22/12/2023

PROJETO OTTO E SEU INCRÍVEL CONTROLE REMOTO


Criado pelas psicólogas especializadas em saúde mental da infância e adolescência Nathalia Heringer e Ariadny Abbud, fundadoras do INPI (Instituto de Neuropsicologia e Psicologia Infantil), projeto OTTO e Seu Incrível Controle Remoto é um programa que tem como principal objetivo capacitar psicólogos a tratar crianças com TDAH com perfil impulsivo de forma lúdica e científica. O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica que afeta crianças, adolescentes e até mesmo adultos. Com sintomas como desatenção, hiperatividade e impulsividade, o TDAH pode impactar significativamente a vida acadêmica, social e profissional daqueles que convivem com ele.

Apesar de um avanço considerável nos estudos para diagnóstico do TDAH, os profissionais não tinham acesso a um formato mais lúdico que unisse o lado científico também, e que pudessem ajudá-los em uma melhor identificação do transtorno, e ao mesmo tempo, proporcionar orientações de forma mais humana e didática aos pais com filhos atípicos.

O projeto já passou por diversas capitais do país, treinando mais de 200 profissionais. Para se capacitar, o terapeuta deve passar por um treinamento presencial de dois dias. Os materiais  inclusos são um livro infantil, um manual do terapeuta e um controle remoto lúdico que contempla todo tratamento da criança, treinamento de pais e professores e um caderno de terapia com atividades.

Saiba mais no link: https://www.instagram.com/inpi.instituto/

Fonte: https://revistareacao.com.br/projeto-otto-e-seu-incrivel-controle-remoto/

Postado pôr Antônio Brito 

18/12/2023

Bocha





História

Praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências 

severas, a bocha estreou nos Jogos Paraolímpicos em 1984, no masculino 

e no feminino. A modalidade passou a contar com a disputa em duplas em 

Atlanta-1996. A origem do esporte, no entanto, é incerta. Os indícios dizem 

que tudo começou na Grécia e no Egito Antigos como um passatempo, 

tornando-se um esporte apenas mais tarde, na Itália. No Brasil, a bocha

desembarcou junto com imigrantes italianos.


A versão adaptada da modalidade só passou a ser praticada na 

década de 1970. Antes de se tornar uma modalidade olímpica, no entanto, 

a bocha teve um antecessor nos Jogos Paraolímpicos. Foi o lawn bowls

uma espécia de bocha jogada na grama. Foi justamente no lawn bowls 

que o Brasil conquistou sua primeira medalha paraolímpica. Róbson 

Sampaio de Almeida e Luiz Carlos “Curtinho” foram prata nos Jogos de 

Heidelberg, na Alemanha, em 1972. Na bocha, o Brasil já conquistou 

cinco medalhas nos Jogos Paraolímpicos, sendo três de ouro e duas de 

bronze.

Nas disputas paraolímpicas, os atletas usam cadeiras de rodas e têm o 

objetivo de lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma 

branca (jack ou bolim). É permitido usar as mãos, os pés, instrumentos

 de auxílio e até ajudantes no caso dos atletas com maior comprometimento 

dos membros.

Classificação

Os atletas são classificados como CP1(deficiência mais severa) ou CP2 e 

divididos em quatro classes:

BC1
Atletas CP1 ou CP2 com paralisia cerebral que podem competir com auxílio 

de ajudantes

BC2
Atletas CP2 com paralisia cerebral que não podem receber assistência

BC3
Atletas com deficiências muito severas e que usam um instrumento 

auxiliar, podendo ser ajudados por outra pessoa

BC4
Atletas com outras deficiências severas, mas que não recebem assistência.

Curiosidades

Ajuda externa
No caso dos atletas com maior grau de comprometimento, é permitido o 

uso de uma calha para dar mais propulsão à bola. Os tetraplégicos, por 

exemplo, que não conseguem movimentar os braços ou as pernas, usam 

uma faixa ou capacete na cabeça com uma agulha na ponta. O calheiro 

posiciona a canaleta à sua frente para que ele empurre a bola pelo 

instrumento com a cabeça. Em alguns casos, o calheiro acaba sendo a

 mãe ou o pai do atleta.

Acesse também



Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE)

Site: www.ande.org.br
E-mail: ande@ande.org.br
 

 


13/12/2023

Hoje! Prêmio Paralímpicos homenageia melhores atletas de 24 modalidades em 2023 na 1ª noite do evento

serão para atletas das modalidades: atletismo, badminton, basquete em CR, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em CR, esportes de inverno, futebol de cegos, futebol de PC, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, natação, remo, rúgbi em CR, taekwondo, tênis de mesa, tênis em CR, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo e vôlei sentado.

