Graziela e Rafaela Altino Gomes são irmãs, uma delas com síndrome de Down, mas a vida fez delas mãe e filha. As duas são gêmeas bivitelinas, geradas em placentas diferentes.
Um caso raro: 1 a cada 1 milhão de gêmeos bivitelinos nascidos, explica Graziela. Depois que a mãe delas morreu de infarto aos 50 anos (ela era separada do pai das meninas), em 2004, Graziela pediu a guarda de Rafaela.
Nessa época, elas eram menores de idade e, desde então, tornaram-se praticamente mãe e filha. “Eu consegui a guarda de Rafaela há 12 anos. Em 2008, consegui a curatela dela (guarda de uma pessoa maior de 18 anos”, lembra Graziela.
Graziela e Rafaela são gêmeas bivitelinas, geradas por placentas diferentas
Graziela tinha apenas 17 anos: teve que amadurecer mais cedo que a maioria dos jovens de sua idade para superar a falta da mãe e cuidar da irmã gêmea. Não foi nada fácil.
“Eu tive um luto bem complicado. Sofri muito pra entender Deus, e o porquê… foi bem difícil para gente. Então eu me fechei pro mundo. Eu tinha tudo para ser ruim, depois da morte da minha mãe, não tinha muitas escolhas. Mas, fiquei por ela e aprendo a perdoar, sentir, querer viver com ela. Rafaela é minha vida. Não sei o que seria de mim como ser humano se não fosse ela”, diz Graziela.
“Sou sim a mãe dela, e amo ser!”
As duas hoje estão bem. Elas moram em Nova Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, e eventualmente falam com o pai, que mora em outro estado. “Financeiramente não [temos problema]. Eu trabalho e Rafa tem a pensão dela, lutei pelos direitos dela. Somos simples, mas graças a Deus não nos falta nada material”, afirma a médica veterinária.
Sempre que pode, Graziela acompanha a Rafa na fonoaudióloga, na psicóloga, gastro, endocrinologista e na escola: a irmã estuda em uma escola adaptada e está no 7º ano. Aliás, este ano, pela primeira vez, Graziela aceitou ser homenageada na escola e receber o presente do Dia das Mães.
“Foi o primeiro Dia das Mães que aceitei participar na escola dela. Ela me pedia e nunca tinha conseguido ir, mas esse ano nós fomos. Foi duro, chorei muito. Hoje, eu consigo entender e sentir isso. Sou sim a mãe dela, e amo ser!”
Recentemente, teve a festa de São João na escola e as duas também se divertiram: “Eu aprendi a coreografia para poder ajudá-la [na apresentação]”.
Graziela lembra que a boa relação com a Rafa se deve ao jeito da irmã: compreensiva, paciente, calma e serena, destaca. Pra finalizar, ela acredita que a história das duas vai além de serem gêmeas, mãe ou filha.
“Acredito que vai além de laços sanguíneos… A gente viveu outras vidas juntas, não sei como. Mas, sabe aquele negócio de gêmeos sentir as coisas dos outros? Nós somos assim. Ela é o que conheço de melhor nesse mundo.”
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Cadeirante saiu de Berilo para pegar avião em Montes Claros — Foto: Michele Carvalho / Inter TV
Um cadeirante conta que se sentiu frustrado ao tentar embarcar em sua primeira viagem de avião em Montes Claros (MG) nesta quarta-feira (15). Para pegar o voo com destino a São Paulo, Isna Lopes dos Santos pagou R$ 700 de táxi e percorreu cerca de 300 quilômetros de Berilo, no Vale do Jequitinhonha, ao aeroporto. No guichê, foi informado que não embarcaria sem um acompanhante.
“Me falaram que eu só podia embarcar se tivesse um acompanhante, mas minha amiga comprou a passagem, falou que eu era cadeirante e não teve nenhuma orientação."
" Sou um cadeirante independente e ativo, moro sozinho e resolvo todas as minhas coisas”, fala.
O G1 procurou pela Azul Linhas Aéreas. A empresa disse que considera as condições de saúde do cliente, seguindo os termos da Resolução 280/2013 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que exige que a viagem seja realizada com um acompanhante, mediante 80% de desconto do valor da tarifa. Quando informadas, as necessidades devem constar no bilhete.
"A Azul ressalta que prestou a assistência necessária ao cliente e que o reacomodará em outro voo da própria companhia mediante acompanhamento de um tripulante da empresa", destacou a Azul.
Isna dos Santos ficou paraplégico em março de 2006, ao cair enquanto trabalhava. A ida para a capital paulista tem o objetivo de visitar familiares e amigos. Após a negativa de embarque, um advogado foi chamado por conhecidos dele e esteve no guichê da Azul no aeroporto de Montes Claros para ajudar a encontrar ums olução, que só foi encontrado após o passageiro ser realocado três horas depois.
“Foi uma viagem planejada por alguns meses e com uma expectativa grande, é a minha primeira vez. A situação foi resolvida, mas sinto indignação."
"Nunca tinha me sentido limitado por ser cadeirante”, completa.
