22/12/2020

Diretores do sucesso ‘Intocáveis’ abordam o autismo em novo filme

Recordista de bilheteria na França, onde foi assistido por mais de 19 milhões de espectadores quando lançado, "Intocáveis" (2011) , de Eric Toledano e Olivier Nakache, provou ser possível falar de personagens estigmatizados com leveza, humor e respeito que merecem. O sucesso internacional do longa, sobre a relação entre um tetraplégico rico e um enfermeiro de métodos poucos convencionais, chegou a inspirar remakes nos Estados Unidos e na Argentina, além de adaptações para o teatro. Pois a dupla de cineastas franceses volta a testar as sensibilidades do mundo a temas polêmicos com "Mais que especiais" (2019), comédia dramática sobre dois educadores que trabalham com jovens autistas.

Protagonizado por Vincent Cassel e Reda Kateb, a produção é uma das principais atrações do Festival Varilux deste ano, que, até o dia 3 de dezembro, oferece 17 títulos franceses inéditos e uma mostra especial dedicada aos 60 anos da Nouvelle Vague, em sessões presenciais em cinemas de todo o país. Depois de amanhã, o longa terá uma exibição on-line gratuita, às 17h30, seguida de bate-papo virtual, às 20h, com as educadoras Cristiane Muñoz e Cláudia Bolshaw, que atuam com pessoas com autismo (inscrições pelo link https://bit.ly/FVCF2020MQE, limitadas a 300 espectadores).

Sessão para Macron

Para além do mérito de ter encerrado, em caráter hors concours, o Festival de Cannes de 2019, e arrastar mais de dois milhões de espectadores em sua estreia na França, "Mais que especiais" tem jogado luz sobre os problemas associados à população com essa condição, ajudando a minimizar os preconceitos que dificultam ainda mais sua integração social.

— O sucesso do filme deu visibilidade ao tema do autismo na França, em particular às iniciativas e organizações que lidam com crianças e adolescentes com esse tipo de distúrbio. Chegamos a projetá-lo na Assembleia Nacional (o parlamento francês), e fazer uma sessão para a Presidência da República, a pedido do presidente Emmanuel Macron e da primeira-dama Brigitte — informa Nakache, 47 anos, em entrevista ao GLOBO. — Estamos orgulhosos porque, depois disso, criou-se aqui na França um fundo específico de apoio ao autista.

Assim como "Intocáveis", "Mais que especiais" é inspirado em pessoas e organizações reais. Vinte anos atrás, Nakache e Toledano conheceram a obra de Stéphane Benhamou, criador do Le Silence des Justes, e Daoud Tautou, fundador do Les Relais Île-de France, duas instituições voltadas à reintegração de crianças e adolescentes autistas. Os educadores geralmente acolhem portadores de casos mais agudos do transtorno, rejeitados por outras instituições que preconizavam o confinamento e o controle rígido dos pacientes. Em 2005, o cotidiano das duas associações inspirou um documentário dirigido pela dupla para o Canal+. Levaria mais de uma década para que voltassem ao tema, dessa vez sob o ponto de vista da ficção.

— A ideia demorou a amadurecer em nossas cabeças. Tínhamos a obrigação de respeitar a realidade, e por isso fizemos um esforço de imersão total, que nos tomou muito tempo— explica Nakache, coautor, com Toledano, de sucessos como "Samba" (2014) e "Assim é a vida" (2017). — Se não fosse por "Intocáveis", talvez ninguém nos desse carta branca para fazer "Mais que especiais".

O elenco de "Mais que especiais" combina atores, cuidadores profissionais e portadores de autismo, como Benjamin Lesieur, que interpreta Joseph, um dos primeiros casos de sucesso do trabalho de socialização mostrados no longa.

— Foi um set bem particular. Não dava para chegar com a equipe e sair filmando, tivemos que ganhar a confiança dos educadores e dos jovens autistas reais que trabalhariam conosco — lembra Nakache. — Os técnicos e atores profissionais passaram por um processo de imersão um ano antes das filmagens, frequentando as associações, para que todos se conhecessem e criassem uma relação de confiança com os não atores.

Métodos contrapostos

O filme contrapõe os métodos tradicionais de acolhimento do portador de autismo do governo, marcado por rígidos protocolos que não preveem acompanhamento mais próximo e individualizado, ao tratamento alternativo desenvolvido pela Le Silence des Justes e a Les Relais Île-de France.

