A Claro patrocina o LINK Festival Digital de Acessibilidade, o maior da América Latina, com palestras e premiações transmitidas online e na Claro TV+. O evento reforça o compromisso da Claro com a inclusão digital e acessibilidade.

A Claro patrocina o LINK Festival Digital de Acessibilidade, o maior da América Latina, com palestras e premiações transmitidas online e na Claro TV+. O evento reforça o compromisso da Claro com a inclusão digital e acessibilidade.
A Claro, pelo 6º ano consecutivo, será patrocinadora do LINK - Festival Digital de Acessibilidade, considerado o maior evento do segmento na América Latina, que acontece em formato híbrido e 100% GRATUITO entre os dias 7 e 8 de agosto, a partir das 9h da manhã.
As palestras e premiações nacionais e internacionais serão transmitidas oficialmente pela operadora para assinantes da Claro TV+ no canal 533. A transmissão também poderá ser acompanhada por não assinantes acessando o link do evento.
A operadora de telecomunicações Claro se destaca por seu compromisso com a acessibilidade e inclusão digital, utilizando a tecnologia para garantir que seus serviços atendam a todos os clientes, sem exceções. A Claro também apoia a Rádio ONCB e o AACD Teleton.
Saiba mais no link:
“Nesta data, minha homenagem vai para aqueles que carregam mais do que responsabilidades — carregam amor em sua forma mais pura”, pontua André Naves
Neste Dia dos Pais, que será celebrado no domingo (10), o Defensor
Público Federal André Naves, referência na defesa dos direitos das
Pessoas com Deficiência (PcDs), presta uma homenagem especial a esses
pais que enfrentam desafios diários, com força, paciência, amor
incondicional e uma luta constante por inclusão, dignidade e um futuro
seguro para seus filhos. “O que acontecerá quando eu não estiver mais
aqui?”; “Meu filho será capaz de cuidar de si mesmo no futuro?”; “Quem
vai apoiá-lo com amor e atenção?”, são indagações frequentes.
Com seu compromisso com a Inclusão Social e a causa PcD, André Naves
se solidariza “com aqueles que carregam mais do que responsabilidades —
carregam amor em sua forma mais pura”. Nesta data, Naves reuniu dois
relatos de famílias ligadas ao Grupo Chaverim, de São Paulo, onde ele é
Conselheiro. A instituição atua há mais de 30 anos na socialização de
jovens com deficiência intelectual, promovendo autonomia por meio de
atividades sociais, culturais e de convivência. “Esses pais vivem
realidades duras que exigem muita resiliência, em uma sociedade que
ainda não reconhece plenamente pessoas com deficiência como sujeitos de
direitos”, afirma o Defensor Público.
Pai de Ana Carolina Alcântara Gomes, Ronald Gomes (foto abaixo) lembra do momento em que recebeu o diagnóstico da filha: “O médico disse que ela não ia conseguir andar nem falar”. Mas com as inúmeras atividades de reabilitação que fez desde cedo – incluindo fisioterapia, equoterapia e escola especializada – Ana contrariou os prognósticos, aprendeu a ler, a escrever e a se comunicar, conquistando sua independência. “Hoje ela se desloca sozinha pela cidade, pega condução, vai aonde quer. A maior preocupação agora é o futuro, quando não estivermos mais aqui. Mas sabemos que ela está bem encaminhada”, relata Ronald, emocionado.
Ronald Gomes e Ana Carolina Alcântara Gomes / Foto: Arquivo pessoal
Outro depoimento é o de Jacques Eugene Lucien Rachmann Cohen, pai de Daniel Jacques Cohen (foto abaixo), que destaca os desafios menos visíveis enfrentados no cotidiano. “Andar sozinho ou pegar transporte público pode parecer banal para alguns, mas é uma dificuldade real para pessoas com deficiência intelectual. Ainda falta preparo na sociedade, e isso isola nossos filhos”, afirma. Ele também expressa a inquietação que compartilha com tantos outros pais: “Por ser filho único, a pergunta que fica é: como será o futuro dele quando não estivermos mais aqui?”
