13/11/2021

No Ceará, programa oferece cursos gratuitos de tecnologia adaptados para pessoas com deficiência

O Instituto Desenvolvimento Estratégia e Conhecimento (Idesco) está ofertando cursos a distância voltados para a área da tecnologia. Ao todo, estão abertas mil vagas gratuitas em 20 cursos online. Segundo a organização, a prioridade na ocupação das vagas é de pessoas com deficiência (PcD). As inscrições no Programa Gratuito de Qualificação Acessível Profissional podem ser realizadas até o dia 15 de novembro, no site leadfortaleza.com.br/dal/.
Também podem se inscrever os familiares de PcDs, cadastrados no Programa Mais Infância Ceará, e pessoas em situação de vulnerabilidade social. As seleções ocorrem periodicamente e são abertas para residentes do Ceará. A formação prevê horários de estudo flexíveis e acompanhamento por tutores a distância, em turmas que possuem pessoas com deficiência.

Os cursos são realizados em parceria com a Dell, empresa multinacional de tecnologia. Nos cursos de idiomas e de tecnologia (Machine Learning, Programação, Visualização de Dados, entre outros), os vídeos e imagens são publicados com audiodescrição. Além disso, o teclado virtual permite que estudantes com paralisia motora também utilizem a plataforma.

Há ainda outros recursos, como alertas sonoros, comando de voz, teclado virtual, redimensionamento de fonte, alto contraste. A plataforma virtual também dispõe de acompanhamento de intérpretes de Libras para as pessoas com deficiência auditiva e surdos usuários da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Programa de Qualificação Acessível

O Instituto Desenvolvimento Estratégia e Conhecimento (Idesco) foi criado em Fortaleza, em 2003. É um dos parceiros do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Dell (Lead) em projetos de tecnologia assistiva. Também integram o projeto a Universidade Estadual do Ceará (Uece) e a Secretaria da Saúde. Todo o conteúdo é transmitido através da plataforma DAL (Dell Accessible Learning).

Fonte: https://revistareacao.com.br/no-ceara-programa-oferece-cursos-gratuitos-de-tecnologia-adaptados-para-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito

Transtorno Depressivo Infantil – O que leva uma criança a ter depressão?

Isolamento, choros, tristeza, aperto no peito, dores no corpo….

Sim, a depressão infantil é uma realidade; embora não seja tão comum quanto a depressão em adultos, mas as crianças também sofrem com a depressão e por isso, ao menor sinal, precisam ser diagnosticadas e tratadas adequadamente.

Não há um consenso sobre a idade em que a depressão inicia na criança, mas alguns estudos mostraram que esta pode se manifestar já aos 3 anos de idade, outros apontam que, a partir dos 5 anos.

Mas é no início da adolescência, entre os 12 e 15 anos, que temos a fase mais crítica, podendo inclusive surgir com o risco potencial de suicídio.

Segundo a Dra. Priscila Dossimédica psiquiatra, com especialização em infância e adolescência pela UNICAMP , “quanto menor é a idade maior é a dificuldade que a criança tem de descrever os seus sentimentos, ou seja, de reconhecê-los e colocá-los em palavras. Com essa dificuldade de se expressar, em geral, é comum que a criança somatize o problema; por exemplo: queixar-se de dores no corpo, como dores no abdômen ou dores de cabeça, camuflando os reais sintomas e, no geral, sem achado clínico para essas dores.Diferente dos adultos, os sinais de depressão nas crianças podem ser mais sutis, por isso merece mais atenção”

Causas, Sinais e Sintomas

A depressão não possui causa única, e sim uma variedade de fatores, incluindo no geral fatores genéticos e ambientais. Histórico de ambiente familiar desestruturado, abusos, privações ou perdas familiares vivenciadas muito cedo são grandes colaboradores para a depressão infantil.

