09/09/2021

Paralimpíadas consagram resultados de iniciativas inclusivas e reforçam a necessidade de apoio

As Paralimpíadas são um momento de destaque para o paradesporto mundial e uma oportunidade de dar visibilidade às diversas ações e projetos de inclusão através do esporte. É o caso do Instituto Athlon, organização não governamental do interior paulista que teve oito atletas competindo entre os grandes nomes mundiais em Tóquio. Projetos como esse, contam com o apoio relevante de diversas empresas, inclusive por meio de leis de incentivo ao esporte.
O Instituto Athlon conta com mais de 100 paratletas, entre eles, campeões mundiais, paralímpicos, parapanamericanos e equipes com resultados expressivos e de destaque nacional. No âmbito comunitário, o instituto desenvolve ainda palestras motivacionais, palestras de segurança no trabalho, vivências paradesportivas e realização de eventos. Todo o trabalho desenvolvido é sustentado por 4 pilares: Iniciação, Treinamento, Alto Rendimento e Qualidade de Vida.
Entre os atletas de alto rendimento, a instituição foi representada em Tóquio por oito participantes nas modalidades do Atletismo Paralímpico e Goalball, além do Fundador e Diretor do Instituto, Kelvin Gyulo, dirigente da equipe paralímpica de Goalball. Os atletas competiram na expectativa de ajudar a manter o Brasil entre as grandes potências Paralímpicas, lembrando que o país alcançou a 8ª posição no quadro de medalhas na Rio 2016, com 14 medalhas de ouro.
E, para que seja possível a continuidade dessas atividades, a captação de recursos é vital. Nesse contexto, a State Grid Brazil Holding, empresa que opera linhas de transmissão de energia em todo o Brasil, torna-se a mais nova apoiadora das modalidades de Atletismo Paralímpico, Goalball e Vôlei Sentado. A State Grid vai apoiar a instituição na manutenção das atividades, que permitem não apenas encontrar novos talentos, mas promover a inclusão e o bem-estar dos seus alunos e familiares.
O apoio ao paradesporto é mais um passo da State Grid Brazil Holding em linha às iniciativas de promoção da diversidade, da inclusão e do apoio ao esporte e à cultura. “Somos uma empresa que leva energia à população e esperamos, com essa parceria, levar ainda mais energia aos paratletas em Tóquio e a todos os praticantes de paradesporto. E, quem sabe ainda, incentivar outras empresas a seguir o mesmo caminho”, destaca Anselmo Leal, Vice-Presidente da companhia.
Sobre o Instituto Athlon
Instituto Athlon de Desenvolvimento Esportivo, fundado em 05 de junho de 2011, uma organização não governamental e sem fins lucrativos, conquistou em nove anos de atividades mais de 2.100 medalhas tornando-se referência na gestão e no desenvolvimento de nove modalidades paradesportivas em São José dos Campos para pessoas com deficiências física, intelectual e visual. Sua atuação tem sempre em vista a inclusão da pessoa com deficiência e o treinamento adequado e adaptado na busca de resultados de alto rendimento. Atualmente são desenvolvidas pelo Instituto nove modalidades paralímpicas: Atletismo paralímpico, Natação paralímpica, Goalball, Vôlei sentado, ParaBadminton, Karatê, Xadrez, Judô e ParaCiclismo, que possibilitam a participação de pessoas com deficiência a partir dos 11 anos de idade.

Fonte. https://revistareacao.com.br/paralimpiadas-consagram-resultados-de-iniciativas-inclusivas-e-reforcam-a-necessidade-de-apoio/

Postado por Antônio Brito

CPB divulga regulamento de evento seletivo para o Mundial de Halterofilismo de Batumi

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulga nesta quarta-feira, 8, os critérios para a confirmação de participação dos atletas brasileiros de halterofilismo para o evento seletivo para o Campeonato Mundial da modalidade de Batumi, que será realizado no próximo dia 13 de outubro no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. O clube deve confirmar a participação dos atletas via e-mail ((circuito@cpb.org.br) até quarta-feira, dia 15 de setembro, 

CONFIRA O REGULAMENTO DO EVENTO SELETIVO DE HALTEROFILISMO AQUI

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro 


Fonte. https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3571/cpb-divulga-regulamento-de-evento-seletivo-para-o-mundial-de-halterofilismo-de-batumi

Postado por Antônio Brito

Pessoas com deficiência recebem mais de 500 cestas básicas do governo do Estado

Nesta quarta (8/9), 513 cestas básicas foram distribuídas - Foto: Felipe Farias/Ascom SICDHAS

Com o intuito de beneficiar pessoas com deficiência (PcDs) em vulnerabilidade social e suprir parte das necessidades das famílias afetadas pela pandemia, o governo do Estado, por meio da Secretaria da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social (SICDHAS) e em parceria com o Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL), do Ministério Público (MP-RS), distribuiu 513 cestas básicas a esta população. A ação Segurança alimentar: Um Direito de Cidadania em Tempos de Pandemia ocorreu na tarde desta quarta-feira (8/9) no Atacadão da RS-118, em Gravataí.

