24/07/2025

Apenas 51% dos estados brasileiros possuem Conselhos Estaduais, e em São Paulo, apenas 38% dos municípios têm esses órgãos

Apenas 51% dos estados brasileiros possuem Conselhos Estaduais, e em São Paulo, apenas 38% dos municípios têm esses órgãos  

Legislações garantem a criação dos Conselhos Estaduais e Municipais. Até a LBI – Lei Brasileira de Inclusão cita essa participação das pessoas com deficiência, mas, no principal estado da federação, são poucos os órgãos nos municípios.

Ao menos 5 legislações brasileiras mencionam a importância da criação e manutenção de conselhos dos direitos da pessoa com deficiência, mas levantamento realizado pelo Diário PcD mostra outra realidade no estado de São Paulo.

A criação dos Conselhos Municipais e Estaduais dos Direitos da Pessoa com Deficiência no Brasil é respaldada por uma combinação de legislações federais e diretrizes de políticas públicas que visam garantir a participação social, o controle democrático e a formulação de políticas voltadas à inclusão e proteção das pessoas com deficiência.

Cada Estado e Município pode aprovar legislação própria para instituir seus respectivos conselhos, que devem definir a estrutura administrativa do conselho; estabelecer número de membros e paridade (sociedade civil e governo); e determinar o mandato, processo de eleição e atribuições.

O Brasil possui 26 estados e 1 Distrito Federal – 27 unidades federativas. Mas apenas 51% possuem Conselhos Estaduais.

Em evento do CONADE – Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, realizado em 2023, apontou que atualmente, existem 14 Conselhos Estaduais dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CEDPcD) formalmente constituídos e em funcionamento no Brasil – Acre – Amapá – Bahia – Distrito Federal – Espírito Santo – Goiás – Maranhão – Mato Grosso – Mato Grosso do Sul – Minas Gerais – Paraíba – Roraima – Santa Catarina e São Paulo.

Em São Paulo, a Lei nº 10.217/1998 criou o Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência (CEAPcD-SP).

O estado paulista conta com mais de 11 milhões de habitantes, 645 municípios e uma estimativa de aproximadamente 4,2 milhões de pessoas com deficiência, de acordo com a PNAD – Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar, realizado em 2022 pelo IBGE.

De acordo com o Conselho Estadual de SP, até dezembro de 2024, somente 248 municípios possuíam Conselhos Municipais, ou seja, apenas 38% das cidades do principal estado da federação oferecem esses órgãos como aproximação entre as pessoas com deficiência e de fundamental importância para garantir os direitos, a inclusão e a participação efetiva das pessoas com deficiência na formulação de políticas públicas em âmbito local.

https://youtu.be/lEGzG8-t9UI

Confira relação de municípios abaixo.
“Os conselhos devem promover a escuta direta das pessoas com deficiência e de suas famílias, permitindo que suas demandas sejam levadas à gestão pública. Isso fortalece a democracia participativa e o controle social. Esses órgãos devem ter a função de monitorar o cumprimento de leis e programas voltados à acessibilidade, educação inclusiva, saúde, trabalho, transporte, entre outros. Ele também pode denunciar falhas e sugerir melhorias. O conselho pode colaborar com o poder público na criação e aprimoramento de políticas municipais voltadas às pessoas com deficiência, adequando as ações às realidades específicas do município”, afirmou Abrão Dib, presidente da ANAPcD – Associação Nacional de Apoio às Pessos com Deficiência.

São Paulo – Conselhos Municipais da Pessoa com DeficiênciaBaixar

LEGISLAÇÕES QUE DETERMINAM CRIAÇÃO E MANUTENÇÃO DE CONSELHOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Constituição Federal de 1988

    Art. 1º, inciso V: Princípio da cidadania e da dignidade da pessoa humana.
    Art. 204: Define que a participação da população por meio de organizações representativas é diretriz da política de assistência social.
    Art. 227: Estabelece o dever do Estado, da família e da sociedade de garantir os direitos das pessoas com deficiência.