— O título (original) "Hors normes" ("Fora das normas", em tradução livre) vem do fato de seus personagens não se encaixarem em categorias — aponta Nakache. — Para poder inovar, é preciso abandonar regras, redefini-las. É assim que as coisas avançam.

"Mais que especial"

Festival Varilux

Sessão on-line: segunda-feira, às 17h30. Inscrição, grátis, pelo site https://bit.ly/FVCF2020MQE. Com vagas limitadas.

Sessão no cinema: Hoje,às 15h, no Estação Net Botafogo; e amanhã, às 14h45, no Estação Net Ipanema (outros dias, salas e detalhes em rioshow.com.br)

Fonte  https://www.ovale.com.br/_conteudo/viver/2020/11/117585-diretores-do-sucesso----intocaveis----abordam-o-autismo-em-novo-filme.html

Postado por Antônio Brito 

85% das pessoas no espectro autista estão fora do mercado de trabalho

Está na hora de começar a pensar em formas de incluir esses profissionais na equipe da sua empresa.

Pessoas no espectro autista têm mais dificuldades para encontrar emprego (Foto: Arquivo/Reuters)

Na semana passada, dei uma palestra em um evento que reuniu um grupo de empresários para refletir sobre economia, negócios e temas socioambientais. Sempre que passo por essas importantes trocas de experiências, volto para casa pensando de que forma posso transferir o que vivi para o meu trabalho, que consiste em incentivar práticas mais inclusivas nas empresas.

Durante o evento, conheci o Marcelo Vitoriano, que me contou um pouco sobre o trabalho que realiza com autistas na Specialisterne. Quando ouvi pela primeira vez o nome da empresa, pensei se tratar de uma marca de joias ou algo assim. Tive uma grata surpresa quando descobri que é uma empresa social de origem dinamarquesa focada em incluir profissionais com TEA (Transtorno no Espectro Autista).

Após a minha palestra, Marcelo me convidou para falar para um grupo de jovens autistas da sua empresa. Em um mundo complexo, o leque da diversidade é tão amplo que é preciso estar em processos constantes de trocas e aprendizados. No dia a dia, devemos fazer o esforço de encaixar temas que consideramos relevantes dentro do nosso quebra-cabeça.

Por isso, escolhi este tema para a reflexão desta coluna. Vamos pensar no que vai acontecer daqui a 15 anos. Esse período pode parecer longe da nossa realidade, mas, se levarmos em conta como o relógio anda acelerado ultimamente, não está. Quantas crianças com autismo estão na sua vida e você talvez nem perceba? Já perguntou para um colega da sua empresa se ele tem um filho ou conhece alguma criança autista? Ou talvez tenha reparado naquela criança que, no “Dia da Família” – evento organizado por algumas empresas para que as crianças conheçam o ambiente de trabalho dos pais – se expressa de forma diferente da maioria, que é metódica ou inquieta, e que por isso não foi incluída nas atividades do dia.

Tenho mergulhado neste tema e aprendido muito com a Mari Gonzalez, líder de diversidade de uma empresa do setor de energia. A Mari é mãe da Laura, que tem autismo. Ao seu lado, tenho refletido sobre o potencial dos autistas, sua inteligência, sua introspecção, seu gosto por rotinas, sua sensibilidade perante os acontecimentos cotidianos etc.

Para começar, vou compartilhar números concretos dessa questão. Nos Estados Unidos, uma em cada 59 crianças nascidas é diagnosticada com autismo. Pode parecer pouco, mas não é, já que às vezes a pessoa chega à fase adulta sem ser diagnosticada da forma correta. O que nos leva a outra questão: a dificuldade de diagnóstico. Trata-se de um problema sério pois, quanto mais cedo o autismo é descoberto, maiores são as chances de o autista ter as mesmas condições de vida de uma pessoa fora do espectro.

Aqui no Brasil, estamos ainda engatinhando no que se refere a entender e lidar com pessoas com TEA. Somente neste ano foi sancionada a Lei 13.861/2019, que prevê a inclusão de perguntas sobre autismo no censo do IBGE.

A estimativa é de que existam 70 milhões de pessoas com autismo no mundo, sendo que 2 milhões delas estão no Brasil. 85% dos adultos com autismo estão desempregados; 70% dos autistas sofrem com depressão e ansiedade. E o índice de suicídio entre autistas é 10 vezes maior do que no restante da população.

