Praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências
severas, a bocha estreou nos Jogos Paraolímpicos em 1984, no masculino
e no feminino. A modalidade passou a contar com a disputa em duplas em
Atlanta-1996. A origem do esporte, no entanto, é incerta. Os indícios dizem
que tudo começou na Grécia e no Egito Antigos como um passatempo,
tornando-se um esporte apenas mais tarde, na Itália. No Brasil, a bocha
desembarcou junto com imigrantes italianos.
A versão adaptada da modalidade só passou a ser praticada na
década de 1970. Antes de se tornar uma modalidade olímpica, no entanto,
a bocha teve um antecessor nos Jogos Paraolímpicos. Foi o lawn bowls,
uma espécia de bocha jogada na grama. Foi justamente no lawn bowls
que o Brasil conquistou sua primeira medalha paraolímpica. Róbson
Sampaio de Almeida e Luiz Carlos “Curtinho” foram prata nos Jogos de
Heidelberg, na Alemanha, em 1972. Na bocha, o Brasil já conquistou
cinco medalhas nos Jogos Paraolímpicos, sendo três de ouro e duas de
bronze.
Nas disputas paraolímpicas, os atletas usam cadeiras de rodas e têm o
objetivo de lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma
branca (jack ou bolim). É permitido usar as mãos, os pés, instrumentos
de auxílio e até ajudantes no caso dos atletas com maior comprometimento
dos membros.
Classificação
Os atletas são classificados como CP1(deficiência mais severa) ou CP2 e
divididos em quatro classes:
BC1
Atletas CP1 ou CP2 com paralisia cerebral que podem competir com auxílio
de ajudantes
BC2
Atletas CP2 com paralisia cerebral que não podem receber assistência
BC3
Atletas com deficiências muito severas e que usam um instrumento
auxiliar,
podendo ser ajudados por outra pessoa
Ajuda externa
No caso dos atletas com maior grau de comprometimento, é permitido o
uso de uma calha para dar mais propulsão à bola. Os tetraplégicos, por
exemplo, que não conseguem movimentar os braços ou as pernas, usam
uma faixa ou capacete na cabeça com uma agulha na ponta. O calheiro
posiciona a canaleta à sua frente para que ele empurre a bola pelo
instrumento com a cabeça. Em alguns casos, o calheiro acaba sendo a
mãe ou o pai do atleta.
Acesse também
Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE)
Site: www.ande.org.br
E-mail: ande@ande.org.br
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