12/12/2019

"Dos desafios à conquista da inclusão de um aluno com hidrocefalia"

"Paulo, de 8 anos, com as duas professoras, Adriana Valero e Adriana Gonçalves: evolução graças ao trabalho das duas. Foto: Fábio Luporini.
Por Fábio Luporini, especial para a Gazeta do povo.
"Paulo tem 8 anos de idade, é sorridente e muito esperto. Como outras crianças, gosta de se “exibir” para a câmera. E assim o fez, quando a reportagem foi conhecê-lo. Sorriu, fez pose e até charme. E arrancou suspiros das professoras. Ao mesmo tempo, alvoroçou a turma: alguns coleguinhas se prepararam para tirar foto com Paulo, a estrela do dia. Estavam animados e contentes porque a aula teve, de um jeito diferente, um conteúdo com o qual já estão acostumados há pouco mais de dois anos: inclusão.

“Meu filho tem hidrocefalia. Na gestação era só um ventrículo aumentado no cérebro. Depois que nasceu, começou a desenvolver a hidrocefalia. Ele precisaria colocar uma válvula para drenar o líquido, mas o organismo dele deu um jeito e não precisou mais”, conta a mãe, a artesã Josaine Aparecida de Barros, que demonstra amor e orgulho pelo filho o tempo todo. Entretanto, para contar a história de superação e aceitação do Paulo, é preciso retroceder alguns anos."
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/dos-desafios-a-conquista-da-inclusao-de-um-aluno-com-hidrocefalia/
Copyright © 2019, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.
Postado por Antônio Brito 

SUS 2020

Pessoal, a partir do ano que vem a verba do SUS será calculada não sobre a população total, mas sobre o número de inscritos no SUS. Infelizmente a porcentagem de brasileiros inscritos não chega a 40%. O que podemos fazer para evitar mais cortes no SUS é nos organizar e fazer nosso cadastro no SUS, caso não o tenhamos ainda. ISSO VALE TAMBÉM PARA AS PESSOAS QUE TÊM PLANO DE SAÚDE PARTICULAR. As instruções para o cadastro gratuito se encontram no site https://cartaodosus.info/cadastro-sus/

Por favor, avisem nos seus grupos e comunidades. Só assim poderemos garantir uma verba maior para o município.

Fonte: [https://cartaodosus.info/cadastro-sus/](https://cartaodosus.info/cadastro-sus/)

Postado por Antônio Brito 

Vacina da gripe será dada a partir de 55 anos


O Ministério da Saúde anunciou para 2020 mudanças nas indicações de duas vacinas do calendário nacional. A partir do ano que vem, a vacinação contra febre amarela será estendida a todos os municípios brasileiros e uma dose de reforço será dada a crianças de quatro anos. Além disso, a vacina contra a gripe passará a ser oferecida a partir dos 55 anos (até 2019, ela era dada para idosos a partir dos 60).

As novas diretrizes estão em ofício enviado pelo Ministério da Saúde no final de novembro a representantes das secretarias estaduais e municipais de Saúde. No documento, a pasta detalha três campanhas de vacinação que serão feitas ao longo do ano que vem, com as datas das ações e os públicos-alvo.

Fonte http://expressodosertao.com.br/portal/index.php/2019/12/09/vacina-da-gripe-sera-dada-a-partir-de-55-anos/

Postado por Antônio Brito 

Dezembro laranja: conheça os tipos de câncer de pele e como evitá-los


Apesar do sol ainda estar tímido, dezembro é o mês de atenção ao câncer de pele. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), um em cada quatro novos casos de tumor são diagnosticados na pele. Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia lançou a campanha Dezembro Laranja.

— O Brasil é um país tropical com alta incidência solar durante todo ano. Com a chegada do verão (que começa dia 21) e das altas temperaturas, todos nós devemos redobrar os cuidados com a pele — alerta Elimar Gomes, Coordenador do Dezembro Laranja.

Tanto a exposição solar crônica diária, ou seja, pequena quantidade de sol nas áreas expostas ao longo da vida, quanto episódios de exposição solar intensa e desprotegida, que levam a queimaduras, são fatores de risco para a doença.