Foi impactada por esses números que realizei minha palestra para os jovens autistas da Specialisterne. Decidi que procederia da mesma forma como costumo conduzir meus treinamentos com líderes empresariais, equipes das áreas de operações etc. Não haveria adaptações. As perguntas, as indagações e mesmo as brincadeiras seriam mantidas, com breves acréscimos para explicações antes ou depois das frases. Deu certo: o retorno, a troca e a participação de todos foram sensacionais.

Para mim, a única questão que me incomodava era pensar que aquelas pessoas cheias de potencial estavam desempregadas. Por que a maioria das pessoas no espectro do autismo estão fora do mercado de trabalho?

A única explicação é o fato de não se encaixarem em um padrão vigente e estereotipado de comportamento, o que faz com que, muitas vezes, sejam considerados “exóticos”. O fato de se relacionarem e interagirem de forma diferente, de terem outro entendimento sobre contato físico, ou de demandarem uma certa rotina não são razões válidas para explicar a razão por que são excluídas do mercado de trabalho.

Existe um motivo para a menção do quebra-cabeça, no início do texto. Trata-se do símbolo universal do autismo, capaz de simbolizar todas as suas complexidades e espectros. Então, que tal começar a pensar em formas de incluir essa população na sua vida cotidiana, e até na sua equipe? Permita-se conhecer um pouco mais sobre a realidade do autista. Você vai descobrir que ele tem muito a te ensinar, e que pode ser a peça que faltava no quebra-cabeça de sua empresa.

Fonte     https://epocanegocios.globo.com/amp/colunas/Diversifique-se/noticia/2019/11/85-das-pessoas-no-espectro-autista-estao-fora-do-mercado-de-trabalho.html

Postado por Antônio Brito 

21/12/2020

Como o Brasil se tornou uma potência no esporte paralímpico?

Clodoaldo Silva, Joana Maria Silva, Susana Schnarndorf e Daniel Dias posam no pódio dos Jogos do Rio 2016. Foto: Washington Alves/MPIX/CPB

A participação do Brasil nos Jogos Paralímpicos de 2016, quando ocupou o oitavo lugar no quadro geral de medalhas, demonstrou novamente a força do país no paradesporto. Faz parte do planejamento estratégico do CPB manter o Brasil como uma das potências mundiais em competições paralímpicas. Para Tóquio 2021, por exemplo, o objetivo é que o Brasil fique entre as 10 primeiras colocações no quadro geral de medalhas.

Esta expectativa só é plausível e alcançável graças a uma série de ações e agentes que possibilitaram a promoção do esporte paralímpico nacionalmente ao longo dos anos. 

Conheça agora os principais marcos que mudaram o curso da história do esporte paralímpico no Brasil:

– Lei Agnelo/Piva

Sancionada em julho de 2001, a Lei Agnelo/Piva prevê que 2,7% do total bruto de arrecadação das Loterias Caixa, descontadas as premiações, sejam destinados ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), nas proporções de  62,96% e 37,04%, respectivamente.

Este recurso, que é repassado anualmente às instituições, constitui o maior montante recebido pelo CPB e é essencial para a manutenção de suas atividades. Desde o início do recebimento da verba, o país tem ganhado cada vez mais notoriedade nas competições, demonstrando a importância do investimento e traduzindo o retorno em conquistas. 

– Criação do Comitê Paralímpico Brasileiro

As entidades internacionais responsáveis pela realização dos Jogos Paralímpicos exigiam que um único interlocutor representasse cada país para participação nas competições paralímpicas mundiais. 

A fim de representar os atletas paralímpicos de alto rendimento do Brasil nas competições, nasceu o Comitê Paralímpico Brasileiro em fevereiro de 1995. Outro dos objetivos que estão nos pilares do CPB é a promoção do esporte paralímpico como um todo, visando divulgar o esporte para pessoas com deficiência e promover a inclusão em todas as suas dimensões.

Difusão do paradesporto e qualificação dos profissionais

Desde a sua fundação, o CPB tem trabalhado na promoção da prática do paradesporto desde a base, com a criação de projetos voltados para a formação paralímpica, até o mais alto rendimento.

Projetos como o Festival ParalímpicoEscola Paralímpica de EsportesParalimpíadas Escolares e Universitárias são responsáveis por promover o esporte paralímpico entre as crianças e jovens com deficiência e também proporcionar o trabalho de detecção de novos talentos para o alto rendimento, afinal, é da base que nascem os campeões do futuro.