“Dores no corpo, xixi na cama com frequência, irritabilidade, cansaço excessivo, medos também excessivos, perda do prazer em brincar, isolamento social, variações de peso e dificuldades de concentração, são alguns dos achados mais comuns”,  alerta a médica Priscila Dossi, psiquiatra com especialização em psiquiatria infantil e adolescência pela UNICAMP. Trata infância, adolescência, adultos e também cuida dos transtornos peri-part

DIAGNÓSTICO

Como já dito, em se tratando de criança o diagnóstico é mais difícil, dependendo também   da idade e da maturidade da criança como facilitadores. Porém, alguns comportamentos podem indicar sinais de depressão, não sendo definitivos, mas servindo de auxílio, por exemplo, a birra, que é natural em certa idade, ou à irritabilidade, que também pode aparecer.

“O diagnóstico é clínico, muitas vezes sendo feito por meio de uma avaliação interdisciplinar com diferentes profissionais, dentre eles o Psiquiatra Infantil e o Psicólogo, idealmente havendo medidas que possam envolver a família”, completa a médica. 

TRATAMENTO

O tratamento em geral é clínico, com terapias que envolvam a criança, a família e também a escola. Ainda, pode se fazer necessária o uso da medicação, que deverá ser prescrita e acompanhada por um psiquiatra infantil.

Se você notar algum desses sinais em seu filho, sobrinho , neto, vizinho,  aluno, não ignore, busque ajuda, antes que o quadro evolua.

Fonte. https://revistareacao.com.br/transtorno-depressivo-infantil-o-que-leva-uma-crianca-a-ter-depressao/

Postado por Antônio Brito

Campeonato Brasileiro feminino de bocha marca início da separação por gênero na modalidade

Foto: Fabio Chey/CPB

A cidade de Blumenau, Santa Catarina, recebe o primeiro Campeonato Brasileiro feminino de bocha. O evento acontece até domingo, 14, no SESI, Centro Esportivo Bernardo Werner, e marca o início da separação de disputas por gênero na modalidade, que até os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 aconteciam de forma mista. 

O campeonato é idealizado e organizado pela Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE), responsável pela bocha no Brasil. 

Ao todo, 75 atletas, de 32 clubes de diversas regiões do país, estão inscritas. Na classe BC1 serão 18 atletas, assim como na BC2. Já na BC3, 24 atletas participarão e 15 na BC4. 

Para Evelyn Oliveira, porta-bandeira do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, o número de participantes impressionou “Fiquei muito impressionada com a quantidade de mulheres inscritas e até brinquei ‘de onde veio tanta mulher, que a gente não via nos campeonatos e nas associações, nos clubes’. Então a gente teve a consciência e a certeza de que temos mulheres para praticar esporte, o que muitas vezes falta é um incentivo”, contou.

Como já feito no Campeonato Brasileiro Masculino, ocorrido na cidade de Joinville, o evento garantirá aos envolvidos a infraestrutura e segurança necessárias, dentro de rígidos protocolos contra Covid-19. 

Patrocínio
A bocha é patrocinada pelas Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://cpb.org.br/noticia/detalhe/3674/campeonato-brasileiro-feminino-de-bocha-marca-inicio-da-separacao-por-genero-na-modalidade

Postado por Antônio Brito

Isabella Luísa ganha cinco medalhas no Campeonato Brasileiro de Natação

A nadadora do GUS, Isabella Luísa G. Guazzelli, 18 anos, categoria síndrome de Down, conquistou quatro ouros e uma prata no Campeonato Brasileiro de Natação, realizado entre os dias 7 e 8 de novembro, no Centro Paralímpico, localizado em São Paulo.

Isabella também é representante do Projeto Superação de Mairinque. De acordo com o técnico e professor do GUS, Antônio Carlos de Campos, a jovem conquistou ouro no medley 4×50, ouro no livre 4×50, ouro no 4×100 misto, ouro no 4×100 livre e prata nos 100m costas.

A Diretoria do clube parabeniza a nadadora e deseja cada vez mais sucesso.