A ação é oriunda do repasse de R$ 1,5 milhão via proposta emergencial e convênio com o FRBL, possibilitando a aquisição total de mais de 10 mil cestas básicas a serem destinadas a entidades que atendem famílias em situação de vulnerabilidade em todo o Estado, entre eles a população indígena, PcDs, LGBTs e povos de matriz africana.

Ação foi uma parceria do governo com o Ministério Público - Foto: Felipe Farias/Ascom SICDHAS

Participaram da entrega a titular da SICDHAS, Regina Becker, o presidente da Fundação Rio-Grandense de Atendimento ao Excepcional (Faders), Marquinho Lang, o ex-procurador-geral de Justiça e presidente do FRBL, Fabiano Dallazen, o coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do MP-RS, Daniel Martini, e a diretora das Promotorias de Justiça de Gravataí, promotora de Justiça Luciana Willig Sanmartin.

“É uma alegria estar aqui, neste momento especial, podendo fazer a divisão desses alimentos à população de PcD que sofre com a exclusão e, em tempos de pandemia, ainda mais com o desemprego. É uma frente que estamos atuando na busca pela redução dessa tragédia e da fome de quem mais foi afetado pela pandemia. Sabemos que a fome tem pressa”, salientou a secretária Regina Becker.

“É a atuação eficiente do Ministério Público em todas as áreas de importância para a cidadania que faz com que esse dinheiro do ilícito reverta para tantas áreas importantes e, nesse caso, fundamental para minimizar a fome que atinge tantas pessoas em situação de vulnerabilidade nesse momento de crise sanitária e econômica pelo qual passamos”, disse o presidente do FRBL, Fabiano Dallazen.

“As PcDs foram as primeiras pessoas a irem para casa na pandemia e estão sendo as últimas a voltarem, exigindo do poder público uma atenção maior. Então essa ação tem um valor muito grande e mostra a sensibilidade do Ministério Público e do governo do Estado em compreender que nós somos iguais e incrivelmente diferentes”, destacou o presidente da Faders, Marquinho Lang.

Também estiveram presentes representantes de entidades de Bagé, Gravataí e Porto Alegre: Associação Bageense dos Deficientes Físicos, Associação dos Deficientes Visuais de Canoas (Adevic), Associação das Pessoas com Deficiência Visual e Amigos de Gravataí, Associação de Pais e Amigos do Centro Abrigado Zona Norte (Apazacon), Associação de Cegos Louis Braille, Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis), Lar da Amizade e União de Cegos do RS (Ucergs).

“Ter a liberação dessas cestas é um ganho muito grande, pois em Bagé existem muitas PcDs que estão em situação de vulnerabilidade social e essa proposta acaba aproximando essas pessoas”, afirmou a presidente da Associação Bageense dos Deficientes Físicos, Cimone Barbosa Gonzales Halberstadt,

O membro do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, William Gabriel Flores, parabenizou a iniciativa e frisou que as cestas serão importantes para as entidades que trabalham com as pessoas com deficiência no Estado. “É uma ação que faz com que nós, PcDs, consigamos assumir o protagonismo na sociedade e em um governo que ouça essa parcela da população, de fato”, declarou.

Texto: Carolina Zeni/Ascom SICDHAS
Edição: Secom

Fonte. https://www.estado.rs.gov.br/pessoas-com-deficiencia-recebem-mais-de-500-cestas-basicas-do-governo-do-estado

Postado por Antônio Brito

08/09/2021

Seleção brasileira de rugby em cadeiras de rodas ganha novo patrocinador

Dos 309 atletas brasileiros que estiveram nas Olimpíadas de Tóquio, 42% não têm patrocínio.

Pensando nisso e buscando também se unir a atletas que compartilham das mesmas atitudes e valores, a keeggo, parceira de empresas e startups na transformação digital de organizações, anunciou que será o principal patrocinador da seleção brasileira de Rugby em cadeiras de rodas. A empresa aposta na parceria e, com um contrato sem data limite, pretende chegar até 2024 auxiliando a seleção brasileira de rugby em cadeiras de rodas nas Paralimpíadas 2024, que serão realizadas na França (o time não disputou as Paralimpíadas de Tóquio).

Além do patrocínio, a keeggo pretende contratar atletas para atuarem na empresa, com uma jornada de trabalho que não impossibilite os treinos. Em um primeiro momento, eles atuarão nas áreas de cultura e marketing, com possibilidade de abertura futura para todos os setores da companhia. A ideia da contratação parte da afinidade de valores que a keeggo enxerga nesses atletas e o objetivo é promover uma troca de conhecimento e de atitudes entre os profissionais, para um desenvolvimento das equipes por meio da cultura do rugby.

Sobre a keeggo

A keeggo é uma parceira de empresas e startups na transformação digital das organizações. Atua em toda a cadeia de valor dos clientes com soluções de tecnologia, design, LGPD e performance. Foca em resultados e coloca o cliente no centro das decisões, investe em pessoas e traz para o negócio da transformação digital a busca de sempre fazer o certo.

