma distância mínima de dois metros entre eles. Na volta das partidas, inicialmente com portões fechados,tiveram de seguir novas orientações.

"Ficou definido que [nos jogos] teria um número limitado de repórteres e policiais, que os jogadores não relacionados não poderiam estar em contato com os convocados - não poderiam ir ao vestiário, por exemplo, antes da partida. Nas tribunas, no máximo 20 pessoas, como presidentes e diretores. Durante o percurso [até o estádio] e antes do aquecimento, era obrigatório usar máscara. Todo cuidado é pouco", descreveu William, que, apesar das restrições, revelou não ter recebido uma determinação específica sobre comemorações. "Acho que é pela questão [da pandemia] estar mais tranquila aqui, se comparada a outros países. Vi muitos times fazendo gols e os atletas celebrando juntos. Claro que a gente evita [contato], mas não vi comunicado do tipo", disse o brasileiro do Partizani, clube de Tirana, capital albanesa.

A rotina de William começa a voltar ao normal após três meses de uma quarentena rígida determinada pelo governo albanês. Entre as medidas do primeiro-ministro Edi Rama, estiveram o fechamento de fronteiras, a proibição de circulação de veículos e de transporte público, o toque de recolher e a aplicação de multas. "Peço desculpas mil vezes, mas essa guerra não pode ser vencida de outra forma", declarou Rama em comunicado divulgado nas redes sociais no início da pandemia no país.

"Não podia sair ninguém na rua, só para ir ao mercado ou farmácia e durante uma hora. O exército estava na rua. Tínhamos que ficar em casa e cumprir. Se fosse pego na rua, podia ser preso", recordou o brasileiro, que passou a quarentena com a namorada. "Depois da primeira semana, elaboraram um número de telefone para o qual, se você precisasse sair, teria que mandar mensagem 24 horas antes. Se saísse no horário errado, prendiam. Isso era para que todo mundo respeitasse. É complicado. Acredito que todos ficaram em casa e o governo fez um bom trabalho. As atitudes foram certas e rápidas", avaliou.

À distância, William acompanha os desdobramentos da covid-19 no Brasil, onde estão os familiares. "Sou baiano, mas fui criado em São Paulo e a família é toda de lá. E meu filho, de cinco anos, mora com a mãe em Itajaí (SC). Falo com ele todos os dias pelo vídeo, com a minha mãe também. Graças a Deus, está todo mundo bem. Infelizmente, em São Paulo a situação está um pouco mais crítica, mas em Santa Catarina está menos pior, vamos dizer assim".

O detalhe é que a pandemia do novo coronavírus não é o único perrengue recente que William passou na Albânia. Em 26 de novembro do ano passado, um terremoto de 6,4 na escala Richter matou 51 pessoas e deixou mais de 6,3 mil sem moradia no país. "Foi um susto. Em Tirana, a gente sentiu o tremor, mas não houve desabamento. No litoral, teve muitas mortes, infelizmente. Meu clube fez uma ação para levar mantimentos e roupas aos desabrigados. Eu vi aquilo e me coloquei no lugar daquelas pessoas porque tenho filho e vi muitas crianças naquela situação delicada", lamentou.

Se o terremoto e a quarentena por causa da covid-19 se tornaram coisa do passado, o desafio, agora, é dentro de campo. Atual campeão, o Partizani está só em sétimo (entre 10 times) no Campeonato Albanês, com a mesma pontuação do Vllaznia, oitavo colocado e que, se o torneio acabasse agora, disputaria um playoff para não ser rebaixado. Ao mesmo tempo, o clube de William está sete pontos atrás do Laçi, quarto colocado, e que ocupa a zona de classificação para a Liga Europa, segunda competição em importância no futebol europeu.

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2020-06/futebol-na-albania-brasileiro-detalha-retono-apos-quarentena-rigida

Postado por Antônio Brito 


Pesquisadores querem usar vacina da pólio no combate à covid-19

Objetivo é fortalecer sistema imunológico e reduzir chance de infecção.

