Um universitário sírio tem emocionado internautas de todo o mundo por conta de uma declaração de amor feita para o pai dele, que tem Síndrome de Down. Sader Issa contou, em uma entrevista para o Metro, que teve uma infância amorosa e que o pai, Jad, o apoiou e o encorajou a seguir carreira como dentista.
Sader explicou que o pai tem dificuldades de aprendizado por conta da Síndrome de Down, mas que, apesar disso, a personalidade amorosa e solidária dele o fizeram ser admirado entre a comunidade local na Síria.
Sader ainda criança no colo do pai, Jad (Arquivo pessoal)
“Estou orgulhoso do meu pai. Ao longo da minha vida, ele foi o maior apoio para mim quando eu precisei”, relatou o estudante. “É possível ver quando seus olhos estão cheios de alegria e satisfação, como se quisesse expressar: ‘sim, eu tenho a síndrome de Down, mas eu criei esse homem e fiz tudo o que estava ao meu alcance para torná-lo médico e ajudar os outros'”, disse.
Muitos homens com Síndrome de Down não podem ter filhos, mas Jad conseguiu. E, como a mãe de Sader não possui a condição, muitas pessoas querem saber como ela pode casar-se com ele. “Uma das preocupações das pessoas é: ‘como uma mulher que não tem Síndrome de Down pode se casar com um homem com SD?'”, diz o futuro dentista. “Eles são intelectualmente adequados um para o outro – pessoas muito simples, mas amorosas e carinhosas. Acredito que se os dois parceiros estavam na mesma página, por que não se casar?”, questiona de volta como resposta. Sader junto do pai e da mãe (Reprodução/Facebook)
primeiro longa brasileiro dirigido por PCD estreou nos Cinemas Teresina, no dia 17 de outubro
21/10/1921OUT
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Primeiro longa brasileiro dirigido por uma pessoa com deficiência vem chamando a atenção de todo o País, pela mensagem que alerta para a verdadeira inclusão social. “Meu Nome é Daniel” estreou nos Cinemas Teresina, no dia 17 de outubro, e o diretor Daniel Gonçalves esteve em Teresina, no dia 15 de outubro, para uma sessão especial de pré-estreia, seguida de debate com o público.
A sessão com debate é uma iniciativa do Teresina Shopping e chegou a sua 19ª edição. Meu Nome é Daniel’ é um documentário em primeira pessoa, onde Daniel Gonçalves, jovem cineasta carioca que nasceu com uma deficiência que nenhum médico foi capaz de diagnosticar, percorre o caminho de sua vida para tentar compreender sua condição. Através de imagens de arquivo da família e de cenas gravadas hoje em dia, passeamos por momentos, histórias e reflexões de Daniel.
Leia a entrevista: Quando você decidiu contar sua história em filme?
Meu nome é Daniel começou em 2014 mais ou menos, quando eu fiz um curta chamado ‘Como seria’. E nesse curta eu tento imaginar como seria a minha vida se eu não tivesse a deficiência. Um dia eu resolvi publicar o filme nas redes sociais e ele viralizou. Com isso eu percebi que tinha mais história para contar. Como está sendo a recepção do filme?
Já me pararam na rua para dizer que gostaram. Acredito que a tendência é aumentar, agora que o filme estreou de fato. No filme, você parte da ideia de procurar respostas sobre sua deficiência. Tinha uma equipe médica acompanhando você?
Sim, uma neurologista e uma geneticista. Eu gravei todas as consultas que eu fiz, mas tirei todas do corte final porque foram caindo ao longo da montagem do filme. Primeiro caíram todas as entrevistas que não eram com pessoas da minha família, porque invariavelmente levavam o filme para um lugar que eu não queria, que era de uma exaltação ao Daniel. Conforme fomos avançando na edição, a gente percebeu que a força do filme era eu e a minha mãe e como fui privilegiado de ter uma família que nunca me tratou como uma criança especial. Qual a mensagem que você quer passar com o documentário?
Eu espero que o filme continue tocando as pessoas e fazendo-as pensar sobre qual é o lugar das pessoas com deficiência na sociedade. Acho que esse questionamento é importante. Para mim a inclusão se dá de fato quando você chama um amigo com deficiência para ir na sua casa, ou quando você convida um amiguinho do seu filho, que tem uma deficiência, para festa de aniversário dele. Eu acho que isso é inclusão, e se o filme puder ou conseguir fazer com que a gente comece a pensar nessas coisas eu vou estar satisfeito. Você está trabalhando em novos projetos? Quais?