— De um modo geral, as pessoas mais velhas têm uma tendência maior a desenvolver o câncer. A grande questão é que eles vêm de uma geração aonde o protetor solar não existia. Então, não é cultural para o idoso se proteger — diz a geriatra Roberta França.

O tempo de exposição ao sol não é o único fator que contribui para o câncer: a cor da pele também conta.

— Pessoas de pele clara, olhos claros, albinos ou sensíveis à ação dos raios solares, assim como aqueles com histórico pessoal ou familiar deste câncer são as mais suscetíveis a desenvolver tumores — alerta a oncologista Sabina Aleixo.

A melhor maneira de prevenir o câncer de pele é usando protetor solar diariamente — mesmo que o dia esteja nublado. Em praias e piscinas, a recomendação é sempre reaplicar o filtro solar a cada duas horas. Métodos de barreira, como uso de óculos escuros e chapéus, também são indicados. Além destas ações, recomenda-se ir anualmente ao dermatologista.

— O diagnóstico precoce é importante. Quanto mais cedo o tratamento, mais chances de evitar mutilações e cicatrizes grandes — orienta Caroline Brandão, da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional Rio de Janeiro.

Reconheça os sinais

Melanoma

É originário dos melanócitos, as células que produzem melanina e dão cor à nossa pele, por este motivo, na grande maioria das vezes, o melanoma se apresenta como uma pinta irregular. O melanoma tem crescimento progressivo, sendo assim essa pinta chama cada vez mais a atenção, mudando de formato, coloração ou relevo. As pessoas de pele clara, com muitas pintas, com outros casos na família ou que tiveram episódios de queimadura solar tem o maior risco de desenvolver um melanoma. Quanto mais cedo o câncer melanoma for diagnosticado e tratado, maior a probabilidade do tratamento dar certo

Carcinoma Espinocelular

Corresponde a 20% dos casos de câncer de pele e pode se apresentar como uma lesão avermelhada verrucosa ou uma ferida que não cicatriza. Tem crescimento progressivo, algumas vezes rápido, pode ficar doloroso, endurecido ou ter sangramento fácil. O principal fator de risco é a exposição solar crônica diária, ou seja, o efeito cumulativo do sol nas áreas expostas ao longo da vida. Sendo assim, é mais comum em idosos, principalmente homens, no rosto, orelhas, lábios e pescoço. Também ocorrem mais facilmente sobre cicatrizes, queimaduras ou regiões tratadas por radioterapia e em indivíduos imunossuprimidos

Carcinoma Basocelular

O carcinoma basocelular (CBC) corresponde a 70% dos casos de câncer de pele, isso significa mais de 120.000 casos novos a cada ano no Brasil. Existem 3 subtipos principais: o CBC superficial, que se apresenta com manchas avermelhadas, sem sintomas, que podem sangrar facilmente; o CBC nodular, que são lesões elevadas, brancas ou peroladas com pequenos vasos sanguíneos bem visíveis; e o CBC infiltrativo, que pode formar feridas ou lesões semelhantes a pequenas cicatrizes sem história de trauma. As lesões também podem ser pigmentadas, com áreas azuladas, acinzentadas ou enegrecidas. Acontece principalmente após os 50 anos e é mais comum nas áreas da pele exposta ao sol diariamente, mas também nas áreas cobertas com histórico de queimadura solar. Se diagnosticado precocemente e tratado corretamente, o carcinoma basocelular pode ser facilmente curado, mas quando é negligenciado, pode provocar grande destruição local e, raramente, até provocar metástases.

Fonte: Extra

http://expressodosertao.com.br/portal/index.php/2019/12/07/dezembro-laranja-conheca-os-tipos-de-cancer-de-pele-e-como-evita-los/

Postado por Antônio Brito 

SUPERAÇÃO Ela venceu a leucemia e decidiu virar médica para salvar pessoas com a mesma doença


Inspirada pela equipe médica que a acompanhou durante todo o tratamento, Marina decidiu que iria cursar Medicina.



jovem que tinha leucemia vira médica

Quando tinha 18 anos de idade, Marina Aguiar foi submetida a um tratamento contra a leucemia.
Inspirada pela equipe médica que a acompanhou durante todo o tratamento, Marina decidiu que iria cursar Medicina.
“Percebi a importância de médicos que acreditem na recuperação dos pacientes. Isso me motivou a querer ajudar pessoas que vivem algo semelhante ao que enfrentei”, disse ela à BBC News Brasil.
jovem que tinha leucemia vira médica