Em 2023, os atletas paralímpicos brasileiros conquistaram 123 medalhas em mundiais de 11 modalidades (atletismo, natação, futebol de cegos, canoagemciclismo, esqui cross-country, halterofilismo, tiro com arco, tiro esportivotaekwondo e triatlo). Além disso, fizeram a melhor campanha da história em uma edição dos Jogos Parapan-Americanos, com 343 medalhas (156 ouros, 98 pratas e 89 bronzes). A façanha foi alcançada em Santiago, Chile, no mês passado. 

Já no dia 14, a partir das 20h, serão anunciadas outras 10 premiações em evento que terá a transmissão do SporTV2 : Aldo Miccolis, Personalidade Paralímpica, Prêmio Loterias Caixa, Memória Paralímpica, Melhor Técnico Individual, Melhor Técnico Coletivo, Atleta Revelação, Atleta da Galera, Melhor Atleta Masculino e Melhor Atleta Feminino. Dessas categorias, apenas o Atleta da Galera será eleito (a) por meio de participação popular e o vencedor vencedor será anunciado durante a transmissão do SporTV2.

A votação é aberta ao público por meio deste link. Neste ano, os concorrentes são: Alessandro Silva (atletismo), Brenda Freitas (judô), Mariana D’ Andrea (halterofilismo)Ricardo Mendonça (atletismo) Samuel Oliveira (natação). Esses cinco atletas foram indicados após uma eleição feita entre os colaboradores do CPB, o Conselho de Atletas do Comitê, jornalistas e patrocinadoresSaiba quem ganhou nas edições anteriores.

O Prêmio Paralímpicos é realizado desde 2011, com exceção a 2020 por causa da pandemia de Covid-19. Em 11 edições, nenhum atleta conquistou mais troféus do que o ex-nadador paulista Daniel Dias e o esgrimista gaúcho Jovane GuissoneCada um deles foi premiado 11 vezes. A recordista no gênero feminino é a judoca Alana Maldonado, dona de seis troféus nas categorias que contam com votos de uma comissão interna do CPB. A paulista ainda foi escolhida como a Atleta da Galera em 2019. Relembre todos os vencedores.

No ano passado, foram distribuídos 35 troféus, sendo 24 para destaques em suas respectivas modalidades na primeira noite de premiação. Já na segunda, em cerimônia que pôde ser acompanhada no SporTV, foram conhecidos, entre outros vencedores, os melhores atletas masculino, o judoca paraibano Wilians Araújo, e feminino, a nadadora pernambucana Carol Santiago, além do Atleta da Galera, a lançadora de dardo baiana Raíssa Machado. Relembre como foi o evento no ano passado.

Imprensa
cobertura do Prêmio Paralímpicos será permitida apenas no dia 14 de dezembro. O profissional de imprensa interessado em realizar a cobertura necessita enviar um e-mail para imp@cpb.org.br, até o final desta terça-feira, 12, com os seguintes dados: nome completo, RG ou CPF e o veículo para qual realizará o trabalho.

Serviço
12ª edição do Prêmio Paralímpicos, apresentado por Loterias Caixa
Dias: 13 e 14 de dezembro
Horário: a partir das 19h.
Local: Tokio Marine Hall Endereço: Rua Bragança Paulista, 1281 – Várzea de Baixo, São Paulo – SP, 04727-002

Patrocínio
O Prêmio Paralímpicos é patrocinado pelas Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte: https://cpb.org.br/noticias/e-amanha-premio-paralimpicos-homenageia-melhores-atletas-de-24-modalidades-em-2023-na-1a-noite-do-evento/

Postado pôr: Antônio Brito 

Escola Paralímpica de Esportes retoma atividades em fevereiro de 2024 após ano histórico

compõem o atual programa dos Jogos Paralímpicos. Em 2024, o projeto também deve ofertar tênis em cadeira de rodas.

Além dos alunos que realizaram atividades no CT Paralímpico, a Escolinha ainda atendeu mais de 200 crianças e jovens em unidades dos Centros Educacionais Unificados (CEUs) da Prefeitura de São Paulo.

O ano de 2023 foi histórico para a Escolinha, com conquistas internacionais de alunos que começaram suas trajetórias esportivas no projeto. No Parapan de Jovens de Bogotá, Colômbia, disputado em junho, foram seis medalhas obtidas por atletas que, à época, estavam na Escola Paralímpica de Esportes: quatro ouros e dois bronzes.

