02/08/2021

ESG e Lei de Cotas: um diálogo inevitável e inadiável

* Por Flavio Gonzalez

ESG, que significa Environmental, Social and Governance, ou em português, ambiental, social e governança, é o tema do momento no mundo corporativo. O termo não é novo. Surgiu em 2004, a partir de uma provocação do então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, a 50 CEOs de grandes instituições financeiras, com a proposta de integrar esses fatores no mercado de capitais. O tema foi ganhando espaço e cresce em ritmo acelerado também no Brasil. Mas, qual a relação disso com a Lei de Cotas?

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Quanto ao aspecto ambiental, em práticas como desenvolver embalagens recicláveis, utilizar energias limpas e renováveis ou fazer a destinação correta de resíduos, talvez essa relação seja menos óbvia. Entretanto, quando se fala dos aspectos sociais e de governança, em que entram fatores como responsabilidades perante a comunidade, transparência, compliance, entre outros, a ligação é direta e inequívoca. Como é possível adotar o ESG e discriminar pessoas com deficiência ao mesmo tempo?

No Brasil, por vezes, criamos uma falsa dicotomia que opõe o cumprimento da lei à responsabilidade social, como se fossem coisas distintas. No entanto, não são, pois cumprir a lei é um fator básico de responsabilidade social. É o mínimo de cidadania. Não se pode falar de ESG de forma consistente se nem as leis do país somos capazes de cumprir. Isso seria não apenas contraditório, seria hipocrisia. Ou levamos o conceito a sério ou ele cairá no descrédito.

No dia 24 de julho de 2021 completamos 30 anos da Lei de Cotas, na verdade o artigo 93 da Lei 8.213/91. Em três décadas não conseguimos cumprir o que está previsto na legislação, sendo que temos o tema não apenas na Constituição, mas como Emenda Constitucional, além da Lei Brasileira de Inclusão (LBI). Na prática, o grande problema é que as barreiras arquitetônicas, comunicacionais, programáticas e, principalmente, atitudinais, entre outras, não foram eliminadas. Ao invés disso, o que ficamos fazendo é tentar alterar a lei, tornando-a mais confortável, mais flexível, como ocorre com o PL 6.159/19, que propõe, entre outras coisas, a possibilidade de as empresas pagarem uma mensalidade ao poder público ao invés de contratar as pessoas, ou até o recentemente apresentado PL 626/21, que pretende dar um prazo de 90 dias para a empresa substituir uma pessoa com deficiência demitida sob a falsa alegação de que “a oferta de vagas é maior do que a quantidade de pessoas habilitadas ou interessadas”.

Vivemos em um país capacitista, que discrimina as pessoas com deficiência e muitas vezes nem se dá conta disso. A Lei de Cotas seria facilmente cumprida se estivéssemos dispostos a receber pessoas com quaisquer tipos de deficiência, e não as supostamente mais leves, se houvesse acessibilidade, se houvesse disponibilidade, se houvesse interesse. Mudar a lei é um atestado de nossa incompetência, de nossa frágil democracia, de nosso frágil engajamento na construção de uma sociedade mais justa, que finalmente reconheça e respeite a diversidade humana e os direitos dos cidadãos. Quem sabe o ESG consiga verdadeiramente nos ajudar a despertar a nossa consciência socioambiental. Sem ela, essa sigla continuará representando três palavras vazias.

* Flavio Gonzalez é executivo de Negócios Sociais no Instituto Jô Clemente, antiga Apae de São Paulo.

** Este texto é de responsabilidade exclusiva de seu autor, e não expressa, necessariamente, a opinião do SISTEMA REAÇÃO – Revista e TV Reação.

Fonte. https://revistareacao.com.br/esg-e-lei-de-cotas-um-dialogo-inevitavel-e-inadiavel/

Postado por Antônio Brito

Cerca de 372 mil pessoas com deficiência estão atualmente no mercado de trabalho

O número de pessoas com deficiência no mercado de trabalho hoje é de cerca 372 mil. Entre 2015 e 2019, houve um aumento de 12,42% nas contratações. Já o percentual de trabalhadores com deficiência contratados para vagas é de 12.17% na administração pública, 52.48% em empresas públicas e sociedades de economia mista e 54,32% em empresas privadas. Os dados da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério da Economia, refletem os avanços trazidos pela Lei de Cotas, que completou 30 anos em 24/7.