Luta contra a leucemia

Hoje, aos 31 anos, Marina dedica grande parte de seus dias ao cuidado de pacientes que lutam contra a leucemia em um hospital de Brasília (DF).
O caminho até o diploma foi tortuoso. Ela abandonou o curso de Odontologia e enfrentou a desconfiança dos parentes, preocupados com os obstáculos que a jovem teria que superar na faculdade de Medicina.
Leia tambémMãe cria projeto para ajudar filho com síndrome rara e auxilia outras famílias com a mesma doença
Na época, o tratamento demorou para apresentar resultados, não havia doadores compatíveis de medula óssea e um médico pessimista do hospital não acreditava que ela sobreviveria.
“Fiquei triste muitas vezes. Mas sempre tentava acreditar que tudo daria certo em algum momento”, diz.

jovem que tinha leucemia vira médica
Camila e sua mãe. Foto: Arquivo pessoal

Camila considera que o diploma de Medicina, conquistado em 2013, é a sua maior vitória contra a leucemia, derrotada há cerca de dez anos.
Desde então ela fez uma especialização em hematologia (estudo do sangue) e uma especialização em transplante. “Fui a primeira residente em hematologia no HCG (Hospital do Câncer de Goiás), o mesmo lugar onde fiz o tratamento contra a leucemia. Foi muito importante para mim trabalhar ali. No começo, os médicos tinham receio e pensavam que poderia me prejudicar emocionalmente, por eu ter me tratado ali. Mas eu sempre disse que tinha certeza de que queria ficar ali”, diz.

jovem que tinha leucemia vira médica
Foto: Arquivo pessoal

“Trabalhei no HCG por dois anos, durante a minha residência. Deu tudo certo. Muitos funcionários, que me acompanharam como paciente, ficaram felizes em me ver como médica”, relata.
A expectativa da médica é fazer o seu primeiro transplante de medula óssea até o início de 2020. “Sempre quero dar o meu máximo para poder ajudar. Sei que nem todas as vezes vai ser possível, mas sempre quero ter a certeza de que fiz tudo o que pude”, conclui.
Fonte https://razoesparaacreditar.com/superacao/jovem-vira-medica-leucemia/?utm_source=facebook&utm_medium=post&utm_campaign=rpa&utm_content=ela-venceu-leucemia-e-virou-medica-salvar-pessoas-mesma-doenca
Postado por Antônio Brito 

11/12/2019

Professora adapta aulas de dança para incluir aluno cego na PB

professora aulas de dança aluno cego
Para incluir um aluno deficiente visual nas aulas de dança que leciona em Campina Grande (PB), a professora Dany Inô adaptou toda a sua metologia de ensino.
Rogério Nunes entrou para a turma há cerca de três anos e é a inspiração da turma.
“Todo mundo pode dançar, a gente costuma dizer isso e as pessoas não acreditam, mas a dança é para todos”, diz a professora de dança.
Rogério trabalha como bancário. Em uma conversa com um amigo que já participava das aulas de dança, ele decidiu encarar o desafio e também entrou para a escola.
professora aulas de dança aluno cego

“Aulas de dança são para todos”

“A dança chegou casualmente na minha vida. Conversando com um amigo, ele falou que fazia aula de dança e perguntou se eu tinha interesse, e eu disse que sim, aí eu vim fazer uma aula experimental, gostei do entrosamento que tive com a turma, do entendimento com os professores, da didática, e estou aqui há três anos”, conta Rogério.
Leia também: Professora inclui aluno cego com materiais 100% táteis e viraliza nas redes sociais
A escola adaptou sua metodologia de ensino para incluir o bancário nas aulas de dança. De acordo com Dani, ela foi aprendendo a ensinar com o próprio aluno. “Eu fui aprendendo aos poucos com ele, ele me ajudou muito a desenvolver uma metodologia pra que eu pudesse explicar a movimentação pra ele”, destaca a professora.
Bruna Dantas, estudante e parceira de Rogério na dança, afirma que desde que começou a dançar com o colega, começou a prestar mais atenção nos passos durante as aulas de dança. “Dançar com o Rogério me fez ter mais autonomia, me fez prestar mais atenção nos passos, na coreografia, nos detalhes, na contagem”, relata.
professora aulas de dança aluno cego
Já o fisioterapeuta Lucas Antônio, que acompanha Rogério na escola, afirma que ele é muito dedicado. “Por mais que os passos às vezes sejam difíceis, ainda mais pra ele, ele tá sempre lá tentando, repetindo, sempre na perseverança e conduzindo também”, salienta.
“Primeiro a gente tem que querer fazer as coisas e, segundo, tem que ter oportunidade. Precisamos das duas coisas!”, afirma Rogério Nunes.
Fonte https://razoesparaacreditar.com/artes/aluno-cego-aulas-de-danca-pb/
Postado por Antônio Brito 

