14/11/2017

A VELHA HISTÓRIA DO TRANSPORTE ACESSÍVEL


Resultado de imagem para serviço atende


Por Amauri Nolasco Sanches Junior

A muito tempo venho falado que as pessoas com deficiência estão se iludindo se pensam ter algumas representações em alguma instancia – já expressei meu total apoio do Partido da Acessibilidade e Inclusão Social como uma representação concreta – estão totalmente enganados. Nenhum partido fara nada a não ser piorar aquilo que já está ruim, assim, a representação de nós, pessoas com deficiência, ou fica a cargo dos movimentos populares, ou fica a cargo dos conselhos e secretarias que não tem poder algum dentro do governo. Seria igual uma medalha de honra sem ter valor nenhum, sem alguma representação, sem nada que possa dizer que somos atendidos e muito bem tratados. Ou você faz algo pela causa, ou faz por você mesmo, ou fica à mercê de serviços públicos sem nenhuma eficácia. Aqui em São Paulo, ficamos à mercê de empresas de ônibus que além de conservarem muito mal os ônibus, além de não treinarem as motoristas de ônibus ainda, conservam muito mal as vans do serviço de vans acessíveis porta a porta, ATENDE.

Não vou contar a história do serviço ATENDE, mesmo o porquê, não é nossa finalidade dentro do texto em si. Mas, existem três modalidades dentro do serviço, a modalidade regular que atende tratamentos de semana, a modalidade eventos de finais de semana e a modalidade eventual, que são de atendimento médico. O regular também leva a consulta medica, mas são tratamentos mais diários que dependem de toda a semana, o eventual, seria uma vez por mês. Vamos falar da modalidade eventos que dão milhares de dor de cabeça não só para mim, mas para todas as pessoas que tem um movimento – também dá muita dor de cabeça para o conselho municipal das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida – que tem que ir em eventos. Para entender a situação temos que entender qual o papel importante dos movimentos dentro do segmento das pessoas com alguma deficiência.

As pessoas com alguma deficiência não têm mobilidade o bastante em uma rua do Brasil, são ruas com buracos, ruas sem nenhuma pavimentação, calçadas irregulares (que chamo de calçadas personalizadas), calçadas pequenas, calçadas com buracos e outras coisas – como se não pagássemos impostos de tudo que compramos e até pagamos impostos dos aparelhos que compramos (mesmo os que adquirimos pelo governo) – que dificulta o trafego e dificulta as pessoas com deficiência terem uma vida mais ou menos, “normal”. Os movimentos têm o papel de não só lutar pelos direitos das pessoas com deficiência, mas tem o papel de tirar essas pessoas de dentro de casa para o mundo lá fora. A questão das pessoas com deficiência vai mais além do que o capacitismo, porque a questão das pessoas com deficiência vai além do “direito”. Arrisco dizer que passa a ontologia (do grego onto que é homem e logos que é estudo), o estudo do ser que se transforma dentro do arquétipo (que vem do grego arké que quer dizer “principio”) que são a imagem que temos das coisas e para as pessoas com deficiência, o arquétipo da deficiência ao longo dos séculos, é um motivo muito plausível para se ter a duvida da capacidade.