O que diz a Anac
A Anac destacou que o passageiro precisa informar no ato da compra se tem necessidades especiais para que a companhia aérea possa verificar a melhor forma de atendê-lo. Se sentir que teve os direitos prejudicados, pode recorrer aos órgãos de defesa do consumidor e pode abrir uma reclamação junto à Agência, que irá apurar os fatos e analisar a conduta da prestadora do serviço.
Veja a íntegra da nota encaminhada ao G1pela Anac:
"Sempre que um passageiro com necessidade de assistência especial (PNAE) adquiri uma passagem aérea, ele deve avisar com antecedência a empresa sobre suas condições de saúde e locomoção para que a empresa aérea avalie o transporte deste passageiro e se programe quanto às assistências que deverá prestar durante o transporte. A necessidade de um acompanhante para cadeirantes é avaliada no momento da informação prévia. Portanto, é necessário apurar se o passageiro avisou a empresa com antecedência e qual foi a informação prestada ao passageiro sobre suas condições de transporte".
Trabalho em conjunto contou com a participação de seis bolsistas, dois voluntários e uma revisora - Carlos Vieira/CB/D.A Press
A iniciativa foi pensada especialmente para atender às necessidades de Carolina Lima, 21 anos, estudante do 4º semestre do curso de licenciatura em música
Por Cibele Moreira
Imagine ter as notas de uma partitura musical na ponta dos dedos. O projeto Musicografia em Braille amplia o acesso ao conteúdo didático e promove acessibilidade para quem tem deficiência visual. A iniciativa, criada pela Universidade de Brasília em agosto de 2019, foi pensada especialmente para atender às necessidades de Carolina Lima, 21 anos, estudante do 4º semestre do curso de licenciatura em música. Cega de nascença, Carolina buscou apoio junto a professores da Escola de Música de Brasília para fazer as transcrições do material no primeiro ano de faculdade, em 2018.
Vendo a carência de apostilas voltadas para deficientes visuais, a Coordenação de Apoio às Pessoas com Deficiência do Decanato de Assuntos Comunitários (PPNE/DAC) implementou o projeto de adaptação de materiais acadêmicos para o braille na universidade. Para auxiliar na produção, foi formada uma equipe composta por seis bolsistas, dois voluntários e uma revisora de textos. O grupo adaptou partituras de canto e piano, material e gráficos de matrizes para regência, e textos teóricos das disciplinas que Carolina cursou no semestre passado. A coordenadora do PPNE, Thaís Imperatori, explica que essa iniciativa oferece maior autonomia para a estudante. “Ela pode ter uma liberdade para estudar em casa e acompanhar as aulas com o próprio material.
Além de garantir o mesmo acesso de conteúdo independentemente da deficiência” pontua.
Para 2020, a proposta é ampliar o projeto, com a participação de 10 bolsistas. Ana Karoline Versiane, 21, é uma das voluntárias que adaptou o material para Carolina. “Foi uma experiência muito boa poder ajudar e conhecer as técnicas de musicografia em braille. Com certeza quero continuar este ano”, afirma. Ela é aluna de piano erudito na Escola de Música de Brasília e utilizou dos seus conhecimentos musicais para transcrever o conteúdo.
O grupo passou por um workshop de braille musical para realizar o trabalho de apoio. A revisora de textos em braille Carolina Pinheiro conta que o processo foi além da mera transcrição. “A partitura foi o começo.
Tivemos que utilizar da nossa criatividade para adaptar o conteúdo de uma forma que atenda a necessidade da aluna. A cada transcrição, a gente imprimia e mostrava para a Carolina. Foi um trabalho em conjunto”, expõe.
Cada integrante ficou responsável por uma parte do conteúdo, tornando o processo mais dinâmico. Nas partes ilustrativas, o material contém imagens em alto-relevo para auxiliar a estudante na hora de entender o que está sendo passado na disciplina. Em outros momentos, o trabalho é descritivo, com o máximo de detalhes possíveis. Tudo é feito para melhor atender às necessidades da aluna. Para o projeto, foram utilizados softwares gratuitos desenvolvidos por universidades brasileiras: Braille Fácil, MusiBraille e Monet. A impressão do material é toda feita na instituição.
Independência
Carolina relata que faz muita diferença ter o material adaptado.
“Consigo ter mais independência, sem precisar de uma outra pessoa para me auxiliar com os estudos”, diz a estudante, que sonha em ser professora de coral. Moradora de São Sebastião, ela se interessou pela música aos quatro anos de idade, quando teve seu primeiro contato com o piano. Aos 11, entrou para a Escola de Música de Brasília, onde iniciou os estudos para a sua formação. Em 2018, ingressou na UnB.
Uma das maiores dificuldades enfrentadas pela estudante foi a falta de acessibilidade. “A estrutura arquitetônica não é muito acessível. Antes, eu vinha com a minha mãe para conseguir me auxiliar na mobilidade. Agora consigo vir sozinha”, conta.
Durante o curso, a falta de visão não foi um empecilho, já que ela tem um bom ouvido musical. Mas os conteúdos teóricos exigiam uma demanda maior e ajuda externa. Agora, ela deseja ir além: quer aprender a partitura em tinta para poder dar aulas não apenas para pessoas com deficiências. “A música representa tudo para mim.
