31/10/2025

https://diariopcd.com.br/desfralde-como-entender-o-momento-certo-das-criancas-com-deficiencia/

Os Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Santiago 2025 têm início nesta sexta-feira, 31, já com brasileiros disputando em duas modalidades: goalball e tênis de mesa. No mesmo dia, acontece também a cerimônia de abertura do evento, prevista para as 20h de Brasília, no Estádio Nacional do Chile.

A competição, que vai até o dia 9 de novembro, será distribuída em duas regiões do Chile: a metropolitana de Santiago e O’Higgins, ao sul da capital.

A delegação que representará o país na competição é formada por 120 atletas de até 23 anos de 12 modalidades: tiro com arco, bocha, futebol PC (paralisados cerebrais), futebol de cegos, goalball, judô, halterofilismo, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, vôlei sentado, basquete em cadeira de rodas (5×5 e 3×3) e atletismo.

Os jovens brasileiros são oriundos de 23 unidades federativas, sendo 77 atletas do sexo masculino e 43 do feminino. Entre os convocados, 88 têm deficiência física, 28 visual e quatro intelectual.

Na última edição do Parapan de Jovens, em Bogotá, na Colômbia, em 2023, o país chegou ao topo do pódio em ao menos uma vez nas nove modalidades em que participou. No total, a delegação brasileira conquistou 52 medalhas, sendo 30 de ouro, 13 de prata e nove de bronze.

Além disso, foi em Bogotá que o Brasil conquistou sua 500ª medalha no evento e chegou a 534 pódios nas quatro edições em que competiu.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/parapan-de-jovens-do-chile-comeca-nesta-sexta-feira-31-com-brasileiros-em-acao-em-duas-modalidades/

Postado Pôr Antônio Brito 

Desfralde: como entender o momento certo das crianças com deficiência

Desfralde: como entender o momento certo das crianças com deficiência

Especialista em desenvolvimento infantil explica como identificar os sinais de prontidão e conduzir o desfralde de crianças com deficiências de forma respeitosa, segura e sem pressa.

Um momento de grande alívio para os pais é quando seus filhos passam a usar o banheiro sozinhos. Porém, esse marco do desenvolvimento infantil requer muita atenção e paciência, principalmente no caso de crianças com deficiências, pois ele está relacionado a autonomia e independência.

Para essas crianças, esse processo se inicia um pouco mais tarde, por volta dos dois a quatro anos. O tempo médio do desfralde também costuma ser mais longo e irregular e muitas vezes envolve a integração da equipe multiprofissional e da escola.

Segundo o neurocirurgião e especialista em desenvolvimento infantil André Ceballos, é mais difícil observar os sinais do desfralde em crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista). “Permanecer com a fralda seca de duas a três horas, amanhecer com a fralda seca, fazer bastante xixi de uma só vez, pedir para tirar ou trocar a fralda com frequência são alguns dos sinais que elas dão quando estão prontas para começar o desfralde, por isso a observação é um passo importante desse processo.”
 

O doutor Ceballos destaca ainda que o desfralde deve ser visto como um período de aprendizado, e não como uma corrida. “Cada criança tem seu ritmo. Em crianças com deficiências, o mais importante é respeitar o tempo delas e adaptar o ambiente e a rotina para que se sintam seguras e confiantes”, afirma.
 

Veja algumas dicas práticas para os pais segundo o doutor André Ceballos:

1. Torne esse um momento divertido e leve

As adaptações podem fazer toda a diferença. Por isso, torne as coisas mais divertidas e utilize recursos visuais como cartazes, desenhos, músicas e livros sobre o tema ajudam a criança a compreender o que está acontecendo de forma lúdica. No caso de deficiências físicas, o uso de redutores de assento, barras de apoio e degraus para alcançar o vaso sanitário são fundamentais para promover independência e segurança. “Esses pequenos ajustes tornam o processo mais acessível e dão à criança a confiança de que ela é capaz”, observa o doutor Ceballos.