Quando não tem transporte, aonde o movimento vai fazer esse tipo de trabalho? Se não houver transporte, como as entidades terão capacidade de tratamento? Se não houver transporte, como vamos estudar, como vamos ter lazer, como poderemos trabalhar? E ainda defendo que mesmo se houver um usuário na van, aquele usuário paga seus impostos, seus familiares paga seus impostos para cada van custar R$ 14.000 mil reais para a prefeitura. Usualmente, elas não saem de graça, elas não são caridade do poder público, custa muito para o contribuinte que tem que arcar com serviços públicos de má qualidade. Elevadores quebrados, pisos de dentro da van inadequados, entre muitas coisas, que saem de cada bolso de um suor obrigado, massacrado de não ter, muitas vezes, como sustentar sua família. Mas, é obrigado a sustentar o poder público e o dinheiro não volta, nem no transporte, nem na saúde (tratamentos nos postos de saúde das periferias não existem), nem mesmo na educação. Não precisamos ideias capacitistas de assistencialismo teletonianas, que alimentam mais a incapacidade da sociedade de nos ver como ser humano. Mas, precisamos de uma educação inclusiva, uma eliminação definitiva a ideia inata (arké platônico), de uma imagem inexistente de uma pessoa incapaz. Sem o transporte não podemos nos locomover (direito a ir e vir), não podemos ter saúde (direito a vida), não podemos ter educação (direito ao aprendizado) e também, acima de qualquer imagem, não temos nem como trabalhar naquilo que escolhemos (direito da livre escolha).

Espero, sinceramente, que o prefeito João Dória – acima de qualquer ideologia política partidária – arrume tudo isso, que até o momento, está gerando imensas confusões. Primeiro, que dez dias para marcar um evento é muito e gera confusão, por exemplo, mandei fichas para o dia 15, 19 e 26, e somos informados que as fichas não chegaram e não vamos poder ter o evento nesses dias. Segundo, nenhum técnico que faz a programação do horário do transporte regular, andou no trajeto que ele acha conhecer. 20 minutos de uma estada a outra a 50 km é até motivo de piada, porque sempre agora, eu chego atrasado na minha fisioterapia. Terceiro, a qualidade da maioria das vans é péssima, as molas de carreto as vans pulam muito, a qualidade é “podre” e nem uma carrocinha de cachorro poderia ser desse jeito.

Como diria o orador romano, Cicero, “até quando iremos aguentar isso?”. 


13/11/2017

VEM AI O FESTIVAL DE PRÊMIOS DE TABIRA, SERÁ NO PRÓXIMO DIA 26, NÃO PERCA! FAÇA A SUA PARTE, PARTICIPE!


Acontecerá no dia 26 do corrente mês, O Festival de Prêmios de Tabira com parte da renda em prol da renda em prol da ADET - Associação dos Deficientes de Tabira, vimos em nome de todos os Associados pedir que você que conhece os trabalhos da ADET há 13 anos, compre a cartela, que alem de está concorrendo a ganhar belos prêmios, estrá ajudando a nossa Entidade a continuar prestando os bons serviços a todos que deles necessitam.

Um abraço de toda Diretoria e Associados.

11/11/2017

COMITÊ DO CADASTRO-INCLUSÃO E DO MODELO DE AVALIAÇÃO UNIFICADA DA DEFICIÊNCIA


O Comitê do Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência e da Avaliação Unificada da Deficiência foi criado em abril de 2016 e é composto por um representante, titular e suplente, dos seguintes órgãos e entidades: Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério da Justiça e Cidadania, Ministério da Fazenda, Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Ministério da Educação, Ministério da Cultura, Ministério do Trabalho, Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Ministério da Saúde, Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Ministério das Cidades, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Conade.
O artigo 4° do Decreto 8.954/2017 estabelece as competências do Comitê do Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência e da Avaliação Unificada da Deficiência. O Comitê poderá convidar representantes de outros órgãos e entidades, públicos e privados, e especialistas em assuntos relacionados às suas competências.
Sob a coordenação da Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência o Comitê tem a finalidade de criar instrumentos para a avaliação biopsicossocial da deficiência e estabelecer diretrizes e procedimentos relativos ao Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência - Cadastro-Inclusão.
Os trabalhos do Comitê estão divididos entre dois subcomitês, chamados Subcomitê do Modelo de Avaliação Unificada da Deficiência e Subcomitê do Cadastro-Inclusão.

19/10/2017

ASSIM COMO TODO CIDADÃO, AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA PODEM PROCURAR OS SERVIÇOS DE SAÚDE DO SUS.