Jacques Eugene Lucien Rachmann Cohen e filho Daniel Jacques Cohen / Foto: Arquivo pessoal
Para o Defensor Público, histórias como essas escancaram a
necessidade de um olhar mais humano e eficiente das autoridades e dos
legisladores para a formulação de políticas públicas que realmente
apoiem esses indivíduos, em maior profundidade.
“As famílias
fazem sua parte com coragem e dedicação, mas é papel do Estado garantir
que pessoas com deficiência possam viver com dignidade e autonomia.
Precisamos estruturar uma rede de apoio que vá além da boa vontade
individual, para que nenhuma família enfrente esses desafios sozinha”,
enfatiza Naves, que reitera: “Apoiar instituições como o Grupo Chaverim é
essencial porque elas dão um suporte importante a essas famílias,
ajudando a promover uma sociedade mais justa e plural. Esses pais são
verdadeiros defensores dos direitos dos filhos. A minha homenagem neste
Dia dos Pais é também um chamado à responsabilidade coletiva”, conclui.
Para saber mais sobre o trabalho de André Naves, acesse o site andrenaves.com ou acompanhe pelas redes sociais: @andrenaves.def.
Fonte https://diariopcd.com.br/paternidade-direitos-e-inclusao-defensor-publico-fala-sobre-pais-que-lutam-por-seus-filhos-com-deficiencia/
Postado Pôr Antônio Brito
A Seleção Brasileira feminina de basquete em cadeira de rodas finaliza, nesta semana, o período de treinos preparatórios para a disputa da Copa América da modalidade, marcada para começar neste fim de semana, em Bogotá, na Colômbia. A equipe está reunida no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, e embarca para a competição na madrugada desta quinta-feira, 7.
Entre as doze convocadas, está a paraense Perla Assunção, que atua como capitã do time. A atleta tem no currículo o bronze conquistado nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e na Copa América de 2022, uma das melhores campanhas brasileiras na competição.
Aos 17 anos, Perla sofreu um acidente de carro que resultou em uma lesão medular. Dois anos depois, foi apresentada ao basquete em cadeira de rodas por amigos e passou a integrar equipes da modalidade. Para ela, o grupo chega unido e focado no desafio.
“Estamos com poucos dias de treinamento, mas estão sendo muito produtivos. O entrosamento entre os atletas e a comissão técnica está funcionando bem.”
A seleção é comandada por Evelyn Cristine Barbian, que assumiu oficialmente o grupo em março deste ano. Gaúcha, Evelyn tem longa trajetória na modalidade e já trabalhou com equipes andantes femininas e masculinas em cadeira de rodas.
“É minha primeira competição com a Seleção feminina, depois de um período de treinos e observações. Estamos nos preparando da melhor forma possível”, explicou a treinadora. “O Canadá será nosso primeiro adversário e tem sido o foco dos nossos estudos. Sabemos também da força dos Estados Unidos e vamos observar todas as possibilid0ades de ajuste durante o campeonato.”
A Copa América oferece duas vagas diretas para o Campeonato Mundial de 2026, que será realizado em Ottawa, no Canadá. Outras duas seleções avançam ao torneio de repescagem, que completará a lista de classificadas para a próxima edição do Mundial.
Logo após o término da disputa feminina, será a vez da Seleção masculina da modalidade disputar a Copa América, entre os dias 15 a 20 de agosto, no mesmo local.
*Com informações da Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas (CBBC)
Patrocínio
A Caixa e as Loterias Caixa são as patrocinadoras oficiais do basquete em cadeira de rodas.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
Fonte https://cpb.org.br/noticias/selecao-feminina-de-basquete-em-cr-embarca-para-colombia-para-disputa-da-copa-america/
Postado Pôr Antônio Brito
O artigo discute a dificuldade de obter dados precisos sobre PCDs no Brasil. Autores apontam falhas em censos do IBGE e prefeituras, como a de Recife e São Paulo, destacando a disparidade de dados e o problema da falta de cruzamento de bancos de dados governamentais para a formulação de políticas públicas efetivas.
Não é de hoje que buscar informações colhidas pelo poder público sobre Pessoas com Deficiência é um grande desafio. E como lutar pela criação de Políticas Públicas eficientes sem saber quem são e onde estão as Pessoas com Deficiência?
