13/02/2021

Médica descobre que também é autista ao ouvir diagnóstico dos filhos

"Colecionei diagnósticos errados e tomei medicações que não funcionavam; sempre soube que tinha algo que não se encaixava. Aprendi bem o masking, que é fingir ser sociável, comum nas mulheres autistas. Nem sei mais viver sem, é muito incômodo para as pessoas eu ser da forma que sou"
(Imagem: Instagram)

“Me chamo Rafaella Nunes, tenho 44 anos, sou médica pediatra, casada há 12 anos e mãe do Angelo, de 10 anos, e do Dante, que tem 7. Nasci em Colatina, no Espírito Santo, e me mudei para Vitória para fazer faculdade. Sempre tive dificuldade social e de criar laços, além de ter manias.

Aos 42 anos, ao buscar diagnósticos para meus filhos, descobri que sou autista, assim como eles. Para que outras mães tenham informações e não se sintam tão perdidas quanto eu, criei a página TEAmo (Transtorno do Espectro do Autismo – mãe online), no Instagram.

Quando criança, preferia brincar sozinha. Duas vezes por ano, nas férias, minha mãe me fazia brincar com as outras crianças. Nunca sabia o que fazer, nem o que falar. Eu dizia que era minha tortura semestral. Hoje é engraçado, mas na época eu não achava. Tinha hiperfocos, como ler compulsivamente; olhar mapas, adorava.

Enquanto as crianças queriam ganhar um pogobol, eu queria um atlas. Me identificavam na escola como a doidinha, a esquisita. Tenho sensibilidade auditiva, enquanto o professor estava explicando a matéria, precisava ouvi-lo sem conversa paralela. Era a chata que ficava pedindo silêncio. No hora do recreio, me escondia para que não precisar interagir.

Nunca dei trabalho, tirava notas muito boas, mas sofri muito bullying. Meu pai e a enciclopédia foram as grandes companhias na infância e adolescência. Eu amava. Pegávamos as enciclopédias e ficávamos discutindo um assunto.

A primeira amiga de verdade que eu tive foi quando entrei na faculdade, aos 18 anos. Antes disso eu tinha colegas. A Laila aceitava a minha forma de ser. Nunca fez grandes críticas ao meu jeito, como a mania de chegar no restaurante e sentar na mesma mesa, e se estivesse ocupada, eu ia embora. Não me julgou. Acho que foi a primeira pessoa que nunca me disse que eu era estranha e tenho um amor profundo por ela, como se fosse uma irmã.

“Aprendi a fingir ser sociável”

Colecionei diagnósticos errados, alguns certos, como depressão. Como médica, acredito que tinha depressão já na infância, mas fiz tratamento para bipolaridade, borderline e levantaram a hipótese de esquizofrenia. Tomava medicações que não funcionavam. Sempre soube que tinha algo que não se encaixava, eu devia ser uma paciente psiquiátrica.

Como sempre gostei de estudar, a faculdade não foi uma coisa tão difícil, mas quando acabei estava à beira de um meltdown – esgotamento emocional desencadeado por um grande estresse, como barulho ou quebra de rotina, onde pode haver choro e até auto agressão.

Hoje em dia, só trabalho com urgência e emergência. Gosto da surpresa que o pronto-socorro traz: o que será que eu vou atender agora? É um desafio diário para minha dificuldade em quebrar a rotina, me ensinou a me abrir para o desconhecido.

Gostava de boate. Olha que perfeito: você consegue se divertir, dançar, beber e ninguém quer conversar com você porque não dá para ouvir nada. A batida do som eletrônico não é uma frequência que me incomoda. Conheci o meu marido Gleison assim. Ele é tímido, mas veio conversar comigo.

O primeiro meltdown que ele viu ficou assustado, mas me acolheu, tentou me acalmar. Com o tempo, foi mudando algumas coisas em mim. Dizia que poderíamos nos divertir mesmo se não sentasse na minha mesa do restaurante. Começou a me convencer e, quando não conseguia, não ficava com raiva. Eu tinha essa questão de me achar estranha, mas ele dizia: “Gosto de você estranha mesmo, quem não é?”. Gleison sempre teve essa leveza.