Lei nº 13.146/2015 — Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei Brasileira de Inclusão – LBI)

    Art. 76: Determina que o poder público deve fomentar a criação e manutenção de conselhos dos direitos da pessoa com deficiência, com composição paritária entre governo e sociedade civil.
    Define que os conselhos atuam como órgãos de controle social, acompanhamento e proposição de políticas públicas.

    📌 A LBI reforça que os conselhos devem ter caráter consultivo, deliberativo e fiscalizador.

Decreto nº 3.298/1999 (Regulamenta a Política Nacional para a Integração da Pessoa com Deficiência)

    Art. 30: Estimula a criação de órgãos colegiados de representação da sociedade civil junto ao poder público para formular e controlar a política de integração das pessoas com deficiência.

Lei nº 8.742/1993 — Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS)

    Art. 6º-B: Prevê que a organização da rede socioassistencial deve ser feita com participação popular e controle social, por meio de conselhos paritários e democráticos.

Resoluções do CONADE – Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

    Resolução nº 1/2006 do CONADE – Define diretrizes para composição, funcionamento e finalidade dos conselhos locais.
 

 

Fonte https://diariopcd.com.br/apenas-51-dos-estados-brasileiros-possuem-conselhos-estaduais-e-em-sao-paulo-apenas-38-dos-municipios-tem-esses-orgaos/

Postado Pôr Antônio Brito 

23/07/2025

Seleção masculina de basquete em CR é convocada para a Copa América 2025 na Colômbia


Seleção Brasileira de basquete em cadeira de rodas no CT Paralímpico, em São Paulo | Foto: Marcello Zambrana/ CPB

A Seleção Brasileira masculina de basquete em cadeira de rodas foi convocada para a disputa da Copa América 2025, em Bogotá, na Colômbia. A lista final com os 12 atletas que vão defender o país no torneio continental foi confirmada pelo técnico Marcos Vitor Araújo nesta segunda-feira, 21, após o término do período de treinamento conjunto com o Canadá, realizado na última semana no Centro de Treinamento Paralímpico.

A delegação brasileira se apresenta em São Paulo no dia 11 de agosto e viaja rumo à Bogotá em seguida. Antes da estreia na competição, marcada para o dia 15, a Seleção ainda disputa dois jogos-treino com a Colômbia.

O Brasil está no Grupo B da competição, ao lado de Estados Unidos, México e Colômbia. Já no Grupo A estão Canadá, Argentina, Porto Rico e Venezuela. As partidas serão disputadas entre os dias 15 e 20 de agosto, no ginásio Coliseo Cayetano Cañizares, na capital colombiana.

Além do troféu de campeão continental, a Copa América 2025 distribui três vagas diretas para o Campeonato Mundial de 2026, em Ottawa, no Canadá. Além disso, outras duas vagas serão destinadas para o Torneio de Repescagem.

“Muitas variáveis foram consideradas. Temos as estatísticas de todos os jogos amistosos que a gente fez. Tivemos também uma avaliação da intensidade e da qualidade dos jogadores, além de analisar fisicamente como os atletas se encontram. No final de tudo, conversamos com a comissão técnica para avaliar todos esses quesitos e decidir os doze”, explicou Marcos Vitor.

Brasileiros e canadenses estiveram reunidos desde a última quarta-feira, 16, até o domingo, 20, e realizaram jogos-treino diariamente. Já na última sexta-feira, 18, as duas Seleções disputaram o Desafio Internacional Paralímpico, partida que contou com transmissão do canal SporTV3 e que terminou com a vitória dos visitantes por 79 a 50.

O período de intercâmbio foi a última oportunidade dos atletas serem observados pela comissão técnica antes do fechamento da lista com os 12 nomes convocados para a Copa América.

