09/12/2023

09/12 – Dia da Criança com Deficiência

 

O Dia da Criança com Deficiência é comemorado anualmente no dia 9 de dezembro. A data tem como objetivo chamar a atenção da população para a necessidade de compreensão sobre esse universo e de respeito para com as crianças, além de incentivar a promoção da melhoria da sua qualidade de vida.

Fazem parte deste grupo crianças com diagnóstico de autismo, deficiência mental, auditiva e visual, Síndrome de Down e outras menos conhecidas, mas que também afetam o relacionamento com a sociedade.

O número de crianças com deficiência em todo o mundo é estimado em quase 240 milhões, segundo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, o Brasil tem cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência. Destas, 3.905.235 são crianças de 0 a 14 anos.

Em comparação com crianças sem deficiência, crianças com deficiência têm:

– 24% menos probabilidade de receber estimulação precoce e cuidados responsivos;
– 42% menos probabilidade de ter habilidades básicas de leitura e numeramento;
– 25% mais probabilidade de sofrer de desnutrição aguda e 34% mais probabilidade de sofrer de desnutrição crônica;
– 53% mais probabilidade de apresentar sintomas de infecção respiratória aguda;
– 49% mais probabilidade de nunca ter frequentado a escola;
– 47% mais probabilidade de estar fora do ensino fundamental I, 33% mais probabilidade de estar fora do ensino fundamental II e 27% mais probabilidade de estar fora do ensino médio;
– 51% mais probabilidade de se sentir infelizes;
– 41% mais probabilidade de se sentir discriminadas;
– 32% mais probabilidade de sofrer castigos corporais severos.

No entanto, a experiência da deficiência varia muito. A análise demonstra que existe um espectro de riscos e resultados dependendo do tipo de deficiência, de onde a criança mora e de quais serviços ela pode acessar. Isso destaca a importância de projetar soluções direcionadas para lidar com as desigualdades.

O acesso à educação é um dos vários assuntos examinados no relatório. Apesar do amplo consenso sobre a importância da educação, as crianças com deficiência ainda estão ficando para trás.

O relatório constatou que crianças com dificuldade de comunicação e de cuidar de si mesmas são as que têm maior probabilidade de estar fora da escola, independentemente do nível de escolaridade. As taxas de crianças e adolescentes fora da escola são mais altas entre crianças com deficiências múltiplas e as disparidades tornam-se ainda mais significativas quando a gravidade da deficiência é levada em consideração.

“A exclusão costuma ser consequência da invisibilidade. Há muito tempo não temos dados confiáveis sobre o número de crianças com deficiência. Quando deixamos de contar, considerar e consultar essas crianças, não estamos ajudando-as a atingir seu vasto potencial”. (Henrietta Fore, diretora executiva do UNICEF).

Em 2011, foi lançado o “Viver Sem Limite: Plano Nacional de Direitos da Pessoa com Deficiência” e, em 2012, o Ministério da Saúde instituiu a Rede de Cuidados à Saúde da Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), para estabelecer diretrizes para o tratamento de pessoas com deficiência temporária ou permanente, progressiva, regressiva ou estável, intermitente ou contínua.

O plano tem como foco de ação a organização do cuidado integral em rede, contemplando as áreas de deficiência auditiva, física, visual, intelectual, ostomia e múltiplas deficiências, por meio da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, no âmbito do SUS.

Por meio do Programa de Triagem Neonatal, que inclui o teste do pezinho, o teste da orelhinha e o teste do olhinho, as ações de prevenção das deficiências por causas evitáveis e a identificação e intervenção precoce estão integradas à Rede de Cuidados a Pessoa com Deficiência e à Rede Cegonha.

O teste do pezinho é realizado em recém-nascidos para identificar desordens metabólicas, endocrinológicas, e outros distúrbios genéticos e congênitos que não apresentam sintomatologia clínica ao nascimento e assegurar ao recém-nascido diagnosticado tratamento e acompanhamento multidisciplinar por toda vida, alterando o curso clínico da doença.