É o meu sonho poder trabalhar com o que eu amo.”
Além do projeto Musicografia em Braille, a Universidade de Brasília conta com o Laboratório de Apoio às Pessoas com Deficiência Visual. O departamento, coordenado pela professora Sinara Zardo, atua com três pilares: educação especial (inclusão); curso de formação (para professores) e pesquisa. O trabalho visa atender à demanda de alunos com deficiência, conforme a necessidade de cada um. Entre os materiais produzidos pelo departamento estão o caractere ampliado (para alunos de baixa visão), as apostilas em formato digital acessível e os áudios com sintetizador de voz. Na avaliação de Sinara, a deficiência não pode ser algo que impeça o acesso das pessoas ao conhecimento. “Por isso é importante proporcionar a eles um material que permitam as mesmas oportunidades de acesso” ressalta. Fonte https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2020/01/15/interna_cidadesdf,820487/amp.html Postado por Antônio Brito
O papel do esporte na vida de qualquer pessoa vai além dos benefícios para a forma física. A prática esportiva pode proporcionar saúde mental a quem a pratica e melhorar seu convívio social. Para uma pessoa com uma deficiência física como a distrofia muscular de Duchenne (DMD), uma doença degenerativa rara que afeta cerca de um em cada 3.500 meninos no mundo e envolve restrição motora, o esporte pode trazer muitos ganhos sociais.
A neuropediatra Dra. Alexandra Prufer explica que, para os rapazes com DMD, as vantagens do esporte são potencializadas. “Existem poucas formas habituais de lazer nas quais esses meninos conseguem se inserir de forma tranquila e, por meio dos esportes que são oferecidos para os cadeirantes, surge uma possibilidade”, comenta.
O papel do esporte na vida de qualquer pessoa vai além dos benefícios para a forma física. A prática esportiva pode proporcionar saúde mental a quem a pratica e melhorar seu convívio social. Para uma pessoa com uma deficiência física como a distrofia muscular de Duchenne (DMD), uma doença degenerativa rara que afeta cerca de um em cada 3.500 meninos no mundo e envolve restrição motora, o esporte pode trazer muitos ganhos sociais.
A neuropediatra Dra. Alexandra Prufer explica que, para os rapazes com DMD, as vantagens do esporte são potencializadas. “Existem poucas formas habituais de lazer nas quais esses meninos conseguem se inserir de forma tranquila e, por meio dos esportes que são oferecidos para os cadeirantes, surge uma possibilidade”, comenta.
O atual capitão do time Rio de Janeiro Power Soccer, Rafael Lellis, confirma os benefícios. “O Power Soccer mudou a minha vida. Sempre quis praticar futebol e encontrei na modalidade uma oportunidade.” Praticante desde 2011, Rafael já levantou a taça de campeão brasileiro quatro vezes e uma vez a taça do campeonato Libertadores.
“A descoberta do power soccer me deu a possibilidade de jogar de igual para igual com todos, pois temos as mesmas dificuldades. É muito agregador fazer um esporte em que eu consigo ter relacionamento com as pessoas que têm a mesma condição que eu”, conta Rafael. O esporte foi um ânimo em sua vida depois que trancou a faculdade após iniciar o uso de aparelho para auxiliar na respiração, que comprometeu o seu rendimento acadêmico.
O power soccer, o futebol em cadeira de rodas motorizada, é uma modalidade popular entre pacientes com DMD e com deficiências que causam comprometimento nos membros inferiores e superiores.
Disputar e engajar-se em um exercício físico traz felicidade pela prática de uma atividade lúdica que possibilita trabalhar as habilidades e perceber que é possível melhorá-las. O esporte coletivo soma o benefício de compartilhar experiências com quem está na mesma situação com a possibilidade de sair do isolamento. Apenas frequentar o ambiente da prática esportiva já é muito significativo. “Ali vão surgir conversas que outras pessoas têm nas suas rotinas, nas atividades comuns que eles podem ter entre eles, sobre assuntos variados. São situações que vão despertar interesses para além do esporte, para a vida como um todo”, comenta a neuropediatra.
Além do futebol, há a bocha paraolímpica, que pode ser praticada por pessoas que utilizam cadeira de rodas motorizada. Dra. Alexandra ressalta que, em ambas as modalidades, é preciso cuidados especiais e acompanhamento médico. A cadeira utilizada, além de ser especial para o esporte, precisa ser adaptada à pessoa que a utiliza, a fim de não acarretar vícios posturais. A atividade competitiva traz a possibilidade de pacientes com limitações motoras destacarem suas potencialidades e não suas limitações.
A distrofia muscular de Duchenne causa o enfraquecimento dos músculos. Isso ocorre pela falta de distrofina – uma proteína que proporciona a estabilidade da membrana do músculo. Tal enfraquecimento progride com o tempo e leva a dificuldades motoras, para caminhar, correr, pular, se levantar, e, nos estágios mais avançados, para respirar. Ao passo em que essas atividades se tornam mais difíceis, a pessoa com DMD passa a necessitar de ajuda para realizar as atividades da vida diária.