Fonte. https://www.odemocrata.com.br/esporte/isabella-luisa-ganha-cinco-medalhas-no-campeonato-brasileiro-de-natacao/

Postado por Antônio Brito

11/11/2021

CBDS promove Campeonato Brasileiro de Futebol de Surdos

No próximo final de semana, a Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS) vai realizar o Campeonato Brasileiro de Futebol 2021 . Realizado anualmente, o torneio não teve sua edição em 2020 por causa da pandemia do novo coronavírus.
Reconhecido por estimular a prática desportiva junto à comunidade surda, além de resgatar valores, melhorar a autoestima dos surdos e dar mais visibilidade ao universo do desporto de surdos, tanto para a comunidade local, quanto para a sociedade como um todo, o campeonato reunirá mais de 240 surdoatletas de todo o Brasil.
Esta edição do torneio acontece entre os dias 13 e 15 de novembro, em Brasília (DF), e terá a participação de representantes de nove estados brasileiros, em uma única categoria.
O Campeonato Brasileiro de Futebol 2021 da CBDS tem o apoio do Ministério da Cidadania e da Secretaria Especial do Esporte. A Confederação Brasileira de Desportos de Surdos tem o patrocínio das Loterias CAIXA e do Governo Federal.
Confira as federações que participam do evento:
. FBDS/DF – FEDERAÇÃO BRASILIENSE DESPORTIVA DOS SURDOS
. FDSERJ/RJ – FEDERAÇÃO DESPORTIVA DOS SURDOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
. FDSESP/SP – FEDERAÇÃO DESPORTIVA DE SURDOS DO ESTADO DE SÃO PAULO
. FDSMT/MT – FEDERAÇÃO DESPORTIVA DOS SURDOS DE MATO GROSSO
. FDSP/PR – FEDERAÇÃO DESPORTIVA DE SURDOS DO PARANÁ
. FDSRS/RS – FEDERAÇÃO DESPORTIVA DE SURDOS DO RIO GRANDE DO SUL
. FGDS/GO – FEDERAÇÃO GOIANA DE DESPORTOS DOS SURDOS
. FMADS/MA – FEDERAÇÃO MARANHENSE DESPORTIVA DOS SURDOS
. FMDS/MG – FEDERAÇÃO MINEIRA DESPORTIVA DOS SURDOS
Conheça a CBDS
Entidade máxima do desporto surdo no Brasil, a CBDS conta com mais de 5 mil atletas filiados, além dos profissionais que compõem suas comissões técnicas.
Prestes a completar 37 anos de existência, a CBDS é uma instituição sem fins lucrativos, reconhecida por promover a inclusão social das pessoas surdas por meio do esporte.
Atualmente, a CBDS conta com 120 entidades filiadas, além de ser filiada ao Comitê Internacional de Esportes para Surdos (ICSD), à Organização Esportiva Pan-Americana para Surdos (PANAMDES) e à Confederação Sul-Americana de Esportes de Surdos (CONSUDES).

Fonte. https://revistareacao.com.br/cbds-promove-campeonato-brasileiro-de-futebol-de-surdos/

Postado por Antônio Brito

2021: Uma nova etapa começava aqui. Um ano cheio de expectativas

* Por Cynthia Pereira

 

Isabella começaria no Ensino Fundamental, ainda precisando de auxílio, mas se desenvolvia.

A cada conquista, uma comemoração.

Depois de um mês na escola e fomos invadidos por esse vírus, que nos trancou em casa, não permitindo ir à escola, terapias….enfim começava ali um ano atípico, que iríamos aprender novos hábitos e aprender maneiras diferentes de desenvolver as habilidades que Isabella precisava.
No meio de uma pandemia, me reinventei.
Passei  a ser professora, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e mãe.
Já fazíamos muitas coisas, mas agora era diferente.
Éramos nós duas, sem rede de apoio.
Outra linda história foi em 2019, quando nossa princesa desabrochou para o mundo das blogueirinhas, influencer digital e modelo. f
Foi tudo muito intenso, seguidores e quando vimos, em poucos meses Isabella já tinha 10 k.
No Instagram sempre nossa rotina e sua evolução no mundo da moda.
Desfiles e fotos também passaram a fazer parte da nossa rotina  e o mais bacana é que tudo isso teve um impacto no desenvolvimento global da Isabella, foi gritante o quão evoluiu e continua evoluindo.