Meu filho mais velho entrou na escola, aos 3 anos, e ficamos sabendo que ele não sabia socializar. Percebemos que nós dois também não. Antissociais, em três anos casados e dois de namoro, nunca havíamos recebido alguém em casa. Começamos a tentar um convívio. Hoje temos dois casais de amigos, olha que chique! Para mim isso é incrível.

Aos 3 anos, ele já estava lendo, o que se chama hiperlexia. Dante tem facilidade em línguas. Ele fala o alfabeto grego, o russo, canta as musiquinhas da Masha originais. Ele mesmo procura no Youtube e aprende, gosta de sentar com meu pai e ficam procurando as coisas.

Estávamos no começo do processo e fizemos um teste que mostra características de autismo. Meu pai disse que eu pontuaria mais do que o Dante. Ele estava certo, rimos: “Ah, estranha eu sempre fui, né!”. Comecei a estudar o autismo, a fazer curso, pós-graduação. Fui vendo cada dia mais que eu também parecia autista.

“O médico quis dizer que autistas são fracassados. Saí indignada do consultório”

É difícil o diagnóstico no adulto. Cheguei a ir em um psiquiatra que me disse que eu não poderia ser autista porque não tive fracassos na vida. Ele deu como exemplo o fato de eu nunca ter sido reprovada, de ter me formado. Não existe esse tipo de parâmetro para o diagnóstico. A fala dele foi de preconceito e de falta de conhecimento dentro da especialidade. Então acredito que ele quis dizer que autistas são fracassados. Saí indignada do consultório. O meu processo de diagnóstico com outra médica foi meticuloso, cerca de 12 horas de teste em 10 sessões avaliativas.

Agora tomo mais cuidado com as minhas dificuldades. Desde o diagnóstico, tive pouquíssimos meltdowns, pequenos, discretos, nenhum tão forte que parecesse um surto. As pessoas acham que o autista é uma pessoa que não pode ter sucesso na vida. Eu estou na ponta do espectro, tenho menos dificuldades do que outros autistas, mas também outras que talvez os mais severos não tenham.

Apesar de eu ter sempre sido estranha, difícil de lidar, a doidinha, meus pais sempre acreditaram no meu potencial. Acredite nos seus filhos. Isso vai formar a autoestima deles, vai ajudar a fazer com que eles acreditem neles próprios e vai fazer com que sigam em frente.

Meu diagnóstico foi importante também para eu mostrar para os meus filhos que estar no espectro não significa que temos que deixar nossos sonhos para lá. Todo mundo tem dificuldades e a gente tem que ir se virando com elas, tentando vencê-las, e ir em frente à procura do que queremos.

Pra mim é isso que faz a vida valer a pena: acreditar que eu posso o que eu quiser e passar isso para os meus filhos.

Fonte  https://www.pragmatismopolitico.com.br/2021/02/medica-tambem-autista-diagnostico-dos-filhos.html

Postado por Antônio Brito 

10º Simpósio Internacional da Síndrome de Down (Trissomia 21) 100% Online

O 10° SIMPÓSIO INTERNACIONAL DA SÍNDROME DE DOWN (TRISSOMIA 21) será realizado nos dias 20 (9h-18h30) e 21/03/2021 (9h-13h30) via transmissão online, em referência ao Dia Internacional da Síndrome de Down que é comemorado em 21/03, remetendo à Trissomia 21 (T21).

“Nesta edição reconectaremos ao tema escolhido pela Comissão Científica que é ‘Democratizar a Diversidade, Construindo a Inclusão e a Autonomia’ com o objetivo de apresentar, através de palestras e debates, inúmeras possibilidades que norteiam a autonomia familiar, social, educacional e econômica, adequando o conteúdo com informações técnico-científicas dos mais recentes avanços que envolvem o presente e o futuro das pessoas com Trissomia 21, incluindo o momento pandêmico da COVID-19”, afirma o  Prof. Dr. Zan Mustacchi Coordenador Científico do Simpósio.

Em nota, a organização do evento afirma que o objetivo é evocar o maior número possível de formadores de opinião que tenham intenção de construir um vínculo, um alicerce de ética e apoio social para a população com T21.

