12/06/2020

O que considerar ao escolher uma cadeira de rodas infantil? Descubra!

Escolher uma cadeira de rodas infantil não funciona de forma semelhante à de um equipamento para adultos. As diferenças estão relacionadas ao tamanho, aos encaixes e ao material, por exemplo.

Além disso, é preciso saber diferenciar a cadeira de rodas infantil dos carrinhos posturais. Geralmente, a segunda opção é indicada a bebês ou crianças que não possuem controle do tronco e/ou membros superiores — e a primeira, para crianças que já são maiores.

Tendo essas questões em mente, há alguns itens que devem ser considerados ao se fazer a escolha de uma cadeira de rodas infantil. Confira a seguir e fique bem informado!

Priorize o conforto

Para que um cadeirante tenha mais qualidade de vida, o conforto é essencial. Quando falamos em crianças, isso é ainda mais acentuado, uma vez que elas podem ficar inquietas caso não se sintam confortáveis, por exemplo.

Por esse motivo, devem ser procuradas cadeiras leves, com estrutura anatômica e que possibilitem uma postura adequada, com um bom encosto. Assim, não será necessário fazer um grande esforço muscular. Também é sempre legal observar a almofada da cadeira e optar pelos modelos de boa densidade.

Considere a possibilidade de autonomia

É preciso verificar se a cadeira permitirá que a criança tenha autonomia para executar algumas ações por conta própria, sem ter que depender sempre de um adulto ou outra pessoa para a locomoção. A autonomia também está relacionada à qualidade de vida. Afinal, as pessoas se sentem bem quando conseguem desenvolver determinadas atividades sozinhas.

Observe a regulagem e a resistência

A cadeira de rodas infantil deve ter uma boa regulagem e permitir que o tamanho seja ajustado de acordo com cada criança. Isso evita o desenvolvimento de problemas de coluna ou lesões. Além do mais, vale lembrar que as crianças crescem — e a cadeira de rodas com regulagem pode ser utilizada por uma maior quantidade de tempo.

Os equipamentos feitos com materiais inoxidáveis geralmente são mais resistentes. Por isso, convém verificar esse fator antes de finalizar uma compra. As cadeiras em alumínio, por exemplo, além de resistentes são extremamente leves. Com isso, garantem as duas principais características que se deve buscar em relação ao material do produto.

Preste atenção na segurança

É necessário que os pequenos estejam seguros na cadeira, portanto analise criteriosamente as questões relacionadas à segurança do equipamento. Isso é muito importante para que as crianças não se machuquem ou caiam, a título de exemplo. Afinal, crianças pequenas podem ser inquietas e se movimentar muito na cadeira de rodas.

Existem diferentes tipos de acessórios que reforçam a segurança da cadeira e evitam que a criança escorregue. Bons exemplos são os cintos de segurança, adutores e abdutores de quadril e tronco, apoios de cabeça etc.

Procure por uma empresa especializada no segmento

Para fazer uma boa escolha e conseguir um equipamento de qualidade, é essencial contar com uma empresa especializada no segmento, que possa não apenas vender uma cadeira, mas prestar uma espécie de consultoria. Assim, você terá a certeza de que está comprando o melhor equipamento.

A Ortoponto tem expertise na área e conta com profissionais especializados, que vão orientá-lo para que você possa adquirir a melhor cadeira de rodas infantil. Atendemos presencialmente nas cidades de Porto Alegre ou Canoas (Rio Grande do Sul), mas também todo o restante do Brasil, por meio do nosso e-commerce e atendimento online.

Acesse o nosso site e conheça agora os melhores modelos de cadeira de rodas infantil para venda. Temos a certeza de que você vai encontrar uma excelente opção.

Fonte  https://blog.ortoponto.com.br/escolher-uma-cadeira-de-rodas-infantil/

Postado por Antônio Brito 

Disque 100: 12,9 mil denúncias de violações contra pessoas com deficiência em 2019

Segundo dados de 2019 do Disque 100 (Disque Direitos Humanos), divulgado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), foram registradas 12,9 mil denúncias de violências praticadas contra pessoas com deficiência. O grupo ocupa o terceiro lugar, com 8% do total, atrás de crianças e adolescentes (55%) e idosos (30%).

Em relação a 2018, houve um crescimento de 9% na quantidade de denúncias, fenômeno explicado pelo aumento geral de disponibilidade dos serviços oferecidos pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH).

As principais violações a que o grupo está submetido são negligência (41%), violência psicológica (22%), violência física (15%), abuso financeiro (14%) e violência institucional (4%).

Em números absolutos, elas estão concentradas na região Sudeste, nos estados de São Paulo (2,9 mil), Minas Gerais (1,9 mil) e Rio de Janeiro (1,4 mil), que respondem por 48% do total de denúncias registradas para o grupo.

Considerando a metodologia de taxa por 100 mil habitantes, Minas Gerais possui maior incidência de denúncias de violações contra pessoas com deficiência (9 denúncias por 100 mil habitantes), seguido de perto por Sergipe e Distrito Federal, com 8,9 e 8,6, respectivamente.