Obter um diagnóstico confirmado assim que possível é importante, pois quanto antes o acompanhamento multidisciplinar for iniciado, maiores serão as chances de preservar as funções musculares por mais tempo. Reconhecer a DMD, porém, pode ser um desafio. No Brasil, existe um atraso de cerca de 5 a 7 anos entre o surgimento dos principais sinais e um diagnóstico confirmado.
Pais, educadores e profissionais de saúde precisam conhecer a DMD, para que, ao reconhecerem os sinais da doença em uma criança, possam alertar para a possibilidade de DMD e contribuir para o diagnóstico precoce.
Mais informações aqui. Fotos: Divulgação Fontehttps://razoesparaacreditar.com/esporte-distrofia-muscular-de-duchenne/ Postado por Antônio Brito
Iniciativa amplia acessibilidade na comunicação municipal para deficientes visuais
A Prefeitura de Itapevi passa a adotar nesta terça-feira (14), a hashtag #PraCegoVer em todos os seus posts nas redes sociais e com essa atitude está conectada com as novas possibilidades de acessibilidade.
Esta é a segunda ação de inclusão digital realizada pela Administração municipal. A primeira foi, em 2017, com a adoção de legendas em todos os vídeos produzidos pela Prefeitura para atender à comunidade surda da cidade.
A iniciativa de adoção da hashtag #PraCegoVer tem como objetivo despertar a atenção dos usuários das mídias digitais e facilitar a utilização dos deficientes visuais, já que as informações são reproduzidas em aplicativos de áudio descrição destinados a este público.
O recurso, que também é útil para pessoas com dislexia, deficiência intelectual ou com déficit de atenção, será utilizado Departamento de Comunicação em todas as postagens do Facebook, Instagram e Twitter. Após a marcação da hashtag #PraCegover será acrescentado uma breve descrição da imagem postada.
Criadora
O projeto de acessibilidade foi criado por Patrícia Silva de Jesus, mais conhecida como Patrícia Braille e já é usado por milhares de empresas, veículos de comunicação, instituições e comunidades digitais em todo o país.
Segundo dados do IBGE, existem no Brasil, cerca de 6,5 milhões de pessoas com alguma deficiência visual. Destas, cerca de meio milhão de pessoas são cegas. Além delas, outros 29 milhões de pessoas possuem alguma dificuldade permanente de enxergar, ainda que usando óculos ou lentes.
Em Itapevi, estima-se que 8 mil pessoas tenham algum tipo de deficiência visual e que cerca de 700 pessoas sejam cegas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, as principais causas de cegueira no Brasil são: catarata, glaucoma, retinopatia diabética, cegueira infantil e degeneração macular.
A revolução dos carros autônomos pode ser promissora para uma parcela da população que pensava que nunca mais conseguiria dirigir: os cegos
Por Ryan Beene, da Bloomberg
Direção para pessoas cegas pode ser um grande avanço da tecnologia (iStock/Thinkstock)
Anil Lewis estava dirigindo seu Ford Mustang conversível em um dia ensolarado em Atlanta, em 1988, quando quase atropelou uma pessoa que apareceu na faixa de pedestres na frente dele, aparentemente saída do nada.
Foi nesse momento que Lewis percebeu que sua visão deteriorada em breve o impediria de dirigir. Agora, aos 53 anos e legalmente cego, a perspectiva de criação de veículos totalmente autônomos dá a ele esperanças de voltar às ruas por conta própria.
“Isso se os veículos forem projetados corretamente, se forem acessíveis”, disse Lewis, diretor-executivo da Federação Nacional de Cegos Instituto Jernigan, que trabalha para desenvolver tecnologias e serviços que ajudam os cegos. “Eles criarão uma capacidade de locomoção que atualmente não existe.”
A revolução dos carros autônomos é promissora para uma parcela da população que pensava que nunca mais conseguiria dirigir um veículo: os cegos.
Defensores do total estimado de 1,3 milhão de pessoas legalmente cegas dos EUA, e outros milhões de pessoas com outras deficiências, se uniram a fabricantes de automóveis e empresas de tecnologia para fazer lobby no Congresso para ajudar a estimular a implantação dos veículos autônomos.
Nesta quarta-feira, uma comissão na Câmara dos Representantes dos EUA analisa a primeira legislação sobre carros autônomos e os defensores dos cegos têm preocupações especiais: eles querem que a acessibilidade seja incorporada ao design do carro e que os estados evitem a aprovação de leis que proibiriam os cegos de um dia sentarem no banco do motorista.
Eles se posicionam contra o paradigma regulatório e setorial que pressupõe que os motoristas enxergam a rua à sua frente. As autoridades e as empresas que trabalham em veículos totalmente autônomos — que ainda estão a muitos anos de serem disponibilizados de forma generalizada — estão só começando a enfrentar os novos desafios de garantir que os cegos possam se beneficiar da tecnologia, e já surgem alguns obstáculos.
