14/10/2021

Por que meu filho tem autismo?

* Por Liya Regina Mikami

Recentemente, estava conversando com uma colega professora que tem um filho com autismo* (condição clinicamente conhecida como transtorno do espectro autista ou TEA), que me falou que o neuropediatra de seu filho, por sinal, muito conceituado na cidade, disse-lhe, em uma consulta, que ela e seu esposo não deveriam ter mais filhos, pois o risco de virem a ter outro filho com a mesma condição era muito grande. Ela, por saber que minha área é a Genética Médica, me questionou: o autismo é genético?

A dúvida desta colega e mãe de autista é a mesma dúvida de milhares de pessoas. Na verdade, o autismo ocorre por uma combinação de fatores genéticos e ambientais e não é culpa de ninguém. É a soma desses fatores que fazem com que o TEA se manifeste no indivíduo, por isso, no meio médico é comum tratar o autismo como sendo de origem multifatorial, como o próprio nome já diz, múltiplos fatores, alterações genéticas e fatores externos, ambientais.

E agora entramos na parte genética disso tudo. Não existe gene para autismo, seu filho não herdou gene para o autismo de ninguém. Todos nós temos os genes, porém quando esse gene sofre uma alteração pode ser que isso leve a manifestação de uma condição ou sintoma. Desta forma, para ser autista, o fator genético envolvido é a alteração do material genético conhecida como mutação. Essa alteração pode ter sido um acidente genético no DNA da própria pessoa ou ter sido passado na família.

Ainda não se sabe tudo sobre a origem do autismo, mas o que fica cada vez mais evidente é que tem relação com a produção dos neurotransmissores, que seriam os mensageiros que fazem a comunicação do cérebro com o restante do corpo. Já se sabe que alguns neurotransmissores, como a serotonina, estão reduzidos no cérebro dos pacientes, muito provavelmente devido a um fator genético.

Qual é esse gene que, quando alterado, pode levar ao desenvolvimento do TEA? Eu respondo: muitos… Dos cerca de 20 mil genes que todos possuímos no nosso genoma, 881 podem ter associação com o quadro e destes, pelo menos 71 desses genes, as variantes contidas neles já mostraram aumentar a susceptibilidade ao desenvolvimento do transtorno.

Vale ressaltar que a identificação de fatores genéticos e ambientais possibilita o esclarecimento da origem do TEA em cerca de 20 a 25% dos pacientes apenas. Por ser um distúrbio causado por vários fatores, calcular o risco de o casal ter outro filho com TEA não é uma tarefa fácil, porque é difícil calcular e mensurar a ação de todos os agentes.

O que se pode calcular é um risco relativo, como uma previsão. Desta forma, quando se tem apenas uma pessoa afetada na família, o risco gira em torno de 7-18%. Com dois ou mais familiares de primeiro grau afetados, o risco aumenta, variando de 33% a 55%. O autismo é mais frequente no sexo masculino, afetando cerca de um em cada 68 meninos.

Mas, por que tem mais meninos afetados do que meninas? Essa resposta ainda rende uma boa discussão que eu deixo para um próximo artigo…

*De acordo com o DSM-V (O Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição), entre as características clínicas do TEA estão: déficits persistentes na comunicação social e interação social, padrões de comportamento, interesses ou atividades restritos e repetitivos, incluindo estereotipias motoras como movimento repetitivo das mãos e da fala, dificuldades em sair da rotina, interesses restritos. Esses sintomas causam prejuízos importantes na parte social e pedagógica.

* Liya Regina Mikami é doutora em Genética pela Universidade Federal do Paraná e University of Nebraska; mestre em Ciências Biológicas (Biologia Celular) pela Universidade Estadual de Maringá; graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Maringá. Realizou estágio pós-doutoral em Genética Molecular Humana no Centre de Recherches du Service de Santé des Armées (CRSSA), em Grenoble/França. Pós- doutorado em Ciências da Saúde pela PUC/PR, em andamento. Desenvolve projeto de pesquisa na área de Genética Humana em Investigação Clínica e Experimental de Doenças Humanas (Fibrose Cística, Autismo e Fissuras Labiopalatais). Tem experiência na área de Biologia Geral, com ênfase em Genética, atuando principalmente nos seguintes temas: genética molecular humana, fissuras labiopalatais, mutações, autismo, tecnologia do DNA recombinante. Atualmente é professor da Faculdade Evangélica Mackenzie Paraná.

Sobre a Faculdade Presbiteriana Mackenzie
A Faculdade Presbiteriana Mackenzie é uma instituição de ensino confessional presbiteriana, filantrópica e de perfil comunitário, que se dedica às ciências divinas, humanas e de saúde. A instituição é comprometida com a formação de profissionais competentes e com a produção, disseminação e aplicação do conhecimento, inserida na sociedade para atender suas necessidades e anseios, e de acordo com princípios cristãos.

O Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM) é a entidade mantenedora e responsável pela gestão administrativa dos campi em três cidades do País: Brasília (DF), Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ). As Presbiterianas Mackenzie têm missão educadora, de cultura empreendedora e inovadora. Entre seus diferenciais estão os cursos de Medicina (Curitiba); Administração, Ciências Econômicas, Contábeis, Direito (Brasília e Rio); e Engenharia Civil (Brasília).
Em 2021, serão comemorados os 150 anos da instituição no Brasil. Ao longo deste período, a instituição manteve-se fiel aos valores confessionais vinculados à sua origem na Igreja Presbiteriana do Brasil.

Fonte. https://revistareacao.com.br/por-que-meu-filho-tem-autismo/

Postado por Antônio Brito

Ação sobre a Dislexia é promovida em jogo do Brasileirão

No último  sábado, 9 de outubro, a Havan realizou uma ação alusiva ao Dia Mundial da Dislexia, em parceria com o Athletico Paranaense e com a FUNCAP (Fundação Athletico Paranaense). A data é celebrada no dia 10 de outubro e a varejista escolheu a partida entre Athletico e Bahia, na Arena da Baixada, em Curitiba (PR), para alertar o público sobre o transtorno de aprendizagem que atinge entre 5% e 17% da população. A dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula.

Entre os principais sintomas da dislexia está a dificuldade de decodificar o estímulo escrito ou o símbolo gráfico. O cérebro de uma pessoa com dislexia tem dificuldade para ordenar as letras e formar as palavras, afetando a leitura e a escrita. Por isso, a Havan, em parceria com o Athletico e com a FUNCAP, viabilizou a troca das letras dos nomes dos atletas nas camisas de jogo, com objetivo de mostrar como é feita a leitura por um disléxico, evidenciando assim as dificuldades das pessoas com o distúrbio.

Toda a ação foi mantida em segredo até o jogo iniciar, objetivando que o público estranhasse a escrita trocada e se questionasse sobre o que estava acontecendo. “Queríamos que o público se colocasse no lugar de quem tem dislexia e entendesse um pouco mais sobre este transtorno que afeta tantas pessoas. O futebol é uma paixão nacional e acreditamos que é uma excelente ferramenta de conscientização. Ficamos muito felizes com a repercussão e em alertar sobre esse importante assunto”, enfatiza a coordenadora do MKT Institucional da Havan, Ana Maria Leal da Veiga.

O dono da Havan, Luciano Hang, é disléxico e aprendeu a ler somente com 12 anos. Sem saber que tinha o transtorno – aliás, nem sabia da existência da dislexia -, ele teve que desenvolver sozinho uma técnica para ler e escrever. Por ter vivido na pele essas dificuldades, ele afirma o quanto é fundamental informação e o acompanhamento adequado para esse e tantos outros transtornos. “Precisamos entender que ninguém é burro por não aprender com a mesma técnica que os demais. O ser humano é cheio de particularidades e esses detalhes precisam ser considerados. Com essa ação, nós quisemos deixar evidente que uma pessoa com dislexia ou algum outro transtorno precisa ser acolhida e acompanhada por profissionais capacitados. Quanto antes os pais perceberem essas particularidades, melhor será o desenvolvimento da criança e menores os reflexos na vida dela”, enfatiza.

Mais conscientização

Em paralelo a ação realizada no jogo, uma série de vídeos de conscientização sobre a dislexia foram lançados no canal do YouTube da Havan. Conforme a psicopedagoga, Ana Paula Silva, serão quatro vídeos com foco em abordar os sintomas, tratamento e desmistificar o transtorno. “A criatividade é um traço marcante entre os disléxicos, aconselha-se os pais a estimularem a criança a desenhar, pintar, tocar instrumentos musicais e praticar esportes. O estímulo com atividades visuais também é muito importante. O tratamento da dislexia é um trabalho que exige paciência, pois é gradativo, mas os resultados logo aparecem e junto com a família, a escola e as terapias, o disléxico poderá ter uma vida escolar de muito sucesso. Por isso, é tão importante falar sobre o assunto”, conclui.

Fonte. https://revistareacao.com.br/acao-sobre-a-dislexia-e-promovida-em-jogo-do-brasileirao/

Postado por Antônio Brito

13/outubro – Dia Nacional do Terapeuta Ocupacional

O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) define a terapia ocupacional como uma “profissão de nível superior voltada ao estudo, à prevenção e ao tratamento de indivíduos com alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psico-motoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos e/ou de doenças adquiridas”. A profissão antes desconhecida, mas hoje bastante procurada, tem um data para si, 13 de outubro é o Dia Nacional do Terapeuta Ocupacional, justamente para propagar a importância dessa atividade que traz diversos benefícios para a saúde.

Atuando na área há 17 anos, a terapeuta ocupacional Lydja Coelho (Crefitto 11.831-TO) destaca que a profissão faz a habilitação e reabilitação das funções do paciente. “O profissional atua na área biopsicossocial, ou seja, trabalha na área física, cognitiva e social da pessoa. Se existe uma dificuldade em qualquer das funções ou ações que realizamos desde o despertar ao dormir, o terapeuta ocupacional pode atuar”, explica ela, que atende na Clínica Madri, no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, e é professora no Centro Universitário Uni Goyazes no curso de Terapia Ocupacional.