2. Crie uma rotina previsível e segura

A previsibilidade ajuda a criança a entender o que está acontecendo e o que é esperado dela. Levar a criança ao banheiro sempre nos mesmos horários, como ao acordar, após as refeições e antes de dormir, ajuda a criar um padrão e ensina o corpo a reconhecer esses momentos. Em crianças com TEA ou outras condições, a rotina estruturada e repetitiva traz conforto e reduz a ansiedade, tornando o processo mais natural e menos estressante.

3. Valorize cada conquista

O desfralde é um processo cheio de avanços e retrocessos. Acidentes acontecem e são completamente normais, eles são os famosos “escapes”. Por isso, é fundamental que os pais mantenham uma postura paciente e acolhedora. Elogiar as pequenas conquistas, como quando a criança avisa que quer ir ao banheiro, ajuda a reforçar positivamente o comportamento. Já as punições ou críticas podem gerar medo, vergonha e até retrocessos no aprendizado.

4. Se for necessário, busque ajuda profissional

Em alguns casos, o acompanhamento de profissionais como terapeutas ocupacionais, psicólogos e fonoaudiólogos pode ser determinante para o sucesso do desfralde. Esses especialistas podem orientar os pais sobre o melhor momento de iniciar o processo, indicar adaptações personalizadas e auxiliar na criação de estratégias específicas para cada tipo de deficiência. Além disso, o envolvimento da escola e dos cuidadores é fundamental para manter a consistência da rotina e garantir que todos estejam alinhados.
 

Com amor, paciência e orientação adequada, o desfralde deixa de ser um desafio e se transforma em uma jornada de aprendizado e conexão entre pais e filhos e um marco essencial no desenvolvimento infantil.
 

Conheça o Dr. André Ceballos: Médico neurocirurgião, Ceballos atua como Diretor técnico do Hospital São Francisco, referência no diagnóstico e tratamento de crianças com transtornos do desenvolvimento. O médico tem como missão identificar precocemente condições que possam comprometer o pleno desenvolvimento das crianças, oferecendo intervenções terapêuticas baseadas nas melhores evidências científicas. A atuação do Dr. Ceballos vai além do atendimento clínico e da gestão hospitalar e reconhecendo a importância da informação e da educação para a saúde pública, se dedica a projetos de divulgação e conscientização sobre os marcos do desenvolvimento infantil, com o objetivo de influenciar políticas públicas que beneficiem especialmente as populações mais vulneráveis. Saiba mais em: Link

Fonte https://diariopcd.com.br/desfralde-como-entender-o-momento-certo-das-criancas-com-deficiencia/

Postado Pôr Antônio Brito 

As 'deficiências por lei' em concursos públicos

Crescimento de candidatos com 'deficiências por lei' em concursos públicos gera debate sobre justiça nas cotas para PcD. Avaliação biopsicossocial é defendida para evitar distorções e garantir direitos.

As 'deficiências por lei' em concursos públicos

Aqueles que acompanham os concursos públicos notam dois fenômenos recentes nas cotas destinadas a pessoas com deficiência.

A Constituição Federal garante entre 5% e 20% das vagas para PcD. Se essas vagas não são ocupadas, elas são revertidas para os candidatos da ampla concorrência. Durante algum tempo, era comum essas vagas não serem totalmente preenchidas, já que muitos candidatos com deficiência não alcançavam a nota de corte. Hoje, no entanto, o cenário se inverteu: quase todas as vagas são preenchidas.

Isso pode parecer um avanço na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho por meio dos concursos.

Contudo, existe um crescimento expressivo do número de candidatos que apresentam laudos de determinados diagnósticos médicos de doenças ou sequelas para concorrer às vagas reservadas a pessoas com deficiência.

Em 2012, a Lei 12.764 reconheceu pessoas com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) como pessoas com deficiência para todos os efeitos legais. Posteriormente, foram reconhecidos como deficiência por lei a visão monocular (Lei 14.126/2021), a surdez unilateral (Lei 14.768/2023), e a fibromialgia neste ano (Lei 15.176/2025).

Essas leis foram celebradas como avanço de direitos, mas, diante da não implementação da avaliação biopsicossocial da deficiência, acaba por gerar distorções.