Confira a lista de convocados da Seleção masculina de basquete em cadeira de rodas para a Copa América 2025:

Dwan Gomes Dos Santos (1.0) – ADFEGO/GO
Michael Braga Da Silva (1.0) – Gadecamp/SP
Sérgio Ricardo Veiga Do Rosário Júnior (1.5) – ADD Magic Hands/SP
Anderson Carlos Silva Ferreira (2.5) – Kings/PR
Ezequiel Barbosa De Souza (3.0) – ADD Magic Hands/SP
Marcos Cândido Sanchez Da Silva (3.0) – ADFEGO/GO
Norton Rodrigues (3.0) – APAC/PR
Cristiano Junior Marcondes Clemente (4.0) – ADD Magic Hands/SP
Djunior De Souza Vaz (4.0) – APAC/PR
Dário Schulz Filho (4.5) – CEPE/SC
Eduardo Alexandre Oliveira Da Silva (4.5) – ADEFGO/GO
Leandro De Miranda (4.5) – ADD Magic Hands/SP

*Com informações da Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas (CBBC)

Patrocínio
A Caixa e as Loterias Caixa são as patrocinadoras oficiais do basquete em cadeira de rodas.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/selecao-masculina-de-basquete-em-cr-e-convocada-para-a-copa-america-2025-na-colombia/

Postado Pôr Antônio Brito 

Artistas PcD dizem não ter oportunidades no mundo da música

Artistas PcD relatam a falta de oportunidades no mercado musical, apesar do talento. Invisibilidade e capacitismo são barreiras. Grandes empresas não investem no segmento, e a inclusão ainda é superficial.

Artistas PcD dizem não ter oportunidades no mundo da música

A música é uma forma de arte muita concorrida e os artistas com deficiência ainda lutam por um espaço ao sol e para garantir os mesmos direitos de um músico comum.

Apesar da pauta da inclusão ser cada vez mais uma constante, é inegável que o preconceito existe de forma velada ou explícita neste mercado. Quantos Nelson Ned’s, Stevie Wonder’s, Billy Saga’s, André Bocelli’s ou Hebert Vianna’s, por exemplo, deixaram de aparecer por conta da exclusão das pessoas com deficiência?

Mesmo com essa situação, muitos artistas PcD ainda tentam viver da música.

O jornal Metrópoles entrevistou Cauan Sommerfeld e Lara Lopes, ambos com deficiência visual e voltados ao rap, trap e reggaeton. Eles compartilharam experiências e mostraram que esse universo musical, mesmo parecendo democrático, não segue essa premissa na prática.

Eles acreditam que o capacitismo existe e mesmo sabendo da existência de grandes talentos, o mercado musical não acredita no real potencial das PcD.

Para Lara, essa situação chega a ser uma questão social. Ela diz que existe muita invisibilidade em relação às pessoas com deficiência na sociedade no geral, e os artistas devem seguir tentando derrubar os paradigmas.

Cauan também relatou que as grandes empresas “definitivamente não” fazem qualquer movimentação para incluir os artistas PcD e que, como o pai trabalhou em gravadora, sabe que alguns materiais não são nem analisados.

Especialistas acreditam que as grandes gravadoras não apostam porque ainda não veem um resultado de vendas grande no segmento PcD. Na opinião dele, a inclusão está muito vulgarizada e ramificada.

A memória do mercado musical parece curta. Tivemos grandes astros PcD na música, no Brasil e no exterior.

Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=ad880dc4-ae84-421e-b1bb-490058ff2b99

Postado Pôr Antônio Brito 

Especialista comenta sobre como o grau de deficiência para aposentadoria no INSS

Especialista comenta sobre como o grau de deficiência para aposentadoria no INSS

Susanne Maia, CEO da Aposenta PcD, apresenta informações sobre exigências do INSS

De acordo com Susanne Maia, CEO da Aposenta PcD, “para determinar seu grau de deficiência para fins de aposentadoria, você precisa passar por uma avaliação médica e social no INSS, que inclui a análise do Índice de Funcionalidade Brasileiro Aplicado para Fins de Aposentadoria (IFBrA)”.

Essa avaliação determinará se sua deficiência é grave, moderada ou leve, com base em critérios de pontuação.

“A análise do grau da deficiência é feita de forma multidisciplinar, envolvendo médicos, assistentes sociais e outros profissionais. O grau de deficiência pode influenciar o tempo de contribuição necessário para a aposentadoria. A avaliação da deficiência considera não apenas a condição médica, mas também o impacto na vida social e funcional da pessoa”, comenta a especialista.