Sim. Meu próximo projeto é um documentário sobre sexualidade e pessoas com deficiência, o Acessexibilidade. Já gravamos cerca de 50% do filme e estamos em busca de recursos para finalizar. Festivais e prêmios:
“Meu nome é Daniel” já passou por 12 festivais nacionais e internacionais em países como Alemanha, Austrália e Holanda e recebeu diversos prêmios como Menção Honrosa Direção de Documentário no Festival do Rio 2018, Melhor longa-metragem na Mostra de Cinema de Gostoso (2018), Melhor longa-metragem pelo Júri popular na Mostra de Cinema de Tiradentes 2019 e o prêmio “Documental Calificado a los Premios Oscar de la Academia” do Festival Internacional de Cine de Cartagena de Índias 2019 que qualificou o filme para concorrer ao Oscar de filme documentário 2020.
O documentário também foi o filme de encerramento do 7º Olhar de Cinema e passou pelo Festival Internacional de Curitiba 2018; Mostra Internacional de Cinema de São Paulo; Panorama Internacional Coisa de Cinema 2018; IDFA 2018; Semana de Cinema 2018; Mostra do Filme Livre 2019; Dok.fest München 2019; Sydney Film Festival 2019; Festival Assim Vivemos 2019; FIDBA – Festival Internacional de Cine Documental de Buenos Aires 2019. Por: Marco Antônio Vilarinho Fonte: Portal O Dia
Postado por. Antônio Brito
Carlos Enrique de Saro Puebla se ha destacado como conferencista y maestro.
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Carlos Enrique de Saro Puebla, primer escritor mexicano con Síndrome de Down, fue condecorado con el Doctorado Honoris Causa por el Colegio Internacional de Profesionistas, institución privada de la cual también fue nombrado director honorario.
El reconocimiento se entregó en el marco de la ceremonia por el 104 aniversario luctuoso de Emiliano Zapata en Anenecuilco, Morelos.
El texto señala que el reconocimiento responde a su trabajo profesional, académico, social y humano, realizado como conferencista con temas como la inclusión social, educativa y laboral para personas con discapacidad.
El escritor expresó su agradecimiento por la entrega del reconocimiento, entregado por la conmemoración del natalicio de Zapata, nacido en 1879 en Anenecuilco, cerca de Villa de Ayala, nace el llamado “Caudillo del Sur”, y quien se convirtió en un ícono de la Revolución Mexicana.
De Saro recibió el grado de parte del presidente del Colegio Internacional de Profesionistas de México, Omar Alcántara Barrera.
De Saro ofrecerá el 23 de agosto una conferencia magistral en la Sociedad General de Escritores (SOGEM) en la Ciudad de México, con el tema de “Las 12 Virtudes”, en un evento de acceso gratuito para el público en general.
Durante el evento, el escritor morelense presentará su obra autobiográfica de cuatro libros para ponerlos a disposición del público asistente y las compañías editoriales convocadas por la SOGEM.
La conferencia se realizará en la Sala “Víctor Hugo Rascón Banda” de la SOGEM en Héroes del 47, San Mateo Churubusco, Coyoacán.
Fonte: https://www.24-horas.mx
Postado por: Antônio Brito
Com o objetivo de promover a Grécia como um dos principais destinos turísticos acessíveis do mundo, o Ministério do Turismo da Grécia anunciou na terça-feira que realizará uma viagem de familiarização (fam) para atletas paralímpicos gregos e estrangeiros para apresentar as praias acessíveis do país.
A famosa viagem será realizada em Alimos (Ática) e Ilida (Grécia Ocidental), dois destinos gregos cujos municípios melhoraram a acessibilidade de suas praias com subsídios por meio da ação “Destinos marinhos turísticos integrados acessíveis”.
De acordo com um anúncio, o ministério optou por apresentar inicialmente suas instalações turísticas acessíveis aos atletas paralímpicos, a fim de que os esforços da Grécia recebam a maior exposição possível na Grécia e no exterior.
“Nossos atletas olímpicos convidados com problemas de mobilidade são indivíduos com distinções significativas em seus campos, bem como símbolos supremos de força e vontade para um grande número de pessoas com deficiência e não apenas”, disse o ministério.