Além disso, o CPB também tem investido na qualificação dos professores que atuam tanto na iniciação de estreantes no paradesporto quanto com os atletas de alto rendimento. para que haja a inclusão das pessoas com deficiência no esporte, é necessário contar com professores qualificados e bem preparados para realizar esta missão. Pensando nesta vertente didática, o CPB criou o Programa Educação Paralímpica que promove cursos gratuitos para formação e qualificação contínua de profissionais do esporte paralímpico, como professores de ambiente escolar, técnicos, árbitros e classificadores.

A simultaneidade de ações e oportunidades que visam o crescimento do esporte paralímpico promove um ciclo virtuoso de conquistas e ascensão do paradesporto no país, que vem seguido do reconhecimento do Brasil como potência internacional em Jogos Paralímpicos. Os ouros, pratas e bronzes conquistados em todas as competições internacionais são resultados de um esforço mútuo entre atletas, treinadores, entidades competentes e patrocinadores, que fazem com que novos sonhos virem planos e se tornem realidade para um país inteiro. 


Fonte: https://revistareacao.com.br/como-o-brasil-se-tornou-uma-potencia-no-esporte-paralimpico/

Postado por Antônio Brito 

Natura contra a violência

A Natura está alinhada com a ONU Mulheres na luta pelo fim da violência contra a mulher. E, nesse Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, é muito importante lembrar que o respeito às mulheres com deficiência é o respeito por todas as mulheres. Somos completas e estamos juntas. #PorUmMundoMaisBonito

#PraTodosVerem: Na imagem, vemos um calendário + texto explicando a importância da campanha de 21 dias de ativismo.
Fonte  https://www.facebook.com/382381445421/posts/10164919976125422/
 Postado por Antônio Brito 

“Todas as pessoas com deficiência precisam conhecer a Lei Brasileira de Inclusão”

Descrição da imagem #pracegover: Foto de Rodrigo Abreu de Freitas Machado, homem branco de cabelos pretos e curtos. Usa óculos de aros finos, retangulares e prateados. Sorri e olha para o lado esquerdo da imagem. Ao fundo, uma parede branca. Crédito: Reprodução.
Artigo de Rodrigo Abreu de Freitas Machado*

2020 está terminando e, no início do próximo ano, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) completa 5 anos de vigência. Marco legal no ordenamento jurídico brasileiro que teve como base a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, promulgada pelo Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009.

Muito já foi feito desde então, mas ainda persistem muitos desafios. O mais notável de todos, talvez, seja a transição do modelo de avaliação da deficiência, ainda baseado em diagnósticos de doenças, agravos e sequelas, para o modelo biopsicossocial.

Não se trata de uma mera mudança de formulários. A proposta de um sistema único de avaliação da deficiência envolve uma rede de avaliação, valoração e certificação da deficiência, de abrangência nacional. Envolve a capacitação dos profissionais dessa rede e o trabalho incansável de especialistas que precisam definir como essa avaliação interage com o acesso às políticas públicas voltadas para pessoas com deficiência.

Caminhando lado a lado com esse desafio, surge o Cadastro-Inclusão que deverá ter interoperabilidade com as outras bases de dados federais para permitir dados mais precisos sobre a população com deficiência, além de um sistema de tecnologia da informação unificado e vinculado à avaliação biopsicossocial.

Embora essas possam ser consideradas as maiores expectativas para 2021, podemos olhar para trás e listar avanços em direitos que ainda precisam ser apropriados pelas pessoas com deficiência. Muitos desconhecem o que foi feito nesses 5 anos de vigência da LBI. Direitos adquiridos que merecem destaque com o objetivo de torná-los mais difundidos e acessados pela população com deficiência.

Acesso a edificações – O projeto e a construção de edificações multifamiliares, como prédios de apartamentos, devem seguir o Decreto nº 9.451, de 2018, que regulamentou o art. 58 da LBI. Em regra geral, toda a área comum dos empreendimentos deve ser acessível e todos os apartamentos devem ser adaptáveis, ou seja, devem permitir sua adaptação para se tornarem completamente acessíveis às necessidades das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida que os adquirirem.

O que precisa ser divulgado é que quem compra um apartamento na planta pode solicitar diversas adaptações de acessibilidade sem custo algum até o início da obra. E o morador com deficiência com comprometimento de mobilidade e que tenha vaga vinculada à sua unidade pode solicitar a troca de sua vaga por uma vaga acessível.