Serviços:

Aposenta PcD

@susanne@aposentapcd.com

WhatsApp (11) 9 5995 0729

Fonte https://diariopcd.com.br/especialista-comenta-sobre-como-o-grau-de-deficiencia-para-aposentadoria-no-inss/

Postado Pôr Antônio Brito

22/07/2025

OAB/SP realiza Audiência Pública para debater proposta do Código Brasileiro de Inclusão

 OAB/SP realiza Audiência Pública para debater proposta do Código Brasileiro de Inclusão

Evento acontece na capital paulista na terça-feira, 29, com inscrições limitadas

A OAB – Ordem dos Advogados do Brasil – Secção São Paulo, realizará uma Audiência Pública para debater o PL – Projeto de Lei 2661/2025, proposto em 29 de maio de 2025 pela Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados, que tem como objetivo principal instituir a Consolidação das Leis Brasileiras de Inclusão da Pessoa com Deficiência—também conhecido como “Estatuto da Pessoa com Deficiência” consolidado.

Serviço:

Data: 29 de julho (terça-feira) 9hs | Local: Sede Institucional
Rua Maria Paula, nº 35 – Capital – São Paulo – SP

Informações:

https://www2.oabsp.org.br/asp/dotnet/CulturaEventos/Eventos/Apps/SinopseEvento.aspx?idCultural=34138&sn=1

Programação

Abertura
Dr. LEONARDO SICA

Presidente da OAB SP


Drª. VIVIAN REGINA DE CARVALHO CAMARGO

Presidente da Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB SP e da Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB Subseção de Campinas.

Expositores
Dr. ANDRÉ COELHO

Presidente da Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência Região Sudeste da Associação Brasileira de Advogados, Conselheiro do Conselho Nacional de Direito da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e Membro da Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência da OBAB SP


Dr. CAHUE TALARICO

Mestre em Direito, Coordenador do Comitê Jurídico da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down e Presidente da Comissão de Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB Subseção de Santos.


 ANDREA WERNER

Deputada Estadual de São Paulo


Drª. IZABEL MAIOR

Mestre em Medicina Física e Reabilitação pela UFRJ , Membro Titular da Academia Brasileira de Medicina de Reabilitação, que integra a Rede Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência- Rede-In e a Frente Nacional de Mulheres com Deficiência.


 MARCELO PANICO

Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social e Membro Titular da Comissão Permanente de Acessibilidade da Secretaria Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência de São Paulo.


Promoção
Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB SP

Apoio Institucional
Cultural OAB


Apoio Cultural
OAB Prev

***Vagas limitadas***

Dr. Leonardo Sica
Presidente da OAB SP

 


Fonte https://diariopcd.com.br/oab-sp-realiza-audiencia-publica-para-debater-proposta-do-codigo-brasileiro-de-inclusao/
 
Postado Pôr Antônio Brito

Lei Cão-Guia comemora 20 anos, mas preconceito ainda persiste

Lei Cão-Guia comemora 20 anos, mas preconceito ainda persiste

 

É preciso reforçar o direito à circulação livre garantido por lei federal

“Eu já perdi as contas de quantas vezes tive problemas para entrar em lugares ou pegar um carro de aplicativo. Estou no segundo cão-guia, e as coisas melhoraram, mas lentamente”, diz a tutora da Zuca, Jucilene Braga Rodrigues, de 44 anos, moradora de Salto de Pirapora, interior de São Paulo.


Apesar da Lei Federal nº 11.126/2005, que garante o direito de pessoas com deficiência visual acompanhadas de cão-guia circularem livremente em espaços públicos e privados de uso coletivo, existir há duas décadas, casos de discriminação e barreiras de acesso ainda são frequentes em diversas regiões do Brasil.


A mobilidade e autonomia de pessoas com deficiência visual dependem do respeito às necessidades individuais, e as leis asseguram isso. No entanto, episódios recentes em aeroportos, comércios e serviços de transporte, têm mostrado que, mesmo após 20 anos, muitos estabelecimentos não respeitam o direito de circulação garantido pela legislação.