As viagens familiares incluirão visitas às praias que foram submetidas a intervenções (não permanentes) para melhorar a acessibilidade das pessoas com deficiência. Os atletas paralímpicos também percorrerão pontos de alto interesse turístico e importância histórica, acessíveis a hóspedes com necessidades especiais.
Lançada em 2018, a ação “Destinos marinhos turísticos acessíveis e integrados” faz parte do programa operacional EPAnEK 2014-2020 (cofinanciado pela Grécia e pela União Europeia – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), com um orçamento total de 15 milhões de euros e tem como objetivo facilitar o acesso a turistas com necessidades especiais, melhorando a acessibilidade das praias do país.
Os beneficiários da ação são as autoridades municipais gregas e a Empresa de Propriedades Públicas e os subsídios visam o desenvolvimento de infraestrutura não permanente nas praias para melhorar a acessibilidade das pessoas com deficiência.
A ação foi elaborada pelo Secretariado Geral do Primeiro Ministro da Grécia em cooperação com o Ministério do Turismo.
A embolia pulmonar é uma complicação da trombose e é uma das causas de morte súbita.Assista agora à entrevista do dr. Drauzio com o hematologista Cyrillo Cavalheiro.
A trombose ocorre quando há formação de um trombo (chamado popularmente de coágulo) em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. O problema é quando esse coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, podendo ficar preso no pulmão (embolia), no cérebro ou do coração.
Laerte Olavo realiza atividades na APAE e é um dos exemplos que mostram a importância de se buscar autonomia, com a evolução da Medicina
Eugenio Goussinsky/R7/10-10-19
Laerte participa de atividades de dança
Eles já passam dos 40, 50, 60 anos. Com o correr dos dias, o envelhecer natural é composto de desafios. Para uma parte significativa da população brasileira, a perda de reflexos e de memória tem o agravante da deficiência intelectual, muitas vezes diagnosticada na infância. Leia mais: Políticas de inclusão de pessoas com deficiência diminuem desigualdades
Em 1982, aos 18 anos, Laerte Olavo Gramini Júnior (hoje com 54 anos), passou a frequentar a APAE (Associação de Pais Amigos dos Excepcionais) em São Paulo, por encaminhamento escolar, por causa de uma deficiência intelectual adquirida após o nascimento.
No local, orientados por psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, entre outros especialistas, os vários participantes frequentam grupos de terapia, condicionamento físico, música, linguagem corporal e atividades físicas.
Eugenio Goussinsky/R7/10-10-19
Há vários tipos de atividades para o segmento
Por trás da calvície e do corpo de adulto, imperam em Laerte um olhar e uma fala espontânea de menino. Dócil, ele responde às perguntas "em sua primeira entrevista na vida" em tom orgulhoso. Leia mais - Bienal do Livro: projeto incentiva inclusão de deficientes visuais
Sentado na pequena sala, ele volta a cabeça um pouco para baixo, humildemente. Mas essa timidez não impede que ele imponha seu sorriso a cada momento, de forma natural. Todo o esforço em torno dele, apesar dos percalços, o levaram a ainda acreditar no ser humano. Ele fala sobre suas dificuldades sem constrangimento.
Eugenio Goussinsky/R7/10-10-19
Eles realizam diversos trabalhos artísticos
"Eu tento sempre ver se melhoro um pouco. Pensava que tinha que melhorar nas coisas, que eu era volúvel. Tentava participar e parava. Hoje já participo de muitas coisas, mas ainda estou aprendendo. Hoje tento me observar melhor", conta.
Orgulho da evolução
A deficiência de Laerte foi detectada quando ele tinha sete anos. Em geral, a situação é revelada na escola, quando há uma dificuldade de aprendizado perceptível, o que foi seu caso.
Na conversa, percebe-se que a dificuldade se manifesta quando ele entende pouco o sentido da pergunta e se atém mais a aspectos concretos, talvez induzido pelas exigências formais dos tempos da escola.
E o trabalho dos atuais profissionais busca o desenvolvimento cognitivo também no campo da subjetividade, que leva a uma maior interação da pessoa com seu próprio universo.
Neste sentido, Laerte mostra que aprendeu a se orgulhar e ter consciência da sua evolução. Cada dia é como se fosse o de uma nova conquista. Otimista, lembra que já fez de tudo nesta vida, desde a escola regular na infância (CIAM), até quando começou a ter um aprendizado mais direcionado à sua condição. E dispara contando histórias sobre tudo o que já fez.