Toda pessoa com deficiência tem o direto de ser atendida nos serviços de saúde do SUS, desde os Postos de Saúde e Unidades de Saúde da Família, até os Serviços de Reabilitação e Hospitais. Tem direito à consulta médica, ao tratamento odontológico, aos procedimentos de enfermagem, à visita dos Agentes Comunitários de Saúde, aos exames básicos e aos medicamentos que sejam distribuídos pelo SUS. 

É importante procurar uma Unidade de Saúde próxima ao local de residência, cadastrar-se como usuário e fazer uma avaliação do estado geral de saúde. Essa unidade básica será responsável pelo acompanhamento permanente de seus usuários. 

As pessoas com deficiência são homens e mulheres de todas as faixas etárias, bebês, crianças, jovens e adultos. Todos devem ser acolhidos nas Unidades de Saúde e ter respondidas suas necessidades, sejam elas vinculadas ou não à deficiência que apresentam. 

De acordo com suas características, as pessoas com deficiência têm direito ao encaminhamento para serviços mais complexos, a receber assistência específica nas unidades especializadas de média e alta complexidade, à reabilitação física, auditiva, visual ou intelectual, como também às ajudas técnicas, órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção de que necessitem, complementando o trabalho de reabilitação e as terapias.

As equipes das unidades especializadas de reabilitação devem ser multiprofissionais e trabalhar de forma interdisciplinar, envolvendo as famílias, as unidades básicas de saúde e as comunidades, buscando recursos locais que facilitem o desenvolvimento integrado de processos de inclusão da pessoa com deficiência.

15/10/2017

REUNIÃO MENSAL ORDINÁRIA DA ADET




Ontem 14/10 (sábado) estivemos juntos em mais uma importante reunião mensal ordinária da ADET - Associação dos Deficientes de Tabira, foram apresentadas varias propostas para a continuidade dos trabalhos da Entidade, entre elas foi citada a remarcação da nova data para a realização do Bingo Beneficente com parte da renda para a a Entidade, que será realizado no Dia 26 de Novembro/2017 e também foi apresentado pelo presidente o modelo das novas camisas para A Diretoria e Conselho Fiscal da Entidade.

O Presidente Luiz Antonio (Nem) enfatizou a necessidade de cada Diretor continuar firme e forte na luta em defesa de políticas públicas de Inclusão e Direitos das Pessoas Com Deficiência, para que possamos trazer dias melhores para todos, especialmente para os associados...

Todos os Diretores fizeram o uso da palavra, e foi relatado e feito um agradecimento especial as Escolas Municipais Adeildo Santana na Cohab e Otacílio Pereira da Silva no Bairro Vitorino Gomes, especialmente as suas respectivas professoras Claudiana Sales e Diana Alves e a Diretora Maria Iris Miron, pelo convite feito á nossa Entidade através dos seus Diretores, O nosso agradecimento também aos Diretores da ADET: Antonio Brito, Girleide Gomes, Aparecida Benedito, Maria do Socorro (Káka) e Ex Diretora Maria Eunice e todos que estiveram presentes aos eventos.

Na reunião de ontem se fizeram presentes os seguintes Diretores, a quém enviamos um abraço!

O Presidente Luiz Antonio (Nem), Anchieta Araujo, Girleide Gomes, Maria de Fátima, Maria Aparecida, José Sabino, Luiz Egídio (Escurinho), Absolão Pereira (Silon), Antonio Vicente, Maria do Socorro (Káka) e Heleno Trajano.




Matéria: Heleno Trajano
Fotos: Heleno Trajano, Luiz Antonio e Alberto Ribeiro (Filho do Amigo Nem)

Muito Obrigado á Todos!

14/10/2017

SETENTA E SETE POR CENTO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ACREDITAM QUE NÃO TÊM SEUS DIREITOS RESPEITADOS NO PAÍS



Essa é uma das conclusões da pesquisa “Condições de vida das pessoas com deficiência no Brasil”, feita pelo DataSenado com base num cadastro cedido pelo IBDD com 10.273 pessoas com deficiência em todas as regiões do Brasil. A pesquisa ouviu 1.165 pessoas com deficiência entre os dias 28 de outubro e 17 de novembro de 2010, sendo 759 deficientes físicos, 170 visuais e 236 auditivos.