Alex Epstein, diretor sênior de estratégia digital no Conselho de Segurança Nacional, afirma que a tecnologia dos veículos autônomos ainda tem um longo caminho a percorrer para chegar aos veículos sem volante ou pedal de freio e à remoção do motorista da equação.
“Em teoria, o conceito é uma ideia maravilhosa”, disse Epstein. “A questão é como a indústria automotiva e a indústria tecnológica chegarão a isso.”
A visão das indústrias automotiva e tecnológica sobre as frotas de táxis robôs poderia melhorar o acesso ao emprego e à educação, há muito tempo uma das principais prioridades políticas da Federação dos Cegos, disse o porta-voz da entidade, Chris Danielsen.
O grupo está preocupado com políticas estaduais que poderiam limitar o acesso dos cegos aos veículos autônomos no futuro.
Os veículos autônomos que não exigem intervenção de um motorista humano apresentarão novos desafios em termos de política nos estados, que devem ser resolvidos para garantir que os cegos e os demais deficientes possam tirar o máximo de proveito da tecnologia, disse David Strickland, conselheiro da Coalizão de Carros Autônomos para Ruas Mais Seguras e ex-diretor da Administração Nacional de Segurança Rodoviária dos EUA (NHTSA, na sigla em inglês).
“Nós vamos passar de um modelo no qual as pessoas são motoristas para um modelo no qual as pessoas serão passageiros”, disse ele.
“Acabaremos segregando os deficientes no que diz respeito ao uso dessa tecnologia se as leis de licenciamento não forem alteradas.”
O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), anunciou a criação da primeira escola de ensino em tempo integral e bilíngue na rede pública estadual, que a partir de 2020 abrirá suas portas para atender cerca de 120 estudantes da 1ª a 4ª série, do Ensino Fundamental, em São Luís, a capital maranhense.
Na sexta-feira (10), a Secretaria Estadual de Educação divulgou o resultado da seleção dos professores da escola bilíngue.
O secretário estadual da Educação, Felipe Camarão, disse a implantação da escola servirá como projeto piloto para a rede de ensino do Maranhão, que poderá expandir o modelo e experiência posteriormente para outras escolas da rede.
“Apesar da oferta do Ensino Fundamental não ser responsabilidade do Estado, iniciaremos essa experiência com a oferta da educação bilíngue pelo Fundamental menor, exatamente por esse ser o momento adequado para alfabetização das crianças, inclusive em um idioma estrangeiro. Será uma experiência inédita, que estamos trabalhando com muito cuidado no projeto pedagógico, que poderá, posteriormente, servir de modelo para outras redes públicas e até para expansão na rede estadual de ensino”, afirmou o secretário.
Felipe Camarão explica que, no momento, a equipe da Seduc está trabalhando no projeto pedagógico da primeira escola em tempo integral bilíngue, que será de exclusiva responsabilidade do Governo do Estado e buscará consultoria das embaixadas americana e britânica, uma vez que a escola trabalhará com a Língua Portuguesa e Inglesa. No momento, a equipe está visitando prédios escolares da rede pública estadual, para definir onde a escola será implantada.
“É isso que chamamos de oportunidade na educação. Antes não tínhamos escolas em tempo integral, hoje são dezenas espalhadas pelo Maranhão e em amplo processo de expansão. E agora o governador Flávio Dino, mais uma vez, brilhantemente lança uma ação inédita na rede pública de ensino, com a experiência dessa escola em tempo integral e bilíngue, mostrando para todos que a rede pública deve sim ser de qualidade e que filhos de pessoas que não possuem condições financeiras para pagar por uma escola dessa natureza e privada, também podem ter essa experiência”, disse Felipe Camarão.
O desafio agora é trabalhar a retenção destes estudantes, para garantir uma inclusão com permanência
Por Flávia Siqueira e Marina Almeida
Felizmente, parece ser um caminho sem volta: estudantes com deficiência estão chegando cada vez mais às universidades. Dados do Censo da Educação Superior apontam um aumento de 113% no número de alunos com deficiência matriculados em cursos de graduação entre 2009 e 2018. Deficiências físicas são as mais frequentes, seguidas de baixa visão, deficiência auditiva, deficiência intelectual, cegueira e surdez. Leia: Número de idosos matriculados em cursos de graduação aumenta 46,3%
De acordo com o professor Ricardo Lins, que desde 2001 trabalha com o tema na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o principal desafio hoje é garantir a permanência, com qualidade, desses estudantes nas instituições de ensino. Apesar dos avanços, ainda há uma lacuna entre o que está proposto em leis e convenções e a vivência real. “Muitas universidades têm feito um bom trabalho, mas a evasão de estudantes ainda é um problema. É claro que isso atinge não só os alunos com deficiência, mas essa característica ainda é um fator de maior vulnerabilidade.”
Tornar espaços e experiências acessíveis significa enfrentar uma série de barreiras que, em maior ou menor grau, persistem na vida social. Lins explica que, na base de todas elas, estão as barreiras atitudinais, que se expressam em comportamentos preconceituosos, intencionais ou não. “É fato que já avançamos bastante, mas em todos os níveis da educação ainda existem relatos, por exemplo, de professores que não aceitam certos alunos. Quando enfrentamos as barreiras atitudinais, abrimos espaço para trabalhar todas as outras dimensões da inclusão e da acessibilidade.”