Eugenio Goussinsky/R7/10-10-19
Laerte tem uma sabedoria acima da intelectual
Ele chegou a trabalhar como office boy e auxiliar em gráficas. Atualmente não trabalha, realizando somente as atividades no Serviço de Envelhecimento, situado na unidade centra da APAE de São Paulo.
Laerte recebe o apoio dos familiares, principalmente da mãe, sra. Emília Antônia, e dos irmãos mais novos Renato e Alberto, que o deixa diariamente na instituição. Ele costuma voltar de ônibus.
"Faço pintura, artesanato, vitral. Já fiz marcenaria. Participei de vários campeonatos de natação e ganhei muitos. Gosto de dançar, ganhei um presente de uma amiga na dança. Adoro ir ao cinema. Gostei do filme do Chacrinha. E também comecei a escrever poesias", conta.
Método do carinho
Quando fala sobre suas atividades, sua mente parece ir se libertando. Laerte vai se lembrando de como era a vida dele no passado, lá na rua Dr. Bacelar, na Vila Mariana, onde cresceu. Hoje mora em Mirandópolis, próximo à Praça da Árvore, também na capital paulista.
"Quando eu era criança eu gostava de brincar. Não tinha calçada, era tudo de barro e areia. Ah, esqueci de dizer que adoro festas também. Me visto de Papai Noel no Natal. Só não gosto de ginástica. Mas tem que fazer, né?"
Surgem em suas memórias, se misturando a tudo que ele falou, imagens de quando ele se via diferente dos outros, com dificuldade de aprender. Tem a lembrança que foi a mãe e a tia quem o ajudaram e que, com o método do carinho, conseguiu aprender.
"Eu não conseguia passar nos testes. Minha mãe e minha tia tiveram que me dar aula para passar na escola."
Foi o pai, já falecido, quem o ensinou a pegar ônibus da APAE para casa. Veja também: Voluntários dão aulas gratuitas ao ar livre no Rio de Janeiro
"Ele me disse, vai nesta rua e pega este ônibus para chegar em casa. Me mostrou os lugares direitinho e hoje eu sei como fazer."
Eugenio Goussinsky/R7/10-10-19
Participantes também realizam exercícios físicos
Quando fala do futuro, fica claro que as atividades que ele realiza, tiveram êxito. Ele te uma visão otimista, não pensa em preocupações.
"No futuro vou estar velhinho. Tenho três sonhos. Um é aparecer na TV. Já apareci na plateia do Raul Gil, todos me reconheceram, ele foi legal comigo..."
"E os outros dois sonhos, Laerte?", insistem os presentes.
"Escrever um livro e fazer um filme sobre minha vida. Já estou escrevendo um livro."
Preconceito e autonomia
Laerte volta, então, a falar sobre sua própria situação. E não guarda rancor em relação ao preconceito que ele já vivenciou.
"Não ligo. No cinema vejo muitas pessoas com deficiência, de muletas, que falam libra. Não ligo muito. Já teve algumas vezes. Uma vez fui em um aniversário e um primo me chamou de gordo. E eu falei que ele também era baixinho", conta.
O aumento da longevidade das pessoas com deficiência intelectual, a evolução da Medicina e os próprios trabalhos de inclusão trazem consequências, como doenças na velhice.
Eugenio Goussinsky/R7/10-10-19
Unidade central da APAE em São Paulo
É aí que entra a necessidade que tem sido vista como novidade para os especialistas. Fazer com que as pessoas tenham qualidade de vida e ganhem cada vez mais autonomia para não sofrerem com a perda maior: a da esperança.
Nos corredores da APAE, em São Paulo, a semana é preenchida pelas atividades das quais Laerte participa. A entidade, fundada em 1958, tem se preocupado cada vez mais com essa questão, segundo Karyny Nascimento Ferro, psicóloga da instituição, uma ONG que tem parcerias com o poder público.
"Este tipo de trabalho nos faz ter outros olhares e perceber que não existe só um jeito de ver as coisas. Eles nos ensinam que cada ser humano tem sua maneira de observar e realizar suas próprias descobertas. Este trabalho ainda precisa de mais visibilidade. Pessoas com deficiência também envelhecem e o aumento da longevidade e da inclusão trouxe esses desafios. Existem consequências que precisam de políticas públicas, para se lidar com situações como doenças e perda da capacidade cognitiva. É uma questão social", afirma.