Perfil da vítima e do agressor

O agressor, na maior parte das ocorrências, é alguém do convívio familiar ou próximo à vítima. 29% das violências são praticadas por um irmão, 17% por filho, 11% pela mãe e 7% pelo pai.

O suspeito é alguém do sexo masculino em 51% das ocorrências, de cor branca (46%). A cor parda aparece em 39% dos casos (4.058 denúncias) e a preta, em 14%.

Sobre o perfil da vítima, as informações são de que 54% são do sexo feminino e 46% do sexo masculino, predominantemente da cor branca (45%) ou parda (41%). Ela apresenta deficiência mental em 58% dos registros. A deficiência física aparece em seguida, figurando em 19% dos casos.

Canais de atendimento

O Disque 100, o app Direitos Humanos Brasil e o site da ONDH são gratuitos e funcionam 24 horas por dia, inclusive em feriados e nos finais de semana.

Os canais funcionam como “pronto-socorro” dos direitos humanos, pois atendem também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes e possibilitando o flagrante.

Fonte  https://revistareacao.com.br/disque-100-129-mil-denuncias-de-violacoes-contra-pessoas-com-deficiencia-em-2019/

Postado por Antônio Brito 

Mensagem 'Programa Prato Cheio e governo' que promete cesta básica é falsa

Muitas pessoas não têm o hábito de pesquisar e acaba caindo em golpes espalhados pela internet. De acordo com o Ministério da Cidadania, é falsa informação que circula por WhatsApp sobre suposta cesta básica distribuída em parceria com o Governo Federal. A mensagem foi enviada para milhares de brasileiros, que ficaram na dúvida sobre clicar no link. 

O texto compartilhado diz; "Programa Prato Cheio e Governo Federal. Cadastre-se e solicite agora mesmo sua Cesta Básica Gratuita! Acesse: https://*****". Conforme foi alertado pelo governo, evite clicar em links de fonte desconhecida e procure sempre informações nos canais oficiais.

Fonte  https://www.jornaldestaquebaixada.com/2020/06/mensagem-programa-prato-cheio-e-governo.html?m=1

Postado por Antônio Brito 

11/06/2020

SP disponibiliza serviço de apoio psicológico às pessoas com deficiência

Com o objetivo de promover o bem-estar emocional das pessoas com deficiência nesse momento de pandemia de COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus), a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência disponibiliza o TeleApoio, serviço de atendimento psicológico ao público por meios digitais.

A atividade é realizada por psicólogos e assistentes sociais, entre outros profissionais da área da inclusão, e funciona com abrangência estadual, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, o atendimento pode ser feito por e-mail, telefone ou aplicativo (WhatsApp).

A ação é realizada pelo Centro de Tecnologia e Inovação, equipamento da pasta, e tem como objetivo acolher e orientar a pessoa com deficiência que está passando por problemas emocionais, como desânimo, estresse ou falta de motivação, em razão da pandemia.
TeleApoio para pessoas com deficiência

E-mail: faleconosco@cti.org.br
Telefone: (11) 3641-9026
WhatsApp: (11) 99841-6685
Imagem: https://www.cti.org.br/site/
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Fonte  https://www.facebook.com/400721979976212/posts/2961397637241954/

Postado por Antônio Brito 

São Paulo quer 400 táxis para pessoas com deficiência na cidade

Descrição da imagem #pracegover: Pessoa em uma cadeira de rodas é transportada em plataforma elevatória para dentro de um táxi acessível da frota da cidade de São Paulo. Crédito: Reprodução.

A Prefeitura de São Paulo quer ampliar a frota de táxis adaptados para atender pessoas com deficiência na cidade. Atualmente, são 244 veículos.

decreto n° 59.506/2020 (leia a íntegra abaixo), publicado na terça-feira, 9, prevê a expedição, o sorteio e a distribuição de novos alvarás, seguindo a Lei de Mobilidade Urbana (n° 12.587/2012), para chegar a 400 carros acessíveis.

De acordo com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED), após a retomada das atividades suspensas por causa da pandemia de covid-19, o Departamento de Transportes Públicos (DTP) vai publicar portaria com a data e as regras do sorteio, além dos critérios e exigências para participação.

Quem for sorteado não poderá transferir o alvará de estacionamento por, no mínimo, cinco anos, com exceção para o falecimento do titular.

A SMPED vai fornecer à Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT) informações sobre a demanda e os locais para pontos de táxis que atendem pessoas com deficiência.


“DECRETO Nº 59.506, DE 8 DE JUNHO DE 2020

Autoriza a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transporte a expedir novos alvarás de estacionamento da modalidade táxi, destinados ao transporte de pessoas com deficiência, e dá outras providências.

BRUNO COVAS, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei,

D E C R E T A:

Art. 1º Fica a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes autorizada a expedir novos alvarás de estacionamento da modalidade táxi, destinados ao atendimento de pessoas com deficiência, até que seja completada a frota em atividade de 400 (quatrocentos) veículos, obedecidos os requisitos previstos na Lei nº 7.329, de 11 de julho de 1969, e alterações posteriores, bem como nas demais normas regulamentares.