Fonte https://revistareacao.com.br/selecao-brasileira-de-rugby-em-cadeiras-de-rodas-ganha-novo-patrocinador/

Postado por Antônio Brito

MOVIMENTOS PELA INCLUSÃO: A FORÇA DO TRABALHO EM REDE NA LUTA PELOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Diante de tentativas de retirada de direitos sociais, trabalhistas, culturais e outros das pessoas com deficiência, vários grupos se organizam para defender e tornar públicas suas pautas, tendo destaque aqueles que se mobilizam para mostrar à sociedade a importância de suas reivindicações.

O trabalho em rede realizado por estas organizações esvaziam discursos ultrapassados como a segregação escolar de alunos com deficiência ou a neutralização da lei de cotas que garante o emprego decente às pessoas com deficiência.

Na próxima LIVE do ESPAÇO DA CIDADANIA serão debatidos experiências de redes com focos diversificados de inclusão com a presença de Romeu Sassaki, um dos maiores consultores do país na área da inclusão.

Quando: 22/09/2021

Horário: 10h00 às 11h30

Acessível para pessoas com deficiência auditiva: Intérprete de LIBRAS da UNILEHU – Universidade Livre para Eficiência Humana e transmissão pelo Facebook do Espaço da Cidadania e seus parceiros.

Inscrições gratuitas pelo e-mail ecidadania@ecidadania.org.br

Fonte  https://revistareacao.com.br/movimentos-pela-inclusao-a-forca-do-trabalho-em-rede-na-luta-pelos-direitos-das-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito

06/09/2021

Instituto do Ministério da Saúde oferece tratamento a paratletas

O esporte pode transformar a vida por meio da promoção de saúde e desenvolvimento físico. Para alguns, como os atletas paralímpicos, a reinvenção que a prática esportiva causa é ainda maior. O Governo Federal, por meio do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), vinculado ao Ministério da Saúde, auxilia pessoas com deficiência com apoio, tratamento, acompanhamento e reabilitação necessários de forma integral e totalmente gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Entre as histórias do Centro de Amputados do INTO, que promove a reabilitação de pessoas que sofreram amputação, está a da Nayara Ramalho, de 33 anos, que viu no esporte a possibilidade de dar a volta por cima após um grave acidente que provocou amputação do braço direito. Mesmo sem um membro, atualmente ela é paratleta de lançamento de dardo, arremesso de peso e tiro esportivo.

“Existe uma Nayara antes e depois do esporte. Quando comecei meu tratamento no INTO, além de resgatar minha autonomia e de aprender adaptações que me ajudaram nas tarefas do dia-a-dia, eu também ganhei confiança para ir além e encontrei o esporte”, contou a paratleta.

O trabalho continuado para esses pacientes é fundamental e por isso, mesmo durante a pandemia de Covid-19, as atividades presenciais não foram suspensas no instituto. Com todos os protocolos de segurança para prevenção da Covid-19 entre pacientes e dos profissionais de saúde, a não interrupção dos trabalhos evitou prejuízos nos processos de reabilitação dos pacientes que já estavam em tratamento, como atrofia do membro e até mesmo danos à saúde mental, com o desenvolvimento de quadros depressivos.

Para a fisiatra e chefe do Centro de Amputados do INTO, Eliane Machado, os serviços do instituto são fundamentais para a população. “Nós trabalhamos para ajudar a tornar a pessoa funcional, para que ela volte a atuar integralmente dentro das suas atividades, não só as físicas, mas também as emocionais”, explicou Eliane. A primeira etapa do processo é a reunião de acolhimento com equipe formada por psicólogo, assistente social, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, onde os pacientes são acolhidos e tomam consciência de que a reabilitação é um processo contínuo.

Incentivo ao esporte

esporte tem comprovada importância na qualidade de vida de qualquer pessoa. A atividade esportiva contribui não só para o desenvolvimento físico, como também é uma poderosa ferramenta de ajuda na reabilitação e inclusão social de pessoas com deficiência. Mais que isso, o esporte pode transformar tanto a vida de uma pessoa com deficiência que em pouco tempo de prática ela pode estar representando o Brasil nos maiores eventos esportivos do mundo, como as Paralimpíadas, que iniciaram oficialmente nesta terça-feira (24).

O paratleta Márcio Miranda, de 45 anos, fundista e meio-fundista nas pistas de atletismo, também está entre os pacientes do Centro de Amputados do INTO que tiveram a vida ressignificada pelo esporte. Depois de perder os dois braços em uma descarga elétrica, há dez anos, ele coleciona medalhas dos vários campeonatos disputados desde que entrou para o atletismo, em 2015.

Para ele, um dos momentos mais emocionantes da carreira foi quando carregou a tocha olímpica, pela orla de Copacabana, nas Paralímpiadas de 2016, no Rio de Janeiro. A terapeuta ocupacional Sandra Helena foi a responsável por criar uma adaptação que permitisse ao atleta percorrer o trajeto com a tocha nos braços.

“Foi criada uma adaptação, com braçadeiras e um encaixe para a tocha, tudo confeccionado em termoplástico, um material que se torna maleável quando submetido a altas temperaturas. Foi desafiador, porque o Márcio fez esse pedido numa data próxima ao evento, mas, ao mesmo tempo, foi gratificante ver o sorriso dele depois de ter completado o trajeto”, relatou Sandra.