Ou as informações não são colhidas (questões de custos ou falta de interesse?), não estão organizadas para que haja uma estatística com cruzamento de banco de dados ou simplesmente não são de acesso público.
Em 2011 foi promulgada a Lei de Acesso à Informação – Lei Federal n° 12.527/2011. Ocorre que sem bancos de dados digitalizados fica difícil um Departamento Governamental emitir relatórios. Com a modernização dados começaram a ser armazenados por meio de sistemas, ocorre que praticamente não há cruzamento de dados entre esses sistemas. Essa é uma problemática tanto da esfera Municipal, quanto Estadual e Federal.
Buscando informações estatísticas. Para buscar uma informação básica como quantidade de Pessoas com Deficiência em Recife/PE foi necessário entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde que possui Departamento específico para a Pessoa com Deficiência. O sistema de informações é o e-sus (a Pessoa com Deficiência faz o cadastro junto com o agente de saúde). Enquanto pelo e-sus, em Recife, a quantidade de Pessoas com Deficiência cadastradas é de aproximadamente 23 mil pessoas, pelo Censo do IBGE de 2010 há 1.693.481 Pessoas com Deficiência declaradas no Município. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/recife/pesquisa/23/23612
Ressaltando que, de acordo com o referido Departamento, os critérios são bem diferenciados. A Prefeitura de Recife conta também com os números da Secretaria de Assistência Social (Pessoas com Deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada), número esse perto de 35 mil. Como crítica que fazemos à colheita de dados do IBGE, além de ser feita por amostragem, a classificação dos tipos de deficiência é lamentável. Temos as categorias: auditiva; deficiência mental/intelectual; motora; e visual (o que somadas contam com o número 587.231). E a categoria “com nenhuma dessas deficiências” conta com o número de 1.106.250 pessoas. Ou seja, o IBGE não consegue identificar que tipos de deficiência mais de 1 milhão de pessoas residentes em Recife possuem, o que demonstra imensa falha na elaboração das categorias.
Em São Paulo a dificuldade foi a mesma, os dados encontrados no portal da Prefeitura http://basededados.sedpcd.sp.gov.br/dadoscensitarios.php são os constantes no censo 2010 do IBGE.
No âmbito Federal, para dar publicidade de dados estatísticos relevantes no que diz respeito à violência no Brasil, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, desenvolveu o Atlas da Violência, que é publicado anualmente desde 2016, e recentemente tivemos a publicação do ano de 2020, mas infelizmente o material não serve como fonte de pesquisa para quem deseja entender especificamente a violência sofrida pela Pessoa com Deficiência, pois não distinguem em seus números os casos nos quais a Pessoa com Deficiência é vítima. https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/24/atlas-da-violencia-2020
Censo Municipal. Em São Paulo foi promulgada a Lei Municipal n° 15.096/2009 que dispõe sobre o Programa Censo-Inclusão, que se trata do levantamento de informações para a identificação e mapeamento do perfil socioeconômico das Pessoas com Deficiência ou mobilidade reduzida no Município. O resultado do mapeamento iria gerar o Cadastro-Inclusão, que conteria informações para contribuição com a qualificação, quantificação e localização das Pessoas com Deficiência ou mobilidade reduzida, informações como tipos e graus de deficiências encontradas. O cadastro deveria estar disponibilizado no site da Prefeitura do Município de São Paulo, entretanto encontramos apenas o anúncio do Programa. https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/pessoa_com_deficiencia/noticias/?p=39059
No Município de Mogi das Cruzes/SP há, também, legislação específica e há a página para o Censo-Inclusão, mas sem conteúdo de relatórios. http://www.mogidascruzes.sp.gov.br/pagina/coordenadoria-da-pessoa-com-deficiencia/censo-inclusao
Em 2018 Vitória/ES também aprovou o CensoInclusão http://www.cmv.es.gov.br/controladoria/noticia/ler/8921/vitria-avana-na-incluso-das-pessoas-com-deficncia, mas consta no portal da prefeitura apenas a notícia de 2009 de criação da CMGE (Comissão Municipal de Geografia e Estatística), que funciona como um “canal de comunicação entre o IBGE e a sociedade”. https://www.vitoria.es.gov.br/noticia/vitoria-implanta-comissao-municipal-para-iniciar-censo-2010-1206
Cid Torquato Júnior, que foi Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo na última gestão, explica que “A Lei Municipal sobre o Censo faz pouco sentido pois é muito caro fazer um Censo como deve ser feito na esfera Municipal. A tentativa que houve na Prefeitura de São Paulo custou mais de 4 milhões de reais, atingiu pouca gente e teve um resultado pífio pois não trouxe os dados a que se propunha.”