Os responsáveis pelos títulos foram Nicole Ferreira (duplas mistas no tênis de mesa), André Martins (bocha), que subiu duas vezes ao lugar mais alto do pódio (simples e duplas mistas da classe BC4 – jogadores que não contam com auxílio), Anael Oliveira, Kauan Sabino e Marco Antônio (futebol de cegos). Nicole ainda conquistou uma medalha de bronze no individual (classes 1 a 3). O outro bronze foi das jogadoras de goalball Amanda Braz e Ana Beatriz Rocha.

Já no Parapan adulto, disputado em Santiago, Chile, no mês passado, destaque para duas atletas que passaram pelo projeto: a nadadora Alessandra Oliveira, 15, ouro nos 100m peito da classe SB4 (limitação físico-motora), e a velocista Marcelly Pedroso, bronze nos 100m e 200m da classe T37 (paralisados cerebrais), além de prata no revezamento 4x100m.

Escola Paralímpica de Esportes
A Escola Paralímpica de Esportes é idealizada e realizada pelo CPB e tem como objetivo promover a iniciação de crianças com deficiência física, visual e intelectual, na faixa etária de 7 a 17 anos, em treze modalidades paralímpicas.

São oferecidas aulas de atletismo, badminton, bocha, esgrima em cadeira de rodas, futebol de cegos, goalball, halterofilismo, judô, natação, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tiro com arco, triatlo e vôlei sentado. Todas compõem o atual programa dos Jogos Paralímpicos, estabelecido pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês).

FICHA DE INSCRIÇÃO

Os alunos são atendidos dois dias por semana, divididos em turmas às segundas e quartas-feiras e terças e quintas-feiras, em dois horários: das 14h às 15h30 e das 16h às 17h30.

As crianças recebem uniforme e lanche durante a estadia no CT Paralímpico. Também é disponibilizado transporte em locais estratégicos da Grande São Paulo. Todos os serviços são oferecidos gratuitamente.  Para mais informações sobre o projeto, entrar em contato pelo e-mail: escolaparalimpica@cpb.org.br.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte: https://cpb.org.br/noticias/escola-paralimpica-de-esportes-retoma-atividades-em-fevereiro-de-2024-apos-ano-historico/

Postado pôr: Antônio Brito 

09/12/2023

09/12 – Dia da Criança com Deficiência

 

O Dia da Criança com Deficiência é comemorado anualmente no dia 9 de dezembro. A data tem como objetivo chamar a atenção da população para a necessidade de compreensão sobre esse universo e de respeito para com as crianças, além de incentivar a promoção da melhoria da sua qualidade de vida.

Fazem parte deste grupo crianças com diagnóstico de autismo, deficiência mental, auditiva e visual, Síndrome de Down e outras menos conhecidas, mas que também afetam o relacionamento com a sociedade.

O número de crianças com deficiência em todo o mundo é estimado em quase 240 milhões, segundo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, o Brasil tem cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência. Destas, 3.905.235 são crianças de 0 a 14 anos.

Em comparação com crianças sem deficiência, crianças com deficiência têm:

– 24% menos probabilidade de receber estimulação precoce e cuidados responsivos;
– 42% menos probabilidade de ter habilidades básicas de leitura e numeramento;
– 25% mais probabilidade de sofrer de desnutrição aguda e 34% mais probabilidade de sofrer de desnutrição crônica;
– 53% mais probabilidade de apresentar sintomas de infecção respiratória aguda;
– 49% mais probabilidade de nunca ter frequentado a escola;
– 47% mais probabilidade de estar fora do ensino fundamental I, 33% mais probabilidade de estar fora do ensino fundamental II e 27% mais probabilidade de estar fora do ensino médio;
– 51% mais probabilidade de se sentir infelizes;
– 41% mais probabilidade de se sentir discriminadas;
– 32% mais probabilidade de sofrer castigos corporais severos.

No entanto, a experiência da deficiência varia muito. A análise demonstra que existe um espectro de riscos e resultados dependendo do tipo de deficiência, de onde a criança mora e de quais serviços ela pode acessar. Isso destaca a importância de projetar soluções direcionadas para lidar com as desigualdades.

O acesso à educação é um dos vários assuntos examinados no relatório. Apesar do amplo consenso sobre a importância da educação, as crianças com deficiência ainda estão ficando para trás.