Desafio duplo: como é ser uma pessoa com deficiência e LGBT no Brasil...

Universa
11/12/2019 04h00

"O deficiente não está ligado só à fisioterapia, a hospital. A gente tem uma vida afetiva e social dinâmica", conta Pedro Fernandes (Foto: Reprodução/Instagram)
"A maioria das famílias acha que estamos confusos, que é uma fase, que vai passar. E o pensamento da minha mãe não foi diferente. Hoje consigo compreender melhor a minha mãe e seus receios. Ainda acho exagerados, mas entendo, porque o mundo é cruel, ainda mais com quem não atende às expectativas dos padrões. E eu não atendo", conta Pedro Fernandes, de 27 anos, que tem paralisia cerebral, se assumiu gay aos 15, é ator, formado em Marketing, estudante de Serviço Social e palestrante.
Pedro nasceu prematuro, aos cinco meses. Durante o parto, sofreu com a falta de oxigenação no cérebro, que lhe causou a paralisia. "Ela não afeta minhas funções cognitivas, de fala e intelecto, mas as motoras", explica.
Veja também:

Formado em artes dramáticas, Pedro é ator, diretor e produtor de peças teatrais (Imagem: Reprodução/Instagram)

"Acham que a pessoa com deficiência física não tem o direito de ter uma vida sexual ativa"
Para Pedro, ser uma pessoa LGBT com deficiência é um desafio duplo: "Muitos acham que a pessoa com deficiência física não tem o direito de ter uma vida sexual ativa, sair, beber, se divertir. O deficiente não está ligado só à fisioterapia, a hospital. A gente tem uma vida afetiva e social dinâmica. Quando a gente vai numa boate, num motel, a gente não tem acessibilidade adequada, não tem locais inclusivos. Nem em cidades pequenas, nem nas grandes capitais", diz o palestrante, que é de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro.

Em seu perfil no Instagram, o @MundoPedroFernandes, com quase 2 mil seguidores, Pedro posta fotos do cotidiano e responde às mais variadas perguntas (Foto: Reprodução/Instagram)

"Já perguntaram se eu fazia sexo normalmente, se eu gozo"
Nas redes sociais, onde é bastante ativo, e nas palestras que dá sobre diversidade e sexualidade da pessoa com deficiência, Pedro responde às mais variadas perguntas. "As pessoas querem saber como consegui assumir a minha sexualidade sendo cadeirante, e respondo que não tive escolha: ou era isso ou viver me escondendo, então preferi encarar essa realidade. Já perguntaram se eu fazia sexo normalmente, se eu gozo, essas coisas. Eu levo essas perguntas em consideração porque dependendo do grau de deficiência a pessoa não tem o orgasmo, a ejaculação, tem outros pontos de prazer. No meu caso é tudo normal, até demais!", revela entre risos.

Ivone de Oliveira, 51, em ensaio para seu blog, o Gata de Rodas (Foto: Reprodução/Instagram)

"Meu primeiro namorado não ficava comigo em público", conta Ivone
"Meu primeiro relacionamento foi aos 15 anos, um namorico na escola. Aí percebi que ele não ficava comigo em público, como os outros casais, e perguntei por quê. Ele respondeu que tinha vergonha de falar para os amigos, disse que eles não entenderiam, que tirariam um barato… E isso chegou aos ouvidos da minha mãe. Ela falou que eu não tinha condição nenhuma de namorar, que eu não dava conta nem de mim mesma. A partir daí surgiu um bloqueio e passei a não querer me relacionar com mais ninguém, apesar de nunca ter tido vergonha do meu corpo", recorda a ativista LGBT Ivone de Oliveira, 51, de São Paulo.