Os hotéis, as pousadas e similares também tiveram de se adaptar. Todas as áreas de acesso aos hóspedes, incluídos estacionamento, recepção, lan house, restaurantes, áreas de lazer, salas de ginástica, salas de convenções, spa, piscinas, saunas, salões de cabelereiro, lojas e demais espaços destinados à locação localizados no complexo hoteleiro, devem observar as normas de acessibilidade aplicáveis.

Já os quartos precisam seguir o percentual definido no Decreto nº 9.296, de 2018, de acordo com a data de sua construção. Além disso, recursos de acessibilidade e tecnologia assistiva podem ser solicitados pelo hóspede, tais como cadeiras de banho, xampu e condicionador identificados em Braille, relógio despertador com alarme vibratório e atendimento em Língua Brasileira de Sinais por meio de dispositivos móveis conectados a uma central de intérpretes.

Lazer e cultura – Outro direito que ainda precisa ser mais conhecido pelas pessoas com deficiência é a possibilidade de ir ao cinema e desfrutar de filmes com audiodescrição, legenda descritiva e a tradução para Libras.

A audiodescrição é um recurso que transforma as imagens da telona em descrições narradas de forma sincronizada nos fones de ouvido do usuário com deficiência visual. A legenda descritiva contém os diálogos e outras informações não perceptíveis sem o uso da audição e a tradução para Libras é voltada para as pessoas surdas que utilizam dessa língua para se comunicar.

A Instrução Normativa nº 128/2016, da Agência Nacional do Cinema – Ancine, estabelece que todas as salas de exibição comercial do país devem dispor de tecnologia assistiva voltada à fruição dos recursos de acessibilidade acima.

Comunicação – No que se refere aos serviços de telecomunicação, o Regulamento Geral de Acessibilidade (RGA) da Anatel é o documento a se conhecer. Aprovado por meio da Resolução nº 667, de 30 de maio de 2016, o RGA garante que consumidores com deficiência tenham acesso ao contrato, faturas, ofertas e outros documentos em formatos acessíveis, sempre que solicitado pelo cliente.

Outra novidade é o Centro de Intermediação de Comunicação (CIC) para clientes surdos e com deficiência auditiva. Este serviço fornece webchat e interpretação de língua de sinais por chamada de vídeo.

Já nos serviços de TV por assinatura (SeAC), os decodificadores (URD) devem permitir janela de língua de sinais, legendas ocultas, audiodescrição e menus com audiolocução, sempre que solicitado pelo assinante. E é vedada a exclusão de qualquer tipo de recursos de acessibilidade no SeAC que estiverem inclusos na programação original.

Para incentivar a melhoria na acessibilidade dos serviços prestados às pessoas com deficiência, a Anatel criou o ranking de acessibilidade das empresas do setor.

Ainda na área da acessibilidade comunicacional, é importante divulgar que as denúncias de violação de direitos humanos, incluindo dos direitos das pessoas com deficiência, agora podem ser feitos em múltiplos canais. Além dos conhecidos telefones Disque 100 e Ligue 180, o acesso a esse serviço pode ser feito por meio do site ouvidoria.mdh.gov.br, do aplicativo Direitos Humanos Brasil e via WhatsApp (61) 99656-5008.

Para pessoas surdas, é possível conversar com um atendente por meio de texto em webchat e por videochamada com um intérprete da Libras, no site e no aplicativo.

Conclusão – A falta de conhecimento, por parte das pessoas com deficiência e de seus familiares, sobre os direitos advindos da publicação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, também se constitui uma barreira que dificulta sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.

A luta pela conquista de novos direitos é tão imprescindível quanto a disseminação, a cobrança e a fiscalização dos direitos já adquiridos.

*Rodrigo Abreu de Freitas Machado, arquiteto e urbanista, é diretor do Departamento de Políticas Temáticas da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).

Fonte  https://brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/todas-as-pessoas-com-deficiencia-precisam-conhecer-a-lei-brasileira-de-inclusao/?amp

Postado por Antônio Brito 

20/12/2020

Pessoas com deficiência não podem sofrer segregação no sistema educacional

* Por Viviane Limongi

E quase no apagar das luzes de 2020, um ano repleto de inseguranças, que também atingiram a área da educação, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela suspensão dos efeitos do Decreto 10.502 que instituiu nova política nacional de educação especial às pessoas com deficiência. A suspensão vem em boa hora. Chega ainda em tempo de se pensar na estratégia de ensino a ser adotada em 2021 pelas famílias de pessoas com deficiência. Ou, pelo menos, chega a tempo de impedir que famílias, no afogadilho e premidas por pressões externas, retirem seus filhos das escolas regulares.