“Sempre que chego em um restaurante, geralmente eu preciso explicar, dizer que não é um cão de estimação. Recentemente, uma conhecida minha, que também é tutora de um cão- guia, foi impedida de entrar em um restaurante por estar acompanhada do cão”, lamenta Jucilene.

A lei assegura que o acesso do cão-guia é permitido em todos os locais públicos, privados de uso coletivo, e meios de transporte, sem que o tutor seja impedido ou penalizado pela presença do animal. A entrada ou permanência
do cão não pode ser condicionada ao pagamento de taxas adicionais.

“O cão-guia é uma ferramenta de inclusão, pois é fato que pessoas com deficiência que são tutoras, têm vida social mais intensa. O resultado, é a melhora da autoestima e confiança. Na verdade, o cão-guia tem passe livre em praticamente todos os lugares, a não ser em ambientes que precisem de assepsia, como unidades de terapia intensiva. Mas acredito que muito do
preconceito vem do desconhecimento”, reflete Fabiano Pereira, instrutor de cão-guia e responsável técnico do Instituto Adimax, localizado em Salto de Pirapora e maior centro de treinamento de cães-guias da América Latina.

Diante dessa realidade, algumas empresas e entidades têm realizado campanhas educativas na tentativa de modificar o olhar das pessoas para a deficiência como um todo. No caso do Instituto Adimax, além de promover visitas guiadas à sede, para que a população geral compreenda o treinamento e importância de um cão-guia, ainda disponibiliza em eventos, espaços
públicos e empresas, um túnel sensorial móvel, que permite ao usuário vivenciar a experiência de não enxergar. “Esperamos que essas ações despertem a consciência e empatia no maior número de pessoas, pois experimentam mesmo que por um breve espaço de tempo, o que uma pessoa com deficiência visual vive na pele diariamente”, salienta Camila Candunzin,
coordenadora de Relações Institucionais do Instituto Adimax,

É importante lembrar que caso a pessoa com deficiência compreenda que foi desrespeitada em seus direitos, é amparada por outras normas complementares, como o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), que reforça o direito à acessibilidade plena. Ela poderá ainda fazer a denúncia nos canais do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, na Ouvidoria da Pessoa com Deficiência, ou em delegacias comuns com base na lei vigente.

Para Jucilene, o caminho da conscientização ainda é longo, pois muitas barreiras precisam ser rompidas.” Na verdade, o que gostaríamos é que as pessoas entendessem que queremos somente o direito de ir e vir, e que o cão-
guia representa nossos olhos nesse processo”.

Sobre o Instituto Adimax

Localizada em Salto de Pirapora, interior de São Paulo, a sede conta com uma estrutura completa. São 15 mil metros quadrados, com maternidade, canil, clínica veterinária, centro cirúrgico, área de soltura, lazer e treinamento, prédio administrativo e hotel para receber futuros usuários de cães-guias, e uma equipe multidisciplinar, distribuída nas
áreas de saúde e bem-estar, equipe técnica, administrativo, relações institucionais, assistência socia, responsabilidade social e operacionais, totalizando 53 colaboradores.

O propósito do Instituto é apoiar a inclusão de pessoas com deficiência ou em situação de vulnerabilidade e o bem-estar animal.


Antes de chegarem ao seu destino, os cães são acolhidos por famílias voluntárias onde ficam pelo período de um ano. O papel dos socializadores é expor os animais às mais diversas situações do cotidiano, para promover seu desenvolvimento e acostumá-los à rotina. Além, é claro, de dar a eles tempo e amor. Depois desse período, os cães voltam para o instituto e ficam entre 4 e 6 meses em treinamento. Após formados, poderão ser doados para dar início a missão: transformar a vida de pessoas com deficiência visual.

Além do Programa Cão Guia o Instituto conta com outros 11 programas sociais que tem como finalidade a inclusão social e cuidado de pessoas em vulnerabilidade.

A entrega do cão guia é feita de forma totalmente gratuita aos candidatos que preencham os requisitos do Programa. A inscrição é feita diretamente no site: www.institutoadimax.org.br na aba cão guia.