O incentivo ao esporte faz parte da rotina do Centro de Amputados do INTO, por meio de ações conjuntas realizadas por sua equipe de profissionais. Entre elas, está o evento anual, organizado pela equipe de Serviço Social, para celebrar o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, que acontece no mês de setembro. No encontro, vários stands abordam a importância do desenvolvimento de meios de inclusão das pessoas com deficiência. Um deles é voltado para o tema do esporte, onde os pacientes podem conversar com paratletas convidados e descobrir no esporte novas possibilidades.

Sobre o INTO

O INTO é uma instituição especializada em atendimento cirúrgico e não presta serviços de emergência. Os pacientes encaminhados ao instituto por outras unidades de saúde passam por um processo de triagem e são avaliados pelos especialistas que definem a indicação cirúrgica. As quatro especialidades mais requisitadas são joelho, medicina desportiva, quadril e coluna. O INTO atende, exclusivamente, pacientes do SUS e se destaca como centro de excelência nacional no tratamento de doenças e traumas ortopédicos, de média e alta complexidade. Certificado como hospital de ensino, oferece programas de residência médica em ortopedia e traumatologia, enfermagem e farmácia.

A instituição também apoia a promoção da qualificação técnica em procedimentos cirúrgicos ortopédicos de alta complexidade para os profissionais de todo o país. Além de oferecer regularmente treinamento intensivo (“imersão”) em cirurgia ortopédica, hospeda conferências científicas. Por meio de uma rede integrada de telemedicina possibilita a discussão de casos de alta complexidade e promove o ensino de técnicas cirúrgicas em tempo real. Nos Jogos Olímpicos de 2016, foi designado pelo Comitê Olímpico como o hospital de referência para atendimento ortopédico dos atletas.

Fonte: https://revistareacao.com.br/instituto-do-ministerio-da-saude-oferece-tratamento-a-paratletas/

Postado por Antônio Brito

OMS alerta sobre a prevenção ao suicídio

O suicídio continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo, segundo as mais recentes estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A entidade acaba de publicar o relatório “Suicide worldwide in 2019” e o documento registra que, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária, câncer de mama, guerras ou homicídios. Em 2019, mais de 700 mil pessoas em todo mundo tiraram a própria vida: uma em cada 100 mortes.

“Não podemos e não devemos ignorar o suicídio”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “Nossa atenção à prevenção é ainda mais importante agora, depois de muitos meses convivendo com a pandemia de Covid-19, com vários dos fatores de risco para suicídio – perda de emprego, estresse financeiro e isolamento social – ainda presentes”.

Primeiros sinais

Para o escritor Odil Campos – cujo ato de retirar a própria vida é abordado no livro “O Renascimento” (Editora Flor de Lis, 248 págs., R$ 45,00), à venda nas livrarias e marketplaces – a depressão e o declínio emocional são os primeiros indicativos que exigem atenção.

“O distanciamento social por tempo prolongado causa danos emocionais. Mas precisamos encontrar alternativas para ocupar a mente; tais como a leitura de um livro, ver bons filmes, fazer exercícios físicos e usar a tecnologia para diminuir o isolamento afetivo”, explica.

Segundo o autor, as relações humanas se fundamentam nos vínculos sociais e emocionais que permitem os movimentos da vida – desde o ato de pensar, sentir, doar, trabalhar. Dessa forma, o crescimento torna-se integral.

Não é frescura!

De acordo com o documento da OMS, o suicídio foi a quarta causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos – vindo depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Outro estudo da OMS também demonstra que a ansiedade atinge mais de 260 milhões de pessoas no mundo. O Brasil, em 2019, era o país com o maior número de pessoas ansiosas: 9,3% da população.

Ciente da importância que o assunto exige, desde 2014 a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.

Segundo a ABP, estudos indicam que cada caso de suicídio tem impacto na vida de outras seis pessoas de forma direta. “Aqueles que pensam em tirar a própria vida – mediante as dificuldades que surgem – devem ser acolhidos com amor e afeto para que esses atos não aconteçam. Certamente é uma situação muito delicada. Contudo, não podemos desistir. Os desafios ao longo da vida aparecem para que tenhamos novos aprendizados e possamos melhorar como um todo”, completa Odil Campos.

Fique atento

Para apoiar os esforços na prevenção ao suicídio, a OMS lançou uma orientação abrangente e com quatro estratégias principais.

A primeira dela é para limitar o acesso aos métodos de suicídio, como pesticidas e armas de fogo altamente perigosos. Em seguida, a entidade recomenda educar a mídia sobre a cobertura responsável do suicídio, pois o trabalho da imprensa pode levar a um aumento nos casos devido à imitação – especialmente se for uma celebridade ou se descrever métodos de suicídio.

A terceira estratégia é promover habilidades socioemocionais para a vida em adolescentes, principalmente porque metade dos problemas de saúde mental aparecem antes dos 14 anos. A orientação incentiva programas anti-bullying, entre outros. Por fim, a identificação precoce, avaliação, gestão e acompanhamento de qualquer pessoa afetada por pensamentos e comportamentos suicidas.