Esclarece, ainda, que se tentou outra estratégia. “Na minha gestão encontramos outro caminho, uma forma mais inteligente de se fazer algo próximo de um Censo Municipal. Fazer o cruzamento dos bancos de dados das várias Secretarias, encontrar o usuário do serviço público. Para isso foi criado o Observatório da Pessoa com Deficiência do Município de São Paulo”.
Cid Torquato questiona a legalidade do Censo Municipal: “Com relação ao cadastro em si há questionamentos jurídicos sobre a legalidade por conta da privacidade da pessoa. Embora haja uma lei sobre isso o tema tem que ser passível de discussão”.
Podemos concluir que é com mobilização que mudamos essa realidade que, inclusive, foi tema da primeira reunião do Movimento Todos pela Acessibilidade, coletivo apartidário de lideranças na articulação das Políticas Públicas em prol dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Vamos trocar experiências? Compartilhe conosco se na sua cidade os dados estatísticos das Pessoas com Deficiência são acessíveis!
o Hegle Machado Zalewska – Advocacy; Comunicadora; Desenvolvedora de Projetos; Produtora de Conteúdo de Políticas Públicas; Advogada Especializada em Direito Digital. e-mail: heglemz@yahoo.com.br
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=6cbbb342-d3f5-4b37-9b2f-90f5098c1d25
Postado Pôr Antônio Brito
Projeto busca, além de introduzir o esporte, desenvolver as habilidades físicas e emocionais dos participantes
A ADD – Associação Desportiva para Deficientes – dá sequência ao programa de Iniciação ao Esporte Adaptado com o “Projeto de Iniciação ao Esporte Adaptado Ano IV”. O programa, realizado a partir da Lei n.º 11.438/06 – Lei de Incentivo ao Esporte, tem como objetivo oferecer atividades que proporcionem o desenvolvimento de habilidades sociais e esportivas para crianças, adolescentes e jovens adultos com deficiência física e intelectual.
“Dar continuidade ao Projeto de Iniciação ao Esporte Adaptado é motivo de grande orgulho para todos nós da ADD. Sabemos o quanto o esporte é uma ferramenta poderosa de inclusão, desenvolvimento e conquista de autonomia. Por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, conseguimos ampliar nosso alcance e oferecer, de forma gratuita e qualificada, atividades que estimulam não apenas as habilidades físicas e esportivas, mas também o convívio social e a autoestima de crianças, adolescentes e jovens adultos com deficiência. Seguimos firmes no nosso propósito de transformar vidas por meio do esporte”, declara Eliane Miada, Fundadora e Presidente do Conselho da ADD.
Muito mais do que a aprendizagem das modalidades do paradesporto, o projeto promove o desenvolvimento físico, social, psicológico e cultural de crianças, adolescentes e jovens com deficiência física, intelectual ou visual, com idades entre 6 e 29 anos, de ambos os sexos, por meio da prática esportiva, residentes na cidade de São Paulo e Grande São Paulo.
O projeto prevê o atendimento de 160 participantes que realizam atividades nos contraturnos escolares e aos sábados no Centro Paraolímpico de São Paulo e no Sírio-Libanês. Além disso, no mínimo 80% dos estudantes da rede pública de ensino serão selecionados, registrados e incentivados a participarem regularmente das atividades.