“No decorrer desta caminhada compartilhamos informações e conquistas sobre temas variados, como, por exemplo, escolaridade, saúde, direito, nutrição, atividades físicas, genética, inclusão, autonomia, trabalho, envelhecimento, entre outros e com toda esta experiência adquirida acreditamos que poderemos oferecer novas perspectivas e ideias na intenção da construção de uma sociedade melhor, mais inclusiva e que possa proporcionar mais oportunidades”, comenta o Coordenador Científico.
Confira a programação completa e os palestrantes já confirmados.

We touch the future when we teach (Tocamos o futuro quando ensinamos).

Realização: 

CEPEC-SP e Canal T21SíndromedeDown
Link para Inscrição: https://www.sympla.com.br/10-simposio-internacional-da-sindrome-de-
down-trissomia-21-100-online__1114199

Mobilidade para todos: conheça seis tecnologias assistivas que fazem a diferença

Imagine cidades acessíveis no Brasil e no mundo com transporte público adaptado, piso tátil, sinalização em braille, avisos sonoros, rampas de acesso, entre outros itens essenciais de infraestrutura. Apesar de alguns locais terem essa realidade e outros não, é fato que as barreiras existem e que ainda estamos na construção de uma sociedade com mais acessibilidade. Nesse contexto, a tecnologia assistiva está aí para transformar vidas de pessoas com deficiência que têm o direito de ter autonomia para sair de casa quando quiserem.

 

Mas o que é tecnologia assistiva?

É qualquer produto ou dispositivo projetado para melhorar a qualidade de vida e a independência de pessoas com deficiência. Alguns exemplos práticos: próteses para substituir membros ausentes e outras partes do corpo, dispositivos ópticos, lupas, cadeiras de rodas, andadores e bengalas e muitos outros.

Até 2030, dois bilhões de pessoas vão precisar acessar, pelo menos, uma tecnologia assistiva para exercer sua cidadania. Atualmente, 10% das pessoas com deficiência têm acesso à tecnologia de que precisam, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, temos 45,6 milhões de pessoas com deficiência – número do Censo 2010 apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso conta que, aproximadamente, 24% dos brasileiros declararam ter algum grau de dificuldade em pelo menos uma das habilidades investigadas (caminhar, ouvir, enxergar ou subir degraus) ou ter alguma deficiência intelectual.

A boa notícia é que muitas empresas têm trabalhado e inovado para transformar essa realidade. Analistas afirmam que a indústria da tecnologia assistiva tende a crescer rapidamente nos próximos anos. Segundo projeções da empresa Coherent Market Insights, o mercado global de tecnologia assistiva alcançará US $26 bilhões em 2024. Esse número é ainda maior de acordo com a Zion Market Research que tem uma estimativa de US $31 bilhões em 2024.

Iniciativas para acompanhar

Com tanto investimento, muitas startups se destacam nesse mercado que conta com tanta inovação e geração de empregos. É por meio da tecnologia assistiva que muitas pessoas conseguem realizar ações que jamais conseguiriam sem o uso da tecnologia. O preço delas ainda é um dos desafios do setor, mas há novas possibilidades de atender o público com o desenvolvimento de novas tecnologias, investidores e organizações na área.

Empresas como a OrCam Technologies, Kinova Robotics e a WHILL levaram mais de US $200 milhões em financiamento para seus produtos de tecnologia assistiva.

Conheça algumas iniciativas inspiradoras que buscam impactar positivamente a vida de pessoas com deficiência.

– WHILL
A WHILL, com sede na cidade de San Carlos (Califórnia, EUA), produz veículos elétricos de mobilidade pessoal que permitem que pessoas com deficiência física se desloquem com mais facilidade.

O produto Model Ci busca complementar os movimentos de aventuras ao ar livre a atividades internas. A missão da empresa é oferecer mobilidade divertida e inovadora para todos.

– ORCAM
A OrCam é uma startup israelense que produz dispositivos de Inteligência Artificial (IA) vestíveis para pessoas com deficiência visual. Técnicas de visão computacional são utilizadas para ler textos e identificar rostos e objetos. O OrCam MyEye 2 é o dispositivo de tecnologia assistiva vestível produzido para pessoas com deficiência visual ou com dificuldade de leitura. A tecnologia permite que todos possam ler textos impressos ou digitais, em diversas velocidades, de perto ou de longe, em três línguas: português, inglês ou espanhol.