Alguns direitos da Criança com Deficiência:

As escolas não podem rejeitar pessoas com deficiência. Como qualquer cidadão, as pessoas com deficiência têm direito à escola regular com os devidos apoios e adaptação dos materiais para seu desenvolvimento. Também não é permitido cobrar taxas extras por isso;

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece em seu artigo 11, §1º e §2º que o atendimento médico seja realizado sem qualquer tipo de discriminação, além de assegurar o direito ao recebimento de órteses, próteses e outras tecnologias, gratuitamente;

O ECA prevê em seu artigo 54, inciso III, que pessoas com deficiência tenham atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino;

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996), também assegura atendimento educacional especializado aos educandos com deficiência;

Lei Brasileira de Inclusão – LBI (Lei nº 13.146/2015) assegura que pessoas com e sem deficiência tenham a oportunidade de conviver umas com as outras, de forma igual, quebrando as barreiras atitudinais e minimizando, assim, o preconceito;

A LBI também estabelece a criação de um projeto pedagógico adequado, a oferta de educação em libras, a participação da família do estudante no ambiente escolar, o acesso a atividades recreativas, etc.

“A escola constitui-se em espaço privilegiado para o reconhecimento e a valorização da diferença, como fator de desenvolvimento integral dos seres humanos”, observa a diretora de políticas de educação especial do Ministério da Educação, Martinha Dutra dos Santos. “Em uma escola inclusiva todos se beneficiam quando a diversidade se torna motivo de aprendizagem e de respeito mútuo.”

 

Fontes:

Fonte: O Dia da Criança com Deficiência é comemorado anualmente no dia 9 de dezembro. A data tem como objetivo chamar a atenção da população para a necessidade de compreensão sobre esse universo e de respeito para com as crianças, além de incentivar a promoção da melhoria da sua qualidade de vida.

Fazem parte deste grupo crianças com diagnóstico de autismo, deficiência mental, auditiva e visual, Síndrome de Down e outras menos conhecidas, mas que também afetam o relacionamento com a sociedade.

O número de crianças com deficiência em todo o mundo é estimado em quase 240 milhões, segundo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, o Brasil tem cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência. Destas, 3.905.235 são crianças de 0 a 14 anos.

Em comparação com crianças sem deficiência, crianças com deficiência têm:

– 24% menos probabilidade de receber estimulação precoce e cuidados responsivos;
– 42% menos probabilidade de ter habilidades básicas de leitura e numeramento;
– 25% mais probabilidade de sofrer de desnutrição aguda e 34% mais probabilidade de sofrer de desnutrição crônica;
– 53% mais probabilidade de apresentar sintomas de infecção respiratória aguda;
– 49% mais probabilidade de nunca ter frequentado a escola;
– 47% mais probabilidade de estar fora do ensino fundamental I, 33% mais probabilidade de estar fora do ensino fundamental II e 27% mais probabilidade de estar fora do ensino médio;
– 51% mais probabilidade de se sentir infelizes;
– 41% mais probabilidade de se sentir discriminadas;
– 32% mais probabilidade de sofrer castigos corporais severos.

No entanto, a experiência da deficiência varia muito. A análise demonstra que existe um espectro de riscos e resultados dependendo do tipo de deficiência, de onde a criança mora e de quais serviços ela pode acessar. Isso destaca a importância de projetar soluções direcionadas para lidar com as desigualdades.

O acesso à educação é um dos vários assuntos examinados no relatório. Apesar do amplo consenso sobre a importância da educação, as crianças com deficiência ainda estão ficando para trás.

O relatório constatou que crianças com dificuldade de comunicação e de cuidar de si mesmas são as que têm maior probabilidade de estar fora da escola, independentemente do nível de escolaridade. As taxas de crianças e adolescentes fora da escola são mais altas entre crianças com deficiências múltiplas e as disparidades tornam-se ainda mais significativas quando a gravidade da deficiência é levada em consideração.

“A exclusão costuma ser consequência da invisibilidade. Há muito tempo não temos dados confiáveis sobre o número de crianças com deficiência. Quando deixamos de contar, considerar e consultar essas crianças, não estamos ajudando-as a atingir seu vasto potencial”. (Henrietta Fore, diretora executiva do UNICEF).

Em 2011, foi lançado o “Viver Sem Limite: Plano Nacional de Direitos da Pessoa com Deficiência” e, em 2012, o Ministério da Saúde instituiu a Rede de Cuidados à Saúde da Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), para estabelecer diretrizes para o tratamento de pessoas com deficiência temporária ou permanente, progressiva, regressiva ou estável, intermitente ou contínua.

O plano tem como foco de ação a organização do cuidado integral em rede, contemplando as áreas de deficiência auditiva, física, visual, intelectual, ostomia e múltiplas deficiências, por meio da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, no âmbito do SUS.