De acordo com o resultado da pesquisa, falta atuação mais firme do Estado na prevenção e tratamento oferecidos às pessoas com deficiência. Sessenta e quatro por cento dos entrevistados disseram que a prevenção de doenças que causam deficiência tem sido pouco eficiente. Os deficientes visuais são os que mais se ressentem (76%), seguido pelos deficientes físicos (62%) e pelos auditivos (60%).

A pesquisa mostrou que, para 43% dos entrevistados, a discriminação no ambiente de trabalho ainda é uma realidade. Esse índice sobe para 63% entre os deficientes auditivos, enquanto os deficientes visuais chega a 44%, contra 36% dos deficientes físicos. Para 52% dos pesquisados, a legislação trouxe avanços na inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Mas as dificuldades ainda são sentidas entre os deficientes auditivos (33%), seguidos pelos visuais (20%) e físicos (17%).

Trinta e oito por cento do total dos entrevistados considera o emprego a área que precisa de mais atenção para que a condição de vida das pessoas com deficiência melhore. Em seguida vem saúde (22%), educação (19%), transporte (13%), habitação (5%) e lazer (3%).

A pesquisa foi apresentada e debatida no último dia 8 no Senado Federal, em Brasília, durante o Fórum Senado Debate Brasil pela diretora da Secretaria de Pesquisa e Opinião do Senado Federal, Ana Lúcia Novelli, e pela superintendente do IBDD, Teresa Costa d’Amaral. Você pode ver a íntegra da pesquisa, que inclui ainda opiniões sobre educação, informação, acessibilidade e lazer, nesses dois arquivos:



11/10/2017

11 DE OUTUBRO: DIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA FÍSICA.


Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), por meio da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, registra a comemoração, nesta data (11/10), do Dia do Deficiente Físico. Segundo dados preliminares do Censo de 2010, o Brasil possui atualmente mais de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que representa 23,92% da população. Deste total, mais de 13 milhões são deficientes físicos.
Para assegurar qualidade de vida ao segmento no país, o governo brasileiro vem trabalhando para garantir igualdade de direitos às pessoas com deficiência. Uma das principais ações do governo federal estão no âmbito do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Plano Viver sem Limite.
Lançado em novembro passado, o Viver sem Limite é coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com ações integradas em 15 ministérios. Neste Plano, dividido em quatro eixos: Acesso à Educação; Inclusão Social; Acessibilidade; e Atenção à Saúde, há políticas públicas para toda população com algum tipo de deficiência. No eixo da Educação, como uma das ações, está prevista a entrega de 678 ônibus acessíveis entre novembro de 2012 e março de 2013 a 519 municípios beneficiados. O número ultrapassou a meta de 2012, que era de 609 veículos, e foram empenhados R$ 89,5 milhões.
Recentemente, no eixo da saúde, foi também publicada a Portaria 971/2012, que inclui procedimentos de manutenção de Órtese, Prótese e Meios Auxiliares de Locomoção (OPM) na tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). Os recursos serão ampliados para R$ 24,5 milhões anuais, repassados para estados e municípios que concedem OPM, em 12 parcelas e será usada para manutenção e adaptação de aparelhos ortopédicos, auditivos e oftalmológicos.
Na Acessibilidade, com o a linha de crédito facilitada, o BB Crédito Acessibilidade, podem ser financiados produtos de tecnologia assistiva com valores entre R$ 70 a R$ 30 mil, por prazos de 4 a 60 meses, a juros de 0,64% ao mês, sem tarifa de abertura de crédito, com até 59 dias para o pagamento da primeira parcela. De fevereiro a julho de 2012, foram contratados R$ 5,8 milhões.
Na Inclusão Social, a principal conquista foi a alterações da legislação, que passou a permitir a suspensão do BPC na ocasião de contratação do beneficiário e retorno automático após a saída do emprego, além do acúmulo do benefício com a renda do aprendiz (Lei Nº 12.470, de 31 de agosto de 2011 e Decreto Nº 7.617, de 17 de novembro de 2011).
Conforme o Artigo 1 da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, ratificada pelo Brasil em 2008, pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir a participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.
O “Dia do Deficiente Físico” é comemorado no dia 11 de outubro em todo Brasil, mas a Lei nº 2.795 foi promulgada em 15 de abril de 1981 pelo governo de São Paulo.