Pesquisadores da equipe do Hospital Professor Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), estudam a viabilidade de se usar a vacina contra poliomielite (mais comumente chamada de paralisia infantil) no combate à covid-19. A expectativa é de que a substância seja usada não como imunização contra o novo coronavírus, mas no fortalecimento do sistema imunológico, reduzindo as chances de se contrair a infecção ou, ao menos, atenuando os sintomas graves do quadro clínico. 

Em entrevista concedida à Agência Brasil, o coordenador da pesquisa, Edison Fedrizzi, explicou que a possibilidade vem sendo estudada em todo o mundo, inclusive pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos. 

"O que há de pesquisa hoje é, justamente, procurando uma vacina que estimule a produção de anticorpos contra a covid-19. O que estamos propondo agora é utilizar alguma dessas vacinas que temos no nosso meio, já disponíveis, para estimular essa primeira etapa [de defesa do organismo]. Como não é uma vacina contra o novo coronavírus, não vamos produzir anticorpos contra ele. O que queremos é fazer uma barreira protetora, inicial, para que o indivíduo não desenvolva a infecção, caso entre em contato com o vírus. Pensamos que poderíamos, também através desse estímulo de defesa, diminuir a gravidade da doença", detalhou. 

Para avaliar se o método é eficaz, o grupo de pesquisadores da UFSC pretende selecionar 300 voluntários, todos trabalhadores da área da saúde. A escolha desse segmento se deve ao fato de que estão mais expostos à covid-19 e podem ser beneficiados pelo projeto mais diretamente. Metade deles irá receber a vacina oral de poliomielite (VOP) e a outra metade receberá placebo.

De acordo com o pesquisador, como vacina emergencial, foram consideradas outras duas opções: a BCG, que protege contra tuberculose, e a de sarampo. Ambas também já estão sendo testadas por cientistas. "Todas têm como característica o microorganismo vivo, mas atenuado. Esses tipos de vacina provocam uma resposta imunológica, essa que nós queremos estimular, a inata, muito grande, importante, diferente de outras vacinas, em que temos apenas a proteína ou o microorganismo morto, como a de hepatite, a do HPV", esclareceu Fedrizzi.

"Tínhamos essas três candidatas a essa função. Vimos algumas discussões, principalmente do CDC, do virologista Robert Gallo, falando que a vacina da pólio tem muitas vantagens, porque não seria uma medicação injetável, seria via oral, com rápida resposta, uma vacina barata, segura e com a qual temos grande chance de termos essa proteção", comentou o coordenador, salientando que a vacina específica contra o Sars-coV-2, como a que está sendo desenvolvida pelo Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor), da Universidade de São Paulo (USP), ainda pode demorar vários meses para ficar pronta.

"O que observamos em outros países é que a vacina de poliomielite passou a ser incorporada junto com outras, no calendário da criança, de forma injetável. Então, perdeu um pouco desse perfil de estimular a imunidade inata que a oral nos dá. Nós temos uma facilidade enorme em relação a países que já trocaram a vacina oral pela injetável: o fato de termos disponível a forma oral, produzida pela Bio-Manguinhos [Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos], que é barata e é oferecida no Programa Nacional de Imunizações. E aqui também temos a indicação dessa vacina para adultos quando vão viajar para algum país que tenha a doença como endêmica. Então, pessoas adultas, quando vão para esses locais, recebem essa recomendação", acrescentou.

De acordo com o Ministério da Saúde, a poliomielite ainda aparece com alta incidência no Afeganistão, na Nigéria e no Paquistão. Desde 1990, o poliovírus selvagem não é identificado no Brasil e, em outubro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) repercutiu o anúncio, feito por uma comissão independente de especialistas, de que o poliovírus selvagem tipo 3 foi erradicado em todo o mundo, de forma que somente o tipo 1 ainda circula.