Coelho conta que não há limite de idade, gênero ou problema para utilizar os serviços de um terapeuta ocupacional. Qualquer pessoa que tenha uma limitação, seja transitória ou permanente pode fazer, pois a terapia ocupacional proporciona qualidade de vida. “Treinamos as atividades da vida diária. Fazemos confecção de órtese e adaptações para ambientes ou utensílios, como por exemplo para comer ou dirigir, em caso de pessoas com limitações. O nosso objetivo é fazer com que o paciente possa realizar as atividades cotidianas de maneira independente, autônoma e funcional”, salienta Lydja.

Lydja Coelho é terapeuta ocupacional há 17 anos e explica que na área também é possível atuar com pacientes internados em UTI

Para desempenhar sua função, a profissional revela que utiliza atividades artesanais, profissionalizantes, artísticas, culturais, musicais e físicas, como recurso de tratamento. “Analisamos o objetivo a ser alcançado para designar a atividade adequada”, afirma. Durante a pandemia, ela destaca que houve um aumento da procura dos terapeutas ocupacionais. “Principalmente com crianças, pela mudança brusca de rotina, e também os idosos, seja por demência, depressão, transtorno de ansiedade”, conta.

Outra área de atuação dos terapeutas ocupacional, e que teve um aumento na pandemia, é o trabalho em unidades de terapia intensiva (UTI). “Para esses pacientes internados levamos o conhecimento do que está acontecendo. Orientamos e adequamos rotinas do paciente relacionadas à higiene, alimentação e o cotidiano da internação. Infelizmente, não é uma realidade ter esse profissional em todas as UTIs, mas estamos trabalhando para que a presença dos profissionais em todas as UTIs seja possível, pois o tratamento ajuda na recuperação”, destaca Lydja Coelho.

Fonte. https://revistareacao.com.br/13-outubro-dia-nacional-do-terapeuta-ocupacional/

Postado por Antônio Brito

Rio de Janeiro recebe quarta etapa do Meeting Loterias Caixa neste sábado com três medalhistas nos Jogos de Tóquio

O Rio de Janeiro será a próxima cidade a receber o Meeting Paralímpico Loterias Caixa. Foto: Ale Cabral/CPB

O Meeting Paralímpico Loterias Caixa fará a sua quarta parada pelo Brasil neste sábado, 16. Desta vez, o evento organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) chegará ao Rio de Janeiro com disputas de atletismo e natação. As provas, de ambas as modalidades, acontecerão no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN).  

Ao todo, 165 atletas (88 do atletismo e 77 da natação) de 20 clubes, do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná, participarão das competições que têm caráter regional.   

Dentre os atletas com deficiência inscritos, estão três medalhistas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio: Wallace Santos, ouro no arremesso de peso F55, e os nadadores Mariana Gesteira, bronze nos 100m livre S9, e Douglas Matera, prata no revezamento misto 4x100m livre 49 pontos (para deficientes visuais).  

Outros grandes nomes do paradesporto nacional também estarão presentes no evento: Fábio Bordignon (prata nos 100m e 200m nos Jogos Rio 2016), Anderson Lopes (bronze no lançamento de disco Jogos de Atlanta 1996 e Sidney 2000), Tuany Barbosa (prata no arremesso de peso nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019), Vítor de Jesus (prata nos 200m no Mundial de atletismo em Dubai 2019), Camille Rodrigues (ouro nos 400m livre nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015) e Thomaz Matera (ouro nos 100m livre e 100m borboleta no Mundial de natação no México 2017).  

Idealizado e criado pelo CPB e patrocinado pelas Loterias Caixa, o Meeting Paralímpico tem como objetivo promover o desenvolvimento da prática esportiva nos municípios e estados do país, contribuir para o aprimoramento técnico das modalidades em disputa e propiciar oportunidades de competição aos atletas paralímpicos de elite.  

Até dezembro, 16 cidades brasileiras receberão ao menos uma etapa do evento com provas de atletismo, halterofilismo e/ou natação, que serão realizadas de acordo com todos os protocolos sanitários estabelecidos pelo CPB, confira aqui. 

Imprensa   
Os profissionais de imprensa interessados em cobrir o Meeting Loterias Caixa de 2021 no Rio de Janeiro podem enviar um e-mail para imp@cpb.org.br ou dirigirem-se à sala de imprensa do local para identificação no dia do evento.    

Patrocínios   
O paratletismo tem patrocínio das Loterias Caixa e da Braskem.   
A natação tem patrocínio das Loterias Caixa.  

Fonte. https://cpb.org.br/noticia/detalhe/3621/rio-de-janeiro-recebe-quarta-etapa-do-meeting-loterias-caixa-neste-sabado-com-tres-medalhistas-nos-jogos-de-toquio

Postado por Antônio Brito

11/10/2021

Nem tudo é Autismo!

O Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL) se dá quando uma criança ou adulto apresentam limitações no compreender e/ou produzir linguagem, sem uma causa evidente. De cada 14 criançasuma é acometida pelo TDL, prejudicando a alfabetização e a aprendizagem de forma geral, além de afetar a vida social e emocional. Antes, porém, de se concluir o diagnóstico, é preciso se certificar de que não se trata de um “Distúrbio Neurológico Motor da Fala na Infância”, como a Apraxia.