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CPB realiza Meeting Paralímpico Loterias Caixa com 245 atletas em Manaus e São Luís

Atleta realiza arremesso durante o Meeting Loterias Caixa de Manaus em 2024 | Foto: Michael Dantas/CPB

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) realiza neste sábado, 26, as etapas do Meeting Paralímpico Loterias Caixa em Manaus (AM) e São Luís (MA), reunindo 245 atletas de três modalidades: atletismo, halterofilismo e tiro com arco.

Em Manaus, foram inscritos 132 competidores para disputas na Vila Olímpica Ilmo. Sr. Jorge Elias Costa. Destes, 88 estarão no atletismo, 29 no halterofilismo e 15 no tiro com arco.

Já em São Luís serão 113 participantes no atletismo, que será disputado na Universidade Federal do Maranhão.

Nas duas capitais, haverá tanto provas válidas para atletas do alto rendimento como também Seletivas Estaduais de quatro competições para as categorias de base:Paralimpíadas Escolares, Paralimpíadas Universitárias, Paralimpíadas Militares e Intercentros (disputa entre crianças de 7 a 10 anos alunas de Centros de Referência do CPB).

O Meeting Paralímpico foi criado em 2021 e tem o objetivo de desenvolver o paradesporto em todo o território nacional, com a participação de novos talentos e atletas de elite. Entre abril e agosto deste ano, o evento irá passar por todos os estados e pelo Distrito Federal.

Em 2025, o Meeting Paralímpico Loterias Caixa já teve etapas em Porto Alegre (RS), Rio Branco (AC), Florianópolis (SC), Porto Velho (RO), Curitiba (PR), Cuiabá (MT), Salvador (BA), Campo Grande (MS), Aracaju (SE), Goiânia (GO), Recife (PE), Palmas (TO), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Vitória (ES), Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Teresina (PI) e Boa Vista (RR).

Imprensa
Os profissionais de imprensa interessados em cobrir o Meeting Paralímpico Loterias Caixa de Manaus ou São Luis podem enviar um e-mail para imp@cpb.org.br com os seguintes dados: nome completo, RG ou CPF e o veículo pelo qual irão cobrir o evento. No dia da competição, os profissionais deverão se identificar na sala de imprensa do local.

Serviço
Meeting Paralímpico Loterias Caixa – Etapas de Manaus e São Luís

Data: 26 de julho, a partir das 8h

Manaus
Atletismo, halterofilismo e tiro com arco
Local: Vila Olímpica Ilmo. Sr. Jorge Elias Costa
Endereço: Av. Pedro Teixeira, 400

São Luís
Local:
Cidade Universitário Dom Delgado/UFMA
Endereço: Vila dos Portugueses, 1966,Bacanga.

Patrocínios
As Loterias Caixa, a Caixa, a Braskem e a Asics são as patrocinadoras oficiais do atletismo.
As Loterias Caixa e a Caixa são as patrocinadoras oficiais do halterofilismo e do tiro com arco.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/cpb-realiza-meeting-paralimpico-loterias-caixa-com-245-atletas-em-manaus-e-sao-luis/

Postado Pôr Antônio Brito 

Aluna de 10 anos desenvolve bengala inteligente em Colombo/PR

Lívia, 10 anos, de Colombo/PR, cria bengala inteligente "BENBOT" para detectar obstáculos acima da cintura, ganhando destaque na robótica. Com sensores e apoio técnico, o projeto inova em acessibilidade.

Aluna de 10 anos desenvolve bengala inteligente em Colombo/PR

Aos 10 anos, a garotinha Lívia de Morais Neri já tem seu nome entre os destaques da robótica educacional paranaense.

Estudante da Dumont Escola de Robótica, em Colombo/PR, ela conquistou o primeiro lugar em 2 categorias da Feira Maker 2025, promovida pela Prefeitura de Curitiba/PR. A jovem brilhou com um projeto que une inovação, sensibilidade social e tecnologia de ponta: uma bengala inteligente voltada a pessoas com deficiência visual.

Batizada de BENBOT, a bengala robótica foi projetada para identificar obstáculos acima da linha da cintura – algo que bengalas tradicionais não detectam. A ideia surgiu após uma história contada pelo pai de Lívia, sobre quando acompanhou um cego que se acidentou ao bater a cabeça em um orelhão.