"Comecei a perceber que havia muita negação da minha existência por eu ser uma mulher com deficiência. O preconceito partia da família, da sociedade e do Estado", revela Ivone (Foto: Reprodução/Instagram)
O pulo da Gata de Rodas
Ivone passou a maior parte da juventude em casa, onde trabalhava como costureira, bordadeira e confeccionava roupas de crochê. "Por volta dos 30 anos comecei a perceber que havia muita negação da minha existência por eu ser uma mulher com deficiência. O preconceito partia da família, da sociedade e do Estado. Percebi que o tempo estava passando e decidi que não iria mais ficar quieta e me anular", conta ela, que se formou em Ciências Contábeis, conquistou seu primeiro emprego com carteira assinada e criou um blog, o "Gata de Rodas", para contar sua história e inspirar outras pessoas.
"Fui infantilizada porque eu saí de um carrinho de bebê e fui para uma cadeira de rodas"
"Eu não queria colocar no blog 'mulher cadeirante', 'deficiente', não, não. 'Gata', porque é assim que as mulheres são vistas quando são desejadas, admiradas pela sociedade. Queria conversar com outras pessoas que assim como eu têm deficiência, e fui buscar minha identidade, porque eu não tinha uma identidade até os 30," relata Ivone, que aos seis meses de vida foi diagnosticada com poliomielite, popularmente conhecida como paralisia infantil. "Meus pais duvidavam da minha capacidade por eu usar uma cadeira de rodas. Fui infantilizada porque eu saí de um carrinho de bebê e fui para uma cadeira de rodas, e eles fizeram disso uma extensão. Fui muito presa."

Com a amiga, a escritora Amara Moira, e a atriz Linn da Quebrada (à direita), na estreia de "Bixa Travesty", filme estrelado por Linn
"A pessoa que é dependente da família teme demonstrar sua sexualidade e ser boicotada dentro de casa"
"Meus primeiros relacionamentos foram com homens héteros. Depois me relacionei com uma lésbica, que foi uma pessoa muito importante na minha vida, e, por último, com uma travesti maravilhosa, de quem sou amiga até hoje. Sou bissexual. Desde 2017 abrimos a Parada LGBT de São Paulo e isso deu mais visibilidade às pessoas com deficiência. Cada um começou a contar suas histórias, a sair dos seus armários, e todo mundo começou a se encorajar nessas questões. A pessoa que é muito dependente da família fica com medo de demonstrar sua sexualidade, sua identidade de gênero real, por temer ser boicotada dentro de casa", pontua Ivone.
"A pessoa com deficiência trabalha, estuda, então a inserção no mercado de trabalho é fundamental até para ajudar a criar uma política de acessibilidade mais efetiva e eficaz pra todos, não só pra pessoa com deficiência, mas pro idoso, pra mãe com carrinho de bebê… A acessibilidade acaba atendendo a todos, e uma das melhores formas da gente implantar isso é fazendo essa reeducação nas empresas", alerta Pedro, no momento em que a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é gravemente ameaçada pelo Projeto de Lei 6.159/2019, apresentado pelo governo Bolsonaro, que desobriga empresas de adotarem uma política de cotas.
Fonte https://blogdamorango.blogosfera.uol.com.br/2019/12/11/desafio-duplo-como-e-ser-uma-pessoa-com-deficiencia-e-lgbt-no-brasil/
Postado por Antônio Brito 

Como se faz a aprovação do aluno com deficiência na escola?


O que fazer quando um aluno com deficiência chega sem estar alfabetizado? Especialistas respondem a essas e outras dúvidas de professores e gestores sobre a inclusão de alunos com deficiência nas escolas