Estímulo profissional
O trabalho com pessoas como Laerte também é um estímulo para a terapeuta ocupacional Ana Paula Lucena Spagnolo.
"É um aprendizado diário, surgem potenciais muitas vezes ocultos. É uma oportunidade deles vivenciarem isso e também nos ensinarem com suas descobertas. O Laerte poderia passar despercebido por uma escola regular que não tivesse essa atenção. Tudo isso também ajuda ele a terem autonomia, com oficinas nas quais acabam encaixando suas atividades preferidas, que os ajudam a se desenvolver." Veja também: Empresas transformam relação com deficientes
Um brilho faísca suavemente do olhar quando ele descreve o que é a vida. Laerte, então, mostra que sua capacidade de entendimento, no fundo, vai muito além dos limites intelectuais. E apresenta a mistura mais pura de alegria e tristeza, fonte de onde vem sua poesia.
"A vida é uma coisa maravilhosa. Conhecer pessoas, aprender, perceber que muitos têm as mesmas doenças, tentar orientar. É um presente de Deus, tudo é uma arte, uma flor é como uma pintura, mas muito maior, é uma arte que vem da natureza, é a maior de todas as artes, a vida é assim."
Depois, ele pergunta para sua terapeuta, já voltando pelo corredor, ao lado das salas de atividades. "Falei bem?" Ao receber a aprovação natural, novamente se desenha em seu rosto aquele sorriso discreto, mas evidente. Laerte está satisfeito com a conquista. Agora ele já tem uma nova história para contar. Fontehttps://noticias.r7.comPostado porAntônio Brito
Se levarmos em consideração que trata-se de uma doença que não tem cura, quanto mais iniciativas forem criadas para garantir dignidade, conforto e tranquilidade para os portadores de fibromialgia, melhor. Foi com este objetivo que o vereador Andrey Azeredo (MDB) articulou a aprovação de projeto de lei determinando que estabelecimentos públicos e privados em Goiânia garantam atendimento prioritário para os fibromiálgicos.
O projeto foi aprovado em primeira votação nesta semana. Ele também assegura vagas prioritárias em estacionamentos da Capital. “Nossa preocupação é com a qualidade de vida destas pessoas. E com atenção especial às mulheres, que configuram 90% do total de portadores desta doença”, explica Andrey.
A fibromialgia causa dores por todo o corpo durante longos períodos, com sensibilidade nas articulações, músculos, tendões e em outros tecidos moles. Junto com a dor, a fibromialgia também causa fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade. Ela aparece geralmente entre 30 e 60 anos; porém, existem casos em pessoas mais velhas e também em crianças e adolescentes. Suas causas ainda são desconhecidas.
Diagnóstico tardio Defensora pública do estado de Goiás, Gabriela Handam é mais do que uma entusiasta do projeto. Ela também sofre com esta síndrome e demorou uma década para ser diagnosticada. “Temos que debatê-la em busca do máximo de visibilidade possível, porque é uma doença relativamente ‘nova’, de origem desconhecida, e também pouco discutida e de difícil diagnóstico”, explica.
Quando o projeto foi apresentado em plenário, no início de maio deste ano, Gabriela usou a tribuna para sensibilizar os vereadores a aprová-lo. Ao longo de sua tramitação na Câmara, a matéria angariou apoios de diversas entidades, associações e de grupos que dão suporte aos portadores da doença, inclusive de outros estados.
Saiba mais – Fique atento (a): — Procure um médico se você começar a sentir fortes dores no corpo, tendo a sensação de que ela pode ser sentida “nos ossos” ou “na carne” ou ao redor das articulações. Lembre-se também de fazer uma descrição completa de seus sintomas. Isso ajudará o médico a fazer o diagnóstico da fibromialgia
— O diagnóstico da fibromialgia é feito clinicamente (por meio da história dos sintomas e do exame físico). Não existem testes laboratoriais que possam realizar o diagnóstico, mas o médico pode solicitar exames de sangue para que outras doenças, com sintomas e características parecidos, sejam descartadas entre os possíveis diagnósticos.
— O tratamento de fibromialgia é mais eficaz quando são unidos medicamentos e cuidados não medicamentosos. O foco é evitar a incapacidade física, minimizar os sintomas e melhorar a saúde de modo geral.