‘Herança’ a superar
Carla Mauch, coordenadora da ONG Mais Diferenças, aponta que a maioria das pessoas que está no mercado de trabalho foi formada por sistemas educacionais fundamentados na separação e na exclusão das diferenças. Ainda somos carentes, portanto, no que há de mais básico: convívio. Isso ajuda a explicar por que ainda é comum vermos professores e estudantes de licenciatura aflitos com a possibilidade de receber alunos com alguma deficiência. Mauch acrescenta que também é preciso rever as grades curriculares dos cursos superiores de todas as áreas, de modo que o tema da acessibilidade não fique restrito a disciplinas específicas ou optativas.
Mauch e Ricardo Lins afirmam, ainda, que a perspectiva clínica e diagnóstica, que persiste na formulação de algumas diretrizes de inclusão, é reducionista e causa distorções. Lins cita, como exemplo, a Lei de Cotas em universidades federais: ela é necessária, mas merece passar por uma análise mais detalhada. A aplicação da lei, por enquanto, não dá conta das diferenças que existem dentro do próprio universo de diferenças. Os obstáculos enfrentados por uma pessoa com cegueira total não são os mesmos de um estudante com visão monocular (cegueira de um dos olhos). Então, como garantir a equiparação de acesso à universidade de forma justa, levando em conta essas especificidades? A resposta ainda precisa ser construída, e para isso é necessário aprofundarmos as discussões.
Stephanie Bianezi, aluna da Universidade Anhanguera: percepção de que no ensino superior as pessoas são mais tolerantes com as diferenças (foto: Bruno Ascenso)
Vivências e práticas
Um relato comum entre os estudantes com deficiência que chegam ao nível superior é a trajetória escolar marcada por separação – muitos frequentaram, ao menos temporariamente, as chamadas “escolas especiais” – e por comportamentos preconceituosos de colegas e professores nos ensinos fundamental e médio. Stephanie Bianezi, formada em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Anhanguera, agora faz MBA em Gestão de Pessoas na mesma instituição. Cadeirante em razão de paralisia cerebral, ela passou por diferentes tipos de escola e encontrou, no ensino superior, um ambiente muito mais tranquilo e aberto do que nas etapas anteriores. “Talvez por serem mais maduras, as pessoas são bem mais abertas”, avalia.
Bianezi elogia os docentes da faculdade e da pós-graduação e conta como foi importante a atuação de um professor de Matemática que detectou que ela tinha discalculia. Em uma prova, ele percebeu que a aluna seguia o caminho correto para solucionar as questões de cálculo, mas embaralhava os números durante a resolução. “Ele me chamou para conversar, explicou do que se tratava e passou a elaborar provas diferentes para mim, em que o mais importante era indicar o caminho da solução, e não dar uma resposta exata.”
Elizete Soares, diretora da Anhanguera Vila Mariana, onde Stephanie estuda, chama atenção justamente para a importância da orientação aos docentes e da acessibilidade pedagógica. “Precisamos ter processos diversificados, com possibilidade de flexibilização do tempo de prova, contratação de intérpretes de Libras e transcritores, disponibilização de texto ampliado, entre outras estratégias. Um passo muito importante é sensibilizar professores e funcionários para isso.” Leia:Alunos da Mauá desenvolvem projetos voltados para acessibilidade
Na Anhanguera, explica a diretora, os docentes têm acesso a uma universidade corporativa, com trilhas de capacitação voltadas à educação inclusiva. As necessidades dos estudantes são mapeadas já no processo seletivo, quando eles declaram ter ou não alguma deficiência. Em seguida, o cadastro e o encaminhamento das solicitações de recursos são feitos pelo Núcleo de Acessibilidade, Inclusão e Direitos Humanos (NAID) da universidade. Elizete destaca, contudo, que nada deve ser imposto. “Precisamos respeitar a vontade do aluno e a percepção que ele tem sobre as próprias habilidades e necessidades.”
Karina Tomelin, responsável pela área de Formação Docente e Apoio Discente da Unicesumar, com sede em Maringá (PR), faz uma análise semelhante: “cada pessoa é um ‘mundo’. Apesar das classificações, a forma
como cada estudante lida com um mesmo tipo de deficiência pode ser diferente. Enquanto um aluno surdo se comunica em Libras, outro pode preferir a linguagem escrita ou fazer leitura labial”.
Além de oferecer atendimento por demanda aos docentes, o setor de apoio da Unicesumar procura orientá-los já a partir da contratação, mesmo que o professor ainda não tenha alunos com necessidades específicas em suas
turmas.