Por meio do Programa de Triagem Neonatal, que inclui o teste do pezinho, o teste da orelhinha e o teste do olhinho, as ações de prevenção das deficiências por causas evitáveis e a identificação e intervenção precoce estão integradas à Rede de Cuidados a Pessoa com Deficiência e à Rede Cegonha.

O teste do pezinho é realizado em recém-nascidos para identificar desordens metabólicas, endocrinológicas, e outros distúrbios genéticos e congênitos que não apresentam sintomatologia clínica ao nascimento e assegurar ao recém-nascido diagnosticado tratamento e acompanhamento multidisciplinar por toda vida, alterando o curso clínico da doença.

Alguns direitos da Criança com Deficiência:

As escolas não podem rejeitar pessoas com deficiência. Como qualquer cidadão, as pessoas com deficiência têm direito à escola regular com os devidos apoios e adaptação dos materiais para seu desenvolvimento. Também não é permitido cobrar taxas extras por isso;

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece em seu artigo 11, §1º e §2º que o atendimento médico seja realizado sem qualquer tipo de discriminação, além de assegurar o direito ao recebimento de órteses, próteses e outras tecnologias, gratuitamente;

O ECA prevê em seu artigo 54, inciso III, que pessoas com deficiência tenham atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino;

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996), também assegura atendimento educacional especializado aos educandos com deficiência;

Lei Brasileira de Inclusão – LBI (Lei nº 13.146/2015) assegura que pessoas com e sem deficiência tenham a oportunidade de conviver umas com as outras, de forma igual, quebrando as barreiras atitudinais e minimizando, assim, o preconceito;

A LBI também estabelece a criação de um projeto pedagógico adequado, a oferta de educação em libras, a participação da família do estudante no ambiente escolar, o acesso a atividades recreativas, etc.

“A escola constitui-se em espaço privilegiado para o reconhecimento e a valorização da diferença, como fator de desenvolvimento integral dos seres humanos”, observa a diretora de políticas de educação especial do Ministério da Educação, Martinha Dutra dos Santos. “Em uma escola inclusiva todos se beneficiam quando a diversidade se torna motivo de aprendizagem e de respeito mútuo.”

 

Fontes:

Fonte: 09/12 – Dia da Criança com Deficiência | Biblioteca Virtual em Saúde MS (saude.gov.br)

Postado Pôr: Antonio Brito

LARAMARA CONVIDA ESCOLAS PARA VIVENCIAR EXPERIÊNCIA

 

O Projeto Teen tem por objetivo a Defesa e Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente cego, com baixa visão ou com outras comorbidades, ainda contribui com a plena inclusão do usuário no ambiente escolar e especificamente divulga o trabalho realizado em Laramara, eliminando mitos em relação à cegueira.      

A visita propicia aos professores e alunos do Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio a oportunidade de contato com a realidade da pessoa com deficiência visual. Os visitantes ao percorrerem os espaços da Laramara, visualizam os detalhes do ambiente acessível, trocam experiências com as crianças e jovens atendidos e possibilita que o aluno experimente situações de alteridade, conhecendo um novo universo que envolve pessoas tão iguais, porém com necessidades tão diferentes.    


Os resultados desta ação originam movimentos espontâneos dos alunos em suas escolas e comunidades, promovendo eventos diversos e doações através de campanhas de máquinas braille, bengalas ou brinquedos aos usuários da Laramara. 

 

Mais informações e agendamento de visita pelo e-mail: vera.pereira@laramara.org.br

 

Saiba mais no link:

https://laramara.org.br/ 


Fonte:https://revistareacao.com.br/laramara-convida-escolas-para-vivenciar-experiencia/


Postado Pôr: Antonio Brito

Confira todos os vencedores das edições anteriores do Prêmio Paralímpicos

 

A nadadora pernambucana Carol Santiago e o ex-nadador paulista Daniel Dias durante premiação de 2022 | Foto: Marcello Zambrana/CPB

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) realizará a 12ª edição do Prêmio Paralímpicos, apresentado por Loterias Caixa, nos próximos dias 13 e 14 de dezembro, no Tokio Marine Hall, na capital paulista.

O evento, que vai homenagear os melhores atletas, personalidades e entidades do Movimento Paralímpico em 2023, terá a entrega de 34 troféus ao todo.