Parágrafo único. Os veículos de que trata o “caput” deste artigo serão da categoria comum, adaptados para acessibilidade em conformidade com as especificações técnicas estabelecidas pela Secretaria Municipal e Mobilidade e Transportes.

Art. 2º Os alvarás deverão estar obrigatoriamente vinculados a veículos adaptados, nos termos do Decreto nº 48.695, de 5 de setembro de 2007.

Art. 3º A distribuição dos alvarás dar-se-á mediante sorteio realizado com base em critérios técnicos objetivos a serem estabelecidos pela Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes.

Parágrafo único. A distribuição dos alvarás deverá obedecer ao disposto:

I – no artigo12-B da Lei Federal n° 12.587, de 3 de janeiro de 2012 – Lei de Mobilidade Urbana;

II – no artigo 1º da Lei nº 17.259, de 7 de janeiro de 2020.

Art. 4º Compete à:

I – Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, elaborar normas complementares para o cumprimento do disposto neste decreto;

II – Secretaria Municipal da Pessoa Com Deficiência, subsidiar a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes com informações de demanda e locais para implantação de pontos privativos ou livres de táxi para atendimento de pessoas com deficiência.

Art. 5º Fica terminantemente vedada a transferência da titularidade dos alvarás de estacionamento de que trata este decreto pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos, a contar de sua expedição, exceto nas hipóteses de falecimento do motorista autônomo e de espólio, previstas nas alíneas “b” e “c” do “caput” do artigo 20 da Lei nº 7.329, de 1969, com a redação dada pela Lei nº 7.953, de 16 de novembro de 1973.

Art. 6º Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 8 de junho de 2020, 467º da fundação de São Paulo.

BRUNO COVAS, PREFEITO

EDSON CARAM, Secretário Municipal de Mobilidade e Transportes

CID TORQUATO JÚNIOR, Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência

ORLANDO LINDÓRIO DE FARIA, Secretário Municipal da Casa Civil

MARINA MAGRO BERINGHS MARTINEZ, Respondendo pelo cargo de Secretária Municipal de Justiça

RUBENS NAMAN RIZEK JUNIOR, Secretário de Governo Municipal

Publicado na Casa Civil, em 8 de junho de 2020″.

Documento

Fonte  https://brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/sao-paulo-quer-400-taxis-para-pessoas-com-deficiencia-na-cidade/

Postado por Antônio Brito 

Poesia falada: poeta surda mostra Slam em LIBRAS hoje.

Tamara Silva, mais conhecida como Kizy Poeta ou Kizy Poesia, é um dos destaques da programação do Meu Espaço, realizado pela Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc). Vídeo de Kizy será exibido hoje, a partir das 19h, no canal da Funesc no YouTube.

Kizy Poeta

‘Slam sinalizado – O surdo tem mãos, o surdo tem voz’ eh o titulo do vídeo de Kizy, na categoria Poesia Falada. Ela apresenta o gênero poético slam numa perspectiva cultural surda, enfatizando angústias e lutas vividas pela comunidade surda.
A apresentação aborda três temáticas de relevância social: o movimento feminista surdo, a empatia e o valor da acessibilidade. Kizy ainda fala sobre a origem do movimento slam sinalizado no Brasil e como ela se inspira e trabalha para manter essa arte viva.
Se você não saca nada de LIBRAS, não se preocupe. Veja o vídeo de Kizy, que terá o intérprete Nemu Lima facilitando a vida de ouvintes que ainda não despertaram para a necessidade de aprender LIBRAS. Lembrando que a programação geral começa a partir das 17h com outros videos. O de Kizy começa a partir das 19h.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal T5.

Fonte  https://blog.portalt5.com.br/clapeclapeclape/2020/06/10/poesia-falada-poeta-surda-mostra-slam-em-libras-hoje-no-meu-espaco/

Postado por Antônio Brito 

Onda de protestos contra o racismo obriga COI a recuar

Pode ser apenas uma falsa impressão. Torço para que não. Mas os ventos dos protestos mundiais contra o covarde assassinato do americano George Floyd alcançaram a sede do COI (Comitê Olímpico Internacional).

Foi sintomático. Menos de 24 horas depois de uma reportagem do jornal inglês Telegraph assinalar que o COI manteria a proibição de manifestações de atletas durante a Olimpíada de Tóquio, remarcadas para o ano que vem, houve uma virada de rumo.

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Nesta quarta (10), durante coletiva de imprensa virtual, na qual vários temas ligados aos Jogos de 2021 e até de Paris-2024 foram abordados, Thomas Bach, o alemão que comanda o COI, acenou com uma postura menos incisiva a respeito da questão de coibir manifestações.

“A Comissão de Atletas está em diálogo com os atletas de todo o mundo para explorar como os atletas podem dar seu apoio de uma forma digna. Seria injusto eu falar alguma coisa agora. A discussão foi iniciada. Vamos deixar os atletas discutirem entre eles e, depois, ver a proposta”, disse Bach, em resposta a um jornalista.