POR:
Paula Calçade

Foto: Getty Images


Você seria capaz de responder rapidamente à pergunta acima? Estaria segura(o) para justificar sua resposta? Não é raro que professores e gestores se encontrem diante de uma situação em que acreditam ter a resposta, mas ainda sentem que não contam com toda informação para respaldar suas decisões.
LEIA MAIS   Síndrome de Asperger: como a escola deve acolher o aluno e os pais
Professores e gestores escolares devem estar atentos ao que diz o Ministério da Educação (MEC) sobre a educação para alunos com deficiência, que difere bem pouco daquela a que têm direito todas as crianças e jovens do país. O Plano Nacional de Educação (PNE) afirma que a inclusão atravessa todas as etapas de ensino, da Educação Infantil ao Ensino Superior, e a escola inclusiva é aquela que abre espaço para todos, incluindo aqueles que apresentam necessidades especiais.
LEIA MAIS   7 perguntas e respostas sobre autismo
A regulamentação do PNE ainda define que o atendimento educacional especializado (AEE) e a disponibilização de serviços e recursos para orientar os alunos e professores do ensino regular a esse respeito são premissas da Educação brasileira. Então, a Educação inclusiva deve atender às necessidades especiais que todos os alunos possam ter em algum momento de sua vida escolar e garantir que esse processo possa fluir da melhor maneira é de responsabilidade da equipe gestora. Assim, diretores e coordenadores pedagógicos não podem segregar alunos com deficiência, seja excluindo esses estudantes do currículo aplicado para todos ou não atentando para que obstáculos sejam superados no ambiente escolar.
LEIA MAIS   Guia da Base: entenda o que são as Competências Gerais
A realidade em diversas escolas brasileiras, porém, é que podem enfrentar dificuldades resultantes de poucos recursos e informações desencontradas. Por essa razão, muitas dúvidas permanecem para professores e diretores que recebem alunos com deficiência em suas instituições de ensino, mesmo diante de normas já existentes no Brasil. NOVA ESCOLA reuniu alguns questionamentos enviados por professores e os levou para Maria Teresa Mantoan, pedagoga especialista em educação inclusiva e doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e Renata Flores, defensora pública do estado de São Paulo e Coordenadora do Núcleo Especializado dos Direitos do Idoso e da Pessoa com Deficiência. Veja as respostas:

1. Como se dá a aprovação de alunos com deficiência? O processo leva em conta outros critérios que não os convencionais aplicados a todos os alunos?“A avaliação não deve ser feita em cima de uma média para todos, tanto para alunos com e sem deficiência, porque isso é injusto”, afirma a pedagoga Maria Teresa Mantoan, da Unicamp. “É o que o aluno aprendeu em um determinado tempo que deve ser levado em conta na aprovação. Segundo a capacidade do estudante, o que foi aprendido? Assim, a escola estará preparada para receber todos os alunos, conhecendo quais conteúdos a criança precisa entrar em contato de acordo com a sua idade e capacidade naquele ano”.
2. E se esse aluno chega ainda não alfabetizado na escola de ensino fundamental? Como proceder?As crianças adentram a essa etapa do ensino básico ainda sem saber ler e escrever por completo e lá vão desenvolver mais esses aprendizados. A alfabetização deve ser continuada para todos, diz Maria Teresa.
3. Alunos com deficiência devem ser matriculados de acordo com a faixa etária ou com o desenvolvimento intelectual?Sempre de acordo com a faixa etária. “Hoje não centramos a deficiência na pessoa e sim nos obstáculos que ela possa enfrentar nos ambientes onde vive. Toda criança tem direito a se matricular na escola segundo a sua idade”, afirma Maria Teresa. “No ano letivo que é correspondente a alunos dessa idade, não pode existir situações de discriminação, a criança entra na escola como aluno e não como pessoa com deficiência”.
4. Que documentos a escola deve receber dos pais para matricular um aluno com deficiência?Na hora da matrícula, os documentos são os mesmos para todos os alunos. De acordo com a pedagoga Maria Teresa Mantoan, “o laudo médico sobre determinada condição é secundário” e pode ser pedido mais tarde se houver atendimento educacional especializado (AEE), “quando é preciso fazer um estudo de caso, observando as habilidades e a real necessidade de outros recursos”.