* Cynthia Pereira é mãe ativista. Ela escreve para o Portal de Notícias da Revista Reação, dando sequência aos artigos.

** Este texto é de responsabilidade exclusiva de seu autor, e não expressa, necessariamente, a opinião do SISTEMA REAÇÃO – Revista e TV Reação.

Siga a Isabella nas redes sociais:
Instagram: @isabella_ricas
Facebook: Isabella Ricas

Fonte. https://revistareacao.com.br/2021-uma-nova-etapa-comecava-aqui-um-ano-cheio-de-expectativas/

Postado por Antônio Brito

10/11/2021

REFLEXOS DA PANDEMIA DO COVID 19 NA SAÚDE, REABILITAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

* Por  Wiliam César Alves Machado

Com avanço da vacinação e os esforços para retorno da normalidade na vida das pessoas, cada vez maiores os arranjos para que possamos em breve retomar rumos das nossas vidas, isso em todos os setores da sociedade.

Temos consciência e sentimos os reflexos negativos, prejudiciais e até mesmo devastadores dos impactos causados pela pandemia do COVID-19, alterando o fluxo dos acontecimentos na vida das famílias em todos os continentes do globo terrestre. Muitos desajustes, dor, sofrimento e mortes, que marcaram a história recente da humanidade e cujas sequelas ficarão abertas na memória coletiva ainda por muitos anos no porvir. Porém, numa prova inequívoca de que tudo passa, ao que se pode perceber gradativamente, estamos entrando na fase de retomada da normalidade, inclusive, na esfera dos serviços públicos, quando se é chegado o momento de arregaçar as mangas na retomada do trabalho. Uma conjunção de iniciativas individuais e sociais para tornar a vida das pessoas mais estável e próxima ao ritmo do antes da pandemia.

A questão que nos preocupa sobremaneira, imputa-se ao imperioso processo de retorno aos atendimentos das pessoas com deficiência nos programas de reabilitação criados pelo Ministério da Saúde e implementados em diversas cidades brasileiras no formato de Centros Especializados de Reabilitação – CER I, II, III e IV, de acordo com as diretrizes da Portaria nº 793, de 2012. Tendo em vista que seus usuários permaneceram sem acesso regular aos atendimentos e tratamentos nos programas de reabilitação, além da dispensação de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção confeccionados em suas oficinas ortopédicas. Independente das medidas preventivas adotadas na pandemia, cabe reiterar o quão prejudicial foi a falta de previsão em políticas públicas para oferta de equipamentos de proteção individual (EPI) para que cuidadores familiares os utilizassem, caso algum ente familiar deficiente e dependente de cuidados contraísse a doença, pois suas dificuldades e limitações físicas, sensoriais, intelectuais ou psicossociais, continuaram sob inteiro cuidado de cada família, em casa. Não fossem a proteção Divina, a caridade de pessoas de coração generoso, a intercessão de líderes religiosos espiritualizados, evoluídos, e alguns profissionais de saúde de grande responsabilidade do ponto de vista ético, a desassistência causaria sequelas ainda maiores, mais graves, irreparáveis.

Não é difícil compreender que, concomitante ao mais restritivo período da pandemia, a incidência de acidente vascular cerebral continuou surpreendendo as famílias, deixando vítimas com sequelas físicas e sensoriais; que nasceram muitas crianças surdas, cegas, com síndrome de Down, autistas e outras com deficiência múltipla, todas elas permaneceram sem cuidados e assistência nos serviços de saúde e reabilitação. Que idosos hipertensos, diabéticos, obesos, pessoas com doenças neurológicas degenerativas, entre outras comorbidades, às vezes, precisam ser submetidas a tratamentos e intervenções cirúrgicas de emergência. Milhares  tiveram a mama ou outro segmento corporal amputado, ficaram com colostomia, entre outros, todos carecendo de consulta, avaliação, orientação, visita domiciliar, acompanhamento, necessitando de materiais e equipamentos específicos, ou da confecção de órteses e próteses para que obtivessem melhor qualidade de vida.  Outras tantas vitimadas em acidentes automobilísticos, violência doméstica e urbana, continuaram sobrecarregando os serviços hospitalares de urgência e emergência, em escalas até maiores, resultando em mais pessoas com lesão medular, paraplégicos ou tetraplégicos, com potenciais necessidades de cuidados de curto, médio e longo prazos. Afinal, todos se caracterizam por intercorrências de saúde, doença e reabilitação que continuaram ocorrendo em paralelo com as medidas de isolamento da pandemia, contudo, sem contar com reforços na contraparte dos serviços públicos para dar conta da demanda nos programas de reabilitação, criados e implementados anteriormente. Agora, não importa o que não foi feito, viremos a página. Vamos recomeçar tudo e procurar suprir as demandas das famílias que precisam de ajuda para cuidar de seus entes com mais dignidade.