“A primeira fase do diagnóstico do TDL é avaliar a condição auditiva; considerando que para cada faixa etária há um tipo específico de exame para deficiência auditiva que deve ser feito pelo médico do paciente. Depois é preciso saber também se a criança não tem por exemplo Mutismo Seletivo, um transtorno mais ligado a ansiedade e fobias, e depois torna-se necessário se certificar de que não seja uma dificuldade motora na construção da linguagem, como por exemplo a Apraxia da Fala” – explica a Dra. Gesika Amorim. Porém temos que pensar que transtornos podem coexistir.

A Apraxia da Fala na Infância, termo recomendado pela Associação Americana de Fonoaudiologia, é um déficit na consistência e precisão dos movimentos necessários à fala. E suas principais características são:

  • O repertório de vogais pobre, com muitos erros com as vogais.
  • O repertório de consoantes também é pobre, incluindo as letras P e M, consideradas as mais visíveis. 

  • Presença de erros incomuns, idiossincráticos.
  • Quanto maior é o número de sílabas, maior é a dificuldade da criança
  • Conforme for o grau de severidade, a criança pode produzir o som, sílaba ou palavra-alvo em um contexto, mas será incapaz de reproduzir em contexto diferente.
  • Fala acelerada ou monótona, erros de acentuação, déficit na duração dos sons e pausas entre as sílabas.
  • Na apraxia oral, haverá dificuldades na sequência de movimentos orais voluntários.
  • A criança não sabe como movimentar a boca, tenta falar, mas não consegue.
  • Dra. Gesika Amorim

    É primordial que o Fonoaudiólogo seja um profissional que tenha experiência com crianças e que trabalhe com desenvolvimento de fala e de linguagem, além de ser capacitado para diagnosticar e elaborar um plano de intervenção adequado para cada caso.

    Não é apenas o profissional fonoaudiólogo, mas a família deve estar preparada para ajudar a criança da melhor forma. A família precisa entender que a desorganização faz parte do comportamento da criança com apraxia, por isso, esta deve ajudar a criança a organizar o seu quarto, os seus brinquedosNão se trata de preguiça, SIM em um problema. Rotinas, limites e regras impostas serão necessárias. Não force a criança a falar. Deixe que ela o faça no seu tempo. O que ela precisa é ser acolhida e suas dificuldades entendidas. – Explica a especialista.

    Use os brinquedos ou objetos que a criança mais gosta, colocando-os próximos a boca, pois ao nomeá-los, isso vai fazer com que ela preste atenção aos movimentos dos lábios. Ao conversar com a criança, mostre a ela como são os movimentos da boca. 

    A criança com apraxia precisa ser estimulada pela família com exercícios simples, porém, de muita ajuda. Além, é claro, de um bom fonoaudiólogo, capacitado para as necessidades da criança – finalizou a Dra. Gesika Amorim

    Nem Sempre é Autismo

  • Embora os dois casos, Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL) e o Transtorno do Espectro Autista (TEA), se apresentam com atraso da linguagem ou dificuldade de interação social, no caso do TEA, as crianças têm um maior prejuízo funcional se compararmos às crianças com TDL.

    Nem mesmo os testes de linguagem mostram diferença significativa entre os transtornos. A ecolalia, por exemplo, é uma manifestação dos dois distúrbios. Mas não podemos confundir; no Transtorno de Desenvolvimento da Linguagem a criança apresenta as condições para desenvolver a linguagem e a fala, só que tal desenvolvimento não acontece como se espera.

    É preciso considerar os problemas emocionais graves e se o ambiente familiar porventura não está afetando negativamente o desenvolvimento da linguagem. A partir do momento em que esses fatores forem excluídos, e se confirmar a alteração no desenvolvimento da linguagem e da fala, é então diagnosticado o quadro de TDL.

    O apoio de profissionais, professores e da própria família, pode fazer uma grande diferença.

  • Fonte. https://revistareacao.com.br/nem-tudo-e-autismo/

  • Postado por Antônio Brito

Número de sites brasileiros aprovados em todos os testes de acessibilidade mantém crescimento, mas ainda é menos de 1 % do total

A terceira edição da pesquisa sobre a experiência de uso de sites e aplicativos por pessoas com algum tipo de deficiência no País identificou uma melhora discreta na acessibilidade dos sites brasileiros, mas alerta que a situação ainda está longe de ser a ideal. A pesquisa foi conduzida pela BigDataCorp em parceria com o Movimento Web para Todos.

Os organizadores avaliaram os 16,89 milhões de sites ativos no país na data da pesquisa, número 15,29 % maior do que na última edição em 2020, e identificaram que 0,89 % dos sites tiveram sucesso em todos os testes de acessibilidade aplicados, contra 0,74 % da edição anterior. “Os resultados de 2021 mostraram que houve uma melhora na comparação com o ano anterior. Mas um percentual de sites aprovados em todos os testes de acessibilidade inferior a 1 % do total diz que ainda estamos muito longe do ideal”, afirma Thoran Rodrigues, CEO da BigDataCorp. “As empresas se preocupam tanto com a experiência de clientes em seus sites e blogs, mas esquecem de se preocupar com a acessibilidade de pessoas com algum tipo de deficiência e que acabam por ter uma péssima experiência”, lamenta.