Todas as atividades e ações são realizadas por profissionais habilitados na área de Educação Física e Esporte, com experiência no atendimento da pessoa com deficiência, a fim de garantir um acompanhamento qualificado, seguro e adequado às necessidades de cada participante. Os esportes oferecidos são: atletismo, futebol, basquete em cadeira de rodas, ginástica, bocha e tênis de mesa.
O projeto pretende levar como resultado o auxílio no desenvolvimento físico, educacional e psicossocial dos participantes com deficiência associado à prática de esporte adaptado de forma educacional, em modalidades específicas ou diversificadas, além da melhoria na percepção da inclusão social por meio de participação de atividades de apropriação de espaços públicos e eventos culturais, e promover avanços no nível de independência e autonomia dos participantes matriculados no projeto.
O ADD Programa de Iniciação ao Esporte Ano IV, é um projeto realizado com apoio da Lei n.º 11.438/06 – Lei de Incentivo ao Esporte desde 2017, e é patrocinado por Itaú, IBM, Bank of America, B3, Facchini, Grupo Wiz, Grupo ELA, BD e Montana.
Sobre a ADD
A Associação Desportiva para Deficientes (ADD), fundada em 1996 por Steven Dubner e Eliane Miada, promove a melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência por meio do esporte, desde a iniciação até o alto rendimento. Entre suas principais modalidades estão o atletismo, basquete em cadeira de rodas (com a equipe multicampeã ADD Magic Hands), bocha paralímpica e vôlei sentado. Com quase três décadas de atuação, a ADD já atendeu mais de 14 mil pessoas, conta com cerca de 300 voluntários por ano, realizou mais de 5 mil palestras e impactou cerca de 2 milhões de pessoas com seus programas.
Fonte https://diariopcd.com.br/projeto-de-iniciacao-ao-esporte-adaptado-iv-da-add-desperta-interesse-pela-pratica-paradesportiva-em-criancas-e-jovens/
Postado Pôr Antônio Brito
OPINIÃO
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é, para milhões de brasileiros, a única renda possível diante da exclusão e da pobreza. Previsto no art. 203, inciso V, da Constituição Federal, o benefício garante um salário mínimo a idosos e pessoas com deficiência que não conseguem se sustentar. Mas até que o direito vire realidade, há um caminho tortuoso — técnico, lento e muitas vezes desigual. Para mudar isso, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou, em 2025, a Resolução nº 630. A norma cria um modelo único de avaliação biopsicossocial da deficiência, que todos os tribunais do país deverão adotar a partir de 2026. A proposta soa promissora: justiça com critérios iguais para todos. Mas, como quase tudo no sistema brasileiro, a execução levanta dúvidas.
A principal mudança é de olhar. Com a nova regra, a Justiça deixa de focar apenas no laudo médico e passa a considerar as barreiras sociais, ambientais e econômicas que limitam a vida de quem tem deficiência. A norma incorpora o modelo social defendido pela Lei Brasileira de Inclusão no art. 2º, §1º e pela Convenção da ONU: uma abordagem que vê a deficiência como resultado da interação entre o corpo e o mundo. A avaliação passa a ser feita por uma equipe composta por perito médico e assistente social, com um questionário detalhado baseado na Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF). Essa mudança, se bem implementada, pode tornar o processo mais justo e conectado com as vivências reais.
A padronização promete reduzir desigualdades entre decisões judiciais, fortalecendo a previsibilidade e a isonomia. Pela regra, o laudo técnico orienta o juiz, mas não o obriga. A decisão continua sendo do magistrado, desde que fundamentada. Mas há um risco. Quando regras técnicas se tornam muito rígidas, elas correm o perigo de serem aplicadas como receita de bolo — sem escuta, sem contexto, sem alma. O desafio é garantir que o instrumento técnico ajude, sem virar mais um obstáculo automatizado.
Nem todo fórum do país está pronto para aplicar a resolução. Em muitas cidades, faltam profissionais especializados, estrutura mínima e acesso digital adequado. Isso pode transformar uma boa ideia em mais um fator de atraso. E, no caso do BPC, tempo é uma questão de sobrevivência. Além disso, o sistema de Justiça brasileiro tem histórico de desigualdade estrutural. Sem investimento sério e planejamento federativo, a padronização corre o risco de aprofundar injustiças — em vez de reduzi-las.