Mas, afinal, do que trata o Decreto?

O Decreto 10.502 não nasce de forma preconceituosa. Criado com boa intenção, ele tem o objeto principal de fornecer serviços e recursos especializados à deficiência de cada educando. Para isso, previu a criação de escolas especiais destinadas às especificidades de cada deficiência, sob o argumento de uma política inclusiva.

No entanto, o Decreto deixou de ratificar o conteúdo principiológico da Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, ao prever a criação de escolas e classes especiais. Isso porque a Convenção reitera o compromisso de plena e efetiva participação e inclusão na sociedade, bem como o respeito pela diferença como parte da diversidade humana.

Divisa-se, portanto, que o Decreto carrega em si preconceito e discriminação, ao voltar a segregar as pessoas com deficiência na educação especial, em vez de reforçar a necessidade de adoção de medidas eficazes para a promoção de uma sociedade inclusiva.

Sabe-se que o direito reflete os valores de seu tempo. Miguel Reale, em sua teoria tridimensional do direito, já afirmava que o fenômeno jurídico deve ser compreendido sob três aspectos: fato jurídico, valor e norma propriamente dita, do que se conclui que o fenômeno cultural, os valores, possuem fundamental importância na análise da norma.

E, na espécie, o valor que deve ser atendido pela legislação não é a segregação, mas, ao contrário, a inclusão. Inclusão esta que vem florescendo no espectro jurídico e social. Inclusão que desabrocha junto com o reconhecimento das potencialidades das pessoas com deficiência.

A efetiva inclusão no ambiente escolar regular trará benefícios a todos: aos educandos com deficiência que poderão, finalmente, elaborar um projeto de vida e ascender a postos e cargos; e aos educandos sem deficiência que desenvolvem, além das capacidades intelectuais, o aspecto sócio afetivo, correlacionado ao respeito à diversidade, cooperação, solidariedade e motivação.

Uma sociedade justa e solidária, como preconizado pela Constituição Federal, é formada por pessoas que tenham desenvolvido também a potencialidade sócio afetiva, como dimensão vital do ser humano. Estes são os valores trazidos com a Convenção Internacional e a Lei Brasileira de Inclusão. Estes são os valores da atual concepção social da deficiência, sob a égide dos direitos humanos.

É fundamental entender que os alunos com deficiência não podem e não devem sofrer nenhuma segregação, especialmente, no sistema educacional. A pessoa com deficiência tem direito a educação de qualidade, em escola regular, com as adaptações necessárias para garantir um aprendizado em condições de igualdade, promovendo a sua autonomia. E, nesse ponto, um efetivo programa educativo individualizado possui muita relevância.

Vale destacar também que, por lei, é direito o ensino do sistema braille, libras e o uso de tecnologia adequada para que o estudante possa ampliar suas habilidades funcionais e participar com igualdade. A pessoa com deficiência também têm direito à educação superior, profissional e tecnológica, com as mesmas oportunidades que os demais alunos.

A inclusão de alunos com deficiência é e continuará a ser um desafio. No entanto, esse desafio não pode culminar com limitações à matrícula e à estada da criança com deficiência na escola regular, mesmo porque qualquer conduta discriminatória é passível de punição na esfera criminal.

Estes são os valores atuais da sociedade. Esse é o nosso desafio.

*Viviane Limongi é mestre e doutoranda em Direito Civil e sócia do escritório Limongi Sociedade de Advogados

Fonte  https://revistareacao.com.br/pessoas-com-deficiencia-nao-podem-sofrer-segregacao-no-sistema-educacional/
Postado por Antônio Brito 

CEJAM oferece programa gratuito que desenvolve autonomia de pessoas com deficiência

Na semana em que se celebrou o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, o CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”) reforçou iniciativas da rede pública na promoção à saúde e bem-estar da pessoa com deficiência, para que ela possa desenvolver sua independência e tenha mais qualidade de vida.

Um exemplo de destaque é a Estratégia APD (Acompanhante de Saúde da Pessoa com Deficiência) de Campo Limpo, na região sul de São Paulo, desenvolvida pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o CEJAM, que atende cerca de 140 pessoas com deficiência intelectual e tem duração média de seis meses. De janeiro a novembro de 2020, 27 pacientes foram direcionados para o mercado de trabalho.