Foto: Getty Images

5. Os estudantes com deficiência podem ser promovidos com nota mínima? Existe algum respaldo legal com relação a essa situação?“Isso é exclusão por causa da deficiência e pode ser até crime”, afirma Maria Teresa. “A promoção com nota mínima diferente não deve ser feita e não se pode antecipar que esses alunos terão notas baixas por causa de sua deficiência. Muitas vezes é apenas necessário adequação e/ou adaptação das provas e avaliações, como uma atividade oral ou com maior tempo de realização para algum aluno”.
6. Caso seja necessário, como garantir que a escola tenha uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, fonoaudiólogos e fisioterapeutas?Não cabe à escola garantir nenhuma equipe multidisciplinar com os profissionais citados e/ou outros, diz Maria Teresa, da Unicamp. Tais serviços são clínicos e terapêuticos, não escolares. Esses serviços são da área da saúde, não da educação.
7. O que fazer caso se suspeite que um aluno possui um transtorno, como autismo?“Entendo que neste caso a família deva ser chamada para conversar e orientada sobre a importância de uma avaliação médica ou até mesmo multidisciplinar. Mas os professores devem ter muito cuidado em dizer que se trata de autismo ou outra condição”, afirma Renata Flores, defensora pública do estado de São Paulo. Segundo ela, é melhor apontar que há sinais que indicam alterações no desenvolvimento e que pode existir a necessidade de avaliação médica ou multidisciplinar mais apurada. “É importante que se compreenda que qualquer diagnóstico tem impacto sobre a família e é preciso ter muito cuidado na forma de abordar o assunto, já que aquela suspeita não necessariamente pode se confirmar”.
8. As escolas podem oferecer redução de carga horária para um aluno com deficiência se ele não consegue permanecer por todo o período na escola?A redução de carga horária é cabível em situações de adaptação na escola, diz Renata Flores. “Mas após esta adaptação a criança deve poder frequentar o período pedagógico completo, porque evidentemente a redução da carga horária implica em redução da participação em atividades pedagógicas e isso não pode ocorrer”.
9. Há alguma legislação que obrigue a limitação de alunos por sala quando já há uma criança com deficiência?
“Há uma lei estadual em São Paulo que autoriza esta redução, no entanto, ainda depende de regulamentação. Sendo assim, não há determinações práticas que podem autorizar a limitação de alunos por sala quando há uma criança com deficiência e a legislação pode variar de acordo com o estado”, afirma a defensora pública.
10. É possível criar um cargo exclusivo na escola para auxiliar alunos com deficiência no dia a dia dentro da escola, não apenas para uma atividade específica?
Renata Flores diz que “qualquer criação de cargos na rede pública depende de lei”. Assim, para haver a criação do cargo é necessária lei no âmbito estadual e municipal. Na Lei Brasileira da Inclusão é previsto o profissional de apoio escolar, conforme definição do art. 3.º inc. XIII – “profissional de apoio escolar: pessoa que exerce atividades de alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência e atua em todas as atividades escolares nas quais se fizer necessária, em todos os níveis e modalidades de ensino, em instituições públicas e privadas, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas. E na lei de autismo (12.764/12) é previsto o acompanhante especializado”.
11. Como a família e os gestores podem trabalhar juntos em casos de bullying na escola contra alunos com deficiência?“Acho importante que família converse com a escola sempre que a criança/adolescente relatar situações que possam configurar bullying ou mesmo perceber essas situações em razão de comportamentos das crianças”, afirma Renata Flores, coordenadora do Núcleo Especializado dos Direitos do Idoso e da Pessoa com Deficiência. “O mais importante para evitar situações como essa é que as escolas trabalhem a superação de barreiras atitudinais com os alunos, buscando envolver alunos com deficiência nas atividades, estimulem cooperação entre os alunos. Rodas de conversas com alunos sobre deficiências, palestras informativas, professores e famílias podem pensar formas interessantes de trazer o tema para a escola”.
Fonte https://novaescola.org.br/conteudo/11899/como-se-faz-a-aprovacao-do-aluno-com-deficiencia-na-escola
Postado por Antônio Brito 

Escolas podem ser obrigadas a contar com intérpretes de Libras

Proposta foi aprovada pela Comissão de Direitos Humanos

As escolas, tanto da rede pública quanto privada, poderão ser obrigadas a contar com intérprete de Libras para o atendimento de pais surdos. Um projeto nesse sentido foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos (CDH), na quarta-feira (4), e segue agora para análise da Comissão de Educação (CE). O objetivo é evitar que os responsáveis pelo aluno fiquem alienados do processo educativo.