O relatório constatou que crianças com dificuldade de comunicação e de cuidar de si mesmas são as que têm maior probabilidade de estar fora da escola, independentemente do nível de escolaridade. As taxas de crianças e adolescentes fora da escola são mais altas entre crianças com deficiências múltiplas e as disparidades tornam-se ainda mais significativas quando a gravidade da deficiência é levada em consideração.

“A exclusão costuma ser consequência da invisibilidade. Há muito tempo não temos dados confiáveis sobre o número de crianças com deficiência. Quando deixamos de contar, considerar e consultar essas crianças, não estamos ajudando-as a atingir seu vasto potencial”. (Henrietta Fore, diretora executiva do UNICEF).

Em 2011, foi lançado o “Viver Sem Limite: Plano Nacional de Direitos da Pessoa com Deficiência” e, em 2012, o Ministério da Saúde instituiu a Rede de Cuidados à Saúde da Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), para estabelecer diretrizes para o tratamento de pessoas com deficiência temporária ou permanente, progressiva, regressiva ou estável, intermitente ou contínua.

O plano tem como foco de ação a organização do cuidado integral em rede, contemplando as áreas de deficiência auditiva, física, visual, intelectual, ostomia e múltiplas deficiências, por meio da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, no âmbito do SUS.

Por meio do Programa de Triagem Neonatal, que inclui o teste do pezinho, o teste da orelhinha e o teste do olhinho, as ações de prevenção das deficiências por causas evitáveis e a identificação e intervenção precoce estão integradas à Rede de Cuidados a Pessoa com Deficiência e à Rede Cegonha.

O teste do pezinho é realizado em recém-nascidos para identificar desordens metabólicas, endocrinológicas, e outros distúrbios genéticos e congênitos que não apresentam sintomatologia clínica ao nascimento e assegurar ao recém-nascido diagnosticado tratamento e acompanhamento multidisciplinar por toda vida, alterando o curso clínico da doença.

Alguns direitos da Criança com Deficiência:

As escolas não podem rejeitar pessoas com deficiência. Como qualquer cidadão, as pessoas com deficiência têm direito à escola regular com os devidos apoios e adaptação dos materiais para seu desenvolvimento. Também não é permitido cobrar taxas extras por isso;

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece em seu artigo 11, §1º e §2º que o atendimento médico seja realizado sem qualquer tipo de discriminação, além de assegurar o direito ao recebimento de órteses, próteses e outras tecnologias, gratuitamente;

O ECA prevê em seu artigo 54, inciso III, que pessoas com deficiência tenham atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino;

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996), também assegura atendimento educacional especializado aos educandos com deficiência;

Lei Brasileira de Inclusão – LBI (Lei nº 13.146/2015) assegura que pessoas com e sem deficiência tenham a oportunidade de conviver umas com as outras, de forma igual, quebrando as barreiras atitudinais e minimizando, assim, o preconceito;

A LBI também estabelece a criação de um projeto pedagógico adequado, a oferta de educação em libras, a participação da família do estudante no ambiente escolar, o acesso a atividades recreativas, etc.

“A escola constitui-se em espaço privilegiado para o reconhecimento e a valorização da diferença, como fator de desenvolvimento integral dos seres humanos”, observa a diretora de políticas de educação especial do Ministério da Educação, Martinha Dutra dos Santos. “Em uma escola inclusiva todos se beneficiam quando a diversidade se torna motivo de aprendizagem e de respeito mútuo.”

 

Fontes:

Fonte: O Dia da Criança com Deficiência é comemorado anualmente no dia 9 de dezembro. A data tem como objetivo chamar a atenção da população para a necessidade de compreensão sobre esse universo e de respeito para com as crianças, além de incentivar a promoção da melhoria da sua qualidade de vida.

Fazem parte deste grupo crianças com diagnóstico de autismo, deficiência mental, auditiva e visual, Síndrome de Down e outras menos conhecidas, mas que também afetam o relacionamento com a sociedade.

O número de crianças com deficiência em todo o mundo é estimado em quase 240 milhões, segundo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, o Brasil tem cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência. Destas, 3.905.235 são crianças de 0 a 14 anos.

Em comparação com crianças sem deficiência, crianças com deficiência têm:

– 24% menos probabilidade de receber estimulação precoce e cuidados responsivos;
– 42% menos probabilidade de ter habilidades básicas de leitura e numeramento;
– 25% mais probabilidade de sofrer de desnutrição aguda e 34% mais probabilidade de sofrer de desnutrição crônica;
– 53% mais probabilidade de apresentar sintomas de infecção respiratória aguda;
– 49% mais probabilidade de nunca ter frequentado a escola;
– 47% mais probabilidade de estar fora do ensino fundamental I, 33% mais probabilidade de estar fora do ensino fundamental II e 27% mais probabilidade de estar fora do ensino médio;
– 51% mais probabilidade de se sentir infelizes;
– 41% mais probabilidade de se sentir discriminadas;
– 32% mais probabilidade de sofrer castigos corporais severos.