A titular da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (SNDPD/MMFDH), Priscilla Gaspar, ressalta que as pessoas com deficiência necessitam de políticas públicas que garantam a igualdade de oportunidades.

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“Essas pessoas enfrentam diversas barreiras, colocando-as em uma situação de desigualdade. A inclusão é uma responsabilidade de todos e precisamos fortalecer coletivamente a luta pela eliminação das barreiras que limitam a participação social das pessoas com deficiência em todos os contextos, principalmente no acesso do direito ao trabalho “, explicou a secretária.

A Lei de Cotas é uma política de ação afirmativa que garante uma porcentagem de vagas para pessoas com deficiência em empresas com 100 ou mais funcionários. Ao tornar obrigatória a contratação de pessoas com deficiência e reabilitados no mercado de trabalho formal, mostrou-se fundamental para minimizar a discriminação, alertar para a importância da inclusão e garantir o pleno exercício da cidadania a essa população.

“Ainda há diversas vagas formais sem o preenchimento e nossa meta é avançar para o pleno cumprimento da legislação e continuar lutando por melhores condições de acessibilidade e eliminação das barreiras que estão corriqueiramente na vida das pessoas com deficiência”, destacou Gaspar.

Além da Lei de Cotas, o direito ao trabalho para a pessoa com deficiência está garantido em tratados e normas internacionais da Organização Internacional do Trabalho e das Nações Unidas. A oferta de emprego pleno, produtivo e trabalho decente para todos é um dos 17 objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

Como funciona a lei

O cálculo da cota é proporcional ao número de empregados da empresa, considerando a soma de todos os trabalhadores formalmente contratados. Para empresas com 100 a 200 empregados, a cota é de 2%; de 201 a 500 empregados, 3%; de 501 a 100 empregados, 4%; e acima de 1001, 5%.

A fiscalização da lei se concretiza por meio da atuação de auditores fiscais do trabalho. Nos últimos 5 anos, 20.488 empresas foram multadas por descumprimento da regra.

Auxílio-Inclusão

Em junho de 2021, foi promulgada a Lei nº 14.176, que aprimora as regras para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e cria o auxílio-inclusão, um mecanismo para alcançar a emancipação das pessoas com deficiência, concedendo meio salário mínimo a quem conseguir se inserir no mercado de trabalho.

Para receber o incentivo mensal de R$ 550, é necessário preencher o requisito de renda de até dois salários mínimos e ser titular do Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou ter recebido a concessão nos últimos cinco anos. Ao ser atendido pelo auxílio-inclusão, a pessoa deixa de receber o BPC.

A medida vale a partir de 1º de outubro deste ano. Caso o beneficiário perca o emprego ou a renda adquirida, ele volta automaticamente ao BPC, sem precisar passar pelas avaliações iniciais.

Fonte: https://revistareacao.com.br/cerca-de-372-mil-pessoas-com-deficiencia-estao-atualmente-no-mercado-de-trabalho/

Postado por Antônio Brito

Projeto busca beneficiar mulheres com deficiência na capital paulista

Usando como referência o projeto “Sábado Sem Barreiras” desenvolvido com foco no atendimento ginecológico para mulheres com deficiência no Hospital Pérola Byington, o vereador paulistano Eli Corrêa apresentou projeto de lei para que a cidade de São Paulo amplie a abordagem na rede pública municipal. O projeto é coordenado pela doutora Maria de Fátima Duarte que contribuiu com toda sua experiência para que a ação alcance mais mulheres paulistanas.

A proposta, aprovada por unanimidade – 55 votos, prevê que a Prefeitura faça um planejamento para adaptação integral dos equipamentos de saúde municipais, como:

Sala de atendimento individual, sala de exames e sala de coleta de materiais, e contará com assistência de uma equipe multidisciplinar composta por médicos ginecologistas, enfermeiros, psicoterapeutas e psicólogos.