CONFIRA TODOS OS VENCEDORES DAS EDIÇÕES ANTERIORES AQUI

No primeiro dia de premiação, 13, a partir das 19h, com transmissão pelo YouTube do CPB, serão anunciados os atletas vencedores em 24 modalidades. Os ganhadores foram eleitos por uma comissão interna do CPB, a partir de uma lista enviada pelas confederações. Os troféus entregues serão para atletas das modalidades: atletismo, badminton, basquete em CR, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em CR, esportes de inverno, futebol de cegos, futebol de PC, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, natação, remo, rúgbi em CR, taekwondo, tênis de mesa, tênis em CR, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo e vôlei sentado.

Já no dia 14, a partir das 20h, serão anunciadas outras 10 premiações em evento que terá a transmissão dos canais SporTV : Aldo Miccolis, Personalidade Paralímpica, Prêmio Caixa, Memória Paralímpica, Melhor Técnico Individual, Melhor Técnico Coletivo, Atleta Revelação, Atleta da Galera, Melhor Atleta Masculino e Melhor Atleta Feminino. Dessas categorias, apenas o Atleta da Galera será eleito (a) por meio de votação popular.

Os concorrentes deste ano são: Alessandro Silva (atletismo), Brenda Freitas (judô), Mariana D’ Andrea (halterofilismo), Ricardo Mendonça (atletismo) e Samuel Oliveira (natação). Esses cinco atletas foram indicados após uma eleição feita entre os colaboradores do CPB, o Conselho de Atletas do Comitê, jornalistas e patrocinadores.

A premiação ocorre desde 2011 e, desde então, nenhuma pessoa recebeu mais troféus do que o ex-nadador paulista Daniel Dias e o esgrimista gaúcho Jovane Guissone. Cada um deles foi premiado 11 vezes.
Daniel alcançou tal marca porque, além de ter sido eleito o melhor atleta de natação, entre os anos de 2011 e 2018, consecutivamente, também foi escolhido como melhor atleta masculino nos anos de 2011, 2013 e 2017. Além dos prêmios, Daniel também foi homenageado na 10ª edição do Prêmio Paralímpicos, ocasião em que já havia anunciado sua aposentadoria como atleta.

Desde a estreia do Prêmio Paralímpicos, a esgrima em cadeira de rodas está entre as modalidades que têm atletas premiados. Jovane conquistou todos os 11 troféus, desde 2011 até 2022. Em 2020, o evento não foi realizado por causa da pandemia de Covid-19.

Entre as mulheres, não há nenhuma atleta 100% nas categorias em disputa no Prêmio Paralímpicos. A recordista no gênero feminino é a judoca Alana Maldonado, dona de seis troféus nas categorias que contam com votos de uma comissão interna do CPB. Ela assumiu esse posto ao ser eleita a melhor atleta de judô nos anos de 2016, 2017, 2018 e 2021, além de ter sido considerada o destaque feminino em 2017 e 2018. A paulista ainda foi escolhida como a Atleta da Galera em 2019.

Imprensa
A cobertura do Prêmio Paralímpicos será permitida apenas no dia 14 de dezembro. O profissional de imprensa interessado em realizar a cobertura necessita enviar um e-mail para imp@cpb.org.br, com os seguintes dados: nome completo, RG ou CPF e o veículo para qual realizará o trabalho.

Serviço
12ª edição do Prêmio Paralímpicos
Dias: 13 e 14 de dezembro
Horário: a partir das 19h.
Local: Tokio Marine Hall
Endereço: R. Bragança Paulista, 1281 – Várzea de Baixo, São Paulo – SP, 04727-002
Transmissão: Dia 13 (YouTube do CPB) e dia 14 (canais SporTV).

Patrocínio
O Prêmio Paralímpicos é apresentado pelas Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

FONTE: https://cpb.org.br/noticias/confira-todos-os-vencedores-das-edicoes-anteriores-do-premio-paralimpicos-2/

POSTADO PÔR: Antonio Brito

06/12/2023

Levantamento do TCE mostra situação do atendimento a pacientes com TEA

 Publicado em Notícias por  em 4 de dezembro de 2023

Os resultados de um levantamento do Tribunal de Contas de Pernambuco sobre a situação do atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Estado mostraram que os municípios pernambucanos ainda estão na fase inicial para o estabelecimento de uma política pública voltada ao tema. Um dos motivos é a falta de dados sobre a quantidade de pacientes com o transtorno em cada localidade, e de ações eficazes para o diagnóstico e tratamento. 