No entanto, a experiência da deficiência varia muito. A análise demonstra que existe um espectro de riscos e resultados dependendo do tipo de deficiência, de onde a criança mora e de quais serviços ela pode acessar. Isso destaca a importância de projetar soluções direcionadas para lidar com as desigualdades.

O acesso à educação é um dos vários assuntos examinados no relatório. Apesar do amplo consenso sobre a importância da educação, as crianças com deficiência ainda estão ficando para trás.

O relatório constatou que crianças com dificuldade de comunicação e de cuidar de si mesmas são as que têm maior probabilidade de estar fora da escola, independentemente do nível de escolaridade. As taxas de crianças e adolescentes fora da escola são mais altas entre crianças com deficiências múltiplas e as disparidades tornam-se ainda mais significativas quando a gravidade da deficiência é levada em consideração.

“A exclusão costuma ser consequência da invisibilidade. Há muito tempo não temos dados confiáveis sobre o número de crianças com deficiência. Quando deixamos de contar, considerar e consultar essas crianças, não estamos ajudando-as a atingir seu vasto potencial”. (Henrietta Fore, diretora executiva do UNICEF).

Em 2011, foi lançado o “Viver Sem Limite: Plano Nacional de Direitos da Pessoa com Deficiência” e, em 2012, o Ministério da Saúde instituiu a Rede de Cuidados à Saúde da Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), para estabelecer diretrizes para o tratamento de pessoas com deficiência temporária ou permanente, progressiva, regressiva ou estável, intermitente ou contínua.

O plano tem como foco de ação a organização do cuidado integral em rede, contemplando as áreas de deficiência auditiva, física, visual, intelectual, ostomia e múltiplas deficiências, por meio da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, no âmbito do SUS.

Por meio do Programa de Triagem Neonatal, que inclui o teste do pezinho, o teste da orelhinha e o teste do olhinho, as ações de prevenção das deficiências por causas evitáveis e a identificação e intervenção precoce estão integradas à Rede de Cuidados a Pessoa com Deficiência e à Rede Cegonha.

O teste do pezinho é realizado em recém-nascidos para identificar desordens metabólicas, endocrinológicas, e outros distúrbios genéticos e congênitos que não apresentam sintomatologia clínica ao nascimento e assegurar ao recém-nascido diagnosticado tratamento e acompanhamento multidisciplinar por toda vida, alterando o curso clínico da doença.

Alguns direitos da Criança com Deficiência:

As escolas não podem rejeitar pessoas com deficiência. Como qualquer cidadão, as pessoas com deficiência têm direito à escola regular com os devidos apoios e adaptação dos materiais para seu desenvolvimento. Também não é permitido cobrar taxas extras por isso;

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece em seu artigo 11, §1º e §2º que o atendimento médico seja realizado sem qualquer tipo de discriminação, além de assegurar o direito ao recebimento de órteses, próteses e outras tecnologias, gratuitamente;

O ECA prevê em seu artigo 54, inciso III, que pessoas com deficiência tenham atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino;

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996), também assegura atendimento educacional especializado aos educandos com deficiência;

Lei Brasileira de Inclusão – LBI (Lei nº 13.146/2015) assegura que pessoas com e sem deficiência tenham a oportunidade de conviver umas com as outras, de forma igual, quebrando as barreiras atitudinais e minimizando, assim, o preconceito;

A LBI também estabelece a criação de um projeto pedagógico adequado, a oferta de educação em libras, a participação da família do estudante no ambiente escolar, o acesso a atividades recreativas, etc.

“A escola constitui-se em espaço privilegiado para o reconhecimento e a valorização da diferença, como fator de desenvolvimento integral dos seres humanos”, observa a diretora de políticas de educação especial do Ministério da Educação, Martinha Dutra dos Santos. “Em uma escola inclusiva todos se beneficiam quando a diversidade se torna motivo de aprendizagem e de respeito mútuo.”

 

Fontes:

Fonte: 09/12 – Dia da Criança com Deficiência | Biblioteca Virtual em Saúde MS (saude.gov.br)

Postado Pôr: Antonio Brito