Ele reconhece, em tempo real, cores, cédulas de dinheiro, produtos e muito mais. Um dos destaques é que ele não precisa de conexão com a internet. Com apenas 22,5 gramas de peso, ele pode ser acoplado em, praticamente, qualquer par de óculos.

“O OrCam reúne várias tecnologias que já existem dentro de um equipamento. Traz também a facilidade de fazer diversas ações por meio de uma tecnologia intuitiva. Alguns exemplos disso: a pessoa consegue ler placas de rua, se localizar em shoppings ou qualquer outro lugar, ler livros, identificar cores – o que pode ajudar, inclusive, na hora de escolher a roupa que vai usar. Tudo isso com autonomia”, conta Doron Sadka, sócio diretor da Mais Autonomia – representante exclusiva da OrCam no Brasil.

Mizael Conrado, ex-jogador de futebol de 5 (para cegos) e presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), foi presenteado com o dispositivo OrCam MyEye 2 pelas mãos do jogador Lionel Messi.

– WEWALK

Um dos desafios que muitas pessoas com deficiência visual encontram é desviar de obstáculos que estão acima do peito. A bengala inteligente WeWALK promete resolver esse problema e ainda conta com integração de smartphones para utilização de mapas e controle por voz, por exemplo.
Além de melhorar a mobilidade do usuário, ela tem conexão com a internet e utiliza sensores ultrassônicos e dados do próprio Google Maps para compreender os arredores e avisar sobre os obstáculos.

– Amparo Prosthetics
A startup Amparo Prosthetics tem feito próteses com custo acessível em diversas regiões do mundo. Ela conseguiu projetar um novo tipo de prótese e criar uma solução para amputados em áreas rurais africanas que não têm fácil acesso a exames médicos e a hospitais. Em 2019, venceu o Prêmio Especial de Inovação para Deficiência.

– Phoenix Instinct
A “Phoenix i” é uma cadeira de rodas mais leve, feita de fibra de carbono. Ela conta com um eixo móvel que ajusta automaticamente o centro de gravidade da cadeira para evitar acidentes causados por desequilíbrio.

A cadeira foi projetada pelo estúdio de design escocês Phoenix Instinct e criada com um sistema inteligente que faz com que ela se ajuste com frequência para dar o melhor desempenho possível ao usuário. Há sensores que detectam se a pessoa está inclinada para frente ou para trás e é capaz de mover a posição do eixo para ajustar seu centro de gravidade. Isso permite agilidade e estabilidade, e também reduz o risco de quedas para trás.

– Projeto EMA

O Projeto EMA – Empowering Mobility & Autonomy criou uma tecnologia para que pessoas paraplégicas possam pedalar com as próprias pernas. O aparelho conta com uma ação que age como um atalho que estimula os músculos do corpo por meio de choques programados.

A tecnologia desenvolvida pelo projeto faz a contração muscular de forma sequenciada e ritmada que é capaz de gerar movimento. É assim que o usuário consegue movimentar as pernas e tem força para pedalar.

EMA é um grupo de pesquisa que desenvolve tecnologias para aperfeiçoar a reabilitação de pessoas com deficiências motoras. Em especial, o trabalho foca no uso da estimulação elétrica para pessoas com lesões e doenças que afetam o sistema nervoso.

Do esporte para o dia a dia

Quando o assunto é esporte paralímpico, a tecnologia é importante para muitos atletas para a prática esportiva. Atletismo, esportes de neve, triatlo, parabadminton, tênis de mesa são algumas das modalidades que se beneficiam de soluções protéticas e lâminas para a atividade esportiva.

No rúgbi em cadeira de rodas, por exemplo, atacantes e defensores usam cadeiras de rodas feitas de alumínio, material bastante leve. Nessa modalidade, as cadeiras de ataque são mais arredondadas para dar agilidade ao atleta. Já as de defesa contam com grade para proteger dos choques.

E o que muita gente não sabe é que diversas inovações que surgem nas provas paralímpicas são transferidas para a sociedade e beneficiam milhões de pessoas. O mercado de próteses, inclusive, tem evoluído bastante e segue em constante busca por desempenho.

atleta usando tecnologia assistiva em jogo
Washington Alves/EXEMPLUS/CPB

 

Em relação aos materiais, a lâmina de fibra de carbono, por exemplo, que é muito leve e usada pelos competidores de atletismo, já faz parte de próteses para diferentes necessidades do dia a dia. E o que também contribui para esse desenvolvimento é o fato dos atletas usarem os equipamentos no limite – exigem cada vez mais do material e ajudam a descobrir a durabilidade.