Ou seja, pessoas com laudos médicos concorrem diretamente com pessoas com deficiências, e isso na prática nem sempre é justo, pois as dificuldades de surdos unilaterais, pessoas com visão monocular e fibromialgia, não tem as mesmas limitações que as pessoas com deficiências físicas, visuais, auditivas, intelectuais ou múltiplas. Acaba sendo injusto e essas pessoas com laudos ocupam vagas que deveriam ser destinadas para aqueles que tem mobilidade realmente reduzida pela sua condição.

É importante destacar que existem candidatos com esses diagnósticos que, de fato, enfrentam barreiras relevantes e vivenciam processos de exclusão social.

Nesse sentido, não cabe atribuir responsabilidade individual aos candidatos, mas reconhecer que eles respondem a incentivos criados pela própria legislação. É a norma jurídica que deve orientar condutas de modo a promover justiça social. Por isso se faz necessária cada vez mais a avaliação biopsicossocial.

Manter o atual desenho, em que apenas o laudo médico é suficiente para que candidatos em situações de “deficiência por lei” concorram nas cotas destinadas às pessoas com deficiência, além de injusto, representa um risco à própria garantia de direitos. Sem critérios claros e sem uma avaliação que vá além do simples laudo médico, a reserva de vagas pode ser percebida como um atalho para alguns oportunistas, sendo uma frustração para muitos.

Diante disso, cabe ao Legislativo e ao Judiciário ponderar os limites do uso exclusivo do diagnóstico médico para caracterizar a deficiência e propor alternativas mais adequadas para contemplar pessoas com restrições leves de funcionalidade. Aos órgãos de controle. É preciso, urgente, implementar a avaliação biopsicossocial, de modo a alinhar a política pública à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e às melhores práticas de justiça social.

Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=3cd9c40f-bc47-491c-b4aa-cc9e0c2eac08

Postado Pôr Antônio Brito 

30/10/2025

Invisibilidade extrema: quantas pessoas com deficiência estão em situação de rua em São Paulo?

Invisibilidade extrema: quantas pessoas com deficiência estão em situação de rua em São Paulo?

Ausência de dados precisos e invisibilidade social aprofundam a vulnerabilidade de PCDs; defensor federal André Naves reforça urgência de políticas integradas de proteção e inclusão.

A situação das pessoas com deficiência que vivem em situação de rua na capital paulista permanece praticamente invisível aos olhos da sociedade e do poder público. Mesmo num contexto de crescente visibilidade das questões da deficiência e da inclusão social, não há, até o momento, dados confiáveis que estimem o número de PCDs em situação de rua na cidade de São Paulo, conforme material divulgado no blog “Vencer Limites”, de Luiz Alexandre Souza Ventura.

Para o Defensor Público Federal André Naves, especialista em direitos humanos, economia política e inclusão social, essa ausência de dados representa um grave déficit para a formulação de políticas públicas eficazes. “Não se protege o que não se conhece”, afirma André Naves.

A cidade de São Paulo contabiliza cerca de 810.080 pessoas com deficiência, considerando os diferentes tipos – visual, auditiva, motora e mental ou intelectual. Em âmbito nacional, o IBGE registrou, no Censo de 2022, 14,4 milhões de pessoas com deficiência, o que representa 7,3% da população com 2 anos ou mais de idade. Ainda assim, embora existam levantamentos sobre a população em situação de rua – como o realizado em 2021, que estimou aproximadamente 31.800 pessoas vivendo nessa condição na capital paulista, segundo a Revista Pesquisa FAPESP -, não há recorte oficial que identifique quantas dessas pessoas também possuem algum tipo de deficiência, o que reforça a invisibilidade desse grupo social.


Desafios e implicações sociais

A invisibilidade dos dados implica vários obstáculos:

  • Falta de programas ou abrigos específicos para PCDs em situação de rua, que muitas vezes enfrentam barreiras adicionais de mobilidade, acessibilidade e atendimento especializado.
  • Sobrecarga do modo “assistencialista”, sem integração com políticas de habitação, saúde mental, reabilitação, emprego e renda.
  • Profunda exclusão social: a deficiência aumenta a vulnerabilidade à pobreza, à falta de moradia e à invisibilidade institucional — conforme evidenciado pelos dados de escolarização, emprego e acesso à educação para PCDs no Brasil.
  • Inexistência de monitoramento sistemático impede avaliação de políticas existentes e construção de indicadores de progresso ou retrocesso.
     