Ao mostrar disposição de diálogo, Thomas Bach dá claros sinais de que o COI sentiu a dimensão que os protestos que ocorreram nos Estados Unidos e em vários países da Europa. É verdade também que o fato de entidades como a World Athletics (atletismo), Fifa e IPC (Comitê Paralímpico Internacional) apoiarem os protestos contra o racismo e rejeitarem qualquer possibilidade de sanção ajudou na posição do alemão.

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O fato é que após a absurda demonstração de hesitação para adiar a Olimpíada de Tóquio, em razão da pandemia do coronavírus, os cartolas do Comitê Olímpico Internacional estão mais atentos aos sinais que as paredes das luxuosas instalações da sede em Lausanne não permitem ver.

Mas e a Regra 50?

Entre todas as entidades esportivas mundiais, poucas são tão refratárias a mudanças quanto o COI. A cartolagem olímpica, de modo geral, é extremamente conservadora e isso se explica pelo paquiderme em que se transformou a Olimpíada. Um evento caríssimo, que tem cada vez menos interessados em organizá-la, seja de Verão ou Inverno. A Agenda 20 + 20, lançada pelo próprio Bach assim que assumiu o COI em 2013, tem como meta principal tornar as Olimpíadas mais sustentáveis e acessíveis.

+ Protestos serão proibidos, mas tema será debatido com atletas

Mesmo com tantos movimentos para rejuvenescer os Jogos – a entrada de modalidades mais “radicais”, como surfe, skate e escalada não ocorreu à toa –, algumas coisas não mudam. A própria Carta Olímpica proíbe que se faça qualquer tipo de demonstração política ou religiosa nas arenas olímpicas. É a chamada “Regra 50”, pela qual os atletas são obrigados a aceitar, sob pena de punições, que não são determinadas.

Em sua mensagem de Ano Novo, Thomas Bach tocou justamente neste tema sensível. “Como a história demonstrou, essa politização do esporte não leva resultados e apenas aprofunda as divisões existentes. Os atletas têm um papel essencial no respeito a essa neutralidade política no campo de jogo”, escreveu o alemão, lembrando das possíveis sanções para quem não respeitasse a norma.

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Em outras palavras, o que o COI não quer ver em Tóquio uma repetição de um protesto como fizeram os americanos Tommie Smith e John Carlos, no pódio dos 200 metros da Olimpíada da Cidade do México-1968.

Bach levou o troco em seguida, por meio de uma dura carta da Global Athletes, entidade criada para defender os interesses dos atletas de todo o mundo. “O Movimento Olímpico já politizou o esporte. Para citar alguns exemplos: em PyeongChang, o COI promoveu uma equipe unificada sul e norte-coreana; o presidente do COI se reúne regularmente com os chefes de Estado que também desempenham funções como chefes dos comitês olímpicos nacionais e chefes das Comissões do COI ocupando cargos ministeriais. Este navio já zarpou: o COI já politizou o esporte.”

Ao avisar que pretende pelo menos ouvir as propostas dos atletas, Bach não está virando uma espécie de militante engravatado. Como bom político, o alemão está sendo esperto e não criando uma zona de conflito desnecessária pelo atual momento. Se ele vai atender as reivindicações ou não, é outra história. Mas os atletas, que tiveram um peso considerável para iniciar a pressão pelo adiamento dos Jogos de Tóquio, já perceberam a força que têm.

Ainda bem.

Fonte  http://www.olimpiadatododia.com.br/laguna-olimpico/243918-coi-onda-de-protestos-racismo/

Postado por Antônio Brito 

Como são as vagas de estacionamento para pessoas com deficiência?

Você sabia que as pessoas portadoras de deficiência têm direito a vagas exclusivas de estacionamento? Esse benefício é assegurado por lei e facilita a acessibilidade dessa parcela da população, melhorando sua qualidade de vida. 

No entanto, mesmo sendo um direito garantido, muitas pessoas não sabem como as vagas de estacionamento para pessoas com deficiência funcionam e como garantir esse benefício. Para tirar as suas dúvidas sobre o assunto, elaboramos este post. Quer saber mais? Então, acompanhe a leitura. 

Quem pode usar?

As vagas de estacionamento exclusivas são um direito da pessoa com deficiência física, seja ela condutora ou passageira do veículo, que apresente dificuldades de se locomover ou mobilidade reduzida. Enquadram-se nesses requisitos, três condições:

  • pessoa com deficiência física ambulatória nos membros inferiores que apresente dificuldade para caminhar;
  • pessoas com deficiência física decorrente de incapacidade mental, que apresentem dificuldade de andar por si só;
  • pessoas com mobilidade reduzida temporária, com alto grau de comprometimento, que se encontram impossibilitadas de caminhar por solicitação médica.

Como conseguir o benefício?

Não é só avistar uma vaga prioritária e estacionar. Para usufruir do benefício, é necessário passar por um credenciamento prévio. Essa medida facilita o trabalho das autoridades de trânsito e permite que elas consigam controlar as vagas reservadas.

A credencial é válida para a pessoa e não para o veículo, isso significa que ela pode ser utilizada em qualquer veículo que a pessoa esteja, inclusive em carros alugados. É válida em todo o território nacional e não é vitalícia, necessitando de renovação a cada dois anos.