Assessoria de Comunicação Social

09/10/2017

AVISO!


A ADET - Associação dos Deficientes de Tabira e a Gogo de Ouro Produções e Eventos, avisam que o festival de prêmios que estava marcado para acontecer no dia 05/11/2017, foi adiado para o dia 26 de novembro, visto que nos dias 05 e 12 do referido mês acontecerá à aplicação das provas do ENEM e no dia 19/11 acontecerá outro evento, marcado anteriormente pela Gogo de Ouro Produções e Eventos.
Então não esqueçam! Festival de Prêmios na cidade de Tabira, dia 26 de novembro de 2017, a partir das 15h 30 mim, ao lado do mercado público.
Em breve divulgaremos os locais de venda das cartelas. Compre a sua para concorrer a vários prêmios e ajudar a nossa associação.
Agradece a diretoria da ADET.


05/10/2017

IMPRESSORA 3D COM BIOTINTA DE CÉLULAS-TRONCO FÁBRICA IMPLANTE PARA A COLUNA VERTEBRAL


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Cientistas da Universidade de Cornell (EUA), liderados pelo Dr. Lawrence J. Bonasser, estão inovando na cirurgia de coluna vertebral: eles querem utilizar técnicas de impressão 3D carregadas com biotinta infundida de células-tronco para reparar os discos da coluna vertebral degenerativas de 30 milhões de norte-americanos. Dr. Bonasser não é estranho ao mundo da impressão 3D. Ele já liderou o desenvolvimento de ouvidos humanos protéticos quase perfeitos. Mas o seu mais novo projeto é intensificar ainda mais a linha entre a realidade e a ficção científica.
Impressora 3D pode revolucionar a medicina
Imaginem uma sala de operação que mais parece uma baía de impressão. A mesa cirúrgica é equipada com dispositivos de digitalização. Logo depois de o paciente ser preparado para a cirurgia, a impressora inicia a impressão de cordas de células estaminais em porções altamente específicas do disco vertebral do paciente. Como a cirurgia é longa, as células-tronco começam a decretar a “programação biológica” e preencher-se com novos tecidos de hérnia de disco. Depois de algumas semanas, esse processo se completa e o paciente fica com uma coluna perfeita.


Esta realidade imaginada não está tão longe. O teste já foi feito em mais de 100 ratos, e o Dr. Bonasser admite que é uma operação bastante avançada e cara para ser realizada em ratos. Uma vez que os discos intervertebrais foram regenerados, em casos mais extremos de degeneração da coluna vertebral, o laboratório do Dr. Bonasser também foi capaz de criar discos da coluna vertebral inteiramente novos, impressos de acordo com as necessidades individuais de cada cobaia. A cirurgia para substituir um disco é um pouco mais invasiva do que a de reparação, mas ambas as opções são muito superiores em relação a opção anterior, de fusão da espinha de um paciente.
Para os 30 milhões de americanos que sofrem de doença degenerativa do disco, o avanço real será comemorado quando esse tipo de operação for realizada em seres humanos. Agora é esperar para ver quanto tempo leva até lá.