André Naves propõe três frentes principais de ação:

  • Mapeamento e diagnóstico – o município de São Paulo promover uma campanha de identificação das PCDs em situação de rua, com recorte por tipo de deficiência, faixa etária, gênero, tempo em situação de rua e necessidades específicas de saúde e acessibilidade.
     
  • Políticas integradas de acolhimento e inclusão – o Estado precisa desenvolver modelos de moradia de transição acessível (considerando os requisitos de mobilidade, visão, audição etc.), combinados com acesso a serviços de saúde, reabilitação, assistência social e inserção produtiva.
     
  • Fortalecimento institucional e monitoramento – São Paulo precisa implantar sistema público de dados e indicadores de inclusão para PCDs em situação de rua, com periodicidade de publicação, transparência e integração com o sistema de planejamento municipal e estadual.

“Cada pessoa com deficiência que vive sem moradia fixa representa uma falha no nosso pacto social de igualdade e dignidade. Não podemos mais aceitar que ‘ninguém saiba’ quantas são – e que nenhuma política enderece as suas necessidades com eficácia”, afirma o defensor público.

Para saber mais sobre o trabalho de André Naves, acesse o site andrenaves.com ou acompanhe pelas redes sociais: @andrenaves.def.

Fonte https://diariopcd.com.br/invisibilidade-extrema-quantas-pessoas-com-deficiencia-estao-em-situacao-de-rua-em-sao-paulo/

Postado Pôr Antônio Brito 

Sentimentos e reações de crianças autistas

 Crianças autistas podem ter reações intensas a estímulos cotidianos. Adultos devem acolher, respeitar o tempo e transformar o momento em algo seguro. Assista ao vídeo explicativo!

Sentimentos e reações de crianças autistas

Tarefas simples do dia a dia, como escovar os dentes, cortar as unhas, pentear o cabelo... Mas para muitas crianças autistas, isso não é bem assim.

Crianças autistas podem sentir toques e sensações de um jeito diferente, como se fosse um turbilhão de sensações e estímulos dentro suas cabeças.

O toque, o barulho da tesoura, o gosto da pasta, o puxar da escova... tudo pode doer, incomodar, mesmo sem machucar.

Essa reação da criança autista não é falta de educação, e nem muito menos “manha”. É o corpo reagindo a estímulos que chegam com muita força para eles. É o cérebro tentando se proteger de algo que, para a maioria das pessoas, parece pequeno, simples, comum... mas que para elas, é imenso, grande, doloroso.

E é aí que entra o papel do adulto, em respeitar o tempo dessa criança, preparar o ambiente, avisar antes do toque ou do procedimento, transformar o momento em algo previsível e seguro.

Afinal, quando há acolhimento, o medo dá lugar à confiança. E o autocuidado, que antes era dor, vira conquista.

Um desenho animado, um vídeo que está circulando nas redes sociais, explica bem isso. Vamos assistir juntos no link:

 
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=cf583566-a929-4b1e-af13-4fc1966178ed
 
Postado Pôr Antônio Brito 

Parapan de Jovens 2025: confira as sedes e regiões de cada modalidade durante a competição

Vitória Miranda e Luiz Calixto durante competição de tênis em CR nos jogos Parapan de Jovens em Bogotá 2023 | Foto: Wander Roberto/CPB

Os Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Santiago 2025 serão realizados em duas regiões do Chile – Metropolitana e O’Higgins – e contarão com 120 atletas brasileiros, entre os dias 31 de outubro e 9 de novembro.

Na Região Metropolitana, o principal complexo esportivo do país e um dos símbolos históricos do esporte chileno, o Parque Esportivo Estádio Nacional, em Ñuñoa, receberá oito das 13 modalidades da competição. Inaugurado em 1938 e reformado para os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de 2023, o local hoje possui infraestrutura de padrão internacional, totalmente adaptada ao esporte paralímpico.