Vale destacar que as características dessas tecnologias variam de acordo com cada fabricante e que as próteses são feitas sob medida para cada pessoa e os componentes são escolhidos de acordo com o nível de atividade, peso corporal e tipo de amputação.

Fonte: www.cpb.org.br

Postado por Antônio Brito 

Instituto Jô Clemente inaugura serviço de Estimulação e Habilitação no Itaim Bibi, em São Paulo

Instituto Jô Clementeantiga Apae de São Paulo, anunciou uma mudança em sua estrutura de atendimento. Agora, a Unidade do Itaim Bibi, na rua Horácio Lafer, 540, passa a oferecer o Serviço de Estimulação e Habilitação, via Sistema Único de Saúde (SUS), para crianças de 0 a 6 anos com deficiência intelectual ou atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor.

O espaço tem capacidade para atender em torno de 550 crianças, que são acompanhadas por equipe multi e interdisciplinar, formada por profissionais de Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Fisioterapia, além de contarem com atendimento psicológico, assistência social e psicopedagogia.

O objetivo é descentralizar os atendimentos, visando facilitar o acesso desse público às terapias. Em 2019, o Serviço de Estimulação e Habilitação do Instituto Jô Clemente atendeu 2.227 crianças e realizou 225.609 procedimentos terapêuticos, com índice de satisfação de 96,7%.

O Serviço de Estimulação e Habilitação visa promover o melhor desenvolvimento das habilidades motoras, cognitivas e de linguagem da criança com hipótese diagnóstica ou diagnóstico confirmado de atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, deficiência intelectual ou síndromes genéticas, para facilitar sua inclusão social.

 

Serviço

Serviço de Estimulação e Habilitação Instituto Jô Clemente
Onde: Rua Horácio Lafer, 540 – Itaim Bibi – São Paulo / SP
Quando: Desde 1º de fevereiro
Mais informações: (11) 5080-7000

Fonte  https://revistareacao.com.br/instituto-jo-clemente-inaugura-servico-de-estimulacao-e-habilitacao-no-itaim-bibi-em-sao-paulo/

Postado por Antônio Brito 

Comitê comunica adiamento da 24ª edição das Surdolimpíadas de Verão

Foto: Vagner Espeiorin

A 24ª edição das Surdolimpíadas de Verão, que ocorreria entre 5 e 21 de dezembro deste ano, tendo a Universidade de Caxias do Sul como sede prioritária, foi adiada para ocorrer entre os dias 1º e 15 de maio de 2022. A definição ocorreu em reunião de representantes do Comitê Plural de organização do evento no gabinete da reitoria da UCS – que teve transmissão ao vivo pela internet.

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Evento multidesportivo mais antigo depois dos Jogos Olímpicos, as Surdolimpíadas de Verão ocorrem a cada quatro anos, com a última edição realizada em 2017 na cidade de Samsun, na Turquia. A decisão pelo adiamento se deve às restrições causadas pela pandemia de Covid-19. Como a vacinação pelo mundo apresenta diferenças significativas entre um país e outro, a medida busca garantir um tempo maior para a imunização da população mundial.

A realização multidesportiva internacional organizada pelo Comitê Internacional de Esportes para Surdos (ICSD) consiste na primeira edição em um país da América Latina. Para a disputa em 21 modalidades esportivas, é prevista a participação de mais de 100 países e 4 mil surdoatletas.

Participaram da reunião de anúncio da decisão o presidente interino do ICSD, Gustavo Perazzolo, o executivo do ICSD, Dimitri Rebrov, o presidente executivo do Comitê Plural das Surdolimpíadas, Emir José Alves da Silva, a executiva das Surdolimpíadas Jaqueline Mognaga; a secretária executiva das Surdolimpíadas, Jussania Dinani, o assessor de comunicação das Surdolimpíadas, Alexandre Couto, o presidente da Federação Desportiva de Surdos do RS, Gustavo Lemos, e a presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos, Diana Kyosen.