“O acolhimento, a doação e o respeito ajudam a pessoa que está em crise. Com essas atitudes, o amor penetra no coração de quem está mal e mostra a ela o quanto o apoio é importante, pois o indivíduo não se encontrará só”, completa o escritor Odil Campos.

Centro de Apoio

Um dos centros de apoio emocional mais atuantes no Brasil é o Centro de Valorização da Vida (CVV). Nele existe o serviço de escuta 24 horas por dia. Basta ligar para 188 e solicitar o atendimento. O serviço também está disponível via internet pelo www.cvv.org.br e-mail, chat e Skype.

Fonte. https://revistareacao.com.br/oms-alerta-sobre-a-prevencao-ao-suicidio/

Postado por Antônio Brito

Aprovada prioridade de matrícula para criança com deficiência no ensino público

Waldemir Barreto/Agência Senado

Crianças e adolescentes com deficiência ou doenças raras poderão ter prioridade na matrícula em creches, pré-escolas e em instituições de ensino fundamental ou médio, públicas ou subsidiadas pelo Estado. É o que determina projeto da senadora Nilda Gondim (MDB-PB), aprovado por unanimidade pelo Plenário do Senado. Foram 75 votos favoráveis e nenhum contrário. O Projeto de Lei (PL) 2.201/2021 segue agora para análise da Câmara dos Deputados.

— Hoje é um dia especial, o Senado Federal dá um importante passo para tornar o Brasil um país mais igualitário e para entregar mais oportunidades de inclusão e de desenvolvimento para crianças e adolescentes com deficiência — disse Nilda Gondim em Plenário.

A senadora destacou a necessidade de crescente atualização das normas que regulamentam os direitos fundamentais estabelecidos na Constituição. Para ela, a falta de reconhecimento das dificuldades específicas de crianças e adolescentes com deficiência constitui uma das “práticas sociais tradicionais” que impõem dificuldades na obtenção de vagas escolares.

“As pretensões civilizatórias do país devem rechaçar esse tipo de ‘ignorância estratégica’, que não pode gerar outro resultado que não a triste e improdutiva manutenção do estado de coisas. Cabe ao Estado o papel de criar mecanismos para efetivar a tão almejada igualdade”, argumenta Nilda Gondim na justificativa do projeto.

O acesso à educação adequada tem o potencial de alterar a condição da pessoa com deficiência, acrescenta a parlamentar, que destaca ainda o potencial do uso de novas tecnologias no ensino e a importância da superação de obstáculos para as crianças e adolescentes com deficiência.

O texto aprovado foi o substitutivo apresentado pelo relator, o senador Romário (PL-RJ). Ele acolheu emenda do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) que assegura o provimento de material didático adaptado às necessidades dos estudantes nessas condições.

— Por mais que a Constituição imponha ao Estado o dever de garantir educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 16 anos de idade, bem como educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças de até 5 anos de idade, temos ciência de que, na prática, é comum, em todo o território nacional, a organização de filas de espera por vagas na pré-escola e na rede pública de ensino, porque o Estado ainda não consegue suprir a demanda dos brasileiros por educação — disse Romário ao ler seu relatório no Plenário.

Para implementar a mudança, o projeto acrescenta dispositivos ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei 8.069, de 1990); à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Lei 9.394, de 1996); e ao Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146, de 2015). Se o projeto virar lei, haverá prazo de 90 dias, a partir da sanção, para que as creches e escolas possam se adaptar à nova legislação.

O projeto original de Nilda Gondim previa a prioridade de matrícula para crianças e adolescentes com deficiência. O relator acolheu parcialmente emenda do senador Izalci Lucas (PSDB-DF) para que a prioridade alcance também crianças e adolescentes com doenças raras.

“A concorrência acirrada por matrículas pode deixar crianças e adolescentes com deficiência fora da escola e da creche, agravando-lhe o isolamento social e atrasando o desenvolvimento de suas potencialidades. Trata-se do círculo vicioso de reprodução das dificuldades e de impedimentos mencionado pela autora da proposição, uma dinâmica que precisa ser interrompida, se realmente desejamos nos transformar em uma sociedade inclusiva e acessível”, afirma Romário em seu relatório.

Fonte: https://revistareacao.com.br/aprovada-prioridade-de-matricula-para-crianca-com-deficiencia-no-ensino-publico/

Postado por Antônio Brito

Estreante em Jogos Paralímpicos, Carol Santiago lidera campanha histórica da natação brasileira em Tóquio

Wendell Belarmino, Douglas Matera, Lucilene Sousa e Carol Santiago comemoram no pódio a prata no revezamento 4x100m livre nos Jogos de Tóquio. Foto: Miriam Jeske / CPB

O décimo dia de competições nos Jogos Paralímpicos de Tóquio marcou a despedida da natação do megaevento na capital japonesa. A equipe brasileira conquistou 23 medalhas na modalidade, sendo oito de ouro, cinco de prata e dez de bronze, ficando na oitava posição - tanto no ranking por medalhas de ouro quanto pela soma geral dos pódios. 