A bocha e o futebol de cegos serão disputados no Centro de Treinamento Paralímpico, um dos primeiros complexos da América Latina especializados em esportes adaptados. O espaço dispõe de acessibilidade total, salas multifuncionais e equipamentos de alto desempenho.

O Estádio Atlético Mario Recordón, também dentro do Parque Esportivo, sediará as provas de atletismo. O local, que leva o nome de um ex-atleta chileno, conta com pista certificada pela World Athletics e arquibancadas acessíveis.

As disputas de basquete em cadeira de rodas 3×3 e 5×5 serão realizadas em ginásios cobertos do parque, com quadras adaptadas e arquibancadas móveis. No Centro de Esportes de Contato, ocorrem as competições de goalball e judô, enquanto o vôlei sentado será disputado em instalações do Centro Esportivo, parte do mesmo complexo.

Na comuna de Providencia, o tênis em cadeira de rodas terá como sede o Clube Providencia. Já no cruzamento das avenidas José Arrieta e Tobalaba, no Parque Peñalolén, ocorrerão as provas de tiro com arco.

Na Região de O’Higgins, ao sul da capital, três municípios sediarão modalidades paralímpicas: Rengo, com o tênis de mesa, Machalí, que receberá o halterofilismo no recém-remodelado Centro Esportivo Guillermo Chacón, e Santa Cruz, palco do futebol PC (paralisados cerebrais), no histórico Estádio Joaquín Muñoz García, inaugurado em 1920 e sede do Club de Deportes Santa Cruz.

Confira as sedes de cada modalidade:

Região Metropolitana
Ñuñoa – Parque Esportivo Estádio Nacional (CT Paralímpico)
Bocha e futebol de cegos

Estádio Atlético Mario Recordón
Atletismo

Centro Esportivo Coletivo
Basquete em cadeira de rodas 3×3 e 5×5

Centro de Esportes de Contato
Goalball e judô

Centro Esportivo
Vôlei sentado

Providência – Clube Providencia
Tênis em cadeira de rodas

Peñalolén – Parque Peñalolén
Tiro com arco

Região de O’Higgins
Rengo – Centro Esportivo Luis Pavez
Tênis de mesa

Machalí – Centro Esportivo Guillermo Chacón
Halterofilismo

Santa Cruz – Estádio Joaquín Muñoz García
Futebol PC

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/parapan-de-jovens-2025-confira-as-sedes-e-regioes-de-cada-modalidade-durante-a-competicao/

Postado Pôr Antônio Brito 

Direitos das Mulheres que enfrentam o câncer no INSS

Direitos das Mulheres que enfrentam o câncer no INSS

Diário PcD entrevista especialista sobre o tema que é raramente divulgado pelos órgãos federais

Mulheres em tratamento contra o câncer têm direitos assegurados por lei para garantir dignidade para o enfrentamento da doença.

✅ Aposentadoria por invalidez (quando o tratamento impede o retorno ao trabalho);

✅ Auxílio-doença (durante o período de incapacidade temporária);

Confira a entrevista com Susanne Maia, CEO da Aposenta PcD

https://youtu.be/rrgvUv-SYCU

Serviços:

APOSENTA PcD – A aposentadoria com agilidade e sem pesadelo – (11) 9 5995-0729

www.susannemaia.com.br

Fonte https://diariopcd.com.br/direitos-das-mulheres-que-enfrentam-o-cancer-no-inss/

Postado Pôr Antônio Brito 

29/10/2025

Notas que transformam a vida de crianças e adultos: a música como ponte para a inclusão

Notas que transformam a vida de crianças e adultos: a música como ponte para a inclusão

Projeto com oficinas adaptadas promove convivência entre diferentes públicos unindo arte e inclusão, além de transformação cultural e social

No Instituto Olga Kos, a música vai muito além de notas e melodias, ela é instrumento de transformação. Por meio do projeto “Música – Notas & Sonetos”, crianças, jovens e adultos com e sem deficiência, encontram na arte um espaço de expressão, convivência e autonomia.