“Entre as ações, prevemos que as unidades de saúde troquem, por exemplo, a maca convencional por uma elétrica”, pontua Eli. O parlamentar explica que esta mudança vai permitir, por exemplo, que as pacientes possam se posicionar de modo autônomo na maca para as consultas.

A solução mais simplista é pegar a paciente no colo para acomodá-la na maca. “É exatamente nesse momento que causamos impacto para essas mulheres”, pondera o vereador. “Muitas delas não contam com companhia para todas as consultas. Por isso, ao serem movidas da cadeira de rodas para a maca pela médica ou algum auxiliar, mesmo com as melhores das intenções, podemos estar ferindo a autoestima desta mulher”, avalia.

Para se tornar Lei Municipal o prefeito de São Paulo ainda precisa sancionar o que foi aprovado pela Câmara Municipal. Ainda mesmo depois da sanção, existe, normalmente, um prazo para que tenha início o que prevê a legislação.

Logística

Eli Corrêa apresentou o exemplo de mulheres que precisam percorrer grandes distâncias para consultas de rotina. Entre as milhares de paulistanas que precisam desta atenção, estão a Maria Alda e sua filha Francisca, que tem paralisia cerebral e precisa da cadeira de rodas para se locomover. Elas residem no extremo sul da capital. Uma dificuldade destacada é a de mobilidade. “A dificuldade é nas ruas, porque são muitos buracos, não tem calçada. A gente anda correndo risco no meio dos carros”, detalha.

Suely Rezende, moradora da Zona Leste, trata uma doença degenerativa que também obriga o uso da cadeira de rodas. Ela destaca o serviço prestado no Hospital Pérola Byington. “É excelente, porque atende todas as nossas necessidades. É o único programa na cidade que realiza exame ginecológico nas mulheres com deficiência”.

Mais inclusão

Das 460 unidades básicas de saúde da capital, menos de 20 são acessíveis, o que corresponde a 5%. A proposta do vereador Eli Corrêa considera a necessidade de um planejamento efetivo para mudar esta realidade. Como não é possível executar isso em todas as unidades simultaneamente, o parlamentar sugere que sejam definidas algumas unidades por região. “Isso vai aproximar o serviço das mulheres com deficiência. Assim, elas não precisarão passar pelos transtornos de longas e desconfortáveis viagens para cuidar da saúde”.

Como comunicador, Eli também levantou a bandeira de potencializar a participação dessas mulheres nas tomadas de decisões. “Independentemente das limitações no corpo, as mulheres têm um espírito de guerra, luta, uma sede por autonomia que as tornam gigantes.

Por isso, o lema ‘Nada sobre nós sem nós’ precisa ser colocado em prática com amplitude”, destaca.

Entusiasta da contribuição feminina, o democrata reforça que o engajamento destas mulheres nas tomadas de decisões, “vai beneficiar não apenas as mulheres com deficiência, mas também aos outros públicos”, conclui.

Fonte. https://revistareacao.com.br/projeto-busca-beneficiar-mulheres-com-deficiencia-na-capital-paulista/

Postado por Antônio Brito

01/08/2021

Dia Internacional da Amizade incentiva papel de jovens como promotores da compreensão

Unicef/Luis Kelly
A resolução que proclama a data ressalta o envolvimento de jovens, como futuros líderes, em atividades comunitárias que incluam diferentes culturas e promovam a compreensão internacional e o respeito pela diversidade

Data foi proclamada pela Assembleia Geral há 10 anos; ONU ressalta fatores de divisão na comemoração proposta pela Unesco para consolidar a Cultura de Paz; resolução cita papel juvenil unindo culturas e respeitando a diversidade.

Este 30 de julho é o Dia Internacional da Amizade. A data foi proclamada em 2011 pela Assembleia Geral da ONU para realçar como a amizade entre povos, países, culturas e indivíduos pode inspirar esforços de paz e construir pontes entre comunidades.

A organização lembra que entre os desafios globais estão crises e fatores que criam divisão. São a pobreza, a violência e os abusos dos direitos humanos que “minam a paz, a segurança, o desenvolvimento e a harmonia social entre os povos”.