Com o objetivo de evitar esse tipo de situação, Lívia desenvolveu o projeto no fim do ano passado, durante uma atividade na escola sobre tecnologia assistiva, em parceria com o programa de pós-graduação em Tecnologia e Saúde da PUC-PR, na frente de doutores e cientistas.

Lívia programou sensores e alarmes que, ao detectarem objetos no caminho, emitem alertas vibratórios ou sonoros.

O desenvolvimento teve apoio técnico de um professor PhD da Universidade Estadual de Campinas/SP (UNICAMP), que é PcD visual desde os 5 anos. Ele deu sugestões sobre ergonomia, empunhadura e ângulo de inclinação do sensor.

O projeto da menina se destacou entre mais de 60 iniciativas expostas na feira. Lívia venceu a categoria Maker Starter, voltada a projetos desenvolvidos por crianças e adolescentes iniciantes, e também a categoria principal do evento, superando equipes de universidades e profissionais da área de engenharia.

A bengala foi apresentada à Fundação Araucária, em busca de apoio para uma bolsa de iniciação científica, e será exposta novamente em agosto na PUC-PR, em uma nova etapa de aprimoramento.

Com o prêmio, Lívia também ganhou uma impressora 3D e já começou a desenvolver novos projetos em casa.

Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=a1941a67-837e-42b4-9dee-4d5bc5869a2e

Postado Pôr Antônio Brito 

21/07/2025

Inscrições para Etapas Nacionais das Paralimpíadas Militares 2025 vão até 1º de agosto

Paralimpíadas Militares de Tiro Esportivo na Escola de Educação Física da Polícia Militar de São Paulo/SP, 2024 | Foto: Ana Patricia Almeida/CPB. 

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) está com inscrições abertas para as Etapas Nacionais das Paralimpíadas Militares 2025. O período de inscrição vai de 1º de julho a 1º de agosto. Podem se inscrever agentes de segurança pública e também civis com deficiência, conforme previsto no regulamento da competição.

As Paralimpíadas Militares reúnem disputas nas modalidades de tiro com arco e tiro esportivo. No tiro esportivo, o Brasil conquistou sua primeira medalha paralímpica na história da modalidade nos Jogos de Paris 2024, com o paulista Alexandre Galgani. Ele conquistou a prata na prova R5 carabina de ar 10m, posição deitado misto da classe SH2 (utilizam suporte para a arma).

Todos os participantes das Etapas Estaduais estarão aptos a disputar a Fase Nacional do evento, que compõe a Conexão Paralímpica. Essa fase será realizada de 1 a 4 de outubro, em São Paulo. As provas de tiro com arco acontecerão no Centro de Treinamento Paralímpico, na zona sul da capital, enquanto as de tiro esportivo serão na Escola de Educação Física da Polícia Militar, na zona norte.

Patrocínio
As Loterias Caixa e a Caixa são as patrocinadoras oficiais do tiro esportivo e do tiro com arco.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/inscricoes-para-etapas-estaduais-das-paralimpiadas-militares-2025-vao-ate-1o-de-agosto/

Postado Pôr Antônio Brito 

Poemas de Resistência pelos 10 Anos da LBI

Poemas de Resistência pelos 10 Anos da LBI - OPINIÃO - * Por Jairo Varella Bianeck

 

OPINIÃO – * Por Jairo Varella Bianeck – com apoio da inteligência artificial como instrumento ético de criação crítica.

A Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015) completa uma década como marco civilizatório que reconhece a pessoa com deficiência como sujeito de direitos, exigindo da sociedade a eliminação de barreiras e o respeito à diferença como valor constitucional.

Este conjunto de poemas nasce como resposta ao descaso e à morosidade institucional, utilizando a poesia como ferramenta de memória, denúncia e transformação.

Cada poema expressa os fundamentos da LBI — dignidade, resistência, inclusão, justiça. São convites à ação e ao sentimento, para que o respeito atávico, legado intergeracional de justiça, não seja esquecido.

Porque sem poesia, a lei perde o fôlego.

E sem memória, a justiça perde as raízes.