Embora tenha apresentado uma leve melhora, ainda é alarmante a quantidade de sites que apresentam alguma falha de acessibilidade em parte dos testes aplicáveis: 96,79 % nesta análise, contra 99,25 % no estudo anterior.

Crescimento positivo no volume de sites que obtiveram sucesso em todos os testes, exceto no teste W3C (consórcio internacional que desenvolve padrões para a web), de 20,74 % em 2021, número 5,10 % superior ao total de 15,64 % identificado em 2020.

Já o percentual de sites que apresentaram falhas em todos os testes aplicáveis subiu para 2,31 %, avanço de 2,3 p.p. acima da taxa de 0,01 % registrada no ano anterior. “Essa pesquisa nos dá uma dimensão de como ainda precisamos melhorar a acessibilidade nos sites brasileiros. Infelizmente, apesar de alguns avanços, no geral, continuamos com menos de 1 % de sites aprovados em todos os testes, o que obviamente é um índice muito baixo”, comentou Simone Freire, idealizadora do Movimento Web para Todos.

Gradativamente, os sites do governo vêm reduzindo as barreiras de acessibilidade para pessoas com deficiência. Do total pesquisado, 89,46 % apresentaram alguma falha. Nas pesquisas de 2020 e 2019, os totais foram de 96,71 % e 99,66 %, respectivamente.

A tabela a seguir traz os principais problemas apurados nos testes realizados em sites brasileiros e seus percentuais em relação às pesquisas anteriores. Dos sites analisados, 77,28 % apresentaram falhas em links (quando não abrem automaticamente em uma nova janela), contra 93,65 % em 2020.

Já no quesito descrição de imagens, 71,98 % dos sites continuam não oferecendo esse recurso de acessibilidade (essencial para a experiência de quem não enxerga), contra 83,36 % na última análise, em 2020. “Essa é uma das barreiras mais fáceis de serem eliminadas e que passa a incluir mais de 6 milhões de pessoas que navegam com o auxílio de leitores de tela. Muitos dos nossos materiais e campanhas foram focados, no último ano, no compartilhamento deste conhecimento. Temos certeza de que nossas ações de mobilização e educação têm impactado diretamente os profissionais para quem passem a descrever imagens – um recurso tão simples de ser implementado e indispensável para essa grande parcela da população”, reforça Simone.

Todos os demais problemas também acompanharam a tendência de queda, com exceção da taxa de falhas em formulários (a falta de elementos que que possam ser identificados pelas tecnologias assistivas), que subiu de 55,19 % para 70,84 % no intervalo entre as duas pesquisas.

“A melhora nos números do verificador de marcação do W3C é um bom indicador, pois ele verifica se a página está escrita em conformidade com os padrões do consórcio internacional. Estar em conformidade com padrões de marcação é o primeiro passo para corrigir diversas barreiras de acessibilidade”, explica Reinaldo Ferraz, especialista em Desenvolvimento Web do W3C Chapter São Paulo e do Ceweb.br|NIC.br.

 

Empresas começam a se engajar

Pelo segundo ano consecutivo, a pesquisa avaliou a acessibilidade em diferentes tipos de sites e, desta vez, apontou os corporativos como os que estão mais comprometidos com a temática. Isso não significa, no entanto, que há motivos para celebrar. Apenas 5,40 % dos sites corporativos passaram nos testes, e os educacionais, que em 2020 foram considerados os mais acessíveis (3,88 % aprovados nos testes), surgem na segunda colocação, com 4,68 % acessíveis para este público. Na sequência, ficaram os sites de notícias (3,15 %), blogs (2,17 %) e de e-commerce – com apenas 1,46 % preparados para receber a visitação dessa grande parcela da população.

 

Acessibilidade em aplicativos

A pesquisa também avaliou a acessibilidade em 2.369 aplicativos em uso no país, total 14,44 % maior que o pesquisado em 2020, e identificou uma pequena melhoria em todos os quesitos. Foram selecionados os aplicativos com a maior quantidade de downloads (cerca de 10 milhões cada) da Play Store, loja de apps do Google.

Em média, 11,54 % dos elementos de interface dos aplicativos têm descrição, frente aos 10,34 % identificados na última pesquisa. Com relação a imagens, 14,64 % delas faziam uso de texto descritivo, número 2,59 p.p. acima do resultado obtido em 2020. O número de aplicativos com texto descritivo em botões e em campos editáveis também foi maior que na última pesquisa: 8,92 % e 0,52 %, respectivamente, frente a 6,15 % e 0,31 % apontados em 2020.

A descrição dos elementos visuais de um aplicativo, na prática, melhora a experiência de acesso de uma pessoa com deficiência visual, pois permite que ela compreenda a imagem por meio de um texto alternativo. Da mesma forma, o uso de descrições em botões e em campos editáveis permite que a pessoa compreenda para que serve cada um dos botões e o que deve ser preenchido em cada campo disponível.