Outro problema observado é a ausência, ou insuficiência, de médico especialista e de uma equipe multidisciplinar mínima para realizar as terapias necessárias ao desenvolvimento da pessoa autista. 

Os dados da pesquisa apontaram que 37% das 184 cidades pernambucanas (68 municípios) não possuem ao menos um profissional de saúde apto ao diagnóstico do transtorno, em sua rede de atendimento pública. O mesmo vale para terapeutas ocupacionais, onde somente 39 municípios contam com ao menos um em seu quadro de profissionais de saúde.

Em relação à capacitação, dos 846 profissionais que atendem usuários com TEA em Pernambuco, apenas 10% (82) possuem formação para essa finalidade.

Ainda, segundo o levantamento, 159 municípios (86%) informaram não ter realizado qualquer capacitação relacionada ao TEA aos seus profissionais, nos últimos três anos. A fila de espera para consulta com esses especialistas, hoje, é de cerca de 10 mil pessoas com indícios do transtorno, em 102 dos municípios do Estado.

Além disso, apenas 36,8% das localidades avaliadas realizam o atendimento em unidades de saúde especializadas e 30% (55) em unidades básicas de saúde (UBS), enquanto somente seis fazem atendimento em unidades exclusivas para pessoas autistas. 

Os dados enviados pelas prefeituras foram comparados a indicadores elaborados pela equipe de auditoria do TCE. As cidades foram enquadradas em seis níveis de infraestrutura: “Alto”, “Muito Alto”, “Moderado” (2), “Baixo” (27), “Muito Baixo” (95) e “Crítico” (58). Nenhuma delas chegou aos níveis “Alto” ou “Muito Alto”. 

“Essa é uma realidade que precisa ser mudada, porque trata da saúde e do futuro de pessoas até então esquecidas pelo Poder Público, incluindo os seus familiares”, destacou o auditor de Saúde do TCE, João Francisco Assis, um dos responsáveis pelo estudo. O autismo é uma das políticas públicas ligadas à Primeira Infância que vem sendo acompanhada pela instituição desde o ano de 2020, e uma das prioridades da atual gestão do presidente Ranilson Ramos.

Atualmente, o Tribunal aguarda posicionamento do governo do Estado para a assinatura de um novo Termo de Ajuste de Gestão (TAG), como o que foi assinado pela gestão anterior, sob relatoria do conselheiro Dirceu Rodolfo, com propostas para melhorar o diagnóstico e o atendimento de autistas em Pernambuco. 

“O Tribunal vai orientar o Poder Público nas políticas voltadas ao TEA, mas há duas premissas básicas que precisam constar nesse termo, que são o diagnóstico precoce e o tratamento precoce, para que os resultados no desenvolvimento dos pacientes possam acontecer”, disse o conselheiro Dirceu.

O assunto vem sendo discutido com a equipe de saúde do Governo Estadual, que ficou de avaliar o caso. O relator dos processos da Secretaria de Saúde em 2023 é o conselheiro Carlos Neves.

Fonte: https://nilljunior.com.br

Data marca a luta por inclusão: 03 de dezembro - Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

A Coordenação de Saúde e Qualidade de Vida (CSQV), da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), elaborou orientações acerca do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, que marca o calendário em 3 de dezembro. O material textual apresenta o conceito, histórico, objetivo, a fundamentação legal sobre inclusão a e a organização interna da Instituição para garantir a acessibilidade.

3 de dezembro: Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

O dia 3 do mês de dezembro marca uma importante luta em prol das pessoas com deficiência, com o objetivo de fazer um alerta sobre a necessidade do desenvolvimento de meios de inclusão e garantia de direitos desse público. Entende-se que o conhecimento pode auxiliar no processo de inclusão e garantia de direitos. A equipe da Coordenação de Saúde e Qualidade de Vida (CSQV/Progep) traz orientações acerca do assunto.