Apesar de se tratar de um tema que impacta diretamente a vida das pessoas com deficiência, muitas entidades e movimentos sociais relatam que não participaram da construção da Resolução nº 630. Isso fere um princípio básico da democracia participativa: nada sobre nós sem nós. Políticas públicas voltadas à inclusão precisam ser feitas com escuta ativa e respeito à experiência de quem vive a exclusão. Sem isso, mesmo boas intenções podem gerar efeitos perversos ou distantes da realidade.
Para que a Resolução funcione como se espera, algumas medidas são indispensáveis:
• Formação em larga escala de assistentes sociais e peritos com domínio da nova metodologia;
• Ampliação da estrutura dos fóruns, especialmente nas regiões mais vulneráveis;
• Revisões periódicas do instrumento, com escuta pública e dados abertos;
• Fiscalização ativa da sociedade civil e das defensorias públicas. A inclusão não pode ser um projeto de gabinete. Ela precisa se enraizar nas realidades diversas do Brasil profundo.
A Resolução nº 630 representa uma tentativa importante de tornar o Judiciário mais sensível à complexidade da deficiência. Ela reconhece que justiça não é apenas aplicar a lei, mas considerar a vida concreta de quem está diante do juiz. Isso, por si só, já é um avanço. Mas nenhuma norma vale por si só. O Brasil é um país de desigualdades profundas, onde a boa vontade da lei precisa enfrentar o abismo da prática. Transformar uma avaliação técnica em instrumento de inclusão exige mais do que formulário: exige compromisso político, investimento público e escuta das vozes historicamente silenciadas. A norma está escrita. Agora, resta saber se ela será vivida.
“O Brasil é um país de desigualdades profundas, onde a boa vontade da lei precisa enfrentar o abismo da prática.”
Fonte https://diariopcd.com.br/laudo-ou-sentenca-quando-a-deficiencia-vai-a-julgamento-e-o-cnj-tenta-escrever-novas-regras-para-o-que-nunca-foi-so-papel/
Postado Pôr Antônio Brito
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulga nesta terça-feira, 5, a convocação de 50 atletas e 10 atletas-guia para o Mundial de atletismo paralímpico em Nova Déli, na Índia, que vai acontecer de 27 de setembro a 5 de outubro. Esta será a 12ª participação brasileira em um Mundial da modalidade.
A formação da Seleção Brasileira que irá ao país asiático levou em consideração os Critérios de Entrada
para a competição estabelecidos pelo CPB e divulgados em abril deste
ano. Todos os atletas também precisaram atender aos requisitos mínimos
de elegibilidade estabelecidos pela World Para Athletics (WPA, entidade
ligada ao Comitê Paralímpico Internacional e que rege a modalidade em
âmbito mundial) para o campeonato em Nova Déli.
CONFIRA AQUI A CONVOCAÇÃO COMPLETA
Tetracampeão mundial nos 100m (Londres 2017, Dubai 2019, Paris 2023 e Kobe 2024) e ouro nos 200m (Londres 2017) e nos 400m (Dubai 2019), além de ser tricampeão paralímpico (Rio 2016, Tóquio 2020 e Paris 2024), o paraibano Petrúcio Ferreira está entre os convocados, assim como a acreana Jerusa Geber, dona de 11 medalhas em Mundiais e maior medalhista da atual Seleção Brasileira de atletismo na competição. Em Nova Déli, ela pode superar a maior medalhista do país na história dos Mundiais de atletismo: a mineira Terezinha Guilhermina, com 12 medalhas no total – oito ouros e quatro pratas entre os Mundiais de Assen 2006 e Doha 2015.
Já o paulista Daniel Martins, também presente na lista, irá em busca do tetracampeonato mundial na prova dos 400m da classe T20 (deficiência intelectual) após conquistar o ouro em Dubai 2019, Londres 2017 e Doha 2015, além de uma prata em Paris 2023 na mesma disputa.
Para as provas do campo, foram convocados nomes como os paulistas Beth Gomes, que já subiu ao pódio seis vezes em Mundiais, sendo quatro ouros, uma prata e um bronze, e Thiago Paulino, que conquistou três ouros e duas pratas nas provas do arremesso de peso e lançamento de disco da classe F57 (que competem sentados).