Para expedir a credencial é necessário comparecer ao Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) de seu estado com o documento de identidade, CPF, comprovante de residência, classificação internacional de doenças (CID) correspondente e uma foto 3×4.

Qual a punição para quem desrespeita a vaga para pessoas com deficiência?

Estacionar em uma vaga para pessoas com deficiência sem ter direito ao benefício é uma infração gravíssima, por isso, a atitude deve ser penalizada pelos agentes de trânsito. A punição pode ocorrer, inclusive, em vagas exclusivas de locais privados, como shoppings e supermercados.

Esse tipo de infração está prevista no art. 181, inciso XX, do Código de Trânsito Brasileiro e determina multa no valor de R$293,47 e sete pontos na carteira do condutor. Como medida administrativa, consta ainda a remoção do veículo.

Como devem ser as vagas de estacionamento para pessoas com deficiência?

De acordo com a Lei brasileira de Acessibilidade, 2% das vagas de estacionamento da cidade devem ser reservadas para pessoas portadoras de deficiência. Cada município é responsável pela implementação, gestão e fiscalização das vagas em sua localidade. As vagas reservadas em vias ou espaços públicos devem ser próximas dos acessos de circulação de pedestres e ter a devida sinalização.

A disponibilidade de vagas de estacionamento para pessoas com deficiência é um direito assegurado por lei e deve ser respeitado para facilitar a locomoção de pessoas com deficiência motora e mobilidade reduzida, por isso, busque seus direitos e faça seu credenciamento.

Gostou do post? Entenda também a importância da acessibilidade nos transportes públicos.

Fonte  https://blog.ortoponto.com.br/vagas-de-estacionamento-para-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito 

Confira como pedir auxílio emergencial de R$ 600

Paga a trabalhadores informais de baixa renda e a beneficiários do Bolsa Família, o auxílio emergencial de R$ 600 ou de R$ 1,2 mil para mães solteiras será depositada de forma automática para quem já está inscrito no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) a partir de quinta-feira (9) e tem conta no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal. Os demais trabalhadores terão de se cadastrar no aplicativo Caixa Auxílio Emergencial ou no site Auxílio Caixa e começarão a ser pagos até o dia 14.

Quem está no Bolsa Família não precisa se cadastrar e receberá a renda básica emergencial no mesmo dia do pagamento do programa social, que ocorre entre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário desse grupo receberá o maior valor entre o Bolsa Família e o auxílio emergencial no fim de abril, de maio e de junho.

Nesta fase, o dinheiro será depositado em contas poupança digitais ou na conta corrente informada pelo beneficiário e só poderá ser movimentado eletronicamente. Os saques em dinheiro em casas lotéricas e em caixas eletrônicos começam no dia 27.

Confira abaixo mais questões sobre o benefício.

Quem tem direito ao auxílio emergencial?

O benefício será para às seguintes pessoas:

» Que estão inscritas no CadÚnico até o último dia dia 20 de março;
» Que são microempreendedores individuais;
» Que são contribuintes individuais ou facultativos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);
» Que estão na informalidade, sem inscrição em programas sociais nem contribuir para o INSS;
» Que são inscritos no Bolsa Família;
Atenção: O auxílio não será pago a quem recebe aposentadorias, pensões e demais benefícios previdenciários, seguro-desemprego, benefícios assistenciais como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou outro programa federal de transferência de renda que não seja o Bolsa Família.

 

Todos os beneficiários deverão:

» Ter mais de 18 anos de idade e Cadastro de Pessoa Física (CPF) ativo;
» Ter renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa (R$ 522,50);
» Ter renda mensal até 3 salários mínimos (R$ 3.135) na família inteira;
» Não ter recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018;
» A renda familiar considera os rendimentos de todos os membros que vivem na mesma residência, exceto os pagamentos do Bolsa Família.

 

Como será feito o pagamento a mães solteiras?

» Mulheres mães e chefes de família poderá receber R$ 1,2 mil (duas cotas) por mês caso se enquadrem nos critérios anteriores.

 

O que acontecerá se quem recebe o auxílio emergencial conseguir emprego?

» Beneficiário que, durante a vigência do programa, for contratado com carteira assinada ou vir a renda familiar ultrapassar o limite continuará a receber a renda básica emergencial

 

Quem precisa baixar o aplicativo e se cadastrar?

» Trabalhadores informais sem registro
» Microempreendedores individuais
» Contribuintes individuais ou facultativos do INSS
» Embora os MEI e os contribuintes do INSS estejam inscritos na base de dados do governo, a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Cidadania recomendam baixar o aplicativo e para ajustar dados, como a renda familiar. O aplicativo avisará caso o CPF do trabalhador já esteja inscrito no CadÚnico
» Beneficiários do Bolsa Família não precisam se cadastrar

 

Como fazer o cadastro?