A Lei nº 13.146/2015, Lei Brasileira de Inclusão (LBI), tem como objetivo assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Cabe ressaltar que Acessibilidade é a garantia de possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

A Universidade Federal de Pelotas busca garantir e efetivar a acessibilidade e inclusão através da Coordenação de diversidade e inclusão (Codin), que possui os seguintes objetivos:

– Estabelecer políticas e diretrizes na consolidação de ações na comunidade universitária em relação às cotas no ingresso e permanência no ensino superior, em cursos de graduação e pós-graduação e nas cotas no ingresso nos cargos de servidores da UFPel, conforme a legislação vigente;

– Desenvolver estratégias políticas na instituição para o acompanhamento dos grupos de alunos cotistas e servidores efetivados pelas políticas de ação afirmativa, mediante o levantamento de dados diversos e o incentivo de oferta de políticas institucionais a serem mobilizadas por órgãos e agentes públicos da IES e da sociedade em geral;

– Desenvolver, de forma articulada com toda a IES, ações para sensibilização e mobilização da comunidade universitária para a convivência com as diversas realidades presentes na diversidade social (correlacionadas à gênero e sexualidade, à etnia, à raça, à tradição das culturas e à vulnerabilidade socioeconômica);

– Fomentar e consolidar o cuidado e atuação no campo da acessibilidade física e psicológica das pessoas integrantes da Universidade, propiciando sua convivência integrada na comunidade universitária; Assessorar órgãos diversos no planejamento e na programação de ações que apontem para a atenção à vivência da diversidade na Universidade.

A Codin está organizada em Três Núcleos:

– NUGEN – Núcleo de Gênero e Diversidade: planeja e executa ações institucionais propositivas nas frentes da denúncia, da comunicação, da infraestrutura, da formação e das políticas afirmativas e institucionais nos campos de gênero e de diversidade sexual. Os seus objetivos estão relacionados à igualdade de direitos e a não discriminação por sexo, orientação sexual e identidade de gênero, sendo um núcleo criado para o combate ao machismo, ao sexismo, à misoginia e à homolesbobitransfobia na Universidade.

– NAI – Núcleo de Acessibilidade e Inclusão: atua promovendo políticas e ações que efetivem a inclusão no Ensino Superior, através da busca conceitual, política e prática pelo acesso, permanência e qualidade em todos os níveis, espaços e cotidianos da Universidade. O NAI apresenta como princípios norteadores a concretização o Plano de Acessibilidade e Inclusão da UFPEL, promove ações de conscientização, discussão, formação compartilhada de coordenadores, técnicos, professores, monitores, tutores e comunidade em geral, além da oferta dos serviços especializados: Seção de Intérpretes de Libras e a Seção de Atendimento Educacional Especializado. Conta, ainda, com Comissão de apoio – CONAI.

– NUAAD – Núcleo de Ações Afirmativas e Diversidade: desenvolve atividades relacionadas ao gerenciamento das vagas ocupadas por cotistas (pessoas negras, indígenas e quilombolas) ou direcionadas a estes; realiza atividades educativas e informativas nas escolas públicas de Educação Básica, bem como a promoção de eventos que permitam a aproximação da Universidade e a inclusão de pessoas indígenas, quilombolas e negras mediante ações conjuntas. É responsável pela realização das bancas de heteroidentificação para ingresso de estudantes (graduação e pós-graduação) e de servidores/as. Além disso, é responsável pelo Processo Seletivo Especial para seleção de estudantes indígenas e quilombolas na graduação, responsável pela Casa do Estudante Indígena e Quilombola, pelo acompanhamento pedagógico de estudantes indígenas e pedagógicos. Possui a Comissão Interdisciplinar de Permanência de estudantes indígenas e quilombolas e o Grupo de Trabalho de ações afirmativas, eixo étnico-racial.

Esta coordenação funciona de segunda a sexta-feira no câmpus Anglo UFPel, 4º andar, sala 406 B. Rua Gomes Carneiro, nº 1 – CEP: 96010-610, Centro. Pelotas-RS.

Com o objetivo de realizar um levantamento de dados para o planejamento e implementação de políticas de inclusão e acessibilidade voltadas aos servidores(as) com deficiência da instituição, o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) em parceria com a CSQV irão disponibilizar um instrumento destinado aos docentes, técnicos(as)-administrativos(as) e trabalhadores(as) terceirizados(as) em educação da Universidade Federal de Pelotas – UFPel, a fim de promover ações futuras. Em breve o link para participação estará disponível no site institucional e redes sociais da Universidade.

Fonte: https://ccs2.ufpel.edu.br/wp/2023/12/05/data-marca-a-luta-por-inclusao-dia-internacional-da-pessoa-com-deficiencia/