 

Metodologia

A BigDataCorp utilizou o processo de captura de dados da internet extraídos de visitas a mais de 30 milhões de sites brasileiros (ativos e inativos), dos quais são obtidas informações estruturadas e seus links. Foram desconsiderados os sites inativos, ou seja, os que estavam fora do ar ou que não responderam a visitas por quatro semanas seguidas. Também foram desprezados os que, por oito semanas consecutivas, não fizeram qualquer alteração em seu conteúdo. Assim, foram considerados neste estudo 16,89 milhões de sites. É importante destacar que foram aplicados apenas os testes válidos para cada tipo de site de acordo com o conteúdo nele publicado. A ferramenta coletou os sites e verificou em todas as páginas se existia, por exemplo, formulários e imagens, e se estão de acordo com os critérios selecionados para a verificação.

Para a pesquisa sobre aplicativos, a empresa realizou o download de 2.369 aplicativos da Play Store com mais de 10 milhões de downloads e extraiu o código fonte de cada um dos APPs para investigação do conteúdo baixado. Para identificar quais aplicativos atingiram a marca de 10 milhões de downloads foi feito o processo de captura das informações públicas da Google Play Store, como número estimado de downloads do aplicativo, a quantidade de reviews, bem como informações detalhadas sobre o desenvolver, além de outros dados relevantes. A coleta verificou se determinados elementos de aplicativos nativos do Android possuem uma descrição, com base na documentação do Google sobre desenvolvimento para Android e nas Diretrizes de Acessibilidade Web do W3C para textos alternativos. Mais detalhes sobre a metodologia utilizada neste estudo estão no site do Web para Todos.

 

Sobre a BigDataCorp

A BigDataCorp é a plataforma de dados da era digital. Líder na América Latina, opera um dos maiores processos de coleta e estruturação de dados do mundo, capturando informações públicas de mais de 1,5 bilhões de sites globalmente. São mais de 100 petabytes de informação tratadas diariamente para atender empresas de todos os segmentos e portes. Para auxiliar nas mais diferentes demandas, os dados capturados dão origem a três diferentes produtos: o BigBoost, API de consulta de dados de pessoas, empresas e produtos; o BigID, um serviço completo de validação de identidade e prevenção à fraude; e o BigMarket, uma plataforma para estudos de mercado através de dados alternativos. A BigDataCorp é brasileira, foi fundada em 2013 e possui escritórios no Rio de Janeiro, onde está localizada sua sede, e em São Paulo. Conheça mais sobre a empresa acessando: www.bigdatacorp.com.br

 

 

Sobre o Movimento Web para Todos

O Movimento Web para Todos tem o propósito de mobilizar, educar e transformar a sociedade para a construção de uma web acessível, inclusive para as mais de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil. Foi idealizado em 2017 pela empreendedora Simone Freire, fundadora da Espiral Interativa, agência especializada em comunicação inclusiva, em parceria com o W3C Brasil, consórcio internacional que desenvolve padrões para a web em todo o mundo, e reúne atualmente mais de 30 organizações parceiras. O Movimento promove, por meio de sua plataforma online, o compartilhamento de experiências, a troca de conhecimento técnico e a oferta de ferramentas e serviços que auxiliam na construção de sites e APPs acessíveis. Com o apoio de parceiros estratégicos e um grupo de especialistas em acessibilidade, o Web para Todos também realiza oficinas de capacitação e produz relatórios técnicos sobre acessibilidade na web, com a missão de disseminar dados qualitativos para a sociedade e criar, futuramente, parâmetros comparativos de acompanhamento da transformação digital. Conheça o nosso manifesto: https://mwpt.com.br/movimento/manifesto/

Fonte. https://revistareacao.com.br/numero-de-sites-brasileiros-aprovados-em-todos-os-testes-de-acessibilidade-mantem-crescimento-mas-ainda-e-menos-de-1-do-total-2/

Postado por Antônio Brito

Equipe “Basquete de Cadeira de Rodas” visita colégio de Ribeirão Preto

A equipe de “Basquete de Cadeira de Rodas” de Ribeirão Preto/SP se reuniu na última semana, com os alunos do 4º ano do Colégio Marista Champagnat. O encontro é consequência de uma ação de troca de lacres de alumínio por cadeiras de rodas, organizada pela turma. “Será um momento de partilha e sensibilização das crianças”, enfatiza a professora Marina Mariotti.

A ideia é que os alunos troquem informações com os atletas e compreendam as dificuldades que os cadeirantes enfrentam no dia a dia.

A professora Marina conta que a ideia partiu dos próprios alunos, que decidiram ajudar uma campanha do Instituto Entre Rodas, como parte das atividades do Projeto de Intervenção Social (PIS) do colégio. A campanha arrecada lacres de alumínio que serão doados e revertidos na compra de cadeiras de rodas.

Os alunos batizaram o projeto como “Lacre do Bem”. “A intensão é de promover no estudante o sentimento de empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro, conhecê-lo, percebê-lo também como sujeito de direitos”, explica a professora.

A turma está se movimentando para juntar a quantidade necessária de lacres e transformá-los em uma cadeira de rodas. Para isso, os alunos precisam juntar aproximadamente 3,2 milhões de lacres, o que corresponde ao volume de 140 garrafas pet cheias de lacres até a tampa.