ONU/Marcia Weistein
Duas crianças em uma escola no Bronx, em Nova York, solidificando sua amizade com uma expressão espontânea de compreensão mútua

Diálogo

Para abordar as causas profundas destas questões, a ONU defende a promoção e defesa de espírito compartilhado de solidariedade humana sob várias formas destacando a amizade.

A resolução que proclama a data ressalta o envolvimento de jovens, como futuros líderes, em atividades comunitárias que incluam diferentes culturas e promovam a compreensão internacional e o respeito pela diversidade.

Governos, organizações e sociedade civil são chamados a contribuir com eventos e iniciativas em favor dos esforços da comunidade internacional em prol do diálogo entre civilizações, da solidariedade, da compreensão mútua e da reconciliação.

OIT/M.Tewelde
Dia Internacional da Amizade foi adotado com a ideia de amizade entre os povos, países, culturas e indivíduos para inspirar os esforços de paz e construir pontes entre as comunidades.

Valores

O Dia Internacional da Amizade foi proposto pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, Unesco.

O propósito é realçar a Cultura de Paz como um conjunto de valores, atitudes e comportamentos que rejeitam a violência e procuram prevenir conflitos, abordando as causas profundas para a resolução de crises.

Ações para promover a cultura de paz também envolvem uso de ferramentas como educação e promoção do desenvolvimento econômico e social sustentável, do respeito pelos direitos humanos e da igualdade de gêneros.

Entre essas apostas estão ainda fomentar a participação democrática, incentivar a compreensão, a tolerância e a solidariedade, além de apoiar a comunicação participativa e o livre fluxo de informação e conhecimento.

Fonte. https://news.un.org/pt/story/2021/07/1758202

Postado por Antônio Brito

31/07/2021

Adolescente com deficiência entra para grupo prioritário de vacinação

Alteração na lei foi publicada no Diário Oficial da União

O Governo Federal incluiu definitivamente gestantes, puérperas e lactantes, com ou sem comorbidade, no grupo prioritário de imunização contra a covid-19. A alteração na Lei 14.124, que trata do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação foi publicada Diário Oficial da União desta sexta-feira (30).

Pela norma, crianças e os adolescentes com deficiência permanente, com comorbidade ou privados de liberdade também passam a fazer parte do grupo prioritário de vacinação contra covid-19 "conforme se obtenha registro ou autorização de uso emergencial de vacinas no Brasil para pessoas com menos de 18 anos de idade".

A inclusão de gestantes e adolescentes no grupo foi motivada por uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinava ao Ministério da Saúde a análise da inclusão dos adolescentes no Plano Nacional de Imunização (PNI). Mendes argumentou que, diante da existência de adolescentes com comorbidades e da adequação da vacina da Pfizer a esse público, não faria sentido limitar a vacinação apenas a maiores de idade.

A vacina contra a covid-19 da Pfizer foi a primeira a receber o registro definitivo no Brasil. Em junho, o imunizante da farmacêutica americana contra o novo coronavírus, primeiro a ter registro definitivo no Brasil, obteve o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação em grupos com 12 anos de idade ou mais.

Na última terça-feira (27), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que assim que for concluída a vacinação de maiores de 18 anos, o Brasil iniciará a vacinação de adolescentes com idades entre 12 e 17 anos.

Edição: Valéria Aguiar

Fonte. https://agenciabrasil-ebc-com-br.cdn.ampproject.org/v/s/agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-

Postado por Antônio Brito

Quase 30% da delegação brasileira paralímpica nos Jogos de Tóquio será composta por atletas de classes baixas

O atleta Gabriel Araújo aguarda largada na piscina durante Circuito Brasil de Natação em julho de 2019 | Foto: Ale Cabral / CPB

Entre os 232 atletas com deficiência que disputarão os Jogos Paralímpicos de Tóquio pelo Brasil, 66 serão das chamadas "classes baixas" (com deficiência mais severas), o que representa 28,4% do total da delegação brasileira paralímpica, segundo dados do departamento de Ciências do Esporte do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

A valorização e estímulo à participação de atletas com deficiências severas em eventos esportivos do CPB e na composição da delegação brasileira nos Jogos Parapan-Americanos de 2023 também fazem parte do planejamento estratégico 2017-2024 do CPB.