As oficinas, que acontecem semanalmente na Galeria Olido, em São Paulo, reúnem participantes de diferentes idades e histórias. Durante oito meses, eles exploram sons, instrumentos e poesias, transformando cada descoberta em aprendizado e cada gesto em inclusão.

“A música sempre é uma ferramenta de transformação. Ela vai muito além das notas musicais: está na observação, na organização, na escuta e na liberdade de cada participante para criar à sua maneira”, explica Xavier, coordenador da área de música do Instituto Olga Kos. Ele destaca que o maior desafio é “respeitar o processo de cada um, valorizando o jeito único com que cada pessoa se expressa”.

A liberdade de criação é uma marca do projeto. Segundo Xavier, há momentos em que um participante transforma o violão em um novo instrumento, e isso é acolhido como expressão legítima. “O importante é que todos possam imaginar e tocar do seu jeito, sem se prender a padrões”, completa.

Entre os muitos exemplos de superação e afeto está Caroline, de 41 anos, participante de projetos do Instituto Olga Kos a mais de cinco anos. Sua mãe, Maria Angélica, conta que a música acompanha a filha desde o início da vida:
“A Caroline ama a música. Ela acorda e já liga o rádio. Tudo o que aprendeu, foi com base na música, é a forma como ela entende o mundo e se expressa”, afirma.

Já Roseli, mãe do participante André, de 47 anos, reforça a importância da convivência entre as famílias e o impacto do Instituto no cotidiano delas:“A gente aprende mais com eles do que ensina. Aqui, eles podem ser quem são, cada um com seu tempo, com sua vontade. E nós, mães, viramos uma família também, uma apoiando a outra”, diz.

Essa rede de afeto e aprendizado compartilhado é um dos grandes resultados do projeto. Como explica o presidente do Instituto, Wolf Kos, “a música é um espaço de encontro e acolhimento. Quando pensamos em acessibilidade cultural, falamos em garantir que todas as pessoas possam vivenciar o prazer e a emoção da arte. É nesse ponto que a música se torna um instrumento poderoso de inclusão, porque conecta, emociona e cria pertencimento”.

Com cada nota, verso ou gesto, o projeto “Música – Notas & Sonetos” mostra que a verdadeira harmonia nasce da diversidade e que a arte, quando acessível e inclusiva, é capaz de transformar vidas e revelar talentos únicos.

Sobre o Instituto Olga Kos

Fundado há 18 anos, o Instituto Olga Kos é uma organização sem fins lucrativos, qualificada como Oscip pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Desenvolve projetos artísticos, esportivos e científicos voltados a pessoas com deficiência e em situação de vulnerabilidade social, promovendo inclusão, autonomia e respeito às diferenças.

Fonte https://diariopcd.com.br/notas-que-transformam-a-vida-de-criancas-e-adultos-a-musica-como-ponte-para-a-inclusao/

Postado Pôr Antônio Brito 

Quase 6 mil pessoas com deficiência atuaram como mesárias nas últimas eleições

Quase 6 mil pessoas com deficiência atuaram como mesárias nas últimas eleições

Em quatro anos, o número de mesários com esse perfil mais do que dobrou. A maioria é composta de mulheres

O psicopedagogo Veimatos Caldeira Duarte, de 52 anos, pessoa com deficiência visual desde os 30, atuou pela primeira vez como mesário voluntário no pleito de 6 de outubro de 2024, em Goiânia (GO). No 1º turno, ele também exerceu o direito ao voto na escola onde é eleitor, no bairro Marista. “Exerci a minha cidadania em um dia importante para a nossa democracia”, afirma. O profissional foi um dos mais de 5,9 mil mesários com deficiência que atuaram nas Eleições Municipais de 2024. “A gente se sente útil. Se eu posso fazer, outras pessoas com deficiência também podem”, destaca. 

A oportunidade de ser mesário surgiu do incentivo de uma colega de profissão que havia se voluntariado para trabalhar nas eleições. Para que não houvesse restrições no dia do pleito, a seção em que atuou foi adaptada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) para recebê-lo: o caderno com o nome e o número do título de cada eleitor foi digitalizado, e o computador em que ele trabalhou ganhou um leitor de tela.  