Sobre os Colégios Maristas:  os Colégios Maristas estão presentes no Distrito Federal, Goiás, Paraná, Santa Catarina e São Paulo com 18 unidades. Nelas, os mais de 25 mil alunos recebem formação integral, composta pela tradição dos valores Maristas e pela excelência acadêmica. Por meio de propostas pedagógicas diferenciadas, crianças e jovens desenvolvem conhecimento, pensamento crítico, autonomia e se tornam mais preparados para viver em uma sociedade em constante transformação. Saiba mais em www.colegiosmaristas.com.br

Fonte. https://revistareacao.com.br/equipe-basquete-de-cadeira-de-rodas-visita-colegio-de-ribeirao-preto/

Postado por Antônio Brito

Campeonato Brasileiro de tiro com arco no CT Paralímpico vale vaga para Mundial da modalidade

Foto: Alê Cabral/CPB

Começa nesta sexta-feira, 8, o Campeonato Brasileiro de Tiro com Arco no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Até o sábado, 9, os arqueiros disputarão, além do título de campeão brasileiro, uma das 12 vagas para a Seleção Brasileira que irá para o Campeonato Mundial em fevereiro.

A competição contará, ao todo, com 30 arqueiros, sendo que quatro representaram o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio: Fabíola Dergovics, Andrey Muniz, Hélcio Luiz e Heriberto Rocca.

Ao todo, 12 vagas efetivas estão disponíveis para a Seleção Brasileira de tiro com arco para o Mundial 2022, que acontecerá em Dubai, de 18 a 27 de fevereiro. Além destas, 11 vagas para suplentes estão em disputa também. 

As vagas serão distribuídas da seguinte forma: três do composto masculino open + três suplentes; dois do composto feminino open + dois suplentes; três do recurvo masculino open + três suplentes; dois do recurvo feminino open + dois suplentes; um W1 masculino + um suplente; um W1 feminino.

Nesta sexta, 8, começam os rounds qualificatórios no individual e no sábado serão as semifinais e disputas por medalhas. Também no sábado, último dia do evento, serão realizadas as provas por equipes.

O Campeonato Brasileiro de tiro com arco é organizado pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTarco), assim como os critérios de composição da Seleção Brasileira.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte. https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3611/campeonato-brasileiro-de-tiro-com-arco-no-ct-paralimpico-vale-vaga-para-mundial-da-modalidade

Postado por Antônio Brito

06/10/2021

Detran.SP retoma exames teóricos para surdos no Estado de São Paulo

O Detran.SP retomou os exames teóricos de habilitação para pessoas com deficiência auditiva em todo o Estado de São Paulo. A iniciativa do departamento coincidiu com a campanha Setembro Azul, que teve a finalidade de conscientizar as pessoas sobre a acessibilidade e inclusão da comunidade surda no mundo.

A prova para candidatos com deficiência auditiva pode ser realizada de duas formas: por meio de uma plataforma virtual, onde a prova adaptada é aplicada à distância, por um intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Pró-Libras) que auxilia a leitura do candidato durante o exame, ou de forma convencional, caso o aluno seja alfabetizado em língua portuguesa.

A solicitação de agendamento da prova deve ser feita pelo candidato por intermédio do CFC onde realizou o curso ou em uma das unidades do Detran.SP ou Poupatempo. Pelo www.detran.sp.gov.br , também estão disponíveis informações em Libras para orientar o aluno sobre as etapas do processo de habilitação e também como requerer a prova adaptada com o auxílio de um intérprete.

Os exames teóricos para surdos estavam interrompidos desde março, por conta da suspensão do contrato para a realização da prova, que agora foi reativado. Cerca de 100 alunos aguardam atualmente na fila para fazer os exames.

“As ações em prol das pessoas com deficiência auditiva consolidam o compromisso do órgão na criação de uma política de atenção à acessibilidade, garantindo o direito do cidadão em obter sua CNH”, destaca Neto Mascellani, diretor- presidente do Detran.SP.

Foto registrada no momento em que José Carlos Settanni Navarro realizava a prova teórica. Crédito: Divulgação Detran.SP

Processo de habilitação

O processo de obtenção da CNH é o mesmo para todos os cidadãos. Isso inclui a realização de aulas e provas teórica e prática, além dos exames médico e psicotécnico. Os candidatos com deficiência auditiva devem procurar uma autoescola credenciada pelo Detran.SP que ofereça a formação levando em conta a sua deficiência, com profissionais habilitados em Libras.

Na realização do exame prático, a prova é a mesma aplicada aos demais candidatos, com o mesmo percurso e critérios de avaliação, conforme determina a legislação federal.

O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo oferece atendimento exclusivo a surdos desde 2015. Um desses contemplados é José Carlos Settanni Navarro, 48 anos, que no início deste ano conseguiu obter a sua primeira habilitação no Detran.SP.

“Eu me sinto muito feliz em poder dirigir. Era um sonho que eu tinha desde pequeno. Vou todos os dias ao trabalho, ao mercado, visito meus amigos e viajo. O Detran.SP disponibilizar a prova no mês de setembro é muito especial. É uma vitória. Nossa luta pela acessibilidade é muito grande, pois os surdos no passado sofreram muito”, destaca o motorista.