Também acompanharam o encontro o reitor da UCS, Evaldo Kuiava, o presidente da Fundação Universidade de Caxias do Sul, José Quadros dos Santos, o secretário municipal de Esportes de Caxias do Sul, Gabriel Citton, o vereador caxiense Felipe Gremelmaier, a presidente do Conselho Municipal do Desporto, Carla Pretto, o chefe de gabinete da UCS, Gelson Leonardo Rech, e a diretora executiva do SEGH – Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria, Márcia Ferronato.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul 

Postado por Antônio Brito 

DETRAN SP causa problemas para pessoas com deficiência. Faltam médicos e até intérprete de libras

Após tomar conhecimento de que a falta de médicos credenciados pelo Detran.SP nas bancas de exame práticos para pessoa com deficiência vem ocasionando no cancelamento desses exames, o Sindautoescola.SP oficiou o Detran.SP e cobrou uma rápida solução para esse problema que vem afetando as Autoescolas/CFCs e, consequentemente, o cidadão. Afinal, aproximadamente 80% dos exames agendados são cancelados hoje nas bancas da capital.

“Antes de protocolar esse ofício, o Sindicato já havia informado ao Detran.SP em algumas ocasiões dessa ocorrência e agora aguarda uma rápida solução do órgão de trânsito. De acordo com o relato de diversas Autoescolas/CFCs, esse problema vem acontecendo desde o início do ano, ocasionando o cancelamento de aproximadamente 80% dos exames agendados, gerando indignação, frustração e insegurança para o cidadão que estava pronto para o exame prático, assim como para todas as Autoescolas/CFCs que prestam o serviço”, afirma Magnelson Carlos de Souza, Presidente da entidade.

MAIS PROBLEMAS no Detran SP

Além disso, o Sindicato já relatou ao Detran.SP a necessidade urgente de retomar a possibilidade daquele cidadão que foi impedido pelo médico de realizar o exame prático, quando o profissional informa que o candidato não tem necessidade de realizar exame prático para PCD, requerer a junta médica do Detran-SP para uma nova avaliação médica, a fim de permitir que o candidato consiga realizar o exame prático para PCD.

O Sindicato também cobra do DETRAN.SP a falta de intérpretes de LIBRAS no momento dos exames para os candidatos com deficiência auditiva. “Relatamos esses problemas ao Detran-SP e esperamos que tudo o que foi apontado seja solucionado o mais breve possível. Esses problemas vêm gerando grande insatisfação por parte do cidadão e, claro, das Autoescolas/CFCs que acompanham o candidato durante todo o processo. Sabemos que o Detran.SP vem passando por uma transformação e mudando vários procedimentos internos, com o objetivo legítimo de atender bem o cidadão e seus parceiros”, comenta Magnelson.

O presidente do Sindautoescola.SP afirma que “no entanto, o maior departamento de trânsito da América Latina deveria ter feito um planejamento adequado para todas essas mudanças. É inaceitável conviver diariamente com situações de cancelamento dos exames práticos por conta da falta de médicos ou ainda impedir que o cidadão solicite uma nova avaliação médica para possibilitar a conclusão de seu processo de habilitação”.

Fonte  https://revistareacao.com.br/detran-sp-causa-problemas-para-pessoas-com-deficiencia-faltam-medicos-e-ate-interprete-de-libras/

Postado por Antônio Brito 

11/02/2021

Governo entrega cadeiras de rodas para transporte em trilhas de ecoturismo

Foto: Bruno Bimbato MMA/ICMbio

O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, entregou recentemente na Floresta Nacional de Brasília, o primeiro lote de cadeiras de rodas adaptadas para o transporte em trilhas de ecoturismo. Essa é a primeira entrega do programa Parque+, assinado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) para a promoção do ecoturismo em parques nacionais e entornos.

Com o objetivo de incentivar a prática de esportes e atividades de contato com a natureza para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, a iniciativa conta com a parceria do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia vinculada ao Ministério. Os equipamentos também poderão ser utilizados para resgate em caso de acidentes nos locais de difícil acesso, otimizando o tempo e facilitando operações de resgate.

No modelo padrão, as unidades entregues suportam um indivíduo de até 90 kg por vez. Confeccionadas em aço-carbono, com pintura eletrostática e sistema de amortecimento do quadro, as cadeiras contam ainda com cinto de segurança com fivela, apoios para cabeça e pés e freio estacionário.