Raízes de Fogo e Memória

Eles vieram como a chuva pesada,
derrubando as folhas mais verdes.
Mas as raízes não se foram,
continuam a abraçar o coração da terra.

O céu disse: “Ele se foi.”
Mas o eco no vento trouxe seu nome.
Na água que corre, ele dança,
no fogo que aquece, ele vive.

A memória é uma fogueira,
que arde na noite da espera.
E mesmo que tentem apagar as cinzas,
o calor permanece,
guiando os que vêm depois.

“O Grito do Rio”

Disseram que o rio secou,
mas a água correu para o coração da terra.
Eles silenciaram as pedras,
mas o som ficou gravado nas raízes.

Eu gritei.
E meu grito foi pássaro,
levando sementes para outras florestas.

Meu grito foi tambor,
que vibrou na pele das árvores.
O silêncio nunca vence,
porque o trovão sempre volta.

“O Tronco e Suas Sementes”

Ele era o tronco mais forte da floresta,
erguido pelo sol,
abrigando os pequenos com suas folhas.
Ele acreditava que o vento,
mesmo forte,
não deveria derrubar os mais fracos.

Foi quando o machado chegou,
tentando derrubá-lo pela raiz.
Mas o que eles não viram
foi que sua sombra já havia alimentado o solo,
 e suas sementes estavam em todo lugar.

Eles tentaram cortá-lo,
mas não se corta uma floresta inteira.

“O Curador e o Inimigo”

Eles o chamaram de cobra venenosa,
mas ele era o curador,
que buscava a cura para as feridas da terra.

Eles o chamaram de inimigo,
mas era ele quem plantava o milho
para alimentar os que tinham fome.

O inimigo, na verdade,
era o fogo que queimava a mata,
o machado que feria as árvores,
o veneno que envenenava o rio.

Eles chamaram de erro
aquilo que era apenas o desejo de crescer.

“Dançando com o Vento”

A floresta falou comigo:
“O vento sopra forte,
mas ele apenas curva as árvores.
As raízes permanecem.”

Cada passo contra o vento
é uma dança que desafia o tempo.
E mesmo quando meus pés tropeçam,
o chão me levanta.

O vento cessa.
Mas as árvores,
elas ficam,
sussurrando a verdade ao sol.

“A Lua que Não Apaga”

Houve noites em que o céu estava mudo,
e as estrelas não guiaram meu caminho.
Houve dias em que a manhã chegou cinza,
sem promessa de luz.

Mas a memória dele era como a lua,
que ainda ilumina mesmo no vazio.
A lembrança do que ele acreditava
era como o fogo que não se apaga,
uma chama pequena,
mas suficiente para me aquecer.

Eu caminhava não por mim,
mas por aqueles que ainda viriam.
Cada passo era um canto,
cada canto uma nova trilha na floresta.

“O Caminho do Rio Perdido”

Os pequenos perguntaram:
 “Por que o rio parou de correr?”
 Eu olhei para eles e não respondi,
 porque como explicar que foi o homem
 que desviou a água da vida?

Ao invés disso,
mostrei-lhes o caminho do rio no chão,
os vestígios da água que um dia foi.
“Sigam essa trilha”, eu disse.
 “O rio ainda vive,
 escondido sob as pedras.”

Prometi-lhes que as águas voltariam,
porque o rio não morre.
Ele apenas descansa,
esperando a próxima chuva.

“A Árvore e Suas Raízes”

Eles pediram para esquecer,
como se a árvore pudesse esquecer a terra.
Mas a memória é o que nos mantém em pé,
como raízes que abraçam o mundo.

Sem memória, somos folhas secas,
levadas pelo vento sem rumo.
Sem memória, somos um rio sem nascente,
perdido no deserto.

A memória é a canoa que nos guia,
o tambor que marca o ritmo da vida.
Eles podem arrancar as folhas,
mas as raízes nunca largam a terra.

  • Jairo Varella Bianeck é advogado com atuação pelos direitos das pessoas com deficiência

 

Fonte https://diariopcd.com.br/poemas-de-resistencia-pelos-10-anos-da-lbi/

Postado Pôr Antônio Brito