Desenvolvido e promovido pelos doze estabelecimentos de saúde geridos pelo Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, o Projeto “Saúde Mental – Vamos Descomplicar?” pretende “transmitir informação sobre a doença mental de uma forma mais intuitiva e cativante”.
Para Ana Filipa Gamelas, do Gabinete de Gestão de Projeto “já existem diversos websites sobre saúde mental, mas a maioria dirige-se a profissionais de saúde ou à comunidade em geral, apresentando muitas vezes uma estrutura e linguagem complexas, o que dificulta a apropriação da informação. Além disso, há muita informação dispersa, o que dificulta a sua análise.
Os GARs, que são os grupos de autorepresentação dos utentes, “definiram que pretendiam (…) promover a autodeterminação e ’empowerment’ de pessoas com experiência de doença mental e as suas famílias, mas também capacitar a comunidade em geral, numa vertente do projeto de combate ao estigma. É através de um maior conhecimento e neste âmbito as estratégias de promoção da literacia em saúde mental, de que este projeto é exemplo, são fundamentais”.
De acordo com Ana Filipa, “é importante aumentar o conhecimento sobre o que é a doença mental, desmistificando ideias pré-concebidas e estigmatizantes. É fundamental sabermos o que é, como podemos encontrar os apoios e serviços necessários, como podemos ajudar alguém que necessite de apoio. Perceber que ter uma doença mental não é assim tão diferente de ter qualquer outro problema de saúde”.
Segundo os organizadores, o projeto foi pensado e desenvolvido por e para Pessoas com Deficiência intelectual e experiência de doença mental e para as suas famílias e representantes, mas a informação que consta no website é útil e relevante para profissionais com intervenção na área e toda a comunidade.
“Trata-se de dar voz a estas pessoas. Dar espaço vivencial para serem quem são e dizerem-se como são. Neste âmbito há um duplo efeito. Sentimos que, por um lado, este projeto ajudou o amadurecimento dos próprios GARs, com o seu trabalho de articulação e reflexão e, por outro, esperamos que através destes vídeos e conteúdos as pessoas com experiência de doença mental e deficiência intelectual tenham acesso a mais informação, contribuindo para a sua capacitação e autonomia”, sublinha Ana Filipa Gamelas.
Todos os vídeos e os conteúdos escritos foram desenvolvidos por cada um dos GARs, em articulação com os técnicos de apoio e com as entidades parceiras do projeto – Fundação Bento Menni e Familiarmente – Federação Portuguesa das Associações das Famílias de Pessoas Com Experiência de Doença Mental.
O vídeo de apresentação do projeto pode ser visto aqui.
No entanto, há outros vídeos gravados aos quais poderá assistir no website do projeto.
Fonte https://revistareacao.com.br/projeto-saude-mental-desenvolvido-por-irmas-hospitaleiras-dao-voz-as-pessoas-com-deficiencia/
Postado por Antônio Brito
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