O grande destaque brasileiro no Centro Aquático de Tóquio foi a pernambucana Carol Santiago (classe S12 - para atletas com deficiência visual), dona de cinco medalhas - quatro individuais (três de ouro e uma de bronze) e uma prata no revezamento 4x100m até 49 pontos. 

Aos 36 anos, e na sua primeira participação em Jogos Paralímpicos, a nadadora liderou a melhor campanha brasileira da história na modalidade - superando os 19 pódios de Pequim 2008 e Rio 2016. Em relação às medalhas de ouro, a marca alcançada no Japão só foi abaixo dos pódios obtidos em Londres 2012 - foram nove medalhas douradas na capital inglesa. 

"Fui entendendo o Movimento [Paralímpico] devagar. Hoje, tenho total consciência de como isso aqui [os Jogos] é grandioso, é incrível e o que a gente faz aqui é grande. Estou muito feliz porque encontrei o meu lugar. Poder participar de um evento como esse e ter os resultados que a gente teve é a prova de que estou no caminho certo. É a realização de um grande sonho", disse Carol. 

Ouro nos 50m e 100m livre, assim como nos 100m peito, a pernambucana bateu dois recordes paralímpicos em Tóquio: nos 50m livre (26s82) e 100m peito (1min14s89). No primeiro estilo, inclusive, ela conseguiu o feito em duas oportunidades - primeiro nas eliminatórias e depois quebrou a sua própria marca nas finais da prova. 

As outras duas medalhas de Carol no Japão foram: bronze nos 100m costas e prata no revezamento misto 4x100m - até 49 pontos. 

Gabriel Geraldo (classe S2)
Com quase a metade da idade da pernambucana, o mineiro Gabriel Geraldo, de 19 anos, também se destacou no Centro Aquático de Tóquio. Responsável pela primeira medalha da missão brasileira no Japão, Gabriel volta para o país com três medalhas na bagagem:

100m costas - prata
200m livre - ouro
50m costas - ouro

Além dos resultados dentro da piscina, o mineiro chamou a atenção por suas dancinhas no pódio. “Fico feliz por também poder mostrar minha alegria. Sempre estou sorrindo e dançando. É uma felicidade poder inspirar as crianças, com deficiência ou sem", afirmou Gabriel.

Talisson Glock (classe S6)
O catarinense também conquistou três medalhas no Centro Aquático de Tóquio: ouro nos 400m livre, bronze nos 100m livre e outro bronze no revezamento misto 4x50m livre - até 20 pontos. 

Gabriel Bandeira (classe S14)
Primeiro brasileiro medalhista de ouro em Tóquio ao bater o recorde paralímpico nos 100m borboleta (54s76), o paulista de Indaiatuba também subiu ao pódio nos 200m medley (prata), 200m livre (prata) e no revezamento misto 4x100m livre (bronze). 

Wendell Belarmino (classe S11)
Outro medalhista de ouro brasileiro, o brasiliense Wendell Belarmino subiu ao lugar mais alto do pódio nos 50m livre. Também foi prata no revezamento misto 4x100m - até 49 pontos e bronze nos 100m borboleta. 

Daniel Dias (classe S5)
Os Jogos de Tóquio também foram históricos para a natação brasileira por ser a última competição do maior medalhista paralímpico do país: Daniel Dias se despediu das piscinas na capital japonesa. A sua última prova foi os 50m livre, na qual ele ficou em quarto lugar. 

No Japão, o paulista de Campinas conquistou mais três medalhas de bronze para a sua coleção. Desta forma, ele encerrou sua participação em Jogos Paralímpicos com 27 medalhas em quatro edições - 14 de ouro, sete de prata e seis de bronze. 

As medalhas de Daniel em Tóquio:
- 100m livre - bronze
- 200m livre - bronze 
- Revezamento misto 4x50m livre até 20 pontos - bronze


Confira todas as medalhas brasileiras na natação nos Jogos Paralímpicos de Tóquio

Ouro

Carol Santiago (S12)
50m livre - recorde paralímpico
100m livre
100m peito - recorde paralímpico

Gabriel Geraldo (S2)
50m costas 
200m livre

Gabriel Bandeira (S14)
100m borboleta - recorde paralímpico

Wendell Belarmino (S11)
50m livre
Talisson Glock (S6)
400m livre 

Prata

Gabriel Bandeira (S14)
200m livre
200m medley

Gabriel Geraldo (S2)
100m costas

Cecília Araújo (S8)
50m livre

Revezamento misto 4x100m até 49 pontos 

Bronze

Talisson Glock (S6)
100m livre

Daniel Dias (S5)
100m livre
200m livre

Phelipe Rodrigues (S10)
50m livre

Carol Santiago (S12)
100m costas

Beatriz Carneiro (S14)
100m peito

Mariana Gesteira (S9)
100m livre 

Wendell Belarmino
100m borboleta

Revezamento misto 4x100m livre - S14

Revezamento misto 4x 50m livre até 20 pontos

Transmissão

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 contam com a transmissão ao vivo dos canais SporTV e da TV Brasil.