São 40 atletas masculinos e 26 femininas que fazem parte deste grupo e que representarão o país no Japão a partir de agosto. Destes, 50% (ou 33) têm deficiência física, 36,4% (ou 24) têm deficiência visual, e 13,6% (ou 9) têm deficiência intelectual.

"É um ganho muito grande para o esporte paralímpico como um todo. Gera mais oportunidade para todos os tipos de deficiências possíveis. A bocha, esporte o qual faço parte da Seleção Brasileira, é considerada uma das modalidades mais inclusivas de pessoas com deficiências severas no paradesporto. É nítido este crescimento", afirmou Evani Calado, atleta da bocha da classe BC3, para praticantes com maior grau de comprometimento motor e que é assistido por um "calheiro".

"Para mim, é muito importante essa maior participação [de classes baixas] porque proporciona às outras pessoas que têm deficiências severas perceberem que é possível a prática de alguma modalidade esportiva", completou.

A modalidade da delegação brasileira paralímpica que contará com a maior quantidade de atletas classes baixas em Tóquio será o atletismo, com 18 participantes. A natação, com 16, a bocha, com 10, e o futebol de 5, com oito, também serão outras Seleções que contaram com grande presença de atletas com deficiências severas convocados. 

"É sempre gratificante participar dos classes baixas e fico feliz em termos conseguido atingir esse objetivo em levar um grupo significativo e com muita qualidade a uma edição de Jogos Paralímpicos. Esperamos fazer uma grande campanha em Tóquio", finalizou Edênia Garcia, nadadora da classe S3, que é uma das classes que contempla atletas com nível de comprometimento físico-motor maior na modalidade.

No total, a delegação brasileira paralímpica será composta por 255 atletas (incluindo atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiro), sendo 159 homens e 96 mulheres, além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 428 pessoas. Jamais uma missão brasileira em Jogos no exterior teve tamanha proporção.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileira (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3433/quase-30-da-delegacao-brasileira-paralimpica-nos-jogos-de-toquio-sera-composta-por-atletas-de-classes-baixas

Postado por Antônio Brito

30/07/2021

Ações mapearam atendimento de 8,7 milhões de cidadãos com deficiência e doenças raras em todo o Brasil

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Parte da atuação do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) durante a pandemia permitiu o mapeamento de necessidades das pessoas com deficiência e doenças raras. Segundo a Secretaria Nacional de Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD), 25 ações permitiram o atendimento de 8,7 milhões de cidadãos, que receberam tratamentos continuados, prevenção contra o Covid-19 e informações sobre o auxílio emergencial.

Além disso, 530 organizações da sociedade civil que compõem o Fórum Brasileiro de Conselhos Estaduais de Direitos da Pessoa com Deficiência e 1 mil entidades da sociedade civil especializadas também receberam o apoio do ministério. As ações de comunicação, mapeamento e cadastramento de atores públicos e segurança alimentar buscaram conscientizar os grupos mais vulneráveis.

“As pessoas com deficiência e doenças raras são parte da população que mais são afetadas pela Covid-19. Nossas ações têm como objetivo orientar e garantir o acesso às políticas públicas deste grupo populacional mais vulnerável”, afirma a secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Priscilla Gaspar. A SNDPD produziu três cartilhas destinadas a orientar as pessoas com deficiência, os profissionais da saúde e os demais cidadãos.

As Cartilhas podem ser acessadas no link: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/covid-19/cartilhas

Canais de denúncia

O MMFDH oferece atendimento em Língua Brasileira de Sinais (Libras) pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e pelo site da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), que coordena os canais de denúncia Disque 100 e Ligue 180. Também é possível realizar o atendimento dos serviços por webchat. O acesso aos canais pode ser feito também pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Fonte: https://revistareacao.com.br/acoes-mapearam-atendimento-de-87-milhoes-de-cidadaos-com-deficiencia-e-doencas-raras-em-todo-o-brasil/

Postado por Antônio Brito

29/07/2021

Acompanhamento profissional é indispensável para o melhor desenvolvimento das pessoas com deficiência intelectual severa e autismo grau 3