“Funcionava assim: a segunda mesária recebia os documentos e me falava o número do título de eleitor. Eu digitava no computador, passava para a presidente, e a presidente liberava a urna eletrônica para a pessoa votar”, conta. 

A adaptação de sistemas e sites a fim de ampliar o acesso da pessoa com deficiência no exercício do voto em condições de igualdade é um dos itens previstos na Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 23.381/2012, que instituiu o Programa de Acessibilidade da Justiça Eleitoral. “É só dar oportunidade e condições que a gente trabalha”, afirma Veimatos.

Em quatro anos, o número de mesárias e mesários que se autodeclaram com deficiência mais do que dobrou: passou de 2.395 nas Eleições de 2020 para 5.944 no último pleito, de acordo com dados do Cadastro Eleitoral. A maioria foi de mulheres (57,36%), enquanto os homens representaram 42,64%. Entre as deficiências mais comuns entre os mesários, está a de locomoção (1.465), seguida pela deficiência visual (1.049) e pela auditiva (693).  

A acessibilidade às pessoas com deficiência no processo eleitoral é garantida pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015).

O que faz um mesário?  

Os mesários passam por treinamento oferecido pelos TREs e recebem várias orientações, entre elas instruções sobre como ajudar e orientar os eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida a exercerem o voto. Devem, por exemplo, ajudar os colaboradores que atuam no dia da votação, ficar atentos à fila de votação e dar prioridade, na hora do voto, às eleitoras e aos eleitores com deficiência, com mais de 60 anos, às gestantes, às lactantes e àqueles acompanhados por crianças de colo.

Como ser mesário?  

Justiça Eleitoral mantém uma página especial dedicada aos mesários. Lá, é possível conferir o passo a passo sobre como se inscrever, além de tirar as dúvidas sobre as funções a serem desempenhadas no dia da eleição.

Quem pode se candidatar?

Qualquer eleitora ou eleitor com mais de 18 anos pode se candidatar à função, desde que esteja em dia com a Justiça Eleitoral. A consulta da situação pode ser feita no Autoatendimento Eleitoral.   

Depois de se inscrever para atuar como mesária, a pessoa passa a fazer parte de uma lista. Assim, quando houver necessidade, quem se candidatou poderá ser convocado pela respectiva zona eleitoral.

Campanha de acessibilidade para votar nas Eleições 2026

Atualmente, o Brasil tem, aproximadamente, 1,4 milhão de eleitoras e eleitores com deficiência registrados no cadastro eleitoral. Uma das missões da Justiça Eleitoral brasileira é garantir a inclusão de todos os que tenham alguma limitação para o exercício do direito de votar, de participar e de ser votados.

Para assegurar que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida tenham acessibilidade no dia das eleições, o TSE lançou a campanha nacional “Votar é meu direito. Garantir meu acesso ao voto é dever da Justiça Eleitoral”. O objetivo é incentivar esse público a informar a própria condição no Portal do TSE ou diretamente nos cartórios eleitorais. Dessa forma, nas Eleições Gerais de 2026, a Justiça Eleitoral poderá direcioná-las para locais de votação mais acessíveis e adequados às respectivas necessidades.  

O eleitorado com deficiência ou mobilidade reduzida pode solicitar, antecipadamente, a transferência para uma seção eleitoral adaptada, com rampas ou elevadores, por exemplo. O pedido deve ser feito até 151 dias antes das eleições pelo Autoatendimento Eleitoral, no site do TSE e dos TREs ou ainda nos cartórios eleitorais. 

Na página do Autoatendimento Eleitoral, basta ir até o campo “Título Eleitoral” e, em seguida, clicar na opção “4”. Para acessar o serviço, é necessário informar o número do título de eleitor ou do CPF, a data de nascimento e o nome da mãe e do pai. Vale lembrar que não é preciso anexar nenhum documento que comprove o tipo de deficiência. 

Confira o passo a passo na Página da Acessibilidade.