Na Índia, a Seleção Brasileira de atletismo contará com uma delegação quase do mesmo tamanho da equipe que competiu em Kobe 2024 no ano passado, quando o país contou com 46 esportistas e 10 atletas-guia. O recorde nacional de participação na história da competição aconteceu em Paris 2023, quando foram convocados 54 atletas e 11 atletas-guia representantes.
No Japão, a Seleção Brasileira terminou na segunda posição do quadro geral de medalhas, somente atrás da China. Foram 42 pódios no total, sendo 19 medalhas de ouro, 12 de prata e 11 de bronze. Esta foi a campanha mais dourada do país na história dos mundiais. Já no Mundial de Paris 2023 o Brasil teve seu melhor desempenho em total de pódios na história, com 47 medalhas ao todo, sendo 14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes. Na ocasião, o país contou com sua maior delegação da história, com 54 atletas e 11 atletas-guia.
Ao todo, o Brasil já conquistou 307 medalhas na história dos Mundiais de atletismo – sem considerar a participação do país na edição de Birmingham 1998 por falta de dados do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês). Foram 108 ouros, 93 pratas e 108 bronzes.
A competição na Índia será o primeiro Mundial de atletismo após a realização dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Na capital francesa, a modalidade rendeu 36 pódios ao país, sendo 10 ouros, 11 pratas e 15 bronzes.
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As Loterias Caixa, a Caixa, a Braskem e a Asics são as patrocinadoras oficiais do atletismo.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
Fonte https://cpb.org.br/noticias/cpb-divulga-convocacao-para-mundial-de-atletismo-paralimpico-em-nova-deli-confira-a-lista/
Postado Pôr Antônio Brito
Um encontro gratuito para mães atípicas de Araçariguama/SP e região será realizado no dia 8 de agosto, a partir das 9h da manhã. O evento acontecerá no CMED - Centro Multidisciplinar de Formação em Educação Especial e Inclusivo - Despertar e visa ser um momento de acolhimento e troca de experiências para essas mulheres. O convite é especial para as mães da cidade e região.
Se você é mãe atípica, na cidade de Araçariguama/SP e toda a região, marque na agenda esse encontro, dia 08 de agosto a partir das 9h da manhã, totalmente GRATUITO, no espaço CMED - Centro Multidisciplinar de Formação em Educação Especial e inclusivo – Despertar. Você é nossa convidada!
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=f65238be-2c36-4c0e-9497-d69e02d265de
Postado Pôr Antônio Brito
Sim, o *assédio moral contra pessoas com deficiência* é uma conduta criminosa e discriminatória. Embora não exista um crime específico chamado "assédio moral", essa prática se enquadra em outras leis que criminalizam a discriminação, a violência e a violação da dignidade humana.
A principal base legal para a proteção da pessoa com deficiência (PCD) no Brasil é a *Lei Brasileira de Inclusão (LBI) — Lei nº 13.146/2015*. Essa lei estabelece que toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão contra a pessoa com deficiência é vedada.
### O que acontece na prática?
O assédio moral se manifesta através de condutas repetitivas e abusivas (humilhações, isolamento, xingamentos, ameaças) que têm o objetivo de desqualificar, humilhar e desestabilizar a vítima. Quando a motivação para essas condutas é a deficiência da pessoa, o agressor comete o *crime de discriminação*.
A LBI, em seu *artigo 88*, é bem clara ao tipificar esse crime:
> *Art. 88.* Praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência:
> Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Em ambientes de trabalho, por exemplo, o assédio moral contra uma PCD pode ser enquadrado como uma forma de discriminação, garantindo à vítima o direito de buscar indenização por danos morais e até mesmo a rescisão indireta do contrato de trabalho.
Além disso, é importante saber que a Lei nº 14.532/2023 alterou o Código Penal para aumentar a pena do crime de injúria quando ela consistir em elementos referentes à condição de pessoa idosa ou com deficiência.