Sobre o enfrentamento de barreiras atitudinais, Tomelin cita o exemplo de um estudante cego matriculado na instituição. “Percebemos que os outros alunos da turma tinham pouco contato com ele. Sugerimos organizar uma conversa entre todos, e esse estudante concordou. Ele se dispôs a responder perguntas dos outros alunos. Eram questões sobre vários assuntos, da forma como ele sonha até como ele prefere ser cumprimentado.” Mais tarde, o estudante relatou ter ficado surpreso com o resultado: os outros alunos agora lhe davam “bom dia” e estavam muito mais próximos dele. Outra evidência de que a convivência e a abertura ao diferente são aspectos fundamentais.
A Unijorge, com sede em Salvador, tem uma abordagem semelhante. A partir do cadastro e da autodeclaração dos estudantes, o Núcleo de Acessibilidade da instituição faz direcionamentos específicos e entra em contato com todos os professores das disciplinas que compõem as grades curriculares de alunos com deficiência. Ana Soares, coordenadora do núcleo, destaca a importância da oferta de conteúdos em diferentes formatos. “Já existem recursos de tecnologia disponíveis que ajudam bastante, como softwares que convertem texto em áudio, impressoras de Braile e adaptadores com lente de aumento para bibliotecas”.
Próximos passos
Guilherme Marback Neto, reitor da Unijorge, afirma que é muito importante que as universidades se abram para as diferenças também em
seu quadro de funcionários e docentes, o que contribui para que as pessoas com deficiência tenham participação garantida na elaboração de estratégias de acessibilidade. Aqui, vale lembrar o lema do movimento internacional de pessoas com deficiência: “nada sobre nós,
sem nós”.
O estudante de Pedagogia Danilo Santos, que tem surdez e se comunica principalmente por Libras, aponta a necessidade de as universidades darem mais atenção à acessibilidade nos espaços fora da sala de aula, como bibliotecas e lanchonetes. “Ainda há dificuldades de comunicação entre alunos surdos e funcionários nesses ambientes, mas o caminho é seguirmos juntos, e nunca separados. É um processo que demora, mas é necessário. Estando juntos, todos aprendemos muito mais.”
Mario Paulo Greggio, colega de trabalho de Danilo na Mais Diferenças, tem Síndrome de Asperger e também cursa faculdade: ele está no segundo ano de Ciências da Computação. Durante o ensino fundamental, ele passou por duas escolas de educação especial e não teve uma boa experiência: “não ensinavam muita coisa e se preocupavam apenas em analisar o comportamento dos alunos”.
Depois de passar alguns anos longe da escola, Mario fez o ensino médio no formato EAD e seguiu para a educação superior nessa mesma modalidade. Embora não precise de nenhum apoio extra da universidade, ele aponta que é necessário melhorar a forma como alguns dos conteúdos são apresentados na plataforma digital e expandir o leque de recursos de acessibilidade.
Outro passo fundamental é tornar os espaços e materiais acessíveis ao maior número de pessoas desde o início, já na fase de planejamento. “É o conceito de Design Universal de Aprendizagem”, explica Tomelin, da Unicesumar. “Se já temos esse olhar de partida, saímos da lógica da adaptação e da assistência. Pensar em acessibilidade é algo muito mais amplo – imagine, por exemplo, uma rampa de acesso: ela é necessária para os cadeirantes, mas também para alguém que quebrou o pé e precisa usar muletas por algum tempo.” O fato, portanto, é que todos nós temos necessidades específicas ao longo da vida, sejam elas temporárias ou permanentes. Fonte https://revistaensinosuperior.com.br/alunos-com-deficiencia-ies/ Postado por Antônio Brito
A rotina de treinos é puxada. Seis dias por semana, a estudante de nutrição Nathalia Stephanie, 25, passa quatro horas por dia, divididas em duas sessões, dentro da academia em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, onde vive. Ali, trabalha seus 48 quilos (83% de músculo) distribuídos em 1,58 metros de altura.
Mais do que um corpo escultural, a academia deu à moça uma nova e transformadora perspectiva de vida. Nathalia nasceu com o fêmur esquerdo encurtado (é cerca de 27 centímetros menor do que o direito). Devido à má formação, os músculos da perna não se desenvolveram muito, o que dificultava a mobilidade da estudante. Para caminhar e fazer suas atividades rotineiras ela usa uma prótese, que "veste" por cima da perna.