No programa, são desenvolvidas ações que possibilitam a inclusão de pessoas com deficiência intelectual em espaços sociais, a constituição de vínculos e autonomia, oferecendo apoio para a promoção à saúde nos diferentes ciclos de vida, além da ampliação de sua participação social. Por conta da necessidade de distanciamento social, nos últimos meses, as atividades do programa foram adaptadas para o formato digital.

De acordo com o supervisor do APD Campo Limpo, Fernando Lemos, cada paciente é acompanhado por um time de Projeto Terapêutico Singular (PTS), composto por enfermeiros, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e o acompanhante da pessoa com deficiência.

“Os atendimentos ocorrem de 1 a 2 vezes por semana na casa do paciente, com atividades que envolvem toda a família, elaboradas para trabalhar autonomia, independência e socialização”, comenta Lemos.

Para ser inserido no programa, o paciente precisa ser encaminhado pela Unidade Básica de Saúde (UBS). A partir disso, uma avaliação é realizada por uma equipe multiprofissional para conhecer melhor o perfil de cada um.

Do primeiro emprego à independência

O empacotador de um hortifruti Kaíque Santos Pimentel do Nascimento, 23 anos, conquistou a vaga depois de passar pelo APD Campo Limpo. O jovem possui deficiência intelectual leve e teve os movimentos do lado esquerdo do corpo afetados por conta de sequelas resultantes de uma meningite.

Liliane dos Santos, mãe de Kaíque, conta que ele sempre quis ser independente, e ter um emprego era parte importante desse desejo. Ao ingressar no programa, a equipe conseguiu uma oportunidade de trabalho e acompanhou todos os processos desde a sua entrevista. “O programa fez muita diferença na vida dele, hoje ele é mais independente, consegue fazer várias coisas sozinho, está muito feliz e realizado com o emprego”, comenta a mãe.

Liliane relata que o suporte da equipe foi fundamental para que seu filho tivesse essa oportunidade. “O carinho e cuidado que as profissionais têm com meu filho é incrível. Mesmo depois de receber alta, elas seguiram fazendo visitas no trabalho dele, acompanhando e ajudando no que ele precisa”. 

O Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (CEJAM) é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Embu das Artes, Cajamar, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos e Francisco Morato.

Com a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, o CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da entidade.

Para mais informações, acesse: https://cejam.org.br/

Fonte  https://revistareacao.com.br/cejam-oferece-programa-gratuito-que-desenvolve-autonomia-de-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito 

Museu Casa de Portinari lança AUDIOLIVRO para Pessoas com Deficiência Visual

fachada do museu

O Museu Casa de Portinari, instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari, lançou o audiolivro “Poemas de Portinari” em parceria com a Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto e Região (ADEVIRP). Inédita, a obra reúne textos de Candido Portinari narrados para o público cego ou com baixa visão e está disponível pelo site.

Constantemente, o equipamento cultural busca soluções que contribuam para eliminar as barreiras e proporcionar uma experiência prazerosa e enriquecedora aos deficientes que visitam o espaço. No local, há disponível maquetes sensoriais, recursos de audiodescrição, acessos adaptados, vagas de estacionamento identificadas, cadeiras de rodas, andador e bengala, textos informativos em tinta e em braile, réplicas táteis de obras e muitas outras ferramentas, incluindo o site e as redes sociais.

“Quando o assunto é acessibilidade temos que assegurar um museu para todos. Desde 2006, intensificamos nossos programas e projetos para a inclusão das pessoas com deficiência no Museu. Mais do que isso, para integrá-los à cultura nacional”, explica Cristiane Patrici, gerente do Museu Casa de Portinari.

Toda a agenda do Museu Casa de Portinari estará disponível pelas redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram e TikTok) @museucasadeportinari. 

Mais informações pelo site: www.museucasadeportinari.org.br/culturaemcasa

Fonte  https://revistareacao.com.br/museu-casa-de-portinari-lanca-audiolivro-para-pessoas-com-deficiencia-visual/

Postado por Antônio Brito 

LIVE DA REVISTA REAÇÃO COM A SECRETÁRIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA DE SP E ESPECIALISTAS, TEM PARTICIPAÇÃO MACIÇA DO PÚBLICO PCD SOBRE NOVAS REGRAS DO IPVA NO ESTADO

Na tarde de ontem, quarta-feira, 16, a Revista Reação/TV Reação realizou uma LIVE pela página @revista.reacao no facebook para esclarecer as dúvidas e discutir com especialistas as novas regras da isenção do IPVA para PcD no Estado de São Paulo, principalmente sobre a PORTARIA CAT-95/2020, recém publicada pela Secretaria Estadual de Fazenda e Planejamento! O objetivo foi entender o que muda e o que permanece para o segmento a partir de 2021.