Bom começo seria a mobilização organizacional para o preparo dos gestores, promovendo a capacitação de secretários municipais e estaduais de saúde, tomando providências e sendo mais objetivos para que as pessoas que exercem cargos de liderança nesses setores tomem conhecimento sobre o objeto, natureza e reais diretrizes para o funcionamento pleno de cada programa, uma forma de capacitar quem de competência para a gerência operacional das unidades de saúde e reabilitação. Embora frequente na maioria da administração pública, é inexplicável a presença de gestores que desconhecem as bases e especificidades dos serviços que administram, uma constatação que precisa ser eliminada, para o bem geral da população contribuinte, a menos que se disponham ao aprendizado das nuances teórico-metodológicas que balizam seus fazeres. Em seguida, para não perder o ensejo, darmos início na reestruturação das equipes, procedermos a redefinição das funções de cada profissional e equipes junto aos usuários, a recomposição e readequação dos espaços, ambientes, materiais e equipamentos necessários para o atendimento regular do público-alvo dos programas de reabilitação que tanto necessita de acolhimento, considerados os estragos causados pela pandemia do COVID-19.

 

*  Wiliam César Alves Machado – Prof. Dr. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Três Rios/RJ.

Pesquisador na Área de Saúde e Reabilitação da PcD.  E-Mail: wily.machado@gmail.com

** Este texto é de responsabilidade exclusiva de seu autor, e não expressa, necessariamente,  a opinião do SISTEMA REAÇÃO – Revista e TV Reação.

Fonte. https://revistareacao.com.br/reflexos-da-pandemia-do-covid-19-na-saude-reabilitacao-e-inclusao-social-das-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito

09/11/2021

TST mantém nulidade de cláusulas que reduziam cota para pessoas com deficiência e aprendizes

A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou recurso do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Minas Gerais (Sindpas) contra a invalidação de cláusulas de convenção coletiva que excluíam as funções de motorista e de auxiliar de viagem/trocador da base de cálculo da cota destinada, por lei, a pessoas com deficiência e a aprendizes. Segundo o colegiado, as cláusulas regulam direito não relacionado às condições de trabalho da categoria profissional e, portanto, não devem constar de instrumento normativo autônomo.

Exclusão

De acordo com a convenção coletiva de trabalho firmada entre o Sindpas e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários, Urbanos, Vias Internas e Públicas de Barbacena e Região – em Minas Gerais, a função de motorista não integraria a base de cálculo da cota de pessoas com deficiência. A justificativa era a exigência legal de habilitação profissional específica.

No caso dos aprendizes, foi excluída, também, a função de trocador, com o argumento de que eles não poderiam manusear ou portar valores nem trabalhar em período noturno, em trajetos de longa distância.

Mascaramento

Em ação anulatória, o Ministério Público do Trabalho (MPT) sustentou que o detalhamento das cláusulas, com “pretensas justificativas”, visava apenas mascarar a diminuição intencional do quantitativo de aprendizes e de pessoas com deficiência.

Habilitação

Ao anular as cláusulas, o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) afirmou que as únicas funções excetuadas da base de cálculo da cota de aprendizes são as que demandam habilitação de nível técnico ou superior e cargos de direção, confiança ou gerência. Em relação às pessoas com deficiência, a decisão registra que a Lei 8.213/1991 não faz menção à exclusão de determinados cargos ou atividades para o cômputo do percentual.