O cadastro pode ser feito de três formas:

» Pela internet, no site auxilio.caixa.gov.br
» Pelo aplicativo Caixa Auxílio Emergencial, disponível para celulares e tablets do sistemas Android e iOS
» Cadastro em lotéricas e agências da Caixa para quem não tem acesso à internet. Por causa da pandemia de coronavírus, as agências da Caixa estão funcionando com horário reduzido, das 10h às 14h
» Os aplicativos podem ser baixados de graça por quem não tenha crédito no celular, graças a um acordo entre o governo e as operadoras de telefonia
» Governo recomenda apenas usar os canais indicados para evitar enviar dados a sites falsos e aplicativos fraudulentos

 

Que informações são necessárias para fazer o cadastro?

» Nome completo, número do CPF, data de nascimento e Nome da mãe;
» Número de celular para receber um SMS com a informação se o benefício foi concedido ou negado;
» Renda individual e ramo de atividade;
» Cidade e estado onde reside;
» Número de conta corrente, para quem tem conta em banco;
» Número da identidade (RG) ou da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para quem deseja criar a conta poupança digital

 

Qual será o calendário de pagamento?

Para inscritos no CadÚnico:

» Primeira parcela: a partir de 9 de abril para 2,5 milhões de pessoas, a partir de 14 de abril para trabalhadores com conta no Banco do Brasil e para trabalhadores nascidos em janeiro que terão o crédito pela conta poupança digital da Caixa, 15 de abril para nascidos de fevereiro a abril, 16 de abril para nascidos de maio a agosto e 17 de abril para nascidos de setembro a dezembro;
» Segunda parcela: depósito em conta poupança digital em 20 de maio para nascidos em janeiro e fevereiro, 21 de maio para nascidos em março e abril, 22 de maio para nascidos em maio e junho, 23 de maio para nascidos em junho e agosto, 25 de maio para nascidos em setembro e outubro e 26 de maio para nascidos em novembro e dezembro. Transferência e saque em dinheiro ocorrerão em outras datas;
» Terceira e última parcela: seria entre 26 e 29 de maio, mas novo calendário será divulgado

Para os trabalhadores informais, MEI e contribuintes individuais ou facultativos do INSS, que fizeram o cadastro no site ou no aplicativo:

» Primeira parcela: a partir de 16 de abril, dois dias depois de a Caixa receber da Dataprev a relação de quem teve o dinheiro liberado;
» Segunda parcela: entre 20 e 26 de maio, com a mesma escala de mês de nascimento definida para os inscritos no CadÚnico;
» Terceira e última parcela: seria entre 26 e 29 de maio, mas novo calendário será divulgado

Quem recebe Bolsa Família:

» As três parcelas serão pagas nos mesmos dias de pagamento do Bolsa Família, nos últimos dez dias úteis de cada mês, conforme o final do Número de Inscrição Social (NIS);
» Meses de pagamento das parcelas: abril, maio e junho.


Como será feito o pagamento?

Nesta primeira fase, não haverá saques, apenas depósitos. O dinheiro só poderá ser movimentado eletronicamente. Beneficiários com conta aberta no próprio nome em qualquer outro banco podem indicá-la para receber o valor. A Caixa transferirá o dinheiro sem custos adicionais.

Já beneficiários sem conta em banco terão de autorizar a abertura de uma conta poupança digital na hora de cadastrar o benefício no siteou no aplicativo. O processo é automático e dispensa a apresentação física de documentos.

Beneficiários sem acesso à internet poderão fazer o cadastro nas agências da Caixa ou nas casas lotéricas (se estiverem abertas), com o recebimento do dinheiro na conta indicada, seja ela conta corrente ou conta poupança digital. O saque em dinheiro só começa em 27 de abril.

Os usuários de conta poupança digital terão direito a:

» Isenção de tarifas de manutenção;
» Até três transferências eletrônicas por mês para outros bancos sem custo nos próximos 90 dias, em datas específicas;
» Transferências ilimitadas para outras contas da Caixa Econômica, mesmo no nome de terceiros, em datas específicas;
» Acesso e movimentação apenas por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas domésticas, de boletos bancários e compras em lojas parceiras do banco

Os usuários de conta poupança digital não terão direito a:

» Cartão físico para movimentar a conta

 

Saque em dinheiro da primeira parcela:

Quem não tem conta em banco e receber exclusivamente por meio da conta poupança digital da Caixa poderá retirar o dinheiro em casas lotéricas (caso estejam abertas na localidade) ou em caixas eletrônicos a partir das seguintes datas

» 27 de abril: nascidos em janeiro e fevereiro
» 28 de abril: nascidos em março e abril
» 29 de abril: nascidos em maio e junho
» 30 de abril: nascidos em julho e agosto
» 4 de maio: nascidos em setembro e outubro
» 5 de maio: nascidos em novembro e dezembro

Cerca de 8,3 milhões de brasileiros que só tiveram o benefício aprovado em 15 de maio poderão fazer saque em dinheiro ou transferir o dinheiro da conta poupança digital para a conta de terceiros a partir dos seguintes dias:

» 19 de maio: nascidos em janeiro
» 20 de maio: nascidos em fevereiro
» 21 de maio: nascidos em março
» 22 de maio: nascidos em abril
» 23 de maio: nascidos em maio, junho e julho
» 25 de maio: nascidos em agosto
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Saque em dinheiro e transferência da segunda parcela:

Quem não tem conta em banco e receber exclusivamente por meio da conta poupança digital da Caixa poderá retirar o dinheiro em casas lotéricas (caso estejam abertas na localidade) ou em caixas eletrônicos a partir das seguintes datas.