Para quem pensa que a realização da prova por meio de um interprete é mais difícil, Navarro tranquiliza os futuros candidatos: “A prova foi tranquila. Nós entendemos melhor vendo fotos ou vídeos. E nas aulas, as imagens esclarecem muito nossas dúvidas. Outra vantagem foi que tive uma boa intérprete. Ela foi muito eficiente na comunicação com o professor e os alunos”.

 

Mais Prudentes

Levantamento realizado pela EPT (Escola Pública de Trânsito) referente ao curso de Reciclagem para poder voltar a dirigir demonstra que os surdos são mais prudentes no trânsito paulista. Dados de 2020 mostram que nenhum aluno realizou o exame de reciclagem para reabilitação. Já em 2019, apenas dois motoristas eram deficientes auditivos.

De acordo com Rosana Soares Néspoli, gerente da Escola Pública de Trânsito (EPT) do Detran.SP e responsável pelo atendimento a este público, a atitude preventiva dos deficientes auditivos no trânsito faz deles um dos segmentos de condutores com menos CNHs suspensas.

“Os condutores surdos costumam ser organizados e prevenidos. Planejam o trajeto antes de sair de casa. Devido à perda auditiva, eles têm a virtude de serem mais atenciosos no trânsito. Essa virtude é digna de nota e supera qualquer forma de preconceito”, disse.

Fonte. https://revistareacao.com.br/detran-sp-retoma-exames-teoricos-para-surdos-no-estado-de-sao-paulo/

Postado por Antônio Brito

Auxílio Inclusão já pode ser solicitado por pessoas com deficiência que recebem o BPC

As pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e que ingressarem no mercado de trabalho já podem solicitar o Auxílio Inclusão a partir desta sexta-feira (1.10).
O incentivo terá o valor de meio salário mínimo (R$ 550,00). “O Auxílio Inclusão é mais uma ferramenta que criamos para estimular o cidadão a se emancipar do programa social, pois ele terá a remuneração do seu trabalho e mais esse suporte. Esse é o mesmo espírito do Auxílio Brasil, que traz várias trilhas de emancipação”, destacou João Roma, ministro da Cidadania.

Instituído pela Lei 14.176, sancionada em junho e que trouxe modificações no Benefício de Prestação Continuada (BPC), o Auxílio Inclusão será concedido aos beneficiários com deficiência que ingressarem no mercado de trabalho. Quem se enquadrar nos critérios de elegibilidade pode solicitar o incentivo.

“O Auxílio Inclusão será um importante instrumento para dar plena cidadania às pessoas com deficiência. Ele assegura um adicional, um estímulo, para que elas possam permanecer no mercado de trabalho, fazendo com que tenham maior autonomia”, pontuou André Veras, diretor do Departamento de Benefícios Assistenciais da Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS) do Ministério da Cidadania.

O Auxílio pode ser solicitado no link //www.gov.br/pt-br/servicos/solicitar-auxilio-inclusao-a-pessoa-com-deficiencia

Ao ser contemplada com o Auxílio Inclusão, a pessoa deixa de receber o BPC. No entanto, caso o beneficiário perca o emprego ou a renda adquirida, ele volta automaticamente a ter o Benefício de Prestação Continuada, sem precisar passar pelas avaliações iniciais.

Quem tem direito

Para ter direito ao Auxílio Inclusão, o cidadão que vai solicitar o benefício tem que ser o titular do BPC concedido à pessoa com deficiência, ter inscrição atualizada no Cadastro Único e CPF regularizado.

Além disso, o solicitante se torna elegível quando passar a exercer alguma atividade com remuneração de até dois salários mínimos. Ele também deve receber ou ter recebido o BPC em algum momento nos últimos cinco anos e continuar atendendo aos critérios de manutenção do Benefício de Prestação Continuada.

Vale ressaltar que o valor do Auxílio Inclusão não entra no cálculo da renda familiar per capita mensal para fins de manutenção do BPC concedido a outra pessoa do mesmo grupo familiar.

Como solicitar

O Auxílio Inclusão pode ser requerido nos canais de atendimento do INSS, órgão responsável por analisar os pedidos. O Instituto possui uma central telefônica gratuita no número 135, que funciona de segunda à sábado, das 7 às 22 horas. Outra forma de contato é pelo site www.inss.gov.br, ou pelo aplicativo Meu INSS, que pode ser acessado pela internet do computador ou pelo celular (Android e IOS). Há também 1500 pontos de atendimento físicos do INSS espalhados pelo país.

BPC

Com mais de 25 anos de história, o BPC representa segurança de renda para idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de qualquer idade que não tenham condições de se manter sozinhos ou de serem mantidos por suas famílias.

São 4,7 milhões de beneficiários com a garantia de um salário mínimo por mês em todo o país. O critério para acesso ao benefício é o da renda familiar por pessoa inferior a um quarto de salário mínimo.

Fonte: Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania

https://revistareacao.com.br/auxilio-inclusao-ja-pode-ser-solicitado-por-pessoas-com-deficiencia-que-recebem-o-bpc/

Postado por Antônio Brito