"Eu me sentia muito incomodada por usar prótese. Não vestia short e nem saia, só saía de casa de calça e minhas fotos eram todas da cintura pra cima", conta ela que, por essas dificuldades, tinha uma vida social restrita, e acabava saindo muito pouco. Até que um dia um médico disse que uma cirurgia poderia resolver parte do problema. "Segundo ele, o procedimento seria capaz de alongar minha perna, o que ajudaria também no desenvolvimento como um todo", conta. Antes da intervenção, porém, ela precisaria precisava ganhar peso: ou seja, gordura e músculos. Na época, Nathalia pesava apenas 35 quilos, uma contra-indicação para a operação. "Eu entrei na academia para ganhar massa magra e assim poder fazer a cirurgia. No começo, foi bem complicado porque alguns professores olhavam desconfiados, falavam que eu não conseguiria fazer os exercícios por causa da minha deficiência. Além disso, tinha que lidar com os olhares preconceituosos dos outros alunos também", relata a jovem. O tempo mostrou que tudo era possível. Aos poucos, Nathalia foi adaptando os treinos à sua deficiência e ganhando músculos. Até que a musculação se transformou em sua maior paixão. Ao ver o corpo mudar, devido aos exercícios, a estudante desistiu de fazer o procedimento cirúrgico e passou a aceitar melhor seu corpo e suas limitações. "Eu vi que eu era capaz de fazer tudo o que as outras pessoas faziam e que meu corpo era lindo. Quando passei a assumir a minha deficiência, muita gente que me conhecia ficou impressionada, porque, apesar de conviver comigo, nunca tinham visto a minha deficiência e a prótese. Postei uma foto de corpo inteiro pela primeira vez nas redes sociais e muita gente ficou surpresa", lembra. Com o tempo, Nathalia virou exemplo na academia e passou a inspirar outras pessoas. A jovem não se contentou em apenas ter um corpo torneado, ela foi além. Passou a ter acompanhamento de um personal trainer e seguir uma dieta rigorosa. Tudo para poder disputar campeonatos de fisiculturismo.
"Eu participei do Montalvão Classic, em 2018, uma competição na minha cidade. Agora treino para participar de outros eventos maiores no próximo ano", conta. A paixão pelo mundo fitness também transformou Nathalia em empresária. A jovem montou uma loja de roupas fitness. "Minha vida se transformou totalmente por causa da musculação. Hoje tudo o que faço está vinculado a esse esporte que amo", diz...
Verão e problemas vaginais têm relação? Tem sim e nós te contamos o motivo + 5 cuidados para se prevenir dos riscosShutterstock
Acabou de chegar de um longo dia de praia? Separe 30 minutinhos para cuidar da sua higiene íntima! É muito importante dar uma atenção extra à saúde dessa região durante os dias quentes. Acontece que o calor é o cenário perfeito de algumas bactérias e fungos que costumam ficar na área. Por isso que as meninas devem contar com a prevenção da higiene íntima diária, que durante o verão deve ser feita com ainda mais atenção! Você sabe quais cuidados deve ter? Separamos 5 dicas para você adotar e acrescentar na sua rotina de cuidados. Fique longe da candidíase com eles ;)
Evite ficar muito tempo de biquíni molhado
O clima quente é perfeito para a proliferação de bactérias e fungos na região íntima. Assim, se qualquer outro fator aparecer nesse momento, as chances desses agentes se acumularem por ali fica maior. Por isso, mantenha a área sempre seca evitando passar muito tempo com um biquíni molhado. Se passou a tarde na praia ou na piscina e depois não vai voltar para casa, leve uma calcinha de algodão com você. Depois de aproveitar o mar, é só trocar a peça úmida pela calcinha seca.
Troque o absorvente com mais frequência
Durante o verão, é normal que a menstruação se intensifique e o fluxo fique mais forte. Então, lembre-se sempre de estar com absorventes ainda mais fresquinhos. Procure na embalagem o tempo indicado da frequência para a troca. Essa atenção deve ser ainda mais especial quando a menina está usando um absorvente interno. Pense que o tempo de troca funciona como uma validade, mesmo que o sangue não tenha usado muito do absorvente. Usar o produto por muito tempo pode ser prejudicial à saúde da menina.
Lave a região após a praia ou piscina
Assim que voltar, lembre-se de lavar a região com cuidado para tirar qualquer resquício de cloro ou, até mesmo, areia das partes íntimas! Mas, aqui dois fatores são importantes: primeiro, prefira sabonetes líquidos. Eles têm em sua composição um pH ligeiramente ácido, como é o da área íntima. E, portanto, não vão provocar um desequilíbrio da flora vaginal. E a segunda questão é fugir das duchas vaginais, evitando principalmente o chuveirinho. Esse tipo de limpeza agride a camada natural que protege a vagina, deixando-a mais suscetível a contrair infecções.
Protetor diário neutraliza odores e mantém a calcinha seca
Os protetores diários, diferente dos absorventes, podem ser usados todos os dias! Eles se adaptam a todos os tipos de calcinha e trazem uma sensação de frescor para o dia inteirinho. O bom é que ele não abafa a região, sem impedir a importante circulação de ar. E como no calor ninguém está imune, os protetores diários absorvem a desconfortável e natural transpiração na área íntima, neutralizando qualquer odor. Assim, sempre que você estiver com a sensação desconfortável de umidade, é só trocá-lo.
Roupas de algodão são mais apropriadas para evitar o abafamento na região íntima
Assim como ficar com o biquíni molhado por muito tempo, alguns outros fatores podem provocar o acúmulo de bactérias e propiciar infecções, como a candidíase. E o tecido das roupas podem intensificar esse problema. Por isso, prefira as roupas mais soltinhas, como saias e vestidos de algodão. Essas peças não deixam a região abafada, permitindo a circulação do ar. Calças skinny, leggings e roupas apertadas são mais prejudiciais durante os dias quentes! Um outro fator para ficar atenta é no tecido da calcinha. A calcinha de algodão é a mais indicada pelos ginecologistas por também permitir que a virilha permaneça arejada.