02/10/2017

CONHEÇA MAIS SOBRE A SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE


O impacto da Síndrome Pós-Poliomielite na vida das pessoas que contraíram a poliomielite (paralisia infantil), nova doença, irreversível e incapacitante.
A Síndrome Pós-Poliomielite afeta os neurônios motores, e requer um novo olhar sobre os pacientes que contraíram a pólio, com uma nova abordagem sobre o tratamento, por equipes médicas multidisciplinares. Apesar da existência de vacina para proteger as pessoas contra a paralisia infantil, ainda não se encontrou a sua cura definitiva.
A Síndrome Pós-Poliomielite é uma desordem neurológica que acomete pessoas por volta dos 40 anos que, pelo menos 15 anos antes, foram infectadas pelo vírus da poliomielite e desenvolveram uma forma aguda ou inaparente da doença.
A principal característica da Síndrome Pós-Poliomielite é a perda das funções musculares que tinham permanecido estabilizadas no intervalo entre a recuperação e o aparecimento dos novos sintomas.
O quadro não é provocado pela reativação do vírus da poliomielite, mas pelo desgaste proveniente da utilização excessiva dos neurônios motores próximos daqueles que foram destruídos pelo poliovírus. Isso acontece porque, para compensar essa falta, apesar de também terem sido afetados, os neurônios sobreviventes passaram a enviar ramificações para inervar os feixes musculares comprometidos pela doença.
A tendência é que os casos de Síndrome Pós-Poliomielite diminuam consideravelmente nos países em que as campanhas de vacinação contra a poliomielite representaram uma estratégia importante para erradicar a doença.
Não existem estatísticas precisas sobre o número de portadores da Síndrome Pós-Poliomielite no Brasil. Na verdade, só em 2010, a enfermidade foi incluída no Catálogo Internacional de Doenças (CID 2010), graças a um trabalho desenvolvido por pesquisadores brasileiros na UNIFESP.

Sintomas
A Síndrome Pós-Poliomielite pode manifestar-se tanto em pacientes que desenvolveram um episódio de paralisia flácida quanto naqueles em que a infecção não deixou esse tipo de sequela.
Os principais sintomas da Síndrome Pós-Poliomielite são:

  • *      Fraqueza muscular progressiva nos membros atingidos ou não pela doença;
  • *      Cansaço excessivo;
  • *      Dores musculares e nas articulações;
  • *      Cãibras;
  • *      Dor de cabeça;
  • *      Dificuldade de deglutição e para controlar os esfíncteres;
  • *      Hipersensibilidade ao frio;
  • *      Distúrbios do sono;
  • *      Problemas respiratórios;
  • *      Depressão;
  • *      Ansiedade.
Diagnóstico
O diagnóstico leva em conta os sinais da Síndrome Pós-Poliomielite instalados há mais de um ano em pessoas que tiveram poliomielite no passado.  A eletroneuromiografia pode ser um exame útil para avaliar alterações na inervação e ajudar a excluir a possibilidade de outras doenças degenerativas com sintomas semelhantes.

Tratamento
Não existe tratamento específico para a Síndrome Pós-Poliomielite.  A abordagem é sempre multidisciplinar e inclui exercícios aeróbicos leves, de alongamento, de resistência com pouca carga, hidroterapia, orientação nutricional, assim como o uso de órteses (bengalas, muletas, andadores, coletes, por exemplo), de próteses, de equipamentos de assistência e suporte, de medicamentos para controle da dor e da ansiedade.
A fisioterapia é um recurso essencial para ajudar a manter a função muscular.

Recomendações
Pacientes com síndrome pós-pólio devem ser orientados para:
Ø  Reduzir ao máximo o gasto desnecessário de energia;
Ø  Estabelecer uma rotina de vida que permita incluir períodos de repouso entre as atividades do dia a dia;
Ø  Investir no condicionamento físico adequado visando ao fortalecimento da capacidade funcional;
Ø  Evitar realizar movimentos repetitivos;
Ø  Exercitar os músculos de forma criteriosa para que não atrofiem;
Ø  Valer-se do uso de equipamentos ou próteses que ajude a retardar o processo de evolução da doença.