Interesse difuso

A relatora do recurso do Sinpas, ministra Kátia Arruda, explicou que, ao excluir funções da base de cálculo das cotas, a convenção coletiva tratou de matéria que envolve interesse difuso – direito indivisível dos quais são titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato (no caso, as pessoas com deficiência e os aprendizes). “Ou seja, a regra transpassa o interesse coletivo das categorias representadas, para alcançar e regular direito difuso”, assinalou.

Ordem pública

Segundo a ministra, trata-se, também, de matéria de ordem e de políticas públicas, e, por isso, não é passível de regulação pela via da negociação coletiva. Ela observou que houve violação do artigo 611 da CLT, que autoriza a pactuação de instrumento normativo autônomo (convenção coletiva de trabalho) entre as categorias econômicas e profissionais, a fim de fixar condições aplicáveis às relações individuais de trabalho.

Falta de capacidade

Outro ponto observado foi que as cláusulas não atendem aos requisitos de validade estabelecidos no artigo 104 do Código Civil, sobretudo quanto à falta da capacidade das partes para tratar da questão. De acordo com a relatora, a SDC já se pronunciou algumas vezes para declarar a nulidade de cláusula que trata de matéria estranha ao âmbito das relações bilaterais de trabalho.

A decisão foi unânime.

(MC, CF)

Processo: ROT-10139-07.2020.5.03.0000

A Seção Especializada em Dissídios Coletivos é composta por nove ministros. São necessários pelo menos cinco ministros para o julgamento de dissídios coletivos de natureza econômica e jurídica, recursos contra decisões dos TRTs em dissídios coletivos, embargos infringentes e agravos de instrumento, além de revisão de suas próprias sentenças e homologação das conciliações feitas nos dissídios coletivos.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social do Tribunal Superior do Trabalho

Fonte. https://revistareacao.com.br/tst-mantem-nulidade-de-clausulas-que-reduziam-cota-para-pessoas-com-deficiencia-e-aprendizes/

Postado por Antônio Brito

Projetos de Lei que obrigam tradutores de Libras aguardam votação há mais de 10 anos na ALESP

O deputado Edmir Chedid (DEM) reiterou à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) a importância da aprovação dos Projetos que tornam obrigatória a tradução simultânea de aulas de faculdades, universidades e escolas públicas para a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Os Projetos de Lei 234/08 e 235/08 estão prontos para votação final há 13 anos e 11 anos, respectivamente.

A aprovação dos Projetos de Lei será fundamental à qualidade da educação nas faculdades, universidades e escolas, segundo a defesa do parlamentar ao Poder Legislativo. Durante a tramitação, nenhuma das propostas recebeu emendas ou substitutivos. “Na prática, demonstra que ambos os Projetos de Lei contemplam as necessidades identificadas no Estado”, afirmou Edmir Chedid.

Mesmo ante a morosidade da Assembleia Legislativa em colocar na Ordem do Dia – votação final em Plenário – assuntos importantes de interesse da comunidade, Edmir Chedid garantiu que está confiante na aprovação dos Projetos de Lei. “Afinal, as propostas foram elaboradas a partir da reivindicação de associações e organizações da sociedade que atuam pela defesa da Libras”, disse.

Em seu argumento, o parlamentar destacou que o Brasil é reconhecido por organismos internacionais como “modelo em legislação voltada à proteção e inclusão social de pessoas com deficiência física”.

“Em relação aos Projetos, a intenção é garantir às pessoas com deficiência auditiva integrados às faculdades, universidades e escolas públicas o direito ao pleno exercício da cidadania”, concluiu.

· A Revista Reação adequa todos os termos utilizados de forma indevida em relação às pessoas com deficiência, de acordo com as novas regras adotadas em todo o mundo desde 2006. Atualmente, o termo oficial e CORRETO que foi definido pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito das Pessoas com Deficiência é PcD que significa Pessoa com Deficiência, pois ele esclarece que há algum tipo de deficiência sem que isso inferiorize quem a tem. Pessoa portadora de deficiência (PPD) ou Portador de Necessidades Especiais (PNE) são termos errados e devem ser evitados, uma vez que não transmitem a realidade como deveriam.