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou o popularmente conhecido autismo, se manifesta no período de desenvolvimento da primeira infância da pessoa, apresentando prejuízos nas áreas de reciprocidade sócio emocional, comportamentos comunicativos e padrões de comportamentos restritos e repetitivos. Por esse motivo, é avaliado e classificado cientificamente em níveis de gravidade, sendo o 1 como leve, 2 moderado e o 3, que se enquadra no autismo severo, considerado o mais sério e com sintomas mais intensos. O autismo pode ocorrer com ou sem deficiência intelectual concomitante. Para que indivíduos que possuem os dois diagnósticos se desenvolvam e tenham melhor qualidade de vida, é necessário o acompanhamento profissional, conforme aponta Natália Costa, mestre em psicologia e diretora do CENSA Betim, instituição que é referência nacional na área há 56 anos e conta com uma equipe transdisciplinar.

Natália Costa, o diagnóstico precoce de autismo é essencial para o melhor desenvolvimento da pessoa nesta condição. “O Transtorno do Espectro Autista é dividido em três níveis. No primeiro, a pessoa necessita de pouco suporte, pois o sintomas se apresentam de forma mais leve. Já o grau 2, que é o moderado, os déficits trazem maior prejuízo no cotidiano do indivíduo e por fim, no grau 3, que é o autismo severo, as pessoas precisam de maior suporte, pois comum apresentarem déficits de comunicação graves associado à dificuldade nas interações sociais e autonomia comprometida. Fora tudo isso que expliquei, eles ainda tendem ao isolamento social, interesses restritos, comportamentos repetitivos e estereotipados, e não raro, apresentam também quadros de depressão”, comenta.

Segundo Natália Costa, o suporte profissional é essencial para as pessoas com autismo severo associado a deficiência mental e intelectual. “Estes indivíduos precisam de intervenção porque geralmente são dependentes, principalmente para realizar as atividades da vida diária, como ir sozinha ao banheiro, alimentar-se e higienizar-se. Elas precisam de apoio para a maior parte das atividades, por isso a gravidade da situação, até porque, elas costumam se isolar e têm muita dificuldade de flexibilidade mental. Geralmente, o atraso cognitivo traz comprometimento na vida acadêmica, demandando um profissional também no ambiente escolar. É importante lembrar que o suporte se estende também para as famílias, que muitas vezes não sabem como lidar e ajudar no desenvolvimento da pessoa com esse quadro”, completa.

Suporte e apoio

Natália Costa destaca que pessoas com esse diagnóstico costumam responder bem a programas educacionais, desde que adequadamente estimulados. Por isso, ter uma equipe de especialistas ao lado, como os do CENSA Betim, para dar suporte para os pais e assim melhorar as habilidades sociais, a comunicação e o comportamento, é indispensável. “As intervenções pedagógicas individualizadas e intensivas geralmente apresentam bom progresso. No entanto, no autismo severo esse desenvolvimento pode ser lento e até parcial, mas lembro que cada melhora e conquista é importante para a pessoa que está nessa condição. Além do nosso acompanhamento é importante a participação dos membros da família nos cuidados e interação cotidiana com esses indivíduos, de maneira que promovam habilidades de interação social, administrem problemas de comportamento e ensinam habilidades de vida diária e comunicação. No caso da comunicação, o fonoaudiólogo é indicado para melhorar as habilidades de comunicação, a terapia ocupacional e a pedagogia para ensinar as atividades da vida diária, a psicologia pra aumentar o repertório de comportamentos socialmente habilidosos e a fisioterapia para melhorar as questões motoras e o equilíbrio”, conclui.

CENSA Betim

Fundado em 1964, o CENSA Betim é referência nacional nos cuidados a pessoas com deficiência intelectual, associada ou não a outros transtornos, e da sua família, assegurando-lhes qualidade de vida e uma educação socializadora. A instituição conta com uma equipe transdisciplinar, composta por profissionais da medicina, psicologia, psiquiatria, além de cuidadores e educadores. Se destaca por oferecer uma proposta diferenciada, com atividades esportivas e recreativas, escolaridade especial, equitação e oficinas de música, teatro e artesanato, em um ambiente familiar e integrado à natureza.