FONTE: TSE – DV/LC/DB/TG  

CRÉDITO/IMAGEM: Mesário com deficiência atende eleitor na seção eleitoral. Reprodução TRE-PR

Fonte https://diariopcd.com.br/quase-6-mil-pessoas-com-deficiencia-atuaram-como-mesarias-nas-ultimas-eleicoes/

Postado Pôr Antônio Brito 

Etapa Nacional das Paralimpíadas Universitárias reúne 260 atletas no CT, em SP

A atleta Laissa Guerreira durante a semana de treinamento da bocha | Foto: Alessandra Cabral/CPB

O Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, recebe a partir de quinta-feira, 30, a Etapa Nacional das Paralimpíadas Universitárias. O evento vai oferecer disputas de atletismo, natação e bocha para esportistas alunos de cursos de graduação e pós-graduação de todo o Brasil.

As provas vão até sexta-feira, 31, e contarão com 260 atletas de 17 Estados e do Distrito Federal (AC, AL, AP, AM, BA, CE, ES, GO, MT, MG, PA, PR, PE, RJ, SC, SP e TO).

Os atletas se classificaram para a disputa por meio das Seletivas Estaduais, realizadas como parte do Meeting Paralímpico Loterias Caixa, evento organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) que percorreu todas as Unidades Federativas do Brasil entre abril e agosto deste ano com provas para o alto rendimento e para atletas em desenvolvimento.

Entre os participantes do evento estará a paraibana Laissa Guerreira, 19, atleta da bocha que fez parte da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

“Esta será minha primeira vez nas Universitárias. Só falta essa competição para eu cumprir todos os programas do CPB. Estive nas Paralimpíadas Escolares a partir de 2019, depois passei pelo Camping Escolar Paralímpico [evento que reúne jovens destaques no CT Paralímpico para vivenciar a rotina do alto rendimento] e dos Meetings Paralímpicos Loterias Caixa. Fico muito feliz de estar em iniciativas que dão frutos incríveis, além de poder representar minha faculdade, que tanto me apoia”, afirmou Laissa, aluna de Direito da Unifacisa.

A paraibana afirmou ter escolhido cursar Direito para poder promover mais justiça para as pessoas com deficiência e disse conseguir conciliar bem estudos e treinos. “É importante desenvolver nosso físico e nosso cognitivo. Mostramos que pessoas com deficiência conseguem fazer o que quiserem e quebramos estereótipos e barreiras confiando em nós mesmos. Isso nos dá vida e nos coloca como pro4tagonistas de nossa história. O estudo me ensina a prestar atenção a todas as minhas ações, estar presente com inteireza, o que também é fundamental no esporte”, explicou Laissa, que foi diagnosticada com atrofia muscular espinhal (AME) aos oito anos e conheceu a bocha por meio de um professor de educação física.

A atleta disputará as Universitárias no mesmo mês em que conquistou o vice-campeonato da Copa América de Cali, na Colômbia, na classe BC4 (atletas com deficiências severas que não recebem auxílio nas provas), sua primeira medalha individual em competições internacionais entre adultos.

Neste ano, a atleta ainda disputará o Campeonato Brasileiro da modalidade, de 7 a 13 de dezembro, no CT Paralímpico. Ela também se prepara para o Mundial de bocha do ano que vem, que será disputado em Seul, na Coreia do Sul, de 24 de agosto a 4 de setembro.

Serviço
Paralimpíadas Universitárias
Quando: Dias 30 e 31 de outubro, a partir das 8h
Local: Centro de Treinamento Paralímpico
Endereço: Rod. dos Imigrantes, Km 11,5 – Vila Guarani, São Paulo (estação metrô Jabaquara – Comitê Paralímpico Brasileiro)

Patrocínio
As Loterias Caixa, a Caixa, a Braskem e a Asics são as patrocinadoras oficiais do atletismo.
As Loterias Caixa e a Caixa são as patrocinadoras oficiais da natação e da bocha.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/etapa-nacional-das-paralimpiadas-universitarias-reune-260-atletas-no-ct-em-sp/

Postado Pôr Antônio Brito