PL 5.188/2019, de autoria da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), altera a Lei nº 9.394, de 1996, de diretrizes e bases da educação nacional, para definir que as instituições de ensino deverão manter junto aos seus quadros ao menos um profissional intérprete de Libras para viabilizar a comunicação com pais ou responsáveis surdos a respeito do desempenho escolar de seus filhos.

Segundo a autora do projeto, embora haja leis que obriguem as escolas a atender aos estudantes surdos, ainda há um vácuo na legislação no que diz respeito aos pais que têm esta deficiência e querem se informar sobre o desenvolvimento escolar de seus filhos.

"Estes pais comparecem às reuniões da escola, onde supostamente tratariam do desenvolvimento escolar dos seus filhos, e saem de lá sem absolutamente informação alguma, uma vez que a escola não dispõe de nenhum profissional intérprete de Libras para superar a barreira comunicativa que a vida lhes impôs", explicou na justificativa do projeto.

O relator, senador Romário (Podemos-RJ), emitiu relatório favorável, mas admitiu uma sugestão da senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), por meio de emenda, que permite que as escolas possam optar entre contratar um profissional de Libras para desempenhar esse atendimento ou capacitar seus quadros para tal fim.

"Ocorre que, na prática, verificamos que a ausência de uma determinação legal mais específica faz com que esse tipo de atendimento deixe de ser ofertado aos pais com surdez que buscam comunicação com as escolas de seus filhos", afirmou o relator.

Fonte: Agência Senado / Foto: Roque de Sá, Agência Senado

https://bit.ly/2PxfLOE 

Postado por Antônio Brito 

Florianópolis passa a contar com nove praias acessíveis para pessoas com deficiência

Estruturas contam com esteiras acessíveis, cadeiras anfíbias e duchas sustentáveis.
Florianópolis passou a contar com nove praias acessíveis para pessoas com deficiência em 2019. Em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar e iniciativa privada, a administração municipal oferece estruturas que contam com esteiras acessíveis, cadeiras anfíbias e duchas sustentáveis nas seguintes localidades: Jurerê Internacional, Ingleses, Ponta das Canas, Cachoeira do Bom Jesus, Barra da Lagoa, Joaquina, Areias do Campeche, Lagoa do Peri e Armação.

Estruturas para pessoas com deficiência contam com esteiras acessíveis, cadeiras anfíbias e duchas sustentáveis - Leonardo Sousa/ PMF/ Divulgação
Estruturas para pessoas com deficiência contam com esteiras acessíveis, cadeiras anfíbias e duchas sustentáveis – Leonardo Sousa/ PMF/ Divulgação

Até o ano passado, sete praias estavam na lista, que foi complementada recentemente com as praias da Cachoeira do Bom Jesus e Armação. Segundo a prefeitura, os equipamentos estão disponíveis gratuitamente nos postos de guarda-vidas, sendo o deslocamento na areia e a permanência na água sempre apoiados e assistidos por guarda-vidas, profissionais aptos a oferecer a melhor segurança possível aos usuários.
“Sempre nos preocupamos com a inclusão social de Florianópolis. Conseguimos avançar e muito este ano neste quesito. Trouxemos um show de fogos com menos barulho, permitindo que pessoas com autismo e hipersensibilidade auditiva curtissem a grande festa. E ampliamos as estruturas acessíveis nas praias, facilitando aos cadeirantes desfrutar das nossas belas praias.”, afirma o prefeito Gean Loureiro.
Concomitantemente à acessibilidade das praias, a prefeitura também oferece o projeto Porta a Porta, que é disponibilizado por meio de uma parceria com a Aflodef (Associação Florianopolitano de Deficientes Físicos). Por meio dessa iniciativa, pessoas com dificuldade de locomoção são buscadas em casa para atividades relacionadas a saúde, trabalho, educação e também lazer, como um banho de mar na praia.
Conforme a prefeitura, os agendamentos para o serviço devem ser realizados na própria Aflodef, das 7h30 às 18h, por meio do telefone 3228-3232.
Fonte https://ndmais.com.br/noticias/florianopolis-passa-a-contar-com-nove-praias-acessiveis-para-pessoas-com-deficiencia/?fbclid=IwAR3oRB17236cK347_V-P2fqb54GvGM2NwLTtDOXLoVaA6o2jcrRczyjJEHc
Postado por Antônio Brito