CENSA Betim

Instagram: @censabetim

Facebook: https://www.facebook.com/censabetim/

Site: www.censabetim.com.br

YouTube: https://www.youtube.com/censabetim

Fonte. https://revistareacao.com.br/acompanhamento-profissional-e-indispensavel-para-o-melhor-desenvolvimento-das-pessoas-com-deficiencia-intelectual-severa-e-autismo-grau-3/

Postado por Antônio Brito

Contratações de pessoas cegas ou com baixa visão diminuem durante a pandemia

Neste mês, completa-se 30 anos da Lei de Cotas (nº 8213/91), que prevê a garantia do direito à inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Neste ano, a data comemorada em 24 de julho, torna-se ainda mais relevante diante da diminuição de contratações de pessoas cegas ou com baixa visão, em decorrência da pandemia do coronavírus.

Segundo pesquisa realizada em dezembro de 2020 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), 45 mil trabalhadores com deficiência haviam perdido seus empregos. Outro dado é o encerramento de 28.551 postos de trabalho para pessoas com deficiência entre janeiro de 2020 e abril de 2021. De julho a dezembro de 2020, esteve em vigor a lei 14.020, na qual o governo brasileiro instituiu o Programa Emergencial de Manutenção de emprego e renda às pessoas com deficiência, proibindo demissões. Neste momento, as pessoas seguem trabalhando sem a vigência dessa proteção legal, que garantia a empregabilidade.

Há 75 anos, a Fundação Dorina atua promovendo a autonomia e a inclusão de pessoas cegas ou com baixa visão. Desde 1954, a instituição conta com uma área pioneira de empregabilidade, voltada à contratação e qualificação profissional de pessoas com deficiência visual junto a empresas parceiras. Por meio dessa atividade se verificou uma queda em novas admissões. Em 2019, a área de empregabilidade da Fundação Dorina promoveu a admissão de 116 profissionais. Já em 2020, foram registradas 60 contratações, uma redução de quase 50%.

A Fundação Dorina Nowill para Cegos possui diversos serviços voltados à empregabilidade, como análise de perfil dos candidatos, cursos de capacitação profissional e encaminhamento para processos seletivos. Além disso, as pessoas cegas ou com baixa visão podem cadastrar o currículo no banco de talentos da instituição e acompanhar as vagas disponíveis. Já as empresas são sensibilizadas sobre a importância de promover a inclusão, e a equipe de recursos humanos recebe apoio durante o processo de recrutamento e seleção.

Qualificação profissional é um diferencial para a carreira

Uma das missões da Fundação Dorina é qualificar pessoas com deficiência visual e promover a empregabilidade, inclusão e a autonomia. “A empregabilidade garante autonomia à pessoa com deficiência visual. Nas empresas, esses funcionários colocam em prática suas habilidades e participam da sociedade, mas para isso acontecer, a capacitação profissional é essencial. Os cursos de qualificação possibilitam que o aluno cego ou com baixa escolha a carreira que deseja seguir, além de desenvolver conhecimento para exercer suas funções”, afirma Edson Defendi, especialista em Diversidade e Inclusão e coordenador da área de empregabilidade da Fundação Dorina Nowill para Cegos.

Para garantir essa qualificação, a Fundação Dorina oferece vários cursos, que com a pandemia, podem ser realizados a distância por interessados de todo Brasil. A novidade é o curso de Inglês Básico, inédito, a partir de agosto. Os alunos cegos ou com baixa visão que estiverem interessados podem se inscrever pelo site: https://fdnc.org/ingles

Outros cursos oferecidos são de Informática Básica, Atendimento ao Cliente, Auxiliar Administrativo, Empreendedorismo e Oficina de Talentos, todos a distância. Já as aulas de Massoterapia são realizadas no modelo híbrido, com módulos de teoria aplicados online e a prática presencial.

Incluir para romper barreiras

Atualmente, no Brasil existem cerca de 441,3 mil pessoas com deficiência empregadas em virtude da Lei de Cotas. Destas, 62,1 mil são pessoas com deficiência visual, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego/Relação Anual de Informação Social (MT/RAIS 2017).