Fonte. https://revistareacao.com.br/projetos-de-lei-que-obrigam-tradutores-de-libras-aguardam-votacao-ha-mais-de-10-anos-na-alesp/

Postado por Antônio Brito

08/11/2021

Novembro Azul: Saiba como prevenir o câncer de próstata

Considerado o tipo mais comum de câncer entre a população masculina, o câncer de próstata representa 29% dos diagnósticos da doença no país entre os homens. Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2020/2022, serão diagnosticados no Brasil 65.840 novos casos de câncer de próstata. Esse valor corresponde a um risco estimado de 62,95 casos novos a cada 100 mil homens (Instituto Nacional de Câncer, 06/02/2020). Homens com mais de 55 anos, com excesso de peso e obesidade, estão mais propensos à doença.

A campanha Novembro Azul serve de alerta à gravidade e prevenção desta doença silenciosa e que não costuma mostrar sinais até que esteja em estágio avançado.

Exames rotineiros e preventivos, como o de toque retal que se faz necessário após os 50 anos de idade, são importantes para se evitar um possível diagnóstico tardio da doença.

Mas, afinal, como prevenir o câncer de próstata?

O câncer de próstata nada mais é do que o crescimento desordenado e desorganizado da próstata, uma glândula presente no homem que produz o líquido seminal, responsável por nutrir o esperma.

Embora nenhum câncer seja totalmente cabível de prevenção, alguns hábitos de vida como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, controle do peso corporal são fatores que podem contribuir para a prevenção da doença.

Luiz Hargreaves, coordenador de cursos da área de saúde da Unyleya, uma das primeiras Instituições de Ensino 100% EAD no Brasil, fala sobre a prevenção e os fatores de risco do câncer de próstata.

Níveis elevados de testosterona, diabetes não tratada, obesidade e sedentarismo são fatores importantes que podem estar associados a este tipo de câncer. A genética também contribui, principalmente nos casos como três ou mais parentes de primeiro grau forem afetados, dois parentes de primeiro grau afetados antes dos 55 anos de idade ou quando ocorrer em três gerações consecutivas.

Quais os sintomas do câncer de próstata?

Entre os principais sintomas da doença, estão: disfunção erétil, micção frequente, fluxo urinário fraco, aumento da vontade urinar a noite, sangue ou sêmen na urina e dor na lombar, irradiada ou não para os membros inferiores.

Vale lembrar que os sintomas são mais comuns quando o câncer já está mais avançado e nestes casos, podem ser resultantes de invasão da bexiga, reto e ossos da bacia.

Ignorar os sintomas, principalmente relacionados ao ato sexual e miccional, além de não realizar os exames necessários após os 50 anos, são os maiores erros dos homens.

Quando realizar o exame?

Conforme orientação do Ministério da Saúde, e alguns consensos na área, é indicado que homens de 50 anos ou mais, façam o exame de toque retal uma vez ao ano, apresentando ou não sintomas.

Por meio dele, o médico urologista poderá identificar alterações na próstata e, caso julgue necessário, solicitar novos exames. Quando a doença é diagnosticada precocemente, os tratamentos têm chance muito maior de sucesso.

Como se dá o tratamento?

O tipo de tratamento a ser realizado em um diagnóstico de câncer de próstata vai depender do estágio da doença, lembrando que este tipo de câncer tende a evoluir lentamente. No início, é indicado apenas o monitoramento em relação ao tamanho e localização do tumor e presença de sintomas. Já para os mais agressivos, indica-se radioterapia, cirurgia, terapia hormonal ou quimioterapia.

A cirurgia de remoção do câncer de próstata não é considerada muito invasiva, mas quanto maior a quantidade de tecido retirado, maior a gravidade dos riscos. Ela pode gerar incontinência urinária, impotência sexual, infertilidade e linfedema.


fonte  https://revistareacao.com.br/novembro-azul-saiba-como-prevenir-o-cancer-de-prostata/

Postado por Antônio Brito