Segundo Fedrizzi, a equipe tem conseguido apoio para desenvolver o projeto, mas ainda precisa ampliar o aporte de recursos para iniciar as pesquisas. Para que possa seguir com o cronograma desenhado, aguarda retorno do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Saúde, a quem submeteu a proposta para obtenção de recursos, e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). Até o momento, os pesquisadores se reuniram com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável pela Bio-Manguinhos, e conseguiram verbas da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Outro requisito cumprido foi a anuência do comitê de ética da UFSC.

O coordenador ainda destacou que, apesar de estarem contando com o indicativo de que a vacina de poliomielite possa ser empregada para esse fim, é preciso entender que não se trata de uma certeza. “Temos bastante evidências de que isso pode funcionar, mas não podemos dizer que isso vai funcionar”, destacou.

“Não podemos correr o risco de fazer o que a gente vê que está acontecendo, que é quando sai na mídia 'olha, tem uma medicação que vai ser testada e, possivelmente, tenha uma ação contra o coronavírus', e as pessoas acabam indo às farmácias e esgotando a medicação. Então, gostaria de que as pessoas tivessem um pouco de calma, porque é um estudo e temos bons argumentos de que possa funcionar. Assim que a gente tiver os resultados, a gente vai divulgar." 

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-06/pesquisadores-cogitam-usar-vacina-da-polio-no-combate-covid-19

Postado por Antônio Brito 

Alunos receberão máscaras com viseira na volta às aulas em Coreaú, no Ceará

Outras medidas, como proibição de abraços e higienização das mãos na entrada, serão adotadas nas instituições ensino.
Alunos da rede pública de Coreaú recebem máscaras com viseiras para evitar contaminação pelo novo coronavírus.

Com o objetivo de evitar a propagação do novo coronavírus por gotículas de saliva na volta às aulas, os alunos da rede pública de Coreaú, no interior do Ceará, vão adotar máscaras com viseira. A ação é parte da retomada gradual das aulas presenciais. O Equipamento de Proteção Individual (EPI) desse modelo protege, também, a região do olhos.

Serão distribuídas um total de 7 mil máscaras, produzidas por uma empresa do distrito de Ubaúna, a alunos de 16 escolas municipais da cidade. Na última semana antes da volta às aulas, o que deve acontecer no início de agosto, 3.500 unidades já serão entregues aos estudantes. No primeiro momento, cada aluno receberá uma unidade e, no fim de agosto, serão entregues as outras 3.500 máscaras.

O equipamento de proteção também foi pensando para se adaptar as diferentes situações do dia a dia escolar. "Os visores são removíveis. Temos crianças que usam óculos e precisarão tirar o visor neste momento”, pontua o secretário da Educação de Coreaú, Arcelino Da Silva Batalha. “Estamos com a previsão de retorno em 1º de agosto. Por enquanto, estamos organizando as escolas, fazendo uma grande adaptação, colocando pias nas entradas das instituições”, explica

Segundo a Plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde (Sesa) do Ceará, atualizada às 14h55 desta segunda-feira (8), Coreaú registra 237 casos confirmados de Covid-19 e 2 óbitos. Um total de 195 pessoas já se recuperaram da doença na cidade. Em todo o Estado, o número passa de 64 mil infectados e 4 mil óbitos.

Plano de volta

Em relação ao Plano de Retomada Econômica no Ceará, as escolas estão na última fase e precisarão seguir um conjunto de exigências de higienização e distanciamento para evitar a transmissão do vírus.

Pensando nisso, também estão sendo instaladas 16 cabines de higienização em todas as escolas municipais de Coreaú, além de 8 túneis de desinfecção nas instituições com mais de 200 alunos. O material está sendo produzido no município de Sobral, na região Norte.

Fonte  https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2020/06/08/alunos-receberao-mascaras-com-viseira-na-volta-as-aulas-em-coreau-no-ceara.ghtml

Postado por Antônio Brito