Os equipamentos serão distribuídos por mais de 20 parques nacionais em estados de todas as regiões do Brasil.

Além do Distrito Federal, as cadeiras levarão mais acessibilidade a parques na Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Parques nacionais como os de Serra dos Órgãos (RJ), Ubajara (CE) e São Joaquim (SC) receberão a iniciativa em entregas programadas para os próximos meses.

Programa Parque+

O programa Parque+ foi criado pelo Ministério do Meio Ambiente com o objetivo de potencializar o ecoturismo nas unidades de conservação federais, como parques e florestas nacionais, promovendo o desenvolvimento econômico do entorno e fomentando uma cadeia de emprego e renda no setor turístico.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Ministério do Meio Ambiente.

Postado por Antônio Brito 

Guardiões da Justiça: inclusão e incentivo a preservação de bens culturais

Crédito/Arte: Tangram Cultural
Explorar o patrimônio histórico e cultural de Pernambuco. Esta é a proposta do jogo Guardiães da Justiça 1.0 desenvolvido pelo Memorial da Justiça em parceria com a Tangram Cultural, e lançado em janeiro deste ano. Com versão trilíngue (Português, Inglês e Libras) e inserção de recursos de inclusão e acessibilidade, o jogo pode ser baixado gratuitamente em celulares e tablets Android ou IOS, e atende crianças a partir de 4 anos de idade, além de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), deficiência intelectual, visual ou auditiva.

Os jogadores tornam-se Guardiões da Justiça e têm como ambiente de exploração a estação do Brum, antiga estação ferroviária do Recife, onde funciona o museu do Memorial da Justiça de Pernambuco, órgão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Os participantes também encontram personagens que apresentam os temas do cangaço, da escravidão e da capoeira – que fazem parte da exposição de longa duração do Memorial “Uma questão de justiça”, além dos temas frevo e uma surpresa.


No ambiente virtual, os jogadores são estimulados de forma lúdica a praticar ações de cidadania e de educação patrimonial, que destacam a importância da preservação do patrimônio. No início do jogo, por exemplo, surge a necessidade de fazer a limpeza da rua em frente ao museu, onde os lixos devem ser colocados de acordo com os coletores seletivos e, na sequência, a criança pode escolher qual das temáticas vai jogar primeiro e avançar as fases conforme os acertos.

 “O jogo Guardiões da Justiça busca incentivar seus jogadores a valorizarem e preservarem seus bens culturais, e seu grande atrativo é sem dúvida favorecer a inclusão de parcela da sociedade que não costuma ser contemplada com tantos recursos de acessibilidade comunicacional, como o uso da audiodescrição, da linguagem de Libras ou de legendas para surdos e ensurdecidos”, destaca o servidor do TJPE e gestor do projeto do Memorial, Carlos Amaral.

Esse projeto tem patrocínio da Funcultura e faz parte de uma tendência onde museus do mundo todo têm buscado se aproximar cada vez mais dos cidadãos, aperfeiçoando a acessibilidade, inclusão e comunicação com seus visitantes.

Para garantir esse propósito, a iniciativa do Memorial e da Tangram foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, num processo dividido em várias etapas: produção, design, testagens, revisões e traduções. Outro diferencial foi a participação da ABA Global Education, que disponibilizou infraestrutura tecnológica, além do apoio das equipes acadêmica e de inovação.

Há 21 anos atuando como gestora do Memorial da Justiça, Mônica Pádua percebeu que o público de pessoas com deficiência, em especial as crianças, não têm o hábito de visitar museus. E para estimular essa visitação foi idealizado o projeto Guardiões da Justiça 1.0 em parceria com a Tangram. “Partimos do princípio de que todas as crianças, com deficiência ou não, possam acessar o jogo e brincar, compartilhando conteúdos relacionados ao patrimônio, história social e Justiça. Esperamos que este jogo seja uma ferramenta de fruição das pessoas com deficiência e suas famílias, estimulando-as a visitar o nosso museu”, conclui Mônica de Pádua. 

Fonte  https://revistareacao.com.br/guardioes-da-justica-inclusao-e-incentivo-a-preservacao-de-bens-culturais/

Postado por Antônio Brito 

PCD pode perder a isenção do IPI e ICMS? O que deve ser discutido na próxima reunião do CONFAZ?