Fonte
https://jornalhoraextra.com.br
Postado por
Antônio Brito
O agricultor é um dos responsáveis por tirar o leite das 75 vacas em lactação, que produzem 3 mil litros de leite ao dia
Por: EMATER - RS
Publicado em 11/10/2019 às 10:00h.
A tarde de 23 de novembro de 2003 era como muitas outras para a família Birck, da Linha São Jacó, em Estrela. A primavera com cara de verão prenunciava o calor, enquanto Paulo Birck, na época com 23 anos, se preparava para puxar a última carga de esterco do dia. No reboque do trator, cerca de sete toneladas de cama de aviário eram levadas de um ponto a outro da propriedade, em que também moram os pais e dois irmãos. Em meio a um aclive, o eixo do reboque cedeu. Quando Birck colocou o macaco hidráulico para tentar resolver o problema, o acidente: o macaco quebrou e o peso de todo o reboque prendeu as pernas do agricultor.
Foram em torno de 25 minutos até que os bombeiros e o guincho aparecessem para o socorro. Birck estava consciente e, nesse meio tempo, já imaginava que algo grave pudesse acontecer. Eu já não sentia dor, não sentia nada da cintura pra baixo. No hospital foram exatamente 30 dias na UTI e duas cirurgias nas vértebras, que não impediram o jovem de ficar paraplégico. Como muitas vezes acontece nesses casos, foi necessário um tipo de recomeço. A gente acaba enxergando a vida e tudo que nos rodeia de outra forma, avalia. É um processo de adaptação, em que cada pequena conquista é celebrada, completa.
Quem vê o estágio em que a propriedade da família se encontra, percebe que não há nenhuma barreira no fato de Birck fazer tudo o que faz, estando em cima de uma cadeira de rodas. Com veículos adaptados, sala de ordenha com acessibilidade e maquinário com tecnologia que facilita a realização das atividades, o agricultor é um dos responsáveis por tirar o leite das 75 vacas em lactação, que produzem 3 mil litros de leite ao dia, além de ser o gestor da propriedade, fazendo anotações em cadernos de campo, controlando entradas e saídas, cuidando das finanças e fazendo toda a parte burocrática de papelada.
É desse modo, com tudo às claras, que Paulo trabalha ao lado do pai, que também é Paulo, e da mãe, Glaci, além dos irmãos Pedro e Martina e do cunhado Henrique. Sinceramente eu não sei como seria se eu não tivesse sofrido o acidente, pondera. Mas de lá para cá resolvi estudar, terminei o ensino médio em 2003, fiz um tecnólogo na área de agricultura familiar e sustentabilidade e enveredei mais para essa área de pensar a propriedade, de planejar, comenta. Não por acaso, com o apoio de projetos de crédito da Emater/RS-Ascar, a produção leiteira deu um salto de 500 para os 2 mil litros diários atuais. E nisso entra desde o melhoramento genético, passando pela criação correta das terneiras, até chegar à dieta do rebanho e os cuidados com a higiene, explica.
Ativo desde sempre, Paulinho, como é conhecido, não deixou de atuar na comunidade. Como liderança sindical regional chegou a ir a Brasília de ônibus, poucos meses depois do acidente. Não deixou de participar dos eventos da comunidade, dos churrascos de domingo. Trabalhou na indústria, onde obteve uma boa experiência. Foi vereador. Pratica basquete com uma equipe de cadeirantes de Lajeado. Faz canoagem. Joga bocha. Pratica tiro em uma sociedade italiana. Conhece outras pessoas, tem compromissos. Nunca tive depressão ou precisei de psicólogo, reforça. O que tive foi o apoio da minha família, que nunca teve vergonha de mim, e dos amigos, especialmente os do movimento sindical, lembra.
Com determinação, Birck garante que todo o dia é um dia de aprendizado. Não gosto que as pessoas me tratem de forma diferente, ou que me cedam lugar nos locais públicos só porque estou em uma cadeira de rodas, salienta. Vou ao banco, ando de carro, pago boletos, me movimento como todos, reflete. Sobre o futuro, pensa em tornar a propriedade cada dia mais profissional, com melhorias, que sempre são colocadas na mesa para apreciação familiar. É essa união, somada as outras coisas que fazem a nossa existência ter sentido, que nos fazem seguir em frente todos os dias, revela, com ares de palestrante. Algo que, nas horas vagas, Paulinho também é.