Participaram da LIVE os especialistas: Renato Baccarelli e Itamar Tavares. O advogado Claudio Amorim Junior, com problemas de conexão, não conseguiu participar da transmissão.

A convidada especial foi Célia Leão, Secretária Estadual da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo. “Nosso objetivo, como sempre, é levar a informação correta para o segmento PcD. E por quase duas horas ficamos no ar, para tentar dirimir essas dúvidas”, afirma Rodrigo Rosso, diretor do SISTEMA REAÇÃO, com a participação ativa do público que nos assistia, dos convidados e da secretária.

Até o fechamento desta matéria o Facebook registrou mais de 1.140 comentários, com mais de 2,2 mil engajamentos e mais de 4,8 mil pessoas alcançadas, além de 88 compartilhamentos.

Em certo trecho da transmissão a Secretária afirmou que procuraria, com o apoio de sua Assessoria, responder a todos os comentários e dúvidas, além do que, o conteúdo apresentado durante a transmissão seria, também segundo ela, encaminhado ao Governador João Dória e sua equipe.
“Nosso dever é defender os direitos das pessoas com deficiência”, garantiu a secretária Célia Leão, em sua participação na Live, onde o novo sistema de cobrança de IPVA e as formas de isenção foram muito criticadas pelas pessoas com deficiência, que se mobilizam para tentar derrubar o decreto ou suspender a Portaria CAT recém anunciada pelo governo paulista.
Para quem não acompanhou a LIVE, o link de acesso é

https://www.facebook.com/revista.reacao/videos/227217185587774/

Fonte  https://revistareacao.com.br/live-da-revista-reacao-com-secretaria-da-pessoa-com-deficiencia-de-sp-sobre-novas-regras-do-ipva/

Postado por Antônio Brito 

19/12/2020

CAIXA FEDERAL CELEBRA CONTRATAÇÃO DE MAIS DE 2 MIL PCDs EM TODO O BRASIL

A CAIXA celebrou, durante as solenidades do dia internacional das Pessoas com Deficiência (PCDs), algo inédito em sua história: contratou 2.161 PCDs. Assim, o banco conta, atualmente, com 3.498 PCDs em seu quadro efetivo. De acordo com a instituição, “a CAIXA oferece oportunidades iguais de crescimento a todos os seus empregados, o que proporcionou aos PCDs alcançarem cargos de chefia e direção. Ao mesmo tempo, o banco se manteve como o maior patrocinador nacional dos esportes Paralímpicos”. 

Durante a pandemia, o “banco de todos os brasileiros” foi responsável por promover a maior inclusão social, bancária e digital da história do Brasil, ao pagar o Auxílio Emergencial a mais de 67 milhões de brasileiros. 

CAIXA Mais Saúde 

Em novembro, o banco lançou outra iniciativa: o CAIXA Mais Saúde, desdobramento do CAIXA Mais Brasil. O objetivo do novo programa é levar soluções e acompanhar de perto a realidade das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs), hospitais, santas casas, lixões e aterros sanitários. 

Em um esforço integrado, 42 dirigentes da CAIXA visitaram 67 municípios para conhecer a realidade de 50 APAES, 34 Hospitais Filantrópicos, 13 Santas Casas e 50 aterros, além de lixões e associações de reciclagem.  

Diante da percepção das realidades locais durante as visitas, a alta gestão do banco decidiu doar computadores, mesas e cadeiras, em um total que ultrapassa 40 mil peças de mobiliários para as APAEs. 

Redução de juros 

Outra medida adotada pelo banco foi a redução da taxa de juros do CAIXA Hospitais, de 0,80% para 0,54% ao mês. O programa é voltado para a concessão de crédito a hospitais filantrópicos na forma de antecipação de recursos a receber do Ministério da Saúde (MS), referente aos serviços ambulatoriais e de internações hospitalares prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS). 

O CAIXA Hospitais é destinado a entidades filantrópicas e filiais de entidades não filantrópicas conveniadas com o SUS há mais de 12 meses e que tenham recursos financeiros a receber do MS por prestação de serviços relativos a internações hospitalares e procedimentos ambulatoriais. 

Fonte  https://revistareacao.com.br/caixa-federal-celebra-contratacao-de-mais-de-2-mil-pcds-em-todo-o-brasil/

Postado por Antônio Brito