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A transferência para contas de terceiros também só será liberada nesses dias. Para evitar aglomerações, Caixa orienta evitar corridas a pontos de saques e a usar ao máximo o aplicativo Caixa Tem.

 

Existe um telefone para tirar dúvidas?

O trabalhador pode ligar para o telefone 111, criado pela Caixa, para tirar dúvidas sobre a renda básica emergencial. A linha está disponível apenas para o esclarecimento de informações. O trabalhador pode consultar se está no CadÚnico, no Bolsa Família e se precisa cadastrar-se no aplicativo ou no site.

As ligações podem ser feitas pelo celular de forma gratuita, graças a um acordo entre o governo e operadoras telefônicas

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República fez um vídeo que detalha a medida: 

 

 

*Matéria atualizada às 20h54 de 15 de abril para atualização de informações sobre o saque em dinheiro da primeira parcela para cerca de 8,3 milhões de beneficiários e sobre o pagamento e o saque da segunda parcela

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-04/confira-como-pedir-renda-basica-emergencial-de-r-600

Postado por Antônio Brito 

O veterano de guerra que superou amputação das pernas e virou instrutor internacional de ioga

Direito de imagem Mark Cubbedge/Divulgação
Uma amiga de Nevins que era instrutora de ioga conseguiu convencê-lo a fazer três aulas. No início, ele sentia dor e não conseguia se equilibrar, até que decidiu remover as próteses

Na primeira vez que ouviu de uma amiga o conselho de que precisava de "um pouco de ioga em sua vida", o militar americano Dan Nevins reagiu com irritação.

"Eu pensei: 'esta é a coisa mais idiota que já ouvi'", diz Nevins à BBC News Brasil.

Quase 10 anos antes, quando estava em missão no Iraque, o então sargento sobreviveu a uma explosão que levou à amputação de suas duas pernas. Em 2013, depois de passar pela 36ª cirurgia, Nevins enfrentava o que descreve como "as cicatrizes invisíveis da guerra".

"Eu não conseguia dormir à noite. E quando dormia, tinha pesadelos. Misturava comprimidos e uísque, na esperança de não acordar na manhã seguinte", lembra. "Não é que eu estivesse tentando tirar minha própria vida, mas eu simplesmente não queria estar vivo."

Mas apesar da resistência inicial de Nevins, sua amiga, que era instrutora de ioga, acabou conseguindo convencê-lo a fazer três aulas.

"A primeira aula foi horrível", conta ele. "Eu sentia dor com as próteses, que tinha acabado de recolocar após a última cirurgia, e não consegui me equilibrar."

Além disso, sua amiga ficava repetindo "pressione seus pés contra o chão". "Eu tinha vontade de dizer: 'repita pés mais uma vez (para ver o que acontece)!' Eu não tenho pés!", lembra.

Momento transformador

Mesmo frustrado, Nevins cumpriu a promessa de fazer uma segunda aula. Só que, desta vez, decidiu remover as próteses. "E (na época) eu não deixava ninguém me ver sem minhas pernas. Só meus médicos, minha mulher (quando eu era casado) e minhas filhas", ressalta.

Dan Nevins no Iraque em um veículo militarDireito de imagem Arquivo pessoal
Dan Nevins no Iraque, em 2004, antes da explosão que levou à amputação de suas pernas

"Lembro que pensei: 'aqui estou, de joelhos, em um tapete de ioga'. E nunca me senti tão pequeno em toda a minha vida", recorda.

Mas nesse momento, enquanto seguia as orientações da instrutora, Nevins diz que começou a visualizar raízes saindo do que restava de suas pernas em direção ao solo, enquanto colocava os braços para cima, e sentiu uma "poderosa onda de energia" passando pelo seu corpo.

"E eu me senti com dois metros e meio de altura e mais poderoso do que jamais havia me sentido. Eu me senti vivo. E lágrimas começaram a correr pelo meu rosto. Eu nem estava chorando. Era meu corpo que estava tendo uma reação àquele momento."

Ao final da terceira aula, ele se matriculou em um treinamento para instrutores. Hoje, seis anos depois, Nevins percorre o mundo dando aulas de ioga, não apenas para outros veteranos de guerra como ele, mas para qualquer pessoa que possa se beneficiar da prática.

"Todos nós vivemos com as cicatrizes invisíveis de alguma guerra", afirma o militar reformado de 46 anos. "E ioga, meditação e autoconhecimento funcionam para todo mundo."

Nevins, que vive na Flórida, também trabalha com o Wounded Warrior Project, organização sem fins lucrativos que oferece programas e serviços para veteranos de guerra, e dá palestras sobre sua história e sobre como superar adversidades.

Recentemente, criou sua própria organização sem fins lucrativos, Warrior Spirit Retreat, para ajudar veteranos.