Ontem 12/10, tivemos a grata satisfação de receber
na sede social da ADET, a visita do Presidente do Conselho Municipal de
Desenvolvimento Rural Sustentável, O Sr. Joel Mariano de França, aproveitando o
momento, o presidente junto a diretoria agradeceram ao mesmo pelo seu empenho
junto ao Deputado Clodoaldo Magalhães na indicação ao projeto de Utilidade
Pública para a Entidade, na Assembleia Legislativa do Estado, o qual já foi
aprovado em todas as comissões e segue para a votação em plenário.
O Amigo Joel Mariano ainda fez um breve relato das atuações do Conselho
Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável no município e da
importância do referido Conselho para toda a sociedade Tabirense.
O nosso muito obrigado também a todos os diretores que se fizeram presentes:
Presidente Luiz Antonio (Nem), 1º Secretário e Ex-presidente: Heleno
Trajano, 1º Tesoureiro: Maria do Socorro
Oliveira e Silva, 3º Suplente da Diretoria: José Tadeu
Quirino, Secretário: Luiz Egídio de Moura (Escurinho), Membro: Absolão
Pereira Soares (Silon), 1º Suplente: Maria Aparecida Benedito dos Santos
e 2º Suplente: Girleide Gomes da Silva e 3º Suplente do Conselho
Fiscal e Colunista das Redes Sociais da Entidade: Antonio José Brito Oliveira.
A primeira vez que o professor de Educação Física Luiz Dias de Siqueira Junior, do Rio de Janeiro, teve contato com o esporte adaptado foi quando um amigo e atleta de taekwondo teve a perna amputada por causa de um acidente.
Como forma de incentivá-lo, procurou o esporte adaptado e há 14 anos aplica esta modalidade nas suas aulas. O resultado disso? Uma lição de inclusão, onde todo mundo participa!
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“Quando você inclui um aluno com deficiência numa aula e ele consegue fazer, ele tem uma injeção de autoestima muito grande!”, contou ao Razões.
“Às vezes temos alunos com uma deficiência grave e temos que correr atrás desse conteúdo e adaptar as aulas para eles. O professor só por falta de vontade que não vai”. Foto: Divulgação/InstitutoPenínsula
Luiz dá aula para alunos do Ensino Fundamental com deficiências físicas e autismo. Ele promove a inclusão desses alunos, enquanto os demais aprendem sobre empatia e a lidarem com as diferenças.
“Eles percebem como cada um é, e ajudam os colegas a fazerem as atividades e os incentiva. Já tive alguns alunos autistas severos, não verbais, que não se comunicam, e a gente tenta deixá-los de maneira livre para entender e compreender essas aulas. Eles participam e gostam muito dos circuitos”, disse.
“Nos Jogos Paralímpicos levamos cadeiras de rodas para o pessoal experimentar. Em um dos dias lá, chegou um menino de dez anos, talvez um pouco menos, cadeirante, para experimentar. Estávamos fazendo uma experimentação de brincadeira, quando a mãe falou: ‘olha, ele não quer brincar, quer jogar de verdade’”.
Foto: Arquivo Pessoal
“É isso, eles superam nossas expectativas. Ficamos pensando que vai ser uma coisa, que vai ser na brincadeira e eles superam nossas expectativas”. Foto: Arquivo Pessoal
Aprendendo mais sobre educação física inclusiva
Para auxiliar os professores de Educação Física nesse processo de inclusão, o Impulsiona, iniciativa de educação esportiva do Instituto Península, se uniu ao Comitê Paralímpico Brasileiro para criar o curso online Movimento Paralímpico: fundamentos básicos do esporte.
O conteúdo gratuito ajuda os professores, na teoria e na prática, a ensinar esportes como futebol de 5, goalball, vôlei sentado e outros.
“Segundo a UNESCO, mais de 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência. A escola precisa, portanto, ser inclusiva, acessível e promover igualdade entre todos. Mas sabemos que muitas vezes o professor não recebe formação adequada nessa temática, principalmente na Educação Física, que mexe muito com o corpo dos jovens. Como ensinar esportes para um cadeirante ou um cego?”, reflete Vanderson Berbat, diretor do Impulsiona.
“Estudos mostram que o exercício físico, assim como comer e dormir bem, tem grande contribuição para o desenvolvimento cognitivo dos jovens. Então, os alunos com deficiência têm o direito de praticar esportes como qualquer outro aluno”. Foto: Gabriel Nascimento.