Fonte. https://revistareacao.com.br/contratacoes-de-pessoas-cegas-ou-com-baixa-visao-diminuem-durante-a-pandemia/

Postado por Antônio Brito

Projetos brasileiros de inclusão e acessibilidade são premiados pela ONU

Dois projetos da ONG Escola de Gente foram selecionados pela ONU como melhores práticas relacionadas aos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (SDG Good Practices). O aplicativo de cultura acessível “VEM CA” e o projeto “Hiperconexão inclusiva”, que promove lives plenamente acessíveis, com Libras, legenda e audiodescrição, fazem parte de uma lista de 400 iniciativas de todo mundo eleitas pela ONU, em que 12 são da América Latina e quatro do Brasil.
Os projetos foram desenvolvidos como uma solução para a exclusão digital intensificada pela pandemia da Covid-19. “O isolamento causado pela pandemia levou a uma migração da comunicação e de informação do presencial para o virtual. No entanto, as realizações de transmissões e encontros no ambiente digital não apresentaram os recursos de acessibilidade como Libras, legenda, audiodescrição e linguagem simples. É preciso que todas as ações sejam pensadas para serem plenamente acessíveis”, explica Claudia Werneck, fundadora da Escola de Gente.
Segundo a ONU, 82% da população com deficiência do mundo vivem em condições de pobreza, em países em desenvolvimento como o Brasil. Representam cerca de 15% da população mundial e enfrentam problemas como falta de acesso à água, saneamento básico, alimentação, além de educação e informação. No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 45,6 milhões de pessoas declararam ter, pelo menos, um tipo de deficiência, seja do tipo visual, auditiva, motora ou intelectual.
“As pessoas com deficiência são a maior minoria do mundo e, no Brasil, representam, segundo o IBGE, quase 25% da população brasileira. São pessoas que enfrentam um cotidiano repleto de riscos numa sociedade que não as percebe como parte dela e, portanto, naturaliza várias formas de exclusão e discriminação. A falta de comunicação acessível é uma delas., explica Claudia.
Hiperconexão Inclusiva
O projeto “Hiperconexão inclusiva” oferece tecnologia integrada própria que garante a oferta de Libras, legenda e audiodescrição, simultaneamente, para reuniões e apresentações de teatro online e ao vivo. O objetivo é praticar a equidade no compartilhamento de informações online, por meio da oferta de lives com acessibilidade total e, assim, estimular sociedade, governo e outras instituições a também desenvolvê-las. A primeira live plenamente acessível da Escola de Gente foi realizada em abril de 2020.
App VEM CÁ
Com mais de 15 mil downloads, o aplicativo lançado em 2019 foi criado para conectar eventos acessíveis a pessoas com deficiência. É pioneiro tanto no campo cultural como no da tecnologia da informação. Com a chegada da pandemia e a migração dos eventos para o mundo virtual, o VEM CÁ foi remodelado e será relançado em agosto deste ano, sob o conceito do projeto Hiperconexão Inclusiva.
Assim, além de trazer eventos presenciais acessíveis, o app passa a contemplar eventos virtuais que trazem acessibilidade a todos os públicos. O aplicativo terá diversas possibilidades de busca, com data e local, combinando os 24 tipos de atividades culturais com 12 tipos de acessibilidade: assento acessível, audiodescrição/guia acessível, banheiro acessível, elevador/rampa, gratuidade, legenda, Libras, Libras tátil, linguagem simples, piso tátil, publicações acessíveis e visita tátil, permitindo infinitas buscas.
O aplicativo também será uma plataforma para reunir profissionais de acessibilidade, que poderão se cadastrar no app e integrar um um banco de dados inédito no Brasil que ficará dentro do VEM CÁ, acessado gratuitamente. Os usuários poderão realizar buscas para encontrar tais profissionais e, dessa forma, o app vai fomentar a geração de emprego e renda no setor de acessibilidade.

Fonte. https://revistareacao.com.br/projetos-brasileiros-de-inclusao-e-acessibilidade-sao-premiados-pela-onu/

Postado por Antônio Brito