Patrocínio


A delegação brasileira e a natação têm o patrocínio das Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3559/estreante-em-jogos-paralimpicos-carol-santiago-lidera-campanha-historica-da-natacao-brasileira-em-toquio

Postado por Antônio Brito

A melhor campanha de todos os tempos: Brasil termina os Jogos Paralímpicos de Tóquio com recorde de ouros e feitos inéditos

Carol Santiago exibe suas medalhas conquistadas no Centro Aquático de Tóquio/Foto: Alê Cabral/CPB

As disputas dos Jogos Paralímpicos de Tóquio se encerraram no início da madrugada deste domingo, 5, e o Brasil se despediu com 72  medalhas, sendo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de  bronze, na sétima colocação no quadro, cumprindo a meta do top 10 estabelecida no planejamento estratégico do CPB de 2017. Trata-se da melhor participação na história dos Jogos Paralímpicos.
 
"O Comitê Paralímpico Brasileiro celebra, além da maior campanha de todos os tempos, o atingimento de todas as metas, como de participação de mulheres, participação de atletas jovens, participação de atletas de classes baixas [atletas com as deficiências mais severas]. Aprendemos muitas lições que vamos colocá-las em prática nos três anos que restam até a próxima edição de Jogos Paralímpicos, em Paris 2024", comentou Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de 5, em Atenas 2004 e Pequim 2008, e presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.
 
A delegação brasileira foi composta por 259 atletas (incluindo atletas-guia, calheiros, goleiros e timoneiro), além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 435 pessoas. Dos atletas com deficiência, 68 eram das chamadas "classes baixas" (com deficiência severa). Foram 42 homens e 26 mulheres. Trinta e nove participantes tinham menos de 23 anos, cerca de 17% do total da equipe nacional paralímpica.  
 
Em nenhuma outra edição a missão brasileira havia conquistado tantas medalhas de ouro. As 22 láureas obtidas na capital japonesa superaram as 21 de Londres 2012. No número total de pódios, o Brasil igualou a marca alcançada no Rio 2016. Foram 72 medalhas no Japão, tal qual nos Jogos Paralímpicos disputados em solo brasileiro, há cinco anos.  
 
Tais recordes foram puxados pela natação, que obteve o seu melhor desempenho em toda a história dos Jogos, com 23 medalhas (oito de ouro, cinco de prata e dez de bronze). O atletismo foi a modalidade que mais garantiu medalhas ao Brasil em Tóquio: 28 (oito de ouro, nove de prata e 11 de bronze) e também na soma de todas as participações brasileiras nas edições anteriores do megaevento (170 no total).
 
O último brasileiro a pisar no pódio em solo japonês foi o gaúcho Alex Douglas da Silva, na classe T46 (deficiência em membros superiores). No começo da noite de sábado, 4, ele que finalizou a maratona no segundo lugar com o tempo de 2h27min, e recorde sul-americano, conquistando a medalha de prata.

O Brasil também conquistou resultados expressivos na canoagem, esporte que está apenas em sua segunda participação no programa dos Jogos Paralímpicos - a estreia foi no Rio 2016. Fernando Rufino obteve a medalha de ouro nos 200m da classe VL2. Luís Carlos Cardoso, nos 200m (KL1) e Giovane de Paula, 200m, (VL3) ficaram com a prata. As três medalhas colocaram o país na terceira colocação da modalidade em Tóquio.
 
"Este ouro eu dedico ao ano difícil de pandemia que as pessoas tiveram. Eu dedico a todos que perderam pessoas queridas, eu perdi gente que amava. Este ouro é uma forma de alegrar o povo. O brasileiro é um povo lutador e vibrou comigo", disse Rufino, após sua conquista, no sábado, 4.
 
No halterofilismo, o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio pela primeira vez na história. A responsável pelo feito foi Mariana D’Andrea, que levantou 137 kg na disputa entre atletas da categoria até 73kg.
 
Outro ouro inédito para a missão brasileira foi conquistado pela judoca Alana Maldonado (categoria até 70kg), primeira mulher brasileira a ser campeã no judô na história dos Jogos Paralímpicos.
 
Os Jogos de Tóquio também foram marcados pela primeira medalha de ouro para o goalball brasileiro. A Seleção masculina, bronze no Rio, venceu a Lituânia -  até então atual campeã paralímpica - em duas oportunidades, inclusive com uma goleada por 11 a 2 na estreia. Na final, contra a China, os brasileiros conquistaram a medalha dourada com uma vitória por 7 a 2.
 
O grande nome brasileiro no Centro Aquático de Tóquio foi a pernambucana Carol Santiago, da classe S12 (para atletas com baixa visão), dona de cinco medalhas: quatro individuais (três de ouro e uma de bronze) e uma prata no revezamento 4x100m até 49 pontos (soma do número da classe dos integrantes).  
 
Ouro nos 50m e 100m livre, assim como nos 100m peito, a pernambucana bateu dois recordes paralímpicos em Tóquio: nos 50m livre (26s82) e 100m peito (1min14s89). No primeiro estilo, inclusive, ela conseguiu o feito em duas oportunidades, primeiro nas eliminatórias e depois quebrou a sua própria marca na final.
 