Nevins ao lado de médicoDireito de imagem Arquivo pessoal
Inicialmente, os médicos amputaram somente a perna esquerda de Nevins. Mas depois de três anos sofrendo de dor constante e várias infecções, ele decidiu amputar também a perna direita

"Ajudo as pessoas a perceberem que suas vidas são bem melhores do que elas pensam", diz. "Uso as histórias da minha vida, as coisas que vi e pelas quais passei, para ajudar a criar perspectiva para elas, de que suas vidas são na verdade uma benção."

'Pensei que minha vida tinha acabado'

O ataque que levou à amputação das pernas de Nevins ocorreu na madrugada de 10 de novembro de 2004, perto da cidade de Balad, no Iraque. Uma bomba explodiu sob o veículo em que Nevins viajava. Seu amigo e chefe do pelotão, Mike Ottolini, que estava ao volante, morreu no ataque.

Nevins no hospitalDireito de imagem Arquivo pessoal
Nevins passou 22 meses internado e foi submetido a 36 cirurgias ao longo de uma década

"Eu não sabia o que estava acontecendo, mas podia sentir e ouvir o veículo se desintegrando ao meu redor", lembra. "Percebi que estava do lado de fora, caído no chão, mas minhas pernas ainda estavam presas."

Nevins diz que achou que ia morrer. Mas ao pensar na filha, que tinha 10 anos na época, ele começou a pressionar os ferimentos com as mãos, tentando conter o sangramento. Foi socorrido pelos companheiros de pelotão.

Quando acordou depois da primeira cirurgia, ainda no Iraque, o enfermeiro disse: "Sargento, você é um homem de sorte. Conseguimos estancar o sangramento e reparar a artéria femoral. Tivemos de amputar sua perna esquerda abaixo do joelho. Conseguimos salvar a perna direita por enquanto, mas você provavelmente vai perder esta também."

Nevins praticando iogaDireito de imagem Mark Cubbedge/Divulgação
Nevins diz que começou a visualizar raízes saindo do que restava de suas pernas em direção ao solo, enquanto colocava os braços para cima, e sentiu uma 'poderosa onda de energia'

"Naquele momento, eu pensei: 'o que um cara sem pernas pode fazer?' E na minha mente, a resposta era nada. Eu era um atleta, corredor. Pensei que minha vida tinha acabado", recorda.

Na manhã seguinte, ele foi transferido para um hospital na Alemanha. Depois, para o hospital militar Walter Reed, perto de Washington, onde ficou internado por 22 meses.

Três anos depois de ter a perna esquerda amputada, sofrendo de dor constante e várias infecções, ele decidiu amputar também a direita.

Nevins durante aula de iogaDireito de imagem Arquivo pessoal
Nevins percorre o mundo dando aulas de ioga, não apenas para outros veteranos de guerra como ele

Esportes e Monte Kilimanjaro

Nevins conta que, na época, sentia-se bem adaptado à nova vida. Com as próteses e livre da dor, ele voltou a se dedicar aos esportes. Jogava golfe, andava a cavalo, esquiava, corria, saltava de paraquedas e chegou até a escalar o Monte Kilimanjaro, a montanha mais alta da África.

"Eu (ainda) não estava sofrendo com estresse pós-traumático, com as cicatrizes invisíveis da guerra. Eu tinha maneiras de lidar com isso, e eram todas físicas", observa.

Foi só em 2013, quando passou pela última cirurgia e teve de se recuperar em casa, sozinho, e sem poder recorrer a atividades físicas, que ele começou a enfrentar essas cicatrizes pela primeira vez.

Ele estava divorciado. Sua filha mais velha agora tinha 18 anos e havia ingressado no Exército. Sua filha menor tinha três anos de idade (hoje Nevins tem uma terceira filha, de dois anos, e uma neta da mesma idade).

Nevins instrui aluna de iogaDireito de imagem Arquivo pessoal
'Eu sempre digo, convide alguém que você sabe que precisa de ajuda a fazer ioga. Você pode salvar sua vida. Foi o que aconteceu comigo', diz Nevins

"Vinte e dois veteranos de guerra tiram a própria vida a cada dia. E até então eu nunca havia compreendido isso", ressalta.

"Eu tinha o luxo de saber que, em oito semanas, poderia colocar minhas próteses de novo e caminhar, correr, escalar. Que teria de volta as ferramentas que usava para não sofrer. Mas há tantos veteranos que estão sofrendo e que não sabem se (a situação) vai melhorar."

Nevins diz que foi graças à ioga e à meditação que conseguiu superar o trauma. "A prática de ioga, em conjunto com meditação e busca por autoconhecimento, me ajudou a ver como os traumas que sofri (em combate) estavam comandando a minha vida, como eu estava vivendo em reação a todas essas coisas."

Vários dos seus alunos dizem que Nevins salvou sua vida. "Mas, na verdade, o que fiz foi oferecer a eles uma maneira diferente de encarar as coisas. E eles (então) salvaram a si mesmos", afirma.

"Eu sempre digo, convide alguém que você sabe que precisa de ajuda a fazer ioga. Você pode salvar sua vida. Foi o que aconteceu comigo."

Fonte  https://www.bbc.com/portuguese/geral-50550475

Postado por Antônio Brito