### O que fazer em caso de assédio?
1. *Reúna provas:* anote datas, horários e detalhes de cada incidente. Guarde e-mails, mensagens, áudios ou qualquer outro tipo de registro que comprove a prática. Testemunhas também são fundamentais.
2. *Busque ajuda:* procure o setor de recursos humanos da empresa (se houver), sindicatos, o Ministério Público do Trabalho ou um advogado.
3. *Denuncie:* faça uma denúncia formal em uma delegacia de polícia. Lembre-se de que a Lei Brasileira de Inclusão prevê proteção para que a vítima não sofra represálias.
Se você ou alguém que você conhece está passando por essa situação, é fundamental buscar ajuda. A lei está do lado da pessoa que sofre a violência.
A
governadora Raquel Lyra entregou, nesta quinta-feira (31), no Palácio
do Campo das Princesas, nove novas vans adaptadas que ampliam a frota do
PE Conduz, iniciativa que oferece transporte para pessoas com
deficiência, usuárias de cadeiras de rodas, para realizar tratamentos de
saúde e rotas de lazer.
Dentre elas, duas foram destinadas aos municípios de Limoeiro, no Agreste Setentrional, e Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú, cidades-polo que passam a fazer parte da ação. Realizada pela Secretaria Estadual de Justiça, Direitos Humanos e Prevenção à Violência (SJDH), o PE Conduz integra o Programa Pernambuco Acessível e reforça a política de mobilidade e inclusão para pessoas com deficiência em todo o Estado. A vice-governadora, Priscila Krause, também participou da entrega.
“Com muita alegria, hoje entrego as novas vans do PE Conduz para fortalecer o atendimento às pessoas que têm algum tipo de deficiência e que precisam de um transporte específico para poder se deslocar até suas terapias ou para ter um lazer. Tinha filas de espera no Recife, Petrolina e Caruaru, e estamos zerando elas. Além disso, abrindo novos polos em Afogados da Ingazeira e Limoeiro para permitir que a gente possa descentralizar o atendimento, e as pessoas terem este serviço mais perto da sua casa”, declarou a governadora Raquel Lyra.
Com esta entrega, o Governo de Pernambuco cumpre mais uma meta do programa Pernambuco Acessível, lançado em fevereiro de 2025 com investimentos da ordem de mais de R$ 400 milhões e o objetivo de promover a inclusão e acessibilidade para pessoas com deficiência. Dentre tantas ações integradas por várias secretarias do Estado, foi pontuado como horizonte o aumento de 25% na frota do PE Conduz e a criação de outras cidades-polos. Com a nova remessa, os 35 veículos agora somam 44 em operação, um crescimento de 25,7%.
“Estamos cumprindo a meta de aumentar o número de vans e das cidades-polo, beneficiando também os municípios circunvizinhos e fazendo com que a gente consiga zerar as filas de espera na RMR, em Petrolina e Caruaru”, destacou a secretária de Justiça, Direitos Humanos e Prevenção à Violência (SJDH), Joanna Figueirêdo.
As cidades-polo atendem não apenas seus moradores, mas também pessoas de municípios vizinhos que estejam num raio de até 50 quilômetros. Com a ampliação, o PE Conduz passa a funcionar em nove locais da Região Metropolitana do Recife (RMR), Petrolina, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Timbaúba e agora Limoeiro e Afogados da Ingazeira.
O público atendido pelo PE Conduz é formado por pessoas com deficiência física, cadeirantes e de baixa renda. Os interessados podem se cadastrar pelo site da SJDH (www.sjdh.pe.gov.br), preenchendo o formulário disponível. Após a inscrição, uma assistente social realiza uma visita presencial para verificar documentos como laudo médico e comprovante de baixa renda.
Também participaram da entrega o senador Fernando Dueire; o deputado estadual Gilmar Júnior; os prefeitos Edmilson Cupertino (Moreno) e Henrique Queiroz (Buenos Aires); os vice-prefeitos Chiquinho (Olinda) e Dayse Silva (Caruaru); e os vereadores Davi Muniz (Recife) e Sou Mais Hugo (Jaboatão); além do secretário-chefe da Casa Militar, Coronel Hercílio Mamede.