Carol quebrou um jejum de 17 anos sem que Brasil pudesse celebrar uma campeã paralímpica na natação. Até então, Fabiana Sugimori, da classe carregava a honraria, conquistada em Sydney 2000 e Atenas 2004, ambas nos 50m livre da classe S11 (para cegos).
 
A paulista Mariana D'Andrea, de 23 anos, conquistou a primeira medalha de ouro brasileira no halterofilismo na história dos Jogos Paralímpicos. A atleta, da categoria até 73kg, levantou 137 quilos e superou a chinesa Lili Xu, que ficou com a prata (134 quilos). O bronze foi para a francesa Souhad Ghazouani (132 quilos).
 
"Esperava muito por este momento. Não tem gratidão maior do que ganhar esta medalha após cinco anos de treinamento. Agradeço a todos pela torcida e pela oração. Quero deixar registrado aqui, que se você tem sonho, corra atrás dos seus objetivos e os conquiste", disse Mariana. Além do ouro da atleta, o Brasil tem outra medalha no halterofilismo paralímpico: a prata de Evânio Rodrigues da Silva nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
 
A judoca Alana Maldonado, de 26 anos, foi a primeira mulher brasileira da modalidade a subir no lugar mais alto do pódio em uma edição de Jogos Paralímpicos. Na decisão, com um wazari, a paulista de Tupã derrotou a georgiana Ina Kaldan e conquistou o primeiro e único ouro para o judô brasileiro em Tóquio. Vale ressaltar que Alana também já havia sido a primeira brasileira campeã mundial de judô, em 2018.
 
"Agradeço a toda a minha família e à comissão técnica, que estiveram sempre do meu lado neste ciclo tão difícil. Sou outra atleta em relação aos Jogos do Rio. No Brasil, estava do lado dos meus amigos e da minha família. Agora, fui campeã na terra do judô. Obrigado a todos que torceram. Esta medalha não é só minha. É de todos", disse Alana.
 
Destaque também para o parataekwondo, esporte estreante no programa paralímpico. Com três representantes na capital japonesa, o país conquistou três medalhas: um ouro com o paulista Nathan Torquato, uma prata, com a paulista Débora Menezes, e um bronze com a paraibana Silvana Fernandes), terminando a competição na liderança do ranking da modalidade.
 
O paulista Nathan Torquato, da classe K44 até 61kg, subiu ao lugar mais alto do pódio no primeiro dia do parataekwondo no programa paralímpico. Na final, ele derrotou o egípcio Mohamed Elzayat, no Makuhari Messe Hall.
 
A luta decisiva nem deveria ter acontecido. O egípcio sofreu uma lesão no rosto durante a semifinal e, por segurança, não voltaria para a final. Mas os atletas chegaram a subir na área de combate e, após um golpe do brasileiro, os médicos interromperam o duelo e confirmaram Nathan como campeão.
 
“Primeira medalha da história do parataekwondo. Estou muito feliz por fazer parte disso e dessa conquista. Foi difícil, senti um pouco na primeira luta, mas cresci ao longo da competição e o resultado foi incrível”, comemorou Nathan. “Já lutei no convencional, depois fiz a migração para o paradesporto e foi a melhor escolha da minha vida”, completou o atleta.
 
No atletismo, Beth Gomes confirmou o favoritismo e conquistou a medalha de ouro no lançamento de disco, na classe F52, com a marca de 17,62m, novo recorde mundial da prova. As ucranianas Iana Lebiedieva (15,48m) e Zoia Ovsii (14,37m) completaram o pódio.
 
Aos 56 anos, a paulista foi a última a fazer seus lançamentos e superou suas adversárias logo na primeira tentativa ao cravar 15,68m. Mesmo com a medalha garantida no peito, Beth seguiu competindo até alcançar a marca que lhe valeu o ouro e o recorde mundial.
 
“Mesmo sabedores da capacidade de nossa equipe, de nossos atletas, mais uma vez eles mostraram que podem ir além daquilo que a gente imagina, daquilo que a gente espera. São capazes de muito mais do que a gente pode prever. Tivemos performances espetaculares, com um brilho que me emocionou muitas vezes. Com certeza esses atletas nos mostram que faz todo o sentido esse trabalho, e isso traz ainda mais responsabilidade para seguirmos pensando num Brasil ainda melhor e que pode mais”, afirmou Mizael Conrado.

Daniel Dias

O nadador, agora aposentado oficialmente das piscinas após os Jogos de Tóquio, foi eleito neste sábado, 4, membro do Conselho de Atletas do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês). O multimedalhista foi um dos seis escolhidos para o grupo, que representará os competidores pelos próximos três anos até os Jogos de Paris em 2024.

Patrocínios

A delegação brasileira tem o patrocínio das Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3570/a-melhor-campanha-de-todos-os-tempos-brasil-termina-os-jogos-paralimpicos-de-toquio-com-recorde-de-ouros-e-feitos-ineditos

Postado por Antônio Brito