Na busca de arrecadar cerca de R$ 2 bilhões extras, recentemente foi comentado que o Governo Federal poderia tomar medidas para que as pessoas com deficiência deixem de contar com o desconto legal do IPI. De acordo com informações, dias antes das eleições para a Presidência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, essa proposta poderia ser uma alternativa de o Governo Federal minimizar qualquer confronto entre o Presidente Jair Bolsonaro e os caminhoneiros de todo o Brasil, que demonstraram descontentamento com os crescentes aumentos no valor do diesel.

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O Departamento de Jornalismo do SISTEMA REAÇÃO procurou o Ministério da Economia para saber se existia algum estudo sobre o tema, mas a resposta foi que o órgão não comentaria o assunto.

De acordo com informações junto a fontes do setor, a proposta do Governo Federal seria limitar a isenção do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado), da mesma forma como ocorre com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que é estadual. A atual legislação prevê que a isenção só é válida para carros PcD até R$ 70 mil. Já o IPI não tem limite de valor.

REUNIÃO CONFAZ EM FEVEREIRO 

No próximo dia 26/02, o CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária, que reúne os Secretários de Fazenda de todos os estados e do Distrito Federal, pode decretar e definir novas mudanças que envolvem as pessoas com deficiência. A pauta sobre o encontro ainda não está fechada. Assuntos relevantes podem ser inseridos, e até mesmo a reunião pode ser antecipada, como já ocorreu em outras oportunidades. Para que o Governo Federal não fique sendo o único responsável por novas medidas que afetem – outra vez, o segmento da pessoa com deficiência, alterações para as isenções para PCD podem ser aprovadas pelos representantes de todos os estados brasileiros.

ACOMPANHE O RESUMO E ANÁLISE DE TODOS ESSES FATOS COM RODRIGO ROSSO.

https://www.youtube.com/watch?v=xL-SQjUVu4M

 Fonte  https://revistareacao.com.br/pcd-pode-perder-a-isencao-do-ipi-e-icms-o-que-deve-ser-discutido-na-proxima-reuniao-do-confaz/

Postado por Antônio Brito 

10/02/2021

Reunião discute ações e trabalhos voltados à pessoa com deficiência

Diferentes representantes de órgãos que atuam pelas pessoas com deficiência reuniram-se com o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, para alinhar trabalhos e ações para esse público em Jundiaí. A reunião ocorreu no gabinete do prefeito, na manhã desta quarta-feira (10).

O grupo presente trouxe diferentes pautas para a discussão, como o reforço da empregabilidade e o mapeamento socioeconômico da pessoa com deficiência, além da implantação de alguns itens de acessibilidade em espaços e equipamentos públicos, como no Mundo das Crianças, apresentado em dezembro.

No gabinete do prefeito, representantes conversam sobre pautas voltadas às pessoas com deficiência
Reunião trouxe diferentes pautas para a discussão

“Essas reuniões são importantes para entender as necessidades e, no governo, temos de transformar essas mesmas necessidades em ações concretas”, declarou o prefeito Luiz Fernando. “A sociedade nos faz cobranças, somos procurados por pessoas com deficiência, ou mesmo por seus pais e mães”, disse o assessor de Políticas para a Pessoa com Deficiência, Marco Antônio dos Santos.

O vereador Douglas Medeiros atua junto com esse público e participou do encontro. “A reunião foi boa, com encaminhamentos de trabalho, de maneira deliberativa”, disse ele, que é autor de projeto de lei, já aprovado, para a implantação do mapeamento socioeconômico da pessoa com deficiência. “A proposta é entender a realidade de vida dessas pessoas, saber onde estão e de que serviço público precisam.”

Também participaram da reunião a presidente do Conselho da Pessoas com Deficiência, Ivanilde Oliveira de Jesus, o vice-prefeito, Gustavo Martinelli, o gestor da Casa Civil, Gustavo Maryssael, o assessor de governo Filipe Azevedo Lima e o assessor de Políticas de Direitos Humanos, Paulo Fernando de Almeida.

Assessoria de Imprensa
Fotos: fotógrafos PMJ

Fonte  https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2021/02/10/reuniao-discute-acoes-e-trabalhos-voltados-a-pessoa-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito